Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exame Cardiovascular Profª Belisana de Abreu Sistema cardiovascular Desempenha um papel importante na manutenção do organismo. Leva aos tecidos sangue oxigenado e remove CO2 e metabólitos. Principais sinais e sintomas podem ser originados no próprio coração ou em outros órgãos que sofram diretamente com o seu mau funcionamento REVISÃO DE ANATOMIA Localização REVISÃO DE ANATOMIA O eixo longo cardíaco está orientado obliquamente para a esquerda, para baixo e para frente; Tamanho do coração – Adulto: 12 cm de comprimento; 8 a 9 cm de largura e 6 cm de espessura ântero- posterior; Peso do coração – Homem: 0,43% do peso corporal (280 a 350 g). Mulher: 0,40% do peso corporal (230 a 300 g). Face anterior REVISÃO DE ANATOMIA Valvas cardíacas REVISÃO DE ANATOMIA Posicionamento das valvas cardíacas no tórax REVISÃO DE ANATOMIA Condução cardíaca As batidas do coração são ativadas e reguladas pelo sistema de condução, que consiste em uma cadeia de células musculares especializadas que formam um sistema elétrico independente no interior da musculatura cardíaca. Estas células são conectadas por feixes que transmitem impulsos elétricos. REVISÃO DE ANATOMIA Vasos do pescoço A ENTREVISTA Dados de identificação: nome, sexo, idade, escolaridade, estado civil e ocupação. Queixa principal: A razão pela qual a pessoa procurou a assistência à saúde. Ex: “ Dor no peito por 2 horas”. Histórico da doença atual:Detalhamento da queixa principal. As informações obtidas, referentes aos sintomas devem ser detalhadas quanto: a) hora e maneira do início; b) freqüência e duração; c) localização; d)qualidade; e) quantidade; f) situação; g) sintomas associados; h) fatores aliviantes e agravantes; i) impactos dos sintomas nas atividades de vida diária; j) significado atribuído ao sintoma pelo paciente. A ENTREVISTA Histórico anterior: doenças da infância e da vida adulta, estado atual de saúde, medicações em uso (com ou sem prescrição médica) e reações alérgicas. Histórico familiar: levantar doenças como hipertensão, diabetes mellitus, doenças cardíacas, pulmonares, renais e cerebrovasculares na família, identificando o grau de parentesco. Histórico Pessoal e Social: hábitos de saúde como: dieta, atividade física, uso de drogas, cigarro e álcool, sono e repouso. Levantar também sistema de suporte a apoio social. SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES Dispnéia: respiração difícil ou desconfortável. Sensação desagradável de esforço experimentado quando o ato de respirar passa a esfera consciente. Ortopnéia: é a dificuldade de respirar em decúbito dorsal. Dispnéia paroxística noturna: despertar do sono com dispnéia e precisa ficar em pé para obter conforto. Ocorre na insuficiência cardíaca. SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES Tosse: respiração forçada contra a glote semifechada, gerando pressões intra-torácicas e fluxos expiratórios de ar elevados. Escarro e Hemoptise. Fadiga: relacionada ao cansaço fácil. Situacional. Quando a fadiga é pior à noite pode estar relacionada à ↓ do débito cardíaco. Cianose ou palidez: indicam ↓ da perfusão tecidual. Edema: Quando é gravitacional, ou seja, pior à noite, pode indicar insuficiência cardíaca congestiva. Anamnese do Sistema cardiovascular Informações precisas - Início – desde quando existem problemas - Associar ações à melhora ou piora do quadro clínico Um dos principais sinais e sintomas a serem avaliados: A DOR AVALIAÇÃO DA DOR Tipo - Aperto, pontada, facada, latejante Localização/ irradiação Intensidade - Usar escalas da dor Fatores associados ao aparecimento da dor Outros sinais e sintomas associados - palpitação, dispneia, sudorese, fadiga AVALIAÇÃO DA DOR Tratamentos anteriores - clínicos, cirúrgicos e implante de dispositivos