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Slides Gestao Credito

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 Transmitir os conhecimentos técnicos necessários que permitam aos participantes a
análise e tomada de decisões sobre os Riscos de Crédito nas relações comerciais.
 Incentivar os participantes para que possam estruturar conhecimentos, desenvolvendo a
capacidade de reflexão, análise e síntese.
 Focalizar de forma ampla e identificar os principais recursos para a adequada
classificação do Risco de Crédito, antecipando medidas para recuperar e mitigar o risco,
com menor exposição às perdas financeiras.
 Capacitar os participantes com as boas práticas para o exercício competente de avaliação
e gestão do portfólio de clientes tomadores de crédito.
 Proporcionar que os participantes possam atuar de forma diferenciada, adotando a
postura correta e proativa diante de situações imprevistas.
1. GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO 
2. INTRODUÇÃO AO CRÉDITO
3. ANÁLISE DE CRÉDITO – Pessoas Físicas
5. ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES DOS SÓCIOS
6. OS RISCOS DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS
7. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE GESTÃO DA EMPRESA
8. GARANTIAS
9. CLASSIFICAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
10. BEHAVIOR SCORE 
11. CREDIT SCORE 4. ANÁLISE DE CRÉDITO – Pessoas Jurídicas
12. PASTA DE CRÉDITO / CADASTRO
13. POLÍTICAS E GESTÃO DO CRÉDITO
14. ACORDO DE BASILEIA II
Gerir risco de crédito significa avaliar o risco envolvido em cada operação, discriminar a
capacidade de pagamento do cliente, adequar o melhor produto para a necessidade do
tomador, desenvolver o processo mais adequado para fazer concessões, planejando o
produto, o mercado e criando um modelo operacional eficaz.
DEFINIÇÃO
Sendo mais direto, podemos dividir as etapas do risco em:
 Concessão do Crédito
 Cobrança de Inadimplência
Isso faz com que estejamos sempre repensando o próprio produto e até o mercado.
 Manutenção do Crédito
É onde conhecemos o cliente. Como ainda não temos experiência com ele, a “chave” está
em descobrir como será o seu comportamento, doravante. É neste momento que nos
valemos dos chamados “Credit Score”, baseados em informações cadastrais e não
comportamentais. Podemos prever comportamentos futuros através de informações
cadastrais. Por esse motivo, junto às informações e demais ferramentas estão os
processos operacionais.
Desse modo, podemos responder: Quem merece crédito? Qual o produto adequado? Qual
o valor? Qual a melhor forma de pagamento? Qual o risco nesse caso e o lucro estimado
na operação?
CONCESSÃO
Na manutenção, o cliente já conhecido tem histórico e assim podemos prever novos
comportamentos com melhor precisão. A ferramenta moderna chama-se “Behavior
Score”.
Trata-se de um modelo estatístico baseado no histórico do próprio cliente. A manutenção
em gestão de risco está diretamente ligada a ações de venda de produtos e intensificação
do relacionamento. Claro, desde que a empresa “conheça muito bem o seu cliente”.
Cada vez mais, a técnica substitui o “achismo” e a objetividade ocupa o seu espaço. A
experiência e a sensibilidade dos profissionais dessa área são fundamentais para
potencializar essa objetividade.
MANUTENÇÃO DO CRÉDITO
O Planejamento do risco é a “chave” do negócio. O planejamento começa na própria
definição do produto e do mercado que será prospectado e “atacado”.
Agora, ao perceber que o cliente começa a apresentar sinais de fragilidade, é
imprescindível ficar atento e buscar soluções conjuntas, evitando que a situação se agrave.
É nessa hora que devemos reavaliar as garantias e verificar se ainda estão adequadas ao
risco proposto.
Será uma decisão estratégica não permitir que o débito escape ao controle e torne-se
irrecuperável. A rapidez e agilidade são fundamentais.
COBRANÇA DE INADIMPLÊNCIA
A intermediação financeira é a primeira atividade de um banco. Em sendo assim,
emprestar dinheiro e financiar a aquisição de bens deve ser sua principal fonte de
receita. Por meio do crédito, as pessoas satisfazem suas necessidades de consumo e
aquisição de bens.
