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Seminário 3 - IBET CIT

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IBET – Instituto Brasileiro de Direito Tributário
Módulo Controle da Incidência Tributária 
Seminário III
Aluna- Thamyres Cunha Melo 
Sistema, explanando de forma genérica, é a junção de componentes que se interligam de algum modo, possuem algum vínculo com itens da mesma classe;
Define-se como norma jurídica o vínculo entre a legislação (texto bruto) e a sua interpretação que identifica a forma que o polo ativo pode exigir cumprimento obrigacional do outro polo, cobrando determinado encargo dentre as normas previstas que se enquadram nos gêneros de proibição, permissão e obrigação, sendo estas modalidades jurídicas onde qualquer norma se encaixa, possuindo legitimidade, anteriormente prevista em Lei para ingressar em juízo, já o sistema jurídico é a aglutinação de conjuntos de elementos, como afirma Paulo de Barros Carvalho em sua obra, Curso de Direito Tributário, sendo um desses elementos a norma jurídica, uma vez que para se tornar um sistema esta norma deve ser interpretada e aplicada, vinculando partes externas à norma que produzem ações e efeitos diversos, inclusive vetores como a religião e a realidade social, pois no momento em que convivemos em sociedade, tais conjuntos interferem o sistema como um todo, afetando também o sistema judiciário.
Deste modo o Direito Positivo, enquanto texto bruto de legislação, não se caracteriza como um sistema, visto que ele é um dos elementos para que o sistema exista, essencial para o meio jurídico, de modo a normatizar condutas, mas necessita de demais elementos para que seja interpretado e aplicado de forma correta e justa, conforme os preceitos basilares do Poder Judiciário como um todo. Assim o Direito Positivo pode ser enquadrado no Ordenamento Jurídico, como um elemento fundamental para que a relação tenha eficácia, reunindo as regras jurídicas de forma crua, como um conjunto de legislação.
A nossa Carta Magna é a Constituição Federal, sendo o conjunto de leis mais importante do nosso País que foi constituído em forma de República Federativa, conforme a pirâmide de Kelsen, onde a CF é a norma mais importante que norteia todas as outras, dentro desta norma é elencado a base do nosso sistema tributário, de forma a apresentar premissas para a tributação, sendo ela fundamental para a manutenção da estrutura no Estado.
A CF prevê os tributos de forma ampla, gerindo competência de cada ente, bem como as questões básicas para sua instituição, regulando dispositivos gerais que regulam os tributos, como princípios basilares essenciais ao funcionamento do dispositivo e do procedimento de instituição, balizando como todo o tributo deve ser criado, delegando todo o encargo aos entes políticos; Atribuindo função de regulamentar em espécie tributária à legislação infraconstitucional, sendo sua obrigação a instituição do tributo, bem como a capacidade dos sujeitos ativos e passivos da relação tributária. 
Observa-se a complexidade das normas gerais apresentadas pela CF que normatiza todo o sistema jurídico de forma geral, claro que eventuais divergências podem surgir, uma vez que além da norma existe a interpretação da mesma e que o STF, guardião da CF, possui legitimidade para imputar significação dos dispositivos.
Princípios são vertentes firmadas sobre conduta e comportamento da sociedade, norteadores, além de limitadores, sendo uma base para a vida como um todo, podendo ser utilizado em diversas situações e em diversos tipos de relações, não só as jurídicas, possuindo também flexibilização em seu corpo, podendo mudar conforme o processo evolutivo social, ponderando a aplicação, mas sempre priorizando da qualidade de vida em conjunto.
Já as regras são textos crus na legislação, sendo instituídas para serem aplicadas, de modo a gerar uma conduta aceita pela sociedade, condicionando o ser humano a se moldar a determinada postura social, utilizando inclusive os princípios como base para sua formulação, regras são rígidas, sendo a sua interpretação com inúmeros limitadores para a alteração.
Assim que instalado o conflito deve-se observar qual regra será utilizada, caracterizando o conflito e afastando a aplicabilidade da mesma, perdendo sua validade e eficácia, de forma clara e objetiva, sempre à luz da CF. 
