Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 2 - O que são as instituições? Pra que servem as II? As Instituições internacionais atuam em conjunto, de forma cooperativa, para buscar avanços econômicos, sociais e políticos para os países membros. Buscam soluções em comum para resolver conflitos de interesses comuns e estabelecem políticas de cooperação técnica e científica, assim como normas comuns. As instituições internacionais também fiscalizam, através de órgãos específicos, o cumprimento das regras estabelecidas pelos acordos. A institucionalização é usada para estabilizar e perpetuar a ordem, uma maneira de lidar com conflitos internos. Atores poderosos não precisam usar a força e atores menores aceitam a relação de poder como legítima. Keohane - como maximizar interesses. Assim como os regimes, as instituições internacionais nascem e morrem conforme a necessidade dos Estados Informações são custosas para os Estados, portanto, o ato de se unir em prol de um interesse coletivo é baseado na construção de confiança e na ideia de ganhos coletivos. Os ganhos são proporcionais ao ônus (são distribuídos de acordo com o capital político). Buzan Normas são regulamentos por costume (algo implícito). Regras são explícitas. INSTITUIÇÕES PRIMÁRIAS: Têm práticas fundamentais e duráveis (também mutáveis); são constituídas e compartilhadas pelos atores que fazem parte (legitimando atos e comportamentos); É um mix de princípios, regras e normas. INSTITUIÇÕES CONSTITUTIVAS: Constituem as RI. INSTITUIÇÕES SECUNDÁRIAS: Tratados, Embaixadas, Convenções, OTAN, CS… O hábito cria credibilidade. A perspectiva está ligada à prática. Cox Teoria da solução de problemas → O papel das instituições na manutenção da OI. As ideias são relações subjetivas e compartilhadas entre os atores. A capacidade material é a de construir ou destruir. As instituições são aparatos construídos pelos atores para moldar as ideias. Com a internacionalização do capital há maior relação entre os Estado → corporativo, neoliberalismo, instituições (OMC, FMI, FED…). Aula 3 - Herz e Hoffman - SEGURANÇA COLETIVA O que é um sistema de segurança coletiva? O sistema baseia-se na ideia a criação de um mecanismo internacional que conjuga compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contro outros. O sistema deve, sobretudo, conter atores dispostos a iniciar uma empreitada militar → limitar o uso da violência. O sistema de segurança coletiva modifica normas de intervenção, subordinando a decisão do Estado de usar força à autorização internacional – que será delineado e interpretado por organizações e instituições internacionais. Motivo legítimo de guerra é a manutenção e garantia da ordem internacional Sistema de segurança coletiva ≠ Aliança militar: o SS não predetermina origens de Ameaças. Como funcionava o sistema de segurança coletiva da LN? Na LN os sistema passa a ter pressupostos liberais, além de a guerra não ser mais vista como recurso legítimo de PE e tornando uso da violência restrito. O objetivo das grandes potências é o de manter o status quo, baseado na crença no progresso, razão e democratização. O único recurso legítimo para entrar em guerra seria o da autodefesa – individual ou coletiva; A saída dos EUA tem grande impacto na dissolução da LN. Um dos problemas do sist de seg da LN era o do não estabelecimento de regras e protocolos: o que seria uma ameaça? Como agir? O projeto de criação de um novo sistema de segurança coletiva após a II GM Surgimento da ONU com apoio dos EUA, sua criação foi pensada para a manutenção da paz e reconhecimento e independência e soberania de cada um dos membros; consolidação do Conselho de segurança, quem define a ameaça. Autodefesa é o único elemento legítimo do uso da força. As principais mudanças do sistema de segurança coletiva, gerados a partir do final da GF As mudanças no sistema de segurança no fim da bipolaridade resultou na tendência à multipolaridade e trouxe novas temáticas à discussão. Revisão de agenda transferindo a preocupação não só com a segurança do Estado mas também do indivíduo - violação dos DH, genocídios, conflitos regionais com mortes sistemáticas. A preocupação das potências com crises humanitárias é porque crises geram um êxodo emigratório que rumam para os países que aparentam oferecer melhores oportunidades. Pós Guerra Fria - Os desafios da segurança A segurança humana é um novo desafio no pós GF. Proteção do indivíduo diante do Estado. Há um novo mandato para uso da força → intervenções de 2 geração (ex. Peace enforcement statebuilding - construção de Estados/ pós conflito) → garantia da estabilização dos Estados no pós conflito (estabelecimento da democracia, economia, etc). Integridade territorial dos Estados - soberania