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Resumo Diversidade Cultural AP2 Modulo 3: Sexualidade e Orientação Sexual Um homem pode se sentir masculino e desejar outro homem, ao mesmo tempo que uma mulher pode se sentir feminina e desejar outra mulher. Por um lado, difunde-se a idéia do sexo como uma energia que provém do nosso corpo, um impulso físico fundamental que exige satisfação. Por outro, as sociedades têm inventado regras para manter o sexo sob fiscalização, desenvolvendo minuciosos mecanismos de vigilância e controle social, associando o sexo à doença e ao perigo. Uma distinção importante deve ser feita entre organismo, infra-estrutura biológica e corpo, já que esse último refere-se ao processo de apropriação subjetiva de peculiares experiências, emoções, sentimentos, sensações de prazer, dor, acolhimento, rejeição, ou transformações físicas. Ou seja, o conceito de corpo inclui as características psicológicas, sociais e culturais, além das biológicas. Na década de 1980 começou a chamada “segunda onda”do movimento homossexual no Brasil, coincidindo com a expansão do mercado de bens destinados a esse público e a epidemia de Aids. Grupos como o Triângulo Rosa foram os que mais articularam movimentos como o que fez com que o termo “orientação sexual” fosse incluído na constituição de 1988 no artigo que proíbe discriminações e na Bahia, a homossexualidade foi retirada do Código de Classificação de Doenças. Muitas vezes os direitos de pessoas consideradas “desviantes” são violados porque, para alguns, elas representam uma ameaça a determinados privilégios. Mas muitas vezes, isso também ocorre porque para muitas pessoas, atuamos de acordo com noções herdadas e sequer paramos para refletir a respeito do porquê de algumas atitudes. No espaço escolar as práticas homofóbicas são pautadas e repetidas incansavelmente, ora através de mensagens normatizadoras, ora através do silêncio e do consentimento da violência. Nas brincadeiras de crianças, muitas vezes comportamentos discriminatórios se evidenciam. Enquanto nas brincadeiras de meninos envolve-se força, virilidade, agressividade e violência, nas brincadeiras de meninas, transparecem questões como sedução, romantismo e namoro. Módulo 4: Raça e Etnia As diferenças não existem em função do isolamento dos povos, mas da combinação particular que cada povo faz dos elementos que retira do contato com outros povos. Doutrina: um tipo de conhecimento que se mantém por repetição, ignorância e preconceito, mas que guarda pretensões de se apresentar como conhecimento objetivo, supostamente sustentado na natureza das coisas. O racismo é um tipo de doutrina. O racismo não é apenas uma reação ao outro, mas uma maneira de subordinar o outro. Toda sociedade apresenta algum modelo de estratificação, a partir do momento em que há diferenciação, hierarquização ou desigualdade de qualquer natureza dentro dela. A escola, ao tentar ser “sem cor” e “neutra” a fim de não discriminar, realizou exatamente o contrário, naturalizando desigualdades, fortalecendo a imagem de inferioridade de negros e indígenas e de superioridade de brancos. Ao desejar olhar para o ser-humano em geral, invisibilizou a maior parte dos estudantes.
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