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Urinálise parte II SEDIMENTOSCOPIA Microscópio óptico comum de campo claro. • O uso de microscópio de contraste de fase, luz polarizada, luz filtrada e o microscópio de interferência de contraste auxiliam na visualização de material sedimentar não corado. • A microscopia de fase e a microscopia de contraste por interferência tornam visíveis objetos transparentes, ao modificar a amplitude das ondas luminosas à medida que elas atravessam os materiais. • A microscopia de fase retarda artificialmente a luz difratada em um quarto de comprimento de onda, produzindo um halo no qual as superfícies com índices de refração ligeiramente distintos encontram- se. • A primeira regra para o exame de sedimento urinário não corado com o microscópio comum de campo claro consiste no uso de pouca luz para conferir o contraste adequado. • Esse é obtido pelo fechamento parcial do diafragma e pelo ajuste descendente do condensador até alcançar um contraste ótimo. • Se houver luz em excesso, algumas estruturas não serão visualizadas. • Por exemplo, cilindros hialinos, que consistem em proteína coagulada, possuem índice de refração muito baixo e não serão visualizados caso a luz esteja muito intensa, ou na ausência de contraste suficiente. • A segunda regra importante refere-se ao uso constan-te do parafuso micrométrico (ajuste fino) para permitir ao observador a visualização da profundidade do objeto, bem como de outros materiais que podem estar posicionados em um plano focal distinto. • A fig é um exemplo que ilustra a importância do constante ajuste do foco. • O sedimento deve ser visualizado sob pequeno aumen-to (100⫻). Examinar a lâmina para observação de cilindros, cristais e elementos presentes somente em poucos campos. • Quantificar o número de cilindros. Alterar para maior au-mento a seco (400⫻) quando for necessário delinear as es-truturas visualizadas. • Os cilindros tendem a deslocar-se para as extremidades da lamínula, de modo que toda a periferia da lamínula deve ser observada. • Os cilindros são registrados pelo número médio presente em 10 a 15 campos sob peque-no aumento (100⫻). HEMÁCIAS • Hemácias presentes na urina podem ser originárias de qualquer região do trato urinário, desde o glomérulo ao meato uretral e, em mulheres, podem resultar da conta-minação menstrual. • Podem exibir formas variadas, de-pendendo do ambiente da urina • Quando a amostra de urina é fresca, as hemácias têm aspecto nor-mal, pálido ou amarelado, em forma de discos bicôncavos e lisos, com diâmetro aproximado de 7 micrômetros e 2 micrômetros de espessura. • Não apresentam núcleo e, quando visualizados lateralmente, exibem aspecto de ampulheta. • Em urinas diluídas ou hipotônicas, as hemácias incham e podem sofrer lise, liberando sua hemoglobina na urina. • Células lisadas, referidas como células “fantasmas” ou “sombras”, correspondem a círculos pálidos e incolores que, na realidade, consistem em membranas ocas de hemácias. • A lise também ocorre em urinas alcalinas. Hemácias. O campo também contém um leucócito e várias células “fantasmas” (400⫻). • Algumas estruturas podem ser confundidas com he-mácias em um exame microscópico. • Hemácias inchadas ou crenadas às vezes podem ser confundidas com leucócitos, embora estes sejam maiores e contenham núcleo. • Esse fato é especialmente verdadeiro quando há somente um tipo de célula presente no sedimento, não permitindo a comparação entre as células. • A melhor maneira de diferenciar hemácias consiste na adição de algumas gotas de ácido acético 2%. • Em ácido acético diluído, as hemácias sofrerão lise, ao contrário dos leucócitos. • A adição do ácido também enfatiza os núcleos dos leucócitos. • E, uma vez que o ácido provoca a lise das hemácias, é importante contar as células presentes e realizar uma varredura em toda a lâmina antes da adição do ácido, caso contrário estruturas como os cilindros hemáticos também serão dissolvidas, ou novos cristais sofrerão precipitação • Células de levedura podem ser confundidas com hemácias. • Elas são ovoides em vez de esféricas, e frequentemente apresentam brotamentos menores que a célula. • A borda duplamente refringente das células de levedura tende a assemelhar-se ao aspecto de “donut” da hemácia. Células de levedura não sofrerão lise em ácido acético, e não são