Por seu turno, as empresas suprem suas necessidades de recursos para capital de giro
e de investimentos de longo prazo.
Como vemos, num banco, o crédito é elemento tradicional no relacionamento cliente-
banco.
 Funções, Importância e Objetivos
CONCEITOS GERAIS
No comércio, o crédito é um facilitador da venda. O comerciante incrementa o seu
negócio à medida que o cliente adquire o bem, para satisfazer à sua necessidade.
Na indústria, ocorre também esse fenômeno ao disponibilizar linhas de crédito para
financiar os seus clientes e incrementar as vendas dos seus produtos.
 Funções, Importância e Objetivos
CONCEITOS GERAIS
A figura abaixo retrata essa atividade:
 Funções, Importância e Objetivos
CONCEITOS GERAIS
O crédito também tem um importante papel socioeconômico, pois possibilita realizar
projetos e sonhos, e estimula o consumo aumentando a demanda na economia.
Por outro lado, sem uma adequada utilização, pode levar as pessoas e empresas a
ficarem reféns do seu próprio endividamento excessivo.
 Funções, Importância e Objetivos
CONCEITOS GERAIS
O conhecimento do mercado-alvo é preponderante para planejar as ações estratégicas que
serão adotadas pela instituição. Esse estudo propicia que se assimile os vários fatores e
características do mercado. As informações referentes ao macroambiente são muito úteis,
pois nortearão o foco do negócio.
Ao operar num mercado que venha oferecer maior risco de perdas, a instituição deverá
possuir mecanismos de avaliação que permitam ações rápidas de reestruturação das
operações evitando a inadimplência em seu portfólio de clientes. O acompanhamento
diário do comportamento dos clientes, nos vários produtos, favorece a tomada de decisão
e pode minimizar os riscos.
IMPORTÂNCIA DA SEGMENTAÇÃO DO MERCADO
Existem alguns setores de atividades que, por sua própria natureza, são mais sensíveis
aos problemas de liquidez, principalmente, aqueles que trabalham com grandes volumes
de vendas e baixa lucratividade ou que dependam de fatores climáticos. É o caso, por
exemplo, dos pequenos agricultores e alguns setores de varejo, como revendedores de
combustíveis, supermercados, etc.
IMPORTÂNCIA DA SEGMENTAÇÃO DO MERCADO
Crédito é uma transação Bancária / Comercial em que um tomador / comprador adquire um
bem ou serviço, mas só fará o pagamento depois de algum tempo determinado.
 CONFIANÇA - expressa na promessa de pagamento.
 TEMPO - espaço entre a formalização e a liquidação da dívida.
 RECURSOS - fontes para honrar o compromisso.
O crédito pressupõe três aspectos fundamentais:
CONCEITO DE CRÉDITO
Crédito é, antes de tudo, um exercício de bom senso, que deverá estar aliado a uma
análise fria e criteriosa das informações disponíveis sobre o cliente e seu garantidor, tais
como:
Informações cadastrais
Situação econômico-financeira
Caráter
Vínculo empregatício, conforme o caso
Gestão do negócio
Conhecimento do ramo de atividade
Capacidade gerencial
CONCEITO DE CRÉDITO
"Um crédito mal analisado, omisso 
quanto às normas, procedimentos e 
Lei é inadmissível."
“Um crédito vencido e não pago, mas 
tecnicamente bem analisado, ainda é 
aceito e faz parte do risco."
Os limites de crédito dos clientes devem estar
diretamente ligados à sua capacidade de pagamento.
As políticas de crédito de uma instituição devem considerar os riscos que o mercado-alvo
representa. De acordo com o nível desses riscos, a instituição poderá ser mais ou menos
exigente. Caberá à área de crédito, conforme o caso, juntamente com a área comercial,
analisar o nível de exposição aceitável.
CONCEITO DE CRÉDITO
Pessoas Físicas
Para ser aprovado um crédito, é condição essencial 
que o cliente esteja dentro do mercado-alvoprospectado pela instituição e ter preenchido 
todos os requisitos que compõem a base
da proposição a ser analisada.
