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BIOMED_ANÁLISES TOXICOLÓGICAS E AMBIENTAIS_APS

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Prof.ª. Paula 
Curso: Biomedicina - 4º semestre (Noturno) – Campus: Liberdade
	ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS E AMBIENTAIS
	Implantação 20182
	
	
	
	
	
	
	
	
	OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
	COMPETÊNCIAS RELACIONADAS
		 Analisar aspectos de toxicocinéticas e toxicodinâmica. 
	 Diferenciar as principais substâncias de interesse toxicológico. 
	 Formular estratégias para prevenir o contato com toxicantes. 
		 VI, XXV, XXIV. 
	 VI, X. 
	 I, II, IV, XII, XX. 
	
	
	ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	
As Atividades Práticas Supervisionadas - APS têm seu detalhamento publicado no ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) da disciplina. São publicadas na primeira quinzena de aulas e devem ser realizadas pelos estudantes até o limite do prazo da N1, em conformidade com o calendário acadêmico.
As APS devem ser realizadas pelos estudantes no próprio ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) ou ter seu upload realizado lá, onde terão as rubricas de avaliação disponibilizadas após o encerramento do prazo estipulado para o estudante realizar o upload, ficando registradas em sua integralidade.
ATIVIDADE 1: O aluno deverá ler os textos propostos, discutir em grupos de até 4 pessoas, responder as questões e postar as respostas no fórum de discussão, na data solicitada.
Texto introdutório: A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais da metade de todos os medicamentos é prescrita ou dispensada de forma inadequada, além do fato de metade dos pacientes não usar esses produtos corretamente. Com o crescimento da indústria farmacêutica e, consequentemente, da disponibilidade de medicamentos, a sociedade passa a ter maior acesso a tratamentos, no entanto, o acesso indiscriminado a medicamentos, induz o paciente a se expor a produtos não adequados para a sua situação patológica e/ou fisiológica ou em quantidades excessivas, situação capaz de ocasionar uma intoxicação medicamentosa. 
Bibliografia recomendada: “Eventos toxicológicos relacionados a medicamentos no Estado de São Paulo”, disponível em:http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S0034-89102006000700014&pid=S0034-89102006000700014&pdf_path=rsp/v40n6/14.pdf&lang=pt
ATIVIDADE 2: Responder as questões
Quais são as principais causas de intoxicação por medicamentos?
Resposta: As principais circunstâncias em que ocorreram os eventos toxicológicos relacionados a medicamentos foram as acidentais (38,8%) e tentativas de suicídio (36,5%). As circunstâncias relacionadas ao uso terapêutico representaram 17,7% dos casos. Observou-se que os princípios ativos se distribuíram entre os vários grupos terapêuticos, com predomínio de alguns, como respiratório e psiquiatria, sendo que o grupo analgesia e anestesia fez-se presente com percentagem acima de dois dígitos em todas as circunstâncias.
Escolha um dos princípios ativos da Tabela 3 do artigo e descreva sua utilização clínica e seu DL50.
Resposta: O princípio ativo do diazepan é o diazepam, um tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos. A principal finalidade de uso dessa medicação é o tratamento dos transtornos de ansiedade, sendo portanto necessários um diagnóstico e uma indicação feita pelo médico. Pode ser usado, desde que de forma limitada, para controlar a tensão nervosa devida a algum acontecimento estressante, mesmo que não exista um distúrbio de ansiedade propriamente dito. Dose da medicação deve ser administrada de acordo com cada paciente, ou seja, a medicação deve promover o máximo de conforto (tranquilização) com o mínimo de efeitos colaterais, para isso a dose deve começar baixa e ser aumentado aos poucos, ou o comprimido dividido, ajustando-se a dose às necessidades do paciente. A hora da administração da medicação também deve ser avaliada conforme cada caso. Os pacientes que não estejam dormindo bem podem concentrar os comprimidos a noite, como a eliminação dessa medicação é lenta, durante o dia seguinte ela continuará fazendo efeito. Já as pessoas que sentem-se muito tensas durante o dia e não ficam sonolentas, a medicação pode ser administrada ao longo do dia. 
