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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS - Psicose - Neurose – Perversão LEI ANTIMANICOMIAL E HIERARQUIA DE GÊNERO DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS Muitas pessoas que apresentam uma doença psicológica não costumam exibir manifestações físicas aparentes. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (DSM) é um sistema de classificação que organiza cada diagnóstico psiquiátrico em cinco níveis, tais como: distúrbios, disfunções, transtornos ou perturbações. Muitos distúrbios psicológicos conhecidos atualmente são atribuídos ao estilo de vida, cultura e sociedade em que a pessoa vive. Depressão e ansiedade são exemplos de doenças psicológicas comuns nas atuais sociedades industrializadas. Transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como problemas do desenvolvimento e aprendizado. Nesse eixo é comum incluir os transtornos de: Esquizofrenia, depressão, ansiedade, distúrbio bipolar, TDAH = Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade Uma das abordagens mais conhecidas nesta área de estudo é a dos cinco traços ou fatores. Estes traços são: socialização/amabilidade, extroversão, realização/ conscenciosidade, abertura para experiências, e neuroticismo. P. 37 Transtorno de Personalidade Borderline: Explosões de raiva, ou tristeza, Impulsividade, euforia, Teimosia, instabilidade de humor, Ciúmes intensos, Apego afetivo, Desespero exagerado, Descontrole emocional, Medo de rejeição, Insatisfação pessoal, Tendência ao suicídio. Síndrome de Borderline, ou transtorno de personalidade Limítrofe, é uma grave doença psicológica. Os indivíduos vivem no limite entre a normalidade e os surtos psicóticos. Dificuldades para se relacionar, oscilações de humor e impulsividade são algumas características da síndrome de Borderline, que o paciente pode apresentar, atingindo também as pessoas que o cercam. Esses sintomas começam na adolescência, e se tornam mais frequentes no início da vida adulta, frequentemente confundida transtorno bipolar, porém possui características diferentes, como a duração e intensidade das emoções. Podem ter oscilações de humor, agressividade, irritabilidade, depressão, automutilação, comportamentos suicidas, medo de abandono, dificuldade em lidar com as emoções, mudanças de planos profissionais e nos círculos de amizades, impulsividade e baixa autoestima. DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS Transtorno de personalidade esquizoide O termo foi criado por Eugen Bleuer, no início do século XX, para definir a tendência de uma pessoa em dirigir a sua atenção para o mundo interior, fechando-se ao exterior. Afeta mais o sexo masculino, Não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, inclui fazer parte de uma família, Quase sempre opta por atividades solitárias, Manifesta pouco interesse em ter experiências sexuais, Tem prazer em poucas atividades, ou em nenhuma, Não tem amigos íntimos ou confidentes, sem ser parentes em primeiro grau, Mostra-se indiferente a elogios ou críticas dos outros, Demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada (inexpressão facial de afetividade). Esquizofrenia O psiquiatra Jorge Jaber, Membro da Sociedade Brasileira de Psiquiatria e especialista em dependência química e recuperação de viciados, e esquizofrênicos, acredita que surtos psicóticos acontecem provavelmente, por abandono ao tratamento isso é comum de acontecer, pois o paciente melhora, esquece que tem a doença, pensa estar curado, e aí fica sujeito ao surto, geralmente acometido de uma forte sensação de perseguição. No Brasil, a doença afeta mais de 2,5 milhões de pessoas que apresentam algum transtorno mental grave ligado à esquizofrenia e que precisam de um tratamento psiquiátrico. DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS Transtorno de Personalidade Narcisista – Obsessão por fantasias de poder, genialidade, beleza ou riqueza, dificuldade em nutrir empatia pelos outros, necessidade de admiração, e possível comportamento megalômano. Condições psicológicas agudas ou desordens físicas - fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens. Transtorno de personalidade antissocial – Não se sabe ao certo quais são as causas deste transtorno, é muito provável que o fator genético esteja envolvido, mas há indícios de que fator ambiental também esteja relacionado ao aparecimento desse transtorno, principalmente na infância. Pesquisas psiquiátricas apontam que crianças que foram abusadas na infância ou que cresceram com pais alcoólatras, viciados ou que tinham o transtorno de personalidade antissocial tem maior tendência a desenvolver esta condição. Não confundir “Transtorno” com o “Comportamento antissocial”, também caracterizado pela transgressão às leis, ou desrespeito