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Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda 15/04/2017 Propedêutica 1 INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA E TROMBOSE VENOSA PROFUNDA Ø Sistema Venoso Periférico • Constituído por capilares venosos, vênulas e veias de pequeno, médio e grande calibre • Os capilares venosos são continuação direta dos capilares arteriais e se confluem para formar as vênulas • As vênulas juntam-‐se formando as veias, que vão aumentando de calibre à medida que se aproximam das veias cavas até chegar ao coração • As veias de pequeno e médio calibre distribuem-‐se superficial e profundamente em relação ao plano apneurótico • As veias de grande calibre são profundas • O sistema venoso superficial e o profundo se comunicam através das veias perfurantes Nem sempre a insuficiência venosa crônica está associada à trombose venosa profunda. O paciente com insuficiência venosa crônica tem mais risco de desenvolver trombose em função da estase, mas várias outras condições podem levar à trombose sem o paciente ter insuficiência venosa crônica. O principal alvo da trombose venosa profunda e da insuficiência venosa crônica é o membro inferior, sendo que raramente isso ocorre nos membros superiores em função do sentido do fluxo do coração, já que é o membro inferior que tem que funcionar contra a gravidade. a) Sistema Venoso Superficial dos Membros Inferiores • Composição: safena magna, safena parva e suas tributárias • Possuem parede muscular relativamente espessa e são responsáveis por cerca de 10% do retorno venoso • Localizam-‐se acima da fáscia profunda da perna e da coxa e no interior do tecido celular subcutânea, se iniciam no pé b) Sistema Venoso Profundo dos Membros Inferiores • Composição: tibial anterior, tibial posterior, peroneal, poplítea, femoral superficial, e ilíacas. Acompanham as grandes artérias. • Localizam-‐se abaixo da fáscia profunda da perna e da coxa • São de paredes menos espessas e possuem menos tecido muscular e drenam cerca de 90% do sangue . c) Veias Perfurantes ou Comunicantes • Valvas bicúspides mantém o fluxo no sentido central – a presença das valvas é essencial para manter o fluxo unidirecional em direção ao coração e evitar que ocorra estase ou refluxo do sangue venoso As válvulas se abrem quando a pressão na parte inferior da válvula é maior que a pressão na parte superior, empurrando o sangue para cima, em direção ao coração. Eventualmente, a pressão na parte superior da válvula fica maior que a pressão na parte inferior e, nesse momentos, é necessário que as válvulas se fechem para evitar regurgitação. Ø Fisiologia • Função: reservatório e condução do sangue da periferia para o átrio direito • A função armazenadora está relacionada com a grande capacidade de distensão, e que aumenta com o aumento da pressão venosa. ¾ da volemia total – capacitância, distensibilidade ou complacência dos vasos venosos. • A função de condução é responsável pelo fluxo sanguíneo que chega ao coração direito – retorno venoso • O retorno venoso depende de vários fatores: ü Vis a tergo (pré-‐capilar): pressão residual da sístole de VE transmitida aos capilares venosos e vênulas (15mmHg) por meio das artérias ü Vis a fronte (pós-‐capilar): pressão no AD (pressão venosa central), sucção cardíaca sobre as veias (nos momentos em que o coração distende e puxa o sangue para dentro da cavidade cardíaca), pressão negativa intratorácica e a pressão positiva intratorácica. Sendo que quando a pressão intratorácica é positiva, há uma tendência a empurrar o sangue para cima desde que as válvulas presentes nas veias não permitam o refluxo. ü Bomba muscular: “coração” periférico de Barrow – bombeia as veias ü Válvulas venosas ü Batimentos arteriais: compressão das veias satélites – as artérias batem próximas da parede das veias e, com isso, ajudam a impulsionar o sangue para frente ü Volemia ü Gradiente de pressão venosa periférica e central Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda15/04/2017 Propedêutica 