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PIM VII Gestão Pública10

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CURSO SUPERIOR TÉCNICO EM GESTÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
PAULO HENRIQUE RAMOS DA SILVA 
RA: 1856949 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII 
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS-TO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS 
2019 
 
CURSO SUPERIOR TÉCNICO EM GESTÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII 
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS-TO 
 
 
Aluno: Paulo Henrique Ramos da Silva
 
RA: 1856949 
Projeto Integrado Multidisciplinar VII para 
obtenção do título de Tecnólogo em Gestão 
Pública apresentado à Universidade Paulista - 
UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS 
2019 
RESUMO 
 
O presente Projeto Integrado Multidisciplinar tem por objetivo aplicar os 
conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas. Estudaremos uma Prefeitura 
de uma capital do norte – Palmas -TO a qual possui área de 2.219 km² e população 
estimada em 2010 era de 217.056 habitantes. Analisaremos como é feita a 
Captação e o Gerenciamento dos Recursos da entidade, e como é feito o 
planejamento desses recursos, passamos então a analisar como ela Controla e 
Audita o uso desses Recursos Públicos e em seguida como lida com questões de 
Desenvolvimento Sustentável. 
 
Palavras chave: Captação de Recursos. Gerenciamento de Recursos. 
Gestão Pública. Auditorias Públicas. Desenvolvimento Sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present Multidisciplinary Integrated Project aims to apply the 
knowledge acquired in the subjects studied. We will study a City Hall of a northern 
capital - Palmas -TO which has an area of 2,219 km² and estimated population in 
2010 was 217,056 inhabitants. We will look at how the entity's Fundraising and 
Management is done, and how these resources are planned, and then we look at 
how it controls and audits the use of these Public Resources and then how it deals 
with Sustainable Development issues. 
 
Keywords: Fundraising. Resource Management. Public Management. 
Public Audits. Sustainable development. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 
2.CAPTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RECURSOS .............................................. 8 
2.1.A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS NA CAPTAÇÃO DE 
RECURSOS PARA A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL ........................................... 9 
3.CONTROLE E AUDITORIA PÚBLICA ................................................................... 11 
4.DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................................. 13 
4.1.O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA ................................................................................................................ 15 
5.CITAÇÕES E REFERÊNCIAS ............................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
Este Projeto Integrado Multidisciplinar tem por objetivo analisar uma 
Prefeitura de uma cidade do Centro do Tocantins, sob a ótica dos aspectos de 
Captação e Gerenciamento de Recursos, Controle e Auditoria Pública e 
Desenvolvimento Sustentável; baseando-se nos conceitos estudados das disciplinas 
a que se referem. A cidade possui área de área de 817.727 km² e população 
estimada em 2010 era de 217.056 habitantes. Sua estrutura é composta por dez 
secretarias, um órgão, uma empresa pública e uma autarquia. A análise da instituição 
se baseará nos conceitos das disciplinas estudadas e contemplará: Captação e 
Gerenciamento de Recursos, a análise visa identificar a principal fonte de entrada de 
recursos e como é feito o planejamento orçamentário e estratégico; Controle e 
Auditoria Pública, onde identificaremos como órgão de controle está estruturado, 
quais os principais modelos de auditoria adotados e os métodos utilizados. 
Desenvolvimento Sustentável que visa demonstrar como a entidade lida 
com os aspectos sociais e ambientais. A análise pretende evidenciar como é 
realizada a captação de recursos, como é feito o planejamento dos recursos da 
entidade e como é feito o controle do uso desses recursos, em seguida, se existe 
preocupação com o desenvolvimento sustentável na utilização deles. Também, na 
conclusão faremos sugestões para mitigar alguns dos problemas encontrados. 
6 
 
 
Figura 1 Prefeitura Municipal de Palmas-TO 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Figura 2 Bandeira de Palmas-TO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2.CAPTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RECURSOS 
 