às normas da sociedade, mas que está associado a um comportamento agressivo, ou seja, a falta de educação, um aprendido na família ou meio onde vive. Ter comportamentos antissociais em algum momento não indica necessariamente um transtorno de personalidade antissocial. Além disso, crianças que cresceram em ambientes familiares instáveis ou caóticos, que perderam os pais devido a algum acontecimento traumático, como: assassinados, violentados, também são mais propensas ao problema. Pode haver uma relação entre a falta de empatia desde cedo (capacidade de entender o sentimento do outro e se colocar em seu lugar) e o aparecimento desse transtorno evoluir mais para frente. Fatores de Risco O transtorno de personalidade antissocial é mais comum em homens do que mulheres. Não é possível diagnosticar esse transtorno antes dos 18 anos de idade. Por isso qualquer criança que apresente os sintomas do transtorno de personalidade antissocial é diagnosticada com transtorno de conduta. Entretanto, nem toda criança com transtorno de conduta desenvolverá personalidade antissocial, mas este é um fator de risco, e deverá ser diagnosticado a tempo de controlar o processo. PSICOSE Psicose é um termo psiquiátrico genérico que se refere a um estado mental no qual existe uma "perda de contato com a realidade". Nos períodos de crises mais intensas, que podem ocorrer, irá variar de caso a caso, alucinações ou delírios, desorganização psíquica que inclua pensamento desorganizado e/ou paranoico, acentuada inquietude psicomotora, sensações de angústia intensa e opressão, e insônia severa, confusão mental, pânico. Frequentemente acompanhado por uma falta de “autocrítica" ou de "insight" que se traduz numa incapacidade de reconhecer o carácter estranho ou bizarro do próprio comportamento. Desta forma surgem também, nos momentos de crise, dificuldades de interação social e em cumprir normalmente as atividades de vida diária. Como tal, a psicose pode ser causada por predisposição genética, fatores exógenos orgânicos, mas desencadeados por fatores ambientais e psicossociais, com acentuadas falhas no desempenho de papéis, na comunicação, no autocontrole, no comportamento da afetividade, na percepção sensorial, na memória, no raciocínio, pensamento, e linguagem. O personagem Dom Quixote ficou famoso por seus delírios de grandeza e alucinações visuais. Alucinação Alucinação é a percepção real de um objeto que não existe, ou seja, são percepções sem um estímulo externo material. Tudo que pode ser percebido pelos 5 sentidos: audição, visão, tato, olfato e gustação, podem também ser alucinados. Geralmente são características típicas da paranoia e da esquizofrenia, mas outras possíveis causas das alucinações incluem as reações às drogas, álcool, e medicamentos. NEUROSE Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico, e se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional, ou com a capacidade funcional da pessoa, na realização das tarefas cotidianas. Essa é uma diferença importante se comparado à psicose, uma desordem mais severa, de ordem psiquiátrica. Sigmund Freud propôs que a Neurose pode ser causada por emoções de uma experiência passada que causa forte choque emocional que dificulta reação, ou interfere nas experiências presente. Por exemplo: alguém que foi atacado por um cachorro quando criança pode ter fobia ou um medo intenso de cachorros. Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certos ambientes, imagina situações críticas que pode fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente, são muito mais preocupados com o entorno. O individuo sente tudo o que qualquer um sente no seu dia-a-dia, mas sempre exageradamente. Em geral a pessoa sabe do seu problema, sofre com isso, mas, se sente incapaz de solucioná-lo. Todas as formas neuróticas causam ansiedade e pode ser descarregada como um sintoma físico, e uma variedade sem fim de fobias. As pessoas com alguns sintomas neuróticos, são frequentemente manifestados nos mecanismos de defesa do ego que as ajudam a lidar com a ansiedade. O termo neurose foi criado pelo médico escocês Willian Cullen em 1769, para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por efeitos gerais do sistema nervoso central. A Neurose é uma doença emocional, afetiva e de personalidade, e acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência traumática vivida. Os mecanismos de defesa que resultam em dificuldades para viver são chamados de neuroses e tratados pela psicanálise, pela psicoterapia e aconselhamento, ou outras técnicas psiquiátricas. Neuroses são quadros patológicos psicogênicos, ou seja, de origem psíquica muitas vezes ligadas a situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física ou da personalidade. De acordo com a visão psicanalítica, as neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes. O que distingue a neurose da normalidade é: 1) A intensidade do comportamento exagerado repetitivo; 2) A incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e externos de maneira satisfatória; Ansiedade - Ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou presumido, sendo uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa, mas se tornando excessiva, evidencia um distúrbio que se manifesta em todos os transtornos psicológicos. Histeria - A palavra está em circulação há mais de dois mil anos, desde a antiguidade com Hipócrates, a histeria já era usada para designar transtornos nervosos em mulheres que não conseguiam engravidar e desenvolviam a gravidez psicológica, sentindo todos os sintomas de uma gestação. Na Idade Média, a histeria era definida como possessão pelo demônio e muitas mulheres foram queimadas na fogueira da inquisição. Há muitas formas específicas diferentes de neurose como: Piromania – consiste no desejo mórbido e incontrolável de provocar incêndios, de queimar ou atear fogo às coisas. Está ligada a adultos com personalidade antissocial, suspeitos de transtornos mentais, esquizofrênicos, usuários de álcool e drogas, transtornos de conduta e transtornos mentais orgânicos. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado por pensamentos obsessivos- compulsivos no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade e para si próprio; normalmente trata-se de ideias exageradas e irracionais de saúde, higiene, organização, simetria, ou manias e rituais incontroláveis, ou difíceis de controlar. É considerado o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população. DNA E PERSONALIDADE Na metade do século XX até agora, a partir da descoberta da estrutura do DNA pelo americano James Watson, biólogo molecular, e pelo inglês Francis Crick em 1953, até o mapeamento completo do genoma humano, em 2003, abriu-se um campo de exploração sem precedentes para entender as origens biológicas da personalidade autores do "modelo de dupla hélice“ para a estrutura da molécula de DNA. Hoje se sabe que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. Além disso, as descobertas mais recentes nesse campo mostram que as influências dos hábitos e do estilo de vida de cada um, na ação dos genes são bem maiores do que se pensava. Depressão e a Hereditariedade Pessoas com genes associados à depressão têm mais probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida. Fala-se que questões vivenciais podem servir como gatilho para disparar certas predisposições geneticamente determinadas. Síndrome pós-parto – Depressão Infantil – Depressão adolescência/adulto Está mais do que comprovado que a depressão é uma doença que precisa ser tratada, mas muitos ignoram esse assunto. Poucos sabem, por exemplo, que a depressão é uma doença hereditária. Quando o casal é depressivo, os filhos podem ter 75% de probabilidade de herdarem a doença dos pais. Pessoas que possuem algum tipo de deficiência física, viciadas em bebidas ou drogas, que possuam doenças crônicas, diabetes, câncer Aids, e traumas psicológicos durante a infância ou adolescência, são fortes candidatos para se tornarem depressivos. No Brasil, para se ter uma ideia, 15% dos homens sofrem de depressão, mas são as mulheres que apresentam maior incidência, com 25%. Perversão Perversão => empregado para designar atos e pensamentos de uma pessoa má. Este é o sentido mais popular do ponto de vista psicológico. Entretanto, se a perversão definir um quadro ou uma síndrome patológica, no qual o individuo busca encontrar prazer enquanto uma outra pessoa sofre, isso é um grave distúrbio. É um termo usado para designar o desvio de comportamento por parte de um indivíduo ou grupo qualquer, que pode ser considerado normal ou anormal para um determinado grupo social. A perversão está também condicionada à violência, e se os pais são violentos as crianças absorvem este tipo de comportamento. Os conceitos de normalidade e anormalidade, no entanto, variam no tempo e no espaço, em função de várias circunstâncias. A perversão distingue-se da neurose e da psicose como modo de funcionamento e organização defensiva do aparelho psíquico. O termo é também frequentemente utilizado com o sentido específico de perversão sexual, ou desvio sexual. Lei Antimanicomial - ALGUMAS QUESTÕES DA PSICOLOGIA SOCIAL Em 1987, em um Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, nasceu o Movimento da Luta Antimanicomial. Uma das conquistas deste Movimento foi a Lei nº 10.216/2001, que determinou o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e das instalações de serviços substitutivos. A partir desta lei, o Brasil tem eliminado leitos psiquiátricos e substituído pelos serviços dos Centros de Atenção Psicossocial Caps: residências