Acute
LD50 (oral) rat 1200 mg/kg 
LD50 (oral) dog 1000 mg/kg 
LD50 (oral) mice 700 mg/kg (Clarke, 1978) 
Sub-chronic dosing A number of repeated dose studies have been carried out. In general, toxic effects have not been remarkable. In a three-month study in rats and a six- month study in dogs, some increase in liver size was seen, together with an increase in blood cholesterol; in the dogs an elevation of plasma alanine aminotransferase activity was observed (Scrollini et al., 1975). The clinical significance of these data is unclear. 
Link: http://www.inchem.org/documents/pims/pharm/pim181.htm#SectionTitle:1.1%20%20Substance
No Brasil, os medicamentos são vendidos em quantidades superiores as recomendadas para o tratamento. Na sua opinião, esta situação pode colaborar para a ocorrência de intoxicação, acidental ou não, de crianças e adolescentes? Justifique. 
Resposta: Acredito que sim. Apesar do nosso país ter um controle melhor que muitos outros países no que diz respeito a venda de medicamentos sem receita médica. Esse controle é realizado, principalmente, pela ANVISA. Mas como a população não tem conhecimento sobre a dose certa e correta de utilização, deveríamos melhorar esse controle. Porém para que esse controle seja mais eficaz, faz-se necessário melhorias no atendimento médico à população.
Defina:
Substância tóxica: São substâncias capazes de provocar a morte ou danos à saúde humana se ingeridas, inaladas ou por contato com a pele, mesmo em pequenas quantidades.
Link:https://cetesb.sp.gov.br/emergencias-quimicas/aspectos-gerais/perigos-associados-as-substancias-quimicas/substancias-toxicas/
Xenobiótico: São compostos químicos estranhos ao organismo humano. Eles são produzidos pela indústria ou pela natureza, através de vegetais e fungos. Podem ser enquadrados em diversas categorias como por exemplo pesticidas agrícolas, inseticidas, plásticos, produtos de limpeza e fármacos. 
Link:http://www.rc.unesp.br/ib/ceis/mundoleveduras/2014/Xenobioticos%20e%20microbiota.pdf
Medicamento: Um medicamento é toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas” (Decreto-Lei n.º 76/2006, de 30 de Agosto).
Link: https://www.apifarma.pt/apifarma/areas/saudehumana/Paginas/default.aspx
Por que um medicamento pode ser tóxico ao organismo? 
Ao considerarmos os valores terapêuticos, simbólicos e econômicos dos medicamentos e situá-los dentro dos critérios de racionalidade, evidencia-se um conjunto de fatores de riscos relacionados ao consumo e ao uso dos medicamentos. Na Figura expõem-se os tipos de riscos relacionados aos medicamentos industrializados: o risco inerente ao uso do medicamento, que trata-se das características das substâncias e dos pacientes, e o risco socialmente determinado, que diz respeito à sua regulação na sociedade, com suas características econômicas, culturais, sanitárias e legais.
ATIVIDADE 3: Estudos de Caso 1 e 2 – Em grupo, estudar o caso e responder as questões. Postar no Fórum de discussão.
Estudo de Caso 1: C.A., feminino, 18 anos, estudante, solteira, nascida em Bristol (sudoeste da Inglaterra). Foi encontrada pela equipe de resgate desmaiada em cima de um banco de praça e transportada imediatamente para um pronto socorro, sendo necessário uso de ventilação artificial. Ao lado da paciente encontrava-se um pacote plástico com alguns comprimidos, identificados como benzodiazepínicos e também uma pistolinha de brinquedo contendo vestígios de vodka. O estado constatado era de anestesia, hálito alcoólico, incapacidade de coordenação dos movimentosmusculares voluntários e insuficiência respiratória grave.
