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Módulo Controle da Incidência Tributária
SEMINÁRIO III - SISTEMA, COMPETÊNCIA E PRINCÍPIOS
Questões
1. Que é sistema? Há diferença entre sistema e ordenamento jurídico? Pode-se dizer que o direito positivo se caracteriza como um sistema?
Seguindo a máxima entabulada por TOMAZINI, “para termos um sistema é preciso que os elementos de uma classe apresentem-se sobre certa estrutura, que se relacionem entre si em razão de um referencial comum”,entendo que, apesar de haver na doutrina quem afirme que o Direito não poderia ser entendido como um sistema propriamente dito, o Direito positivo aparece sempre como um objeto formado por porções que se vinculam debaixo de um princípio unitário ou como a composição de partes orientadas por um vetor comum – o que vem a ser a caracterização de todo e qualquer sistema. 
Dessa forma, sendo o Direito um conjunto de enunciados que irradiam sobre a conduta interpessoais, é de se imaginar que tais regramentos obedeçam e sejam concentrados pelo vetor da coerência e racionalidade, para que possam ser compreendidos pelos sujeitos destinatários sobre as circunstâncias de incidência da norma – e por isso, a condição de sistema parece inafastável.
De outro lado, me filio ao pensamento de BARROS quando afirma que a existência de ruídos ou antinomias não descarateriza do Direito como um sistema, na medida em que, o Direito, pela existência de um princípio unificador claro, é capaz de se corrigir, a adequar por meio de seus mecanismos de controle. Aliás, tal controle somente é possível porque existe um referencial comum que lhe serve de sainete. 
Em linhas finais, sobre a diferença entre o sistema e ordenamento jurídico, entendo que os termos sistema jurídico e ordenamento jurídico possem signifcaçao semelhante, ainda que por ventura se adote o pensamento de ROBLES à respeito de se constituirem entidades distintas (ordenamento: conjunto de normas positivas; sistema: conjunto decorrente da interpretação das normas de Direito Positivo), posto que as normas do Direito positivo estão dispostas em uma estrutura hierarquizada, conforme a estrutura piramidal kelseniana, de modo que, no momento da edição da norma jurídica já existe alí determinada carga axiológica que lhe faz convergir para um único vetor, que por sua vez lhe garante validade. 
2. Que se entende por “sistema constitucional tributário”? Qual sua função no direito tributário?
Para se falar em sistema constitucional tributário, é necessário, antes, entender que tal classificação denota a existência de um outro sistema no qual esse subestima encontra-se inserido: O Sistema Constitucional, que é alçada ao patamar de maior importância, dada a sua posição hierárquica, bem como, por trazer em seu bojo as diretrizes regentes de todo o ordenamento. 
Dessa forma, entendo que o Sistema Constitucional Tributário é um subconjunto/subsistema existente no Sistema Constitucional, que desempenha as funções gerais sobre os poderes do Estado no campo da Tributação e, isso acontece porque, diante da irradiação das normas princípiológicas dispostas no texto constitucional é possível se afirmar a existência de um tecido normativo complexo e harmonioso que busca conferir a estabilidade das relações jurídicas travadas entre Estado e Contribuintes, de modo que o quadro das imposições tributárias no Brasil, por força da rigidez constitucional, acabam sempre atuando na dimensão determinada pelos limites constitucionais expostos. 
Sobre a função do direito tributário, entendo ser importante salientar, antes que o Sistema Jurídico é um todo unitário e absoluto, de modo que, ao meu ver, não há se falar em autonomia do direito tributário em face dos demais ramos, sobretudo, porque ao se analisar o ordenamento tributário, verifica-se que o mesmo se trata de um ramo do direito que atua de maneira sobreposta a outros ramos, tais como o do direito civil, administrativo, empresarial e etc. 
Nessa senda, seria ilógico que o direito tributário fosse visto como uma ciência à parte das demais, quando diversos conceitos ontológicos que legitimam a operação da hipótese de incidência da norma tributária (por exemplo) se arvoram em definições contidas em outros diplomas, assim como, as normas de direito tributário definem conceitos que serão utilizados por outros ramos do Direito, como é o caso do poder de polícia. 
Isto posto, entendo que a função do Direito Tributário, em seu aspecto pedagógico-cientifico, está em permitir que o intérprete, através de um retalhamento da linguagem juridica em segmentos ordenados em um fator comum, possa se aprofundar em seu campo de análise, através de um recorte metodológico que potencialize a compreensão da linguagem da norma tributária.
Já no seu escopo jurídico-pragmático, o Direito Tributário, pode ser entendido como o subdomínio do Direito, que atuará no bojo das normas e princípios que regulam a atividade financeira relacionada com a instituição e cobrança de tributos, delimitando o poder de tributar, de modo a evitar abusos no exercício das atividades do Fisco em prejuízo dos contribuintes, sem descuidar, contudo, da necessidade de arrecadação do Estado disposta de maneira ínsita na Constituição Federal.
3. Que é princípio, como é e para que serve? Há diferença entre regras e princípios? No caso de conflito, qual deve prevalecer? E no caso de conflito entre princípios, qual critério deve informar a solução? (Vide anexos I e II).
Segundo a célebre lição de ALEXY, princípios são mandados de otimização, que são caracterizados por poderem ser satisfeitos em graus variados e pelo fato de que a medida devida de sua satisfação não depende somente das possibilidades fáticas, mas também das possibilidades jurídicas.
Em complemento a isso, BARROS bem observa que o Direito é um objeto pertencente ao mundo da cultura, de modo que o significado das suas normas está impregnado de valor axiológico. Esse componente axiológico tem variações de norma para norma, de modo que existem preceitos que, conforme a sua posição no Ordenamento, possuem papel sintático no conjunto, propagando efeitos em toda ordem juridica. E é justamente por conta dessa carga valorativa que a sua linguagem é apresentada em uma textura aberta, permitindo uma análise sempre atualizada, sujeita às inflexoes casuísticas. 
Princípios, são, portanto, as bases nas quais o sistema jurídico é construído, bem como, servem de astrolábio para a melhor criação, interpretação e aplicação da norma jurídica no caso concreto. Exercem força centrípeta sobre todo o ordenamento.
De outro lado, é salutar se compreender que a partir do momento em que um princípio é alçado à posição privilegiada de figurar implícita ou explicitamente na Constituição Federal, e esta é a Carta Política que sustenta e dirige o Estado brasileiro, os princípios se dirigem mediatamente ao cidadão (na medida de assegurar suas liberdades e garantias), mas seu destinatário imediato e principal é o próprio Estado, que deve observá-los inexoravelmente na edição de suas normas-regra. 