terapêuticas, programas de redução de danos, centros de convivência, oficinas de geração de renda, entre outros. Algumas abordagens críticas como a Antipsiquiatria e a Psiquiatria Social denunciaram o saber científico, nesta área, como manipulação, retirada da humanidade e dignidade dos portadores de transtornos mentais, além das condições inadequadas de tratamento e internação. Essas abordagens não negam que os transtornos mentais existam, mas se propõem a enfrentá- los, utilizando uma postura crítica aos métodos tradicionais. Acreditam que o portador de transtorno mental não é um ―monstro‖, por isso, não deve ser desumanizado, mas, sim, avaliado por meio de sua história de vida. A lei surgiu como uma garantia de direitos e de reinserção social das pessoas estigmatizadas por serem portadoras de transtornos mentais. Ainda se faz necessária uma luta mais ampla pelo respeito e garantia de direitos à diversidade e à singularidade de cada um. A saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo para viver a vida em equilíbrio entre as suas atividades e os seus esforços para atingir a resiliência psicológica. A resiliência é um conceito psicológico, emprestado da Física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos, ou resistir à pressão de situações adversas — choque, estresse etc., sem provocar danos psicológicos. O conceito de Saúde Mental é mais amplo que apenas a ausência de transtornos mentais. Filme: Nise O Coração da Loucura https://youtu.be/irF9k-ON4gw HIERARQUIA DE GÊNERO É a construção cultural coletiva dos atributos da feminilidade e masculinidade. Esse conceito foi proposto para distinguir-se do conceito de sexo, que define as características biológicas de cada indivíduo. O sistema de gênero ordena a vida nas sociedades contemporâneas a partir da linguagem, dos símbolos, das instituições, das hierarquias da organização social, da representação política, e do poder, com base na interação desses elementos, ou seja: Os papeis sociais e profissionais desempenhados por homens e mulheres não interferem seus suas condições biológicas. Suas formas de expressão distinguem-se os papéis do homem e da mulher na família, na divisão do trabalho, na oferta de bens e serviços, e até na instituição e aplicação das normas legais. Papéis masculinos e femininos A estrutura de gêneros delimita também o poder entre os sexos. Mesmo quando a norma legal é de igualdade, na vida cotidiana encontramos a desigualdade e a iniquidade na distribuição do poder e da riqueza entre homens e mulheres. Durante séculos, as mulheres foram rigorosamente educadas para submeterem-se aos homens. A "domesticação" da mulher foi consequência da necessidade dos homens, em assegurarem a posse de sua descendência, ou seja, ter certeza de sua paternidade. Cotidiano comum Incomum 1 Incomum 2 Incomum 3 O fato de que a maternidade era certa e a paternidade apenas presumível (ou incerta) sempre foi um fantasma para a organização da cultura patriarcal. O controle da sexualidade e da vida reprodutiva da mulher garante a imposição das regras de descendência e patrimônio e, posteriormente, um sistema rígido de divisão sexual do tipo de trabalho. Assim, a mulher passou a ser “tutelada” por algum homem, seja o pai, o tio, ou marido. Este sistema de divisão sexual do trabalho, cuja finalidade primeira foi a de regulamentar a reprodução e organizar as famílias, acabou por dar aos homens e mulheres uma carga simbólica de atributos, gerando uma correlação entre sexo e personalidade que foi interpretada como característica inerente aos sexos. A Questão da Hierarquia de Gênero O patriarcado era uma forma de hierarquia, em que os homens detinham o poder e as mulheres eram subordinadas. Numa sociedade patriarcal, a autoridade social efetiva sobre as mulheres era exercida através dos papéis de pai e de marido. Sob as condições patriarcais, as mulheres às vezes exerciam autoridade através do papel de mãe, em oposição aos outros papéis familiares, tais como esposa, filha, irmã, ou tia. Com o advento do teste de paternidade, criado em 1985 pelo geneticista Alec Jeffreys, e aperfeiçoado no Brasil pela Fiocruz, proporcionou aos homens a comprovação de suas hereditariedades, e indiretamente permitiu menor controle da sexualidade e da vida reprodutiva feminina. Hoje, através do Teste de DNA é possível identificar pessoas para esclarecer uma possível participação em um crime e também na realização de testes de paternidade. É importante lembrar que, com exceção dos gêmeos univitelinos, o DNA de cada pessoa é único. O teste de DNA, chamado de DNA figerprint ou impressão digital genética, fornece um grau de confiabilidade bastante alto, ultrapassando 99,9% de certeza em seu resultado. Devido a isso, esse teste é muito empregado na determinação de paternidade e na resolução