2 Ø Insuficiência Venosa Crônica • Incapacidade da veia em conduzir o fluxo sanguíneo no sentido do coração • Veias permanentemente dilatadas com alterações de suas paredes e válvulas A insuficiência venosa ocorre quando há um desequilíbrio por doença das paredes das veias e/ou incompetência das válvulas, fazendo com que haja refluxo do sangue no sentido contrário, dilatação, sobrecarga das veias do sistema venoso superficial etc. Essa sobrecarga das veias do sistema venoso superficial faz com que sejam observadas varizes nesses pacientes. a) Fisiopatologia das manifestações • Aumento da pressão venosa atinge vênulas e capilares, impedindo o fluxo • Baixo fluxo nos capilares causa liberação de leucócitos • Leucócitos liberam enzimas proteolíticas e radicais livres, que causam dano da membrana basal capilar, o que altera ainda mais a permeabilidade e deixa extravasar proteínas • Proteínas plasmáticas (principalmente fibrinogênio) penetram nos tecidos vizinhos, formando uma bainha de fibrina • Fibrina intersticial e edema resultante da estase diminuem a liberação de oxigênio aos tecidos podendo levar à hipóxia local • Inflamação e perda tecidual resultante • Migração de hemácias para o interstício (em função do aumento da permeabilidade) > fagocitose por macrófagos > depósito de hemossiderina na camada basal da derme (explica a lesão hipercrômica que pode aparecer nos doentes com insuficiência venosa crônica) Várias manifestações aparecem com o decorrer da insuficiência venosa como a dilatação das veias, alterações cutâneas, edema, ulceração etc. e os mecanismos que explicam essas manifestações são os listados acima. Vale ressaltar que nas doenças arteriais, o marco é a isquemia, enquanto na insuficiência venosa pode haver isquemia em consequência desses fatores citados, mas não com a mesma intensidade e gravidade da isquemia da insuficiência arterial. O esquema ao lado mostra que independente da causa, sendo ela primária, secundária ou congênita, ocorre uma mistura de dilatação das veias com disfunção das válvulas, acarretando em insuficiência venosa crônica que pode ou não ter alguns sintomas, dilatação de veias, desde pequenas telangectasias até Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda 15/04/2017 Propedêutica 3 cordões varicosos enormes e, no paciente que tem trombose venosa, pode haver síndrome pós trombótica e pode apresentar edema, úlcera de estase e alterações dérmicas. b) Insuficiência Venosa Crônica Primária • Defeito da estrutura e função das valvas além de fragilidade intrínseca das paredes venosas, elevando a pressão intraluminal (dentro dos vasos) • Ocorre 2-‐3 vezes mais em mulheres do que nos homens • Hereditariedade • Profissão • Defeito do tecido conjuntivo • Obesidade • Gestação • Cirurgias prévias de varizes – a retirada de um vaso sobrecarrega aqueles vasos que permanecem, podendo agravar a insuficiência venosa • Anticoncepcionais • Fumo A insuficiência venosa primária acomete mais mulheres que homens e é muito comum que a causa seja hereditária, sendo observadas várias gerações de mulheres com varizes e, muitas, com úlcera crônica. Além disso, outros fatores também influenciam muito no desenvolvimento da insuficiência venosa, como profissões que obrigam a pessoa a ficar muitas horas em pé, uma vez que isso prejudica o retorno venoso, defeitos do tecido conjuntivo, obesidade etc.. Para classificar a insuficiência venosa, é utilizada a classificação CEAP, em que é avaliada a manifestação clínica do paciente, avaliando se este é sintomático ou assintomático e quais são os sintomas que aparecem, se há vasos visíveis, edema, ulceração etc.. Além disso, observa-‐se se tem como estabelecer uma etiologia, se é primária, secundária (pós-‐trombótica), hereditária. É também avaliada a anatomia, para tentar estabelecer qual o sistema que está mais comprometido, o sistema venoso superficial, o profundo ou as comunicantes. Por último, é avaliada a fisiopatologia, que sempre tem relação com obstrução ou com refluxo. Sendo que o refluxo é o que