Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ETEC MACHADO DE ASSIS Gabriel Botan de Souza Isabela Cristina da Silva Sales Laís David de Souza Rafaela Pires Braga OLHAR DIGITAL: AS OPORTUNIDADES DO COMÉRCIO ONLINE 1 2 Caçapava/SP 2018 3 ETEC MACHADO DE ASSIS Gabriel Botan de Souza Isabela Cristina da Silva Sales Laís David de Souza Rafaela Pires Braga OLHAR DIGITAL: AS OPORTUNIDADES DO COMÉRCIO ONLINE Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso em Administração do terceiro ano para aprovação e redação do relatório de pesquisa. Orientador: Rafael de Andrade Fernandes RESULTADO: ________________ DATA: 30/11/2018 ASSINATURA: _______________________________________ Professor Rafael de Andrade Fernandes Professor Orientador de TCC ETIM Administração – ETEC Machado de Assis Caçapava/SP 2018 4 1. Comércio Digital 1.1. Introdução ao Comércio Desde os primórdios, o homem teve suas necessidades individuais, relacionadas ao consumo: fome, frio, sede, guerra, etc. Todos estes fizeram do homem um ser que necessitava de meios e produtos para sobreviver, e ao perceberem que cada um detinha carências específicas, criou-se a troca de materiais, gerando então, o comércio. Novaes (2007) conclui que no início do comércio, as trocas aconteciam em postos, gerando o tão conhecido escambo. Moedas não tinham tanta credibilidade quanto um produto normal e não eram universalmente aceitas como forma de pagamento. Infelizmente, esse sistema não durou até os dias de hoje pelos seus infinitos problemas de logística, que demandavam dos comerciantes algo que pudesse representar a troca em vez do produto em si. Foi assim que surgiu a moeda, considerando como Marciel et.al. (2012) afirma que o próprio sistema se obrigou a criar um canal de troca aceitável, pois seus problemas logísticos eram conflitantes. A partir de então, o comércio se diversificava de maneiras infinitas: se antes, era pela forma do escambo e as pequenas moedas, ali já eram utilizados cheques, cartões de crédito e afins – mas sempre eram realizados de pessoa para pessoa, de empresa para empresa, de cliente para consumidor. O consumo é o conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e os usos de produtos (...) é compreendido sobretudo pela sua racionalidade econômica. Estudos de diversas correntes consideram o consumo como um momento do ciclo de produção e reprodução social: é o lugar em que se completa o processo iniciado com a geração de produtos, em que se realiza a expansão do capital e se reproduz a força de trabalho. (CANCLINI, 1995, p.77) 5 Como Nascimento, Silva e Santos (2009) confirmam ao discutir sobre a evolução social e como o comércio se adaptou a essas novas tecnologias fazendo parte dele integralmente, inovando a forma de transação entre fornecedores e clientes. Isso foi se prorrogando até a invenção da internet, que pelas palavras de Dizzard (2000), foi criada para a conexão entre pólos militares na década de 1960, já que o mundo parecia estar prestes de assistir a um embate nuclear durante a Guerra Fria. Além disso, até 1990, ela era em sua maioria usada para projetos acadêmicos, estudos, e comunicação básica – ela não aprofundava vertentes recreativas. 1.2. A Internet A internet revolucionou todo o estilo de vida antigamente conhecido pelo ser humano. Se antes, conversas eram feitas face a face, com ela elas podem ser feitas através de uma tela. A informação caminha bilhões de vezes mais rápido que no passado, e é quase impossível de imaginar uma vida sem estar conectado. Mas ela se define mais do que apenas comunicação. Deitel, Deitel e Steinbuhler discutem sobre isso: A Internet e a World Wide Web certamente serão relacionadas entre as mais importantes criações da humanidade[...] A Internet mescla computação e tecnologias de comunicação, torna o nosso trabalho mais fácil e as informações instantânea e convenientemente acessíveis em todo o mundo, possibilita que pessoas e empresas possam se mostrar em todos os lugares e transformou o modo de se fazer negócios. (DEITEL, DEITREL E STEINBUHLER, 2004, p.5) Sua origem foi durante a Guerra Fria, quando os EUA ansiavam em estabelecer uma liderança norte-americana nas áreas científicas e tecnológicas contra seus rivais. Sendo assim, foi criada pelo departamento de defesa dos Estados Unidos a ARPANET - Advanced Research Projects Agency Network. Seu objetivo era enviar informações fragmentadas em diversos pacotes que, quando colocados em conjunto, formavam uma mensagem completa. Tudo isso para estabelecer uma rede de comunicação segura, sem os ataques de seus inimigos. 6 Até 1990, ela era em sua maioria usada para projetos acadêmicos, estudos, e comunicação básica – ela não aprofundava vertentes recreativas. Quando o domínio dessa rede foi passada para instituições sem relação com o governo, ela começou a se expandir e ser o que conhecemos hoje como internet. A tecnologia da internet [...] foi posta em domínio público, o que permitiu que todos os tipos de computadores fossem adaptados e conectados entre si, sem o pagamento de qualquer tipo de royalty. A disponibilidade de padrões abertos de domínio público, juntamente com a proliferação dos computadores pessoais, modems e redes locais ao longo da década de 1980, compôs o cenário adequado para que a internet tivesse, durante os anos 1990, um crescimento meteórico, atingindo rapidamente milhões de pessoas, especialmente depois da criação da World Wide Web, popularizada a partir de 1994. Naturalmente, tal fato despertou o interesse das empresas, e muitas começaram a se perguntar: “afinal, como ganhar dinheiro com a internet? (RAMOS et. al, 2008, p.10) 1.2.3. World Wide Web No ano de 1990, a internet se torna acessível para todo o mundo, com a criação da World Wide Web (rede mundial de computadores). Criado em 1991 por Tim Berners-Lee, tinha o objetivo de compartilhar dados como vídeos, textos e mensagens em tempo real e com segurança, além de ser uma rede de comunicação com visual mais agradável comparada a outras da época. Segundo Goethals, Aguiar e Almeida (2000, p. 6-7): (...)era muito importante pois envolvia a criação de uma interface de utilizador capaz de ser consistente independentemente da plataforma onde viesse a ser corrido (Windows, UNIX, Macintosh, etc), permitindo o acesso á informação através de qualquer das plataformas. Envolvia igualmente uma interface que possibilitava o acesso a uma variedade diferente de tipos de documentos e protocolos de