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AP1 - Gabarito (1)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
 
Disciplina: Psicanálise e Educação 
 
AP1– 2018.1 
 
GABARITO - PARCIAL 
 
Coordenador: 
Nilson Guimarães Doria 
Tutoras à distância: 
Luiza Teles 
Raquel Devolder 
 
 
 
 
Parte I - Questões objetivas: 
 
• Cada questão vale 1,0 (um) ponto. 
 
Questão 1. Na Psicanálise essa estrutura surge como mediadora entre a instância 
psíquica primordial que deseja realizar imediatamente os impulsos ditados princípio do 
prazer, e a necessidade de negá-los, ou pelo menos adiá-los, de acordo com os ditames 
do princípio da realidade: 
 
a. super ego. 
b. ego. 
c. id. 
d. self. 
e. alter ego. 
 
Comentário: “O princípio do prazer não conhece mediações, ele pede pela satisfação 
imediata do desejo. Obviamente nem sempre isso é possível, na realidade as satisfações 
de nossas necessidades e impulsos precisam ser adiadas, moduladas, reformuladas, para 
que possam ser atendidas. A esta necessidade, Freud chama princípio da realidade. É da 
confrontação com esta realidade, que cerceia a realização plena e imediata do desejo, 
que surge o Ego. Uma instância do aparelho psíquico que procura tornar as demandas 
do Id realizáveis, ainda que reformuladas, adaptadas e adiadas” (Aula 1, Unidade 1 – 
Texto introdutório). 
Respostas às questões objetivas: 
1. (A) (B) (C) (D) (E) 
2. (A) (B) (C) (D) (E) 
3. (A) (B) (C) (D) (E) 
4. (A) (B) (C) (D) (E) 
5. (A) (B) (C) (D) (E) 
Questão 2. De acordo com a teoria psicanalítica analise as afirmativas abaixo: 
 
I. Com o livro “A interpretação dos sonhos”, Freud desiste de teorizar sobre a estrutura 
e o funcionamento da personalidade. 
II. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de 
funcionamento, atemporal, desprezando noção de passado e presente. 
III. O consciente recebe informações do mundo exterior e de outras instâncias psíquicas, 
como o pré-consciente. 
 
Assinale qual alternativa indica corretamente qual(is) afirmativa(s) é(são) FALSA(S): 
 
a. Apenas I é falsa. 
b. Apenas II é falsa. 
c. Apenas I e II são falsas. 
d. Apenas II e III são falsas. 
e. Todas as afirmativas são falsas. 
 
Comentário: 
Sobre afirmativa I: “A primeira tentativa de formulação de um modelo do aparelho 
psíquico [por Freud] data de 1900, quando publicou sua obra, A Interpretação dos 
Sonhos”. 
Sobre afirmativa II: “O Inconsciente por sua vez, é o lugar dos conteúdos que por sua 
natureza são, ou por alguma razão se tornaram inacessíveis à consciência. O 
inconsciente não estaria sujeito aos mesmos processos de ordenamento temporal das 
experiências como os processos conscientes, poderíamos dizer em certo sentido que o 
inconsciente é atemporal”. 
Sobre a afirmativa III: “O Consciente seria o lugar da consciência, da percepção e da 
integração entre o que se passa na realidade externa ao sujeito (percepção, atenção) e o 
que ocorre em seu mundo interno (lembranças, raciocínio, etc.).” 
Todos os trecho citados foram extraídos do texto introdutório à Aula 1, Unidade 1. 
 
3. No seu modelo de desenvolvimento psicossexual, Freud teoriza cinco fases pelas 
quais o sujeito passa. Levando em conta este referencial, considere as proposições 
abaixo: 
 
I. as fases propostas por Freud são, em ordem cronológica: sensório-motora, pré-
operatória, operatório-concreta, operatória-formal e pós-formal. 
II. as fases propostas por Freud são, em ordem cronológica: oral, anal, fálica, 
latência e genital. 
III. não existe ordenamento necessário entre as fases, elas podem se suceder em 
qualquer ordem, podendo mesmo ser “puladas” em alguns casos. 
IV. o sequenciamento das fases é necessário e segue uma sequência de 
transformações que a libido sofre ao se defrontar com os diferentes desafios 
impostos pela realidade física e social. 
 
Estão corretas as proposições: 
 
a. I e III. 
b. I e IV. 
c. II e III. 
d. II e IV. 
e. nenhuma das respostas anteriores. 
 
Comentário: O desenvolvimento do psiquismo, de acordo com Freud, deve ser 
entendido como a história das transformações pelas quais passam o nosso desejo, pelas 
transformações que a nossa libido (a "energia" que alimenta nosso psiquismo) sofre ao 
se defrontar com os diferentes desafios impostos pela realidade física e social que nos 
circunda. Estas transformações são agrupadas em cinco grandes etapas, chamadas de 
fases, por Freud e se desenrolam seguindo uma ordem necessária em decorrência da 
interação de fatores biológicos e sociais: fase oral, fase anal, fase fálica, latência e fase 
genital. 
 
