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___________________________________________________________________________ 01/08/2018 →Falência - 1ª fase: punir o devedor - Na Roma antiga o devedor podia perder a família (era penhorada para servir como escravos)- Direito Quiritário: expropriação, prisão, escravidão e morte. - Pretor Rutilio Rufo (embrião da falência moderna): devedor sem culpa e devedor com culpa - Lex Poetelia Papiria - devedor sem culpa não pode responder com o seu corpo as dívidas - Lex Julia Bonorum - qualquer devedor, inclusive o devedor com culpa - Fallere ou faliti: faltar (cometer uma falta dolosamente- fraudar) - Falência era considerada um crime - Pena: banimento à morte - Banque en route: banco quebrado, prática dos credores do falido de quebrar a cadeira que o devedor usava para negociar - Bancarrota, Lei de quebras, Bankruptcy - 2ª fase: proteger os credores - Submissão do processo ao Estado-juiz - qualquer credor prejudicado deveria procurar o Estado - Isonomia de tratamento aos credores - deveriam ser tratados de forma isonômica, caso decretada a falência, deveria-se promover o concurso de credores para concorrerem pelos bens do devedor (par conditio creditorum) - quadros gerais de credores - Moratória (prazo): concordata - prazo e desconto (recuperação - qualquer fórmula) lei 11.101- art 50º - direito conferido aos comerciantes de uma vez ficando insolvente, teria direito a pedir moratória e ganhar um prazo, além de prazo, a concordata estabelece desconto para o pagamento da dívida, para sair da crise - 3ª fase: preservar a empresa - 1942 - Itália (Asquini) - No Brasil - Lei 11.101/2005: formalização do sistema moderno que visa preservar a empresa ___________________________________________________________________________ 03/08/2018 →Contexto jurídico da falência - Direito privado (“doença e remédio”): inadimplemento (processo de execução); insolvência ou crise patrimonial (processo de insolvência civil, processo de falência e recuperação e processo de intervenção e liquidação extrajudicial- órgão do poder executivo) - insolvência: quadro de dívidas o qual o devedor não está conseguindo arcar Insolvência Civil Falência e Recuperação Intervenção e Liquidação Extrajudicial devedor comum »residual« empresário: individual, EIRELI e sociedade empresária empresários especiais (art. 2º, lei 11.101/2005) art. 748 e ss, CPC/73 art. 1052, CPC/2015 LEI 11.101/2005 objeto do estudo da matéria diversas leis: ex. LEI 6024/74 patrimônio inferior às dívidas 15 hipóteses legais de caracterização da falência; enquadramento do sujeito juízo de conveniência e oportunidade critério matemático e econômico critério jurídico e típico critério discricionário; decisão política estado de fato estado de direito estado de poder ___________________________________________________________________________ 08/08/2018 LEI 11.101/2005 →Disposições comuns à falência e recuperação (crise patrimonial) - Art. 1º - Objeto: - Recuperação extrajudicial: funciona como um acordo entre credores e devedor empresário, homologado pelo juiz. Acordo que pode ser: - Consensual - Majoritário: art. 163- assinado por mais de ⅗ dos credores de cada categoria. - Recuperação judicial: acordo entre credores e devedor empresário, mediado pelo juiz. Devedor empresário em crise, que supõe que se procurar diretamente o seus credores para uma negociação, vai arrumar um embaraço, assim optando por pedir ao juiz e que em um ambiente neutro apresente sua proposta. A recuperação judicial vai alcançar todos os credores, com a exceção dos tributários. - O que se quer é evitar a expropriação por meio de ações e execuções - Recuperação judicial especial: é destinada a Microempresa e Empresa de pequeno porte (direito tributário). Facultativamente esse sujeito pode optar pela recuperação judicial especial - Acordo entre credores e devedor empresário, com plano de recuperação judicial especial já definido em lei. Parcelamento do crédito em até 36x, correção monetária (SELIC) e carência de até 180 dias para começar a pagar. - Pode ser proposto também o desconto (lei complementar 147/2014) - Pode ser convolada em falência se os credores se reunirem e deliberarem pela falência - Falência: processo de execução coletiva contra o devedor empresário em crise econômico-financeira. - crise econômico-financeira: enquadramento em uma das 15 hipóteses legais ___________________________________________________________________________ 10/08/2018 - Sujeito: - Na recuperação judicial - Polo ativo: - art. 48- empresário que tenha registro a mais de 2 anos no mercado (empresário individual, EIRELI ou sociedade empresário) - Inventariante, herdeiros e o cônjuge (do empresário falecido) como se fosse o próprio - Sócios - Acionistas - Polo passivo: não há réu. Este processo só tem autor, todo credor é um interessado. - Na falência: - Polo ativo: art. 97 - Empresário (E.I, EIRELI, S.E) art. 105/107- autofalência - Inventariante, herdeiros e o cônjuge (do empresário falecido) podem pedir a falência da atividade empresarial - Sócios e acionistas - Qualquer credor pode pedir falência (a princípio o grande interessado a pedir falência, pois ele é o mais prejudicado)- salvo o credor fiscal (o Estado não teria legitimidade ativa pelo crédito tributário) - Administrador judicial (da recuperação judicial, onde ele é fiscal), fazer papel de acompanhamento para que a recuperação judicial não seja usada para prejudicar os credores, pedindo imediatamente a falência para evitar que o mal se perpetue - Polo passivo: - Empresário (E.I, EIRELI e a S.E), com ou sem registro - Espólio do devedor empresário, até 1 ano após a morte - Ex-empresário pode falir até 2 anos após o encerramento ou a baixa (o que ocorrer por último) - Sócios de responsabilidade ilimitada também podem falir (art. 81), deverão ser citados na falência para também responderem- Litisconsórcio passivo - Sócios em nome coletivo, todos respondem ilimitadamente - Sócios comanditados, respondem ilimitadamente por força do contrato - Sócios “em comum” - Art. 82: ação de responsabilidade contra os sócios de responsabilidade limitada (não irão falir, mas poderão responder uma ação de responsabilização) - Cotista da limitada - Acionista da SA - Comanditado ___________________________________________________________________________ 15/08/2018 Lei 11.101/2005 →Art. 2º - Empresários não alcançados - I- Não podem falir pois pertencem ao Estado - Empresas públicas - 100% do Estado - Sociedades de economia mista - O Estado é proprietário da maior parte das ações ordinárias, com direito a voto - II- Atividades monetárias, extrema confiança, sensíveis a notícias, risco sistêmico e