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APOSTILA LABORATÓRIO DE QUÍMICA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Práticas de Laboratório de Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.a Ana Claudia Granato Malpass 
Prof. Benecildo Amauri Riguetto 
Prof. Geoffroy Roger Pointer Malpass 
Prof. José Luís Vieira Neto 
Prof.a Karen Araújo Borges 
Prof. Marcelo Bacci da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberaba – MG 
2019
 
2 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
Normas de segurança em laboratório ................................................................................................... 3 
Medidas em análise química .............................................................................................................. 13 
Nome e função dos principais utensílios de um laboratório químico ................................................ 16 
Experimento 01 – Densidade de sólidos e líquidos ........................................................................... 20 
Experimento 02 – Separação dos componentes de uma mistura ....................................................... 25 
Experimento 03 – Curva de solubilidade de um sal inorgânico ........................................................ 31 
Experimento 04 – Cristalização e Recristalização – Purificação de um composto inorgânico ......... 35 
Experimento 05 – Preparo de soluções .............................................................................................. 38 
Experimento 06 – Padronização e Titulação Ácido-Base .................................................................. 43 
Experimento 07 – Síntese do alúmen de potássio, KAl(SO4)2.12H2O .............................................. 48 
Experimento 09 – Equilíbrio Químico ............................................................................................... 56 
Experimento 10 – Cinética Química – Arrhenius .............................................................................. 60 
 
 
 
 
 
Para referenciar esta apostila: 
MALPASS, A. C. G. et al. Práticas de laboratório de química. Uberaba: [s.n.], 2019. Apostila 
elaborada pelos professores Ana Claudia Granato Malpass, Benecildo Amauri Riguetto, Prof. 
Geoffroy Roger Pointer Malpass, José Luís Vieira Neto, Karen Araújo Borges, Marcelo Bacci da 
Silva, – Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Curso de Engenharia Química. 
 
 
 
3 
 
Normas de segurança em laboratório 
 
1. Nunca trabalhar sozinho em um laboratório. 
2. Dentro do laboratório devem-se ter atitudes responsáveis e prudentes. 
3. Utilizar sempre o avental e se necessário, outros equipamentos de segurança próprios para o 
serviço que se vai executar. 
4. Cabelos longos devem ser amarrados. 
5. Antes de utilizar qualquer reagente, leia seu rótulo. 
6. Nunca deixar frascos de reagentes abertos e evitar contaminá-los. 
7. Afaste qualquer produto ou material, antes de utilizar alguma chama. 
8. Evitar qualquer contato dos reagentes com a pele e olhos. 
9. Existindo a formação de gases ou vapores, utilizar a capela. 
10. Evitar improvisações, na dúvida procurar pessoas mais experientes. 
11. Alimentos, doces, gomas de mascar e bebidas devem ser guardados e consumidos fora do 
laboratório. 
12. Nunca se deve usar material de laboratório para beber ou comer. 
13. Deve ser proibido testar amostras ou reagentes pelo gosto e os odores devem ser verificados com 
muito cuidado. 
14. Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando produtos químicos. 
15. Os aventais de laboratório devem ser de algodão ou outro material pouco inflamável, e serem 
usados fechados. 
16. Use calçados fechados de couro ou similar. 
O número de visitantes ao laboratório deve ser restrito. Caso haja visitas, estas devem ser 
acompanhadas por um membro da equipe de trabalho e deve-se usar se necessário, proteção de 
olhos e cabeça. 
17. Nunca deve ser permitida a presença de crianças em laboratórios. 
18. Objetos pessoais devem ser guardados em armários ou gavetas fechadas fora do laboratório. 
19. Brincadeiras grosseiras são absolutamente proibidas em laboratórios. 
20. A água para beber deve ser colocada fora do laboratório, ou bebedouros acionados com o pé 
devem ser providenciados. 
21. As escrivaninhas devem ser organizadas e não conter materiais desnecessários, reagentes e 
equipamentos. 
22. As substâncias inflamáveis devem ser manipuladas em locais distantes de fontes de calor. 
23. Quando necessário, deve-se usar lenços de papel e não de tecidos. 
24. O uso de pipetadores é requerido sempre que forem utilizadas pipetas. 
25. Lentes de contato não devem ser utilizadas em laboratórios, pois podem ser danificadas por 
produtos químicos e causar lesões graves aos olhos. 
26. Sinais de advertência apropriados devem ser utilizados quando situações perigosas puderem 
ocorrer. 
27. Todos os reagentes estocados devem ser rotulados; frascos não rotulados devem ser 
imediatamente descartados. 
28. Lixeiras de metal com tampas devem ser providenciadas para papel e vidrarias quebradas, e 
medidas especiais devem ser tomadas para o descarte de solventes e outros produtos perigosos. 
29. Nunca despeje solventes na pia, visto que estes devem ser enterrados (pequenas quantidades). Se 
a quantidade for grande, deve ser armazenada em tambores apropriados para depois serem 
incinerados. 
30. Vidrarias utilizadas devem ser esvaziadas das soluções e solventes e enxaguadas com água antes 
de serem enviadas para a limpeza normal. Se instruções especiais de limpeza são necessárias, o 
pessoal da limpeza deve ser informado. 
31. Vidrarias lascadas ou trincadas devem ser descartadas. 
 
4 
32. Todos os equipamentos de laboratório devem ser revisados, para se prevenir possíveis problemas 
que possam por em risco a segurança. 
33. Escudos de segurança devem ser requeridos ao redor do local onde são realizadas reações de alto 
vácuo ou altas pressões. 
34. Os cilindros de gás devem ser amarrados e protegidos antes das tampas de proteção serem 
removidas. 
35. As soluções de peróxido de hidrogênio com concentrações maiores de 3% devem ser manuseadas 
com cuidado. 
36. Não armazene solventes em refrigeradores, e sim em armários à prova de explosão. 
37. Deve-se conhecer muito bem as características dos reagentes com respeito à sua toxicidade, à 
inflamabilidade e à explosividade antes de utilizá-los. 
38. Deve-se tomar precauções especiais quando se trabalha com substâncias reconhecidas ou com 
potencial carcinogênico, tais como asbestos em todas as suas fórmulas, trióxido de arsênico, 
cloreto de vinila, benzeno, clorofórmio, hidrazina e aminas. 
39. Os reagentes e as soluções devem ser claramente identificados e as soluções apresentar data de 
preparo, validade, e o nome do analista que as preparou. 
40. Todo derramamento de produtos e reagentes deve ser limpo imediatamente. Ácidos e bases fortes 
devem ser neutralizados antes da limpeza. 
41. No caso de derramamentos de líquidos inflamáveis, produto tóxico ou corrosivo interrompa 
imediatamente o trabalho, avise as pessoas próximas sobre o acidente e efetue ou solicite a 
limpeza imediatamente. 
42. Mantenha em todos os momentos uma atitude calma e cuidadosa. Deve-se estar sempre 
consciente do que se está fazendo. 
43. Ande ao invés de correr. 
44. Não carregue volumes em excesso ou que possam obstruir a visão. Não erga pesos excessivos. 
45. Não improvise, pois as improvisações são o primeiro passo para acidentes; deve-se sempre 
utilizar material e equipamentos adequados. 
46. Todas as substâncias são tóxicas, dependendo de sua concentração. Procure conhecer suas 
propriedades físicas e a toxicidade para manipulá-la adequadamente. 
47. Use os equipamentos de segurança recomendados. 
48. Programe as atividades com colegasde laboratório para evitar a ocorrência de eventos 
incompatíveis no mesmo local. 
49. Não execute ações que possam envolver riscos, quando estiver sob tensão emocional. 
50. Receba visitas apenas fora do laboratório, pois elas não conhecem as normas de segurança, não 
estão adequadamente vestidas e são motivos de distração. 
51. Ao utilizar equipamentos elétricos, verificar a voltagem correta. 
52. Ao término do trabalho, arrumar a bancada e lavar o material utilizado. 
53. Qualquer fato estranho ou incidente, comunicar ao responsável pelo laboratório. 
54. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos 
os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e lave as mãos. 
55. Ao aquecer um tubo de ensaio contendo solução (ou qualquer outra substância) nunca aponte-o 
para si ou para o colega vizinho. O super-aquecimento pode dar origem à formação brusca de 
bolhas de vapor com a expulsão do conteúdo de forma violenta e perigosa. 
56. Acostume-se a retirar quantidades mínimas de reagentes. Nunca se deve recolocar sobras de 
reagentes nos recipientes originais. Adotando a regra acima, você evitará desperdícios e 
contaminações. 
57. Quando você retirar um frasco de reagente da estante, tenha o cuidado de recolocá-lo no mesmo 
lugar, imediatamente após o uso. 
58. Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a peça de vidro 
numa toalha para proteger as mãos. 
59. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque 
com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 
 
5 
60. Nunca adicione água em ácido. Promova a dissolução do ácido em água com resfriamento 
simultâneo para facilitar a dissipação de calor. 
 
Instalações e equipamentos de segurança 
 
 As instalações elétricas e hidráulicas devem ser aparentes ou sob piso falso, para facilitar a 
manutenção; 
 Em locais onde se trabalha com solventes orgânicos inflamáveis, as instalações elétricas devem 
ser à prova de explosão; 
 Os gases sob pressão devem passar por uma canalização visível; 
 Os cilindros de gases de alimentação devem ser armazenados fora do laboratório, em área livre 
bem ventilada e sinalizada; 
 Bancadas e pisos devem ser construídos com materiais que dificultem a combustão e que sejam 
resistentes ao ataque de produtos químicos; 
 Deve existir uma capela, para se trabalhar com produtos voláteis e tóxicos; 
 Os produtos químicos devem ser armazenados fora do laboratório, em local de boa ventilação, 
livre do sol e bem sinalizado; 
 Aprenda a localização e a utilização do extintor de incêndio existente no laboratório. Este também 
deve estar localizado em lugar de fácil acesso e sinalizado. 
 Para se prevenir e contornar situações de emergência devem ser previstas instalações como: 
 Proteção contra incêndios (portas corta-fogo e sinalização de alarme, ventilação geral diluidora, 
para evitar a formação de misturas explosivas); 
 Chuveiro de emergência (deve ser instalado em local de fácil acesso e seu funcionamento deve 
ser monitorado); 
 Lava-olhos (seu funcionamento deve ser monitorado); 
 Sinalização de segurança (faixas indicativas, cartazes e placas indicativas). 
 