De outro lado, possível identificar pela leitura do texto Constitucional, duas espécies de princípios, pois além daqueles que apresentam função de norma de posição privilegiada e portadora de valor axiológico expressivo mais contundente, há também aqueles que a função de pontilhar limites objetivos, que são postos no ordenamento para atingimento de certas metas, certos fins. 
Exemplo disso é o princípio da anterioridade tributária, onde, em si, o mesmo apresenta pouca carga valorativa propriamente dita, todavia, sua aplicação permite o atingimento contudente da segurança jurídica e certeza do direito – estes princípios axiológicos mais pujantes.
As regras, por sua vez, são relatos descritivos de condutas, com um conteúdo objetivo, certo e específico, a partir dos quais, mediante uma atividade de subsunção, haverá o enquadramento de um fato à previsão abstrata na norma atingindo-se um objetivo normado pelo direito, pois é a partir de sua textura fechada que se prescreve um comando imperativo em seu juízo hipotético-condicional. Nessesentido, ALEXY denomina as regras como mandados de definição.
Para análise sobre a forma de se resolver um conflito existente entre um princípio e uma regra, adoto como premissa a importante observação de que toda regra pode ser apresentada como o resultado de uma ponderação de princípios que foram postos em tatame de diálogo pelo legislador. Por isso, a interpretação e aplicação de uma regra está sempre balizada pelos fundamentos dos princípios que inspiraram sua edição. 
Nessa sorte, adoto como premissa de que não se pode falar em hierarquia vertical entre norma-regra e norma- princípio. Como dito acima, tais matizes da norma tem funções diferentes dentro do ordenamento. Ora, o ordenamento é dicotômico, lastreado em princípios e regras e, cada uma cumprindo função própria e vocacionada para um determinado objetivo almejado pela Lei fundamental, dessa forma, me parece ilógico, que se amesquinhe a cogência do ordenamento regulatório, lançando, assim, as normas-regras em um plano de inferioridade normativa.
Dito isso, me filio ao pensamento de ÁVILA que sentencia: “as regras e os princípios desempenham funções diferentes, não se podendo falar, portanto, da primazia de uma norma sobre a outra”. De modo que, concluo que os princípios não podem ter o condão de afastar as regras imediatamente aplicáveis situadas no mesmo plano. E indo além, faço nova remissão ao autor acima citado, quanto àquilo que ensina nas seguintes linhas: “uma regra não é aplicável somente que as suas condições previstas em sua hipótese são satisfeitas. Uma regra é aplicável a um caso concreto se e somente se suas condições são satisfeitas e a sua aplicação não é excluída pela razão motivadora da própria regra, ou pela existência de um princípio que institua uma razão contrária” – o que, por certo, autorizaria a mitigação de seus efeitos no caso concreto em prol da aplicação de uma outra norma prevista no ordenamento, que melhor se amolda à hipótese do caso concreto.
Isso porque as regras têm uma função, precisamente, de resolver um conflito, conhecido ou antecipável, mediante o estabelecimento do deôntico (aperfeiçoada a hipótese conhecida, aplica-se a consequência) – o que ao fim do dia, milita para proteger a própria certeza do direito, enquanto princípio que é.
Ao meu ver, então em havendo um conflito entre norma-regra e norma princípio, a primeira somente não será aplicada se estiver em rota frontal de colisão com o Texto Constitucional ou se o seu conteúdo discrepa dos princípios norteadores do sistema ao ponto de torna-la inválida, por via de consequência, em se tratando de norma válida, não entendo que se possa negar-lhe a aplicação mediante uma interpretação casuística de princípios em um caso específico em um caso onde, no plano abstrato, já houve valoração prévia pelo legislador.
Sobre a antinomia entre as normas, AURORA TOMAZINI afirma que, a doutrina classifica esse fenômeno de duas formas: i) antinomia aparente; ii) antinomia real. 
A primeira pode ser resolvida pelos critérios dispostos pela própria LINDB, quais sejam: hierarquia, cronologia e, especialidade. Já a segunda, a predita autora afirma que o conflito será resolvido pelos parâmetros ideológicos do aplicador, pensamento esse que, de antemão, não me parece adequado haja vista a plasticidade que se dá àquele que possui em suas mãos um poder que, não raro se dirige ao arbítrio. 
Nessa sendo, entendo ser salutar, para solução de antinomias entre princípios, que se valha da técnica de ponderação, ou balanceamento, dentro daqueles três vetores apresentados por ALEXY para a sua aplicação: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito, a qual Humberto Ávila afirma se tratar de um postulado (metanorma) ínsito no próprio sistema constitucional, buscando assim, a aplicação da norma de maneira que implique em menor gravame ao princípio que será preterido neste conflito, com fins de proporcionalmente, preservar o vigor da carga axiológica que se inserida no ordenamento.
Ou seja, trata-se de um trabalho de lógica e argumentação: de um lado tem que realizar um recorte de todos os princípios em conflito, investigar qual dos dois possui assomos de privilégio dentro do sistema jurídico brasileiro com fins de assegurar o respeito aos seus standards e postulados, mas isso só não basta. É necessário que o conflito se resolva da maneira menos gravosa ao princípio que, posto em conflito, será preterido. 
4.	Identificar, nas situações a seguir, se algum princípio foi desrespeitado e, em caso afirmativo, indicar qual:
	a) instituição e regulamentação de dever instrumental por meio de instrução normativa (vide anexo III);
A presente questão apresenta conteúdo bastante polêmico, na medida em que a doutrina muito discute a abrangência do Princípio da Legalidade no que se refere à imposição de deveres instrumentais, i.e., quais são os instrumentos normativos aptos no direito positivo para instituí-los e regulamentá-los.
Nesse sentido, PAULO DE BARROS defende, em apertada síntese, que a sistemática insculpida na CF não permite que o ato infralegal (como é o caso das Instruções Normativas) seja apto a criar deveres instrumentais, e afirma ainda que, tal possibilidade daria ensejo a um elevado grau de arbitrariedade pela Administração Pública. Nesse desenho, caberia à legislação tributária lato sensu, apenas regular, detalhar, pormenorizar tais condutas, sendo vendo, contudo a inovação, a instituição de nova obrigação.
Cerra fileiras a tal entendimento a doutrina de CARRAZA, para quem os deveres instrumentais só podem ser criados por meio de atos normativos com força de lei, sendo esses os instrumentos normativos legítimos para apresentar os contornos básicos de “como”, “quando” e “onde” adotar determinada conduta, ao passo que as normas infralegais poderiam somente pormenorizar tais condutas com escopo de viabilizar a melhor execução da lei. 
Essa corrente doutrinária, sustenta sua interpretação que a interpretação que pode ser dada ao art. 113,§2º c/c 115 do CTN deve obediência aos ditames constitucionais, observando todos os princípios jurídicos que performam na atividade tributária, dentre os quais a estrita legalidade opera como limite da atuação estatal. 
