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Aula 1 - MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO CONCEPTO

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Jhenifer Barbosa 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO CONCEPTO 
O ovário e a placenta compõem a base da gestação. Até 12 a 16 semanas, a gestação é 
sustentada pelo ovário (a maioria dos livros indica 12 semanas, mas há literatura falando 16), 
até a 12ª semana o ovário vai transferindo a função para a placenta, que após esse período 
assume o controle total. 
Obs: quando há um cisto hemorrágico do ovário, por exemplo, deve-se fazer ooforectomia 
para evitar complicações (como abdome agudo) assim a paciente até a 12ª ou 14ª semana, 
que passar por ooforectomia, deve receber uma suplementação hormonal elevada para 
compensar o prejuízo hormonal da retirada do ovário, caso contrário, ocorrerá aborto. 
Após esse período de transição a placenta carrega a gestação e o folículo regride. 
Ciclo endometrial: possui uma correspondência com a função ovariana. À medida que existe 
proliferação endometrial há proliferação do folículo. O ponto de maior espessura do 
endométrio é o ponto que o corpo lúteo está pronto. 
A fecundação ocorre na trompa. Existe um amadurecimento ao ponto de chegar à fase de 
blastocisto na 1ª semana, quando pode ocorrer nidação. Por volta de 7 a 10 dias depois da 
fecundação, quando ocorre a nidação, pode-se dar o dx de gravidez por meio do beta-hCG. 
No primeiro dia há uma menstruação, no 14º dia há ovulação e após 7 a 10 dias há uma 
nidação, assim, após esses 7 a 10 dias pode-se fechar o dx de gravidez pela pesquisa do beta-
hCG, fazendo o dx sem que haja atraso menstrual. 
 
