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Fisiopatologia e dietoterapia aula 1

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SDE0389- FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I 
Aula I: Introdução à Disciplina e Desnutrição Hospitalar 
AULA I: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Conteúdo
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
1. Introdução à Disciplina e Desnutrição Hospitalar
2. Avaliação do Estado Nutricional 
3. Avaliação do Estado Nutricional 
4. Modificações da Dieta Normal e Cálculo das Necessidades Nutricionais 
5. Terapia Nutricional Enteral 
6. Terapia Nutricional Enteral 
7. Terapia Nutricional Parenteral
8. Transtornos Alimentares
AULA I: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Conteúdo
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
9. Obesidade
10. Doenças do Esôfago
11. Doenças do Estômago
12. Cirurgias Gastroduodenais e Síndromes Pós-Operatórias
13. Doenças do Intestino Delgado
14. Doenças do Intestino Delgado
15. Doenças do Intestino Grosso 
16. Doenças do Intestino Grosso
AULA I: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Objetivo Geral
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Capacitar o estudante à análise, aplicação e avaliação dos fundamentos teóricos e práticos da
dietoterapia
AULA I: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Objetivos Específicos
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Classificar o estado nutricional do paciente a partir de dados objetivos e subjetivos
 Identificar os fatores fisiopatológicos que interferem na conduta dietoterápica
 Prescrever, planejar, analisar e avaliar dietas adequadas às necessidades nutricionais do
indivíduo enfermo
 Valorizar a integração com a equipe multiprofissional no tratamento clínico
 Proporcionar ao estudante vivência profissional através da observação das diversas áreas e
campos de atuação do nutricionista clínico
 Estimular o estudante na direção da pro atividade, autoaprendizagem e interesse contínuo na
sua formação e desenvolvimento profissional
AULA I: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Avaliação
Nome da disciplina
 Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3), sendo AV2 unificada, a partir de um
banco de questões proposto pelos professores da Estácio de todo o Brasil
 Cada AV contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização, incluindo as atividades
estruturadas
 Para aprovação na disciplina o aluno deverá ter tido um bom aproveitamento (média igual ou
superior a 6,0) e ter apresentado frequência= 75%
AULA I: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Atividades Estruturadas
Nome da disciplina
Metodologia Ativa
ATIVIDADES INDIVIDUAIS Piso salarial 2019: R$ 3.285,80
Atividade 1
Atuação do Nutricionista na Área Clínica
O aluno deverá acessar os sites do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e do Conselho Regional de Nutricionistas
(CRN) da sua área, para realizar uma busca detalhada sobre os campos de atuação do nutricionista clínico, tais como
assistência em hospitais, consultórios/ ambulatórios, domicílio, empresas de terapia nutricional, marketing clínico, dentre
outros e suas respectivas atribuições.
Atividade 2 
https://www.braspen.org/video-aulas-diga-nao-a-desnutricao
O aluno deverá assistir o vídeo “Diga não à Desnutrição”, iniciativa da BRASPEN, e atentar, para a prevalência e os 
problemas causados pela desnutrição hospitalar. Solicitar que observe através do método mnemônico os 11 passos no 
combate à desnutrição apartir do significado atribuído a cada letra. 
Definição
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
“É um estado mórbido secundário a uma
deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou
mais nutrientes essenciais, que se manifesta
clinicamente ou é detectado por meio de testes
bioquímicos, antropométricos, topográficos ou
fisiológico.”