informação. Depois que os primeiros navegadores foram desenvolvidos para os sistemas operacionais da época, a WWW foiintroduzida na já grande internet, trazendo consigo um enorme crescimento por ano. 7 1.2.3. Novo meio de comunicação Apesar de ter sido criada apenas como uma alternativa para trocar informações e dados, até hoje a internet é o principal meio de comunicação utilizado para exercer essas funções. Alguns exemplos são e-mail, sites , grupos de discussões, plataformas muito populares até os dias de hoje. Além disso, está cada vez mais comum o uso de programas utilizando a internet para substituir as caras ligações telefônica internacional. Figura 1 – Exemplo de Website Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Um_milh%A3o_de_artigos> De acordo com Galli (2015), a internet é uma invenção que está disponível em todo o mundo, onde a troca de informações em diferentes lugares dele é rápida e a busca por elas também. Concluindo, Vaz (2010) afirma que a internet é uma maneira de exercermos o ato de cidadania na era da informação, já que vivenciamos entretenimento, troca de informações e compras, deixando de ser uma mídia para ser um verdadeiro ambiente. 8 Dependendo do modo como utilizamos essa rede, ela pode ser classificada em comunicação interpessoal e comunicação em massa, pois ela se encaixa na maioria de suas características. Sendo assim, a internet é a mistura das duas classes de comunicações em uma só, se tornando algo novo e revolucionário para todo o mundo. 1.2.4. Internet no Brasil A internet não demorou muito para chegar ao Brasil, mas segundo Mancilla (2014) no início as únicas pessoas que detinham o acesso a ela eram de ambiente acadêmico, A internet no Brasil se desenvolveu junto ao meio acadêmico e científico, como professores, funcionários e alunos universitários. Mancilla (2014) continua com a história brasileira da internet ao notar que ‘’no ano de 1991, o acesso à rede de informações, já denominada internet, já era usada também por órgãos do governo e instituições educacionais de pesquisa’’ A internet chegou ao Brasil para todos somente em 1991, pela empresa RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa). Ela é até hoje uma das principais empresas que prestam o serviço “backbone” (uma rede onde se passam todos os dados dos clientes da internet ), junto com EMBRATEL e outras. O Ministério das Telecomunicações junto com o Ministério da Ciência e Tecnologia tem a ideia de trazer essa rede para o território brasileiro, no ano de 1995. Com isso, a RNP fica com a tarefa de administrar a infraestrutura, tomando posse do backbone, tendo em suas mãos todas as informações que um usuário transmite ao outro. 9 1.2.5. Internet nos dias de hoje Nascimento et. al. (2009) discute sobre a evolução da internet e suas redes: Atualmente existe uma internet totalmente interativa, onde redes de computadores operam interligadas com muita eficiência graças à contribuição do cientista Tim Berners – Lee do CERN – Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, que criou a World Wide Web, iniciando pesquisas científicas e mais tarde acadêmicas, tornando possível a comunicação entre as universidades. A internet hoje é um meio gigantesco que carrega bilhões de informações, sendo possível o acesso a elas a qualquer hora, em qualquer lugar: basta um aparelho que tenha conexão com a mesma, para que um mundo de oportunidades abra na vista de quem a acessar. Fernandes (2001) afirma que não existe competição com a internet quando é discutido meio de comunicação, em referência a tempo e custo, e ela tem gerado uma redução gigante de custo beneficiando todos os envolvidos no comércio que a utiliza. E não passa disso: a criação de conteúdos próprios também é estimulada pela internet, já que o acesso a ferramentas é fácil. É visível o comércio não ficou de fora desse leque gigantesco de oportunidades. Computadores pessoais ou redes locais (em um escritório, por exemplo) se conectam a provedores de acesso, que se ligam a redes regionais que, por sua vez, se unem à redes nacionais e internacionais. A informação pode viajar através de todas essas redes até chegar ao seu destino. Aparelhos chamados “roteadores”, instalados em diversos pontos da Rede, se encarregam de determinar qual a rota mais adequada. (MONTEIRO, 2001, p.27) Consoante Ramos et. al (2008) as multinacionais multiplicaram suas fortunas com a venda de acesso à internet, equipamentos, softwares e hardwares e iniciaram uma corrida desenfreada para o lucro máximo. Foram nesta época que nasceram as maiores empresas de tecnologia da informação, quais delas as principais foram a America Online (AOL), Microsoft e Cisco. 10 A bolha da internet, mais conhecida como Dot.com Bubble, foi uma bolha especulativa que aconteceu no decorrer dos anos 90. A bolha teve inicio em 95 com o IPO da Netscape e terminou em 2001, atingindo seu pico em 10 de março de 2000 com a NASDAQ chegando a 5132.52. Durante esse período os mercados de ações ocidentais presenciaram um rápido aumento no valor empresas do setor da Internet. Esse aumento era fruto da inovação pelas empresas desse setor. (SILVA, 2008, p.30) Ramos et. al (2013) afirma que essas ações desenfreadas sobre o comércio online e de produtos relacionados a ele sem nenhum planejamento prévio além da falsa visão de lucratividade tão especulada nas ações ocidentais caminharam as empresas à ruína e num piscar de olhos, bilhões de dólares haviam sido perdidos e o comércio digital passou a ser malvisto pela maioria. 