De outro lado, entendo ser necessário se realizar um recorte bastante claro quanto ao aspecto teleológico do dever instrumental, qual seja, aquele disposto na parte final do art. 113 do CTN, que assim vaticina: “objeto de prestações positivas, ou negativas, nelas previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Ou seja, o que fica claro, é que a obrigação acessória apresenta certo conteúdo de pertinência temática com a obrigação principal, pois seu intuito é municiar a Administração dos elementos necessários para apuração do montante devido e para fiscalização dos valores arrecadados. 
Nesse sentido, valho-me da leitura do art. 150,I da CF, dispositivo que concretiza àquilo que denominado por “princípio da estrita legalidade”, onde sua redação apresenta um detalhe de forte relevância ao caso, pois ao meu ver o que se exige ali é a instituição em lei nas hipóteses de aumento ou instituição de tributos, não havendo qualquer menção à deveres instrumentais. Em igual sentido, verifico que o art. 97 do CTN também não apresentou ou ditos deveres instrumentais naquele rol de matérias cuja edição se reverse à lei. 
Dito isso, entendo que o art. 5º,II da CF possui redação que privilegia a proteção dos cidadãos contra os abusos do Estado, todavia, identifico em sua redação certa carga semântica de tolerância a delegações, de modo que, o que fica entabulado é que o Poder Público só poderá exigir condutas dos particulares se os fizer com apoio em algum instrumento normativo que possua força de lei ou tenha fundamento mediato a lei em sentido material (lei lato sensu), como é o caso das fontes secundárias – onde os atos infralegais encontram-se inseridos – o que é perfeitamente aplicável no caso em análise, haja vista a especificação feita no art. 96 do CTN.
Feito esse longo aparte, entendo que as normasde conduta de deveres instrumentais podem ser introduzidas no sistema jurídico por meio diplomas infralegais, o controle sobre eventuais arbitrariedades (abusos) em tal regulamentação, será feito à luz das limitações materiais a que se submetem àqueles deveres – a predita pertinência preconizada pelo art. 113§2º do CTN.
	b) estipulação de graus de risco da atividade laborativa (para o SAT) por meio de decreto (vide anexo IV);
Quanto a essa questão, não observo violação de qualquer princípio, pois a graduação de riscos da atividade é medida legal, que ao meu ver, somente tem condão de regulamentar determinada norma geral que previu essa possibilidade.
Outrossim, entendo que tal medida seja até mesmo desejável ao sistema jurídico, pois ao fim do dia privilegia a isonomia, enquanto princípio jurídico, na medida que concretiza tratamento desigual àqueles que se enquadram em condições fáticas distintas, e que por isso, merecem uma tutela mais efetiva do Estado.
	c) multas sancionatórias na percentagem de 75% (vide anexos V e VI);
Como premissa, entendo que a multa é instituto que haure natureza de sanção (cláusula penal) pelo descumprimento de uma obrigação jurídica. Assim, pode-se falar que multa é a sanção pelo qual se exerce a coerção do consequente, da relação jurídica. Assim, se evidencia que o caráter jurídico da multa, ainda que se institua uma obrigação pecuniária decorrente, é punitivo e não tributário. 
Com efeito, partindo dessa premissa, pode-se entender que multa e tributo se tratam de institutos distintos, razão pela qual alguns princípios, que vetorizam a atividade tributária, merecem ser observados à luz dessa peculiaridade para seja possível a eventual identificação de ferimento, até porque, o intuito da multa além de punir o descumprimento, também é (e não pode deixar de ser) dissuadir o sujeito passivo do ímpeto de não cumprir com o dever que a lei lhe impõe. Dessa forma, a multa também exerce um caráter inibidor para o desestímulo do descumprimento, razão pela qual não pode ser fixada em patamares irrisórios. 
Dito isso, entendo que a multa fixada em 75% do valor tributo devido, ainda que pessoalmente a sinta como elevada, não me parece, cientificamente, como abusiva, nem fere o princípio do não-confisco. E nessa trilha caminham os tribunais: 
TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA RECEITA FEDERAL. CRÉDITOS CEDIDOS POR TERCEIROS. IMPOSSIBILIDADE. MULTA. CARÁTER PUNITIVO. RECURSO IMPROVIDO. I. O artigo 74, caput, da Lei nº 9.430/96 dispõe que a compensação tributária se dará entre tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal. II. Por sua vez, o §12º do mencionado artigo traz em sua redação comando explicitando a impossibilidade de compensação de créditos advindos de terceiros. III. Portanto, conclui-se que os créditos apurados perante a Secretaria de Receita Federal podem ser utilizados na compensação de débitos próprios e não de terceiros. IV. Com relação à multa isolada de 150%, embora este elevado percentual possa ensejar a conclusão de confisco, entende-se que sua imposição justifica-se pelo caráter punitivo diante de graves condutas atribuídas ao contribuinte infrator, visando ainda prevenir atos dessa natureza, diferenciando-se assim das multas moratórias, de modo a não deter caráter confiscatório. V. Apelação a que se nega provimento. (ApCiv 5003697-65.2018.4.03.6119, Juiz Federal Convocado DENISE APARECIDA AVELAR, TRF3 - 1ª Turma, e - DJF3 Judicial 1 DATA: 13/01/2020.)
 
	d) imposto de importação com alíquota de 150%;
Sabe-se que o Imposto de Importação (II), possui traços evidentes de extrafiscalidade, de modo que, a sua organização legal apresenta inequívocas providências no sentido de prestigiar valores metajurídico, tais como econômicos, políticos e sociais. Nesse sentido, a atividade tributária sobre a importação, para além dos critérios ordinários para fixação da sua base de cálculo, leva em consideração o incentivo que se deve alçar à industria/comércio nacional em detrimento daqueles itens produzidos no exterior. 
Nesse sentido, à princípio, entendo que cruamente, não haveria impedimento para que a fixação da alíquota do II fosse fixada em 150%, pois tal alíquota encontra-se prevista como limite máximo para tal imposto, conforme texto final da Lei 3.244/57, pelo qual o Brasil assimiu o compromisso de seguir as diretrizes do GATT para sua política tributária incidente nas atividades de Comércio Exterior.
Todavia, a extrafiscalidade não é uma senha que permita o ingresso de determinadas normas abusivas no ordenamento jurídico, pois, ainda que aparentemente, se tutele o incentivo ao mercado interno por meio da elevada tributação sobre produtos produzidos no exterior, existem outra gama de princípios que dialogam no sistema jurídico de modo a permitr o controle dessa tributação. 