Por se tratar de uma entidade classificada como Poder Executivo o seu 
planejamento orçamentário é feito por meio do Orçamento-Programa que se compõe 
da tríade PPA – Plano Plurianual, LDO – Lei das diretrizes Orçamentárias, LOA – 
Lei do Orçamento Anual por meio da qual a entidade estima as suas receitas e fixa 
as suas despesas. 
“O orçamento, no Brasil, passou por muitas mudanças. Saiu de um modelo 
tradicional, que se pautava pela agregação de valores nos objetos de gastos, 
distribuídos em itens de despesa que eram executados por unidades 
administrativas. Posteriormente evoluiu para o Orçamento de Desempenho 
cujo objetivo era a avaliação não somente dos gastos realizados, mas também 
dos resultados produzidos. A seguir, veio o Orçamento Base Zero que se 
caracterizava, a cada novo período, pela reavaliação das necessidades e 
despesas, como se o orçamento anterior não existisse, ou seja, ele partia de 
uma base zero de informação e criava um novo orçamento. Deste processo 
evolutivo, que aqui resumimos em poucas palavras, chegamos ao Orçamento – 
Programa que é o atual modelo utilizado no Brasil, para os orçamentos da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.” (SCHENEIDER, 2013,p 63- 64 ) 
Concomitante e de acordo com as peças orçamentárias legais, a entidade 
também elabora um planejamento estratégico, onde o prefeito estabelece suas 
metas e prioridades. Os secretários, diretores, chefes e demais servidores 
envolvidos na área desmembram essas metas em atividades com prazos definidos. 
As atividades possuem indicadores de realização e um responsável. As 
metas definidas compõem o caderno anual de metas. Esse planejamento abrange 
três os níveis de atuação da seguinte maneira: 
I. Nível Estratégico: Neste nível está o planejamento macro e a definição das 
metas e das políticas públicas que estão envolvidas nelas. De acordo com 
quais realidades são atendidas / modificadas pela meta. Neste nível estão os 
Secretários municipais e próprio Prefeito. 
II. Nível Tático: Este nível estabelece indicadores de desempenho para as 
atividades descritas no nível operacional e as formas de mensurá-los. 
Também acompanha o desenvolvimento das atividades e cobra os resultados 
9 
 
necessários para que a meta seja atingida. Neste nível estão os Diretores da 
Divisão. 
III. Nível Operacional: Neste nível é extremamente micro. Aqui as metas são 
desmembradas em atividades necessárias para alcançar os objetivos, além 
disso, são descritos os modos de executaras atividades. Aqui também se 
estabelece responsáveis diretos por cada atividade. Este nível é composto 
pelos Chefes de Setor e pelos demais servidores do município. A principal 
fonte de obtenção de recursos da entidade, ouseja, de Receitas Públicas, é 
sem dúvida a arrecadação de receitas correntes de origem tributária. Os 
tributos com valores mais significativos são o IPTU (Imposto Predial e 
Territorial Urbano) e ITR (Imposto Territorial Rural). Porém a entidade 
também recebe recursos oriundos das Transferências Constitucionais como: 
Fundo de Participação dos Estados e do Distrito federal (FEP), Fundo de 
Participação dos Municípios (FPM), Contribuições de Intervenção no Domínio 
Econômico. A prefeitura também arrecada ISS – Imposto Sobre Serviço, de 
todas as empresas do gênero instaladas no município. 
 