Ovário: 
 Ovulação 
 Corpo lúteo: 
o Estrogênio e progesterona: proliferação e amadurecimento de placenta e 
endométrio 
o Relaxina: realiza o relaxamento da musculatura uterina, além de alterações na 
estrutura óssea e articular, com seu relaxamento (acomoda as articulações 
para sustentação de eixo e abertura da base para o caminhar) 
Placenta: 
 Trocas: com a formação do leito placentário. 
 Existem mecanismos de regulação para: Nutrição, oxigenação, barreira, endócrina e 
imunológica. 
Menstruação Dia 1 Ovulação Dia 14 
•Nidação 
•Dx Beta-
hCG 
Após 7 a 
10 dias 
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a placenta.
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Nota
Hipotireoidismo --> pode diminuir a dose de levotiroxinanull nullHipertireoidismo --> aumentar a dosenullnullDosagem de TSH (rotina de pré-natal, a cada 3 meses)nullnullTSH normal: 5nullnullGravidez 1° trimestre: 2,5. null2° trimestre: 3null3° trimestre: 3nullAcima tá errado.
Marlon
Nota
Pré-eclâmpsia
Jhenifer Barbosa 
O hCG se eleva muito no 1º trimestre, decai e se mantém 
positivo nos outros 2 trimestres. Estrogênio e progesterona 
se elevam até o momento do parto (após o parto, devido ao 
aumento da prolactina, ocorre secura vaginal, alopecia, pele 
seca, falta de libido – isso acaba quando a paciente parar de 
amamentar) 
Função placentária: 
 Nutrição: administrar metabolismo de glicose (única 
fonte energética neurológica utilizada pelo feto), 
absorção de proteínas, ácidos graxos e íons (esses 3 
formam toda a fonte estrutural do feto). Apenas os 
nutrientes vão para o feto, assim, com uma 
alimentação não balanceada a mãe pode ganhar muito peso e mesmo assim o feto 
ficar desnutrido. Existe aumento da resistência à ação periférica da insulina (é 
desencadeada pelo ACTH) para sobrar glicose para o feto, isso pode causar diabetes 
gestacional (a placenta cria processo de absorção e armazenamento de glicose). 
 Produção de gonadotrofina (hCG) 
 Produção de estrogênio e progesterona – proliferação e amadurecimento placentário, 
tecidual, mamário. A progesterona causa relaxamento da musculatura uterina. 
o Estrogênio: proliferação endométrio e miométrio, vasos e ductos lactíferos. 
 Equilíbrio hidroeletrolítico: aumenta a absorção de íons e água 
 Desenvolvimento placentário 
 Proliferação e diferenciação celular do feto 
o Progesterona: equilíbrio hidroeletrolítico 
 Estimula o centro respiratório cerebral: a gestante perde área de 
expansão pulmonar, não conseguindo realizar respiração profunda, 
assim, aumenta a frequência respiratória 
 Sonolência, termorregulação, apetite em excesso 
 Relaxa (músculo liso, ligamentos, conjuntivo) para suportar o 
crescimento do útero, abdome, mama, volume circulatório 
 Inibição de parto 
 Hormônio lactogênico placentário (HLP): proliferação da mama para produção de leite. 
o Lipólise 
o Altera o metabolismo de glicose (aumento da resistência periférica a ação da 
insulina-RPI) 
o Aumento da síntese de proteínas 
o Atua na nutrição e desenvolvimento fetal 
o Estimulo do desenvolvimento mamário 
 TRH (TRF) – hormônio liberador de tireotrofina 
 ACTH (lipólise, glicose, insulina, GH) – hormônio corticotrófico – estimulo da adrenal: 
aumenta absorção de glicose, regula produção de insulina, produção de hormônio de 
crescimento, aumentar a lipólise. 
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Nota
Progesterona bloqueia o receptor de ocitocina.nullInsuficiência placentárianullnull22-37 semanas --> parto prematuro
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Difusão facilitada --> glicosenullnullSentido mãe --> feto
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Nota
Fazer dieta, insulina, hipoglicemiante oral nullnullFeto com problemas metabólicos -- pode morrer
Jhenifer Barbosa 
 Aldosterona – retém sódio e água. A hemodinâmica da gestação aumenta em 30 a 
40% o volume celular e em 50% o volume circulatório. A gravida é vasodilatada para 
aumentar absorção e troca e facilitar a chegada dos nutrientes ao feto (as gestantes 
são hipotensas por causa da vasodilatação). Gestantes tem retardo do transito 
intestinal para o aumento da absorção de nutrientes e água. 
 Relaxina: sustenta o relaxamento pélvico. 
No útero existem receptores de oxitocina. A oxitocina faz a contratilidade uterina, ela existe na 
gravidez inteira (estando sempre disponível para estimular o receptor e causar a contração do 
útero e o parto). A progesteronabloqueia o receptor de oxitocina. No final da gravidez, cai o 
nível de progesterona e os receptores são ativados. Em algumas complicações graves da 
gravidez, a concentração de progesterona é baixa e o receptor de oxitocina é estimulado 
precocemente, causando o parto prematuro. 
 Imunológica: é uma função protetora que pode complicar (pré-eclampsia, síndrome 
hipertensiva gestacional) – o tecido placentário tem em sua metade a genética alheia, 
isso pode gerar divergência imunológica que pode causar agressividade mútua e até 
pré eclampsia. A resposta a infecção aguda é elevada, já a resposta a tecidos estranhos 
está reduzida. 
o Reduz: células que podem causar rejeição do tecido estranho 
 Linfócitos B1 
 Linfócitos T 
 CD4 e CD5 
 IgG 
 Células NK 
o Aumenta: mecanismos de proteção imediata 
 IgM 
 IgA 
 T-CD8 supressor 
o IgG: transferida pela placenta, por isso, vacina-se as gestantes 
o IgA e IgM: não são transferidas pela placenta, porém são transferidas ao feto 
pelo colostro (o feto recebe proteção para resposta imediata as doenças) 
- Embrião: 
Em um embrião com 5 semanas (3 semanas após fecundação) há atraso menstrual. Nesse 
período a gestação é determinável ultrassonograficamente. 
 