de crimes. Tradições Culturais Atribuiu-se à natureza de homens e mulheres aquilo que era da cultura. Pensar que a mulher é frágil, dependente do homem, ou que o homem é o chefe do grupo familiar pode levar as pessoas a concluírem que é natural que os homens tenham mais poderes que as mulheres. Esta é uma cultura passada por gerações, regida pelo pátrio poder, que atravessou os séculos, e este tipo de pensamento sempre justificou o autoritarismo masculino, interpretando a violência do homem contra a mulher como algo natural. Alguns homens, devido à educação recebida, se julgam acima das leis, e exercem sobre suas mulheres o sentimento de posse, o que os fazem acreditar que podem fazer com elas o que bem entender. Isso impregnou de tal forma nossa cultura que, assim como muitos homens não assumem que estão sendo violentos, muitas mulheres também, não reconhecem a violência a qual estão submetidas. (conformismo). Masculino X Feminino O sexo: diz respeito às características fisiológicas relativas a anatomia, aos órgãos sexuais, a procriação, à reprodução biológica – as diferenças sexuais são físicas. E o cérebro? Ele se difere? Simon Baron-Cohen (2003) é um dos maiores pesquisadores sobre o funcionamento do cérebro masculino e feminino. De acordo com suas pesquisas teóricas, essas diferenças se dão antes do nascimento, ainda na vida intrauterina, causadas por hormônios sexuais pré-natais; esses hormônios, posteriormente, afetam as aptidões. – Aptidão espacial: mais identificada no sexo masculino, é suprimida pelo estrogênio; – Aptidão para memória verbal: mais identificada no sexo feminino, devido a reposição hormonal. http://mundodapsi.com/cerebro-feminino-masculino/ Identidade de Gênero: se refere ao gênero com que a pessoa se identifica, se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher, ou neutro. É como ela vê a si como fora do convencional, mas pode também ser usado para referir-se ao gênero atribuído ao indivíduo como, masculino, ou feminino, tendo como base o papel social de gênero (roupas, comportamento, corte de cabelo, etc.) *Convencional – o que é de uso ou de praxe; consolidado pelo uso ou pela prática. Hierarquia Social A mulher do século 21 exerce atividades que antes eram restritamente masculinas, devido o grau de autoridade que os cargos exigem. Entretanto, o poder social atualmente, ainda é identificado e considerado como atributos masculinos. Pessoas do sexo masculino ou feminino podem desempenhar papéis, através dos quais o poder pode ser exercitado, mas eles permanecem como “papéis masculinos”. Tratorista de Aeroporto Caminhoneira Piloto de avião A posição de gênero é um dos eixos essenciais para a manutenção do poder na hierarquia social, que é essencialmente masculina no seu topo e tem estratégias de fragmentação (por classes, por idades, por grupos ou culturas minoritárias). Assim, essa hierarquia nos leva a viver rivalidades e lutas entre pessoas jovens e idosas, pobres e ricas, negras e brancas, mulheres e homens. Essas relações antagônicas estruturam a dependência e a submissão. O que é subordinação e como se expressa? Subordinação pode ser definida como uma relativa falta de poder. Em termos de autoridade social, um grupo subordinado tem pouco ou nenhum controle sobre a tomada de decisões que afetam o futuro daquele grupo. Podemos falar em subordinação de gênero quando as mulheres não estão no controle das instituições que determinam as políticas que afetam as mulheres, tais como os direitos reprodutivos nas políticas de emprego, discriminação nos salários e nas promoções são exemplos da subordinação das mulheres na nossa sociedade. Entretanto, este quadro vem apresentando consideráveis mudanças. As Mudanças De acordo com o levantamento de grupo especializado em recrutar executivos, as mulheres estão assumindo as vagas dos homens, ascendendo mais rapidamente aos altos postos e ganhando mais. A grande virtude é colocar a liderança como uma orientação, e não como uma ditadura. Os homens e as mulheres podem ser igualmente eficientes. Ainda não se sabe sobre números seguros sobre o espaço que as mulheres ocupam no mercado, mas elas estão sendo recrutadas em bom ritmo e nos últimos dois anos, a participação feminina nos cursos de Mestrado de Administração de Empresas na área de Finanças dobrou. As principais características profissionais que diferenciam homens e mulheres são: As mulheres são mais persistentes numa negociação; Sabem trabalhar em equipe; Sabem fazer planejamento em longo prazo; Preocupa-se com detalhes e são mais resilientes aos conflitos. As mulheres estão começando a servir também como modelo na hora de contratar. Material de Aula elaborado pela Prof.ª Claudia S. Goularth – Psicologia Aplicada ao Direito - 2019.1
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