 Entrevista
O contato pessoal e direto com o cliente é o ponto de partida e condição primordial para
avaliar aspectos subjetivos do crédito, que não conseguimos detectar através da ficha
cadastral, tais como:
 Impressão pessoal
 Segurança
 Contradições
 Estilo de personalidade
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS BÁSICOS
 Visita
Dependendo do valor envolvido, ramo de atividade, pouco conhecimento do cliente, etc.,
é importante que se faça visita a seu local de trabalho.
 Ficha Cadastral
 Validade: 12 meses
 Informações cadastrais: 6 meses
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS BÁSICOS
 Cadastro Tipo “A”
Para créditos de menor valor.
 Consultar: Proponente e Garantidor
− SERASA
− CCF - Banco Central
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS BÁSICOS
 Cadastro Tipo “A”
Anexar às Fichas Cadastrais do Proponente e do Garantidor os seguintes documentos,
confrontando as cópias com os originais:
 Comprovação de renda
 Comprovação de residência
 CPF
 Identidade
 Declaração de bens
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS BÁSICOS
 Cadastro Tipo “B”
Para créditos de maior valor.
 Consultar
− SERASA
− CCF - Banco Central
− Passagens em Bancos e Financeiras
− Obter informações da empresa da qual é sócio, conforme o caso
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS BÁSICOS
Anexar às Fichas Cadastrais do Proponente e do Garantidor os seguintes documentos,
confrontando as cópias com os originais:
 Comprovação de renda
 Comprovação de residência
 CPF
 Identidade
 Última declaração de Imposto de Renda (completa)
 Comprovação de patrimônio
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS BÁSICOS
 Cadastro Tipo “B”
Nesse momento, o responsável pelo crédito deverá estar bem preparado, com
atenção e com todas as informações disponíveis. Por mais simples que possa
parecer a análise e por mais sólida que se apresente a situação econômico-
financeira do cliente, o responsável pela análise deverá ser extremamente criterioso,
pois estará iniciando um processo que culminará com a liberação de recursos da
instituição.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
 Histórico do Cliente
 Comentários gerais sobre o trabalho
 Tempo na empresa
 Cargo que ocupa
 Renda mensal
 Caráter
 Situação patrimonial (bens c/ônus, bens s/ônus, dívidas, etc.)
 Liquidez do patrimônio
 Impressão pessoal
 Outras informações relevantes
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
 Finalidade
 Qual é a finalidade do crédito?
 É razoável e fundamentada?
 Tem apoio legal?
 Prazo
 Qual é a fonte de recursos que irá pagar o compromisso?
 O prazo está compatível com os meios de pagamento?
 Haverá necessidade de prorrogação?
 Por quanto tempo mais?
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
 Experiência Anterior
 É cliente antigo?
 Valores operados no passado
 Periodicidade
 Pontualidade nos compromissos
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
 Cadastro - Proponente e Garantidor (SERASA)
 Comentários sobre as informações cadastrais
 Fontes consultadas
 Outras informações relevantes, se existirem
 Se houver algum desabono, tem que ser documentado e justificado
 Histórico do Garantidor
 Fazer comentários nos mesmos moldes do histórico do proponente.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
 Garantias
Como condição básica, o que recomenda a concessão de um crédito é a situação
econômico-financeira do tomador. Ele é o nosso alvo principal.
A exigência de uma garantia dá à instituição uma condição mais confortável, para o caso
de alguma coisa ocorrer com o tomador, que não tenha sido prevista na análise. Como
regra geral, todas as operações de crédito deveriam ser suportadas por algum tipo de
garantia.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
 Garantias
Nesta fase da análise, o responsável deve comentar sobre a garantia que está
solicitando ao tomador, justificando sua compatibilidade com o risco proposto.
