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Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 1 Estruturas de Concreto: Pilares Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem Prof. Eng. Diogo Jucemar Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 02/29 Características Geométricas Desta forma, para um pilar de seção transversal 25x40 o esforço axial de compressão de cálculo seria Onde: 𝑁 = força normal característica do pilar; 𝛾 = coeficiente de majoração da força normal 𝛾 = coeficiente de ponderação das ações no ELU, normalmente com o valor de 1,4; 𝑁ௗ = 𝛾. 𝛾. 𝑁 Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 2 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 03/29 Características Geométricas Por outro lado, para um pilar de seção transversal 15x50, o esforço a considerar seria 𝑁ௗ = 1,2.1,4. 𝑁 B (cm) 19 18 17 16 15 14 n 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 𝑁ௗ = 𝛾. 𝛾. 𝑁 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 04/29 Comprimento equivalente Sendo vinculado nas extremidades, o comprimento equivalente a ser adotado é o menor dos valores: 𝑙 ≤ (𝑙+ℎ) 𝑜𝑢 𝑙 sendo: 𝑙 = distância entre as faces internas dos elementos estruturais; h = altura da seção transversal do pilar; 𝑙 = distância entre os eixos dos elementos estruturais a que o pilar está vinculado. No caso de pilar engastado na base e livre no topo: 𝑙 = 2𝑙 Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 3 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 05/29 Comprimento equivalente Propriedades geométricas importantes: Raio de Giração: 𝑖 = ூ ,sendo I= momento de inércia A= área; Índice de Esbeltez: 𝜆 = , sendo 𝑙= comprimento equivalente i= raio de giração. Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 08/29 Classificação dos pilares Normalmente, os pilares de edifícios podem ser agrupados em dois conjuntos, conforme a sua função em termos de resistência a esforços horizontais: Pilares de contraventamento; Pilares contraventados. Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 4 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 07/29 Classificação dos pilares extremidades do piso (pilares- parede, caixas de escadas), sendo que o cálculo destes pilares exige a sua consideração da estrutura como um todo. Pilares de contraventamento: são os pilares que, devido a sua grande rigidez, permitem considerar os diversos pisos do edifício como praticamente indeslocáveis. Normalmente, são constituídos pela caixa de elevador e por pilares devidamente enrijecidos e situados junto às Figura: Fusco, 1981 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 08/29 Classificação dos pilares Pilares de contraventados: são pilares com “rigidez menor”, onde as extremidades de cada lance podem ser consideradas praticamente indeslocáveis devido ao efeito conjunto dos pilares de contraventamento e das lajes de piso. O seu cálculo pode ser feito através da análise isolada de cada lance entre pisos. Conforme a posição dos pilares contraventados no piso, eles podem ser agrupados nos seguintes tipos, conforme figura a seguir: Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 5 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 09/29 Classificação dos pilares Pilares internos ou intermediários – situados internamente ao piso, constituem os apoios internos das vigas, sendo a força normal (N) seu principal esforço solicitante. Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 10/29 Classificação dos pilares Pilares de extremidade ou de borda – geralmente situados nas bordas do piso, constituem os apoios de extremidade das vigas. Os esforços solicitantes são a força normal (N) e o momento fletor (M) atuando segundo o plano constituído pelo pilar e pela viga (efeito de pilar de extremidade), sendo este efeito normalmente substituído por um par (N, 𝑒 ). Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 6 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 11/29 Classificação dos pilares Pilares de canto – estão situados junto aos cantos do piso. Os esforços solicitantes são a força normal (N) e dois momentos fletores, atuando segundo os planos constituídos pelo pilar e cada uma das vigas apoiadas, ortogonais entre si (x e y), sendo este efeito normalmente substituído por um conjunto de valores (N, 𝑒௫ e 𝑒௬ ) Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 12/29 Classificação dos Pilares – quanto a esbeltez Quanto ao índice de esbeltez os pilares são classificados como: 𝜆ଵ, índice de esbeltez limite, será estudado mais adiante e é definido em função da excentricidade de primeira ordem (𝑒ଵ), da largura (h) e do tipo de vínculo. Pilares, curtos, robustos ou pouco esbeltos 𝜆 ≤ 𝜆ଵ Pilares de esbeltez média ou medianamente esbeltos 𝜆ଵ < 𝜆 ≤ 90 Pilares esbeltos ou muito esbeltos 90 < 𝜆 ≤ 140 Pilares excessivamente esbeltos 140 < 𝜆 ≤ 200 Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 7 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 13/29 Excentricidades A força normal que atua em um pilar pode estar deslocada de certa distância do seu centro geométrico, a esta distância dá-se o nome de excentricidade. Excentricidade relativa é a relação entre a excentricidade do pilar e a dimensão dele na direção analisada (B ou H). Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 14/29 Excentricidades de 1ª Ordem São excentricidades causadas por: 1) Excentricidade inicial; 2) Excentricidade acidental; 3) Momento mínimo; 4) Excentricidade de forma. Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 8 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 15/29 Excentricidade inicial Em estruturas usuais de edifícios, ocorre um monolitismo nas ligações entre vigas e pilares que compõem os pórticos. A excentricidade inicial, oriunda das ligações dos pilares com as vigas neles interrompidas, ocorre em pilares de borda e de canto. A partir das ações atuantes em cada tramo do pilar, as excentricidades iniciais no topo e na base são obtidas com as expressões: 𝑒ଵ,௧ = ெ ே 𝑒ଵ,௦ = ெ್ೌೞ ே Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 16/29 Excentricidade inicial Os momentos no topo e na base podem ser obtidos no cálculo do pórtico. Segundo a NBR 6118:2003, pode, ser admitido esquema estático apresentado na Figura. Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 9 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 17/29 Excentricidade inicial Para esse esquema estático, pode ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes relações: • ାೞೠ ೡାାೞೠ , na viga • ೞೠ ೡାାೞೠ , no tramo superior do pilar • ೡାାೞೠ , no tramo inferior do pilar Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 18/29 Excentricidade inicial Viga: 𝑀௩ = 𝑀. 𝑟 + 𝑟௦௨ 𝑟௩ + 𝑟 + 𝑟௦௨ Tramo superior do pilar 𝑀௦௨ = 𝑀. 𝑟௦௨ 𝑟௩ + 𝑟 + 𝑟௦௨ Tramo inferior do pilar 𝑀 = 𝑀. 𝑟 𝑟௩ + 𝑟 + 𝑟௦௨ Onde: 𝑟 = 𝐼 𝑙 𝑀 = 𝑞. 𝑙ଶ 12 Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 10 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 19/29 Exemplo 1: Térreo, 𝐹 = 30𝑀𝑃𝑎 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 20/29 Excentricidade acidental Imperfeições globais: deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais: 𝜃ଵ = ଵ ଵ e 𝜃 = 𝜃ଵ ଵାభ ⁄ଶ Onde: 𝑙 = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 n = número total de elementos verticais contínuos Considerando: – 𝜃ଵ, = ଵ ସ⁄ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑛ó𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 – 𝜃ଵ, = ଵ ଷ⁄ (para estruturas de nós móveis e imperfeições locais) – 𝜃ଵ,௫ = ଵ ଶ⁄ Esse desaprumo não precisa ser superposto ao carregamento do vento, considerando-se o mais desfavorável. Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 11 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 21/29 Excentricidade acidental Estruturas de nós fixos e nós móveis: Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 22/29 Exemplo 2: Determinar o desaprumo da estrutura abaixo representada. Considerar estrutura de nós fixos e móveis Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 12 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 23/29 Excentricidade acidental Imperfeições locais: No caso de elementos que ligam pilares contraventados a pilares de contraventamento, usualmente vigas e lajes, deve ser considerada a tração decorrente do desaprumo do pilar contraventado, Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 24/29 Excentricidade acidental Imperfeições locais: Admite-se que, nos casos usuais, a consideração da falta de retilinidade seja suficiente. Assim, a excentricidade acidental e a pode ser obtida pela expressão: 𝑒 = 𝜃ଵ. 𝑙 2ൗ Para pilares em balanço 𝑒 = 𝜃ଵ. 𝑙 Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 13 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 25/29 Momento mínimo Segundo a NBR 6118:2014 os efeitos das imperfeições locais podem ser substituídos pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem: 𝑀ଵௗ, = 𝑁ௗ(0,015 + 0,03ℎ) Onde: h = altura da seção transversal na direção considerada (em metros) Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 26/29 Exemplo 3: Determinar o valor de excentricidade de 1ª ordem ea para um pilar cuja seção transversal tem altura (h) igual a 40 cm. Este pilar poderá ter altura (𝐻) variando entre 7 e 14 m. Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 14 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 27/29 Excentricidade de forma Em edifícios, as posições das vigas e dos pilares dependem fundamentalmente do projeto arquitetônico. Assim, é comum em projetos a coincidência entre faces (internas ou externas) das vigas com as faces dos pilares que as apóiam. Em edifícios as posições das vigas dependem dos projetos arquitetônicos e não são raras as situações onde os eixos das vigas não passam no centro de gravidade dos pilares: Em geral as excentricidades de forma não são consideradas no dimensionamento, as tensões propagam-se em ângulo de 45º e logo se uniformizam (Princípio de Saint- Venant). Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 28/29 Excentricidade de forma Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem set-19 15 Prof. Eng. Diogo Jucemar Aula 05 - Excentricidade de 1ª ordem 29/29 Excentricidade de 2ª Ordem A força normal atuante no pilar, sob as excentricidades de 1ª ordem provoca deformações que dão origem a nova excentricidade denominada de 2ª ordem;
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