Projeto de Intervenção para Qualidade de Vida dos Idosos

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL – Modalidade EAD 
Neuza Seixas Moreira
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
 
QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA MELHOR IDADE – CCMI DE ALTAMIRA-PA
Trabalho Acadêmico Apresentado à disciplina de Estágio Curricular II
Professor(a) Regente da Disciplina: Ana Patricia Barbosa
 Professor(a) Tutor(a) Virtual:Eliana Souza da Silva
 Professor(a) Tutor(a) Presencial: Adenice da Silva Lima
 
Altamira-Pa
Novembro/2016 
FOCO DA INTERVENÇÃO
O presente projeto anseia colaborar para a compreensão do trabalho social e a qualidade de vida dos idosos no Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI) localizado na Travessa das Palmeiras, s/nº, Bairro Premem (Altamira-Pará). O mesmo possui prédio próprio com amplo espaço físico e também amplo terreno.
Seja qual for o seguimento social, ou mesmo a família ou na comunidade, os valores culturais e tradições, é necessário entender que todos devemos nos programar para encarar a velhice. Entretanto, antes que se imagine uma perspectiva longevidade na velhice, é preciso avaliar em que condições chegaremos neste futuro, ou seja, qual será essa qualidade de vida.
Diante da realidade inquestionável das transformações demográficas iniciadas no último século e que nos fazem observar uma população cada vez mais envelhecida, evidencia-se a importância de garantir aos idosos não só uma sobrevida maior, mas também uma boa qualidade de vida (VECCHIA ET.AL., 2005, p. 02).
O idoso por muitos anos foi tratado como sinônimo de abandono, porém com as mudanças de conceitos e avanços em diversos aspectos sociais, inclusive nas relações de trabalho, o sentido de envelhecimento passou a mudar gradativamente. O idoso do mundo moderno é cada vez mais ativo e participativo, entretanto, apesar dos diferentes progressos ainda percebe-se a necessidade de se fazer reformulação nas formas de projetar e praticar as políticas de assistência aos idosos para que seja garantida a cada dia uma melhor qualidade de vida.
Porém, é muito discutido o sentido de que realmente é/ou deve ser essa qualidade de vida. No entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde que citada por Miranda & Banhato (2008), temos o seguinte conceito:
É a percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo que incorpora de uma maneira complexa à saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características proeminentes no ambiente (OMS, 1994 apud MIRANDA &BANHATO, 2008, p. 72).
Para garantir as condições necessárias ao idoso devem ser preocupações não apenas dos governos, mas também de toda a sociedade. Mesmo porque manter um bom padrão de qualidade de vida desta classe é um desafio constante para os setores de assistência ao idoso, e inclusive para a atual Sociedade Economicamente Ativa, pois se não cuidarmos da problemática hoje poderemos comprometer parte do futuro. E isto não pode ser ignorado.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde(4), existiam 390 milhões de pessoas acima de 65 anos em 1998 e estima-se que em 2025 essa população será o dobro. Em muitos países em desenvolvimento, especialmente na América Latina e Ásia é esperado um aumento de 300% na população idosa chegando a 02 bilhões de pessoas acima de 60 anos até 2025. No Brasil, a população de idosos era de 15 milhões em 2002 e estima-se que em 2020 o número de pessoas acima de 60 anos de idade na população brasileira terá crescido 16 vezes em relação a 1950. (FRANCHI & JUNIOR, 2005, p. 153).
Em conformidade com as argumentações dos autores acima, percebemos que existe um desafio de conscientizar a sociedade sobre o importante papel do idoso. E que o papel do serviço social em relação ao idoso é um dever de todos, pois à partir do momento que se almeja melhorias e avanços expressivos nestes aspectos, em especial das políticas públicas, também é preciso fazer um exame de consciência de que no futuro não obstante seremos os atuais beneficiários das conquistas do presente.
Do ponto de vista social é necessário que se aprenda a cuidar da saúde física e mental, obter informações sobre essa etapa da vida para que se possa envelhecer de uma forma saudável já pensando numa forma de prevenção e assim preparando a sociedade para uma melhor aceitação da velhice, pois não é possível rejuvenescer a velhice, mas proporcionar condições psicológicas e sociais para se viver com satisfação e equilíbrio durante esse período da vida e também provando que o idoso tem importante papel social (RENTE & OLIVEIRA, 2002, p. 13).
1.1 Objetivo Geral
Conscientizar os idosos do Centro de Convivência da Melhor Idade – (CCMI) sobre seus direitos de maneira a lhes assegurar longevidade e qualidade de vida, percebendo ainda como são tratados no ambiente familiar.
1.2 Objetivos Específicos 
Realizar palestras motivacionais direcionadas aos idosos, no Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI), que visem sensibilizar as pessoas idosas sobre a longevidade humana e a qualidade de vida no envelhecimento;
Esclarecer os aspectos mais relevantes do Estatuto do Idoso, agregando qualidade de vida e integração social aos idosos do CCMI.
Perceber de que maneira e em que grau é realizado o trabalho do assistente social, e o apoio que as famílias dão ao seu idoso.
JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, tem sido cada vez mais freqüente a participação de idosos em ações sociais no Brasil e no mundo. A implementação de programas específicos para a melhoria da qualidade de vida de idosos, tanto por instituições públicas como por organizações não governamentais, tem como princípio tornar o idoso presente no cenário social e promover meios que satisfaçam suas necessidades pessoais e que descubram novas alternativas de se viver com prazer. Muitos desses idosos são abandonados pela própria família e alguns deles ficam receosos de comentar com os profissionais, se isolando muitas vezes da sociedade.
A população idosa hoje é a que mais cresce em todo o mundo, esse crescimento refletiu nos serviços hospitalares, trazendo novas demandas gerenciais e assistenciais para o idoso e sua família.
No mundo contemporâneo a longevidade humana tornou-se uma realidade na maioria dos países e também uma preocupação por parte de organismos internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas) e demais entidades governamentais no sentido de integrar as pessoas idosas a vida em sociedade. Pois, com a chegada da velhice, perdas inevitáveis acontecem na vida do ser humano, fazendo com que muitos idosos se afastem do convívio social e das funções que antes desempenhavam, perdendo-se os vínculos com a sociedade. 
Em função disso, na atualidade, torna-se preponderante a efetividade de políticas públicas eficientes direcionadas as pessoas idosas para restabelecer o convívio social do idoso, a viabilização de seus direitos, bem como o reconhecimento do verdadeiro papel do idoso nas sociedades contemporâneas. 
 Tal reflexão visa compreender como a participação de idosos em ações sociais pode conscientizá-lo sobre sua importância no meio social e influenciar na sua qualidade de vida. Neste sentido, compartilhar de atividades grupais e dividir experiências torna-se um fator preponderante para que as pessoas idosas se mantenham ativas na velhice, buscando meios para o fortalecimento de vínculos familiares, de sua autonomia e de sua identidade, o que se configura como uma forma de manter-se incluso no meio social e ativo para o desenvolvimento de suas potencialidades.
A justificativa para a realização deste Projeto de Intervenção Social surgiu por ocasião do Estágio Supervisionado desta acadêmica, na SEMUTS (Secretaria Municipal do Trabalho e Promoção Social) no município de Altamira – PA,quando foram constatadas as demandas sociais dos idosos. Dentre tais demandas, destaca-se a extrema carência vivenciada pelos idosos que foram abandonados e pelos os que não possuem familiares para o seu devido cuidado e principalmente o desconhecimento e/ou falta de informações precisas sobre seus reais direitos sociais.
Assim sendo, para a efetivação deste projeto torna-se essencial a ação profissional do Assistente Social, que dispõe além do conhecimento acadêmico, a prática vivenciada na SEMUTS, quando percebeu através de entrevistas sociais as demandas dos idosos.
Em função desta realidade, este Projeto de Intervenção Social tem por objeto o Estatuto do Idoso e os aspectos mais importantes que podem auxiliar na qualidade de vida e integração social aos Idosos.
 