Dentre tais princípios, estão aqueles ditos por “Constitucionais Gerais” e aqueles outros denominados por “Constitucionais Tributários”, que encartam normas que se aplicam no caso concreto, a Igualdade e a Capacidade Contributiva.
À guisa desses princípios, a fixação do II em 150% dependerá de uma análise sobre o produto no qual tal alíquota incidirá, na medida em que, ao meu ver, o tributo não pode se tornar um instrumento de fragilização ao acesso de direitos fundamentais, como a vida, ou sociais, como a saúde, por exemplo, sobretudo, porque, o conceito de igualdade não é de fácil determinação, pois valores não podem ser objetivados, de modo que, diante dessa plasticidade, tal princípio se amolda de maneira diferente diante dos múltiplos campos de incidência material das regras jurídicas
	e) lei municipal ou distrital que institui responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa;
Entendo que a correta resposta sobre tal questão depende de uma análise sobre a competência tributária, pois, esse instituto implica no poder de legislar, não se confundido, pois, com a capacidade tributária.
Nesse aspecto, diante do princípio da isonomia das pessoas constitucionais, entendo que os entes desfrutam, cada qual na forma delimitada pela Constituição Federal de autonomia legislativa. Dito isso, entendo que o Município e o Distrito Federal são competentes para instituir os tributos e que foram respeitados os parâmetros legais para a atribuição de responsabilidade tributária – i.e., desde que, de alguma maneira vinculada à hipótese de incidente do tributo, e respeitados os limites descritos pelo CTN para tal. 
Em linhas finais, cabe destacar que, em razão da competência tributária, caso o município legisle sobre tributo estranho à sua competência, ou realize a responsabilização do terceiro em desconformidade com os limites subjetivos descritos na lei complementar, haverá ofensa ao princípio da isonomia das pessoas constitucionais, da legalidade e da capacidade contributiva, ao meu ver. 
	f) elaboração, pelo CONFAZ, de lista de produtos semielaborados sujeitos à incidência do ICMS (vide anexo VII);
Ao meu ver, tal sorte de elaboração não fere qualquer princípio. Isso porque, a eventual delegação para edição de normas regulamentares não interfere na competência tributária para instituição do imposto. Sobretudo, porque a Lei Complementar 65/91, por meio da redação de seu art. 2º, delegou à CONFAZ, expressamente a competência para elaboração de tal lista. 
Nesse sentido, cabe registrar que a redação do artigo acima citado informa o dever da CONFAZ em elaborar tal lista à luz dos critérios definidos pela Lei Complementar. Tal fator, apresenta importância ao caso, pois, se destaca em cores fortes que não houve delegação de competência à CONFAZ, eis que sua atividade fica vinculada e delimitada àquilo que a Lei Complementar cuidou de estabelecer.
	g) penhora, em execução fiscal, de automóvel de pequeno valor utilizado para transportar portador de necessidades especiais (vide anexo VIII).
As regras de impenhorabilidade, quer sejam aquelas descritas na LEF, quer sejam aquelas descritas no art. 833 do CPC, possuem como fundamento comum principal fundamento é, semdúvida, a proteção da dignidade (dignidade da pessoa humana) do executado, com a garantia do Direito ao Patrimônio Mínimo, que lhe permita viver com dignidade e desenvolver sua cidadania em patamares mínimos, o que no caso em tela, interferiria em sua garantia de direito de locomoção.
	h) quebra do sigilo bancário em favor da fiscalização.
Ao meu ver, ainda que a quebra de sigilo bancário em favor da fiscalização não implique inexoravelmente na presunção de divulgação desses dados de maneira genérica, em meu entendimento a aplicação de tal norma implica em violação do direito da intimidade e privacidade, o que nesse caso, implica na advertência expressamente prevista na CF acerca desses dados, conforme dispõe o art. 5º,XII, segundo o qual é inviolável o sigilo de dados, exceto nos casos de ordem judicial expressa. 
	i) a imposição da desistência das discussões judiciais e administrativas para adesão a parcelamento de débitos.
Sobre esse ponto, entendo que o parcelamento dos débitos é uma faculdade à disposição das partes (Fisco e Contribuinte). Outrossim, na prática, o parcelamento dos débitos por meio de um novo instrumento – o REFIS -, que por sua vez configura-se como novação (um outro negócio jurídico com valor atualizado), que é aperfeiçoado pelo Contribuinte mediante a aceitação das condições impostas pelo credor.
Dessa forma, não identifico violação de princípio nesse caso. 
	j) desconsideração de negócio jurídico realizado pelo contribuinte mediante planejamento tributário em razão de ausência de propósito negocial nos atos praticados pelo contribuinte.
À luz do que prescrito no art. 116, parágrafo único do CTN, entendo que aplicação dessa norma apresenta traços de peculiaridade que exigem observância para que não se torne um cheque em branco à livre disposição do arbítrio. 
Via de regra, as medidas adotadas pelos contribuintes -probos- ocorrem antes da hipótese de incidência, justamente com o fim de evitar a constituição da relação jurídica tributária mais onerosa. Na guisa desses fatos, a aplicação do art. 116, parágrafo único do CTN, somente poderia incidir, em regra, em casos de evasão fiscal, fraude ou simulação, pois seria teratológico reputar como ilícito as medidas adotadas pelos contribuintes para que, por via legítimas, seja possível implementar alguma economia fiscal. Ora, não há qualquer antijuricidade em se pretender pagar menos imposto.
Nesse sentido, não identifico no ordenamento norma que proíba o contribuinte de buscar por via legítima, a economia fiscal, ainda mais no caso do planejamento tributário, onde o que se vê da prática é que toda a engenharia realizada se dirige à evitar a incidência do tributo. 
Todavia, o que se vê da prática, é que o FISCO tende a desconstituir as operações com vistas a unicamente reduzir tributos. Se criou uma teoria em cima desse artigo, onde o Fisco exige um propósito negocial e esse propósito não pode ser a economia de tributos como se fosse ilícito pagar menos imposto. Criminalizou-se a economia. 
Diante desse cenário, onde a lei diz uma coisa, e a autoridade competente a aplica da maneira mais irrazoável possível, entendo que, naqueles casos em que houve a evidência de fraude ou simulação, não há qualquer princípio a ser violado no caso concreto. 
Todavia, no atual estado da arte, onde a economia inteligente e lícita é tratada como crime, entendo haver violação aos primados da legalidade, pois está se atribuindo um dever (escolher a opção tributária mais onerosa) sem qualquer legislação que assim imponha; segurança jurídica e certeza do Direito, que se operam em duas vertentes, a primeira é garantir a segurança dos atos praticados, a segunda é prospectar no Direito a previsibilidade necessária para que os destinatários organizem suas vidas em conformidade com os teores normativos existentes, sendo assim postulado indispensável para a convivência social organizada. 