Diferentemente do que ocorre quando dois princípios chocam, pois, não se pode excluir um princípio que está em conflito, deste modo os princípios são balanceados, para que se possa analisar o mais benéfico por meio de uma ponderação.
Quando princípio e regra conflitam, a regra se sobressai geralmente, uma vez que determina a conduta esperada e rege toda uma nação através da legislação que proíbe, permite ou obriga a algo, caso estiverem os polos do conflito no mesmo nível hierárquico, entretanto se estiverem em níveis diferentes na hierarquia das normas, aquela que estiver em nível superior prevalece, vale ressaltar que os princípios sempre serão aplicados juntamente com uma regra, pois ele é elemento do sistema jurídico, deve-se analisar o que é mais prejudicial no caso concreto para uma aplicação justa e coerente.
A) o STJ já decidiu que não fere os princípios, uma vez que visa a aplicação correta dessa lei indicando parâmetros para sua aplicação, desde que a instrução normativa não crie uma obrigação produzindo deveres ou mudando interpretação do dispositivo, e conforme caso concreto será analisado os princípios violados, que podem ser o da legalidade e anterioridade, num olhar geral.
B) A estipulação dos graus de risco pode ser realizada por decreto, uma vez que a legislação ordinária trata de sua instituição e versa sobre questões vinculadas aos riscos da atividade, deste modo não se caracteriza lesão ao princípio da legalidade.
C) Multa tributária sancionatória deve ser observada em cada caso, examinando o auto de infração e o delito cometido, pois a multa como obrigação acessória deve seguir o objeto principal, não podendo seguir um caminho diferente da obrigação tributária principal, lembrando ainda que nesses casos o principio do não-confisco poderá ser aplicado conforme art. 150, IV CF, violando também o principio da razoabilidade
D) Tal alíquota do importo de importação tem carga extrafiscal, já considerada legal e não confiscatória, que seriam os dois principais princípios, em tese, violados; uma vez que regula o mercado interno fazendo a economia do país estável e sólida, não permitindo que agentes externos comandem a nossa economia nem quebrem as empresas nacionais.
E) Lei municipal pode instituir a responsabilização de crédito tributário à terceiros, conforme art. 6º da Lei Complementar 116/2003. Não violando o principio da legalidade, no caso concreto deve ser observado as questões de anterioridade.
F) Conforme decidido pelo julgamento do RE 240.186/PE é competência do CONFAZ relacionar os produtos semielaborados que se enquadrem na isenção do ICMS.
G) Conforme exposto no RESP 1436739/PR, o fato de ser de pequeno valor aquisitivo e de extrema importância para o executado, observando a peculiaridade de cada caso, o rol de impenhorabilidade de bens pode ser ampliado, visando não violar o princípio da dignidade da pessoa humana, buscando assim novos meios para satisfazer a execução.
H) Quebra de sigilo bancário só deverá ocorrer por meio de decisão do magistrado, uma vez que invade a privacidade do contribuinte, não sendo este o meio legal para a fiscalização, ferindo princípio da legalidade e isonomia.
I) Não existe nenhuma previsão legal que determine a desistência das discursões administrativas e judiciais para realização do parcelamento, pois o contribuinte poderá realizar o parcelamento e ainda sim discutir a relação tributária, mas ainda que seja imposta a desistência fere completamente o principio da legalidade.
J) Tal desconsideração deve ser analisada em caso concreto, uma vez que o planejamento tributário é feito de forma individual não podendo assumir caráter generalista, fere assim a isonomia.
 
Competência Tributária refere-se aos entes que possuem o poder-dever da administraçãopública de instituir, arrecadar, fiscalizar, cobrar os impostos, bem como a responsabilidade de indicar quem é o contribuinte que arcará com a obrigação, sendo ela principal ou acessória, nos casos de dever instrumental.