Medidas de segurança relativa a operações específicas 
 
 Antes de manusear um reagente químico qualquer, deve-se conhecer as propriedades químicas, 
físicas e toxicológicas deste, seu manuseio seguro e medidas de primeiros socorros em caso de 
acidente. Para isto deve-se consultar o Index Merck ou fichas toxicológicas dos produtos. 
 Leia os rótulos dos frascos dos reagentes antes de usá-los. 
 Os rótulos devem ser periodicamente vistoriados e, nos casos de maior incidência, providenciar 
a proteção com parafina ou película plástica. 
 Nunca use um reagente que não esteja identificado, rotulado. Qualquer etapa de trabalho durante 
a qual possa ocorrer desprendimento de gás ou vapores tóxicos dever ser feita DENTRO DA 
CAPELA. 
 Não trabalhar com material imperfeito ou defeituoso, principalmente com vidro que tenha ponta 
ou aresta cortantes. 
 Não aquecer nada em frascos volumétricos. 
 Nunca acender um bico de gás quando alguém no laboratório estiver usando algum solvente 
orgânico. 
 Verifique as condições da aparelhagem. Evite montagens instáveis de aparelhos. Não use livros, 
lápis, caixas de fósforos, etc, como suportes. 
 Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho. 
 Faça uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de reagente, antes de colocá-lo para 
lavagem. 
 Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparada e as amostras coletadas. 
 
6 
 Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação. 
 Limpe imediatamente qualquer derramamento de produtos de petróleo e reagentes. 
 
A ocorrência de acidentes em laboratórios, infelizmente, não é tão rara como possa parecer. 
Visando diminuir a ocorrência e a gravidade destes eventos, é absolutamente imprescindível que 
sejam observadas as normas de segurança durante os trabalhos em laboratório. 
Em um laboratório químico, devemos observar alguns símbolos de advertência para o manuseio 
de reagentes e a execução de procedimentos. Alguns destes símbolos são comuns em rótulos de 
reagentes e nas entradas de laboratórios. Assim, é importante saber o significado destes símbolos para 
que sejam tomados os cuidados necessários. Os principais símbolos são: 
 
Substância Tóxica Substância Irritante Substância Corrosiva Substância Inflamável 
 
Radiação ou Raio-X Risco Biológico Entrada restrita Equipe de Limpeza 
 
Muito importante no projeto é o estudo do local que será destinado ao almoxarifado. Quando 
são negligenciadas as propriedades físicas e químicas dos produtos químicos armazenados podem ser 
ocasionados incêndios, explosões, emissão de gases tóxicos, vapores, pós e radiações ou combinações 
variadas desses efeitos. 
No que tange a produtos químicos, é importante considerar não somente a sua toxicidade, mas 
também a quantidade manipulada. Algumas drogas, por exemplo, são efetivas na cura de doenças até 
uma certa dosagem, que se excedida, podem provocar efeitos nocivos. Compostos de mercúrio, 
arsênio e antimônio, que são considerados pelos leigos como altamente venenosos, têm sido 
empregados no tratamento de doenças. É de vital importância para aqueles que tabalham no 
laboratório, conhecer a simbologia existente em frascos de produtos químicos. 
A simbologia apresentada a seguir é utilizada em embalagens de produtos químicos 
(classificados ou não pela ONU). Dentre várias normas em vigor, a simbologia abaixo é a que traz 
informações mais quantitativas sobre os perigos. Esta norma é adotada em todos os paises membros 
da União Européia. 
 
"E" EXPLOSIVO: Este símbolo se refere a uma substância que pode explodir se 
entrar em contato com uma chama, ou se sofrer choque ou fricção. 
 
"O" OXIDANTE: Este símbolo se refere a uma substância que produz calor 
quando reage com outras substâncias, particularmente inflamáveis. 
 
 
7 
"F" ALTAMENTE INFLAMÁVEL: Este símbolo se refere a uma substância que 
entra em ignição em condições normais de pressão e temperatura. Caso seja um 
sólido, pode entrar em ignição em contato com a fonte de calor e continuar 
queimando por reação química, mesmo depois da remoção da fonte. Se esta 
substância for gás, ela queima em contato com a ar em condições normais de 
pressão. 
Em contato com água ou ar úmido esta substância pode lançar gases altamente 
inflamáveis em quantidades perigosas. 
 
"F+" EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL: Este símbolo se refere a uma 
substância líquida que entra em ignição quando seus vapores entram em contato 
com uma fonte de calor. 
O símbolo "F+" fica no corpoda etiqueta. 
"T" TÓXICO: Este símbolo se refere a uma substância altamente perigosa à saúde. 
 
"T+" MUITO TÓXICO: Este símbolo se refere a uma substância que, se inalada, 
ingerida ou em contato com a pele, pode causar danos imediato à saúde e a longo 
prazo pode levar à morte. 
O símbolo "T+" fica no corpo da etiqueta. 
"C" CORROSIVO: Este símbolo se refere a uma substância que causa destruição 
e queimaduras de tecidos vivos. 
 
 
"Xn" PREJUDICIAL - MENOS QUE "T": Este símbolo se refere a uma 
substância que pode causar risco à saúde. Pode haver reação alérgica. O símbolo 
"Xn" fica no corpo da etiqueta. 
 
"Xi" IRRITANTE - MENOS QUE "C": Este símbolo se refere a uma substância 
que pode causar irritação em contato com a pele. O símbolo "Xi" fica no corpo da 
etiqueta. 
 
"N" PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE: Este símbolo se refere a uma 
substância que causa danos ao meio ambiente. 
 
EXEMPLO DE ETIQUETAS ENCONTRADAS EM FRASCOS DE PRODUTOS 
QUÍMICOS 
 
 
 
8 
 
DIAMANTE DE HOMMEL 
 
Uma outra simbologia bastante aplicada é o Diamante de HOMMEL. 
 
 
 
Diferentemente das placas de identificação, o diamante de HOMMEL não informa qual é a 
substância química, mas indica todos os graus de riscos (variando de 0 a 5) envolvendo o produto 
químico em questão, ou seja, quando considerado apenas o Diamante de HOMMEL sem outras 
formas de identificação este método de classificação não é completo. Os riscos representados no 
Diamante de Hommel são os seguintes: 
 
VERMELHO - INFLAMABILIDADE, onde os riscos são os seguintes: 
4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos 
3 - Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente 
2 - Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente 
1 - Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição 
0 - Produtos que não queimam 
 
AZUL - PERIGO PARA A SAÚDE, onde os riscos são os seguintes: 
4 - Produto Letal 
3 - Produto severamente perigoso 
2 - Produto moderadamente perigoso 
1 - Produto levemente perigoso 
0 - Produto não perigoso ou de risco mínimo 
 
AMARELO - REATIVIDADE, onde os riscos são os seguintes: 
4 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura ambiente 
3 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão quando exposto a fonte de energia 
 severa 
2 - Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas 
1 - Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido 
0 - Normalmente estável 
 
BRANCO - RISCOS ESPECIAIS, onde os riscos são os seguintes: 
OXY Oxidante forte 
ACID Ácido forte 
ALK Alcalino forte 
 W- Evite o uso de água 
 
 
 
 
9 
 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS 
 
1) Queimaduras: 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chamas e objetos aquecidos): 
- No caso de queimaduras leves, aplicar vaselina líquida. 
- No caso de queimaduras graves, cobrir com gaze esterilizada umedecida com solução aquosa 
de bicarbonato de sódio a 5%. 
- Procurar um médico imediatamente. 
b) Queimaduras por ácidos: 
- Lavar o local imediatamente com água em abundância, durante cerca de cinco minutos. A 
seguir, lavar com solução saturada de bicarbonato de sódio e novamente com água. 
c) Queimaduras por álcalis (bases): 
- Lavar, imediatamente, o local atingindo com bastante água durante cinco minutos. Tratar 
com solução de ácido acético a 1% e lavar novamente com água. 
d) Ácido nos olhos: 
- Nos laboratórios existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de emergência. A 
lavagem deve ser feita por quinze minutos, após a qual se aplica solução de bicarbonato de 
sódio a 1%. 
e) Álcali nos olhos: 
- Proceder como no item anterior, substituindo a solução de bicarbonato de sódio por uma de 
ácido bórico a 1%. 
 
2) Intoxicações por gases: 
- Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-o descansar. 
 
3) Ingestão de substâncias tóxicas: 
- Administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, que é constituído de duas partes de 
carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tônico (vitamina do complexo B). 
 