Para aumentar sua arrecadação, a entidade realizou a atualização da 
planta genérica e de modo a atualizar os valores de IPTU e aumentar a arrecadação. 
Há também na prefeitura, um órgão responsável diretamente por esta atividade 
chamada Escritório de Captação de Recursos, responsável principalmente por gerir 
recursos de convênios com os governos: Estadual e Federal. 
2.1.A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS NA CAPTAÇÃO DE 
RECURSOS PARA A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 
É constante o crescimento dos desafios da administração pública municipal 
em atender a grande demanda gerada pelas necessidades em educação, saúde, 
habitação, infraestrutura e assistência social, as quais raramente podem ser 
supridas somente pela arrecadação habitual dos municípios. Diante disso, e como 
forma de documentar adequadamente a aplicação dos recursos públicos, o Governo 
Federal adotou uma nova postura na liberação de verbas públicas para atender as 
demandas dos municípios, através da exigência da elaboração de projetos. Com 
10 
 
isso, mecanismos foram desenvolvidos para a recepção e avaliação de projetos 
elaborados nas esferas municipais. O presente estudo, realizado a partir de análise 
documental, apresenta resultados da prática da gestão de projetos aplicada à 
captação de recursos na administração pública. Os resultados observados 
permitiram identificar elementos significativos relativamente à contribuição da gestão 
de projetos para o aumento dos recursos captados e, consequentemente, investidos 
no desenvolvimento dos municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3.CONTROLE E AUDITORIA PÚBLICA 
 
A prefeitura em questão possui um órgão de controle interno denominado 
Controladoria Geraldo Município, que possui status de órgão de Staff e um dirigente 
máximo chamado Controlador Geral do Município. A Controladoria Geral do 
Município foi instituída através de lei, com o objetivo de melhorar a Governança 
Coorporativa e promover o Accontability. Por accountability entendemos o conjunto 
de mecanismos e de processos que conduzem os gestores públicos a prestarem 
contas dos resultados de suas ações, sempre como fito de ampliar a Gestão Pública 
e Políticas Públicas no Brasil transparência e a exposição das políticas públicas. A 
exigência de prestação de contas, entretanto, é diferente conforme a natureza da 
respectiva entidade. (DITTICIO, 2014, p.62-63) 
 
A controladoria Geral do município possui as seguintes atribuições: 
I. Avaliar, no mínimo por exercício financeiro, o cumprimento das 
metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de 
governo e dos orçamentos do município; 
II. Verificar o atingimento das metas fiscais, físicas e de resultados 
dos programas de governo, quanto à eficácia, à eficiência e à 
efetividade da gestão nos órgãos e nas entidades da 
Administração Pública Municipal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado, estabelecidas 
na lei de diretrizes orçamentárias; 
III. Comprovar a legitimidade dos atos de gestão; 
IV. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem 
como dos direitos e deveres do Município; 
V. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional; 
VI. Realizar o controle dos limites e das condições para a inscrição de 
despesas em Restos a Pagar; 
VII. Cientificar a(s) autoridade(s) responsável (eis) quando constadas 
ilegalidades ou irregularidades na administração municipal. 
 
Para promover esta melhora na Governança Coorporativa a controladoria 
adotou o método de Auditorias Operacionais. Auditoria Operacional tem como 
12 
 