Questão 4. Acerca da fase fálica do desenvolvimento psicossexual, é correto afirmar 
que: 
 
a) na sequência de fases postulada por Freud é a última a ocorrer cronologicamente, 
logo após o período de latência. 
b) não ocorre nas meninas por elas não possuírem a estrutura anatômica que dá nome à 
fase, o falo (pênis). 
c) é um conceito que foi rapidamente abandonado por Freud, logo após seus estudos 
sobre hipnose na França. 
d) antecede o período de latência e é caracterizada por fortes conflitos intrapsíquicos 
(angústia de castração ou inveja do pênis). 
e) só ocorre nos meninos, uma vez que eles são os únicos que possuem a estrutura 
anatômica que dá nome à fase, o falo (pênis). 
 
Comentário: “Fálico é um adjetivo que se refere ao falo, ou, em um linguajar mais 
acessível, o pênis. Nesta fase (...) uma nova descoberta se impõe com uma força 
avassaladora: a diferença entre os gêneros. É nesta etapa que a distinção entre meninos e 
meninas, homens e mulheres se torna importante para a criança. 
(...) Para os meninos duas possibilidades antagônicas se abrem: por um lado eles 
poderiam se entender como postulantes legítimos ao amor materno, pois eles possuem 
aquilo que o atual detentor deste amor, o pai, possui, o pênis. Por outro lado, a 
possibilidade de perder o pênis, ser castrado, também se torna uma angústia. O medo de 
perder o pênis, pela intervenção paterna no embate pelo amor da mãe, recebe o nome de 
angústia de castração. 
As meninas se veriam na situação oposta, elas já seriam castradas, elas já perderam o 
pênis, e veriam nisso uma prova de “desamor” da mãe por elas – uma vez que as fez 
assim – e incapazes de competir com o pai pelo amor da mãe. Assim elas deslocariam a 
disputa pelo amor materno para a obtenção do amor paterno. Ter o amor do pai, seria a 
via para que as meninas pudessem ter um falo, e assim conseguir, por vicariância, o 
amor da mãe. O desejo da menina por possuir um falo para poder competir em melhores 
condições pelo amor da mãe recebe o nome de inveja do pênis” (Unidade 1 – Aula 2). 
 
Questão 5. Mal-estar na civilização é uma expressão freudiana que designa as 
dificuldades da vida em sociedade, uma vez que ela nos requisita sacrifícios enormes 
em termos das demandas do Id, seja em termos da satisfação sexual, ou dos nossos 
impulsos agressivos. Segundo a concepção de Freud, é correto dizer que o mal-estar: 
 
a. é atenuado pelas atividades de sublimação. 
b. é indiferente para a estruturação de nosso psiquismo. 
c. é algo passageiro na vida do sujeito, sendo superado após a passagem pela fase fálica. 
d. é mais pronunciado entre os povos ditos "primitivos". 
e. representa a harmonia plena entre o desejo e os imperativos sociais. 
 
Comentário: "Se a civilização impõe sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade 
do homem, mas também à sua agressividade, podemos compreender melhor porque lhe 
é difícil ser feliz nessa civilização. Na realidade,o homem primitivo se achava em 
situação melhor, sem conhecer restrições de instinto. Em contrapartida, suas 
perspectivas de desfrutar dessa felicidade, por qualquer período de tempo, eram muito 
tênues. O homem civilizado trocou uma parcela de suas possibilidades de felicidade por 
uma parcela de segurança" (FREUD, 1980). 
“O mal-estar inevitável traz consigo a necessidade do desenvolvimento de meios de 
convivência com ele, se o sujeito pretende permanecer membro da cultura. Sujeito e 
cultura desenvolvem estratégias que permitam conviver as forças pulsonais, e as regras 
de convívio socialmente estabelecidas. Sendo assim, é preciso canalizar a pulsão para a 
realização de metas e para objetos que sejam socialmente aceitos. A este processo de 
transformação do destino do desejo Freud chama de sublimação” (Unidade 1 – Aula 4). 
 
 
Parte II - Questões discursivas: 
 
• Cada questão vale 2,5 pontos. 
• Observação: Os gabaritos apresentados nesta seção correspondem a uma 
resposta correta, dentre outras possíveis. Procurou-se na formulação dos 
gabaritos contemplar o que havia de “essencial” em uma resposta ao mesmo 
tempo correta e completa à questão. Ou seja, há várias respostas possíveis, as 
apresentadas aqui apenas condensam os elementos mínimos necessários para 
uma resposta correta em uma redação específica. 
 
