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12 - APG - Insuficiência Venosa - S7P1

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@SOFIIALACERDA 1 
 
 
 
Sofia Lacerda 
APG – S7P1 
Objetivos: 
 
1 - Explicar a fisiopatologia da 
insuficiência venosa 
2- Compreender as manifestações 
clinicas da IV 
3- Elencar as complicações da IV 
4- Estudar os exames diagnósticos da IV 
5- Descrever os tratamentos da IV 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
O termo insuficiência venosa se refere ao 
efeito fisiopatológico da hipertensão venosa 
persistente sobre a estrutura e a função do 
sistema venoso dos membros inferiores. 
 
 
As veias possuem válvulas que, 
juntamente com a contração da musculatura 
esquelética da perna, direcionam o fluxo 
sanguíneo de distal para proximal e do 
compartimento profundo para o 
compartimento superficial. 
Os dois principais determinantes do 
fluxo venoso são as válvulas e a bomba venosa. 
As válvulas venosas são geralmente 
bicúspides e se apresentam em maior 
quantidade a medida que a pressão hidrostática 
aumenta, ou seja, nas regiões mais distais. 
A finalidade é justamente superar os 
efeitos da gravidade quando os indivíduos se 
mantém em posição supina. 
Ao promover um fluxo unidirecional a 
partir do fechamento passivo das suas valvas, as 
válvulas impedem que o sangue flua na direção 
oposta e, portanto, facilitam o seu retorno ao 
coração. 
A bomba venosa se refere a contração 
dos músculos da perna, que direciona o sangue 
para regiões proximais a partir do aumento da 
pressão subfascial em relação a pressão 
hidrostática das veias. A eficácia da bomba vai 
depender de uma contração muscular adequada 
e de valvas competentes. 
 Assim, quando há uma função 
inadequada da bomba muscular, válvulas 
venosas incompetentes ou obstrução do fluxo 
venoso (secundária a trombose ou estenose 
venosa não trombótica, por exemplo), o 
paciente pode desenvolver um aumento da 
pressão venosa. 
Quando essa pressão alcança valores 
entre 60 a 90 mmHg, ou seja, 3x acima dos 
valores considerados normais, temos a chamada 
hipertensão venosa. A hipertensão venosa 
sustentada, com o tempo, é capaz de promover 
alterações anatômicas, fisiológicas e 
histológicas que estão associadas a insuficiência 
venosa crônica. 
O aumento de pressão é transmitido de 
forma retrógrada para o sistema venoso 
superficial, levando a um enfraquecimento da 
parede venosa, resultando em uma dilatação 
anormal das veias na forma de telangiectasias ou 
varizes. 
Além disso, pode ser transmitido 
diretamente para o sistema capilar superficial. O 
refluxo aumenta a pressão hidrostática na veia, 
resultando na perda de líquido para o terceiro 
espaço e consequentemente leva a formação de 
edema. Ademais, a hipertensão venosa estimula 
a liberação de células inflamatórias na parede da 
veia e nas válvulas, induzindo uma resposta 
inflamatória local. 
 
 
Insuficiência Venosa 
 
 
 
@SOFIIALACERDA 2 
 
 
 
Sofia Lacerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE 
 
❤ Multifatorial 
❤ Aumento da pressão venosa hidrostática (p. 
ex., na permanência em pé por longos períodos) 
❤ Insuficiência das válvulas nas veias 
❤ Obstruções venosas profundas (p. ex., TVP) 
❤ Diminuição da função das bombas 
musculares esqueléticas 
❤ Processos inflamatórios 
❤ Disfunção endotelial 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
❤ A insuficiência venosa leva à congestão 
tecidual, ao edema e, finalmente, ao 
comprometimento da nutrição dos tecidos. 
❤ O edema é exacerbado pela 
permanência prolongada em pé. 
❤ Pode ocorrer necrose dos depósitos de 
gordura subcutânea, seguida de atrofia cutânea, 
sendo ainda comum a presença de uma 
pigmentação marrom na pele, causada pelos 
depósitos de hemossiderina que resultam da 
degradação de hemácias. 
❤ Pode haver insuficiência linfática 
secundária, com esclerose progressiva dos 
vasos linfáticos decorrente do aumento da 
demanda por remoção do líquido intersticial. 
❤ Pessoas com insuficiência venosa de 
longa duração também podem apresentar 
enrijecimento da articulação do tornozelo, além 
de perda de massa e de força muscular. 
❤ Na insuficiência venosa avançada, o 
comprometimento da nutrição tecidual causa 
dermatite por estase e desenvolvimento de 
úlceras por estase ou ulceração venosa. 
❤ A perna é particularmente propensa ao 
desenvolvimento de dermatite por estase e 
úlceras venosas. 
❤ A maior parte das lesões localiza-se 
medialmente, acima do tornozelo e na parte 
inferior da perna, com mais frequência logo 
acima do maléolo medial. 
❤ A causa mais comum de úlceras nas 
pernas é a insuficiência venosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dermatite por estase 
 