interesse público no equilíbrio econômico - Cooperativa de crédito - Consórcio - Capitalização - Plano de saúde - Previdência privada - Seguradoras - Instituições financeiras →Submetem-se à intervenção ou liquidação extrajudicial - Não será possível promover a liquidação se: - Houver início da prática de atos de falência (art. 34, III) - Atos temerários. Obrigatoriamente ele fica impedido de liquidar se encontrar estes problemas citados no inciso - O ativo não for suficiente para pagamento de 50% do passivo quirografário, no mínimo - Se ele vender todo o ativo, ele não vai conseguir valor suficiente para pagar o passivo quirografário →Art. 197 - Enquanto não houver Lei especial tratando desses empresários não-liquidáveis, aplica-se esta lei. Volta para o juiz. →Art. 3º - Competência » nãoé do juiz federal (art. 109, I, CF) - Cível: juiz estadual da vara cível (ou especializada) do local onde estiver o principal estabelecimento da empresa - Se a sede for no exterior: a principal filial no Brasil - Onde está a administração (cérebro) - Principal atividade (coração) - Sede estatutária (cartório) - Maior volume de bens (bolso) - Criminal: juiz criminal do lugar onde foi. Em outras palavras, é só descobrir onde é o Cível - Decretada a falência - Concedida a recuperação judicial - Homologada a recuperação extrajudicial ___________________________________________________________________________ 17/08/2018 Lei 11.101/2005 →Art. 4º: participação do ministério público (vetado) - Todas as ações do interesse do devedor - 1994- PLC (aprovado) - 2004- Senado- alterações - caput do art. 4º- o MP participará dos processos de falência e recuperação judicial onde haja a prática de crimes falimentares ou indício de fraude - 2004- Câmara - manteve algumas alterações. Recuperação judicial ou outras - Em razão do veto, não há previsão geral de atuação - Há 1º participações específicas do MP - STJ- participação do MP - Se o MP é intimado, ele poderá recorrer - A partir de então, terá que participar de todos os demais atos - Na falência: intimado da sentença que decreta a falência (99, XIII) - Na recuperação judicial: intimado da decisão que defere o processamento da recuperação judicial →Art. 5º: créditos ilegítimos - Não podem ser cobrados do falido e do devedor em recuperação judicial enquanto durar o processo - I-Obrigações gratuitas - se o devedor é fiador, se é avalista, devedor solidário - II- Despesas para estar em juízo, salvo custas de litígio contra a massa/devedor ___________________________________________________________________________ 22/08/2018 →Art. 6º da Lei: Suspensões - Da prescrição (o que se perde com a prescrição é a pretensão, não poder buscar no judiciário um comando para que o direito seja exercido) - Os titulares dos créditos só poderão exercitar seus direitos após o encerramento do processo coletivo, isso se o direito não for satisfeito no processo coletivo - Na recuperação judicial: desde a decisão que defere o processamento da recuperação judicial, até a sentença de encerramento - Tem que aguardar o que vai acontecer na recuperação, a pessoa não está agindo porque não pode, ou seja, a prescrição não pode correr contra ela - Na falência: desde a sentença que decreta até a que encerra - Das execuções: - Na falência: suspende as execuções para impor a todos os credores a participação do processo de execução coletiva. (desde a decretação até o encerramento) - transitada em julgado, volta a correr o prazo de prescrição. Se ele achar algum bem depois, ele recebe. - Na recuperação judicial: RESP 1699528- MG = por 180 dias corridos. Para permitir ao devedor a apresentação, aprovação e cumprimento do plano de recuperação judicial - STJ: excepcionalmente prorrogável, se o prazo estourou sem culpa do devedor - Das ações - Na recuperação judicial: por 180 dias corridos. Para permitir ao devedor a apresentação, aprovação e cumprimento do plano de recuperação judicial - Na falência: se suspendem para possibilitar que o falido seja substituído pelo administrador judicial (art. 76, pu) ___________________________________________________________________________ 24/08/2018 →Caracterização da falência - Voluntária: autofalência (105/07): requerida pelo próprio devedor empresário - Decretação da falência - Indeferimento da petição inicial - Incidental: Convolação da recuperação judicial em falência (art. 73 e 72, pu) - Por deliberação da assembléia geral de credores, a qualquer tempo - O devedor empresário coloca o destino dele na mão dos credores quando pede recuperação. É direito subjetivo dos credores decretar a falência. - Perda do prazo de apresentação do plano de recuperação judicial - Pela rejeição do plano de recuperação judicial. Pela assembléia geral de credores - Pelo descumprimento do processo de recuperação judicial. Dentro dos 2 anos da recuperação judicial - Pela deliberação da assembléia geral de credores na recuperação judicial especial para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte - O devedor não pode dizer que não aceita o plano, pois está previsto na lei. Mas ele pode preferir a falência ___________________________________________________________________________ 29/08/2018 - Litigiosa: art. 94 da lei 11.0101/2005 - 9 hipóteses - Impontualidade - O que é necessário para que a falência seja decretada com base na impontualidade: - título executivo, cujo valor supere 40 salários mínimos. Posso juntar mais de 1 título - protestado (especial). - Protesto: informação de que o devedor não pagou a dívida. Não prescreve, não elimina a informação. A vida inteira vai ficar com o nome protestado. Quando paga a dívida a informação sai dali. - Súmula 361 do STJ- a notificação do protesto feita pelo cartório deve identificar quem foi a pessoa que recebeu a notificação. Torna mais rigoroso a observância do requisito. A falência é algo muito sério. - Falência com base na execução frustrada - Título executivo (de qualquer valor) - No lugar de já executar ele tenta usar um método mais suave - Certidão de execução frustrada - Tríplice omissão do devedor executado: - o devedor citado ou intimado a pagar não paga/deposita/nomeia bens suficientes à penhora - Fica evidente que esta pessoa está quebrada - Atos temerários (art. 7 da lei)- 7 atos de falência - Cite-se - Precede a liquidação precipitada dos bens - Atos que fazem presumir que aquele devedor está falido - Diante das hipóteses para pedir a falência do devedor empresário é necessário que credor que pede a falência não tenha recebido o pagamento no tempo pactuado? Não é necessário na hipótese do inc. 3, mas nos inc. 1 e 2 sim. →Defesa do empreśario que está em recuperação - 10 dias - Juiz verifica se o