5. Considere as informações a seguir para responder ao final.
Regras de Futebol 2018/2019 CBF
Regra 12
(...)
Se o árbitro aplicar uma vantagem depois de uma falta punível com cartão amarelo ou expulsão, a advertência deve ser aplicada quando a bola estiver fora de jogo.
(...)
Num jogo de futebol, um jogador sofre falta, mas segue a jogada e marca o gol. Analise o caso sob a ótica das regras e princípios e responda:
a) Há regra existente e aplicável à infração (falta)? Qual o papel desempenhado pela lei da vantagem (regra ou princípio)? Princípios podem excepcionar regras? 
Ao meu ver existe uma regra existente e aplicável naquilo que serviria como mínimo deôntico para marcação da infração. 
Todavia, o árbitro pode excepcionar essa regra, que implica na paralisação do jogo, quando o time que sofreu a falta prossegue em condições vantajosas para conclusão de sua jogada, aplicando-se aqui a regra da vantagem, que por sua vez é norma-regra prevista no mesmo diploma da questão, no capítulo das atribuições do árbitro com a seguinte redação: 
Vantagem - permitirá que o jogo continue quando a equipe que sofrer a infração se beneficiará da vantagem, devendo marcar a infração ou falta se a vantagem prevista não se concretizar nesse momento ou dentro de poucos segundos.
Dito isso, não entendendo que a vantagem seja um princípio, pois nela se tem a estrutura hipotética condicional da aplicação da norma-regra, com recorte bem claro sobre a hipótese (infração cometida em face de uma equipe que se encontre em vantagem no lance), o consequente (continuidade do jogo), e o modal (permitido). 
Em linhas finais quanto a última pergunta, entendo que não se pode falar que princípios excepcionam regras. Isso porque, nas palavras de TOMAZINI, “o princípio é uma proposição jurídica que pertence ao direito posto, pois construída a partir dos enunciados que compõem seu plano de expressão. Aplicar um princípio, assim, é aplicar uma norma pertencente ao sistema”. 
Desse modo, mesmos naqueles casos em que o princípio se opera como valor, o que ocorre na atividade interpretativa do juízo não é excepcionar a aplicação da regra, mas sim, a construção e aplicação de uma norma (resultado da interpretação) em detrimento de outra (como cláusula de exceção), que segundo sua argumentação, se sobrepõe em razão da posição de privilégio alçada na Lei de Regência.
b) Qual a relação entre a lei da vantagem (futebol) e o brocardo nemo auditur turpitudinem allegans (ninguém pode se beneficiar da própria torpeza)?
O brocardo do enunciado é uma das expressões que sustentam a idéia que norteia o princípio da boa-fé objetiva, que dentre outras coisas, tem por escopo coibir a existência de comportamento contraditórios nas relações matérias e processuais.
Dito isso, à luz da analogia provocada, entendo que a lei da vantagem pode ser interpretada em duas perspectivas distintas sobre o brocardo reclamado: i) a primeira é, que a vantagem atua como cláusula retorno (exceção) em prejuízo do infrator que busca provocar uma falta (ilícito) para paralisar um ataque do adversário. Desse modo, ele não poderia se beneficiar da própria ilicitude praticada, quando o resultado de tal ato acaba por se tornar favorável ao ofendido; ii) noutra perspectiva, uma vez concedida a vantagem, o ofendido-beneficiado não pode, após se valer da continuidade da jogada e perder sua oportunidade, reclamar da falta não marcada, pois dessa forma, estaria praticando o venire contra factum proprium o que também é rechaçado pelo ordenamento.
c) O gol deve ser validado? Com base na regra ou no princípio? Justifique sua resposta.
Sim, o gol deve ser validado. E com base na regra que descreve para o futebol o que se considera por gol. 
Ao meu ver, pode-se o futebol pode ser comparado a um processo, onde cada lance corresponde a um ato, cada qual com a sua particularidade, requisitos, com direitos e deveres impostos às partes. Ao marcar uma falta, o time em posição de ataque, tem o direito de cobrar a falta, mas somente pode fazê-lo com a bola parada, na posição demarcada pelo juiz. De outro lado, o time em posição de defesa, sabe que deve respeitar adistâncias mínima para a bola, e assim são todos os demais lances... Se dessa falta, resultar um escanteio, novo ato, novos requisitos.
Dessa forma, uma vez aplicada a regra da vantagem conforme preconizado pela legislação e, o time em ataque consegue lograr êxito em marcar o gol, a regra que se aplica para considera-lo como válido é aquela específica, a qual definem-se os critérios para que isso aconteça: ultrapassar a linha de fundo no espaço demarcado pelas balizas.
6.	Que é, como é e para que serve a competência tributária? Quais as características da competência tributária? Qual a diferença entre competência tributária e capacidade tributária? Analisar a facultatividade do seu exercício relativamente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/00), que veda a transferência voluntária de receitas a entes que tenham deixado de instituir algum tributo de sua competência. (vide anexo IX)
Em primeiro, entendo ser necessário afirmar que a competência e a capacidade tributária não são institutos que não se confundem, eis que, em suma, a competência tributária significa a competência de legislar, a aptidão das pessoas políticas para expedirem regras jurídicas; ao passo que, a capacidade tributária performa como a legitimidade para reunir as credenciais para integrar a relação jurídica no posto de sujeito ativo. 
Nesse sentido, a competência atua com estreito diálogo com o princípio da legalidade (CF, 5º,II) eis que as normas jurídicas inaugurais, somente podem ser realizadas por intermédio de lei editadas pelas pessoas política legitimamente habilitadas para tanto.
Dito isso, verifico que a competência tributária é um elemento que se apresenta em momento anterior à existência do tributo, situando-se no campo constitucional, ao passo que a capacidade tributária ativa é tema a ser considerado no desempenho das competências quando o legislador elege as pessoas componentes do vínculo abstrato, que se instala no instante em que acontece no mundo físico, o fato previsto na hipótese normativa. 
Sobre as características da competência, existe divergência quanto aos seus primados. Por exemplo, Roque Antonio Carraza aponta que, a competência tributária apresenta 6 qualidades gerais, quais sejam:
a) A privatividade: em respeito à isonomia das pessoas constitucionais, não pode um ente pretender legislar sobre tributo ao qual a Constituição atribuiu como competente outro; 
b) A indelegabilidade: que implica na impossibilidade de transferir à outrem o poder de legiferante, a fim de se evitar conflito na sub-ordem jurídica.
c) A inalterabilidade: segundo esse ponto, nao pode haver modificações no esquema de distribuição de competências delineadas pela constituição
d) Irrenunciabilidade: implica que, uma vez o poder constituinte estabelecendo o poder legiferante sobre determinado tributo, a pessoa política não pode renunciá-lo
e) Facultatividade do exercício: significa que, uma vez o constituinte atribuindo a competência para que determinado ente legisle determinado tributo, este tributo fica só será instituído se assim o ente o quiser. Exemplo disso, é o imposto sobre grandes fortunas, cuja faculdade de instituí-lo persiste na letra da Constituição, contudo até o momento, a União não o fez.