1.3. Comércio Online 1.3.1. Introdução ao Comércio Online Com a globalização, a integração econômica de todas as pessoas foi impulsionada de uma forma inimaginável, e a internet foi uma agente significativa nesse processo. Seguindo ao surgimento da internet, houve a eclosão do comércio online, que em sua básica definição de Carvalho (2013), é a transação comercial que ocorre exclusivamente em uma ferramenta digital. As ferramentas podem ser computadores, aparelhos celulares, ou tablets, que dentro deles a conexão com a World Wide Web. Já Albertin (2002) provém uma explicação mais detalhada deste conceito, se referindo ao e-commerce como: ‘ a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócios num ambiente eletrônico, por meio da aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos objetivos do negócio. Os processos podem ser realizados de forma completa ou parcial, numa infra-estrutura predominantemente pública, de fácil acesso e a baixo custo como a Internet. (ALBERTIN, 2002, p.64) 11 A sua ascensão é notável, já que segundo o IBGE, 69,3% da população brasileira tem acesso a internet, sendo a principal região o Sudeste, com 76,7% de presença. O aparelho que detêm o maior uso é o telefone celular,seguido do microcomputador e a televisão, que abrange apenas 11,7%. Os dados provam a presença que a internet faz na vida do cidadão brasileiro, ou seja, o consumidor. Figura 2 – Exemplo de Comércio Digital Fonte: www.worldcombat.com.br 1.3.2. Comércio Digital e a Internet A popularização da internet é um dos maiores motivos de crescimento do comércio online como um todo, pois se antes apenas classes mais ricas tinham acesso a internet , e consequentemente as lojas digitais, agora as classes desfavorecidas também podem ter acesso a ambas, sendo assim O comportamento dos internautas mudou bastante nas duas últimas décadas. No início, a Internet era utilizada praticamente por universitários e, posteriormente, apenas as classes A e B compravam pela rede mundial de computadores [...] a participação da classe C ficou muito maior, e hoje quase metade das compras online é efetuada por esse público, fazendo com que a evolução do e-commerce esteja intimamente ligada à popularização da Internet no Brasil (MITHIDIERI, 2015, p.24). 12 Fagundes (2009) prova isso ao afirmar que o comércio eletrônico é o destaque econômico do planeta, esteja evidente a atenção que jovens empresas segmentadas a este ramo vêm recebendo de acionistas, disparando o valor de mercado das mesmas. A tecnologia que se potencializa a cada dia que se passa e sendo assim é sempre mais fácil otimizar o comércio online com novas maneiras de venda cada vez mais apropriadas para os diversos perfis de clientes existentes e para atender as expectativas criadas em base aos produtos que estão sendo vendidos. Percebe-se que o comércio eletrônico trouxe mudanças profundas nas relações entre cliente e organização e dentro da própria empresa. Estas mudanças exigem reforma das estratégias, reengenharia de processos, constantes estudos da cadeia de valores, estabelecimento de parcerias e foco na atitude do cliente (CASTRO NETO et al. 2010). 1.3.3. Categorias do Comércio Digital Como um meio extremamente diversificado, o comércio online se divide em várias categorias pelos devidos correspondentes da transação, e é nomeado por siglas, escrito originalmente em inglês. ● B2B (Business to Business) Business to Business, ou B2B é, segundo Felipe (2000), a categoria do comércio online que lida com a transação segmentada entre empresas, sendo uma delas fornecedora e a outra a cliente, no caso, jurídica. Os maiores casos se envolvem em torno de distribuidores, atacadistas e varejistas, em torno de sua mercadoria, que pode ser produtos, serviços e informações. 13 É natural esse tipo de comércio ter se desenvolvido primeiro, as empresas tem um incentivo maior do que as pessoas à arriscar, estão sempre buscando uma maneira de aumentar seus lucros, reduzir seus custos, buscando inovações. A internet proporcionou um aumento do mercado para as empresas, uma vez que através dela é possível entrar em contato com fornecedores do mundo todo, além de proporcionar contato direto com esses fornecedores, facilitando a determinação dos preços. Que pode ser feito através de leilões (tanto do produtor a procura de compradores que ofereçam o maior preço quanto do comprador a procura do vendedor com menor preço. (AYRES;SILVA, 2008, p.8) É o meio que antecede o comércio Business to consumer, já que ocorre para o fornecimento de matéria prima para venda, e consome muito mais tempo e dinheiro, como é visto ainda por Ayres e Silva (2008) ao afirmar que se forem comparadas, as transações B2C E B2B se diferem muito pelo volume de compra e número de compradores, que é menor, além de ser um processo muito mais lento. Na imagem a seguir, um exemplo de loja B2B de revenda de roupas: Figura 3 – Comércio B2B ModaNaWeb.com Fonte: modanaweb.com.br (2018) ● B2C (Business to consumer) O B2C (business to consumer) se restringe, segundo Nascimento et. al,(2013) a transação entre pessoa jurídica e física, e é enaltecida por ser uma forma excelente de agregar a interação com o cliente. O processo é feito pelo website, onde a loja se encarrega da logística da compra. 14 É o tipo mais comum para o cidadão, e a segunda forma de comércio digital que mais cresce mundialmente, e o benefício de não se precisar de um ponto físico é uma ajuda financeira para jovens iniciantes no ramo comercial. Santo (2014) complementa o B2C como um meio beneficiado por poder promover a relação empresa e cliente e assim aumentando as vendas e diminuindo o estoque. Figura 4 – Comércio B2C Dafiti Fonte: dafiti.com.br (2018) ● C2C O C2C, segundo Claro (2013) se baseia na comercialização na internet entre consumidores finais, ou seja, pessoas físicas, sem a intermediação de produtores e terceiros em nenhum processo. Um exemplo é a utilização de leilões online, pelas suas regras maleáveis de preços e formas de pagamento, que tem o benefício de serem discutidos. 15 Figura 5 – Exemplo de comércio C2C – Leilão Online Fonte: leilaoonline.com (2018) O mercado para os websites Consumer to consumer vêm crescendo de forma muito grande, como atestado na pesquisa Webshoppers (2018) que este tipo de transação em marketplaces incluindo produtos novos e usados, atingiu R$ 73,4 bilhões no ano de 2017. 1.3.4. Lojas Físicas e Lojas Virtuais De acordo com Limeira (2003), é um método de vendas que as empresas utilizam pela internet para uma determinada parte de seus clientes, seja no mercado organizacional (business-to-busines) ou mercado ao consumidor (business-to-consumer). Um cliente procura sempre conseguir navegar com facilidade em uma loja online , achando sem problemas os produtos que busca e adicionando ao carrinho de compras, como em um mercado, esses são fatores que influenciam muito para que um site se torne definitivamente uma loja virtual. Outro fator crucial é a forma de pagamento, a garantia de que se produto chegará em segurança e a possibilidade de o acompanhar no trajeto. Além de tudo, o comprador tem o conforto de nem precisar sair de sua casa para realizar a compra ou recebê-la. Algumas vantagens de se vender online são: ● Horário de funcionamento: Uma loja virtual está sempre disponível para comprar, vinte e quatro horas por dia; 16 ● Menos custos: Os gastos com funcionários