acontece na insuficiência venosa de causa primária e a obstrução é a que acontece na insuficiência venosa de causa secundária, ou seja, naquela que acontece secundariamente à trombose venosa profunda. c)Sinais e Sintomas • Dor: vaga (sensação de peso nas pernas), nos membros inferiores, que piora com a posição ereta prolongada e melhora com a elevação da perna • Telangectasias e vasos reticulares • Varizes – vasos tortuosos e extremamente dilatados Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda 15/04/2017 Propedêutica 4 • Edema: frio, mole, indolor, vespertino (piora ao longo do dia), localizado (não é generalizado, ocorrendo no local onde houver mais insuficiência venosa, ou seja, no local onde há maior aumento da pressão hidrostática capilar), e uni ou bilateral (dependendo da localização e da intensidade da doença). Início na região perimaleolar, alívio com o repouso. – o edema ocorre em função de alteração da pressão hidrostática dentro do vaso, fazendo com que haja extravasamento do líquido. • Alterações na pele: pigmentação, eczema (dermatite de estase), lipodermatoesclerose e atrofia branca. Outras: eritema, celulite recorrente, dermatofibrose (aspecto de “gargalo de garrafa”), hemorragia e hiperidrose – essas alterações dérmicas tem relação com o extravasamento de leucócitos, pela ação de proteínas, fibrina, depósito de hemosiderina (aspecto escurecido como se o paciente estivesse com uma meia escura, como na imagem ao lado) etc.. Na região em que há alteração da permeabilidade e extravasamento com fibrose e hemosiderina, a pele perde a capacidade de distender e ficar edemaciada, então, apesar da insuficiência venosa, muitas vezes o paciente não desenvolve edema nessa área e a perna fica mais grossa na região mais superior, com aspecto de “gargalo de garrafa”. • Úlcera venosa: a localização mais comum é medialmente no tornozelo e perna, pouco acima do maléolo medial – diferentemente da úlcera arterial, que é mais externa, a úlcera venosa tende a ser na parte mais medial da perna. Além disso, a úlcera arterial é muito bem delimitada, como se alguém tivesse cortado suas margens com o bisturi, já a úlcera venosa não tem as bordas bem delimitadas. Como a úlcera venosa não tem a gravidade da isquemia da lesão arterial, a necrose na insuficiência venosa é mais superficial e, por isso, a úlcera é “rasa”, pegando praticamente apenas a pele. Outra característica importante é que a úlcera arterial é muito dolorosa enquanto a úlcera venosa quase não dói, ou dói muito pouco. d) Manobras Especiais no Exame Físico Existem algumas manobras realizadas no exame físico que têm o objetivo de identificar o local da insuficiência venosa, se é no sistema venoso profundo ou no superficial ou se é nas comunicantes. Entretanto, esses exames não são muito realizados uma vez que o exame de doppler venoso é mais eficiente. • Brodie-‐Trendelenburg modificada ü Paciente em decúbito dorsal/Elevação do membro ü Torniquete na raiz da coxa, abaixo da crossa da safena Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda 15/04/2017 Propedêutica 5 ü Paciente assume posição de pé ü Enchimento rápido das varizes (↓) = perfurantes insuficientes ü Retira-‐se o torniquete: Enchimento rápido das varizes (↓) = insuficiência da válvula ostil da safena interna ü Retira-‐se torniquete: Enchimento rápido das varizes (↑) = insuficiência de perfurantes • Manobra dos torniquetes múltiplos: para presença de perfurantes insuficientes ü Paciente em decúbito dorsal com membro elevado ü Torniquetes nos 1/3 superior, médio e inferior da coxa e nos 1/3 superior e médio da perna ü Paciente de pé • Manobra de Perthes ü Paciente de pé, torniquete no 1/3 médio da coxa ü Pede-‐se que o paciente caminhe ü Se as varizes esvaziam = sistema venoso profundo está pérvio ü Se as varizes não esvaziam e aumentam = sistema venoso profundo ocluído. • Manobras para avaliar trombose ü Homans ü Olowü Deneck-‐Payr Ø Trombose Venosa • Presença de trombo dentro de uma veia, causando obstrução parcial ou total do vaso, acompanhada