Todavia, Paulo de Barros diverge sobre a generelidade de algumas das características acima citadas, por verificar, no plano normativo, condições onde persistem exceções a tais primados, e por isso, não podem servir de elemento de identificação das competências, quais sejam:
a) Quanto a Privatividade, o autor afirma que a própria constituição estabelece que a União está credenciada a legislar sobre os impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, em casos de guerra externa (art. 154,II). Assim, entende que a privatividade institucionalizada se resume à faixa de competência do Poder Federal
b) Quanto à Inalterabilidade: Afirma o Autor que pode o Constituinte Derivado promover modificações no esquema de distribuição de competências, que somente serão controlados quando em confronto aos limites constitucionais de “Federação e autonomia dos Municípios” 
c) Sobre a facultatividade, apesar de tal regra ser geral, o Autor aponta como exceção o ICMS, que se trata de um imposto de índole nacional, ao qual não é dado o Estado-membro operar por omissão, deixando de legislar sobre tal gravame.
Sua própria instituição não é faculdade dos Estados, tratando-se de um modal obrigatório ao contrário do que sucede com os demais tributos, pois de outro modo, o sistema tributário tornaria-se um ambiente propício ao disruptivo da guerra fiscal – o que é indesejável. Os titulares de competência para instituição do ICMS não podem deixar de fazê-lo, e, além disso terão que seguir os termos estritos que as leis complementares e as resoluções do Senado prescreverem em virtude dos comandos constitucionais.
Isto posto, colocando todas essas características em perspectiva, ao se observar as prescrições legais da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000), em especial seus arts.11 à 14, verifico que as normas dali decorrentes apresentam aparente dissonância com o Texto Constitucional. 
Essa discordância, decorre em do fato de que o modal da instituição de tributos apresentado no texto do art. 145 é explicitamente o ‘PERMITIDO”. Ou seja, quis o legislador deixar a cargo das Pessoas Políticas a facultatividade de instituir os impostos e os tributos nele enumerados. Quisesse diferente, o constituinte apresentaria redação outra, imporia o dever de instituir os seguintes tributos previstos na Constituição, assim, em tese, os art. 11 e 14 da Lei Complementar 101/2000 implicam em uma anulação obliquamente a característica da faculdade de exercício, fazendo aqui o registro de que as normas tributárias constitucionais atuam no plano de competência, i.e., antes da possibilidade de incidência de qualquer dos impostos no plano fático. 
Todavia, é de se observar que à luz da nossa estrutura jurídico-política, vigora com força privilegaiada do Princípio Federativo, que se significa, em breves linhas que, a autonomia Constitucional dos Entes é relativa, devendo sempre observar os parâmetros fixados na Constituição Federal. Assim, da mesma forma que a Constituição atrobui aos Estados-Membros a capacidade e o poder de auto-organização, impõe-lhes simultaneamente limitações, na medida em que é devida a obediência aos princípios nela estabelecidos.
Com efeito, se partirmos da premissa que os Estados e Municípios são autônomos, é salutar também se concluir que a eles também se forna imponível que sejam capazes de criar e gerir suas próprias receitas nos limites da competência delimitada pela Constituição, deixando assim de depender econômicamente de outro ente, que por sua, vez será prejudicado pelo deficit de receita causada pela omissão arrecadatória de quem deixou de cobrar os impostos que lhe são devidos.
Dessa forma, ao meu ver, a disposição do art. 11 da LRF, em respeito em princípio federativo, não padece de inconstitucionalidade – ainda que no tatame de embate, encontre-se em conflito com a autonomia das pessoas constitucionais – pois, mesmo nesse prisma, se percebe no conflito entre princípios, prevalece o de maior valência ao sistema jurídico, nesse caso, o Princípio Federativo que é previsto no art. 1 caput e 18 da CF, alçando assim, condição de sainete indissolúvel da estrutura jurídico-política do Estado. 
Em linhas finais, cabe destacar que os artigos susomencionados da LRF não implicam em uma impossibilidade de realização dos repasses obrigatórios da União aos entes federados, em verdade, cuidou de criar mais rigor para as transferências voluntárias, coibindo, no limite, a implementação de um cenário um desiquilíbrio fiscal entre aqueles entes que atuaram com diligência na arrecadação dos tributos de sua competência, e aqueles que se valeram da omissão como medida de populismo às custas do orçamento advindo de outra fonte. 
 7. Proposta de Reforma Tributária Nacional que substitua os impostos estaduais e municipais sobre bense serviços, por um imposto único de competência da União por emenda constitucional viola os Princípios do Pacto Federativo e do Federalismo Fiscal? E se esta emenda prever expressamente o repasse obrigatório da integralidade ou parte do produto da arrecadação desse imposto único para os estados e municípios?
Ao meu, o primeiro desafio para resposta de tal questão é estabelecer os limites ontológicos do Pacto Federativo e o Federalismo Fiscal, sobremodo porque o sistema jurídico brasileiro é uma colcha de retalhos inspirada em diversos outros sistemas jurídicos de sociedades outras, que por vez, possuem matrizes distintas. Há quem afirme, por isso, que o Estado Federal é um tipo e não um conceito.
Nessa linha, duas são as correntes que se manifestam: a primeira de que o federalismo fiscal brasileiro requer apenas que cada ente subnacional tenha receitas suficientes para arcar com as suas atribuições definidas pela Constituição; a segunda, de que o federalismo fiscal não se resume em ter receitas suficientes, mas também a necessária competência que lhes garantam a utilização da tributação como instrumento de política econômica (extrafiscalidade), o que dependeria, assim, de uma competência legislativa ampla.
Colocando essas duas linhas de pensamento sobre a perspectiva da redação da CF, apresento meus pontos. 
A julgar pela rigidez constitucional existente, entendo que tal projeto de reforma tributária deveria se dar através de Emenda Constitucional, pois ao meu ver, não haveria como se legislar sobre competência tributária sem alteração expressa do texto constitucional existente, pois é lá que se encontram previstos os limites objetivos de atuação estatal no tocante à tributação – limitação do poder estatal em face da liberdade dos cidadãos. 