 
DESCARTE DE REJEITOS (RESÍDUOS) 
 
Até há pouco tempo, os laboratórios descartavam seus rejeitos (resíduos) sem os cuidados 
necessários; solventes voláteis eram evaporados (lançados para a atmosfera), sólidos eram 
descarregados em lixo comum e, líquidos e soluções, eram descartados na pia. Essas práticas não são 
recomendadas e, atualmente, existe uma preocupação maior no descarte de rejeitos químicos. Existem 
regras estabelecidas para o descarte de rejeitos, especialmente os perigosos; no entanto, muitas vezes 
são difíceis e de custo elevado para serem implementadas. Assim, na prática, procura-se, sempre que 
possível, minimizar a quantidade de resíduos perigosos gerados nos laboratórios de ensino. 
Alguns procedimentos são adotados nesse sentido, como por exemplo: 
a) Redução da escala (quantidade de substância) de produtos químicos usados nos 
experimentos; 
b) Substituição de reagentes perigosos por outros menos perigosos; 
c) Conversão dos resíduos para uma forma menos perigosa através de reação química, antes do 
descarte; 
d) Redução dos volumes a serem descartados (concentrando as soluções ou separando os 
componentes perigosos por precipitação); 
e) Recuperação dos reagentes para novamente serem utilizados. 
 
10 
Instruções para descarte dos resíduos são fornecidas junto com as experiências. Quando os 
resíduos gerados na experiência não forem perigosos, poderão ser descartados na pia de acordo com 
as seguintes instruções: 
1) Soluções que podem ser jogadas na pia devem ser antes diluídas com água, ou jogar a solução 
vagarosamente acompanhada de água corrente; 
2) Sais solúveis podem ser descartados como descrito em 1. 
3) Pequenas quantidades de solventes orgânicos solúveis em água (ex: metanol ou acetona) 
podem ser diluídos antes de serem jogados na pia. 
Grandes quantidades desses solventes, ou outros que sejam voláteis, não devem ser descartados 
dessa maneira. No caso, tentar recuperá-los. 
4) Soluções ácidas e básicas devem ter seu pH ajustado na faixa de 2 a 11 antes de serem 
descartadas. Em caso de pequenos volumes dessas soluções (por exemplo, 10 mL ou pouco mais), 
essas podem ser diluídas e descartadas. 
5) Em caso de dúvida, perguntar ao professor como proceder o descarte. 
 
Algumas orientações básicas: 
 
I) RESÍDUO INSOLÚVEL NÃO PERIGOSO: Papel, cortiça, areia, podem ser, descartados 
em um cesto de lixo comum do laboratório. Alumina, sílica gel, sulfato de sódio, sulfato de magnésio 
e outros, devem ser embalados para evitar a dispersão do pó e descartados em lixo comum. Se esses 
materiais estiverem contaminados com resíduos perigosos, deverão ser manuseados de outra forma. 
 
II) RESÍDUOS SÓLIDOS SOLÚVEIS NÃO PERIGOSOS: Alguns compostos orgânicos 
(exemplo o ácido benzóico) podem ser dissolvidos com bastante água e descarregados no esgoto. 
Podem, também, ser descartados junto com resíduos insolúveis não perigosos. Caso estejam 
contaminados com materiais mais perigosos deverão ser manuseados de outra forma. 
 
III) RESÍDUOS LÍQUIDOS ORGÂNICOS NÃO PERIGOSOS: Substâncias solúveis em 
água podem ser descartadas no esgoto. Por exemplo, etanol pode ser descartado na pia do laboratório; 
1-butanol, éter etílico e a maioria dos solventes e compostos que não são miscíveis em água, não 
podem ser descartados dessa maneira. Líquidos não miscíveis com a água deverão ser colocados em 
recipientes apropriados para líquidos orgânicos, para posterior tratamento. 
 
IV) RESÍDUOS PERIGOSOS GENÉRICOS: Neste grupo estão incluídas substâncias como 
hexano, tolueno, aminas (anilina, trietilamina), amidas, ésteres, ácido clorídrico e outros. Deve-se ter 
especial atenção para as incompatibilidades, ou seja, algumas substânciasnão podem ser colocadas 
juntas no mesmo recipiente devido à reação entre elas. Por exemplo, cloreto de acetila e dietilamina 
reagem vigorosamente; ambos são reagentes perigosos e seus rejeitos devem ser mantidos em 
recipientes separados. 
Compostos halogenados como 1-bromobutano, cloreto de t-butila e outros, também devem ser 
guardados em recipientes separados dos demais compostos. 
 
V) ÁCIDOS E BASES INORGÂNICAS FORTES: Devem ser neutralizados, diluídos e 
então descartados. 
 
VI) AGENTES OXIDANTES E REDUTORES: Oxidar os redutores e reduzir os oxidantes 
antes do descarte. O professor dará informações de como proceder. 
 
Para que tais resíduos de laboratório possam ser eliminados de forma adequada é necessário 
ter-se à disposição recipientes de tipo e tamanho adequados. Os recipientes coletores devem ser 
caracterizados claramente de acordo com o sue conteúdo, o que também implica em se colocar 
símbolos de periculosidade. 
 
11 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RECIPIENTES 
 
Classe A: Solventes orgânicos e soluções de substâncias orgânicas que não contenham halogênios; 
Classe B: Solventes orgânicos e soluções orgânicas que contenham halogênios; 
Classe C: Resíduos sólidos de produtos químicos orgânicos que são acondicionados em sacos 
plásticos ou barricas originais do fabricante; 
Classe D: Soluções salinas: nestes recipientes deve-se manter o pH entre 6 e 8; 
Classe E: Resíduos inorgânicos tóxicos, por exemplo, sais de metais pesados e suas soluções; 
descartar em frascos resistentes ao rompimento com identificação clara e visível (consultar legislação 
específica); 
Classe F: Compostos combustíveis tóxicos; em frascos resistentes ao rompimento com alta vedação 
e identificação clara e visível; 
Classe G: Mercúrio e resíduos de seus sais inorgânicos; 
Classe H: Resíduos de sais metálicos regeneráveis; cada metal deve ser recolhido separadamente; 
Classe I: Sólidos inorgânicos. 
 
Esses são alguns exemplos de procedimentos de descarte de rejeitos produzidos no Laboratório 
Químico. É prática comum, antes de iniciar em experimento, buscar na literatura especializada 
informações sobre os efeitos tóxicos das substâncias que serão utilizadas e os cuidados necessários 
para manuseio e descarte das mesmas. 
 
Manuseio do material de vidro 
 
Lavagem 
 
Todo material de vidro, que tenha sido usado, deve ser lavado imediatamente. Nunca 
reaproveitar um recipiente sem antes lavá-lo, mesmo que ele venha a conter a mesma substância. 
Em laboratórios que empreguem pessoas cuja função é somente de lavagem de materiais e peças 
de vidro, deve o laboratorista, sempre que usar uma substância química, fazer uma lavagem 
preliminar antes de entregar a peça de vidro para limpeza final. Isto serve para ácidos, álcalis, 
solventes, substâncias e elementos químicos perigosos e nocivos à saúde. 
A pessoa que estiver no encargo de lavagem de material de vidro deve usar luvas de borracha 
ou de plástico (neoprene ou PVC) com superfície externa antiderrapante, para dificultar o 
deslizamento de vidro entre as mãos. Observou-se que no afã de segurar a peça de vidro que cai no 
bojo da pia de lavagem, o lavador quase sempre ajuda o choque e os estilhaços da peça de vidro 
poderão atravessar a luva e ocasionar cortes. O uso de luvas neste encargo também evita a dermatite 
pelo contato contínuo com vários produtos químicos. 
 
Vidro Quebrado 
 
Um dos problemas mais sérios no laboratório é a quebra do material vítreo e, como resultado, 
possíveis cortes. O material é caro e, em vários casos, sua substituição depende de importação. Não 
há meio de impedir que o material se quebre, mas devem-se tomar providências para que o fato seja 
reduzido, como instruir o laboratorista para ter o maior cuidado na manipulação. Podem ser 
observadas algumas práticas para minimizar as quebras, tais como forrar o balcão e as pias com 
lâminas de borracha. 
Quando houver possibilidade de consertar as peças quebradas, estas devem ser provisoriamente 
recolhidas em recipientes especialmente destinados a esta finalidade existentes no próprio laboratório 
para, posteriormente, terem o destino final adequado. 
 
 
12 
Aquecimento de Material de Vidro 
 
Apesar de a maior parte dos materiais de vidro de laboratório serem resistentes ao calor, é 
necessário um cuidado especial do laboratorista no que se refere à forma de aquecimento. Sempre 
deverá haver um material intermediário entre o recipiente de vidro e a chama, a não ser em casos 
especiais, como tubos de ensaio e tubos de vidro. Este material é normalmente a tela de amianto. 
Além de isolar o ataque do fogo ao vidro, a tela dispersa o calor e o aquecimento é uniforme em toda 
a superfície de contato tela-vidro. 
Para evitar que líquidos entrem em ebulição de forma violenta, deve-se colocar, no recipiente, 
pérolas ou pedaços de vidro ou de cerâmica porosa. 
As operações que envolvem aquecimento por chama devem ser feitas na capela. No caso de 
aquecimento de tubos de ensaio, é boa prática trabalhar com a janela parcialmente fechada, deixando 
apenas um espaço para a entrada dos braços do laboratorista. No caso de explosão, o vidro de 
segurança defenderá a pessoa que estiver ali trabalhando. As mãos deverão estar sempre protegidas 
por luvas. 
Ao aquecer um recipiente, procure segurá-lo por meio de uma pinça de madeira ou metal para 
evitar ser queimado ou atingido por respingos do material que está sendo aquecido. A boca do tubo 
deverá estar sempre voltada para o lado oposto ao do manipulador, isto é, para o lado interno da 
capela. Para aquecer a substância por igual, pode-se agitar ou girar o tubo, cuidadosamente para evitar 
respingos. Existem substâncias, no entanto, cujo aquecimento por intermédio de chama é muito 
perigoso; assim lança-se mão de outros métodos, como banho-maria, banho de areia ou por chapas e 
mantas. O aquecimento de substâncias com “Ponto de Fulgor” ou “Flash Point” (temperatura na qual 
o material pode se inflamar se estiver próximo a uma fonte de ignição, embora a chama não se 
sustente) baixo pode ser feito no banho-maria, usando-se água ou óleo. Mesmo quando se utiliza o 
banho-maria, deve–se evitar o aquecimento por chama (Bico de Bunsen e maçaricos). Informe-se 
sobre o ponto de fulgor em catálogos apropriados; certos catálogos comerciais (Aldrich) apresentam 
os pontos de fulgor de muitas substâncias. 
 