e aluguel de um espaço para venda são nulos; ● Abrir um leque de informações sobre determinado produto, mostrando de dados de fabricação até opiniões de outros compradores. Lojas Físicas Ainda nos dias de hoje, muitas pessoas optam por realizar compras em um ponto físico, pois o mesmo possui diversas vantagens em relação à uma loja virtual. Sendo elas: ● A confiança e garantia: você ter a certeza do que está comprando,experimentar a mercadoria, avaliar se o preço vale a pena em relação ao produto e ainda se preciso realizar a troca de maneira mais fácil; ● A negociação: em uma loja física, temos vendedores que podemos discutir o preço e conseguir descontos e promoções mais facilmente, diferentes das lojas online, que raramente tem seus vendedores disponíveis para conversação; ● O tempo e entrega: quando compramos em lojas físicas, temos a garantia que sairemos do estabelecimento já em posse do produto ou com a garantia da entrega mais rápido comparada à entrega online. 1.4. Segurança no Comércio Digital Quando você faz uma compra, você quer se certificar que tudo ocorra o mais simples e seguro possível. Transferir dados, principalmente dados pessoais, é uma tarefa arriscada, e receber e lidar com eles é mais arriscado ainda. Para um comércio digital, que está a mercê de hackers, quedas no sistema e erros de compra, as medidas devem ser feitas com muita cautela. Sob o mesmo ponto de vista, Ramos et al., o sucesso do comércio online se baseia nas suas medidas de segurança, pois o site deve ter certeza da segurança das informações de seus clientes com sete chaves. Ele discorda, no entanto, que a 17 segurança é exclusiva do comércio digital, pois ela existe em qualquer atividade comercial, mas os cuidados digitais são excepcionais. Como Guimarães (2015) afirma, a facilidade e o preço baixo de se criar uma loja virtual abre vantagem para empresas que procuram algo barato, mas também um problema para os consumidores ao despropositadamente criarem uma brecha para falsos vendedores, que podem se apossar dos dados dos consumidores sem vender produto algum. Brasil (2000) acrescenta que o problema de segurança afeta muito mais os clientes do que os próprios lojistas, que não sofrem de insegurança de serem roubados ou sofrerem qualquer tipo de ataque a não ser digital, que em si provavelmente prejudicaria os consumidores e não a loja. Tabela 1 – 5 Conceitos de Segurança Digital Confidencialidade é a proteção das informações contra sua revelação a alguém não autorizado, impedindo leitura ou cópia. Autenticidade diz respeito à identificação correta de um usuário ou computador. O sistema de autenticação deve assegurar ao receptor que a mensagem procede do emissor devidamente informado. Isso pode ser implementado por meio de um sistema de senhas ou de assinatura digital. Integridade — trata-se da proteção da informação contra alterações sem a devida permissão do proprietário da informação. No caso da internet, significa que os dados, enquanto estiverem em trânsito, além de não poderem ser vistos por pessoas não autorizadas — confidencialidade —, também não possam ser alterados ou capturados por dispositivos ilícitos. Disponibilidade é a proteção dos serviços prestados pelo sistema, de forma que estes não se tornem indisponíveis, assegurando ao usuário o acesso aos dados sempre que necessário. Também pode ser chamada de continuidade dos serviços. Não repúdio é a garantia de que ninguém poderá recusar ou repudiar uma transação realizada online, alegando a inexistência ou a falsidade da transação Fonte: Adaptado de Ramos et al, 2009, p.53 Segundo Nascimento, Silva e Santos (2009): Há diversas opções de pagamento, incluindo cartões de crédito, transferências eletrônicas, boletos bancários, pagamento no recebimento e vales-presente. Em 2004, aproximadamente 80% das vendas foram realizadas com cartão de crédito. As operadoras de cartão de crédito e 18 algumas empresas de financiamento oferecem a possibilidade de pagamento de compras em quatro ou mais parcelas, incluindo juros. Algumas empresas ainda investem em desenvolver seus próprios cartões de crédito, com possibilidades de parcelamento maiores, como as lojas Submarinas e Americanas. Elas ainda abrem um acordo com seus clientes, criando uma espécie de moeda única que em breve pode se tornar bônus em descontos e vales presentes, beneficiando o cliente por não terem que lidar com tantos processos quanto um cartão de crédito comum. 1.5.1. Devolução Guimarães (2015) disserta sobre o processo de compra e devolução: ‘’um aspecto importante na comparação entre o comércio tradicional e o comércio eletrônico é o processo para trocas e devoluções de mercadorias. A possibilidade de troca e devolução de produtos aumenta a segurança [...]’’ (GUIMARAES, 2015, p.48). É notável que a falta desses aspectos podem trazer desconfiança ao cliente. A pesquisa Webshoppers, referenciada anteriormente, constatou que as maiores dificuldades para o comércio digital, na parte logística, é a devolução do produto. Na pesquisa, é quase unânime que as dificuldades de devolução, troca e arrependimento do contrato são gigantesca e isto deve ser corrigido para que as empresas com comércios digitais possam se igualar as empresas com lojas físicas. 1.6. Principais Produtos É perceptível que, ao longo dos anos, o comércio digital vêm sendo moldado de acordo com a nova geração de compradores que está cada vez mais presente no ambiente online . As necessidades de um mundo globalizado se inserem nas quantidades compradas, como é possível observar no quadro: 19 Quadro – Produtos em volume de pedidos Posição Produto Porcentagem 1º lugar Moda 14,2% 2º lugar Cosméticos/Saúde 12% 3º lugar Eletrodomésticos 10,8% 4º lugar Casa/decoração 10,5% 5º lugar Telefonia/Celulares 9,2% 6º lugar Livros/Assinaturas 8,3% 7º lugar Esporte e Lazer 6,4% 8º lugar Informática 4,5% 9º lugar Alimentos e bebidas 4% 10º lugar Eletrônicos 3,6% Adaptado de: Ranking SBVC 1.7. Dados de Faturamento do Varejo Digital Segunda a pesquisa WebShoppers, realizada pela empres E-Bit, o faturamento do comércio eletrônico B2C e C2C foi de R$ 47,7 bilhões em 2017. Em resumo, o comércio digital dessas lojas se consolidou com um crescimento de mais de 7,5% no ano de 2017. Já os ‘ marketplaces’ faturaram o valor de R$ 73,4 bilhões em 2017, alta de 21,9%. Quadro – Maiores Empresas de Comércio Digital Posição Empresa Faturamento 1º lugar B2W Digital R$ 10.520.000.000,00 2º lugar