de uma resposta inflamatória na parede vascular • Superficial – acomete o sistema venoso superficial e também é chamada de tromboflebite; não traz grandes consequências; pode acontecer em coletas de sangue e, por isso, quando o paciente realiza quimioterapia e dizemos que ele está “sem veia” é porque já ocorreram tantas pequenas tromboses superficiais que não há mais veia para acesso venoso porque a veia fibrosa e fica inacessível. A repercussão da trombose venosa superficial é muito pequena uma vez que os vasos superficiais carreiam uma quantidade de sangue muito pequena. Algumas vezes, a tromboflebite pode levar a uma inflamação local e o paciente apresentar febrícula. • Profunda – acomete o sistema venoso profundo • Inicialmente, o trombo compõe-‐se de plaquetas e fibrina • As hemácias tornam-‐se entremeadas de fibrina, e o trombo vai crescendo e tende a se propagar em direção ao fluxo sanguíneo e ele pode se desprender e formar um êmbolo, que vai parar dentro do coração e cair na artéria pulmonar, que é o grande problema da trombose venosa profunda. • A resposta inflamatória na parede vascular pode ser mínima ou caracterizada por infiltração de granulócitos, perda do endotélio e edema a) Fisiopatologia • Tríade de Virchow ü Lesão endotelial: ativação da cascata da coagulação – trauma vascular ü Estase sanguínea: alteração fluxo laminar; depósito de hemácias, leucócitos, plaquetas local; aumento dos fatores da coagulação; aumento do ADP local; inibição dos fatores da anticoagulação; leva à hipóxia tecidual; culmina com a formação do trombo ü Hipercoagulabilidade: aumento dos fatores de coagulação (trombofilias hereditárias) Quando ocorre um desequilíbrio em um desses três fatores, o paciente fica mais suscetível à formação de trombos e, assim, pode desenvolver trombose venosa profunda. Quando o paciente tem insuficiência venosa crônica, ele tem mais facilidade de desenvolver trombose porque ele tem estase. Além disso, pessoas restritas ao leito também têm estase sanguínea e, assim, mais propensão a desenvolver trombose, tendo ou não insuficiência venosa crônica. Outro fator que compõe a tríade de Virchow é a lesão endotelial que acontece, principalmente, em função Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda 15/04/2017 Propedêutica 6 de trauma vascular e é por isso que é comum pacientes no pós-‐operatório apresentarem trombose venosa profunda. O terceiro fator da tríade é a hipercoagulabilidade que pode ser gerada em função de trombofilias hereditárias, por exemplo. Então, quando qualquer um dos componentes da tríade de Virchow está alterado, há uma propensão à formação da trombose venosa profunda, que se inicia com a formação de um trombo pequeno que vai aglutinando cada vez mais hemácias e vai crescendo no sentido do fluxo e uma parte dele pode desprender e cair na circulação como um êmbolo. b) Causas • Inúmeras condições clínicas podem ser responsáveis por estase sanguínea, dano endotelial ou hipercoagulabilidade. • Intervenção cirúrgica, traumatismos – dano endotelial • Neoplasias – hipercoagulabilidade • Infecções • Trombofilias hereditárias, trombocitose • Gravidez • Tabagismo • Uso de anticoncepcional • Dislipidemias • Desidratação, choque • Insuficiência cardíaca – torna o paciente acamado na fase descompensada e reduz a velocidade do fluxo, gerando congestão e estase • DPOC – hematócrito alto, tornando o sangue viscoso em função da hipoxemia crônica • Doenças autoimunes – podem formar-‐se anticorpos que aumentam a coagulação c) Sintomas • Dependem da localização da trombose e/ou do desprendimento de fragmentos do trombo • Muitas vezes é oculta e se resolve espontaneamente sem complicação • Por outro lado, 300.000 mortes por ano ocorrem nos USA por embolia pulmonar (EP) maciça decorrente de TVP • Indeterminados: febrícula, taquicardia, taquipneia e mal-‐estar • Localizados: dor, edema, alteração de temperatura e da cor da pele (avermelhada e quente) e ingurgitação das veias superficiais • Phlegmasia alba dolens: trombose da veia ilíaca e/ou