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AS CARACTERÍSTICAS DO ASSÉDIO 
MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO
SANTOS, Fabiana da S. Lobato¹
RAPOSO, Alexandre Tinel²
RESUMO
Estudo de natureza exploratória, embasado em pesquisa bibliográfica, investiga as características do assédio moral no ambiente de trabalho. Em face das terríveis agressões verbais sofridas dentro do ambiente de trabalho, o estudo partiu da hipótese de que o assédio moral é cercado e marcado por diversas características. Como objetivos específicos, necessários para alcançar o objetivo geral e legitimar a hipótese prevista, o estudo retratou os tipos de assédio moral; apontou as principais fases do assédio moral e discorreu sobre as conseqüências do assédio moral e suas implicações. Como conclusão, o estudo identificou as características do assédio moral no ambiente de trabalho.
Palavras-chave: Assédio moral. Ambiente de trabalho. Características.
____________________________
¹ Aluna concludente do curso de Bacharel em Administração da Universidade Estácio de Sá.
² Professor Orientador do artigo da Universidade Estácio de Sá.
1 INTRODUÇÃO
O assédio moral é tão antigo quanto o trabalho , desde que o mundo é mundo o trabalho existe, ambos caminham juntos e cada vez mais, provocam inúmeras vítimas, mas infelizmente ele não recebe a devida atenção.
A palavra trabalho decorre de algo desagradável: dor, castigo, sofrimento tortura. O termo trabalho tem origem do latim – tripalium. Espécie de instrumento de tortura ou carga que pesava sobre os animais.
Por ser uma realidade na rotina de muitas organizações, este assunto, assim como todos os outros que envolvem a qualidade de vida no ambiente de trabalho, deveria ser abordado nas universidades de forma bem incisiva e esclarecedora para total conhecimento dos alunos que geralmente se deparam com estas situações ao se formarem estando totalmente despreparados para enfrentá-lo no ambiente de trabalho. 
Os alunos não possuem base ou instrução alguma de como tratar, de como lidar de forma profissional e eficaz com tais conflitos. 
O assédio moral é um tema multidisciplinar, ele pode e deve ser abordado em algumas disciplinas, do curso de Administração como: Sociologia, Psicologia, Recursos Humanos, administração e Direito, ou até mesmo fazer parte da grande curricular das universidades como uma matéria.
A partir do momento que ele for trabalhado de forma mais clara e esclarecedora dentro das instituições de ensino, o mercado de trabalho passará a receber profissionais melhor preparados e capacitados para lidar com estas situações conflituosas.
Na maioria dos casos, os agressores nem sempre são os líderes. Em alguns casos são apenas pessoas que possuem algum pequeno poder de mando, de designar algo, o que se torna munição mais que suficiente para dar inicio às torturas psicológicas. 
Os motivos que levam uma pessoa exercer o "direito" de ridicularizar, humilhar, desprezar, fazer chacota, tratar com indiferença, não valorizar, minimizar ou ignorar a outra são imensos dentro de um ponto de vista egoísta mas um único motivo dentro de um ponto de vista humanista.
Não somente as vítimas, mas o próprio ambiente de trabalho e a própria organização se prejudicam muito com esses abusos.
 O rendimento de quem é agredido cai absurdamente, o colaborador passa a trabalhar totalmente desmotivado e frustrado, o que não gera boa produtividade para a companhia, e muitos colaboradores acabam se afastando das atividades, por problemas de saúde decorrentes de agressões psicológicas (assédio moral), o que acaba gerando mais custos para a organização.
Segundo Soares (2008, p. 15) Esse sofrimento passivo nos fala dos, medos, raivas, vontade de não trabalhar naquele local, por sentir-se um "lixo", um "zé- ninguém", sem valor.
De acordo com Zanetti (2004, p. 103)"Está na hora do despertar!!! As pessoas cometem brutalidades psicológicas terríveis, como verdadeiros terroristas psicológicos e parece que muita gente não percebeu o que está acontecendo."