Via Varejo R$ 2.906.064.000,00 3º lugar Magazine Luiza R$ 2.671.566.204,00 4º lugar Privalia R$ 2.519.660.000,00 5º lugar Máquina de Vendas R$ 2.250.000.000,00 6º lugar Netshoes R$ 2.200.000.000,00 7º lugar Dell Computadores R$ 1.075.096.554,00 8º lugar Fast Shop R$ 969.799.199.99 9º lugar GFG LatAm-Dafiti R$ 884.350.000,00 10º lugar Polishop R$ 720.434.613,48 Adaptado de: Ranking SBVC 20 1.8. Marketing Digital A quantidade de pessoas que têm acesso à internet cresce continuamente, e isso significa que o público alvo de todas as áreas de venda de um comerciante online também cresce. Mas para se sobressair numa rede tão vasta como a World Wide Web, é preciso recorrer ao marketing. Marketing é o processo de planejar e executar a concepção e a determinação do preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçammetas individuais e organizacionais. (KOTLER, 2006, p.4) Falda, Regonato e Frascarelio (2016) também discutem as origens do marketing, datadas nos anos de 1910 e nascendo como uma estratégia de inversão das técnicas de produção e venda, pois antes destes estudos o produto era criado antes de admitir as verdadeiras necessidades e desejos dos clientes. Essas empresas aprenderam e desenvolveram a ciência do marketing antecipando as vontades dos clientes antes da produção propriamente dita. Desde então, o marketing vem evoluindo e se adaptando com as necessidades empresariais vividas em cada época, e atualmente vivemos o ápice dessa ciência com o marketing digital. Quando você ouve falar de marketing digital, publicidade on-line, marketing web, publicidade na Internet ou quaisquer outras composições criativas que se possa fazer dessas palavras, estamos falando em utilizar efetivamente a Internet como uma ferramenta de marketing, envolvendo comunicação, publicidade, propaganda e todo arsenal de estratégias e conceitos já conhecidos na teoria no marketing. (TORRES, p.45) Diferente de canais de televisão, rádio, outdoors, flyers, o marketing digital não tem limites de sua expansão, como um comercial normal teria ao pagar milhões por uma fração de tempo num canal específico. As oportunidades são proporcionais ao tamanho do público, que também mudou, como Torres (2009) diz ‘’que a internet, de fato, fez foi abrir de novo as portas para a individualidade e para o coletivo, sem a mediação de nenhum grupo de interesse' 21 O marketing digital é o futuro da divulgação de produtos e anexo de clientes para as empresas, principalmente as de presença unicamente digital. Nos últimos anos, os crescimentos de sites de redes sociais vêm chamando a atenção de todos, e essas plataformas também têm sido usadas como marketing digital de forma exacerbada. 1.8.1. Redes Sociais, Influência Digital e Plataformas. A presença do homem na internet se faz por vários motivos, mas um dos maiores, se não o maior, é a capacidade de comunicação que ela fornece por meio das redes sociais. É possível conversar com qualquer pessoa, a qualquer hora, em qualquer lugar, contanto que exista uma conexão com a internet. Essa facilidade atraiu milhares de pessoas de todas as faixas etárias a criarem uma conta nessas redes. Mata (2012) define o termo ‘rede social’: A rede social é uma modalidade de site criado com o objetivo que criar uma rede de amizades criando um vínculo remoto e digital. É um organismo em mutação e constante desenvolvimento dentro da internet. Ela se adéqua à realidade e se transforma à medida que detecta necessidade de oferecer mais e atender uma demanda que a obriga a se reinventar quase que o tempo todo. As redes sociais virtuais permitem compartilhar dados e informações, de textos, arquivos, imagens fotos, vídeos, criação de comunidades, etc. Dessa maneira, as redes se ornaram um instrumento poderoso utilizado no contexto mundial para disseminar ideias. Se as redes sociais são um instrumento para disseminação de ideias, elas também são para disseminação de produtos. Essa grande investida em marketing digital em redes sociais é pelo fato de muitas pessoas com grande número de seguidores se tornarem influenciadores digitais, ou digital influencers, como muito deles se autodenominam. Como Silva e Tessarolo (2016) discutem e exemplificam, o influenciador digital é uma pessoa de destaque nas redes sociais, com um número de seguidores consideravelmente mais alto que um cidadão comum, e que utiliza destas redes sociais para divulgar seu estilo de vida e assim ganhando repercussão o bastante 22 para chamar muita atenção, como é o caso da atriz e youtuber Kéfera Buchmann e o jornalista e blogueiro Hugo Gloss. Cada marca escolhe seu influenciador digital baseado no conteúdo que ele tende a divulgar e também seu público alvo, que muitas vezes associa os influenciadores à suas respectivas marcas e também o segmento divulgado. Um exemplo é a digital influencer Rayza Nicácio, que o público alvo é em sua maioria pessoas de cabelo cacheado ou ondulado, pela especificação de seus vídeos no youtube. Por todos estes atributos, ela foi convidada pela Seda e lançou uma linha de produtos com a marca. Figura X – Perfil de Rayza Nicácio no Instagram Fonte: www.Instagram.com/user/rayzanicacio 8.1.2 Instagram O Instagram é uma rede social em forma de aplicativo, que se caracteriza por ser um app de compartilhamento de fotos e vídeos. É muito usado por pessoas famosas para se conectar com sua audiência, principalmente pela oportunidade de serem postados stories, que são pequenos vídeos e fotos que ficam hospedados por um tempo limitado. 23 O Instagram é uma oportunidade consolidada e eficaz para o comércio digital, que além da gigantesca influência nas massas e o poder do marketing digital, sua ampla multifuncionalidade é inegável, já que atualmente é muito comum serem encontradas lojas digitais neste aplicativo. Contas comerciais são diariamente acessadas Um benefício é o preço, pois não custa nada para divulgar seus produtos neste site, e a facilidade de não precisar criar uma plataforma nova para divulgar os seus produtos, pois seus clientes já se encontram todos dentro dele. O aplicativo também consta com uma nova função, chamada Instagram Shopping, onde é possível marcar preços e produtos e direcioná-los diretamente até o site de compra. 