Superada essa etapa, entendo que a CF traz em seu art. 60§4º as limitações dos temas que podem ser objeto de PEC, apresentando, em sentido negativo, aqueles que não podem ser objeto de alteração, quais sejam:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais
Isto posto, entendo ser, à luz do sistema federativo imposto pelo Constituinte, a repartição de competências e de receitas tributárias um dos pilares da autonomia dos entes federativos, sobretudo porque o Brasil é um país de dimensão continental, onde cada região possui peculiaridades que exigirão uma forma de tratamento tributário diferenciado, que se arvoram na descentralização de poder para que as necessidades locais sejam respeitadas e atendidas. 
Assim sendo, se a autonomia política tributária idealizada pelo Constituinte exige sua implementação concreta, ao meu ver seria teratológico que um novo diploma mitigasse a rigidez constitucional quanto à autonomia financeira de determinado ente, eis que toda ela foi estruturada a partir da repartição de competências e auto-gestão, que ao fim dia, atuam de modo a permitir que cada estado pudesse, no limite de competência, legislar conforme a sua realidade local – o que ultrapassa, em muito, a exceção quanto à alterabilidade de competência descrita por BARROS, que impõe como limite para a alteração de competência a não afetação aos os limites constitucionais de “Federação e autonomia dos Municípios” 
Ainda assim, caso o legislador implementasse algum dispositivo no referido diploma que permitisse a diferenciação das alíquotas em razão das caracterísitcas locais da região, entendo que haveria inconstitucionalidade material à luz da redação atual do art. 152 da CF, que assim presecreve:  “é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.” A não ser que nesse projeto de lei, se pretenda a revogação de tal dispositivo.
8.	A Emenda Constitucional n. 39/02 acrescentou à Constituição o art. 149-A e parágrafo único, dispondo:
“Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica”.
Com fundamento nesse dispositivo, a Prefeitura de Itumambé instituiu o seguinte tributo:
Prefeitura Municipal de Itumambé, Decreto Municipal 3.708 de 10/10/03 (DOM 13/10/03)
Art. 1º Fica instituída contribuição para o custeio do serviço municipal de energia elétrica que tem como fato gerador a prestação do serviço de energia elétrica pelo Município.
Art. 2º A base de cálculo é o valor da fatura de consumo de energia elétrica.
§ 1º A alíquota é de 0,5%.
§ 2º Os contribuintes que morarem na região central pagarão 50% a mais do valor devido.
Art. 3º Contribuinte é o consumidor de energia elétrica.
Art. 4º Compete à Secretaria de Finanças fiscalizar o abatimento realizado pela concessionária.
Art. 5º A importância devida a título dessa contribuição deve ser paga até o último dia do mês subsequente e recolhida pela concessionária de energia elétrica juntamente com a fatura mensal de consumo, ficando a concessionária responsável pelo abatimento do montante recolhido da fatura municipal.
Parágrafo único. O não-pagamento da contribuição, ou o não repasse, implica multa de 150 UFIRs.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, devendo produzir todos os seus efeitos a partir do dia 01/11/03.
{...].
Pergunta-se:
a) O sistema constitucional tributário brasileiro admite alterações na faixa de competência tributária das pessoas políticas? Há alguma vedação à ampliação da competência tributária municipal por meio de emenda constitucional? Em caso afirmativo, qual(is)?
Seguindo a exceção feita por BARROS quanto à exceção existente a característica de inalterabilidade na faixa de competência dos tributos, entendo, à priori, ser possível a alteração realizada nesse caso. 
Analisando tal questão em perspectiva constitucional não entendo que o caso trazido à questão se traduza em violação ao art. 60,§4º da CF, pois não implica em violação do Princípio Federativo, não se constituindo como cláusula pétrea.
Por fim, entendo que somente existe vedação a essa alterabilidade da competência tributária quando tal alteração implicar na violação na autonomia dos entes, pois estar-se-ia ferindo não só o princípio federativo, que alça força de postulado irrefreável do sistema jurídico-político brasileiro, mas também, ao princípio da isonomia das pessoas constitucionais.
b) Os Municípios podem, na criação de tal contribuição, com fundamento no art. 149-A da CF, utilizar uma das materialidades que lhes foram atribuídas constitucionalmente para a instituição de impostos? E das materialidades atribuídas aos Estados, Distrito Federal e União por ocasião da repartição constitucional das competências para instituição de impostos? Há vedação constitucional quanto à materialidade eleita: “consumir energia”? Justifique (vide anexo X).
Em respeito ao art. 77, parágrafo primeiro do CTN, entendo que a taxa não poder ter a mesma materialidade que os impostos, não havendo como se defender que uma taxa possua a mesma hipótese de incidência e a mesma base de cálculo que um imposto.
Outrossim, ainda que a privatividade seja característica da competência tributária que comporte exceção, essa se verifica somente naquele caso descrito pelo art. 154,II da CF, de onde se dessume que, somente a União está credenciada a legislar sobre os impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, em casos de guerra externa. 
Logo, se verifica que privatividade somente pode ser mitigada em favor da competência do Poder Federal, de modo que aos Municípios, tal pretensão careceria de quaquer base legal que lhe sustentasse.
Em linhas finais, se identifica que o art. 155§3º da CF estabelece a impossibilidade de qualquer outro imposto incidirsobre o consumo de energia que não seja o ICMS, todavia, em uma análise da REMIT é possível se verificar que a natureza (tipicidade) de determinado tributo não é estabelecida somente pela hipótese de incidência, mas também pela conjugação de seu fato gerador. 
Nesse sentido, ao se verificar o diploma suscitado à questão, ao meu ver, a hipótese de incidência descrita no caso está circunscrita à prestação do serviço de energia, o que descaracteriza o permissivo constante do art. 149-A da CF, que delimita tal possibilidade de instituiçao de taxas para “custeio de serviços de iluminação pública”, sendo até mesmo teratológico que o munícipio institua uma taxa para cobrar um serviço que não presta diretamente. 
c) Quais princípios tributários não foram observados pela Prefeitura de Itumambé ao instituir esse tributo? A Prefeitura pode escolher quais princípios tributários quer aplicar e afastar os outros?
De certo, por ser regra axiológica de força cogente, imperativa e autoaplicável, não existe discricionariedade da Prefeitura quanto à aplicação de um princípio, aliás, é o respeito aos princípios que garantem a validade da lei. 
Em uma análise do diploma acima, verifico as possíveis infringências aos princípios: 
- Violação à Anterioridade nonagesimal: eis que, segundo o art. 6º da lei acima mencionada, a lei passou a produzir efeitos somente 20 dias após a sua publicação, violando assim a prescrição do art. 150,III e 195§6º da CF;
- Violação à capacidade contributiva e da igualdade: Em se considerando que a capacidade contribuitiva obedece aos princípios objetivos de proporcionalidade e progressividade das alíquotas, em uma análise do referido diploma verifico que o Município instituiu em seu art. 2º alíquota igual para todos os munícipes, sem cuidar de verificar suas condições subjetivas, o que, ao meu ver, implica em realizar um tratamento igual à pessoas em condição de desigualdade, não estipulando isenções ou gradações na alíquota referencial. 