Informações sobre antecedentes pessoais e familiares - Parentes com distúrbios cardivasculares/ doença reumática - Se paciente é portador de DM, HAS - Se é tabagista ou etilista - Tem histórico de dislipidemia - Idade de risco – 40h/45m (anos) - Região endêmica de Doença de Chagas POSIÇÃO PARA O EXAME SENTADO DÉCUBITO DORSAL INSPEÇÃO GERAL Aparência Geral – Nível de consciência. Adequação do processo de pensamento. Compleição geral: avaliar principalmente a postura e a expressão facial. Coloração da pele – pesquisar cianose e/ou palidez. Distensão das veias do pescoço. INSPEÇÃO GERAL Coloração da Pele Cianose periférica – fluxo sanguíneo ↓ para a periferia, tornando a pele com a coloração azulada. Avaliada nos leitos ungueais, nariz e lóbulos das orelhas. Fisiologicamente ocorre no ambiente frio. Cianose central – avaliada na mucosa oral e está acompanhada da cianose periférica. Indica doença cardíaca ou pulmonar grave. Palidez – pode denotar anemia (↓ da hemoglobina) ou ↑ da resistência vascular. INSPEÇÃO GERAL Temperatura e umidade da pele As mãos e os pés apresentam-se quentes e secos. Sob estresse, a pele pode ficar fria e úmida, com o aspecto pegajoso. É um sinal de má perfusão e choque. Tempo de Reenchimento Capilar – fornece uma estimativa da velocidade do fluxo sanguíneo periférico. Pesquisa este sinal, apertando a ponta da unha. Normal: a coloração roseada volta em menos de 2 segundos. INSPEÇÃO GERAL Unhas Baqueteamento digital – definido como um aumento focal da falanges terminais. Normal: visão lateral o ângulo da base tem menos de 180°. Alterado: o ângulo da base tem mais de 195°. INSPEÇÃO DO PRECÓRDIO Observar quanto às pulsações presentes no tórax. Observar quanto às retrações presentes no tórax. Quando visível (paredes delgadas) o impulso apical é visto no 5 espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda. INSPEÇÃO DO PRECÓRDIO Desvio do impulso apical – dilatação ventricular. Pulsações em outras áreas são anormais. Encontrado alterações, descreva quanto à localização, segundo o espaço intercostal. PALPAÇÃO Técnica A palpação se inicia do ápice, seguindo pela borda esternal esquerda até a base. PALPAÇÃO PALPAÇÃO DO IMPULSO APICAL Técnica – Palpação com as pontas dos dedos. Localize o impulso apical. Geralmente, o palpamos com o paciente em decúbito dorsal, mas se houver dificuldade, posicione o paciente em decúbito lateral esquerdo. Descreva quanto à localização, tamanho (1cm a 2 cm), amplitude e duração. PALPAÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA Técnica – Palpação com as pontas dos dedos. Localize a artéria carótida. Geralmente, a palpamos com o paciente sentado. Palpe gentilmente e uma artéria carótida de cada vez. Observe quanto à intensidade. Geralmente é moderado. Pulso diminuído e fraco - ↓ do volume sistólico. Pulso aumentado e forte – estados hipercinéticos. PALPAÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA PERCUSSÃO Este método propedêutico na avaliação cardiovascular tem muitas limitações e por isso é pouco utilizado. O estudo radiológico vem sendo mais utilizado devido a sua alta precisão para detectar aumento cardíaco. Além disso, a percussão da área cardíaca tem limitações devido a mama feminina, obesidade e parede torácica musculosa. AUSCULTA CARDÍACA O estetoscópio. O ambiente e o paciente. A técnica - Mova o estetoscópio na forma de Z, desde a base do coração, transversalmente para baixo e depois o ápice. AUSCULTA CARDÍACA Ápice cardíaco – Ausculte o impulso apical, observando a freqüência e o ritmo. Normal – freqüência de 60 a 100 batimentos por minuto e o ritmo é regular. Pontos importantes da ausculta cardíaca 2° Espaço intercostal direito– área valvar aórtica. 2° Espaço intercostal esquerdo – área valvar pulmonar. Borda esternal esquerda inferior – área valvar tricúspide. 5° Espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular esquerda – área valvar mitral. AUSCULTA CARDÍACA AUSCULTA CARDÍACA AUSCULTA CARDÍACA Identifique B1 e B2 B1 – representa o início da sístole. É o som do tum. Dica – coincide com o pulso carotídeo. Ocorre devido ao fechamento das valvas atrioventriculares. Mais audível no ápice. B2 – representa o fim da sístole. É o som do tá. Ocorre devido ao fechamento das valvas semilunares. Mais audível na base. AUSCULTA CARDÍACA Alterações da Bulhas Cardíacas Hiperfonese/Bulhas hiperfonéticas (som alto). Exemplo – atividade física e taquicardia causa um ↑da pressão nos ventrículos – B1 hiperfonética. Hipofonese/Bulhas hipofonéticas (som baixo). Acontece em distúrbios que colocam uma maior quantidade de tecido entre o coração e a parede torácica. Exemplo – enfisema, obesidade, pericardite. AUSCULTA CARDÍACA Procure por Ruídos Cardíacos Extras B3 – (galope ventricular) pode ocorrer fisiologicamente até os 40 anos de idade. A partir disso, é patológico e assinala uma função sistólica prejudicada. B3 segue o B2 – numa cadência tum-tá-ta. Exemplo – insuficiência cardíaca. B4 – (galope atrial) ocorre após a contração atrial. Assinala um disfunção diastólica. Ocorre no final da diástole ventricular e é imediatamente ouvido antes de B1. Soa como tum-tum-ta. Exemplo – infarto do miocárdio. AUSCULTA CARDÍACA Procure por Sopros O Sopro é um ruído que ocorre devido ao fluxo sanguíneo turbulento. Se ocorrer na sístole, pode ser normal ou doença cardíaca. Na diástole sempre significa cardiopatia. Descreva-o quanto: Tempo: sístole ou diástole. Tom: alto, médio e baixo. Localização: segundo áreas valvares ou espaços intercostais. AUSCULTA DA ARTÉRIA CARÓTIDA Posicione, gentilmente, a campânula do estetoscópio na artéria carótida. Procure por sopros. Se presentes, indicam obstrução do fluxo sanguíneo como as placas de ateroma. VERIFICAÇÃO DO PULSO • A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos da prática de saúde. • FISIOLOGIA - Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Portanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria VERIFICAÇÃO DO PULSO • LOCAIS - As artérias em que com freqüência são verificados os pulsos: artéria radial, carótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. • PROCEDIMENTO • Lavar as mãos; • Orientar o paciente quanto ao procedimento; • Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado; • Colocar as pontas dos dois primeiros dedos da mão sobre a artéria radial, fazendo ligeira pressão; • Contar durante 1 minuto inteiro; • Lavar as mãos; • Anotar no prontuário. VERIFICAÇÃO DO PULSO VERIFICAÇÃO DO PULSO • O exame do pulso radial inclui a verificação de freqüência, ritmo, força e igualdade. Quando se ausculta o pulso apical o enfermeiro avalia a freqüência e o ritmo apenas. • Valor normal: 60 a 100 bpm • Terminologias: Normocardia; Bradicardia ; Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico; Taquicardia ; Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico. VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL • A pressão arterial é a força lateral, sobre as paredes de uma artéria, exercida pelo sangue pulsando devido à pressão do coração. O pico da pressão máxima, quando a ejeção acontece, é a pressão arterial sistólica. Quando o ventrículo relaxa, o sangue que permanece nas artérias exerce uma pressão mínima ou diastólica. • A unidade padrão para medida da pressão arterial é o milímetro de mercúrio (mmHg). VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Termos corretos: Normotenso: pressão arterial normal; Hipertenso: acima dos valores normais; Hipotenso: abaixo dos valores normais. Fatores que influenciam a pressão arterial Idade; Estresse; Raça; Medicamentos Gênero.
Compartilhar