1.8.3. Facebook O Facebook é uma rede social criada em 2004 por Mark Zuckerberg. Ela permite que o usuário faça postagens, adicione amigos, troque mensagens, poste fotos e vídeos, participe em grupos, e muitas outras características que o elegem a maior rede social do planeta. O Facebook se destaca pelo seu número de usuários e as oportunidades que o cercam. Para os anunciantes e possíveis investidores, seu valor está sobretudo nas informações que os usuários proveem ao site sobre seus interesses, hábitos de compra e leitura e gostos musicais. Cada bit de informação publicado na rede social é processado por algoritmos matemáticos. A classificação é alavancada por uma das sacadas mais geniais de Zuckerberg: o botão “curtir”. Cada “curtida” no Facebook transforma-se em uma informação valiosa, que é vendida para anunciantes (SAKATE; SBARAI, 2012, p. 84). Falda, Ragonato e Frascareli (2016) argumentam que o Facebook é uma fonte extraordinária para identificação de clientes e suas necessidades, e o número de usuários da rede a faz ser grande demais para não ser utilizada por alguma empresa em seus planos. Outro aspecto levantado por Falda, Ragonato e Frascareli (2016) é que o acesso do Facebook está inserido num usuário como o simples acesso à internet, justificando ele comoparte do dia dos usuários. 24 Sobre o comércio digital, o Facebook está fazendo cada vez mais parte do comércio digital, se atualizando com as necessidades dos seus usuários, e se destacando com o comércio C2C (Consumer to Consumer) com os famosos grupos de troca, brechós online e até o botão segmentado marketplace, que o próprio Facebook categoriza como a parte do site onde se pode anunciar um produto para a comunidade local. Os grupos de troca e brechós online têm feito muito sucesso nos últimos tempos como comércio C2C por não abranger regularização alguma sobre as compras além dos termos de uso do website. O processo é simples, onde se anuncia um produto e os futuros clientes podem negociar um preço e forma de pagamento e marcarem o local onde a troca será feita, diferente dos comércios business to consumer onde o preço e a forma de pagamento não podem ser negociado diretamente com o vendedor. O problema, neste caso, é a confiança da segurança no momento da troca e a qualidade e procedência dos produtos anunciados. Figura: Marketplace no Facebook Fonte: <https://www.showmetech.com.br/facebook-lanca-marketplace-no-brasil/> 1.8.4 Twitter O Twitter foi criado em março de 2006 e hoje acumula mais de 300 milhões de usuários. Nesta rede social, é possível criar seu miniblog com posts de capacidade máxima de apenas 280 caracteres. É extremamente eficaz para criar comunidades, onde é possível seguir usuários de interesse e discutir temas por 25 meios das hashtags. Falda, Regonato e Frascareli (2016) enfatizam a influência do twitter para o comércio digital e o e-marketing 1.8.5 Youtube O Youtube é uma rede social de compartilhamento de vídeos, que por mais que o foco do site não seja comunicação, consoante Pinto (2012), é um tipo de rede social pelo compartilhamento de conteúdo, e é utilizado pela mídia pela sua forte força de propagandas e quantidade de conteúdo. Assim como o Instagram, é recheado de influenciadores digitais que podem criar uma comunidade para um comércio digital. 1.9. Comércio Móvel O mundo, com a internet, evolui mais rápido do que nunca e se adapta no mesmo ritmo. O comércio digital têm propostas futuras e muitos investidores apostam nas mesmas sem mesmo olhar. Vale notar a contribuição de Nakamura ao afirmar que ‘’O Comércio Eletrônico atual será adaptado para a modalidade mobile commerce [...] Assim como próprio Comércio Eletrônico foi crescendo [...] da mesma maneira o mobile commerce vai se desenvolver’’ As compras digitais estão passando a ser feitas por aplicativos em vez de websites. É cada vez mais comum que as compras sejam cada vez mais diminuídas. Da loja, para o telefone, para a tela do notebook até a tela do celular. Mobile Ticketing são tickets transmitidos para celulares, onde o cliente pode apresentar na bilheteria. Pode ser usado como ticket para agencia de viagens, diminuindo o tráfego de pessoas em ambientes como aeroportos e estacionamentos Mobile Vouchers O usuário recebe no celular cupom de descontos para ser utilizados Compra de conteúdo serviço de compra de arquivos mp3, ringtones e papéis de parede Serviços de location-based baseia-se na localização do usuário, a partir disso é feito incentivo a vendas de produtos da região 26 O mobile commerce é uma inovação ainda melhor que o e-commerce por se limitar apenas a internet. No caso do mobile ticketing, no comércio digital iria ser usado um papel para imprimir o ingresso, mas o m-commerce quebra essas limitações mostrando ser autossuficiente. 1.10 Logística no Comércio Digital O comércio digital tem uma abrangência de produtos infinita, e é papel da logística levar estes produtos. Quando se compra numa loja física, os processos são extremamente simples: o cliente se dirige até a loja, escolhe o seu produto com a ajuda de um atendente, paga e leva seu produto embora. No máximo dos casos, como acontece, por exemplo, com varejo de eletrodomésticos ou móveis, a loja tem a opção de entrega dos produtos na casa do comprador. Quando se trata de uma loja online, principalmente B2C (Business to consumer) a loja se encarrega da logística em quase cem por cento das ocasiões, e essa é a alma do comércio digital. Como não existe uma loja física, o fato do cliente não poder tocar no produto e levá-lo embora é um fator de decisão em muitas compras, então a loja deve ter certeza de qualidade do processo logístico para não perder seus clientes. Fleury e Hijjar (2000) conceituam a logística como a parte principal do varejo digital para seus comerciantes, pois a visão frequente de reportagens e relatos de frustrações com o e-commerce, que está relacionado a logística de distribuição dos produtos e sua demora ou atraso, contribuem ainda mais para o retrocesso do desenvolvimento do mesmo. Uehara (2009) completa dizendo que durante o início do século XVI, a logística foi redescoberta pelos comerciantes digitais como uma arma para provar o diferencial entre outras empresas, já que ela foi exposta como uma das chaves para o sucesso da mesma. 