pedido atende os requisitos dos arts. 48 e 51 - Pedido de recuperação judicial (art. 95): deferido o processamento da recuperação judicial, o pedido de falência é tido por inexistência - Se a falência tem por base a impontualidade, a defesa está limitada ao art. 96, I - Nas demais hipóteses (94, II e III), ampla defesa - Depósito elisivo: depósito feito pelo devedor empresário buscando afastar a falência. Tem fundamento no art. 98, pu e Súmula 29, STJ - art. 94, I, II e III- jurisprudência - Principal + Juros + Correção monetária + Honorários advocatícios - Autofalência/Convolação em falência - Pedido art. 94, I/defesa/inst. - II e III - 10 dias - Pedido de recuperação judicial - Defesa limitada (96) - Ampla defesa - Depósito elisivo - Preliminar - Pré-falimentar - Investigativa - Decretada (99) - Processo de execução coletiva - Sentença de encerramento ___________________________________________________________________________ 31/08/2018 - Sentença - Denega a falência (101): nas condições daquele processo, não é possível decretar a falência do devedor. Não impede que um novo pedido seja feito, mudando o fundamento. ___ autofalência e convolação de recuperação em falência - Dolo do autor: condená-lo ao pagamento de perdas e danos, valor a ser liquidado por arbitramento - Ação de caráter dúplice: não interessa quem ajuizou, a decisão final pode beneficiar tanto o autor quanto o réu. - Por culpa do autor: por meio de ação própria poderá ser buscado o dano. Não é de ofício que o juiz condena - Pedido de falência causar prejuízo a terceiros: por meio de ação própria poderá ser buscado o dano - Não faz coisa julgada“material”: se uma sentença fixa alimentos para que um pai pague para o filho 20% da sua remuneração, uma pensão mensal, essa sentença não faz coisa julgada material. Caso esse sujeito perca o emprego, o valor dos alimentos ia ser 0, não ia mais ter como pagar. Portanto pode haver uma ação para revisar. A sentença vai se adequar a situação. - Caso fundada em depósito elisivo, o pedido será julgado procedente, mas a falência será denegada para permitir o levantamento do depósito elisivo pelo autor. - Apelação (100) - Decreta (99) - Constitutiva: opera efeitos ex nunc (dela em diante) - Os atos praticados até a véspera da sentença, são atos válidos, após a decretação, os atos serão nulos. - Decisão interlocutória mista - Soma decisão e sentença, quando olha pro efeito desse ato, é típico de decisão (venham todos os credores), quando olha pro conteúdo, típico de falência. Olhando para trás ela diz, está falido. Olhando para frente, esse ato está dizendo “inicie-se a execução coletiva. - Agravo “por instrumento”: porque a sentença que decreta a falência na verdade tem natureza de decisão interlocutória mista. - Sentença januária ou janeira (ato bifronte): ato que opera sob 2 aspectos. Esse ato falimentar é bifronte porque tem uma fronte olhando para o passado (está falido) e para o futuro (inicie-se a execução coletiva). Por que é chamada de januária ou janeira: justamente por esse duplo olhar. (Deus Janus) ___________________________________________________________________________ 05/09/2018 - Decretada a falência litigiosa - Processo de execução coletivo - Sentença de encerramento da falência - Acabou, não tem mais massa falida subjetiva. Todos os credores receberam. Massa falida objetiva: toda vendida e não dá para pagar todo mundo →Uma vez decretada a falência, formam-se 2 massas - Massa falida objetiva: bens - Finalidade do administrador judicial: identificar, arrecadar e vender o ativo para pagar o passivo - Massa falida subjetiva: credores - Sentença constitutiva: efeitos ex nunc - 2 lapsos temporais deverão ser fixados para o passado - Termo legal da falência - art. 99, II - A lei diz que o juiz vai usar um termo a quo (data da distribuição) mais até 90 dias antes (retroativos) - Com base no art. 99, I- impontualidade. É dessa data que conta-se os 90 dias - Período suspeito da falência - São os 2 anos que antecedem a falência. Fixado pela lei automaticamente quando o juiz colocar data na sentença que decreta a falência. - Na lei aparece “desde 2 anos antes da decretação da falência” - É possível a prática de fraude - Atos revogáveis: art. 130- Ação revocatória: anula os atos - Rito comum: instrução para provar a fraude e ampla defesa para mostrar que não praticou a fraude - Juízo falimentar: ação corre no mesmo lugar que corre a da falência - Administrador judicial, credor e MP - Propositura até 3 anos após a decretação da falência - Art 129, Atos ineficazes: diferentemente da ação revocatória, a fraude é presumida. Segundo o artigo, para que sejam ineficazes os atos previstos nos incisos I, II e III eles têm que ter ocorrido dentro do período do termo legal (lapso temporal dentro do qual serão considerados ineficazes alguns atos previstos no art. 129) o sujeito vai ter que devolver o dinheiro para a massa falida subjetiva e entrar como credor. Nos incisos IV e V durante o período suspeito. - Declaração da ineficácia: - Alegada em defesa - Petição nos autos (incidentalmente) - Ação própria (inespecífica) - às vezes é difícil provar que o fato aconteceu - De ofício pelo juiz ___________________________________________________________________________ 12/09/2018 - Efeitos ex nunc quanto: - Administrador Judicial - art. 484 - Massa Falida Objetiva (bens) - Massa Falida Subjetiva (credores) - À pessoa do falido: - Inabilitação cível: uma vez decretada a falência, perde o falido o direito de exercer atividade empresarial (art. 102) - Seja na condição de sócio - Administrador - Conselheiro - A inabilitação perdurará até a sentença de extinção das obrigações (só pode ser proferida junto ou após a sentença de encerramento), só é proferida a pedido do devedor. A inabilitação não terá caráter perpétuo. - Fundamentos para sentença de extinção das obrigações: - Fundamento matemático: o devedor consegue pagar todas as suas obrigações. Pagamento de 100% dos créditos - Pagamento de mais de 50% dos créditos quirografários, depois de alienado todo o ativo (art. 158, II) - 5 anos após o encerramento, se não foi cometido crime falimentar - 10 anos após o encerramento se foi cometido crime falimentar - Inabilitação criminal: art. 181 da lei - O juiz poderá aplicar na hora da condenação por crime falimentar a pena acessória “fundamentada” - A inabilitação dura até 5 anos após a extinção da pena ou até a reabilitação criminal (art. 94, CP) - 2 anos após cumprimento da pena - Boa conduta - Ressarcimento à vítima - Perda da capacidade de disposição patrimonial (incapacidade de fato relativa), decretada a falência, não pode mais o falido dispor de seus bens - implicará nulidade