Úlcera varicosa 
 
 
 
@SOFIIALACERDA 3 
 
 
 
Sofia Lacerda 
 
 
 
❤ Tromboflebite superficial. 
❤ Trombose venosa profunda. 
❤ Dermatite ocre. 
❤ Lipodermatoesclerose. 
❤ Úlceras de estase: ao redor no maléolo 
medial, bordos irregulares, rasas, com base 
vermelha e exsudato serohemático ou 
seropurulento e pigmentação ao redor. Estas 
geralmente não são dolorosas, a não ser que haja 
infecção. 
Obs.: O termo trombose venosa, ou 
tromboflebite, descreve a presença de trombos 
em uma veia e a respectiva resposta inflamatória 
na parede vascular. Os trombos podem se 
desenvolver em veias superficiais ou profundas. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Anamnese: 
• Dor em peso, queimação ou desconforto 
nos membros inferiores (principalmente 
no final do dia) e pode estar associado a 
pruridos e câimbras; 
• Fator de piora: calor e períodos 
prologados em ortostatismo ou sentado; 
• Fator de melhora: repouso e elevação do 
membro inferior. 
EXAME FÍSICO: 
 
• Sempre deve ser realizado com boa 
iluminação, com o paciente em pé, após 
alguns minutos de ortostatismo: 
• Presença de veias varicosas. 
Normalmente o local inicial anatômico 
das veias varicosas é nas distribuições 
safenas magnas e parvas e suas 
tributárias no sistema superficial; 
• Edema perimaleolar: maior na perna 
sintomática. 
TESTES 
• Teste de Brodie-Trendelenburg; 
• Teste de Perthes; 
• Teste de Schwartz; 
• Manobra de Valsalva. 
 
Classificação de CEAP 
De acordo com a classificação conhecida 
como CEAP, as varizes podem ser 
classificadas clinicamente como: 
• C0 – Ausência de sinais de doença 
venosa; 
• C1 – Teleangiectasias e veias reticulares; 
• C2 – Veias varicosas; 
• C3 – Edema; 
• C4a – Pigmentação, eczema; 
• C4b – Dermatoesclerose ou atrofia 
branca; 
• C5 – Ulcera venosa cicatrizada; 
• C6 – Ulcera venosa aberta. 
EXAMES DE IMAGEM 
O doppler de ondas contínuas é o 
principal método de avaliação após o exame 
clínico, podendo detectar refluxo em junção 
Complicações da IV 
Diagnóstico da IV 
 
 
 
@SOFIIALACERDA 4 
 
 
 
Sofia Lacerda 
safeno-femoral ou safeno-poplítea e 
determinar a morfologia das alterações. 
A flebografia é o padrão ouro, mas é 
indicada somente quando os métodos não-
invasivos não forem decisivos para 
esclarecimento diagnóstico e/ou orientação de 
tratamento nas angiodisplasias venosas e na 
possibilidade de cirurgia do sistema venoso 
profundo. 
 
As telangiectasias e as veias reticulares 
são tratadas através da escleroterapia, que 
consiste na injeção de substâncias irritantes 
(esclerosantes) ao endotélio venoso. 
Já as veias varicosas são tratadas 
cirurgicamente, com a retirada das veias 
dilatadas e a interrupção dos pontos de refluxo 
através das safenectomias interna e externa e de 
eventual ligadura das veias perfurantes 
insuficientes. 
Os sintomas isolados que necessitam 
tratamento apresentam melhora clínica com o 
uso de medicamentos flebotômicos (melhoram 
o tônus das veias superficiais) e/ou compressão 
elástica, que são prescritos relacionando-se o 
grau de compressão da meia com a gravidade da 
doença varicosa. 
Para casos de teleangiectasias e veias 
reticulares, prescrevem-se meias elásticas de 10 
a 20 mmHg de compressão. Para casos de veias 
varicosas, usam-se meias de 20 a 30 mm Hg, e, 
para pacientes com complicações, usam-se 
meias de 30 a 40 mm Hg. 
 
 
 
 
 
Tratamento da IV

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