coradas pela eosina. LEUCÓCITOS • Leucócitos podem penetrar em qualquer região do trato urinário, do glomérulo à uretra. Em média, a urina normal pode conter até 2 leucócitos/CGA. • apresentam diâmetro aproximado de 10 a 12 mm • Leucócitos e são maiores que hemácias, porém menores que células epite-liais renais. • Os leucócitos em geral são esféricos e podem apresentar cor cinza pálida ou amarelo- esverdeada Figura 5.4 Leucócitos em urina hipotônica. Os núcleos e grânulos são facilmente reconhecíveis (800⫻). • Os leucócitos encolhem em urina hipertônica e incham ou sofrem lise em urina hipotônica ou alcalina. • O número de leucócitos em urina hipotônica e alcalina é reduzido em cerca de 50% no decorrer de 1 hora após a coleta, caso a amostra seja mantida à temperatura • Células que desenvolvem essa característica são denominadas “células brilhantes”. • As células brilhantes foram previamente consideradas específicas de pielonefrite, contudo podem ocorrer em uma variedade de condições, caso as células sejam expostas a um ambiente hipotônico • Um aumento de leucócitos na urina está associado a um processo inflamatório no, ou adjacente ao, trato urinário. • Leucócitos são atraídos para qualquer área de inflamação e, em virtude de suas propriedades ameboides, são capazes de penetrar nas áreas adjacentes ao sítio de inflamação. • Algumas vezes, a piúria (pus na urina) é observada em condições como apendicite e pancreatite • A piúria também é observada em condições não infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, acidose tubular renal,* desidratação, estresse, febre e na irritação não infecciosa de ureter, bexiga ou uretra. • A presença de vários leucócitos na urina, especialmente quando formam aglomerados, é um forte indicativo de infecção aguda, como pielonefrite, cistite ou uretrite. • Aglomerados de leucócitos (200⫻). Numerosos leucócitos. Ácido acético 2% foi adicionado para acentuar os núcleos (400⫻). CÉLULAS EPITELIAIS • As células epiteliais presentes na urina podem ser origi-nárias de qualquer sítio do trato geniturinário, do túbulo convoluto proximal até a uretra, ou da vagina. • Geralmente, algumas células desses sítios podem ser encontradas na urina, resultantes da descamação normal de células epiteliais antigas. • Um aumento acentuado é indicativo de inflamação daquela porção do trato urinário da qual as células são derivadas. Figura 5.7 Célula de transição (A), células epiteliais renais (B) e leucócitos (C) (800⫻) • Os cristais mais importantes que podem estar presentes consistem em cistina, tirosina, leucina, colesterol e sulfa. Eles podem ser identificados por sua aparência, dependência de pH e, se necessário, por suas características de solubilidade • A avalia-ção microscópica da urina é importante para a detecção de cristais, uma vez que nenhum teste químico detecta a presença deles. Cristais • URINA ÁCIDA • Cristais frequentemente encontrados em urina ácida consistem em ácido úrico, oxalato de cálcio e uratos amorfos • Cristais observados com menor frequência incluem sulfato de cálcio, uratos de sódio, ácido hipúrico, cistina, leucina, tirosina, colesterol e sulfa • Cristais de ácido úrico Cristais de ácido úrico podem ser encontrados com di-ferentes morfologias, porém as formas mais características são de diamante ouprisma romboide e em roseta, que consiste em diversos cristais agrupados. • A presença de cristais de ácido úrico na urina pode ser uma ocorrência normal. • Sua presença não indica necessariamente uma condição patológica, bem como não significa que o teor de ácido úrico na urina esteja definitiva-mente elevado. • Condições patológicas nas quais cristais de ácido úrico são encontrados na urina incluem gota, elevado metabolismo de purina, condições febris agudas, nefrite crônica e síndrome de Lesch-Nyhan • cristais de oxalato de cálcio são incolores, octaédricos ou em formato de “envelope”, semelhantes a pequenos quadrados cruzados por linhas diagonais intersectantes • Raramente, também aparecem como esferas ovais ou discos bicôncavos com forma de haltere • Os cristais de oxalato podem estar presentes normalmente na urina, em especial após a ingestão de vários alimentos ricos em oxalato, como tomate, espinafre, ruibarbo, alho, laranja e aspargo. • Grandes quantidades de cristais de oxalato de cálcio, particularmente quando presentes