É comum operar com clientes proprietários de empresas. Nos casos em que o
pagamento advém dos recursos gerados da atividade dessas empresas, é obrigatório
atender às instruções no capítulo específico.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
Pessoas Jurídicas
 Ficha Cadastral
 Validade: 12 meses
 Informações Cadastrais - validade: 6 meses
SERASA
CCF – Banco Central
Passagens – Bancos e 
Financeiras
 Contrato Social com registro na Junta Comercial
 Alteração Contratual com registro na Junta Comercial
DOCUMENTOS BÁSICOS
DOCUMENTOS BÁSICOS
 Procurações
 Balancete Atual (seis últimos meses)
 3 últimos Balanços
 C.N.P.J. (sem restrições) e Inscrição Estadual
 Liquidez
 Capitalização
 Rentabilidade operacional
 Capacidade de pagamento
 Porte da empresa em relação ao risco de crédito
De posse de todas as informações, o responsável pelo crédito deverá analisar:
DOCUMENTOS BÁSICOS
A análise não deve restringir-se apenas às informações dos balanços, pois, muitas vezes,
os números não espelham a real situação da empresa. Para reforçar estes aspectos, é
necessário obter informações extras do cliente sobre os números verdadeiros da sua
empresa e registrá-los na Proposta de Crédito. Os balanços terão que ser enviados para o
Departamento de Crédito analisar os números e extrair os índices. Apesar dos números
não serem auditados e, às vezes, não refletirem a real situação da empresa, é importante
que tenhamos também esses indicadores como uma das peças que compõe a proposição
de crédito.
DOCUMENTOS BÁSICOS
Abaixo, mencionamos as principais informações que devem ser levantadas junto ao cliente,
quando da visita às instalações da sua empresa, que servirão de base para a análise da
viabilidade do negócio com a instituição financeira. Essas informações devem ser
registradas na formalização do crédito.
1. Qual é o faturamento real mensal dos últimos cinco anos e a evolução das vendas,
eliminando o fator inflacionário? Qual é o percentual de vendas à vista?
GUIA DE VISITAS
2. Qual é o número de funcionários?
3. Há quanto tempo a empresa opera no mercado? A que grupo pertence? Os sócios têm
conhecimento do ramo?
4. Qual é o volume atual de cobrança, prazo médio, valor médio das duplicatas?
5. Em quantos dias dá-se a rotação de seu estoque e qual o volume financeiro (produtos
acabados)?
 A situação é normal?
 Os produtos estão deteriorados?
 Os produtos estão obsoletos?
 Os produtos são invendáveis?
GUIA DE VISITAS
6. Qual é o endividamento atual, curto e longo prazos, com que Bancos opera e que
produtos está utilizando? Confrontar com o SCR do Bacen.
7. Com que margem líquida a empresa está operando?
8. Quais são seus principais clientes e a participação desses clientes no faturamento?
9. Quais são seus principais fornecedores?
10. Quais são seus principais concorrentes?
GUIA DE VISITAS
12. Qual é a situação do contas a receber (volume, prazo e nível de inadimplência dos
últimos doze meses)?
13. Qual é o valor comercial dos imóveis que compõem o ativo da empresa?
11. Qual é o volume de estoque de matéria-prima?
 Situação normal?
 Dificuldade de aquisição?
 Há especulação?
 Qual é o volume financeiro?
14. Qual é a situação do mercado da empresa e suas perspectivas?
GUIA DE VISITAS
15. Qual é a finalidade do limite?
 É razoável e fundamentado?
 Tem apoio legal?
16. O que causou a necessidade do crédito?
 Aumento nas vendas?
 Aumento dos prazos de pagamentos?
 Despesas imprevistas?
 Especulação com estoques?
 Dificuldades nas vendas?
 Outros?
GUIA DE VISITAS
17. Prazo: o cliente tem capacidade para gerar recursos dentro do prazo previsto para
pagamento?
18. Utiliza-sede imóvel alugado? Qual é o valor do aluguel e o prazo do contrato?
19. Caráter sucessório na administração familiar. Existe fator crucial?
GUIA DE VISITAS
Informações complementares sobre a empresa
 Localização da empresa
 Vias de acesso
 Turnos de trabalho
 Instalações
 Qualidade dos equipamentos em comparação com os concorrentes
 Impressão pessoal (ordem, layout, aparência dos funcionários, segurança, etc.).