Quanto a isso, ainda que o art. 145§1º da CF afirme a gradatividade segundo a capacidade contributiva como princípio circunscrito tão somente àquilo que se refere aos impostos, entendo que existe um sobreprincipio que confirma a necessidade de observância de tal dinâmica de precificação da taxa, qual seja: a isonomia. De modo que, essa, sem dúvidas é o vetor sistêmico que ordena a interpretação de todas as normas, sobretudo as de índole tributária. 
- Princípio da não descriminação da origem ou destinação do bem: Ao meu ver, a previsão contida no art.2º,§2º da Lei, viola tal princípio, na medida em que impõe, de maneira irrazoável, uma elevação de 50% do valor da taxa em face daqueles que residem na região central da cidade, violando assim o art. 152 da CF.
d) A alteração do prazo de pagamento deve respeitar o princípio da anterioridade? Em qual o critério da Regra-Matriz de Incidência figura o prazo para pagamento do tributo?
Conforme a norma decorrente da Súmula Vinculante nº 50 do STF, a norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. Vale destacar que por ser a súmula vinculante norma de natureza primária, cujos efeitos são vinculantes e a eficácia é erga omnes, não pode o intérprete deixar de orientar seu entendimento à luz de tal prescrição. 
Convém registrar que, para a atual jurisprudência, a alteração do prazo de pagamento não se apresenta como “instituição ou acréscimo” de tributo, mas sim na alteração do prazo de sua cobrança. 
A exceção desse caso, está na prevista no art. 195,§6º da CF, que prescreve que “as contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b", e nesse ponto, sendo a alteração do prazo para pagamento impõe modificação na relação jurídica estabelecida pela norma relativa à contribuição social, entendo pela aplicação, nesse caso, do Princípio da Noventena.
Em linhas finais, sobre a última questão, aduzo que tenho dificuldade para inserir o prazo para pagamento dentro daqueles critérios estabelicidos para REMIT. Explico: 
A regra-matriz de incidência tributária, descreve em seu antecedente um ato, um estado ou um fato da vida de cunho econômico que, ao qual ensejará a instauração da relação jurídica entre o sujeito passivo e o Fisco, identificada no consequente dessa norma. Para BARROS, os critérios da REMIT são: no antecedente – material, espacial e temporal; no consequente: o pessoal e o quantitativo.
Dessa forma, o prazo para pagamento, ao meu ver, não se encontra inserido naqueles critérios estabelecido, todavia, reconheço sua força que o faz integrar o plexo da obrigação tributária, sendo assim, um elemento essencial da obrigação, pois é a partir de seu vencimento que estaria o Sujeito Ativo autorizado a exercer sua pretensão executiva em face do dever jurídico inadimplido pelo contribuinte.
Dito isso, me parece que o prazo de vencimento é um elemento indissolvível da obrigação tributária, no tocante à sua exigibilidade e executoriedade, todavia, me parece que seu posicionamento está em um elemento apêndice ao critério quantitativo, mas que com ele não se confunde.
8. Como a conjugação das noções de sistema, competência e princípios com a ideia de hierarquia normativa pode significar limitações ao poder de tributar? Qual o papel do intérprete nessa construção?
A explicação para a resposta de tal questão remete ao remoto marco legal constituído pela Carta de João-sem-Terra, que serviu como primeiro diploma normativo que tinha por escopo estabelecer os limites da atuação estatal em face dos particulares. Nesse escopo, todas as Constituições que vieram a surgir com a eclosão do movimento republicano seguiram essa premissa de controle sobre a atividade estatal. Nesse desenho, o Estado somente se torna “de Direito”, porque, acima do Estado está a Lei e, a ela deve obediência. 
Com efeito, essa limitação também impregna a atuação do Estado em seu poder de tributar, de maneira que o mesmo diploma que determina a exigência da cobrança, também, por sua vez, assevera os limites impostos à sua competência. Assim sendo, por ambivalência, aquilo que é limitado ao Estado, performa-se como garantia que se opera em favor do contribuinte. 
Dito isso, em se considerando que a noção de sistema jurídico induz à conclusão de existência de organização de elementos que interagem, possuindo, como elemento agregador, um vetor comum e, que o Direito é estruturado de maneira piramidal, onde a norma de posição privilegiada é a Constitucional, tem-se aqui um fator de suma importância para a melhor interpretação da norma jurídica tributária, pois é fiando nessa estrutura sistêmica que o intérprete poderá, no limite, compreender quais são suas garantias e, por certo, seus deveres em face do Estado. Dentre outras funções da Constituição, a mais antiga, de certo é delimitar o poder do Estado. Não por menos, dizem que a Constituição é um instrumento das minorias.
Com efeito, assim também ocorre os princípios, pois quer sejam aqueles que apresentam conteúdo axiológico puro, quer sejam aqueles cujo plexo de abrangência é constituir limites objetivos para atividade Estatal, eles performam como normas basilares que norteiam hermeneuticamente todo o sistema jurídico, impondo a todas as demais regras, inclusive às de mesma valência, o respeito aos limites ali delineados. 
Assim sendo, a compreensão da competência, dos princípios e do Direito enquanto sistema, permitem ao intérprete a realização da maior aproximação possível ao sentido concreto da norma jurídica através de seu percurso gerador de sentido – o que é absolutamente desejável, pois se de um lado o Estado é servo da lei, e por isso, tem seus interesses nela protegidos, de outro o ordenamento serve também para, no justo equilíbrio das forças, impedir os arroubos estatais inquinados ao abuso de poder, diante das vedações constitucionais às entidades tributantes.
Dessaforma, o interprete que se vale do dispositivo legal e o interpreta à luz dos princípios jurídicos que sustentam tal norma, e outros que com ela dialogam, pode criar uma a norma jurídica (fruto da interpretação) com assomos de concretude e assertividade necessárias para extrair daquele texto o seu melhor sentido, de modo a fazer da norma jurídica um instrumento em favor do cidadão contra o poder Estado. 
Em linhas finais quanto a isso, DWORKIN afirma que “interpretar é extrair do objeto a melhor significação dentro daquilo que ele se propõe a ser”. Dito isso, somente é possível extrair o sumo puro na norma jurídica, mediante um aprofundamento nos princípios que a sustenta, os limites em que ela atua, e o posicionamento dela no sistema no qual ela se encontra inserida.

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