O que acontece dentro da organização nem sempre fica dentro da organização, tais abusos psicológicos trazem fortes e prejudiciais conseqüências para a vida de quem é agredido, o que e acaba refletindo não só no meio social, mas em seu ambiente familiar.
De acordo com Zanetti (2004, p.148) “o empresário tem a obrigação de criar na empresa um ambiente de trabalho satisfatório para seus empregados e vigiar que este continue assim no tempo“
O que se sabe é que desde fim de 2008 o número de trabalhadores que ingressaram na justiça trabalhista cresceu consideravelmente. Os mesmos alegaram ameaças quanto ao seu emprego e muitas humilhações. Tais dificuldades nas empresas por conta da crise geram situações de assédio, embora ainda não exista legislação federal específica no país.
Segundo Zanetti (2004, p.113) "O responsável pelo assédio moral poderá pagar um valor muito elevado a título de indenização pelos prejuízos morais e materiais que o assediado sofrer."
Não há como negar que o assédio moral causa danos à imagem, à honra, à liberdade do trabalhador (art. 5º, V e X, CF), logo, a sua reparação é questão de justiça (art. 186, CC).
O empregado que se torna vítima do assédio moral, não só pode mas como deve, procurar a Justiça do trabalho, recorrendo a indenização referente ao dano moral sofrido.
Para Zanetti (2004, p. 150) "Ainda, se a vítimas quiser, poderá ajuizar a ação diretamente contra o empregado, sem a necessidade de ajuizá-la contra o empregador."
O trabalho desde sempre foi executado pelo homem. Nos tempos antigos o homem trabalhava para defender-se, abrigar-se, alimentar-se (o que não é diferente nos dias atuais). 
A luta pelo poder e domínio teve início com a formação das tribos. Nesta luta de poder, quem perdia tornava-se prisioneiro e como tais eram mortos e comidos. Alguns que sobreviviam passaram a ser escravos para execução de serviços mais penosos. A partir da escravidão veio o surgimento do trabalho subordinado em favor de terceiro. 
A extrema subordinação do empregado, preocupado em manter seu suado salário mensal, leva seus contratantes a agirem da forma que lhes parece melhor.
 Muitas pessoas são fortes e psicologicamente equilibradas, o que as ajuda a lidar com o assédio de forma mais amena o que não lhes traz danos psicológicos, mas existem também aquelas mais frágeis que não suportam a carga de baixa auto-estima que recebem e acabam sofrendo muito com as agressões. 
Seu convívio social é destruído. O assédio gera pessoas inibidas, tímidas, frustradas e com suas estimas arrasadas.
Tais colocações retratam em linhas gerais, a justificativa pela escolha do tema.
Assim, o presente estudo investiga a seguinte questão: "Quais as características do assédio moral no ambiente de trabalho?".
Em face das terríveis agressões verbais sofridas dentro do ambiente de trabalho, surge como hipótese a visão de que o assédio moral é cercado e marcado por diversas características.
Portanto, o objetivo geral do estudo é verificar a legitimidade da hipótese prevista e, com isso, identificar quais as características do assédio moral no ambiente de trabalho.
Para alcançar o objetivo geral é preciso atingir os seguintes objetivos específicos: 
- retratar os tipos de assédio moral;
- apontar as principais fases do assédio moral;
- discorrer sobre as conseqüências do assédio moral e suas implicações.
 Para tanto, o presente estudo, de natureza exploratória, é embasado em pesquisa bibliográfica, materializada por meio da revisão do referencial teórico relacionado aos objetivos específicos e, conseqüentemente, ao objetivo geral.
2 REFERECIAL TEÓRICO
 2.1 Retratar os tipos de Assédio Moral.
 2.1.1. Assédio descendente
Este é o mais comum dos assédios, é vertical, de cima (chefia) para baixo (subordinados). Seu objetivo principal é desestabilizar o trabalhador de forma que produza mais por menos, sempre levando o indivíduo a pensar que nunca atinge as metas da empresa, o que na maioria dos casos já foi ultrapassado, o fazendo trabalhar cadavez mais, mas sempre com o sentimento de que não é o suficiente, de que não esta produzindo, de que não se destaca, o levando a pensar que por conta disso pode correr riscos quanto a sua permanência na organização. 