Numa empresa mais ou menos organizada e com uma estrutura definida,
independente do porte, é possível detectar alguns aspectos que possam reforçar
ou anular uma proposta de crédito.
Os aspectos que nos referimos estão relacionados abaixo, e devem ser considerados
em sua totalidade ou de acordo com o porte da empresa.
É importante que a empresa tenha bom conceito junto a bancos, fornecedores, clientes e 
concorrentes; que seus principais administradores tenham capacidade profissional e gerencial, 
experiência no ramo, honestidade, reputação e boas informações cadastrais; 
que a empresa não dependa da atuação e sucesso de apenas uma pessoa; 
e que tenha razoável autonomia para dar continuidade às operações 
quando da ausência de seu principal administrador.
 Entrevista / Visita
O contato pessoal com o cliente é o ponto de partida e condição primordial para avaliar
aspectos subjetivos do crédito que não conseguimos detectar através da ficha cadastral,
tais como:
 Impressão pessoal
 Segurança
 Contradições
 Estilo de personalidade
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
 Informações estruturadas sobre os sócios
Ex: Ficha cadastral (validade: 12 meses)
 Informações do Mercado (validade de 6 meses)
– Pendências financeiras: comercias e bancárias
– SERASA
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
 Checar e anexar à ficha cadastral dos sócios
 Comprovação de residência
 CPF
 Identidade
 Última declaração de Imposto de Renda (completa)
 Comprovação do patrimônio
CONDIÇÕES E DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
As demonstrações financeiras constituem-se numa das grandes fontes de informações para
auxiliar nas decisões de crédito.
As sociedades anônimas publicam as suas demonstrações financeiras e de forma comparativa.
As sociedades por quotas de responsabilidade limitada não são obrigadas a publicar seus
balanços. É aí que reside o perigo. Fundamentar a análise em números que não espelham a real
situação da empresa pode levar a decisões equivocadas, expondo a instituição a perdas
potenciais.
Uma das principais finalidades da Contabilidade é demonstrar 
periodicamente a situação patrimonial, financeira
e de rentabilidade das empresas.
Essa demonstração é consubstanciada basicamente 
no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultados.
Muito embora a análise dos demonstrativos contábeis de uma empresa forneça, 
normalmente, uma boa ideia de sua situação geral, é preciso esclarecer que podem existir
vários aspectos da empresa não evidenciados por esta análise. Se, por exemplo, 
uma empresa, trabalhando com capacidade ociosa crônica 
de seus equipamentos, ainda consegue razoável rentabilidade, aquele fato poderá 
ficar encoberto numa simples análise de seus demonstrativos. 
Desde que tal fato seja descoberto, através de um estudo mais completo da empresa, 
a ociosidade poderá ser eliminada, com o consequente aumento da rentabilidade. 
Em virtude de fatos como este, um perfeito diagnóstico econômico e financeiro de uma empresa 
deverá incluir outras análises, além da de seus demonstrativos contábeis.
A constatação pura e simples de diversos índices relativos a um único 
demonstrativo de resultados e um único balanço poderá oferecer conclusões
de alguma valia para o observador. Entretanto, são conclusões bastante 
limitadas em relação ao que se poderia obter, comparando esses números 
com os dos exercícios anteriores e com os de outras empresas 
do mesmo ramo ou do mesmo porte.
Pode-se dividir a análise das Demonstrações Financeiras em análise da situação
financeira e análise da situação econômica. Inicialmente, analisa-se a situação
financeira e, após, a situação econômica. Posteriormente, juntam-se as conclusões
dessas duas análises.
Apresentamos a seguir, um quadro que resume os principais índices que devem ser
utilizados na análise de balanço das empresas clientes e desde que os números dos
balanços sejam confiáveis.
INDICADORES FINANCEIROS
Demonstra quanto o PL foi 
imobilizado no AP.<
Imobilização do 
Patrimônio Líquido
IPL
100
PL
AP

Demonstra o grau de 
endividamento da empresa 
versus capital próprio.