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Jellife DB, 1966
Foto: Pinterest
Epidemiologia
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
• Características do Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Estudo transversal, multicêntrico, prospectivo
 25 hospitais em 12 estados do Brasil
 Rede pública hospitalar (SUS)
 4.000 pacientes: idade > 18 anos
 Análise de prontuário 
 Avaliação subjetiva global 
Waitzberg DL et al., 2001
Epidemiologia- epi= sobre; demio= povo; logos= estudo
Epidemiologia
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
• Dados em Prontuário (IBRANUTRI)
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Waitzberg DL et al., 2001
Epidemiologia
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
• Características do Estudo sobre a Prevalência de Desnutrição em mais de Meio Milhão de 
Pacientes
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Estudo observacional, transversal 
 564.063 pacientes: ≥18 anos 
 Mini Avaliação Nutricional (MAN) e Malnutrition Universal Screening Tool (MUST)
 Dos 419.086 pacientes rastreados pela MAN, 13,7% apresentaram risco para desnutrição e dos 
144.977 rastreados pela MUST, 14,9% apresentaram o mesmo risco
 Tempo de internação maior (6,8 dias; p< 0,001) e permanência hospitalar de 1,4 dias a mais 
entre os pacientes desnutridos 
Kruizenga H et al., 2016
Causas da Desnutrição e da Desnutrição Hospitalar 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Ingestão alimentar inadequada devido a falta de recursos financeiros
 Seleção inadequada (qualidade e quantidade) de alimentos
 Perda de dentes
Secundária (decorrente de uma falha fisiológica)
 Resultado de outras doenças que levam a redução da ingestão de alimentos
 Má-absorção intestinal de nutrientes
 Necessidades e/ou perdas aumentadas de nutrientes
Primária (referente a alimentação)
Waitzberg DL et al.,2009
Causas
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Terciária ou Iatrogênica (“alteração patológica provocada ao paciente por tratamento de 
qualquer tipo”)
 Dados antropométricos não mensurados
 Longos períodos a que o paciente é submetido a jejum proteico-energético
 Não percepção do aumento das demandas energéticas
 Não observação da ingestão alimentar
 Retardo na indicação da terapia nutricional
 Ausência de terapia nutricional pré ou pós operatória
 Alta rotatividade de pessoal e divisão de responsabilidades
Waitzberg DL et al.,2009
Inanição Aguda
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Resposta metabólica ao jejum agudo- alterações metabólicas- deflagradas pela hipoglicemia
 Exaustão do glicogênio hepático e muscular e, de glicose circulante (15h)
  insulina plasmática
 ↑ glucagon, cortisol e catecolaminas- estímulo para gliconeogênese hepática e renal (pp. aa 
gliconeogênicos- alanina e glutamina)
 Oxidação de ácidos graxos- fonte de energia
  gasto calórico- queda de 20 a 30% no consumo de oxigênio
Consequência: perda de peso na 1ª semana (de 2,2 a 4,5 Kg) 220g/dia 
Waitzberg DL et al.,2016
Inanição Crônica
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Resposta metabólica ao jejum prolongado- após as 1as 72h
 Mobilização de gorduras
 Redução da degradação de proteínas
 Se a gliconeogênese continuasse no mesmo ritmo tempo de sobrevida não
ultrapassaria 10 dias. Perda proteica de 30-50%= associada a mortalidade elevada
 Manutenção da inanição: gorduras- produção de corpos cetônicos cérebro
 Objetivo: poupar massa proteica corpórea
Waitzberg DL et al.,2016
Tipos de Desnutrição
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
Marasmo (Caquexia) - Desnutrição Crônica 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Resultado de alguma patologia (câncer, doença pulmonar crônica, síndrome da 
imunodeficiência humana)
 Catabolismo adiposo e muscular
 Letargia
 Fraqueza generalizada
 Perda de peso
 Responde ao tratamento nutricional
Atentarpara a SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO - durante a 1a semana de repleção nutricional
Waitzberg DL et al.,2016
Fonte: Clínica Médica, 2016
Tipos de Desnutrição
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
Kwashiokor (edema) - Desnutrição Aguda 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Carência proteica
 Edema nutricional, ascite
 Hepatomegalia
 Cabelo ralo, despigmentado com “sinal da bandeira”
 Hipoalbuminemia
 Diminuição de função imune
 Ligada a trauma e infecções (pacientes internados recebendo soluções glicosadas a 5% por 10 a 
15 dias)
Waitzberg DL et al.,2016
Fonte: Clínica Médica, 2016
Tipos de Desnutrição
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
Proteico-Calórica Mista
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Forma combinada de marasmo e de kwashiokor
 Ex.: paciente marasmático submetido a estresse agudo (trauma cirúrgico ou infecção)
Waitzberg DL et al.,2016
Orientações da ESPEN sobre Definições e Terminologia de Nutrição Clínica
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Cederholm T et al.,2017
Fisiologia e Resposta Adaptativa
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 A desnutrição energético-proteica (síndrome de deficiência nutricional) desenvolve-se