Questões Norteadoras – Estudo de Caso 1
As sintomatologias associada aos dados da cena permitem suspeitar de intoxicação etanólica associada ao uso de benzodiazepínicos? Inclua na sua resposta o mecanismo de ação central do álcool e dos benzodiazepínicos.
Resposta: Os benzodiazepínicos agem seletivamente nos receptores GABAA, e num sítio alostérico ao do ácido gama - aminobutírico (GABA). Essa ação facilita a abertura desse canal ao aumentar a frequência de abertura do mesmo, o que leva ao influxo de cloreto e, consequentemente, à hiperpolarização neuronal. De maneira semelhante, o etanol também age deprimindo o SNC, ao agir sobre os receptores GABA A e potencializar a ação do ácido gama – aminobutírico. Entretanto, o etanol atua em um sítio diferente e seu efeito é menor (RANG et al., 2011).
Benzodiazepínicos são considerados seguros quando usados sozinhos. Entretanto, tornam-se bastante perigosos quando utilizados com outros depressores do SNC, como o etanol. Um dado bastante relevante deste trabalho foi o fato de 76% dos usuários de benzodiazepínicos relataram consumir etanol durante o tratamento. O desfecho dessa interação torna-se perigosa uma vez que as substâncias possuem ações farmacológicas similares e, nesse caso, o efeito depressor e/ou sedativo dos benzodiazepínicos é potencializado pelo etanol. Os riscos desse tipo de intoxicação vão desde a diminuição da coordenação muscular, fraqueza, fala arrastada, até casos de perda da consciência, depressão respiratória grave, coma e morte, causadas pela intensificação do efeito depressor (RANG et al., 2011; GARCIA et al., 2008). 
A administração de lavagem gástrica foi realizada no caso, porém sem sucesso na reversão do caso. Por que isto ocorreu?
Resposta: Porque a lavagem gástrica funciona com até 2h ou 4h da administração do medicamento, após esse tempo já ocorreu a absorção completa, distribuição, metabolização e interação com o sistema biológico.
Flumazenil foi administrado e a insuficiência respiratória é revertida. Explique o mecanismo de ação deste antidoto. 
Resposta: O Flumazenil, um derivado da imidazo - benzodiazepina, é um antagonista benzodiazepínico que bloqueia especificamente, por inibição competitiva, os efeitos centrais das substâncias que agem via receptores benzodiazepínicos. Em estudos em animais de laboratório, os efeitos de compostos que apresentam afinidade para os receptores de benzodiazepínicos foram bloqueados. Em voluntários sadios, flumazenil administrado por via endovenosa antagonizou a sedação, amnésia e alterações psicomotoras produzidas pelos agonistas benzodiazepínicos.
Link:http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=10081592015&pIdAnexo=2952955
Estudo de caso 2: R.C.L. 34 anos, é preso por suspeita de furto, seguido de morte. A suspeita é de crime facilitado por drogas. O indivíduo foi encontrado 4 dias após o relato de latrocínio, em pronto-socorro apresentando pressão de 168X95 mmHg, FC 180 bpm, pupilas em midríase, temperatura em 39⁰C, rigidez muscular. Paciente em quadro eufórico, agitado, delirante e com tremores. No pronto-socorro o paciente entre em convulsões. A convulsão é controlada com diazepam 0,2 mg/Kg iv. Apresentava malformações nasais e resíduo de pó branco nas fossas nasais. As suspeitas são de intoxicação por: cocaína e crack, uma amostra de urina e cabelo são coletadas. 
Figura 1 - Cromatograma branco contaminado com 10ng/mg de cocaína, benzoilecgonina e cocaetileno analisada por cromatografia gasosa e espectofotometro de massa.
Figura 2 - Cromatograma do caso sobreposto ao branco 10ng/mg de cocaína, benzoilecgonina e cocaetileno analisada por cromatografia gasosa e espectofotometro de massa.
Benzoilecgonina urinário: negativo
Questões Norteadoras – Estudo de Caso 2
Porque se deve fazer a descontaminação da matriz de cabelo como pré-tratamento?