Diz que o superior hierárquico acredita que seu cargo e sua autoridade estão em jogo, logo ele acaba por temer perder o controle da situação quanto a seus subordinados. Neste tipo de situação o agressor se recusa a dar as informações adequadas para a vítima executar suas tarefas, o priva de informações, ferramentas, pessoal, etc. ( Zanetti, 2004, p. 67 ).
O assédio descendente é o mais comum no ambiente laboral, haja vista a diferença hierárquica entre os envolvidos e a grande facilidade em ocultar as agressões por meio de costumes, regras, e culturas da organização. 
 
2.1.2. Assédio ascendente 
É o mais raro, também de forma vertical, mas de baixo (subordinado) para cima (chefia). Este tipo de assédio é mais difícil de acontecer. Geralmente ocorre quando um determinado grupo de subordinados se volta contra a chefia, sempre em grupo, pois dificilmente um subordinado de forma isolada desestabilizaria um superior. Sua principal causa geralmente é obreira com excesso de ambição, um ou dois colaboradores que possuem algum tipo de influência com os colegas acabam os influenciando também para tal prática com o intuito de tomar o posto de seu superior. Este tipo de assédio causa os mesmos males que os demais, e se o agredido revidar pode ser taxado como desequilibrado e como conseqüência acabar perdendo seu posto de chefia, que era a intenção de quem o provoca.
2.1.3. Assédio paritário
Este tipo de assédio ocorre de forma horizontal (subordinado para subordinado), quando um determinado grupo de colaboradores isola e assedia outro membro de sua equipe ou não, com brincadeiras inapropriadas, rotulando o obreiro com apelidos ofensivos, discriminando seu modo de andar, se vestir ou falar, seu peso e até mesmo sua etnia.
Mas, em contrapartida, deve-se ficar claro que conflitos no ambiente de trabalho, não podem ser confundidos com assédio moral.
Não se deve confundir o assédio moral com conflitos do cotidiano organizacional. As desavenças, e conflitos de trabalho são totalmente aceitáveis, tais conflitos são existentes, dentro não só de organizações, mas de famílias, no meio político entre ouros convívios sociais. Ele surge a partir de divergência de opiniões, e posturas entre as pessoas. Independe de serem conflitos normais, não se pode permitir que uma mera discussão se transforme em uma implicância ou perseguição. Para que isso não ocorra a mediação e ou arbitragem podem ser a solução. ( Zanetti, 2004, p. 40 ).
A maior motivação do agressor é eliminar concorrentes, tirar do caminho funcionários que poderiam ser bons concorrentes em uma possível promoção, principalmente quando que com freqüência ele começa a se destacar perante seus superiores. Este é o tipo de assédio mais comum.
Zanetti (2004, p. 67) Ensina que assédio moral pode ser individual ou coletivo, vertical ou horizontal, masculino ou feminino, ascendente ou descendente, patológico ou estratégico, grupal ou individual, profissional ou familiar.
2.2 LEVANTAR AS PRINCIPAIS FASES DO ASSÉDIO MORAL
	Como bem sabemos, nada acontece de repente, situações conflituosas por exemplos sempre dão indícios de seu surgimento, por não saberem identificar estas espatas, muitas pessoas e organizações são pegas de surpresa quando um conflito surge, seguem abaixo as principais fases do assédio moral.
2.2.1 Primeira fase
O conflito no ambiente de trabalho é totalmente normal e aceitável devido às diferenças de interesses, de temperamentos e personalidades, logo, surgem problemas que em alguns casos são solucionados de forma positiva com diálogos ou que se não tratados, com a devida atenção, podem ser o princípio de um conflito bem mais profundo, que se não supervisionado adequadamente, bem provavelmente dará inicio à segunda fase.
