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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA em Gestão de Projetos Resenha Crítica de Caso Rodrigo Gomes da Costa Trabalho da Disciplina Gerenciamento de Pessoas, Tutor: Prof. Marcelino Tadeu de Assis Rio das Ostras-RJ 2019 Mary Caroline Tillman na Egon Zehnder: caçando talentos no século XXI Gerenciamento de Pessoas GINO, Francesca; STAATS, Bradley. Mary Caroline Tillman Egon Zehnder: caçando talentos no século XXI, Harvard Business School. 2016. Os autores descrevem neste caso a investiga questões em torno do desenvolvimento estratégico de capital humano. Eles exploram como a Egon Zehnder, uma empresa líder global em consultoria que avalia talentos nas empresas para as quais trabalha. O caso discute a implantação de um modelo potencial único que muda substancialmente a maneira de como a empresa vê os indivíduos. No estudo Mary Caroline Tillman, a protagonista do caso, se depara com uma decisão de avaliação entre dois candidatos que têm competências, potenciais e experiências diferentes. O caso também explora as questões da administração de uma empresa de serviços profissionais apresentando uma oportunidade para examinar como e se a organização pode mudar seu foco para incluir mais oportunidades de avaliação. Os autores iniciam o texto descrevendo como a companhia foi fundada em 1964 em Zurique, por Egon P.S. Zehnder que trabalhou três anos com publicidade e depois 5 anos com recrutamento de executivos na Spencer Stuart, decidiu criar uma companhia com o foco de parceria estratégica e confiança na assessoria dos clientes. A empresa cobrava o pagamento de um salário aos consultores e parceiros da empresa. A empresa tinha sete valores que a movia: ser uma empresa profissional, pessoal, capaz, colegial, focada nos clientes, comprometida com a diversidade e inclusão e orgulhosa de seu legado. Durante os anos seguintes a empresa expandiu o negócio abrindo novos escritórios no mundo todo e aumentando suas atividades. A EZ em 2014 tinha mais de 400 Consultores e 400 pesquisadores que atuavam em 68 escritórios em 41 países. Em 1978, a empresa foi reestruturada e foi decidido que a empresa seria dividida em partes iguais entre os sócios, tornando-se em pouco tempo uma das maiores companhias de recrutamento de executivos do mundo. A empresa costumava contratar consultores que tinham um bom desempenho em outros campos relacionados e procurava pessoas de alto nível com boa formação acadêmica, MBA ou PhD. Justificando que consultores deviam ter condições de dialogar com os CEO’s das Companhias. Uma das Grandes contratações da EZ foi Mary Tillman com experiência de 13 anos na J.P. Morgan trabalhando como diretora executiva e operacional da divisão de banco de investimentos. A EZ estava sempre a procura de novos talentos de alta qualidade, e um candidato após ser identificado passava por um processo árduo de entrevistas e avaliações. Dentre os critérios de avaliação utilizados pela EZ eram: ter habilidades cognitivas para solução de problemas, raciocínio lógico e capacidade analítica; construção de relações de trabalho para saber trabalhar em equipe, ter autoconfiança, presença e estilo, ser empático e um bom ouvinte, saber vender uma ideia, ter maturidade e integridade; método Getting Things Done, que significa ser proativo, com ímpeto, energia e um senso de urgência que traz resultados, apresentar juízo e senso comum, ser independente, empreendedor e imaginativo, ter potencial de liderança; aptidão pessoal, para ter as qualidades de um amigo, colega de trabalho e parceiro, ser honesto, aderir aos valores de alguém, ser motivado, sociável, ter um “brilho” e senso de humor, ser modesto, ter uma vida pessoal plena e interesses pessoais, entender a empresa e seus valores. 90% das pessoas aproximadamente que a EZ indicou, foram selecionadas. AS empresas concorrentes tentavam contratar os consultores da EZ, mas raramente eles deixavam a empresa. Os consultores da EZ pensam no seu trabalho e não o consideram transacional, pensam que é um lugar onde nunca param de aprender, segundo um próprio funcionário da empresa. A EZ era uma empresa diferenciada, em relação à remuneração, para os sócios e consultores, os bônus se baseavam no desempenho geral da empresa, e não na contribuição individual, sendo esta remuneração composta por quatro componentes: salário base, bônus, dividendo e participação na E Z. Os sócios ao se aposentar tinham que vender as participações novamente para a empresa no valor de mercado. O trabalho na EZ podia ser dividido em recrutamento de executivos e avaliação e desenvolvimento. O recrutamento era a principal atividade da empresa, em 2014 por exemplo foi responsável por 80% da receita. O processo de recrutamento na EZ tinham 5 etapas: Definição e avaliação de necessidades; identificação dos candidatos; avaliação dos candidatos; conclusão; e interação. A empresa investiu muitos recursos no desenvolvimento do seu modelo de competência e com o passar dos anos ela identificou nove competências chaves, bem como protocolos de avaliação. Estas competências incluíram orientação estratégica, introspecção do mercado, liderança durante mudanças, impacto do cliente, orientação comercial, orientação dos resultados, colaboração e influência, liderança de equipes e construção de competências organizacionais. A EZ costumava focar em quatro ou cinco competências dependendo do tipo de recrutamento ou avaliação. Apesar do sucesso algumas pessoas sentiam que faltava algo no modelo de avaliação. Karena Strella e outro consultor especialista abordaram Mark Byford, administrador do departamento de inovação para IP, o laboratório de liderança da EZ, e Ashley Stephenson, líder do grupo de atividades para avaliação da gestão, para criar um modelo potencial e conseguir o apoio e financiamento para tal. Strella e sua equipe começaram a utilizar o modelo assim que sentiram que ele estava pronto. Em recrutamento de seniores o potencial era avaliado por meio de entrevista com o candidato e também com pessoas que trabalhavam com ele. Os consultores da EZ foram treinados para a realização das entrevistas com o intuito de obter informações sobre cada dimensão. Outros membros da empresa destacaram como entender e avaliar candidatos exigiam um equilíbrio delicado entre análise e intuição. Embora o modelo baseado em entrevistas fosse prático para a avaliação de executivos, a empresa também queria usar o modelo para outras funções, onde o tempo das entrevistas eram impraticáveis. Os clientes pediam ajuda na liderança e desenvolvimento de pessoas , para que essas dimensões pudessem ser melhoradas, o processo focava internamente. Os executivos e outras pessoas que conheciam dos candidatos eram entrevistados pelos consultores, com o objetivo de avaliar o desempenho passado, disponibilidade atual e potencial futuro, bem como a avaliação de personalidade. Com as informações em mãos, relatórios eram elaborados, não só com seus pontos fortes e fracos, mas também os pontos onde a pessoa poderia evoluir. Um dos consultores refletiu sobre o futuro da EZ, dizendo “ O recrutamento é vital para o que fazemos e sempre será. Tudo vai mudar na profissão de recrutamento, exceto a necessidade de potencial”. Com a analise do texto pude concluir e entender que há uma evolução dos processos de recrutamento e seleção dentro de uma dinâmica, assim como perceber que para a identificação do candidato adequado, devemos levar em consideração muitas variáveis, como o tempodisponível para a escolha e desenvolvimento, pois em alguns casos, competências formadas e experiências anteriores podem com certeza ter influencia na escolha final. Biblioteca da Disciplina Virtual Estácio de Sá
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