gradualmente, permitindo uma série de ajustes metabólicos e comportamentais que
resultam em demandas diminuídas de nutrientes e um equilíbrio nutricional compatível
com um nível mais baixo de disponibilidade celular
 As rupturas metabólicas podem derivar de um déficit grave de nutrientes, complicações
(infecção), ou tratamento inadequado (administração abrupta de grandes quantidades de
energia ou proteína na dieta)
Torun & Chew, 2003
Alterações Endócrinas
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Contribuem para manutenção da homeostase energética através do aumento dos níveis de
glucagon, hormônio do crescimento, catecolaminas e glicocorticoides, associado a diminuição da
insulina, somatomedina e hormônios tireoidianos
Resultado:
↑ glicólise e lipólise
↑ mobilização de aminoácidos
 Preservação inicial das proteínas viscerais através da decomposição aumentada de proteínas
musculares
↓ armazenamento de glicogênio, gorduras e proteínas Torun & Chew, 2003
Alterações Hematológicas e no Transporte de Oxigênio
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Redução das concentrações de hemoglobina e de hemácias, relacionado às necessidades
teciduais de oxigênio. A massa corporal magra reduzida e a menor atividade física também baixam
as demandas de oxigênio. O início do tratamento nutricional reverte esse quadro
Resultado:
 A ingestão insuficiente de proteína, ferro, ácido fólico e vitamina B12 leva a diminuição da
atividade hematopoiética
 Pode ocorrer anemia funcional com hipóxia tecidual
Torun & Chew, 2003
Alterações Cardiovasculares e Renais
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
O coração e o rim perdem massa progressivamente durante a evolução de um estado
carencial proteico-calórico
Resultado:
↓ débito cardíaco
↓ frequência cardíaca
↓ pressão arterial
 Alteração dos reflexos cardiovasculares levando a hipotensão postural e a ↓ do retorno venoso
↓ fluxo sanguíneo renal e da TFG em consequência da ↓débito cardíaco
TGF- taxa de filtração glomerular
Torun & Chew, 2003
Alterações Respiratórias
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Atrofia da musculatura acessória e do diafragma, comprometendo as trocas gasosas e a força
muscular, o que diminui a resposta ventilatória a hipóxia e a hipercapnia
Resultado:
 ↓ desempenho respiratório ao esforço
 Ocorrência de insuficiência respiratória aguda
 Dificuldade de interromper a ventilação artificial
 ↑ suscetibilidade a infecções pulmonares
Torun & Chew, 2003
Alterações do Aparelho Digestório
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
O trato gastrointestinal e o pâncreas atrofiam
Resultado:
 Absorção intestinal prejudicada de lipídios e dissacarídeos, e uma taxa diminuída de absorção
de glicose ocorrem na deficiência grave de proteínas
 ↓ da produção de secreções gástrica, pancreática e biliar
 A hipocloridria, a hipomotilidade intestinal e a deficiência imunológica (↓IgA secretora) leva a
supercrescimento bacteriano no intestino delgado
IgA - imunoglobulina A
Torun & Chew, 2003
Alterações do Sistema Nervoso
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Diminuição do crescimento cerebral, da mielinização nervosa, da produção de
neurotransmissores e da velocidade de condução dos estímulos nervosos
Resultado:
 As implicações funcionais a longo prazo ainda não foram claramente demonstradas
Torun & Chew, 2003
Alterações do Sistema Imune
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Os tecidos linfoides atrofiam e as principais alterações observadas parecem envolver os
linfócitos T e o sistema complemento
Resultado:
 Maior predisposição a infecções e a complicações graves de doenças infecciosas
 Morbidade e mortalidade
Torun & Chew, 2003
Alterações da Cicatrização
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Efeito deletério na cicatrização e regeneração tecidual
Resultado:
 ↓ da atividade fibroblástica
 Retardo e ineficiência na cicatrização
 ↓ da resistência das suturas
 Retardo e ineficiência na consolidação das anastomoses
Torun & Chew, 2003
Alterações da Composição Corporal
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Perda de proteína corporal total
Resultado:
 Maiores índices de complicações pós-operatórias e maior tempo de internação
Torun & Chew, 2003
Consequências
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Maior vulnerabilidade a quadros 
infecciosos
 Redução na cicatrização de feridas
 Hipoproteinemia (edema)
 Fraqueza muscular
 Redução na força tênsil nas suturas
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Aumento da morbidade
 Aumento da mortalidade
 Hospitalização prolongada
 Custos elevados
 Convalescência prolongada
Waitzberg DL et al.,2009
Complicações
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
No Brasil, o IBRANUTRI evidenciou que pacientes desnutridos apresentaram incidência de
complicações significativamente aumentada quando comparados com os nutridos (27% versus
16,8%). O tempo de internação hospitalar foi maior no grupo de pacientes desnutridos (16,7
dias versus 10,1 dias) e a mortalidade também foi superior em pacientes desnutridos (12,4%
versus 4,7%).