desse ato - Restrição à legitimidade processual (ações de interesse da massa) - Possibilidade de dissolução da sociedade empresária; Somente se um dos sócios requerê-la - Diversas obrigações do artigo 104 - Pena: desobediência - Se o falido deixar de cumprir alguma das obrigações, após intimado pelo juiz a fazê-lo, responderá por crime de desobediência ___________________________________________________________________________ 14/09/2018 - Aos bens do falido: - Lacração do estabelecimento ou continuação da atividade - Caso credor tenha que receber esse valor, ele vai receber de acordo com o artigo 150 da lei. Despesas necessárias para a administração da massa falida. - Credor prioritário (créditos prioritários) - Arrecadação de todos os bens do falido - Apreensão de todos os bens do falido para o pagamento de todas as suas dívidas. - Não serão arrecadados os bens impenhoráveis e também os bens inalienáveis. Aquilo que é impenhorável no processo civil normal, não pode ser arrecadado na falência, com exceção dos instrumentos de trabalho do devedor, porque na falência o devedor não vai poder continuar exercendo a atividade. - Serão arrecadados inclusive bens penhorados em outros processos e bens de qualquer outra forma apreendidos. Dinheiro resultante da venda. - Venda antecipada dos bens: perecíveis, deterioráveis, de difícil ou custosa conservação - Uma coisa é vender funcionando, outra coisa é vender depois de 6 meses parada. Quanto mais demorar, mais clientela perde. - Suspensão do direito de retenção - Bem entra para a massa objetiva - Credor entra para a massa subjetiva - Arrecadação dos bens do falido em outras sociedades: art. 1030, caput e pu (exclusão de pleno direito) - Liquidação da quota do sócio - Falência do sócio - Extinção do condomínio - Falido não pode ser condômino de ninguém - A parte do falido entra para a massa falida (isso se tiver domínio divisível) - Se o bem é indivisível, pela alienação do bem. E o percentual da massa vai pra massa. - Aluguel ou outras formas de remuneração dos bens do falido ___________________________________________________________________________ 19/09/2018 - Às obrigações do falido - Vencimento antecipado de todas as dívidas do falido, salvo - Obrigação condicionada: porque não tem eficácia enquanto não ocorrer a condição. - Obrigação garantida por devedor solidário: 1º- na obrigação solidária há a salvaguarda; 2º para tirar a tensão da obrigação; 3º - se determinoo vencimento antecipado lança sobre o devedor solidário, não se mostra razoável. - Obrigações bilaterais: se na hora da falência tenho um contrato bilateral, devedor empresário tem que fazer algo pelo contratante e vice versa, a lei diz que o adm judicial vai decidir se vai ou não cumprir o contrato bilateral. Eventual vencimento antecipado dependerá da decisão do adm. judicial, se ele falar que não vai cumprir, pode vencer antecipadamente. - Conversão das dívidas em moeda estrangeira para a nacional pelo câmbio do dia da decretação - Sujeição de todos os credores ao juízo falimentar (torna o juízo falimentar um juízo universal da falência) - Absoluta: quando me refiro aos pagamentos - para processar, verificar e pagar os credores do falido - Relativa: se me refiro à competência para julgamentos - o juízo falimentar não julgará - ações já iniciadas- vai continuar tramitando na vara que estava; - ações em que o falido seja autor ou litisconsorte ativo; - reclamações trabalhistas - ações tributárias - demandas ilíquidas - Suspensão da cobrança de juros: decretada a falência, dali para frente é sem juros. A massa falida não paga juros (porque numa falência dificilmente terei recurso suficiente para pagar todos os credores), salvo - debêntures - crédito com garantia real (se essa garantia for suficiente para pagamento da dívida) - se houver patrimônio suficiente para pagar todas as dívidas. - Suspensão da prescrição (6º) - Suspensão das ações e execuções (6º): sai falido, entra o administrador judicial e a ação volta a correr na vara que estava - Decretação da falência dos sócios de responsabilidade ilimitada - Vai ter sócio falido que o patrimônio vai cobrir todas as dívidas e ainda vai sobrar dinheiro, ou o contrário. Credores dos outros sócios que não tem patrimônio não podem pegar do patrimônio do sócio que tem. Falência é da sociedade, não vai haver solidariedade das dívidas pessoais. - Propositura de ação de responsabilização contra os sócios de responsabilidade limitada - Sócio de responsabilidade limitada não fale. Quem está falido é a pessoa jurídica. - Ação que visa demonstrar se houve responsabilidade pessoal dos sócios pela quebra da sociedade, se houve culpa. - Compensação das dívidas do falido vencidas antes da decretação - Suspensão do direito de retirada - Os demais sócios tem que aceitar a saída e fazer o cálculo de quanto é devido para ele; - Sócio dissidente da deliberação da maioria, tem o direito de deixar a sociedade levando consigo o seu quinhão da sociedade (líquido). Aguardar a falência para depois deixar a sociedade. - Suspensão de inventário - Sucessor do morto até o dia da partilha dos bens - Espólio: reúne bens + créditos + dívidas = monte sucessório ___________________________________________________________________________ 26/09/2018 - Aos contratos: - Unilaterais (apenas uma das partes está obrigada a fazer algo pela outra- prestação no contrato- nascem bilaterais e se desenvolvem unilaterais) - Falido credor: cumpre-se - Falido devedor: Se o falido é o devedor no contrato unilateral, se o falido pagar o valor devido, esse dinheiro sai da massa e não traz nada de volta, não vai aumentar nada o crédito da massa. Não há benefício - O contrato não se cumpre, salvo se o cumprimento obtiver um desses efeitos a seguir e ainda houver anuência do comitê de credores - Se o cumprimento do contrato reduzir o passivo; - Evitar que o passivo aumente - Ou ainda se preservar o ativo - Bilaterais (são construídos para impor prestações recíprocas, nascem bilaterais, começam as execuções bilaterais, se tornam unilaterais e depois se extinguem) - EX: o devedor empresário comprou produtos de X e tem que pagar $, chegar na hora da decretação da falência, ele não pagou, nem X entregou os produtos. Esse contrato está bilateral. Se o empresário X já entregou os produtos e só o devedor não pagou, esse contrato está unilateral. - Decisão do administrador judicial: interpelação - O administrador pode ser interpelado para dizer se vai cumprir ou não. Tem 10 dias para responder. - Silêncio: não vai cumprir o contrato - Decisão da lei (a consequência já está legalmente estabelecida) - Sequência de situações - Direito de reter mercadoria em trânsito (art. 