contingente, ela não é completa e depende que não seja só soberano de direito mas que consigo exercer sua soberania Aula 4 - O CONSELHO DE SEGURANÇA Ideia de guerra preventiva: rompe com a lógica de autodefesa. Na guerra preventiva a agressão não existe, ela é um risco em potencial. A lógica da guerra preventiva é a de lidar com uma ameaça imaginada (caixa de Pandora). Após o 11/9 a ONU recriou a agenda de segurança e os processos de reconstrução: - Desafio de lidar com atores não estatais (grupos terroristas, movimentos da sociedade civil, ativistas, etc); - Maior atuação em zonas de conflito; Os desafios institucionais estão na reforma, na carta da ONU e suas novas dinâmicas e nas operações de paz como, por exemplo, confiar no CS quanto a questão do poder de veto. Do ponto de vista dos estrategistas de segurança, o acesso a formas mais extensivas de destruição como armas químicas e biológicas → medidas de compartilhamento de informações. Casos de ação do CS 1- Guerra do Golfo (90/91) Autodefesa coletiva → Tratado de cessar fogo. 2- Kosovo (99) Situação humanitária OTAN agiu antes da ONU. Acontecia um genocídio da população kosovina. → Assegurar a reconstrução do Estado e o estabelecimento político. 3- Afeganistão (2001) Autodefesa Intervenção no Afeganistão com autorização do CS. Guerra direcionada a um ator não estatal (1 vez) → Al Qaeda, Bin Laden. → Processo de reconstrução do país e do sist. Político, ajuda humanitária e projetos de desenvolvimento. 4- Iraque (2003) Agiu no pós conflito (não autorizado pelo CS) CS não autorizou o ataque dos EUA. Era uma guerra preventiva. Saddam. → No pós conflito, a missão foi ampliada para reconstrução da capacidade institucional do Iraque, monitoramento de eleições e DH. Aula 5 - OTAN A OTAN, 1949, foi criada durante a guerra fria e tinha como objetivo central a detenção da URSS e proteção dos membros através de uma relação entre EUA e os países Europeus do oeste. Durante essa época, a OTAN não necessitou utilizar sua força militar. Após o fim da Guerra Fria envolveu-se em guerras reais. Com o fim da URSS a percepção de ameaça do mundo Ocidental mudou, principalmente quando contemplados conceitos de segurança. “Rise of new, more diverse and unpredictable risks and challenges to the security of its members” → atores não estatais. A preocupação dos EUA no pós GF era a de firmar alianças além da questão militar e econômica, firmar interesses comuns que mantivesse sua presença na Europa. Muita cooperação a fim de manter a integridade do território europeu, manter a estabilidade, administrar crises e prevenir futuras guerras e crises. Preocupação em transformar os antigos inimigos em novos aliados - países do leste europeu antiga URSS. Nos anos 90 a existência da OTAN é ressignificada com novos conceitos estratégicos. Esses novos elementos são compartilhados pelos países que usam a OTAN para a manutenção de valores. Com a multidimensionalidade outros aspectos passam a ser considerados conceitos: políticos, econômicos, sociais e ambientais. Em suma a grande questão é garantir o funcionamento do sistema. (Ex. rompimiento democrático). E como identificar uma ameaça? Só é possível ver uma ameaça quando ela é colocada, e essa é a grande questão,a identificação da ameaça. Administração de riscos requer uma série de esforços, demanda da OTAN de repensar os riscos e sua maneira de atuação. O terrorismo por exemplo é um risco e não uma ameaça. Risco → uma ameaça não identificada. A administração desses riscos é um jogo de probabilidade. Aula 6 - OEA Arquitetada pelos EUA (1948), tinha intuito de busca de cooperação voltada para comércio e questões de infraestrutura – contrapondo mecanismos de cooperação regional recentemente estabelecidos na AL. A OEA aborda questões políticas, econômicas e até de segurança. DURANTE A GUERRA FRIA: a OEA funcionava sob sombra e guia dos EUA; contava com doutrinação e exportação de agendas militares e ideológicas americanas. PÓS GUERRA FRIA: a democracia passa a ser determinante para definição de cooperações, atingindo também aspectos de membresia da OEA. Questões particulares da democracia da AL: região com democracias jovens e histórias de rupturas e governos autoritários durante o século 20. DEFINIÇÃO DE DEMOCRACIA: governo representativo; Estado de direito; eleições; separação de poderes. 