3. METODOLOGIA
Este Projeto de Intervenção será realizado no Centro de Convivência da Melhor Idade – Altamira (PA), no período de Agosto a Novembro de 2016 e atenderá cerca de 78 idosos que freqüentam o CCMI, bem como seus familiares e demais pessoas idosas que ainda não fazem parte da instituição.
Para alcançar os objetivos propostos neste Projeto de Intervenção, serão adotados as seguintes ações:
1) Palestras motivacionais: serão realizadas mensalmente nas dependências do CCMI, perfazendo um total de quatro (04) palestras durante o período de execução do projeto (Agosto a Novembro de 2016). Os temas das palestras serão: longevidade humana e qualidade de vida no envelhecimento, cuidados com o idoso, políticas públicas de assistência a pessoa idosa e direitos do idoso.
Para a realização das palestras, serão convidados como voluntários uma psicóloga, uma enfermeira, uma assistente social e um advogado. Além disso, será providenciada a confecção de folders educativos sobre o envelhecimento saudável e os direitos da pessoa idosa, para serem distribuídos ao público presente no evento. 
4. RECURSOS (HUMANOS, MATERIAS E FINANCEIROS) 
a) Humanos
	Profissional
	Remuneração
	 Período
	Valor R$
	Psicólogo
	Trabalho voluntário
	2 horas
	Sem ônus
	Advogado
	Trabalho voluntário
	2horas
	Sem ônus
	Assistente Social
	Trabalho voluntário
	2 horas
	Sem ônus
	Enfermagem
	Trabalho voluntário
	2 horas
	Sem ônus
b) Materiais
	Quantidade
	Especificação
	Valor Unitário R$
	Sub-total R$
	200
	Confecção de folders educativos
	400,00
	400,00
	