em urina recém-emitida, sugerem a possibilidade de cálculos de oxalato. • Outras condições patológicas em que oxalatos de cálcio podem estar presentes em números aumentados incluem intoxicação por etilenoglicol, diabetes melito, doença hepática e doença renal crônica grave. • Cristais de oxalato de cálcio podem estar presentes na urina após a ingestão de altas doses de vitamina C. Uratos amorfos • Sais de urato de sódio, potássio, magnésio e cálcio frequentemente estão presentes na urina em uma forma amorfa, não cristalina. • Esses uratos amorfos exibem aspecto granular vermelho amarelado (F e são solúveis em álcali e a 60o C. • Uratos amorfos não exibem importância clínica. CILINDROS • Os cilindros urinários são formados no lúmen dos túbulos renais. • São assim chamados pelo fato de serem moldados no interior dos túbulos. • Cilindros podem ser formados como resultado da precipitação ou gelificação da mucoproteína de Tamm-Horsfallda agregação de células ou outro material no interior de uma matriz proteica da adesão de células ou material à matriz, pela conglutinação de material no interior do lúmen ou • Os túbulos renais secretam uma mucoproteína denominada proteína de Tamm-Horsfall, que parece estar envolvida na formação da matriz básica de todos os cilindros. • Alguns cilindros também podem conter proteínas séricas, porém elas geralmente estão restritas aos grânulos do cilindro.29 • Em cilindros céreos, as proteínas séricas estão presentes com uma distribuição homogênea. • Fatores envolvidos na formação de cilindros incluem estase urinária (redução acentuada no fluxo de urina), acidez aumentada, alta concentração de solutos e presença de constituintes iônicos ou proteicos anormais. • A formação de cilindros geralmente ocorre nos túbulos distais e coletores, uma vez que nesses locais a urina atinge concentração e acidificação máximas. • Os cilindros dissolvem-se em urina alcalina, bem como em urina neutra que apresente gravidade específica de 1,003 ou inferior.36 • A presença de cilindros na urina é frequentemente acompanhada de proteinúria. Todavia, cilindros podem ser observados na ausência de proteínas,26 tornando o exame microscópico da urina uma importante ferramenta na detecção de cilindros. • Uromodulina ou proteína de Tamm-Hosfall • A proteína de Tamm-Hosfall (THP) foi descoberta em 1950 por Igor Tamm e Frank L. Horsfall Jr. e caracterizada como uma proteína presente na urina humana e de outros animais, capaz de inibir a hemoaglutinação vir • Os cilindros apresentam laterais praticamente paralelas e extremidades arredondadas ou rombas, variando em tamanho e forma dependendo do túbulo em que são formados. • Podem ser convolutos, retos ou curvos, e também variam quanto ao comprimento. • A largura do cilindro indica o diâmetro do túbulo responsável por sua formação. • Cilindros largos, que podem ser 2 a 6 vezes mais largos que cilindros comuns são formados em túbulos patologicamente dilatados ou atrofiados, ou em túbulos coletores. • Cilindros largos com frequência são denominados cilindros de insuficiência renal. • Distúrbios nos quais pode haver a presença de cilindros incluem dano glomerular, dano tubular, inflamação renal e infecção renal. A classificação dos cilindros é realizada com base em seu aspecto e nos componentes celulares que contêm. • Os diferentes tipos de cilindros são hialinos, hemáticos, leucocitários, de células epiteliais, Figura 5.42 Sequência da degeneração de cilindros urinários: (1) cilindros celulares; (2) cilindro granuloso grosseiro; (3) cilindro granuloso fino; (4) cilindro céreo. • Os cilindros exibem forma de cânula ou tubo e não apresentam bordas escuras. • Ocasionalmente, cilindros céreos podem exibir borda delgada aparentemente escura, mas somente porque sua superfície brilhante termina de forma abrupta. • Em geral, essa borda delgada escura desaparece mediante ligeira movimentação do parafuso micrométrico. • Assim, qualquer estrutura que exiba extremidades escuras corresponde, com maior probabilidade, a um pedaço de fibra. • Além disso, é provável que qualquer estrutura com laterais paralelas, porção central achatada e bordas espessas também seja uma fibra. É importante lembrar que túbulos renais são circulares, de modo que cilindros serão relativamente circulares e mais espessos na porção média. • Os cilindros são registrados