femoral (trombose alta) ü Edema desde a raiz da coxa, dor, coloração esbranquiçadada pele e aumento da temperatura do membro afetado • Phlegmasia cerulea dolens: trombose profunda e superficial, com bloqueio quase total do retorno venoso ü Edema intenso a partir da raiz da coxa, cianose, diminuição da temperatura, flictenas e áreas de necrose • Tromboembólica: fragmentos do trombo se desprendem e vão se alojar no pulmão = embolia pulmonar ü Os sintomas pulmonares juntam-‐se às manifestações gerais e locais ü Dor pleurítica, dispneia, tosse, escarro hemoptóico, taquicardia, taquipneia, cianose, agitação (hipóxia aguda), sudorese, insuficiência ventricular direita aguda e choque, morte súbita Os sintomas vão depender do local onde ocorreu a trombose porque se for nas veias ilíacas, por exemplos, muitas vezes não há sintomas, e se for nas veias da coxa e da panturrilha, há sintomas locais, e, além disso, vai depender também se houve ou não desprendimento do trombo e o tamanho do mesmo. Os sintomas podem ser indeterminados ou localizados, que ocorrem no local da trombose. Dentre os sintomas localizados, pode haver ingurgitação das veias superficiais porque quando o trombo obstrui um sistema venoso, as outras veias ficam sobrecarregadas e isso é uma insuficiência venosa secundária à trombose venosa profunda. Quando o trombo se desprende, ele chega à veia cava, ao átrio direito, ao ventrículo direito e, daí, chega à artéria pulmonar, onde impacta em um segmento da artéria em que ele não consegue passar mais. Então, se o êmbolo for pequeno, ele fica impactado nas Insuficiência Venosa Crônica e Trombose Venosa Profunda 15/04/2017 Propedêutica 7 artérias mais periféricas e a repercussão é menor, mas se o êmbolo for grande, ele pode impactar, inclusive, no tronco da artéria pulmonar e isso pode levar, até mesmo, à morte súbita ou à sobrecarga ventricular direita aguda (cor pulmonale aguda). Quando o êmbolo tem um tamanho médio, ele pode obstruir uma artéria intermediária, como uma artéria lobar, e levar a um infarto pulmonar correspondente ao segmento irrigado pela artéria que foi entupida e se esse segmento pulmonar infartado for muito próximo da pleura, pode ocorrer derrame pleural e, com isso, vai apresentar sintomas tanto do infarto quanto do comprometimento pleural. d) Manobras Especiais no Exame Físico • Sinal de Homans: dorsiflexão forçada do pé: positiva se apresentar dor na panturrilha – porque esse movimento estira a musculatura da panturrilha e, com isso, comprime o vaso profundo trombosado, gerando dor • Sinal de Olow: dor à compressão da panturrilha contra o plano ósseo, como na imagem ao lado. • Sinal de Bancroft: dor à compressão em garra • Sinal da bandeira: panturrilha empastada (consistência alterada, sem mobilidade) • Sinal de Denecke-‐Payr: compressão com o polegar da planta do pé contra o plano ósseo. Dor = trombose profunda das veias do pé e) Síndrome Pós-‐trombótica • Hipertensão venosa crônica; aumento da pressão distal; dilatação das veias; insuficiência valvar e das perfurantes • Inversão do fluxo (profundo para superficial); elevação da pressão e dilatação das veias superficiais • Recanalização das veias ocluídas; destruição das válvulas; inversão do fluxo; perturbação do funcionamento da bomba venosa • Aparecimento das mesmas complicações da insuficiência venosa crônica, porém de maior intensidade Quando a trombose causa uma obstrução venosa importante, gera hipertensão venosa crônica, com aumento da pressão distal ao local da obstrução, dilatação das veias, insuficiência das válvulas e das perfurantes. Pode haver recanalização das veias ocluídas e refazer o fluxo, mas como a trombose causa lesão da parede e destruição das válvulas, mesmo recanalizando, pode não voltar ao funcionamento normal porque ficam sequelas dessa destruição e o paciente passa a ter insuficiência venosa crônica pós-‐trombose, gerando as mesmas complicações apresentadas pelo paciente com insuficiência venosa crônica primária.
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