Maneira Segura de Inserir um Tubo de Vidro em uma Rolha 
 
 proteja as mãos com luvas ou com um pedaço de pano; 
 arredonde as pontas do tubo de vidro com fogo; 
 lubrifique o tubo de vidro e o orifício; 
 segure o tubo de vidro com uma das mãos o mais próximo possível da extremidade a ser 
introduzida no orifício; 
 segure, com a outra mão, a rolha, com firmeza; 
 introduza o tubo em movimento de rotação, sem fazer força. 
 
Maneira Segura de Furar Rolhas Manualmente 
 
Os furadores de rolha geralmente são confeccionados com latão, às vezes niquelados. 
Consistem de tubos de vários diâmetros, usados de acordo com o tamanho do furo desejado. Estes 
tubos têm na parte superior pinos parafusados, deixando o aparelho em forma de “T”. 
 
 Rolhas de Cortiça 
Parece que as rolhas de cortiça são mais facilmente perfuradas, em virtude da sua fragilidade; 
mas também devido a ela se despedaçam e se racham com facilidade exigindo do laboratorista 
maiores cuidados na operação, os quais são: 
1. Apoiar sobre a mesa a parte superior da rolha, ou seja, aquela com maior diâmetro; 
 
2. Segurar a rolha firmemente com a mão enluvada porque no caso do furador escapar, sua 
borda cortante poderá atingir a mão que segura a rolha, ocasionando ferimentos; 
 
13 
3. Furar a rolha com movimentos giratórios, como se fosse um saca rolhas, aprofundando o 
aparelho aos poucos; 
4. Não molhar a rolha ou o furador; 
5. Para que o furo saia perfeito e vertical, o operadordeverá fazê-lo em uma posição 
conveniente, ou seja, em pé; 
6. Não tentar furar a rolha a partir de ambos os lados, para fazer o encontro de orifícios no 
centro da rolha. O furo sairá imperfeito, e a parte apoiada, que já tenha sido furada, estará mais fraca, 
podendo ocasionar a quebra da rolha e possível ferimento no manipulador; 
7. Para evitar o rompimento da rolha, pode-se reforçá-la envolvendo suas laterais com fita 
adesiva; 
8. Se, depois de furada a rolha, verificar que o furo é de diâmetro menor que o desejado, não 
usar um furador maior, acertar o furo com uma grosa cilíndrica. 
 
 Rolhas de Borracha 
Este tipo de rolha é mais difícil de ser perfurada do que o anterior, porque a borracha oferece 
mais resistência e maior atrito. Pode-se furar segura e facilmente este tipo de rolha seguindo- se estas 
normas: 
1. Ao furar a rolha de borracha, umedecer o furador com solução de sabão ou de silicone. Não 
deixar que a rolha se molhe; 
2. Ao escolher o furador, tomar um que tenha o diâmetro ligeiramente maior que o desejado. 
A borracha cede quando penetrada e o furo será de diâmetro menor; 
3. Os movimentos giratórios para furar as rolhas de borracha devem ser mais rápidos do que 
aqueles feitos na rolha de cortiça; 
4. Os mesmos itens indicados para a rolha de cortiça devem ser seguidos neste tipo de rolha. 
 
Medidas em análise química 
 
Todas as vezes que realizamos uma medida, mesmo se utilizarmos um ótimo equipamento, 
estamos sujeito a um erro inerente ao processo utilizado. Isto significa que é impossível se determinar 
o valor exato ou real, o que podemos fazer é encontrar o seu valor mais provável. 
A incerteza que existe em uma medida, pode ser relacionada com duas palavras importantes 
(EXATIDÃO E PRECISÃO) que muitas vezes são utilizadas erradamente como sinônimos, mas que 
significam coisas diferentes. 
Para melhor compreender estes significados, podemos exemplificar com um concurso de 
dardos, onde 3 candidatos atiraram seus dardos e conseguiram os seguintes resultados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º candidato 2º candidato 3º candidato 
 
Pelo resultado obtido podemos ver que: 
 
1º candidato - foi preciso e exato. 
2º candidato - foi preciso e não exato. 
3º candidato - foi impreciso e não exato. 
 
14 
 
Podemos definir: 
 
PRECISÃO – pode ser definida como a concordância de uma série de medidas de uma mesma 
grandeza, ou seja, sua “reprodutibilidade”. 
 
EXATIDÃO – pode ser definida como a concordância entre o valor verdadeiro e o valor obtido. 
 
O ideal é que a precisão e a exatidão estejam sempre associadas em uma medida, isto é, só uma 
das duas não é suficiente em um trabalho quantitativo. 
O erro em uma determinação pode ser de dois tipos, ou seja: 
 
ERROS DETERMINADOS - são aqueles que podem ser identificados e avaliados, permitindo 
assim, corrigir o resultado final. 
Alguns erros determinados são inerentes ao processo que é denominado de erro constante. 
Podemos enumerar os seguintes erros determinados: 
a) erros instrumentais – como os existentes em equipamentos mal calibrados ou não calibrados. 
b) erros operacionais – depende da prática e do cuidado do operador, como por exemplo, a 
transferência de material, não controle de faixas de trabalho como temperatura, pressão, etc. 
c) erros pessoais - depende do operador, como por exemplo, observação do ponto de viragem, forçar 
resultados, não ler o resultado corretamente, etc. 
d) erros de método – depende da técnica utilizada, e estas fontes de erro dependem de cada caso 
em particular, sendo muitas vezes difícil de se eliminar. 
 
ERROS INDETERMINADOS - são aqueles que as causas não podem ser identificadas, mas estes 
erros também afetam os resultados obtidos. 
Depois de detectar e eliminar os erros determinados devem restar apenas os indeterminados que 
devido sua maneira de ocorrer, seguem as leis de distribuição das probabilidades. Para dar uma ideia 
desta lei, podemos exemplificar a partir de uma análise onde se realizou cerca de 50 ou 60 medidas. 
Se colocarmos estes valores em um gráfico, teremos o seguinte resultado. (curva de distribuição de 
Gauss). 
Pode-se observar que os resultados se encontram ao redor do valor verdadeiro, de modo 
simétrico. 
 
Na prática, esta curva demonstra que: 
Os erros de mesmo valor absoluto, mas de sinais contrários são igualmente prováveis de 
ocorrer, daí o aspecto simétrico da curva. 
Os erros ou desvios pequenos são mais prováveis de ocorrer que erros grandes, daí os maiores 
desvios se encontrarem na base da curva. 
 
15 
O químico, depois de definir o método e treinar as técnicas operacionais, a fim de eliminar erros 
determinados, passa a estimar os erros indeterminados e para isto utiliza alguns conceitos de 
estatística que são úteis na avaliação de resultados. 
Na calibração, é necessário o mínimo de 3 ensaios, para obter-se uma medida e seu desvio. 
Com os conceitos de estatística podemos apresentar: 
A fórmula do desvio padrão que se utiliza para um número pequeno de eventos é: 
 
2
1
x x
S
n
 


 
 
A fórmula da incerteza de medida é:  1, 2n xSIM t n  
 
Para calcular a incerteza, devemos determinar o grau de confiança, que se baseia na porcentagem de 
confiança desejada para a medida. 
 
GC = 100 – GC  = GC n° sigmas = 2 
 100 
 
 Volume Real = média dos volumes  IM 
 
 
 
16 
Nome e função dos principais utensílios de um laboratório químico 
 
1. Objetivos 
 
Familiarizar o estudante com os principais utensílios empregados em um laboratório químico. 
 
 
 
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20 
 
Experimento 01 – Densidade de sólidos e líquidos 
 
1. Objetivos 
Aprender a manusear alguns equipamentos básicos. Diferenciar as vidrarias volumétricas das 
graduadas. Aprender as técnicas de medidas de temperatura, massa e volume. 
 
2. Introdução 
 As experiências de laboratório em química, assim como em outras ciências quantitativas, 
envolvem muito freqüentemente medidas de massa e volume, que são posteriormente utilizados em 
cálculos. Nesta experiência, serão realizadas medidas de massas e de volumes de sólidos e líquidos. 
2.1. Medidas 
 Sempreque uma medida é efetuada, deve-se levar em consideração o erro a ela inerente. O 
erro de uma medida é muitas vezes limitado pelo equipamento que é empregado na sua obtenção. Em 
uma medida exata, os valores encontrados estão muito próximos do valor verdadeiro. A precisão 
refere-se a quão próximos diversas determinações de uma medida estão entre si. Medidas podem ser 
precisas sem serem exatas, devido a algum erro sistemático. O ideal é que as medidas sejam precisas 
e exatas. A precisão de uma medida pode ser melhorada aumentando-se o número de determinação 
de uma medida e fazendo-se o valor médio das mesmas. 
 
2.2. Medidas de Volume 
 Para se efetuar medidas de volume, faz-se necessário a utilização de pipetas, provetas e 
buretas. As medidas de volume de um líquido com esses instrumentos são feitas comparando-se o 
nível do mesmo com os traços marcados na parede do recipiente. Na leitura do volume de um líquido 
usando-se um destes instrumentos, observa-se uma concavidade que recebe a denominação de 
menisco. Se esse menisco estiver formando uma concavidade para cima, a leitura é feita no ponto de 
mínimo dessa curva. Por outro lado, se ele estiver formando uma parábola para baixo, então a leitura 
é feita no ponto de máximo. A Figura 1 mostra a forma correta de se realizar a leitura de volume, por 
exemplo, em provetas e buretas. 
 