característica principal estabelecer auditorias específicas nos diversos órgãos ou 
departamentos, procurando identificar quais são os pontos fracos e fortes de 
determinado segmento. (PARDINI, 2015, p106) 
A controladoria utiliza para elencar os objetos de auditoria uma matriz de 
riscos, com o intuito de selecionar as principais áreas a serem auditadas e a ordem 
em que as auditorias devem ser realizadas. Para cada auditoria é escolhido um 
coordenador que será responsável pelo estudo e apresentação do escopo da 
auditoria para o restante da equipe, bem como da organização da auditoria em si. O 
coordenador também é o responsável ao final da auditoria pela elaboração do 
relatório de auditoria que é pela matriz de achados daquela auditoria. Após a 
elaboração do relatório de auditoria, este é encaminhado ao Controlador Geral do 
Município que após lê–lo e assiná-lo em conjunto com o coordenador da auditoria, o 
encaminha ao Prefeito Municipal e ao Gestor da Área Auditada, para análise e se for 
o caso discutir as providências a serem adotadas para a correção dos problemas 
encontrados. 
O Controlador Geral do Município se manifesta por meio de pareceres e 
recomendações as quais ele no caso de pareceres responde a questionamentos 
feitos a controladoria e no caso de recomendações estabelece ações e medidas que 
a Administração Pública deve tomar com relação a algum achado de auditoria ou 
algum outro assunto que venha a tomar conhecimento de oficio ou por denúncia. 
A controladoria também é a responsável por toda comunicação feita com 
o tribunal de contas estadual e de lhes receber e lhes atender quando da auditoria 
anual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
4.DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
A própria Constituição Federal nos garante o acesso ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, para tanto é necessário que este seja preservado da 
ação predatória. Entretanto é preciso que haja desenvolvimento econômico, e esse 
desenvolvimento muitas vezes se antagoniza com a preservação. Qual seria a 
solução para esse dilema Desenvolvimento X Preservação? O Desenvolvimento 
sustentável. 
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o 
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem 
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o 
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de 
harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação 
ambiental. (WWF-Brasil). 
Sendo assim, podemos dizer que a prefeitura estudada está 
comprometida com o desenvolvimento sustentável, pois isso se dá principalmente 
pelo seu planejamento estratégico o qual visa maximizar os recursos financeiros 
inclusive de maneira a tirar o máximo dos produtos e serviços que adquiri. 
Levando em conta, a lei determina que as compras públicas sejam 
efetuadas através de processos licitatórios, assim sendo imprescindível que se fale 
em licitações sustentáveis. 
A licitação sustentável é uma solução para integrar considerações 
ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e contratação dos 
agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, 
ao meio ambientee aos direitos humanos. A licitação sustentável permite o 
atendimento das necessidades específicas dos consumidores finais por meio da 
compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e a 
sociedade. (BIRDMAN. 2008, p.21) 
Vale salientar que na contratação de serviços a entidade se preocupa 
com a responsabilidade ambiental e social da empresa contratada, fazendo a 
verificação das licenças ambientais desta conforme o caso, e também verificando se 
há um real comprometimento da empresa com o desenvolvimento sustentável, se a 
14 
 
empresa respeita a legislação ambiental e ainda com relação à responsabilidade 
social é feita uma verificação se a empresa em questão está em dia com os 
recolhimentos e obrigações pertinentes, caso a empresa não esteja de acordo com 
esses requisitos a contratação pode ser suspensa e até mesmo realizado o distrato 
do contrato administrativo. 
Com relação à compra de materiais, a prefeitura está desenvolvendo um 
plano de compras sustentáveis, que visa a aquisição de produtos que atenda mais 
classificações e normas ambientais e sustentáveis. Este plano está sendo 
desenvolvido pela Divisão de Suprimentos e estão envolvidos no processo 
aproximadamente 40 funcionários distribuídos entre os diversos níveis (Estratégico, 
Tático e Operacional) de maneira que não haja entraves funcionais no 
desenvolvimento do projeto. 
Com relação à Captação de Recursos, após essa análise, percebemos 
que a principal forma de arrecadação da prefeitura é a de receitas correntes, mais 
precisamente as de cunho tributário. A entidade já realizou a reavaliação da planta 
genérica e dos valores venais dos imóveis de maneira a ampliar a arrecadação de 
IPTU. E também recebe diversos recursos provenientes de Convênios com os 
Governos Federal e Estadual. Porém, foi observado que a arrecadação de ISS-
Imposto Sobre Serviços ainda é modesta devido aos poucos recursos empregados 
na fiscalização. Sugerimos que a entidade desenvolva um planejamento de ações 
que visem a intensificar a arrecadação desses impostos, de modo a engrossar a 
arrecadação e poder investir de maneira mais tranqüila nos programas e projetos 
desenvolvidos no município. 
A respeito da Auditoria e Controles, verificamos que o órgão do município, 
Controladoria Geral, ainda está preso na Validação dos Atos da Administração, na 
Execução Fiscal e nas Auditorias, ou seja, das quatro macro funções do controle, o 
órgão desenvolve atividades contempladas em apenas duas delas: Controladoria e 
Auditoria Governamental. E embora exista na estrutura a área de Ouvidoria, esta 
não está em operação. Sugerimos que seja feita uma reestruturação do órgão de 
maneira a contemplar em sua estrutura a função Corregedoria e ainda que a função 
Ouvidoria entre em efetivo funcionamento. 
Já o Desenvolvimento Sustentável, embora seja um tema em tratado 
desde 1968, sua abrangência é maior no setor privado. Por se tratar de uma 
15 
 