Para Zanetti (2004) o conflito está presente em todas as relações, não somente nas relações de trabalho. O conflito se revela importante, pois através dele se chegam à evolução das idéias.
2.2.2. Segunda fase
Nesta fase do assédio, o agressor já começa a colocar em prática toda a sua estratégia de exposição e humilhação da vítima, se valendo de uma série de atitudes covardes, perversas e ofensivas com o único intuito que é de expor, ridicularizar, isolar e humilhar a vítima.
	Alguns exemplos de comportamentos dos agressores morais no local de trabalho:
- críticas não cabíveis;
- culpar o funcionário sem uma justificativa real;
- ser tratado de forma diferente da sua equipe de trabalho;
- ser alvo de xingamentos;
- ser excluído ou isolado socialmente;
- ser alvo de gritos ou ser humilhado;
- ser alvo de piadas;
- ser constantemente e excessivamente vigiado.
	
2.2.3. Terceira fase
A esta altura do assédio, a vítima já não é capaz de acreditar no que está passando, não consegue entender ou assimilar o porquê de estar vivendo tudo aquilo em seu trabalho através de seus colegas. Em alguns casos o agredido começa até a se culpar por tudo que está sofrendo, e tenta durante todo o tempo disfarçar para não deixar evidente o que está sentindo diante dos demais colaboradores e líderes da organização.
O autor afirma que algumas pessoas nem notam que estão sendo assediadas, e em alguns casos chegam a negar o fato, muitas vítimas associam os sintomas do assédio sofrido, como stress, ânsia, depressão, distúrbios de sono a problemas consigo mesmo. Isso acontece pela total falta de esclarecimento, contudo não se pode esquecer uma outra possibilidade, onde a pessoa fantasia em sua mente estar sofrendo assédio ou simula o mesmo para ser indenizado. Neste caso estaremos diante do falso assédio. (Zanetti, 2004, p. 38)
2.2.4. Quarta fase
Esta é classificada a fase de marginalização ou exclusão total da vida laboral, e pode gerar o abandono do trabalho por parte do agredido. Em alguns casos muitos extremos, os colaboradores que foram agredidos sentem-se acuados, podendo chegar ao ponto de dar cabo de suas vidas. 
Na fala de Barreto (2002, p.242): “quando o homem prefere a morte à perda da dignidade, se percebe muito bem como saúde, trabalho, emoções, ética e significado social se configuram num mesmo ato, revelando a patogenicidade da humilhação”.
2.3 APONTAR AS CONSEQUÊNCIAS DO ASSÉDIO MORAL E SUAS IMPLICAÇÕES.
Fora gerar efeitos totalmente maléficos sobre a saúde e personalidade da vítima, o assédio moral acaba projetando seus efeitos também na vida social do trabalhador, pois o conduz ao desemprego, logo a vítima deste assédio trará grandes prejuízos para a própria organização, pois o colaborador agredido acaba por ter queda na sua produtividade. 
Diante das agressões sofridas, os funcionários não serão capazes de contribuir com o seu melhor desempenho ou dar idéias novas de melhorias ou opiniões sobre fracassos que poderiam ser revertidos de maneira aberta e honesta, trazendo prejuízos para mesma e dificuldades em se integrar com os demais grupos de trabalho, o que pode afetar completamente o clima do ambiente de trabalho. 
Hirigoyen (2017) registra que “o estresse só se torna destruidor pelo excesso, mas o assédio é destruidor por si só”
Além das conseqüências dentro do próprio ambiente de trabalho, o assédio moral traz também graves conseqüências à vida social e familiar e para a saúde do individuo. 
Alguns agredidos por não saberem lidar com tais conflitos acabam se afundando em profundas depressões, podem passar a sofrer de ansiedade, estresse-pós-traumático, podem se envolver com drogas (como fuga), ficar psicologicamente desequilibrados, acarretar em separação matrimonial e até mesmo em suicídio.