Notório que a competência versa sobre as ações da Administração pública e seus requisitos para o êxito na função do interesse público, caracterizando a Privatividade, pois só o ente político designado poderá agir em relação àquele tributo; Indelegabilidade, pois o ente previsto pela CF não pode delegar a instituição do tributo, o que diferencia a capacidade tributária ativa onde parte do procedimento pode ser delegado, a exemplo da fiscalização, arrecadação e etc. mas só posterior à criação da lei que institui o tributo e que tal delegação seja prevista na lei; Incaducabilidade, isso quer dizer que mesmo que o ente não institua o tributo, ele não perderá sua competência, podendo o instituir a qualquer momento desde que respeite os limites impostos de legalidade e anterioridade; Irrenunciabilidade, o ente pode até não realizar a atividade exposta pela CF, mas não poderá renuncia-la jamais; e Facultatividade, pois o ente pode ou não criar o tributo conforme a necessidade do País avaliando o momento oportuno para instituição dos tributos elencados na CF. 
Sendo estes conceitos diretrizes fundamentais para o funcionamento da Administração Pública, direcionando o caminho que os Entes Públicos devem seguir, como base fundamental para os entes previstos que possuirão a competência para que realizem as funções previstas na CF.
Em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, ela prevê as limitações que os entes possuem relacionados aos tributos, além da vedação da transferência de recursos voluntários para os entes federativos que não efetuarem a previsão e arrecadação efetiva. Isso transmite uma série de efeitos desencadeados em sequência, uma vez que somos constituídos em forma de federação, de forma “una“, logo o insumo que faz a máquina rodar, que conhecemos como tributo é indispensável, entendendo assim a necessidade de rigidez para deslocamento de tal preciosidade, a hierarquia presente na legislação determina os requisitos para que o deslocamento seja realizado de forma correta, respeitando as normas instituidoras e limitadoras. 
Sim, não apenas fere os princípios do Pacto Federativo como a autonomia dos entes, uma vez que os estados e municípios possuem sua administração própria e competência para gerir os tributos elencados pela Constituição Federal, não podendo uma alteração dessas ser feita por Emenda Constitucional, pois a mesma estará contradizendo o próprio corpo normativo da CF, exposto como clausula pétrea no art. 60.
Observa-se também a interferência na característica da indelegabilidade, pois mesmo que repassado todo o valor de arrecadação, os entes estariam delegando o poder de instituição, fiscalização e arrecadação, tornando a relação extremamente dependente. 
É fato que a burocracia relacionada aos tributos diminuiria, seria uma forma mais simples de arrecadação, mas por outro lado colocaria os entes que abriram mão da sua competência em situação de total dependência que não é bom para a Administração Pública.
A complexidade do nosso sistema é essencial para que todos tenham tratamento justo, sem dúvida ele necessita de melhoramentos, entretanto é inegável que tal medida não solucionaria os problemas do Sistema Tributário Brasileiro.
a) Não há vedação legal para a ampliação de competência, não se pode restringir ou excluir a competência, uma vez que determinada constitucionalmente e os entes possuem tais especificações. 
Observa-se uma vedação na instituição de novos tributos que não sejam os elencados na Constituição Federal, já previstos, isso caracterizaria um poder não calculado nem indicado pela CF, violando os direitos do contribuinte.
Além do exposto deve ser observado que o tributo a ser instituído no caso concreto deverá ser novo, para não implicar nas questões de bitributação.
b) Não, ferindo o princípio da legalidade, os entes não poderão instituir tributos não elencados na Constituição Federal, ultrapassando os limites impostos pela mesma, usurpando o poder constituinte para criação ilegal de novos tributos, relacionada à materialidade a competência para legislar em matéria de interesse local não se aplica, uma vez que consumo de energia elétrica é uma matéria universal, não sendo competência de área, descaracterizando o interesse local.
c) Os princípios violados identificados são o da legalidade, isonomia, não-confisco, anterioridade, deve ser observada a ponderação dos princípios, mas não se pode escolher qual princípio quer aplicar ou afastar.
d) O prazo de pagamento pode ser alterado a qualquer tempo, conforme entendimento sumulado, por não compor a tipologia da norma tributária, pois o critério temporal é aa respeito da hipótese de incidência, não da data do pagamento do tributo, sendo desvinculado do princípio da anterioridade, mas é claro que deve ser observado o mínimo de prazo hábil para pagamento uma vez que o contribuinte precisa de organização para efetivar a relação, o caso concreto deve ser analisado para possíveis arguições de ilegalidade e lesão ao principio da anterioridade.

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