entidade pública, a prefeitura em questão está até bem encaminhada, tendo em 
vista que esses conceitos são muito pouco aplicados no setor público, 
principalmente em cidades pequenas do interior. 
 
4.1.O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
O presente texto pretende abordar, de forma breve e despretensiosa, a 
aplicação ao cenário burocrático estatal brasileiro do ideário atinente ao que se 
convencionou chamar “desenvolvimento sustentável”. 
 
Para tanto, será necessário trazer a lume os conceitos apresentados por 
Fernando Kinoshita no artigo intitulado “Ciência, Tecnologia e Sociedade: uma 
proposta renovada de desenvolvimento sustentável de caráter universal”, para que 
depois se faça uma reflexão mais restrita no âmbito do Direito Administrativo 
brasileiro, mormente em face dos mecanismos de contratação do Poder Público, 
marcados pela regra licitatória. 
 
Impõe-se registrar, todavia, que o presente texto não se reveste do 
caráter formal de um artigo acadêmico. Trata-se, ao contrário, de mera síntese 
analítica, cujo intento é promover um enfrentamento prefacial da temática tratada, 
passível de maior aprofundamento em momento diverso. 
A dicotomia entre o desenvolvimento econômico e a preservação de 
recursos naturais aparece como uma constante ao longo da segunda metade do 
século XX. Com efeito, ao perceber que a globalização e o aparecimento de novas 
tecnologias poderia, além de permitir avanços concretos no aspecto econômico, 
causar também severa degradação do patrimônio ecológico, o homem passou a 
vivenciar um perigoso dilema. 
 
E é justamente em face desse dilema que surge a idéia de 
desenvolvimento sustentável. Afinal, de nada adianta o desenvolvimento econômico 
16 
 
se, na outra ponta, o homem estiver a deteriorar um bem tão caro e necessário à 
sua própria sobrevivência, que é o meio-ambiente sadio e equilibrado. 
Faz-se imperioso reconhecer, no entanto, que embora esteja 
marcadamente relacionado com a temática ambiental, o desenvolvimento 
sustentável não deve ser reduzido a tal aspecto. Nesse sentido é a manifestação de 
Kinoshita, ao aduzir que 
[...] o conceito de ‘Desenvolvimento Sustentável’ deve ser a base para a fusão das 
demais acepções de desenvolvimento, visto que enquanto conceito é extremamente 
dinâmico, relativo, pleno de diferentes dimensões e sujeito a numerosas 
interpretações que por si só abarca os aspectos sociais (Desenvolvimento Social), 
econômicos (Desenvolvimento Econômico) e ambientais (Desenvolvimento 
Sustentável), tendo como principal sujeito e objeto o próprio ser humano 
(Desenvolvimento Humano). (KINOSHITA). 
 