119): desde que a mercadoria não tenha sido vendida revendida. - EX: Se o credor vendeu 30 mil reais em mercadorias para o falido, mercadoria está a caminho, antes de ser entregue, o credor toma conhecimento da falência do devedor, não tendo esperança de que seja pago o devido dinheiro, calote iminente, diante disso, esse credor pode reter a mercadoria - Compra e venda de coisas compostas (aquela cuja utilidade/finalidade só se alcança com a conjugação de 2 ou mais partes) - Segunda a lei, o devedor deverá por disposição da massa a parte que estiver consigo e vem buscar perdas e danos. - EX: Credor vendeu 1000 liquidificadores para a massa, já entregou os 1000 copos e não entregou ainda as 1000 bases, não recebeu nada. Ele só recebe alguma coisa se entregar para o falido se entregar as 1000 bases e vai entrar na fila para receber da massa falida. - Coisa a prestação: o credor deverá habilitar o que pagou na massa falida subjetiva - EX: empresa de estoque que vende um fogão, a partir da 15ª parcela, o fogão será entregue, vai pagando antecipadamente o fogão. As prestações que ele já pagou, não pode pedir de volta. - Compra e venda com reserva de domínio, leasing e alienação fiduciária: se o devedor não paga, ele devolve o bem. O administrador judicial deverá entregar o bem. - Diferença de preço de coisa vendida a termo: coisa vendida agora com condições de cláusulas de agora para serem pagas no futuro. Apura-se a diferença contra ou em prol da massa - EX: vendedor vendendo 1000 kits a 400 reais (400000), o vendedor promete para o comprador esses kits a esse valor, o negócio está sendo feito no dia 15/03/2018, para ser cumprido daqui 1 ano, quando for 15/03/2019, o vendedor entrega 1000 por 400000, em 2019 cada uma dela está custando 500 reais. O vendedor garante o preço e o comprador paga o valor inicial. Se o vendedor faliu, na data do termo, ele teria que entregar 1000 kits por 400000, o comprador terá que pagar 500000, ele vai habilitar na massa falida os 100000. Se o comprador pagar menos, ele tem que entregar pra massa falida o restante. - Promessa de compra e venda de bens imóveis: aplica-se a lei própria - Contrato de locação: permanecerão em vigor, por suas próprias cláusulas - Garantia de compensação às instituições financeiras: os títulos recebíveis do falido passarão à IF débitos com ela. - Bem afetado não entra para a massa: destinado pelo contrário para uma finalidade. Enquanto durar a afetação, acabou a afetação, o bem entra para a massa - Cessa o contrato de “mandato”: salvo, o mandato “ad judicia” - Cessa o contrato de conta corrente: - Bancária: conta judicial da massa - Empresarial: apura-se o saldo contra ou a favor da massa - Cessam contratos de: (porque devedor não pode mais praticar disposição patrimonial) - Representação - Comissão - Agência, etc PRIMEIRA PROVA ATÉ AQUI ESTUDAR PARA A AMC Art. 47 ao 74 da LEI. ___________________________________________________________________________ 03/10/2018 →Habilitação de créditos (art. 7º ao 20 da lei 11.101): caminho que o credor tem que atravessar para sair da situação de pretenso credor para credor habilitado no quadro - Processo de verificação (de cada crédito que se queira incluído no quadro geral de credores): - Da existência: se o crédito existe, não basta provar o crédito, tem que provar a origem do crédito- Da legitimidade: tem que produzir efeito contra a massa falida; provar que o crédito dele pode ser cobrado - Do valor: definir - Da qualidade: saber em que categoria o credor está - Art. 83 da lei Quadro-geral de credores (8 categorias) - Na falência, esse rol não é apenas um elenco enumerativo, é ordinário (primeiro a receber, segundo em diante) » Crédito de acidente de trabalho » Crédito trabalhista (só até 150 salários mínimos) » Crédito com garantia real: até o limite do valor do bem gravado com a garantia (se o bem ultrapassar o valor do crédito, vai para o crédito quirografário) » Crédito fiscal: art. 189 CTN - União - Estados - Municípios » Crédito com privilégio especial (ME e EPP; normalmente é credor quirografário, mas a LC 147/2014 alterou dispositivos na falência) » Crédito com privilégio geral » Crédito sem garantia: quirografário (crédito de natureza residual; tudo que não foi mencionado do 5º para cima, é quirografário) » Multas: administrativas e contratuais (até mesmo condenado a pagar multa na esfera penal) - subquirografário » Crédito subordinado - Art. 7º: editais (para comunicar para todo mundo que o devedor faliu) - 1ª Relação de credores, ou seja, o edital vem dizendo quais são os credores do falido, nessa relação de credores adota-se o modelo do quadro-geral de credores. - Art. 99: decretada a falência- publica o edital dizendo “faliu o fulano” - Art. 52: deferimento processual da recuperação judicial (publicado este edital, dispara o prazo para habilitação de crédito) - Contar prazo de 15 dias para início da habilitação de crédito - Perda de prazo: credor retardatário - Terá 2 destinos dependendo do momento em que ele chega no processo - Pode chegar antes da homologação do quadro geral de credores; se chega antes, o pedido dele vai ser autuado em separado, como se fosse impugnação e vai seguir o rito - Se ele chegar após a homologação do quadro geral de credores, ele vai se utilizar de uma ação de retificação de quadro geral de credores - 5 consequências - Paga custas; - Deve pedir reserva de valor (evita que o sujeito perca o direito de receber); - Perde os rateios anteriores; - Perde a atualização do crédito devida entre o fim do prazo e o pedido de habilitação; - Não poderá votar em assembléia de credores enquanto não entrar no quadro geral de credores; salvo os créditos trabalhistas na recuperação judicial. - Divergências: discordâncias, vão atacar os itens do processo de verificação - Habilitações: credores que não estão na relação de credores - Tudo é encaminhado para o administrador judicial, que em 45 dias, publicará a 2ª relação de credores habilitados no edital - Dia, hora e local: livros, documentos, registros, habilitações e divergências (conferência, para ver se existe mesmo) - Publicado o edital, corre um prazo de 10 dias para eventuais impugnações (qualquer pessoa pode impugnar) - Havendo impugnação, autua-se em separado. Processo judicial, uma sentença para cada crédito impugnado. - Sem impugnações, juiz homologa a 2ª relação de credores como Quadro geral de credores sem nova publicação. _______________________________________________________________________________ 05/10/2018 - Havendo impugnação - Autua-se em separado; os impugnados vão passar pelo procedimento - Depois de publicado o edital: 3 prazos de 5 dias - 5 dias impugnado - 5 dias: devedor; comitê - 5 dias parecer do administrador judicial - Normalmente dá-se vista para o MP - Concluso os autos para o juiz; o juiz vai tomar 1 de 3 posturas - desafia agravo (qualquer interessado) - Já está sentenciando nas 2 primeiras hipóteses - Mandar incluir as incontroversas - Pode julgar aquelas provas suficientemente demonstradas - Pode sanear e instruir, inclusive há possibilidade de audiência; faz isso e em seguida sentencia. Determina reserva de valor. - Passado o prazo para agravo; transitam em julgado - Com o trânsito em julgado, o adm. judicial consolida o quadro geral de credores. - Juiz homologa o quadro geral de credores - Ação de retificação de quadro geral de credores: rito comum. É preciso pedir reserva de valor. __________________________________________________________________________________ 10/10/2018 →Órgãos da falência e da recuperação: art. 21 ao 46 da LEI 11.101/2005 - Necessários (obrigatórios): - Juiz: atribuições administrativas (poder discricionário) - Autorização para continuação do negócio - Escolha do administrador judicial (pessoa da confiança do juiz) - MP: - Titular da ação penal (Dominus litis) - Fiscal da aplicação da lei (Custus legis) - Substituto processual (atua como parte) - Pode propor ação de responsabilização contra o sócio de responsabilidade limitada (responsabilidade passiva da falência; não fale, mas pode ter contra si ação de responsabilização)- altera a massa falida objetiva - Pode propor ação revocatória; trazer pra massa bens que foram retirados mediante fraude - Pode apresentar impugnação à relação de credores (ação de retificação de quadro de credores) - Administrador judicial: qualquer pessoa (De preferência: advogado, administrador, economista, contador ou pessoa jurídica especializada) - Na falência: assume a direção - Na recuperação judicial: espécie de fiscal (co-piloto) - Atribuições: Art. 22 - I: comuns (tanto na falência quanto na recuperação) - II: atribuições na recuperação judicial; fiscalizatórias - III: na falência; administrativas (como se fosse o dono da empresa, administrando a empresa para colocar um ponto final digno) - Sanções: - Substituído: sai se justificável (remuneração proporcional) - Destituído: expulso - Sem remuneração - Não poderá ser administrador pelos próximos 5 anos - Terá que devolver o que já recebeu - Remuneração: até 5% (na ME e EPP: 2%) - LC 147/2014 - Na recuperação judicial: do valor dos créditos habilitados - Na falência: do valor dos bens arrecadados - Critérios: Art. 24 - Forças do patrimônio do devedor (juiz olha o tamanho do patrimônio do devedor) - Valor de mercado para aquele tipo de trabalho - Grau de complexidade ___________________________________________________________________________ 17/10/2018 →Órgãos da falência e da recuperação judicial (21 ao 46) - Facultativas: - Assembléia geral de credores: Órgão coletivo formado pela maior parte dos credores que compõem o QGC: atribuições (art. 35) - Plenário: maioria das decisões - vencedora (50% + R$ 0,01 dos créditos - per pecuniae) - Fragmentada: algumas decisões - Escolha do comitê de credores - Provocação de forma alternativa de alienação do ativo, na falência (145) - Apreciação das objeções do plano de recuperação judicial - 1ª categoria: CAT e CT > per capita - 2ª categoria: CGR > $ per pecuniae - 3ª categoria: CDE, ME e EPP (LC 147/2014) > per capita - 4ª categoria: CPE, CPG, CQ e CS > $ per pecuniae - Comitê de credores: Órgão de fiscalização e deliberação eleito pela assembléia geral de credores - Atribuições (27) - Não havendo comitê: o administrador judicial fará suas vezes, salvo se incompatível (o próprio administrador tiver que autorizar o comitê) neste caso, o juiz fará as vezes - Composição (26): 1ª hipótese de representante - 1 titular (trabalhista) + 2 suplentes; 2ª - 1 titular (garantia real e crédito especial) + 2 suplentes; 3ª - 1 titular (ME e EPP) + 2 suplentes; 4ª - 1 titular (credor com privilégio e credor quirografário) + 2 suplentes - Gestor judicial: pessoa escolhida pela assembléia geral de credores para substituir o devedor empresário na administração daempresa em recuperação judicial, nos casos de afastamento do devedor por algum dos motivos do art. 64. - Enquanto não escolhido o gestor, a empresa em recuperação será administrada pelo administrador judicial. ___________________________________________________________________________ 19/10/2018 →Massa falida objetiva: bens - Arrecadação (108) - Ação revocatória (130) - Atos ineficazes (129) - Sequestro/arresto - Ação de responsabilização (82) - Pedido de restituição - De bens (85) - De propriedade de terceiros - Possuídos por terceiros - Propriedade que decorre de cláusula contratual - O administrador judicial deve entregar o bem ao “banco” - Leasing - Alienação fiduciária - Reserva de domínio - De dinheiro (86) - Se o bem restituível não mais existe - Valor do contrato de adiantamento de câmbio - Consórcio - O consorciado, que teve a falência do sócio decretada, não vai entrar na fila. - INSS e IRRF descontado do empregado - Dinheiro do empregado, pagamento do trabalho - Súmula 147, STF - Restituição do dinheiro que está com o falido mas não é do falido - Embargos de terceiros (93) - Rito comum - Deve ser feita uma análise por parte do autor, do espaço que ele precisa, para a demonstração do seu direito __________________________________________________________________________________ 24/10/2018 - Massa falida objetiva alienável (140 a 145) - Formas de oferta à venda - Toda empresa em bloco - Filiais isoladamente - Estabelecimento completo - Bens isoladamente - Livres de quaisquer ônus/restrição - O mandado de transferência é título aquisitivo - O arrematante (adquirente) poderá manter os empregados (todavia os contratos serão considerados novos contratos) - O arrematante não sucede obrigações anteriores. Inclusive tributários e trabalhistas. (STF- quem compete para dizer se há ou não sucessão de crédito é o juiz da Vara falimentar) - Formas de venda: - Ordinárias: leilão (lances orais e eletrônicos); proposta fechada (envelopes lacrados); pregão (função de leilão + proposta fechada) - Pregão: 1. propostas fechadas apresentadas (marca data para abrir as propostas); 2. seleção das maiores (entre 90% e 100% da maior); 3. leilão com as maiores; o lance inicial é automático (maior proponente presente); 4. ganha o leilão a maior proposta presencial; 5. maior proponente ausente paga eventual diferença ao menor. - Extraordinárias: - Autorizada pelo juiz (144) - Autorizada pela assembléia geral de credores (145) - MFO > $ - 1ª venda extraordinária; autorizada pelo juiz, a pedido do administrador judicial + con. do c.c __________________________________________________________________________________ 26/10/2018 →Pagamento aos credores - I- Restituição de bens (art. 85) - II- Créditos prioritários - Salários atrasados (151) - Devidos aos empregados, na data da decretação da falência, salários que estão em aberto - Teto de 5 salários mínimos (priorizam os último 3 meses de salário atrasado; se passar do teto passa para o quadro geral de credores) - Despesas manutenção (150) - III- Pedido de restituição de dinheiro (súmula 417, STF) art. 86 - Bem perdido - Contrato de adiantamento de câmbio - Consórcio - Imposto de renda retido na fonte (IRRF) e INSS (descontado do empregado) - A empresa paga o INSS do empregado que paga (desconta do salário do empregado) - IV- Créditos extraconcursais (84) - Não vão concorrer com os concursais - Verbas trabalhistas posteriores à decretação da falência - Credores da massa I- Remuneração do administrador judicial. Créditos trabalhistas II- III- IV- V- Tributos - Ex: Juiz autoriza a continuação do negócio, outras verbas trabalhistas serão aceitas, o sujeito está trabalhando para a massa (depois de decretada a falẽncia); o chefe dele é o administrador judicial. Ou seja, todas as novas verbas que ele terá direito por estar trabalhando para a massa são créditos extraconcursais (quem deve a ele é a massa) - Trabalhador que está trabalhando para a massa (prestação de serviço após a decretação da falência): quem paga o seu salário são as despesas de manutenção. - Além do quadro de credores da massa ACIMA, esses trabalhadores podem receber no quadro geral de credores (I,V, VI e VII), salários atrasados e despesas manutenção - V- Créditos concursais (83) - Credores do falido - Quadro geral de credores - EX: Credor trabalhista estava com a demanda aberta e pediu reserva de valor; credor de privilégio geral também pede. Juiz deferiu os 2. Juiz mandou pagar 100% dos créditos trabalhistas, quitou a garantia real, reserva 100.000 (que foi o que ele pediu). Credor perde, o dinheiro volta para a conta da massa. Quando o juiz deferiu o pedido do credor de privilégio, se não chegar na categoria dele (se não tiver dinheiro para quitar a dívida), ele não pode exigir a reserva de valor. - Credor concorrente: que concorrerá o rateio com credor de outra categoria, pois não há dinheiro suficiente - Cessados os pagamentos (154) - Anuncia o fim da falência - No prazo de 30 dias, o administrador judicial presta contas (junta documentos, faz a petição e presta contas) - Autua-se em separado - Aviso de 10 dias para impugnações - Nesse intervalo o juiz pode pedir diligências para confirmar a prestação de contas - Vai para o MP - Juiz sentencia - Se o juiz rejeitar as contas (causa de destituição): reconhecimento de que o administrador judicial praticou atos ilícitos contra a massa falida. O juiz nomeia novo administrador judicial para terminar o serviço. - Juiz vai fixar as responsabilidades cíveis e já aponta indício de responsabilidade criminal - Poderá haver bloqueio dos bens do administrador judicial - E a sentença já será título executivo contra o administrador judicial - Se as contas forem aprovadas no prazo de 10 dias, o administrador judicial apresenta o relatório final - Sentença de encerramento: obriga a publicação do edital dizendo que foi encerrada a falência - recurso de apelação. - Não é proferida dentro do processo de falência e sim nos autos da prestação de contas. Cabe recurso. - Caso tenha havido impugnação ou MP tenha sido contrário: prestadas as contas em 30 dias, juiz publica edital (contas prestadas)- prazo de 10 dias para impugnação depois desse prazo vai para o MP e então vai concluso para sentença. Se houver impugnação, contraditório (em relação as contas). __________________________________________________________________________________ 31/10/2018 →Recuperação Judicial (47 ao 74) - Finalidade da recuperação judicial: art. 47 - Superação da crise econômico-financeira - Manutenção da unidade produtora - Sempre bom o agente manter isso, porque quanto mais unidade produtora, maior a produção, melhor a qualidade - Emprego dos trabalhadores - Se a gente supera a crise, mantém o emprego dos trabalhadores - Interesse dos credores - Preservação da empresa - Função social da empresa - É produzir, manter emprego, atender interesse dos credores - Estímulo à atividade econômica - Pressupostos: art. 48 - Ser empresário regular (registrado e em atividade) há mais de 2 anos - Requisito, tem que estar no currículo do empresário - Não ser falido, ou se o for, estarem extintas as obrigações - Não ter cometido crime falimentar - Não ter obtido outra recuperação judicial a menos de 5 anos - Não ter obtido outra recuperação judicial especial há menos de 5 anos - ME e EPP - Credores alcançados pela recuperação judicial: art. 49 - Todos os existentes na data do pedido, inclusive não-vencidos - Salvo: todos aqueles que, na falência têmdireito à restituição; credores tributários (art. 57 e 68) - Sugestões de formas de recuperação judicial: art. 50 - 16 incisos; caput diz “dentre outras formas, além daquelas que estão nos incisos” - Livre, salvo: - Salários atrasados têm que ser pagos até 30 dias - Créditos trabalhistas: deverão ser pagos no 1º ano da recuperação - Garantia real só pode ser retirada com o consentimento do credor - Requisitos da petição inicial: art. 51 - Petição súplica, onde o devedor empresário narra sua situação de crise (demonstra) e ao mesmo tempo clama por uma chance de pagar as dívidas de uma forma diferente - Em termos a petição inicial, juiz defere o processamento da recuperação judicial - Após o deferimento do processamento, o devedor não pode mais desistir, salvo se autorizado pela Assembléia Geral de Credores. __________________________________________________________________________________ 07/11/2018 - Efeitos: art. 52 - Suspensão das ações e execuções - Suspensão da prescrição - Apresentação de demonstrativos mensais - Nomeação do administrador judicial (fiscal) - Dispensa de certidão para negociar - Impossibilidade de alienação de bens, salvo - Edital: - 60 dias: apresentação para o plano de recuperação judicial - É livre, pode propor o que quiser. Todavia tem 2 regras: - Salários atrasados (151) terão que ser pagos até 30 dias - Créditos trabalhistas terão que ser pagos no 1º ano - Credor com garantia real não a perde, salvo concordância - Apresentado o plano, publica-se edital de aviso: - 30 dias para objeções; basta 1 objeção para que o juiz tenha que convocar Assembléia Geral de Credores para deliberar. Tem que ser realizada até 150 dias do deferimento do processamento - Rejeição: convolação em falência - Aprovação - Alteração e aprovação: durante a assembleia