Resposta: A descontaminação da amostra que antecede a análise assume particular atenção devido a dois fatores. Em primeiro lugar, dado que a presença de resíduos de produtos de tratamento do cabelo (como ceras e shampoos), sujidade depositada no cabelo, sebo e suor (que podem veicular o xenobiótico), contribuem para um aumento das interferências e afeta a exequibilidade do resultado analítico. Segundo, devido á deposição de xenobióticos no cabelo resultante da exposição ambiental que se encontram absorvidas por ligações fracas á superfície do cabelo, podendo deste modo ser removido através da lavagem das amostras (Pragst e Balikova, 2006). Na análise de não existe, atualmente, consenso e uniformidade nos procedimentos de descontaminação para amostras de cabelo em análises toxicológicas. A SoHT recomenda que o processo de lavagem inclua uma lavagem inicial com solvente orgânico de modo a remover os compostos contaminantes insolúveis em água, uma segunda água ou solução tampão que permite a turgescência do cabelo e difusão dos compostos contaminantes para a solução de lavagem e, por último, uma lavagem com solvente orgânico. Amostras que tenham entrado em contato com fluidos corporais implicam nos procedimentos adicionais de lavagem (Cooper et al., 2012).)
Link: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3987/1/Jose%20Gordo_PPG_VF.pdf
Porque se deve realizar a digestão das fibras do cabelo com uréia e tioglicolato anter de realizar a extração metanólica?
Resposta: Numa análise toxicológica em amostras de cabelo, a quantidade de amostra disponível bem como a concentração de xenobióticos e metabolitos existentes no cabelo é muito reduzida. Desta forma, as amostras devem ser submetidas a um pré-tratamento através de soluções adequadas para um determinado grupo de compostos, permitindo, deste modo, concentrar os compostos incorporados após a libertação dos memos da matriz do cabelo (Kintz, 1996).
O pré tratamento da amostra pode ser realizado através da incubação do cabelo em determinadas soluções sem que estas o danifiquem, ou através da digestão da matriz do cabelo (Cooper, 2011). O tratamento com ureia e tioglicolato, bem como o uso de fluidos supercíiticos, encontram-se igualmente mencionados na literatura (Pragst e Balikova, 2006).
O paciente tem confirmado a intoxicação por cocaína e seus metabólitos benzoilecgonina e cocaetileno?
Resposta: Sim. 
Link: https://repositorio.ufpb.br/jspui/
Por que o resultado na urina deu negativo?
Resposta: Porque esses metabólitos só são detectados na urina de 1 a 4 dias.
Para entender melhor o caso:
O sangue não é uma matriz de escolha de preferência na toxicologia forense devido a sua curta janela de detecção, além de ser invasivo e exigir o preparo da amostra. Apesar da saliva e da urina serem matrizes que não requerem nenhuma preparação de extração e enriquecimento da amostra, são matrizes de fácil adulteração com uma janela de detecção de poucos dias, entre dois a quatro dias. Assim, deve ser realizada a coleta de cabelo para determinação da presença de drogas de abuso em HLPC. De fácil coleta, de fácil confirmação para um re-teste e de difícil adulteração. O cabelo incorpora bioativos por longo tempo de exposição, indicando se tratar de um possível usuário crônico da droga. Inicialmente a amostra de cabelo sobre um pré-tratamento de descontaminação com solvente combinada com lavagem com água e sabão seguido de digestão da fibra do cabelo com uréia e tioglicolato, que rompe as pontes dissulfeto da estrutura capilar. Posteriormente passar pelo processo de extração com solventes, normalmente metanol acidificado em sonicação. O extrato metanólico é submetido ao HPLC.
A toxicologia para validação do método analítico se utiliza de valores cut-off. Valores abaixo dos cut-off são considerados não detectáveis, acima positivos. 
Sugestão de valores cut-off
Cocaina 0,5 ng/mg
Benzoilecgonina 0,05 ng/mg
Cocaetileno 0,05 ng/mg

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