Ao tratar da atuação estatal brasileira em matéria ambiental, e 
marcadamente na perseguição do desenvolvimento sustentável referido no tópico 
anterior, poderia o presente texto enfrentar questões de variadas ordens, desde a 
análise das competências legislativas em direito ambiental até a efetiva estruturação 
dos órgãos e entidades do poder público atuantes nessa seara, como são exemplos 
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis – 
IBAMA e o Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade - ICMBio. 
Entretanto, pretende-se atribuir um enfoque diferenciado à análise 
pretendida, fruto da vivência particular deste estudioso no acompanhamento das 
licitações e contratações do poder público, notadamente na esfera federal, 
porquanto exercente do cargo de Procurador Federal, inserido na estrutura da 
Advocacia-Geral da União. 
Afinal, não raramente o Estado brasileiro vive contradições entre o papel 
fiscalizatório ou fomentador que exerce e a sua efetiva atuação ou vivência prática. 
Apenas para citar um exemplo, singelo, mas de fácil compreensão, é bastante 
comum a existência de escritórios e estruturas da Administração Pública federal 
incompatíveis com a adequada proteção da saúde dos servidores públicos, seja 
porque não possuem mecanismos de acessibilidade (rampas de acesso ou 
elevadores) ou mesmo porque os equipamentos utilizados (computadores, mesas, 
17 
 
cadeiras etc.) não permitem a ergonomia adequada para o trabalhador bem 
desenvolver o seu mister. 
Curiosamente, e marcadamente no âmbito dos empreendimentos privados, 
cabe ao próprio Estado a fiscalização da questão aqui versada, promovendo a 
efetiva proteção de direitos basilares dos trabalhadores brasileiros, relacionados ao 
meio ambiente do trabalho saudável e adequado, o que se dá através dos órgãos de 
fiscalização insertos na estrutura do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Ou seja, sói reconhecer que muitas vezes o agente estatal responsável pela 
fiscalização do trabalho nas empresas privadas não goza, na estruturainterna de 
funcionamento do próprio órgão ao qual pertence, das proteções que exige dos 
empregadores em face dos seus empregados. 
O exemplo supracitado, em que pese aparentemente não tenha correlação 
com a estreita temática ambiental aqui versada, serve apenas para demonstrar que 
o Estado brasileiro, através da Administração Pública, muitas vezes se vê diante da 
desarrazoada contradição de ter a função de fiscalizar ou fomentar determinada 
prática, em face de preceitos constitucionais e legais expressos nesse sentido, mas 
ao mesmo tempo não consegue sequer vencer o mesmo problema no âmbito da sua 
estruturação e organização internas. 
E essa premissa pode ser perfeitamente visualizada sob a ótica do 
desenvolvimento sustentável ambiental aqui tratado. Com efeito, exercendo 
consultoria em licitações e contratos em favor de entidades públicas federais, este 
estudioso percebeu um padrão absolutamente corriqueiro nas contratações levadas 
a efeito pelos entes estatais. Na tentativa de assegurar a vantajosidade econômica 
dos enlaces que pretende realizar, a Administração Pública muitas vezes olvida por 
completo do aspecto ambiental, cuja relevância reclamaria maior atenção e 
preocupação por parte do gestor. 
 
 
 
 
 
18 
 
5.CITAÇÕES E REFERÊNCIAS 
 
• DITTICIO, Claudio. Gestão pública e políticas públicas no Brasil, São Paulo: 
Editora Sol, 2014. 
• PARDINI, Rubens. Controle e Auditoria Pública, São Paulo: Editora Sol, 2015. 
SCHNEIDER, César; MIGUEL, Marcos Portela. Manual da Contabilidade 
Pública. São Paulo: IOB Folha matic, 2013. 
• BIDERMAN, Rachel. et al.Guia de Compras Públicas Sustentáveis: Uso do 
poder de compra do governo para a promoção do desenvolvimento 
sustentável. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. 
• CEBDS. Manual de Compras Sustentáveis. Rio de Janeiro, 20 14. 
• WWF – O que é Desenvolvimento Sustentável? Disponível em 
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira 
• https://semarh.to.gov.br/noticia/2019/2/26/desenvolvimento-de-ferramenta-de-
sustentabilidade-de-paisagens-do-tocantins-e-tema-de-reuniao-tecnica/ 
• https://online.unisc.br/seer/index.php/redes/article/view/2041 
• https://jus.com.br/artigos/33828/o-desenvolvimento-sustentavel-no-ambito-da-
administracao-publica

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