 Os alvos da prática do assédio moral vivenciam sérios problemas físicos e mentais, tais como:
- alto stress;desordem de stress pós-traumático;
- problemas financeiros causados por faltas no trabalho;
- baixa auto-estima;
- problemas musculares;
- fobias;
- dificuldades para dormir;
- dificuldades para se relacionar;
- insônia;
- vícios;
- hipertensão;
- bipolaridade;
- alto índice de depressão/auto-acusação;
- problemas de ordem digestiva/alimentar.
 O assédio moral por si só não é uma doença, o que pode ser a vir uma doença são os efeitos do assédio. Assim por exemplo, o assediado pode passar a ter problemas de ansiedade. (ZANETTI, 2004, P. 37)
Cada uma das conseqüências acima citadas pode ter um custo altíssimo para uma empresa. Os custos da prática do assédio moral geralmente se encaixam em algumas categorias, são elas:
- recontratação de funcionários que saem por serem alvos de assédio;
- tempo gasto na resolução de conflitos causados pela prática do assédio: a energia é dirigida a assuntos que não dizem respeito à produtividade no trabalho o que prejudica a empresa independe do segmento da organização;
- gastos relacionados à investigação da prática do assédio e potenciais processos trabalhistas;
- se levado a Justiça, gastos com honorários;
- afastamento do funcionário agredido, e contratação de substituto. 
Não somos iguais, apenas possuímos algumas características e trejeitos semelhantes, logo nem todos sabem lidar bem com situações adversas como o assédio. 
Alguns levam a seus superiores, alguns apenas ignoram, outros tentam resolver, mas na maioria dos casos, as vítimas de agressão sentem-se coagidas, intimidadas. 
Muitos não têm coragem nem forças para se defender ou até mesmo denunciar, pois na maioria dos casos as vítimas são ameaçadas de forma sutil e maquiadas dentro das agressões feitas contra elas. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que o assédio aconteça, basta haver um convívio social com pessoas que divergem suas opiniões e caráter, independente do ambiente. Não é correto centralizar este tipo de agressão somente ao ambiente de trabalho, por mais que neste seja mais comum haver tal barbárie.
A prática do assédio moral, esse comportamento tão eficaz e tão destrutivo da auto-estima, também está presente entre adultos em seus locais de trabalho. Com pouquíssimas diferenças nas suas definições e muita semelhança nas suas conseqüências, o assédio moral no local de trabalho pode se tornar um grande pesadelo para muitas pessoas.
O Rio de Janeiro foi o primeiro estado a publicar uma lei contra o assédio moral, o que se deu através da Lei nº 3.921, de 23 de agosto de 2002, detendo a prática do assédio moral na esfera dos órgãos, repartições e companhias estatais. 
É sabido, que o assédio moral no trabalho, não é algo novo, podemos afirmar que tanto quanto o trabalho, ele é antigo. 
De acordo com um levantamento da OIT- Organização Internacional do Trabalho, o assédio ocorre com mesma proporção e intensidade em países de menor ou maior desenvolvimento.
As maiores vítimas do assédio moral no ambiente de trabalho, são as mulheres, a explicação disso se dá pelo fato da mulher ser vista como frágil, ficando assim mais vulnerável a tal violência 
O assédio moral dentro de um ambiente de trabalho pode se dar através de uma desestruturação da própria empresa, o que favorece o surgimento dos conflitos, que em alguns casos os próprios gestores encorajam, dão munição para tal prática, o que é um terrível absurdo.
Os gestores têm um papel muito importante para a cultura de bom relacionamento e desenvolvimento humano dentro da empresa, quebrando velhos hábitos de punição e em lugar disso criar situações favoráveis ao aprendizado, mostrando aos obreiros que cada um pode realizar suas funções e mostrar seus potenciais dentro de um saudável, ético e harmonioso ambiente de trabalho.