Uma gestação está concluída com 40 semanas. O cálculo de idade gestacional pelo USG é feito 
com base em calendário lunar, no qual o mês tem apenas 28 dias. Por exemplo, uma paciente 
 Menstruação Dia 1 Ovulação Dia 14 
•Nidação 
•Dx Beta-
hCG 
Após 7 a 
10 dias 
Atraso 
menstrual 
Após 2 
semanas 
Dx por 
USG 
Após 1 
semana 
Fecundação 
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Grávida não sente frio
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Grávida é imunomodulada.
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Coleta de líquido amniótico para PCR (infecção)
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8 semanas a partir da fecundação.nullnullIdade gestacional: a partir da última menstruação (10 semanas).
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Nota
40 semanas de gestação- convenção
Jhenifer Barbosa 
com 16 semanas tem 3 meses e 2 semanas pelo calendário normal e 4 meses pelo calendário 
lunar. 
No momento do dx de gestação (feto com 5 semanas): 
 Atraso menstrual 
 Saco gestacional com 1cm de diâmetro 
 Sangramento no sitio de implantação – sangramentos discretos 
 Notocórdio e tubo neural 
 Mesoderma 
 Pericárdio – pleura – peritônio 
 USG com BCE (batimentos cardio-embrionários) 
O cálculo da idade gestacional pelo USG tem a menor margem de erro entre 8 a 12 semanas 
de gestação, assim, em pacientes que desconhecem a DUM, calcula-se a DPP na USG realizada 
nesse período. Quanto mais velha a USG maior a margem de erro, pois então a idade 
gestacional é passa a ser calculada estruturalmente. 
Obs: só é possível ouvir os batimentos fetais pelo SONAR após 12 semanas de gestação (em 
pacientes com sobrepeso apenas após a 16ª semana) 
 1º USG – 8 a 12 semanas (preferivelmente em 12 semanas) 
 16 semanas – sexo do feto 
 21 a 24 semanas de gestação – USG morfológica (verifica todas as vísceras do feto e 
anomalias estruturais) 
 28 a 29 semanas – desenvolvimento e oxigenação 
Liquido amniótico: 
 Proteção mecânica 
 Fatores de crescimento 
 Regulação de temperatura 
 Permite investigação de maturidade e vitalidade fetal 
 Permite favorecimento do parto (facilita a expulsão do feto e proteção do bebê 
durante o processo de trabalho de parto). Nas gestações de alto risco deve-se 
controlar o liquido amniótico. 
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Nota
BCE- antes de 10 semanas
Jhenifer Barbosa 
 
Calculo da DPP (data provável do parto): é calculada de acordo com a DUM. (soma 7 no dia da 
DUM e subtrai 3 meses) 
USG 5-11 semanas: 
 Embrião 
 Vesícula vitelina: função de nutrição, endócrina, metabólica, imunológica, excretora e 
hematopoiese. 
Observação: ovo anembrionário – saco gestacional vazio (embrião com falha de construção tão 
grande que se degenerou). 
USG 11-12 semanas: 
 Centro de ossificação 
 Dedos, unhas, pelos (não visualizado, porém já existe) 
 Genitália externa (pode ser visualizada, porém, a margem de erro é de 30%) 
 Movimentos fetais percebidos pela mãe 
 Vasos, cordão umbilical (2 artérias e 1 veia – caso falte algum vaso é feito 
ecocardiograma fetal posteriormente) 
 Translucência nucal (medida do edema na nuca, até 2,5mm é um valor normal, 
superior a esse valor pode haver anomalia genética (principalmente) ou cardiopatia 
fetal), osso nasal 
 Válvula tricúspide 
 Doppler de vasos uterinos (feito para verificar risco de insuficiência placentária) 
16 semanas: genitália definida 
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Nota
Centro de ossificação nasal- ausência indica anomalia congênita, como Down.
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Nota
sangue materno em 8 semanas já determina o sexo
Jhenifer Barbosa 
O sangue chega pela veia umbilical, passa para o fígado pelo sistema porta e é roubado para a 
veia cava pelo ducto venoso, permitindo levar o sangue para o coração. A dopplervelocimetria 
avalia o fluxo do ducto venoso, permitindo ver a condição cardíaca fetal. Existe o ducto 
arterioso que liga a aorta à a. pulmonar, quando o feto nasce, esse ducto colaba. 
24 semanas: morfologia, vísceras e rastreamento de diabetes (ambulatorial entre 24-28 
semanas). 
Quando há aumento da resistência à ação da insulina, ocorre aumento da glicemia e aumento 
da produção da insulina, porém, a mesma não consegue agir. 
A imagem em USG 4D dá uma imagem mais precisa e permite melhor avaliação de 
malformação fetal. É realizada a partir do momento da realização da USG morfológica. 
Paciente que já é diabética antes da gestação precisa de aumento da administração de insulina 
durante a gestação. 
O doppler é um recurso utilizado na gestação de alto risco para avaliar hipóxia fetal. 
 
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Nota
Inversãonullsangue venoso- rico em O2
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Nota
Grávida não pode usar anti-inflamatório- fecha o ducto arterioso

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