27 Outro grande benefício de utilizar a internet para comércio é a solidificação do serviço sem necessidade do ponto físico de distribuição dos produtos – muitas lojas que antes existiam fisicamente deixaram de utilizar seu capital para despesas como aluguel de pontos físicos para aluguel de pontos online. A possibilidade de segmentar, atingir o mercado global e estar no ar 24 horas é um dos grandes benefícios da venda e promoção pela Internet. Além disso, a flexibilidade para mudar o apelo promocional, incluir novos produtos e comunicar-se on-line com o cliente torna esse meio de uma eficácia sem precedentes. (BRETZKE, 2000, p. 65) 1.11. Futuro O comércio digital está em constante transformação, se adequando às necessidades humanas conforme o tempo passa. Estas variáveis causaram uma crítica mudança na comunicação de empresas, governos, empregados e clientes. A participação desse tipo de comércio na economia é cada vez mais e mais presente, por estar relacionado a comodidade e a simplicidade de uma compra pela internet, comparada às dificuldades de comprar numa loja física. E ele só tende a aumentar. O e-commerce facilita a relação consumidor-comerciante de uma forma nunca vista antes na história da administração, e por isso é mais que necessário que uma empresa que preze seu futuro procure as possibilidades que esse mercado pode oferecer. 28 2. Planejamento de Pesquisa 2.1 Problema de Pesquisa Como conscientizar os alunos da ETEC Machado de Assis sobre os benefícios do comércio digital 2.1.2 Objetivo geral Conscientizar os alunos da ETEC Machado de Assis sobre todas asoportunidades que envolvem o comércio digital. 2.2.2 Específicos ● Definir o comércio online no século 21; ● Categorizar os tipos de comércio digital; ● Analisar os desafios para as vendas no futuro; ● Conscientizar os alunos das oportunidades das vendas na internet. 2.3 Justificativa 29 A internet se revoluciona a cada dia e a sociedade se adapta rapidamente a tudo que ela pode oferecer. Com a noção de que o consumo é um dos pilares da vida do ser humano no século 21, é visível que a internet consequentemente iria se adaptar a isso: o comércio digital surgiu. Também com a perspectiva que o curso de administração não aborda tanto a tecnologia como deveria, já que o planeta vive um momento crítico de globalização de forma frenética, o tema E-Commerce aborda vertentes narráveis do dia a dia do estudante moderno, como as redes sociais e a internet, o tema foi escolhido para justamente prepará-los para utilizarem este conhecimento, já pré-formado em cada um, devido ao grande número de alunos que utilizam a internet, para prepará-los para o mercado de trabalho com a noção das oportunidades do comércio digital. 3.1 Planejamento O tema ‘Comércio Digital’ foi alvo de muitos problemas, e o principal encontrado na pesquisa era o de como conscientizar o público alvo (os alunos do técnico de administração da ETEC Machado de Assis) sobre as oportunidades do comércio digital em meio ao atual parâmetro da economia brasileira. Considerando as infinitas possibilidades, foram considerados formas dinâmicas para expor o assunto ao público. A ideia inicial foi a montagem de uma sala expositiva detalhando todos os processos históricos, linguagens e atualidades sobre o tema de comércio digital no mercado mundial. Inicialmente, a sala conteria uma ‘tour’ detalhando cada processo, iniciando com a definição do comércio digital, as classificações das principais vertentes do mesmo como B2B (business to business), B2C (business to consumer) e C2C (consumer to consumer), os principais comércios digitais e o futuro do mesmo. O projeto final foi planejado como uma apresentação do tema E-Commerce para o público e ao final, uma dinâmica por método de ‘gameshow’ de perguntas e respostas, divididas em quatro grupos de quatro pessoas cada, com uma lousa de 30 giz utilizada como método de comunicação das respostas. Foi feito com a intenção de apresentação no dia da Feira Tecnológica da ETEC. O nome do trabalho foi pensado e decidido como ‘Olhar Digital’, já que como o comércio digital em si não é tão atraente, a sociedade atual está habituada ao uso de tecnologias em seu dia a dia, mas não em suas oportunidades econômicas, então o projeto todo foi criado nesta ótica digital, resultando no título. Será realizado durante a feira, na sala 6, em três sessões de aproximadamente 50 minutos cada, dividindo os times do gameshow entre ‘Amazon’ (equipe amarela), ‘Mercado Livre’ (equipe azul), ‘Netshoes’ (equipe roxa) e ‘Americanas’(equipe vermelha) e entregando uma lousa com giz para cada. No início, a sala seria fechada após a entrada dos grupos e cada integrante explicaria sua parte por meio de uma apresentação de slides. A apresentação conteria informações básicas para que os espectadores tenham a noção do tema. Após a apresentação do tema, outro slide com as perguntas seria mostrado e os grupos teriam 30 segundos para responder e levantar as placas com as respostas. Os pontos, contados por um integrante, resultam no vencedor ao final do trabalho. Entre os materiais planejados para utilização na feira, estão as lousas, o giz e a decoração, que conta com alguns pratos decorados em forma de emojis e alguns adesivos, totalizando R$ 30,00. No fim do trabalho, a premiação seria de balas para todos os participantes, e doces para os 4 participantes do grupo vencedor. Um sorteio seria realizado para todos que assistiram o trabalho e o prêmio totalizava 25 reais em crédito no aplicativo Uber, ou um mês grátis no aplicativo Spotify. Ultimando, seria aplicada uma pesquisa de satisfação para todos os participantes, além de contarmos com a ajuda de um aluno do 3º Administração para a captura de imagens durante o trabalho, como forma de feedback do projeto. 3.2 Análise de Resultados 31 A atual atmosfera econômica se manifesta como um local de extrema concorrência, principalmente para os jovens que estão adentrando o mercado de trabalho sem experiências anteriores. Entretanto, a última década inseriu um novo ambiente econômico, moderno e competitivo, que abriu portas para o futuro das lojas: a internet. O varejo online, por mais que muito popular adentre os jovens e adultos da sociedade brasileira, não é debatido em referência às suas possibilidades econômicas. O objetivo deste trabalho é conscientizar os alunos do ETIM Administração do colégio ETEC Machado de Assis a respeito de tudo que o e-commerce pode acrescentar nos ideais empreendedores que já são desenvolvidos durante todo o curso de administração deste ambiente educandário. Para que este problema fosse ao fim solucionado, uma apresentação básica foi criada respondendo a todas as possíveis dúvidas dos estudantes. O objetivo da apresentação foi mostrar, de forma prática e visual, estas oportunidades, apresentando dados básicos sobre a internet, as