os credores podem alterar o plano e aprovar a forma alterada; essa conduta tem 2 consequências: o devedor precisa concordar e a alteração não pode prejudicar ausentes. - Rejeição que aprova: Assembleia Geral de Credores (fragmentada). - EX: Se a rejeição se der por apenas uma categoria, o plano em tese está rejeitado, mas observando a categoria que rejeitou, nela, mais de ⅓ aprovou e do total mais da metade aprovou - Trabalhista - Garantia real - EPP e ME - Demais - Sem objeções - Desse edital que dispara prazo de 15 dias para habilitação de crédito - Perda do prazo: convolação em falência - Apresentado o plano, publica-se edital de aviso: devedor apresentará certidões negociações tributárias (57); a lei deverá apresentar parcelamento do crédito tributário, para dar chance ao devedor empresário (68); o Juiz homologará o plano de recuperação judicial e concederá a recuperação judicial: novação - Cumpridas: sentença de encerramento - Devedor permanecerá 2 anos em recuperação judicial - Perde a novação - Descumpridas: - Dentro dos 2 anos: convolação em falência - Após 2 anos, credor decide: - Execução - Pedido de falência: art. 34, III, g - Mantém a novação →Recuperação judicial especial (70 ao 72) - Facultativa para ME e EPP: - Para melhorar a situação - Não é necessária a apreciação pela Assembleia Geral de credores - Plano de recuperação judicial especial já está definido em lei - Parcelamento em até 36 vezes (moratória dilatória) - Carência de até 180 dias para início pagamentos - Correção das parcelas pela SELIC - LC 147/14: alterou a lei de falência para ajudar a EPP e ME - ou “desconto”, remissória - Atinge os mesmo credores da recuperação judicial ordinária - Credores - Ou “engolir” o plano - Ou deliberam pela falência __________________________________________________________________________________ 09/11/2018 →Recuperação extrajudicial (161 a 167) - Pressupostos do artigo 48 - Não aliança - Tributários - Trabalhistas e acidente de trabalho - Aqueles que, na falência, tem direito à restituição - Isonomia entre credores: - Não pode pender recuperação judicial, nem: - Ter obtido outra recuperação judicial - Ter obtido outra recuperação extrajudicial há menos de 2 anos - Não há suspensão - Das ações - Das execuções - Prescrição - Não impede falência - Não pode haver desistência dos credores que assinaram o pedido de recuperação extrajudicial - Após distribuído o pedido, consequência: insegurança jurídica - Sentença é título executivo judicial - Modalidades: - Consensual: 100% dos credores - Art. 162 - Majoritário: Se houver assinatura de mais de ⅗ dos credores de cada categoria, o juiz homologará - Alcança todos os outros credores - Totalidade da categoria, ou grupos de credores - Obriga a todos, na data do pedido - Não atingidos, não são computados - Moeda estrangeira: câmbio do dia anterior à assinatura do PRE - Só se perde a garantia se o credor consentir - Só se perde a variação cambial se o credor consentir __________________________________________________________________________________ 14/11/2018 - Pedido do plano de recuperação judicial - Pode ser consensual ou majoritário - Edital (amplo) - Comprovação de envio de correspondência - Impugnação credores (30 dias) - Alegações: - 1. não preenchimento do percentual; - Se é majoritária, não tem o ⅗ dos credores de cada categoria - 2. art. 94, III; ato temerário - Não conceda a recuperação judicial, pois praticou atos de falência, não pode pedir PRE - 3. falta requisito desta lei; - O juiz pode publicar o edital e esperar as partes suscitarem isso - Pressupostos art. 48, e petição inicial art. 51 - 4. falta outros requisitos - Não há alegação contra o conteúdo do plano, todas as questões são antes do conteúdo - Vista prazo de 5 dias manifestação devedor - 5 dia juiz decide - Prática de atos do art. 130 - Regula a ação revocatória, se houver prática de atos deste art., o juiz não homologará o plano de recuperação judicial - Atos praticados com fraude contra a massa falida - Outras irregularidades - Prova de simulação ou vício de representação - Não homologará (contra o interesse das pessoas que querem o plano) - Sem decretar a falência - Permite novo pedido, se eliminado o vício - Homologa sentença - Apelação - Arquivamento: plano está lá para ser cumprido - O PRE: - Produz efeitos após sua homologação - Pode produzir efeitos anteriores - Valor - Forma de pagamento - O plano de recuperação extrajudicial rejeitado, retorna os créditos ao valor originário - Alienação de unidades: autorização judicial - O PRE não implica impossibilidade de outras modalidades - Não é possível a decretação da falência, nem a convolação em falência __________________________________________________________________________________ 21/11/2018 →Disposições finais - Art. 190: devedor ou falido - Empresário - EI - EIRELI - SE - Sócios de responsabilidade ilimitada - Art. 191: ampla divulgação - Imprensa oficial - Jornais de grande circulação - Art. 192 - Ultratividade do decreto lei 7661/45 aos processos iniciados - Concordata até o final - Falência - Se já decretada: até o final - Se não decretada: até a decretação - Não cabe mais concordata suspensiva (mesmo no DL 7661/45) - Concordata anterior não veda recuperação judicial, salvo a especial - Se a falência for decretada na vigência da atual, aplica-se - Art. 193: não afeta compensações - Art. 194: o produto dos títulos em compensação - Paga as obrigações - Eventual saldo: massa falida - Art. 195: revoga-se a concessão das concessionárias de serviços públicos - Art. 196: Banco de dados de todos os falidos e em recuperação: juntascomerciais - Art. 197: aplica-se a lei 11.101/2005 subsidiariamente às intervenções e liquidações extrajudiciais. - 2 situações- quando o liquidante fala que não pode pedir a liquidação - Quando o ativo não for suficiente para quitar ao menos 50% do passivo quirografário - Se tiver praticado atos de falência - Art. 198: quem não pode requerer concordata, também não poderá requerer recuperação judicial - Art. 199: só as empresas aéreas podem pedir recuperação judicial, mesmo que não possam requerer concordata (lei varig) - Art. 200: regova-se o decreto lei 7661/45 PROVA - habilitação de crédito: procedimento - art. 7º ao 20 - órgãos da falência e da recuperação - art. 21 ao 46 - da alienação do ativo ao encerramento da falência - art. 140 ao 160 - 158: extinção das obrigações do falido - recuperação judicial - ordinária - art. 47 ao 69 - especial - art. 70 ao 72 - recuperação extrajudicial - art. 160 ao 167 - não pode convolar em falência - crimes falimentares e disposições penais - art. 168 ao 188 -
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