 
21 
 
 
Figura 1 – Forma correta de se realizar a leitura de volume em vidrarias graduadas. 
 
 A norma ASTM E542 detalha o método de leitura do menisco da seguinte maneira: ”Para 
todos os aparelhos calibrados por este procedimento, a leitura é feita no ponto mais baixo do menisco. 
Para melhor observar o ponto mais baixo, é necessário colocar a sombra de um material escuro 
imediatamente abaixo do menisco, a qual faz com que o perfil do menisco escureça e fique claramente 
visível contra um fundo iluminado. Algo que pode ajudar muito é um anel de borracha grossa, preta, 
cortada em um dos lados e com um diâmetro tal que abrace firme o tubo ou gargalo de vidro. Papel 
preto pode ser usado com alternativa”. 
 A posição do ponto mais baixo do menisco em relação à linha de graduação é tal que ele as 
encontra no meio do plano formado pelas porções frontal e traseira da linha de graduação. Tal posição 
é obtida fazendo-se o posicionamento do menisco no centro da elipse formada pelas porções frontal 
e traseira da linha de graduação, mantendo-se o olho num plano ligeiramente inferior ao da mesma. 
O posicionamento do menisco será preciso se, ao se elevar o olho, a elipse se estreitar no ponto mais 
baixo do menisco e o mesmo se mantiver a meio caminho entre as porções frontal e traseira da linha 
de graduação. Por este método é possível observar a aproximação do menisco de ambos os lados da 
linha, interior e superior, e manter o posicionamento correto”. 
 
2.3. Cuidados com a Balança 
 As balanças são instrumentos adequados para medida de massa. O manuseio de uma balança 
requer muito cuidado, pois são instrumentos delicados e caros. Quando de sua utilização, devem ser 
observados os seguintes cuidados gerais: 
 Manter a balança limpa; 
 Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança; 
 Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura ambiente; 
 O operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada. 
 
 
 
22 
3. Parte Experimental 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos
- Béqueres de 100 e 500 ml 
- Termômetro 
- Bastão de vidro 
- Proveta de polipropileno de 10 ml 
- Pipeta volumétrica de 10 ml 
- Pisseta 
- Balança analítica 
- Conta-gotas 
- Gelo 
- Água destilada
 
3.2. Procedimento experimental 
3.2.1. Medidas de temperatura 
Coloque cerca de 200 ml de água de torneira em um béquer e meça a temperatura utilizando 
um termômetro. 
Obtenha o valor da temperatura com o número máximo de algarismos significativos. Durante 
a medida mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, sem tocar as paredes do 
recipiente. 
Coloque no béquer 3 cubos de gelo picado. Agite com um bastão de vidro e meça a 
temperatura da mistura água/gelo a cada minuto até que fique constante. 
 
3.2.2. Densidade de Amostras Sólidas 
 Inicialmente meça a temperatura ambiente. Em seguida, escolha um dos tipos de amostras 
metálicas, pegue três amostras de tamanhos diferentes e pese cada uma das três amostras, anotando 
os valores obtidos. 
 Determine o volume de cada amostra, usando uma proveta de polipropileno de 10 ml. 
 Quanto mais o volume medido se aproximar da capacidade máxima da proveta, menor será o 
erro associado à medida. 
 Com o auxílio da pisseta, colocar água na proveta até aproximadamente metade da capacidade 
total. Anote este valor. Introduzir na proveta, a mostra sólida previamente pesada. Fazer isto, 
inclinado a proveta de modo que se evite que a amostra desça bruscamente ao fundo, espirrando água 
para fora, ou mesmo, danificando a proveta. 
 Através de leves batidas na lateral da proveta, fazer com que quaisquer bolhas de ar 
eventualmente retidas nas paredes da amostra se desprendam. Só então anotar o volume total 
(água+amostra). 
 
3.2.3. Densidade de Amostra Líquida 
 Pese um béquer de 100 ml e anote a massa. 
 
23 
 Meça 10 ml de água em uma proveta de 10 ml (verifique a temperatura da água) transfira para 
o béquer e pese-o novamente. 
 Meça novamente 10 ml de água na proveta e adicione ao béquer e pese-o. Repita essa etapa 
mais uma vez. 
 Execute o mesmo procedimento utilizando uma pipeta volumétrica de 10 ml. 
Obs.: Esse experimento permite comparar a precisão e a exatidão de medidas de volume obtidas com 
distintos materiais de volume - proveta e pipeta volumétrica. 
 
4. Resultados e discussão: orientações 
 Na seção “Resultados e discussão” do relatório: 
i) Construa um gráfico da temperatura em função do tempo e responda a questão: Qual é o critério 
necessário para definir se a temperatura está constante? 
ii) Construa um gráfico com os valores das massas das amostras metálicas em função dos volumes. 
iii) Determine a densidade do material, utilizando os métodos da regressão linear (gráfico da massa 
em função do volume) e da média aritmética. Compare os valores de densidade obtidos pelos dois 
métodos. 
iv) Construa um gráfico das massas em função dos volumes de água para a proveta e para a pipeta 
volumétrica. 
v) Determine e compare os valores de densidade com os valores tabelados de densidades da água em 
várias temperaturas (utilize a internet para encontrar uma tabela de densidade da água em função da 
temperatura). Analise os seus dados e coloque os instrumentos de medição de volume que você 
utilizou em ordem crescente de exatidão. Justifique a sua resposta. 
vi) Responda as questões 
1. Cite três cuidados que devem ser observados quando uma balança é utilizada. 
2. Um objeto com massa igual a 15,000 g foi pesado três vezes em duas balanças diferentes. Foram 
obtidos os seguintes dados: 
balança 1 (g) balança 2 (g) 
14,950 15,010 
14,940 14,900 
14,940 15,100 
a) Calcule o desvio médio para cada conjunto de medidas. 
b) Qual das balanças é mais precisa e qual é mais exata? Explique. 
3. Qual o número de algarismos significativos em cada uma das seguintes medidas: 
a) 0,0230 mm d) 15 L 
b) 8511965 km2 e) 25,5 oC 
 
24 
c) 6,021023 moléculas f) 0,27000 g 
4. Arredonde os seguintes números para que eles fiquem com dois algarismos significativos: 
a) 9,7541010 d) 0,565 
b) 0,5824 e) 50,1000 
c) 0,898 f) 57,435 
5. Efetue os cálculos, observando o número correto de algarismos significativos: 
(50,82 - 1,382)  50,442 = 
98725  0,000891 =84545 : 43,2 = 
1492  14,0 = 
10,728 + 11,00 + 47,8543 = 
912,80 - 805,721 = 
6. Qual é a diferença conceitual entre: 
massa e peso; 
massa e densidade. 
7. Compare os volumes de dois objetos A e B, que apresentam a mesma massa, sabendo-se que a 
densidade de A é três vezes a de B. 
8. O mercúrio despejado dentro de um béquer com água fica depositado no fundo do béquer. Se 
gasolina é adicionada no mesmo béquer ela flutua na superfície da água. Um pedaço de parafina 
colocado dentro da mistura fica entre a água e a gasolina, enquanto um pedaço de ferro vai situar-se 
entre a água e o mercúrio. Coloque estas cinco substâncias em ordem crescente de densidade. 
9. Um béquer contendo 4,00  102 cm3 de um líquido com uma densidade de 1,85 g.cm-3 apresentou 
uma massa igual a 884 g. Qual é a massa do béquer vazio? 
 
5. Bibliografia 
BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São Paulo: 
Prentice Hall, 2010. 
MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M. VOGEL - Análise Química 
Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 
VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. 5ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Experimento 02 – Separação dos componentes de uma mistura 
 
1. Objetivos 
 
Separar os componentes de uma mistura, empregando métodos físicos de separação. 
 
2. Introdução 
 Misturas são muito comuns, sendo usadas e consumidas pela sociedade em geral. Exemplos 
de misturas comuns ao cotidiano incluem o café, leite ou suco ingerido nas refeições matinais, o 
combustível empregado nos veículos automotores, os perfumes, cremes dentais e até mesmo o chão 
que você pisa. Na verdade, pouquíssimos materiais empregados no dia a dia são substâncias puras. 
Qualquer material contendo duas ou mais substâncias que não estejam combinadas 
quimicamente é uma mistura. Os químicos desenvolveram uma série de técnicas para separar os 
componentes de misturas, tais técnicas são baseadas nas diferenças das propriedades físicas 
apresentadas pelos diversos componentes de uma mistura. Alguns exemplos de técnicas físicas de 
separação são apresentados a seguir: 
Sublimação: processo pelo qual um sólido é convertido diretamente ao estado gasoso. Exemplos de 
sólidos que sublimam incluem iodo, cafeína, naftalina, etc. Este processo pode ser empregado para 
separar sólidos que sublimam de sólidos que não sofrem sublimação. 
Evaporação: neste processo a mistura é aquecida de modo que o componente mais volátil é separado 
na forma de vapor. Este processo é bastante apropriado para separar sólidos de líquidos. 
Extração: nesta técnica um solvente que seletivamente dissolve um componente é empregado para 
separá-lo dos demais componentes da mistura. Esta técnica pode ser empregada, por exemplo, para 
separar sólidos solúveis em água de sólidos insolúveis neste solvente. 
Filtração: nesta técnica um sólido é separado de um líquido pelo uso de um material poroso como 
filtro. Os materiais mais comuns utilizados como filtros em laboratórios químicos incluem papel e 
carvão ativado. O filtro deve permitir que o líquido passe pelos seus poros e que nenhum sólido o 
faça. Quanto mais eficientemente o filtro for capaz de fazer isto melhor será a eficiência da separação. 
 A mistura que será separa neste experimento possui três componentes: naftaleno (C10H8), sal 
de cozinha (NaCl) e areia (SiO2). A separação será realizada de acordo com o esquema apresentado 
na Figura 1. 
 