lojas digitais, os influenciadores presentes nas redes sociais e o futuro e desafios do e-commerce. O apresentação contou com a presença dos quatro integrantes do trabalho (Gabriel Botan, Isabela Sales, Lais David e Rafaela Pires) e a ajuda da aluna Luana Romano, a aluna Jéssica e a funcionária Mayara para a captura de imagens e vídeos do trabalho. Foram originalmente planejadas duas sessões de trinta minutos, com quatro grupos de quatro integrantes, contrariando o que realmente foi realizado de fato, com ambas sessões beirando a duração de uma hora e com mais participantes que apenas compareceram a apresentação. Como planejado, duas sessões foram realmente aplicadas na escola, porém com um número de espectadores muito maior. De início, o grupo apresentou os dados básicos sobre comércio digital. O trabalho se inicia com a apresentação do slide, onde os iniciais detalharam o início da internet no Brasil e no mundo. Em 32 seguida, os dados sobre o ambiente digital e o comércio, seus elementos e principais websites. Concluindo, o futuro do e-commerce e o marketing digital. Figura Depois do slide, foram esclarecidas as dúvidas dos participantes do trabalho e assim, o gameshow foi iniciado. Divididos em grupos nomeados atrás dos maiores comércios digitais ‘Amazon’ ‘Mercado Livre’, ‘Netshoes’ e ‘Americanas’, foram concedidas lousas e giz para que cada um dos grupos respondesse em secreto e levantasse a resposta certa. O processoocorreu como o esperado, e ambos grupos Mercado Livre venceram o jogo. Ao fim de ambas as sessões, foram realizados as pesquisas de satisfação e a participação de todos no sorteio pelo cartão de Uber ou um vale presente no site da Americanas. 33 Foram realizadas 50 pesquisas de satisfação e os resultados foram calculados. 34 Os resultados da pesquisa atenderam a satisfação esperada, e é possível analisar que os resultados levemente negativos se levaram a não concluir uma porcentagem invicta, de acordo com os espectadores do trabalho, se dá ao tema muito atual que trouxe o grupo a fazer uma apresentação extremamente dinâmica e com um tom informal, contrastando a ideia prejulgada que o trabalho de conclusão de curso de Administração deveria conter um tom mais metódico. O grupo conclui que o tema Comércio Digital é por si muito aberto e seria necessária mais análises para um trabalho mais centrado, porém os resultados foram extremamente positivos, contando com louvores dos que assistiram. O tema é futuro e os diagnósticos realizadas em ambos os trabalhos de revisão de literatura como a parte prática e a análise de resultados se mostram como uma base de tema para estudos futuros, considerando que o mundo está se digitalizando cada vez mais. 35 Referências Bibliográficas ALBERTIN, Albert. Evolução do Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro. Anais do BALAS, 2000 ARBACHE, Fernando Saba; GARNIER, Almir Santos, MONTENEGRO, Christoper; Gestão e Logistica, Distribuição e Trade Marketing, 4 ed. São Paulo: FGV, 2011 BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas da administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989 CARVALHO, Eduardo. E-commerce Brasileiro, a velocidade do crescimento. 07 jun, 2014 CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 7 ed. São Paulo: Manole, 2013 DEITEL, H. M,; DEITEL, P. J.; STEINBUHLER, K. e-Business e e-Commerce para Administradores. São Paulo; Pearson, 2004 DIZARD, Wilson. A nova mídia. Rio de Janeiro; Jorge Zahar, Ed., 2000 FAGUNDES, E. Comércio Digital. Artigo. Disponível em: <www.efagundes.com.br> Acesso em 29 de agosto de 2018 FALDA, Nilza Helena. REGONATO, Renan. FRASCACELI, Renan. Inteligência no Marketing Digital. G&P: Pederneiras, 2016 FERNANDES, Andréa G. E-governo no Brasil: experiências e perspectivas. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 8, n. 15, p. 21-24, jun, 2001 GALLI, Fernanda Correa Silveira. Linguagem da Internet: um meio de comunicação global . Dissertação. São Paulo: NEHTE, 2012 GARCIA CANCLINI, Nestor Garcia, Consumidores e cidadãos. Conflitos multiculturais da globalização, Rio de Janeiro; Jorge Zahar Ed., 2000 36 GOETHALS, Karen; AGUIAR, Antonia; ALMEIDA, Eugenia. Historia da Internet. Dissertação (Mestrado em Gestão da Informatica). Faculdade de Engenharia da Universidade de Porto, 2000 HIJJAR, Maria; FLEURY, Paulo. Serviço ao cliente e desempenho logístico no varejo online. Dissertação. ESPM: Rio de Janeiro, 2011 KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. Tradução de Sônia Midori Yamamoto. 14. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012 LIMERA, Tânia M. Vidigal. E-Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003 MANCILLA, Omar Reyes. A importância da Internet para o desenvolvimento de vendas no Brasil. Dissertação. Assis: FEMA, 2014 MARCIEL, Debora Paiva, SILVA, Andressa de Souza, NOURA, Fabricio Gomes, MORAIS, Judith Monteiro, SILVA, Nalrilene Teixeira. Evolução histórica do comercio, FCAT; Pará, 2012 MATA, Dejair Favato. O impacto das redes sociais na sociedade digital. Dissertação, FATEC: São Paulo, 2012 MITHIDIERI, Thiago. A evolução do ecommerce no Brasil. Disponível em: <ecommerce.com.br/artigos/evolucaoecommerce> Acesso em 29 de junho de 2018 NAKAMURA, Rodolfo Reijiro. E-Commerce na internet: Fácil de entender. São Paulo: Érica, 2001. NOVAIS, A. G. Logistica e gerenciamento da Cadeia de distribuição. Elsevier. Rio de janeiro, 2007 RAMOS, Eduardo et al.; Comercio Online. São Paulo; FGV Management, 2013 SAKATE, Marcelo; SBARAI, Rafael. O Facebook engole o mundo, Veja, ¿¿¿¿¿ 2255 – ano 45 – nº6, p. 76-87, Editora ABRIL, 8 fev, 2012 SANTO, Laine Jesus do Espírito. Uma abordagem metodológica do e-commerce. Dissertação. UFB: Salvador, 2014 SILVA, Cristiane Rubim Manzina da; TESSAROLO, Felipe Maciel. “Influenciadores Digitais e as Redes Sociais enquanto plataformas de mídia”. In: XXXIX Intercom – Sociedade Brasileira de estudos interdisciplinares da Comunicação. Congresso Brasileiro de ciências da comunicação. São Paulo, 2016 SILVA, Isabela Falção. E-Commerce e a bolha da internet no final do século 20. Dissertação. PUC; Rio de Janeiro, 2008 TORRES, Claudio. A bíblia do marketing digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec, 2009 UEHARA, Leonardo. Evolução do processo logístico no varejo virtual. Dissertação. UFRJ: Rio de Janeiro, 2000 37 VAZ, Conrado Adolpho. Google Marketing: o guia definitivo de marketing digital. São Paulo: Novatec, 2010
Compartilhar