	
	
	
	Total
	
	
	400,00
c) Financeiros
O custo financeiro total deste projeto será de R$ 400,00, referente ao pagamento para a confecção dos folders educativos, e que será arrecadado mediante a colaboração financeira de empresários desta cidade de Altamira. As demais ações não demandam recursos financeiros, haja vista que será mediante a realização de parcerias com órgãos públicos e de profissionais liberais.
5. CRONOGRAMA
	Atividades
	JULH
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Elaboração do projeto
	
	
	
	
	
	
	Apresentação do projeto
	
	
	
	
	
	
	Realização de palestra
	
	
	
	
	
	
	Realização de palestra
	
	
	
	
	
	
	Realização de palestra
	
	
	
	
	
	
	Realização de palestra
	
	
	
	
	
	
6. AVALIAÇÃO
A avaliação das ações executadas será mediante a realização de uma pesquisa de opinião junto aos idosos participantes do projeto, logo após a realização das palestras mensais. Esta pesquisa será feita com a participação dos estagiários de Assistência Social da SEMUTS – Secretaria Municipal do Trabalho e Promoção Social e desta acadêmica, para analisar qual foi à percepção das pessoas idosas após a efetivação do projeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRANCHI, K. M. B.; JUNIOR, R. M. M. Atividade Física: Uma atividade para a boa saúde na Terceira Idade. RBPS, p. 152-156, 2005. Disponível no endereço eletrônico: http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/artigos/pdf10.pdf.
MIRANDA. L.C.; BANHATO, E. F. C. Qualidade de vida na terceira idade: a influência da participação em grupos. Psicologia em Pesquisa – UFJF, p. 69-80, Janeiro – RJ, 2008. Disponível no endereço eletrônico: htp://www.ufjf.br/psicologiaempesquisa/files/2009/11/v2n1008.pdf
RENTE, É. C.; OLIVEIRA, M. M. Terceira Idade: A melhor fase da vida? Curso de Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Unama, Belém-Pa, 2002. Disponível no endereço eletrônico: http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/terceira_idade_melhor_fase_vida.pdf
VECCHIA, R.D.; RUIZ, T.; BOCCHI, S. C. M.; CORRENTE, J. E. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Ver. Bras. Epidemiol: FAPESP, Distrito de Rubião Júnior, s/n, Botucatu-SP, 2005. Disponível no endereço eletrônico: http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v8n3/06.pdf
LONGEVIDADE. Como viver mais e melhor. Medicina. A ciência da vida longa. VEJA, São Paulo, Edição Especial, nº 2121, 15 jul. 2009. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/150709/ciencia-da-vida-longa-p-068.shtml>Acesso em: 08/jul/2012.
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Lei de Organização da Assistência Social - LOAS, alterada em seu Art. 20, pela Lei nº 12.435 de 2011. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm> Acesso em:12/jul./2012.
BRASIL. Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Publicada no Diário Oficial da União de 3 de outubro de 2003.Disponível em:<www.planalto.gov.br/>Acesso em:12/jul./2012.
_______. Ministério da Previdência e Assistência Social. Regime Geral de Previdência Social: consolidação da legislação. Brasília: MPAS; SPS, 2002. 573 p. (Coleção Previdência Social, Série Legislação; v.15). Disponível em: 
<http://www.previdencia.gov.br/arquivos/office/3_081014-111358-244.pdf.> Acesso em: 9jul. 2012.