de acordo com o tipo e quantidade presente por campo de pequeno aumento (100⫻). • As variações registradas geralmente correspondem a não observados, 0 a 2, 2 a 5, 5 a 10, 10 a 20/CPA. CILINDROS HIALINOS • Os cilindros hialinos são os mais frequentemente encontrados na urina. São compostos por proteína gelificada de Tamm-Horsfall e podem conter algumas inclusões, incorporadas enquanto encontravam-se no rim. • Uma vez que são compostos somente por proteínas, exibem índice de refração muito baixo e devem ser visualizados sob baixa intensidade luminosa. • São incolores, homogêneos e transparentes e em geral apresentam extremidades arre-dondadas • Cilindros hialinos podem ser encontrados até mesmo no tipo mais brando de doença renal, não sendo associados a qualquer doença em particular.30 • Alguns cilindros podem ser observados na urina normal, e quantidades aumentadas com frequência estão presentes após exercícios físicos CILINDROS HEMÁTICOS • Os cilindros hemáticos indicam hematúria renal, sendo sempre patológicos. • Geralmente são diagnósticos de doença glomerular, sendo encontrados na glomérulo- frite aguda, nefrite lúpica, síndrome de Goodpasture, en-docardite bacteriana subaguda e no trauma renal. • Podem também estar presentes no infarto renal, na pielonefrite grave, insuficiência cardíaca congestiva direita, trombose de veia renal e periarterite nodosa. • * Cilindros hemáticos podem exibir colorações castanhas ou podem ser praticamente incolores. • O cilindro pode conter somente poucas hemácias em uma matriz proteica, ou várias células agregadas sem uma matriz visível. • Quando as hemácias ainda encontram-se intactas, com contornos detectáveis, o cilindro é denominado cilindro hemático. • Quando o cilindro degenera-se em um cilindro granuloso castanho-avermelhado, consiste em um cilindro sanguíneo ou de hemoglobina. CILINDROS LEUCOCITÁRIOS • Os cilindros leucocitários são encontrados em situações de infecção e inflamação não infecciosa renais. • Eles podem, portanto, ser observados na pielonefrite aguda, nefrite intersticial e nefrite lúpica. • Eles também podem ser encontrados na doença glomerular. • A maioria dos leucócitos presentes no cilindros consiste em neutrófilos polimorfonucleares.• Os leucócitos podem apresentar-se em quantidade pequena no cilindro ou em várias células agregadas • Quando as células ainda encontram-se intactas, os núcleos podem ser claramente visíveis, porém, à medida que desaparecem, o cilindro assume aspecto granuloso. CILINDROS GRANULOSOS • Os cilindros granulosos podem ser resultantes da degeneração de cilindros celulares, ou podem representar a agregação direta de proteínas séricas em uma matriz de mucoproteína de Tamm-Horsfall • Inicialmente, os grânulos são grandes e grosseiros, porém, quando a estase urinária é prolongada, os grânulos são fragmentados, originando grânulos finos. Os cilindros granulosos quase sempre indicam doença renal significativa9 ; no entanto, cilindros granulosos podem ser encontrados na urina por um curto período após exercício in- tenso. • A determinação de um cilindro granuloso como grosseiro ou fino não apresenta importância clínica, embora tal distinção seja de fácil realização. • Cilindros granulosos finos contêm grânulos finos, os quais podem exibir cor cinza ou amarela pálida • Cilindros granulosos grosseiros contêm grânulos maiores, de coloração mais escura; frequentemente, esses cilindros apresentam coloração negra em virtude da densidade dos grânulos CILINDROS EPITELIAIS • Os cilindros epiteliais são formados como resultado de estase e da descamação de células epiteliais tubulares renais. • Esses cilindros raramente são observados na urina, devido à rara ocorrência de doenças renais que afetam principalmente os túbulos (necrose). • Cilindros de células epiteliais podem ser encontrados na urina após exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus (p. ex., citome-galovírus, vírus da hepatite), que provocam danos que acompanham a lesão glomerular e na rejeição de aloenxerto renal. • As células epiteliais podem arranjar-se como linhas paralelas no cilindro, ou podem organizar-se ao acaso, variando quanto ao tamanho, morfologia e estágio de de-generação • Acredita-se que as células do primeiro tipo sejam originárias do mesmo segmento do túbulo, ao passo que o arranjo irregular parece indicar