Questão 6. O fenômeno da transferência ocupou papel fundamental nos escritos de 
Freud sobre a relação analítica (entre terapeuta e cliente), mas ele também se faz 
presente em outros contextos, como o educativo. Com base nas leituras realizadas em 
nosso curso: a) apresente uma definição do fenômeno transferencial (1,5); e b) 
exemplifique-o com base em alguma experiência que tenha vivenciado (seja na 
condição de paciente, médico, estudante, professor, profissional superior ou subalterno, 
etc.) (1,0). 
 
“apresente uma definição do fenômeno transferencial” (1,5) 
 
De acordo com Freud, uma parte das pulsões libidinais dos seres humanos é retida 
no curso de seu desenvolvimento, permanecendo desconhecida pela consciência. 
Logo, a necessidade que temos de amor não é inteiramente satisfeita pela realidade. 
Como efeito ocorre que, em certas relações que estabelecemos ao longo da vida, 
atualizamos nossos desejos inconscientes direcionando-os a outras pessoas. Tal 
experiência ocorre pela repetição de protótipos infantis, embora vivida com a 
sensação de algo novo. 
 
exemplifique-o com base em alguma experiência que tenha vivenciado (seja na 
condição de paciente, médico, estudante, professor, profissional superior ou subalterno, 
etc.) (1,0) 
 
Considerações: várias seriam as possibilidades de resposta a esta segunda parte da 
questão, mas elas devem fazer referência a aspectos destacados abaixo, observando o 
que diz o enunciado “exemplifique-o com base em alguma experiência que tenha 
vivenciado” – ou seja, é necessário ilustrar a resposta com aspectos vivenciais para 
pontuação completa. 
 
Outro ponto importante que chama atenção em relação ao fenômeno da 
transferência é a sua frequência em settings terapêuticos. Este se expressa 
claramente quando uma paciente acredita estar apaixonada pelo terapeuta, por 
exemplo. Tal fenômeno é comum também nas escolas, especialmente nas relações 
estabelecidas entre professores e alunos. São comuns os sentimentos de paixão, 
raiva ou oposição direcionados aos professores por parte de alunos e alunas. Tanto 
que Freud atribui a transferência não à psicanálise, mas à própria neurose, embora 
ela possa ser mais intensa nos indivíduos que fazem análise. De todo modo, este é 
um fenômeno que merece atenção dos educadores, já que interfere diretamente na 
qualidade das relações. 
 
Questão 7. A noção de sublimação surge na obra de Freud de maneira complementar à 
de mal-estar na cultura/civilização. Com base nas leituras realizadas ao longo de nosso 
curso: a) apresente uma definição de sublimação (1,5); e b) com base na sua vivência 
em ambientes escolares procure estabelecer relações entre o fenômeno e a prática 
educativa (1,0). 
 
“Apresente uma definição da noção de sublimação” (1,5) 
 
O mal-estar inevitável [advindo da vida em sociedade] traz consigo a 
necessidade do desenvolvimento de meios de convivência com ele, se o sujeito 
pretende permanecer membro da cultura. Sujeito e cultura desenvolvem 
estratégias que permitam conviver as forças pulsionais, e as regras de convívio 
socialmente estabelecidas. (...). Este processo de transformação do destino do 
desejo Freud chama de sublimação (Texto introdutório à Unidade 1 – Aula 5). 
 
“com base na sua vivência em ambientes escolares procure estabelecer relações entre o 
fenômeno e a prática educativa” (1,25) 
 
Considerações: várias seriam as possibilidades de resposta a esta segunda parte da 
questão, mas elas devem fazer referência a pelo menos um dos dois eixos destacados 
abaixo, observando o que diz o enunciado “com base na sua vivência em ambientes 
escolares” – ou seja, é necessário ilustrar a resposta com aspectos vivenciais para 
pontuação completa. 
 
▪ "[A sublimação é um] processo postulado por Freud para explicar atividades 
humanas sem qualquer relação aparente com a sexualidade, mas que 
encontrariam o seu elemento propulsor na força da pulsão sexual. Freud 
descreveu como atividades de sublimação principalmente a atividade artística e 
a investigação intelectual. Diz-se que a pulsão é sublimada na medida em que é 
derivada para um novo objetivo não sexual e em que visa objetos socialmente 
valorizados" (Laplanche e Pontalis, 2016, p. 495). 
 
▪ “A libido descolada da possibilidade de investimento bem-sucedido nas zonas 
erógenas do próprio corpo, seria deslocada para outras formas de obtenção de 
prazer, como o investimento intelectual na idade escolar que traria consigo tanto 
a satisfação das curiosidades infantis, quanto o reconhecimento dos pais e 
mestres do empenho da criança” (texto introdutório à Aula 2 da Unidade 1).

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