1991 - democracia como elemento identificador. Consolida a influência dos EUA na Latam, inicialmente a democracia não era a preocupação da OEA, tanto que os EUA patrocinavam golpes, o foco era a luta contra o comunismo nos estados americanos. As questões de segurança giravam em torno dos interesses dos EUA. Indicadores de crise - Rompimento da ordem democrática; Golpes; Interrupção de mandato; Guerra civil; Estado de emergência;Revolta social. Medidas -Contenção/expulsão; mediação/sanção; missão civil; missão técnica (missão de observação eleitoral,org de eleições, diálogo entre partes); pressões internacionais. Normas globais - Agenda para democratização, entidades regionais: aproximar países com realidades parecidas. Diferente da ONU, nos mecanismos regionais: MERCOSUL e UNASUL trazem normas democráticas. - mas estes não controlam essa questão, só excluem. Aula 7 - A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO Desenvolvimento foi um processo amplamente relacionado com o que pensa em seu significado e aplicação, a ideia de que o mundo possui subdivisões de países que são desenvolvidos ou estão em desenvolvimento. A questão do desenvolvimento foi homogeneizada durante muito tempo, principalmente pelos EUA (e o resto dos países desenvolvidos) e a partir da década de 90 passa a ser pensado de uma forma diferente. (a OCDE não considera ajuda militar!) Evolução dos debates Anos 50 Desenvolvimento medido em crescimento econômico,modernização e industrialização. Quem está pensando o desenvolvimento? Os países já desenvolvidos, pensando na estabilidade do capitalismo no período pós colonial. Desenvolvimento nos anos 50 = crescimento econômico. → Para os grandes economistas para o desenvolvimento econômico seria necessário a aceleração do crescimento econômico e participação internacional. Ajuda externa vem como unificação do fluxo financeiro doméstico → financiamento com o objetivo de retorno. Ajuda Oficial (criada pelos países da OCDE) → 25% da ajuda seria em forma de doação. Na verdade, as potências da OCDE institucionalizam essa ajuda na intenção de manter o contato com suas ex-colônias. Anos 60 - década desenvolvimentista e instituição ajuda McNamara traz uma agenda específica, aproximando do BM de outras instituições, assim como a ideia de pobreza e serviços básicos. Evolução verde, no mundo todo a agronomia foi financiada por grandes corporações, BM com tecnologia agrônoma. → conjunção de interesses. Aula 70 - Ampliação do debate, conferências ONU e McNamara no BM (68-81) Crise da dívida Anos 80 - Estabilização econômica, reajustes estruturais e a década perdida Projetos de estabilização da economia (neoliberal) → Consenso de Washington, agenda prerrogativas para remediar crises nos países em desenvolvimento. → privatização, liberalização, austeridade fiscal, Estado mínimo, equilíbrio na balança de pgto. A agenda dos anos 80 foi posta pelo FMI. → para os países em desenvolvimento, que tinham que renegociar a dívida com o FMI. O pensamento focado na hegemonização e estabilidade financeira. Anos 90 - Instituições e governança, desenvolvimento humano (PINUD) e Agenda for Peace (1992) A ideia de desenvolvimento é questionada: Seria desenvolvimento só o dinheiro? A partir desse questionamento é debatido também o desenvolvimento humano. Teoria da dependência: regionalismo, países subdesenvolvidos se unem na intenção de reduzir o espaço entre os países desenvolvidos. Desenvolvimento como objeto central para a manutenção da segurança → crescimento econômico só vale se tiver impacto positivo no bem estar social. Anos 2000 - Metas do milênio, ajuda externa Reengajamento com o desenvolvimento e multidimensionalidade dos atores. A questão do desenvolvimento está entrelaçada à questões de segurança, com operações de paz, preocupação com elementos de inst. e governança passam a ser centrais. Assim como o fortalecimento do regime político e das instituições → o papel do Estado e a preocupação da agenda plural, que se esgota em 2015 com o fim das metas do milênio. De forma geral o desenvolvimento é precário. Agenda pós 2015/2030 - Qual o papel das instituições, ONU x BM/FMI Existem problemáticas multilaterais: de um lado uma concepção colocada pela ONU x FMI/BM e suas políticas pois a tomada de decisão em ambas é diferente. Atualmente segurança é sinônimo de desenvolvimento. A estratégia de desenvolvimento: combate ao terrorismo, atores ilícitos, criminalidade e incapacidade estatal. Ajuda externa: há um debate sobre sua eficácia e agora há maior seletividade de ajuda. A OCDE seleciona países que renderão mais impacto diante do investimento e em consequência se omite diante de países mais pobres, corruptos e etc, estes ficam ao léu. Os doadores que atuam fora do contexto da OCDE: China, que investe na cooperação sul-sul, ajuda com enfoque em ganhos futuros. Ajuda externa bilateral: um para o outro Ajuda externa multilateral: BM, BID… No âmbito da Organização, os representantes efetuam o intercâmbio de informações e alinham políticas, com o objetivo de potencializar seu crescimento econômico e colaborar com o desenvolvimento de todos os demais países membros.
Compartilhar