 
26 
 
Figura 1 – Representação esquemática do procedimento de separação adotado neste experimento. 
 
3. Parte experimental 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos
- Mistura contendo areia, NaCl e naftaleno. 
- Gelo. 
- 2 Béqueres de 100 mL. 
- 1 Vidro de relógio  = 10 cm. 
- 1 Vidro de relógio  = 12 cm. 
- 1 Bastão de vidro. 
- 1 Placa de Petri (ou cadinho grande). 
- 1 Proveta de 25 mL 
- 1 Funil 
- 1 Pisseta com água destilada 
- 1 Pipeta conta-gotas 
- 1 Espátula 
- 1 Suporte universal 
- 1 Argola com mufa 
- 1 Tripé 
- 1 Tela de amianto 
- 1 Bico de bunsen 
- Papel de filtro qualitativo 
- Balança analítica (0,001 g) 
- Estufa
 
 
M istu ra: A reia + N afta leno + NaC l
S ublim ação do nafta leno
A
quecim
ento
a 250 oC
Nafta lenoN aCl + Areia
A
dição
de 
H
2 O
 
D issolução d o N aC l
S olução
d e N aCl
Filtração
Areia
úmida
E vaporação
da água
E vaporação
da água
N aC l Areia
A
quecim
ento
A
quecim
ento
M istu ra: A reia + N afta leno + NaC l
S ublim ação do nafta leno
A
quecim
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a 250 oC
Nafta lenoN aCl + Areia
A
dição
de 
H
2 O
 
D issolução d o N aC l
S olução
d e N aCl
Filtração
Areia
úmida
E vaporação
da água
E vaporação
da água
N aC l Areia
A
quecim
ento
A
quecim
ento
M istu ra: A reia + N afta leno + NaC l
S ublim ação do nafta leno
A
quecim
ento
a 250 oC
Nafta lenoN aCl + Areia
A
dição
de 
H
2 O
 
D issolução d o N aC l
S olução
d e N aCl
Filtração
Areia
úmida
E vaporação
da água
E vaporação
da água
N aC l Areia
A
quecim
ento
A
quecim
ento
 
27 
3.2. Procedimento experimental 
Pese um béquer de 100 mL limpo e seco com precisão de 0,001g e anote a massa (béquer 1). 
Sem retirar o béquer da balança, transfira com o auxílio de uma espátula aproximadamente 1,5 g da 
mistura fornecida (anote ambas as massas com precisão de 0,001 g). Determine a massa exata da 
mistura por subtração. 
Aqueça a mistura contida no béquer 1 empregando a montagem experimental apresentada na 
Figura 2. Deve-se tomar cuidado para que a água proveniente do derretimento do gelo não caia no 
interior do béquer. (Cuidado! Ao final das etapas envolvendo aquecimento no bico de bunsen, o 
béquer estará muito quente! Espere que o mesmo se resfrie antes de manuseá-lo!) 
 
 
Figura 2 – Montagem experimental empregada na etapa de sublimação do naftaleno. 
 
Aqueça a mistura até que seja observada a formação de vapores no interior do béquer. Um 
sólido deve ser formado na parte inferior do vidro de relógio colocado sobre o béquer. A mistura deve 
permanecer sob aquecimento por cerca de 10 minutos após a observação do início da formação de 
dos vapores. Pese outro vidro de relógio (= 10 cm) com precisão de 0,001 g e anote a massa. Após 
os 10 minutos de aquecimento, desligue o bico de bunsen, retire a cápsula de porcelana tomando 
cuidado para não perder o sólido aderido. Raspe com uma espátula o sólido aderido transferindo-o 
para o vidro de relógio previamente pesado. Determine a massa de naftaleno. 
Com o auxílio de um bastão de vidro revolva exaustivamente a mistura contida no béquer 1. 
Monte novamente o sistema apresentado na Figura 2 e ligue o bico de bunsen. Aqueça por mais 5 
minutos. Caso continue a ocorrer formação de sólido no vidro de relógio continue aquecendo por 
mais 10 minutos e repita o procedimento anterior. (Atenção! Descartar o naftaleno no recipiente 
indicado pelo técnico do laboratório. Não descartar na pia!) 
Gelo
Mistura
Gelo
Mistura
Gelo
Mistura
 
28 
Após ter se certificado que todo o naftaleno foi removido por sublimação, espere até que o 
béquer 1 retorne à temperatura ambiente e pese-o. Determine a massa de naftaleno sublimado por 
subtração. 
Adicione cerca de 10 mL de água destilada ao béquer 1. Agite vigorosamente o conteúdo do 
béquer com auxílio de um bastão de vidro por cerca de 5 minutos. 
Pese um segundo béquer de 100 mL e um papel de filtro, ambos com precisão de 0,001g. (Não 
se esqueça de anotar as massas!) 
Monte o sistema de filtração conforme apresentado na Figura 3A.Dobre o papel de filtro 
conforme ilustrado na Figura 3B. 
 
A 
 
B 
 
Figura 3 – A) Ilustração de um sistema de filtração por gravidade. B) Etapas para a dobra do papel 
de filtro. 
 
Filtre a mistura contida no béquer 1. Caso seja necessário, utilize um bastão de vidro para 
transferir o sólido restante. Após a remoção da máxima quantidade possível de sólido do béquer 1, 
adicione a este 5 mL de água destilada para lavá-lo. Transfira também esta água para o funil de 
filtração. Repita este procedimento com mais 5 mL de água destilada. (Atenção para não perder 
parte do resíduo sólido no bastão de vidro). 
Após a filtração, coloque o papel de filtro “aberto” sobre um vidro de relógio e o leve à estufa 
a cerca de 120 oC, deixando-o lá por cerca de 20 minutos. Após isto, verifique se o resíduo sólido está 
completamente seco. Caso não esteja, deixe-o na estufa por mais 10 minutos. Após a secagem 
completa do resíduo sólido, retire-o da estufa, espere até que retorne à temperatura ambiente e pese 
novamente. Determine a massa de areia por subtração. 
Evapore a água do béquer 2 empregando a montagem experimental apresentada na Figura 4. 
Aqueça cuidadosamente para evitar que a solução “espirre” para fora do béquer. Quando quase toda 
Filtrado
Resíduo
sólido
Filtrado
Resíduo
sólido
Dobra
Dobra
Cortar
(opcional)
Dobra
Dobra
Cortar
(opcional)
 
29 
a água tiver sido evaporada diminua a intensidade da chama para evitar que o sólido “espirre” para 
fora do béquer. Após a evaporação de toda a água, mantenha o aquecimento em chama branda por 
mais 5 minutos. Caso o resíduo sólido obtido ainda esteja úmido, continue o aquecimento em chama 
branda por mais 5 minutos ou o leve a estufa a cerca de 120 oC por mais 15 minutos. Após a secagem 
completa do resíduo sólido, espere até que o béquer 2 retorne a temperatura ambiente. Pese-o e 
determine a massa de NaCl por subtração. 
 
 
Figura 4 – Montagem experimental empregada para a evaporação da água da solução de NaCl. 
 
4. Resultados e discussão: orientações 
 
 Na seção “Resultados e discussão” do relatório: 
i) Calcule o rendimento percentual do procedimento de separação. 
ii) Determine a porcentagem em massa de cada um dos componentes da amostra. 
iii) Responda as questões 
1. Algum dentre os métodos de separação descritos neste roteiro poderia ser empregado para separar 
os elementos de um composto químico? Explique. 
2. Quando se prepara um chá mergulhando um saquinho de papel em água quente qual(is) 
procedimento(s) de separação é (são) empregado(s)? 
3. Um grupo de estudantes iniciou este experimento com 1,543 g da mistura. Ao final do experimento 
a massa de sólido recuperada foi de 1,734 g. Assumindo que não houve erro nas etapas de pesagem 
nem nos cálculos, apresente uma explicação experimental para este resultado. 
4. Você determinou a massa de naftaleno por duas maneiras: por subtração e por pesagem direta do 
naftaleno recolhido sob a cápsula de porcelana. Houve diferença entre os dois valores? A que pode 
ser atribuída esta diferença? Em sua opinião, qual é o procedimento mais confiável? 
5. 11,562 g de uma mistura contendo areia, NaCl e naftaleno foi submetida ao procedimento descrito 
neste roteiro. As seguintes massas foram encontradas: 3,642 g de NaCl, 1,564 g de naftaleno e 5,921 
Solução de 
NaCl
Solução de 
NaCl
 
30 
g de areia. Determine o rendimento percentual da separação e a porcentagem em massa de cada 
componente da mistura. 
6. Apresente pelo menos dois erros experimentais que justificariam um rendimento percentual menor 
do que 100 %. Apresente pelo menos dois erros experimentais que justificariam um rendimento 
percentual maior do que 100 %. 
7. Compare as porcentagens encontradas por seu grupo com as nominais. Faça uma comparação 
crítica. 
5. Bibliografia 
 
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9. ed. São Paulo: 
Prentice Hall, 2010. 
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; WEAVER, G.C. Química e Reações Químicas, vol 1. São Paulo: 
Cengage Learning, 2010. 
CONSTANTINO, M.G.; SILVA, G.V.J.; DONATE, P.M. Fundamentos de Química 
Experimental. São Paulo: Edusp, 2004. 
RUSSEL, J.B. Química Geral – vol. 1. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Experimento 03 – Curva de solubilidade de um sal inorgânico 
 
1. Objetivos 
 
Neste experimento serão realizados a observação qualitativa das propriedades de soluções 
com diferentes solubilidades e a construção da curva de solubilidade de um sal inorgânico (KNO3). 
Transferir volumes de líquidos através de uma pipeta volumétrica. Realizar medidas de 
temperatura. Efetuar cálculos para determinar a solubilidade do sal. 
 