É a mesma coisa em relação à sobrecarga de trabalho, que não significa assédio, a não ser quando é exagerada ou se o objetivo, consciente ou inconscientemente, é prejudicar o empregado 
É de total responsabilidade do gestor que as regras disciplinares criadas para a organização sejam cumpridas, trabalhando uma boa comunicação entre funcionário e gestor, onde o colaborador possa ser ouvido, onde o obreiro veja que estão dando atenção para sua situação, e em casos de denúncia de abuso de qualquer instância que o sigilo predomine e atitudes sejam tomadas.
O assédio é considerado resultado de uma deficiência organizacional e não de uma personalidade narcisista perversa.
	Uma política de tolerância zero à prática do assédio moral dentro da empresa deve ser criada. Tal método deve fazer parte de um comprometimento amplo para um local de trabalho seguro e sadio e deve envolver representantes do departamento de recursos humanos.
 Quando a prática do assédio for testemunhada ou denunciada por alguém, o problema deve ser resolvido imediatamente, para que não gere problemas maiores tanto para a vítima quanto para a empresa.
O estresse acaba sendo facilitado num ambiente de trabalho onde não existe regulação interna, nem dos comportamentos e nem dos métodos. 
O gestor de Recursos Humanos pode contribuir de diversas maneiras para banir ou reduzir a prática do assédio, implantando na organização algumas políticas de boa convivência, definindo padrões comportamentais no ambiente de trabalho, colocando algumas regras e advertências quanto a certas atitudes que podem ser consideradas abusivas.. 
O setor de Recursos Humanos é uma área estratégica dentro da organização. Cada vez mais ele vem desempenhando um papel de suma importância, envolvendo o ambiente interno e externo da empresa. 
O processo de recrutamento e seleção de pessoas, treinamento, orientação, política de saúde, são essenciais para a identificação e prevenção do assédio. As orientações quanto à prevenção deveriam partir do principio da contratação do empregado. 
A empresa deve ser organizada para que seus funcionários possam participar da tomada das decisões em algumas situações. Isto ajuda muito a criar um ambiente aonde as pessoas se sentem importantes, com autoconfiança e valorizadas. 	 Logo, pode-se concluir que uma boa administração fundamentada nas normas de boa relação, boa convivência e ética de trabalho, conseqüentemente terá grande destaque, terá um diferencial, dentro deste mercado tão competitivo, angariando uma imagem positiva de contribuição de boas práticas para a sociedade.
Através da prevenção e tratamento os problemas decorrentes do assédio poderão não existir ou pelo menos serem reduzidos.	
O ideal seria que empresas e organizações tivessem e ofertassem aos seus trabalhadores momentos de aproximação, de convivência, relacionamento e diálogos que permitissem a estas pessoas se conhecerem melhor através de suas histórias de vida, sonhos e desafios, através da troca de experiências, pois como o ambiente de trabalho em alguns casos é um ambiente mecânico, as relações interpessoais ficam cada vez mais deixadas de lado . 
O entendimento só é possível quando realmente se conhece o outro, e, sobretudo, quando a empatia é verdadeiramente praticada, ação que não deixa lacuna para o assédio moral. 
Por fim, como conclusão, o estudo identificou as características do assédio moral no ambiente de trabalho.
Referências
BARRETO, Margarida Maria Silveira. assediomoral.org. Acesso em: 19 de novembro de 2017, disponível em: http://www.assediomoral.org/spip.php?article260
HIRIGOYEN, Marie France. RhPortal. Acesso em: 19 de novembro de 2017, disponível em: http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/assdio-moral-no-ambiente-de-trabalho/
SOARES, Leandro Queiroz. Interações socioprofissionais e Assédio moral no trabalho: Ou você interage do jeito deles ou vai ser humilhado até não agüentar mais. 2. ed. São Paulo: Casapsi, 2008
ZANETTI, Roberto. Assédio moral no trabalho. Acesso em 10 de outubro de 2017, disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/livro-digital,e-book-assedio-moral-no-trabalho,22743.html

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