que as células são oriundas de porções distintas do túbulo. Cilindro de células epiteliais. O campo também contém fosfatos triplos e filamentos mucosos (200×). Figura 5.49 Cilindro céreo e leucócitos (200×). CILINDROS CÉREOS • Os cilindros céreos possuem índice de refração muito alto; são amarelos, cinza ou incolores, e exibem aspecto homo-gêneo e liso • Com frequência ocorrem como cilindros curtos e largos, com extremidades retas ou quebradas, e muitas vezes possuem bordas fissuradas ou serrilhadas. • Foi postulado que cilindros céreos resultam da degeneração de cilindros granulosos. • Os cilindros céreos são encontrados em pacientes com insuficiência renal crônica grave, hipertensão maligna, amiloidose renal e ne-fropatia diabética. • Eles também podem ser observados na doença renal aguda, na inflamação e na degeneração tubular, e durante a rejeição de aloenxerto renal. CILINDROS GRAXOS • Os cilindros graxos são cilindros que incorporaram gotículas de gordura livre ou corpos gordurosos ovais • Esses cilindros podem conter apenas poucas gotículas de gordura ou podem ser compostos quase que totalmente por gotículas de gordura de tamanhos variados. • Se a gordura consistir em colesterol, as gotículas serão anisotrópicas e, sob luz polarizada, exibirão uma característica formação em “cruz de malta”. • Gotículas isotrópicas, que consistem em triglicérides, não polarizam, porém são coradas com Sudan III ou Óleo Vermelho • Cilindros graxos são observados quando há degeneração adiposa do epitélio tubular, como na doença tubular degenerativa. • Eles também são frequentemente observados na síndrome nefrótica, assim como podem ocorrer na glomeruloesclerose diabética, nefrose lipoídica, glo- merulonefrite crônica, síndrome de Kimmelstiel-Wilson, lúpus e envenenamento renal tóxico. CILINDROS GRAXOS BACTÉRIAS • A urina normalmente não apresenta bactérias enquanto encontra-se no rim e na bexiga, porém a contaminação pode ocorrer por bactérias presentes na uretra ou na vagina, ou a partir de outras fontes externas. • Quando uma amostra recém-eliminada e coletada adequadamente contém grande quantidade de bactérias, em especial se acompanhada por diversos leucócitos, ela geralmente é indicativa de infecção do trato urinário. As bactérias são computadas de acordo com o número presente (poucas, moderadas, etc.) porém, no exame de urina laboratorial de rotina, não há intenção de se identificar o organismo exato. • A presença de bactérias é facilmente reconhecida quando o sedimento é observado sob grande aumento. • Algumas bactérias reduzem nitrato a nitrito, permitindo a detecção de bactérias por métodos químicos. • Entretanto, nem todas as bactérias patogênicas são redutoras de nitrato. Além disso, existem condições que interferem na presença de nitritos. • A presença de leucócitos pode propiciar uma correlação mais precisa com uma infecção bacteriana do que o nitrito. LEVEDURAS • As células de levedura são lisas, incolores e geralmente ovoides, com paredes duplamente refringentes. • Elas podem variar em tamanho e com frequência apresentam brotamentos . • Algumas vezes podem ser confundidas com hemácias, contudo, contrariamente às hemácias, as leveduras são insolúveis em ácido e álcali, bem como não se coram pela eosina. • Leveduras podem ser encontradas nas infecções do trato urinário, em especial em pacientes com diabetes. • Leveduras também podem estar presentes na urina como resultado de contaminação de origem cutânea ou vaginal. • Candida albicans é a levedura mais comumente encontrada na urina. CILINDROIDES • Os cilindroides assemelham-se a cilindros, porém apresentam uma extremidade que se afila como um fiapo de muco. • O sítio e o mecanismo exatos de sua formação são desconhecidos, mas como ocorrem juntamente com os cilindros, considera-se que possuam a mesma importância.cilindros • Uma classificação distinta para cilindroides e Cilindroides frequentemente são hialinos, porém, podem incorporar outros compostos. ESPERMATOZOIDES • Os espermatozoides podem ser encontrados na urina de homens após convulsões epiléticas, polução, doenças do órgão genital e na espermatorreia. • O esperma também pode ser detectado na urina de ambos os sexos, após o coito. • Espermatozoides apresentam corpos ovais e caudas longas, finas e delicadas
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