2. Introdução 
Solubilidade é a propriedade de uma substância se dissolver em outra. Ela é medida pela 
quantidade de soluto que se dissolve em uma determinada quantidade de solvente, produzindo uma 
solução saturada, isto é, que não permite a dissolução de mais soluto. 
 Um grande número de reações utilizadas em análise qualitativa inorgânica envolve a formação 
de precipitados. Precipitado é uma substância que se separa de uma solução, formando uma fase 
sólida. O precipitado pode ser cristalino ou coloidal e pode ser removido da solução por filtração ou 
centrifugação. 
 A solubilidade de uma substância depende de vários fatores, como temperatura, pressão, 
concentração de outros materiais na solução e da composição do solvente. Entretanto, apenas a 
temperatura afeta consideravelmente um sistema, com relação à solubilidade das substâncias 
envolvidas. Na grande maioria das vezes, o aumento da temperatura provoca o aumento da 
solubilidade das substâncias. A Figura 1 mostra alguns exemplos de curvas de solubilidade: 
 
 
Figura 1 – Curva de solubilidade de alguns sais. 
 
32 
3. Parte Experimental 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos
- Balança analítica 
- 1 Béquer de 100 mL 
- 2 Béqueres de 200 mL 
- Pipeta volumétrica de 5 mL 
- Pipetador de borracha (“pêra”) 
- Espátula ou colher de plástico 
- Pisseta com água destilada 
- Tela de amianto 
- Tripé de ferro 
- Bico de Bunsen 
- Tubos de ensaio grandes (20 mL) 
- Nitrato de potássio, KNO3
 
3.2. Procedimento experimental 
3.2.1. Obtenção da curva de solubilidade do KNO3 
As quantidades de KNO3 a serem utilizadas estão na Tabela 1. 
Inicialmente, coloque em um béquer, de capacidade suficiente para acomodar cinco tubos 
de ensaio, uma certa quantidade de água para aquecer, a ser utilizada posteriormente no Banho–
Maria. 
 Pese, em uma balança analítica, as quantidades indicadas. Transfira-as, sucessivamente, 
para cinco tubos de ensaios, numerando-os de 1 a 5, e adicione 5,0 mL de água destilada a cada 
um, com a utilização de uma pipeta volumétrica. 
Tabela 1: Valores de massas de KNO3, temperaturas e solubilidades. 
Tubo Massa de KNO3 (g) Volume de água (mL) T (ºC) Solubilidade 
(g/100g de H2O) 
1 2,00 5 
2 3,00 5 
3 4,00 5 
4 5,00 5 
5 6,00 5 
 
 Monte um Banho-Maria, colocando o béquer com a água sobre uma tela de amianto sobre 
um tripé de ferro e aqueça com o bico de Bunsen. Coloque os tubos de ensaio no Banho–Maria, 
evitando sempre que ocorra ebulição ou projeção da solução para fora do tubo. Siga o 
procedimento a seguir para todos os tubos: 
i) Quando o sal estiver totalmente dissolvido, retire-o do Banho–Maria para que o solvente não 
evapore. Inicie pelo que contém maior quantidade de soluto (tubo 5). 
 
33ii) Coloque o termômetro na solução e deixe-a esfriar naturalmente, agitando continuamente com 
muito cuidado. Não tente resfriar a solução rapidamente por qualquer meio. Deixe-a esfriar 
naturalmente. 
iii) Meça a temperatura na qual o sal começa a cristalizar e anote. Se acontecer recristalização 
rápida da amostra, reaqueça-a e preste atenção na formação do primeiro cristal, para anotar a 
temperatura correta. 
 Preencha a Tabela 1. Anote também os valores das temperaturas de cristalização dos outros 
grupos na Tabela 2. 
Tabela 2: Temperturas de cristalização obtidas por todos os grupos da turma 
 Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5 
Grupo 1 
Grupo 2 
Grupo 3 
Grupo 4 
Grupo 5 
Grupo 6 
Temp. média 
 
Observação: Após realizar o experimento, transfira o conteúdo dos tubos de ensaio para um 
recipiente indicado, a fim de que o sal possa ser recuperado. 
 
4. Resultados e discussão: orientações 
 Na seção “Resultados e discussão” do relatório, responda as questões 
1. Defina o que é uma solução. 
2. Explique o que são soluções saturadas, insaturadas e supersaturadas. 
3. Construa um gráfico de solubilidade do KNO3 (em g/100g de H2O) no eixo y em função da 
temperatura (usar as temperaturas médias) no eixo x. 
4. Conecte os pontos do gráfico com uma curva “suave”. Para isto use um software gráfico. 
 
34 
5. Compare as solubilidades obtidas no experimento com valores tabelados (experimentais). Caso 
necessário, utilize a internet para encontrar a tabela e a curva de solubilidade do KNO3. 
Calcule as diferenças de solubilidade e os erros percentuais nas temperaturas apresentadas no site 
acima. 
6. Usando o gráfico obtido, determine quantas gramas de KNO3 podem ser dissolvidas em 100 g 
de H2O nas seguintes temperaturas: 
a) 35 oC; 
b) 60 oC; 
c) 70 oC. 
7. Usando o gráfico obtido, prediga se as seguintes soluções de KNO3 podem ser consideradas 
como insaturadas, saturadas ou supersaturadas. 
a) 75 g de KNO3/100 g H2O a 40 oC 
b) 60 g de KNO3/100 g H2O a 50 oC 
c) 75 g de KNO3/100 g H2O a 65 oC 
 
5. Bibliografia 
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2010. 
MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M. VOGEL - Análise Química 
Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; WEAVER, G.C. Química e Reações Químicas, vol 1. São 
Paulo: Cengage Learning, 2010. 
BRADY, J. E.; SENESE, F. Química: a matéria e suas transformações – vol. 1. 5ª ed. Rio de 
Janeiro: LTC, 2009. 
CONSTANTINO, M.G.; SILVA, G.V.J.; DONATE, P.M. Fundamentos de Química 
Experimental. São Paulo: Edusp, 2004. 
RUSSEL, J.B. Química Geral – vol. 1. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 
 
35 
Experimento 04 – Cristalização e Recristalização – Purificação de um 
composto inorgânico 
 
1. Objetivos 
O problema a ser resolvido nesta experiência é o da purificação de um composto inorgânico 
sólido por recristalização.Realizar a recristalização de um composto. Efetuar filtração a vácuo de 
uma mistura sólida-líquida. Efetuar a secagem. Determinar o rendimento percentual de um 
processo de recristalização. 
 
2. Introdução 
As substâncias sólidas são, raramente, obtidas na forma pura a partir de uma reação. 
Consequentemente, para purificá-las, utiliza-se o método da recristalização. 
Os compostos inorgânicos, em sua maioria, iônicos, sendo assim, em geral são bastante 
solúveis em água; e a solubilidade varia em função da temperatura. Entretanto, em alguns casos a 
solubilidade de um composto inorgânico não varia sensivelmente com a temperatura. Assim, para 
estes compostos inorgânicos, a cristalização do composto, a partir da solução pode ser forçada a 
ocorrer, pois não ocorre significativamente com uma simples diminuição de temperatura. 
 O processo de cristalização, geralmente, é de fácil realização, e ocorre com rapidez 
razoável. Às vezes, com resfriamento lento e sem agitação, forma-se uma solução super-saturada, 
resultando em demora para iniciar o processo de cristalização. Com a agitação ou o atrito de um 
bastão de vidro ou espátula contra as paredes do recipiente iniciam o processo. 
 Adição de um pequeno cristal do sólido também pode ajudar. Uma vez iniciado o processo, 
ele se torna muito rápido, cristalizando todo o excesso de sólido dissolvido em poucos segundos e 
liberando calor. 
 Uma outra maneira de conseguir que uma parte do sólido cristalize é deixar a solução 
(saturada) evaporar à temperatura ambiente. Evidentemente isto demanda tempo. Com soluções 
aquosas o tempo é contado em dias. Os cristais assim obtidos geralmente são bem maiores; de um 
modo geral, cristalizações rápidas produzem cristais pequenos, e cristalizações lentas resultam em 
cristais grandes. 
 A cristalização mais abundante de um composto inorgânico a partir de sua solução aquosa 
pode ser forçada pelo aquecimento da solução saturada e deixar em ebulição por algum tempo. 
Assim, parte da água será assim removida na forma de vapor. O resfriamento da solução até a 
 
36 
temperatura ambiente, produz o material cristalizado. Portanto, a evaporação parcial do solvente 
aumenta o rendimento do processo de recristalização. 
 Outra maneira de conseguir que uma maior quantidade do sólido inorgânico cristalize é 
pela adição de um solvente orgânico a solução aquosa do composto inorgânico, pois diminui a 
solubilidade do mesmo. Essa diminuição de solubilidade ocorre em função do abaixamento da 
constante dielétrica do solvente causada pela adição de um solvente orgânico. 
Após a recristalização do composto inorgânico, por qualquer desses processos, do restante 
da solução, faz-se uma filtração a vácuo, para uma melhor remoção da solução. 
3. Parte experimental 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos
- Água destilada 
- Argola para filtração 
- Balança analítica 
- Bastão de vidro 
- Béquer de 150 mL 
- Bico de Bunsen 
- Espátula 
- Estufa 
- Funil de Büchner 
- Gelo 
- Papel de filtro 
- Suporte universal 
- Tela de amianto 
- Tripé de ferro
 
3.2. Procedimento experimental 
Pese uma amostra do sólido de massa aproximadamente igual a recomendada pelo seu 
professor; anote o valor dessa massa para o posterior cálculo do rendimento percentual do processo 
de purificação. Em um becker, adicione ao sólido o volume de água recomendado por seu professor. 
A seguir, aqueça a mistura até que todo o sólido se dissolva. 
 Em seguida, existem dois procedimentos possíveis: evaporar parte do solvente ou 
simplesmente esfriar a solução e, após, adicionar um solvente orgânico à mistura. Pergunte ao seu 
professor qual o procedimento, 1 ou o 2, você realizará. 
 Procedimento 1: Faça com que a solução entre em ebulição, colocando o béquer sobre uma 
tela de amianto sobre um tripé, aquecendo a mistura com o bico de Bunsen. Mantenha a mistura em 
ebulição até que o volume da solução seja reduzido à metade do volume inicial. 
 A seguir, apague a chama do bico de Bunsen e deixe o béquer em repouso sobre a bancada, 
para que a misture retorne lentamente à temperatura ambiente. Enquanto a mistura esfria, prepare um 
banho de gelo. 
 