Waitzberg DL et al.,2001
Considerações Finais
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Mais de 15 anos após o estudo, IBRANUTRI, a desnutrição no âmbito hospitalar continua
alarmante
 DESNUTRIDOS apresentam risco aumentado de:
 complicações
 reinternação em unidade de terapia intensiva
 mortalidade
Bibliografia Complementar 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
 Mahan, L. Kathleen; Escott-Stump, Sylvia. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Capítulo: 14 (págs.: 383-410).
 Shils, Maurice E.; Olson, James A.; Shike, Moshe; Ross, A. Catharine; Caballero, Benjamin.
Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 2 ed. Rio de Janeiro: Manole, 2009. Capítulo: 48
(págs.: 781-801).
 Waitzberg, Dan L. Nutrição Oral, Enterale Parenteral na Prática Clínica. 2 volumes Rio de
Janeiro: Atheneu, 2009.
 Martins MA, Carrilho FJ, Alves VAF, et al. Clínica Médica, volume 4: doenças do aparelho
digestivo, nutrição e doenças nutricionais. São Paulo: Manole, 2016. Cap.: 3 (págs.: 635- 651).
Assuntos da próxima aula:
1. Inquéritos Dietéticos
2. Nutritional Risk Screening (NRS 2002)
3. Avaliação da Composição Corporal
4. Cálculo do Peso
Caso Clínico
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
CJM, gênero masculino, 43 anos, chegou ao hospital transferido de uma cidade pequena, em virtude de
grave deterioração do estado geral. A história pregressa refere que, há três semanas, devido a um acidente
automobilístico, o paciente sofreu múltiplas fraturas de costelas e membros superiores, hematoma retro
peritoneal, ruptura de baço e múltiplas lacerações intestinais. O paciente foi submetido a uma laparotomia
exploradora de emergência, com esplenectomia e ressecção de 100 cm de íleo terminal, com anastomose
termino-terminal primária. O paciente evoluiu com distensão abdominal e íleo paralítico. Ao exame físico de
admissão encontra-se em estupor, toxêmico, com desidratação grave, taquipneico e febril. À palpação do abdome
observa-se distensão, dor à descompressão súbita e ausência de ruídos peristálticos. A sonda nasogástrica está
em posição correta e drena líquido de estase. A ausculta pulmonar revela estertores subcrepitantes na base
direita. A esposa refere uma evidente perda de peso desde o dia do acidente. Sinais vitais: PA (90 x 60 mmHg), FC
(120 bpm), FR (40rpm). Optou-se inicialmente pela colocação de um cateter venoso central para expansão do
volume circulatório de recuperação hemodinâmica. A radiografia do tórax revelou extensa consolidação com
derrame pleural na base pulmonar direita e confirmou a posição da ponta do cateter na veia cava superior. O
exame de US abdominal mostrou uma grande coleção heterogênea no espaço subfrênico direito.
Caso Clínico
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
AULA I: DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
A) CJM, apresenta elevado risco nutricional devido ao hipercatabolismo secundário ao
trauma e ao íleo paralítico prolongado. Essas condições podem levar à desnutrição. Quais são as
principais causas da incidência aproximada de 50% de desnutrição em pacientes hospitalizados?
B) CJM, evoluiu com pneumonia e abcesso subfrênico. Essas complicações infecciosas
podem indicar uma maior suscetibilidade a infecções por imunodepressão e desnutrição. Cite
outras consequências da desnutrição.

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