37 
 Após, a solução atingir a temperatura ambiente, coloque o béquer no banho de gelo por alguns 
minutos, e observe. 
 Procedimento 2: Aqueça solução até todo o sólido dissolver, colocando o béquer sobre uma 
tela de amianto sobre um tripé, aquecendo a mistura com o bico de Bunsen. A seguir, deixe o béquer 
em repouso sobre a bancada paraque a mistura retorne lentamente a temperatura ambiente, causando 
a recristalização de parte do sólido. 
 Ao atingir a temperatura ambiente, transfira a mistura para um banho de gelo, previamente 
preparado. Em seguida, mantendo a mistura no banho de gelo, adicione a ela pequenas porções de 
etanol. Adicione etanol até que a recristalização decorrente seja muito pouca. 
 Após qualquer um dos dois procedimentos acima, monte um sistema para filtração a vácuo, 
utilizando um papel de filtro previamente pesado. Filtre a vácuo a mistura e se necessário, use a água-
mãe da 1a filtração para auxiliar na retirada de todo o material do béquer. 
 Coloque o papel de filtro com o sólido purificado em um vidro de relógio e leve-os para a 
estufa a 100 oC por 10 minutos. Após secagem, determine a massa do sólido e calcule o rendimento. 
 
4. Resultados e discussão: orientações 
 Na seção “Resultados e discussão” do relatório, responda as questões: 
1. Explique o que são soluções saturadas, insaturadas e supersaturadas. 
2. Calcule o rendimento do processo. 
3. O rendimento determinado é maior ou menor ao esperado (70%)? Justifique a sua resposta 
4. O rendimento depende do volume final da solução? Sim ou não. Explique. 
5. Explique como o rendimento depende da solubilidade do sal. 
6. O sal NaCl recristalizado está puro? Por quê? 
 
5. Bibliografia 
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São Paulo: 
Prentice Hall, 2010. 
BROWN, L.S.; HOLME, T.A. Química Geral Aplicada a Engenharia. São Paulo: Cengage 
Learning, 2009. 
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; WEAVER, G.C. Química e Reações Químicas, vol 2. São Paulo: 
Cengage Learning, 2010. 
 
38 
Experimento 05 – Preparo de soluções 
 
1. Objetivos 
 
O problema a ser resolvido nesta experiência é o da preparação de uma solução aquosa diluída 
de um ácido forte, pelo método da diluição de soluções concentradas em estoque, e o da preparação 
de uma solução aquosa diluída de uma base forte, a partir do soluto sólido. 
Transferir volumes de líquidos através de uma pipeta graduada. Efetuar cálculos para 
determinar o volume de uma solução concentrada em estoque a ser tomado para se preparar uma 
solução diluída. Empregar técnicas de pesagem. Utilizar balões volumétricos para preparar soluções. 
 
2. Introdução 
2.1. Soluções - concentração 
Soluções são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias. Podemos ter soluções de 
sólidos em líquidos, de líquidos em líquidos, de gases em líquidos, etc. As mais importantes para nós 
são as soluções de sólidos em líquidos e de líquidos em líquidos. Numa solução de dois componentes, 
um sólido e outro líquido, o líquido é chamado solvente e o sólido soluto. Quando os dois 
componentes são líquidos, muitas vezes (mas nem sempre) se chama de solvente aquele que estiver 
presente em maior quantidade. Concentração é uma medida das quantidades relativas dos 
componentes de uma solução. Pode ser definida como a razão entre quantidade de soluto e quantidade 
de solvente (definição 1) ou entre quantidade de soluto e quantidade de solução (definição 2). Por 
exemplo, se dissolvermos 10,0 g de cloreto de sódio em 100 g de água, podemos dizer que a 
concentração é: 
% 10,0 g/g 0,100
OH g 100
NaCl g 10,0 1 ãoconcentraç
2
 
% 9,09 g/g 0,0909
OH g 110
NaCl g 10,0 2 ãoconcentraç
2
 
As quantidades a que nos referimos podem ser medidas de massa, de volume, de moles, o que 
dá origem a grande variedade de unidades de concentração. As unidades mais importantes são aquelas 
em que o denominador representa a quantidade de solução que contém a quantidade de soluto 
representada no numerador (como a concentração 2 acima). Exemplos de unidades muito utilizadas: 
Tipo de concentração 2: 
 massa)por massa em(porcentag m/m % 100 x (solução) g
(soluto) g  , é usualmente transformada 
numa porcentagem, conhecida como título. 
 
39 
)por volume volumeem(porcentag %v/v 100 x 
(solução) mL
(soluto) mL  
litro)por (gramas g/L 
(solução) L
(soluto) g  
litro)por (moles mol/L 
(solução) L
(soluto) moles  
Tipo de concentração 1: 
 molal (solvente) g 1000
(soluto) moles  
 
(solvente) g 100
(soluto) g  usada para solubilidades 
 
2.2. Ácidos e bases fortes 
 A teoria de Arrhenius é usada para classificar substâncias como ácidos e bases, usando a água 
líquida como solvente. Assim, segundo esta teoria, ácido é toda substância que, quando dissolvida 
em água, leva a formação de íons hidroxônio, H3O+; base é toda substância que, quando dissolvida 
em água, causa o aparecimento de íons hidroxila, OH-. 
 Ácidos, portanto, causam o aumento da concentração de íons H3O+ em solução aquosa. Se 
quantidades de matéria iguais de dois ácidos forem dissolvidas em volumes separados de 1 L de água, 
será considerado mais forte o ácido que gerar o maior número de íons H3O+. Assim, ácidos fortes são 
aqueles capazes de gerar grande quantidade de íons H3O+ e ácidos fracos, aqueles que só conseguem 
gerar pequenas quantidades. Esse mesmo raciocínio se aplica às bases, de modo que uma base forte 
é aquela que gera grandes quantidades de OH- e uma base fraca, aquela que só gera pequenas 
quantidades. 
Os ácidos fortes comumente utilizados em laboratórios de Química são: ácidos clorídrico, 
ácido nítrico e ácido sulfúrico. À temperatura ambiente, por exemplo, tem-se a substância HCl 
(cloreto de hidrogênio) na forma gasosa; entretanto, esse gás, quando borbulhado (dissolvido) em 
água, se ioniza completamente, levando à formação de íons H3O+, isto é: 
HCl (g) + H2O (l)  H3O+ (aq) + Cl- (aq) 
 Assim, o ácido clorídrico é comercializado na forma de uma solução aquosa concentrada de 
íons H3O+ e Cl-. Os outros ácidos acima mencionados também são comercializados na forma de 
soluções aquosas concentradas; estas são denominadas de soluções concentradas em estoque. As 
bases fortes mais frequentemente utilizadas são: hidróxido de sódio e hidróxido de potássio. Esse 
sólido se dissolve em água, causando o aparecimento de íons hidroxila, isto é: 
 
40 
NaOH (s) + H2O (l)  Na+ (aq) + OH- (aq) 
 O hidróxido de sódio, o álcali industrialmente mais importante, bem como o hidróxido de 
potássio, é encontrado comercialmente na forma de um sólido esbranquiçado, sendo adquirível a 
preços bastante acessíveis. 
 
2.3. Preparo de soluções 
Ao preparar uma solução, o soluto deve ser inicialmente dissolvido em um béquer utilizando-
se um volume de solvente inferior ao volume final da solução a ser preparada. Caso haja 
desprendimento de calor, deve-se esperar até que a solução volte a temperatura ambiente. Em seguida, 
essa solução deve ser transferida quantitativamente, com o auxílio de um bastão de vidro e um funil, 
para um balão volumétrico de volume igual ao que se deseja preparar de solução. Deve-se ter o 
cuidado de lavar o béquer, o funil e o bastão com pequenas quantidades de solvente, transferindo os 
volumes utilizados para o balão. Adiciona-se solvente até que a parte inferior do menisco esteja 
tangenciando a marca indicativa do volume nominal do balão. Preparada a solução, ela deve ser 
homogeneizada invertendo-se o balão volumétrico, bem tapado, diversas vezes. 
 
3. Parte Experimental 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos
- Balança analítica 
- Béquer de 100 mL 
- Bastão de vidro 
- Balão volumétrico de 100 mL 
- Bureta de 10 mL, 
- Pipetador de borracha (“pêra”), 
- Espátula ou colher de plástico, 
- Copo descartável de plástico (pequeno) 
- Pisseta com água destilada,

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