<
Participação de 
Capitais de 
Terceiros
PCT
100
PL
 CT

Descrição
Observações
Melhor 
situação
Fórmula
Índice
Sigla
Demonstra disponibilidades de 
curto e longo prazos para 
saldar a totalidade das dívidas.
>Liquidez GeralLG
ELP PC
RLP AC


Indica disponibilidade a curto 
prazo em relação às dívidas 
também de curto prazo.
>Liquidez CorrenteLC
PC
 AC
Indica % das vendas 
convertido em LL.>Margem LíquidaML
VL
 LL 
 Participação de Capitais de Terceiros
Este índice, obtido através da comparação entre Capitais de Terceiros e o Patrimônio Líquido
(CT/PL), demonstrará o grau de endividamento da empresa.
Se analisarmos o Balanço Patrimonial, observaremos:
Grupos de Contas X1 X2 X3
Capitais de Terceiros 5.244 8.672 15.562
Patrimônio Líquido 11.218 23.094 34.058
Índice 0,467 0,37 0,457
Como se observa, este índice relaciona as duas grandes fontes de recursos da empresa,
quais sejam: recursos próprios e de terceiros, de forma que, quanto maior a relação entre o
CT/PL, menor a liberdade da empresa, para suas decisões financeiras.
Grupos de Contas X1 X2 X3
Capitais de Terceiros 5.244 8.672 15.562
Patrimônio Líquido 11.218 23.094 34.058
Índice 0,467 0,37 0,457
 Participação de Capitais de Terceiros
Entretanto, a perda da liberdade pode ser justificada, diante de uma expectativa de
incremento dos lucros das empresas.
Cabe ressalvar que a capacidade de endividamento das empresas pode ser influenciada
por variáveis, tais como: capacidade de geração de recursos, liquidez, em termos de
permitir uma maior reciprocidade bancária e, consequentemente, desfrutar de uma maior
capacidade de renovação dos empréstimos e/ou obtenção de novos.
Assim sendo, o comportamento desejável deste índice é: quanto menor melhor, pois,
evidentemente representaria maior flexibilidade financeira e uma possível redução de
despesas financeiras.
 Participação de Capitais de Terceiros
 Imobilização do Patrimônio Líquido
O índice é obtido da comparação entre o Ativo Permanente e o Patrimônio Líquido (AP/PL),
demonstrando quantas unidades de moeda foram aplicadas em Ativo Permanente para cada
R$ 1,00 de Patrimônio Líquido.
Analisando o Balanço Patrimonial, observamos:
Grupos de Contas X1 X2 X3
Ativo Permanente 5.460 8.316 19.620
Patrimônio Líquido 11.218 23.094 34.058
Índice 0,486 0,360 0,576
Grupos de Contas X1 X2 X3
Ativo Permanente 5.460 8.316 19.620
Patrimônio Líquido 11.218 23.094 34.058
Índice 0,486 0,360 0,576
Observamos, neste caso, grandes oscilações no comportamento do 
índice que, de forma geral, demonstrou-se ascendente.
 Imobilização do Patrimônio Líquido
Tal expectativa choca-se com o desempenho desejável, qual seja, quanto menor melhor,
sobretudo, tendo-se em vista que, quanto maiores os investimentos no Ativo Permanente,
menor a parcela do Patrimônio Líquido destinada ao financiamento do Ativo Circulante.
Em linhas gerais, tal situação poderia determinar uma maior necessidade de capitais de
terceiros para o circulante, o que pode ser agravado em regimesinflacionários, face aos
constantes aumentos desta necessidade.
No caso em análise, podemos constatar que tal predição se comprova, pois ocorrem
incrementos do endividamento à medida que se amplia a imobilização do PL.
 Imobilização do Patrimônio Líquido
 Liquidez Geral
A partir deste momento, passaremos a desenvolver alguns índices de liquidez, através dos
quais procuraremos avaliar a saúde financeira da empresa.
De uma forma geral, deve-se tomar cautela na interpretação destes índices, sobretudo em
função dos entendimentos genéricos, muitas vezes apresentados.
No caso específico, a Liquidez Geral procura confrontar o Ativo Circulante + Realizável a
Longo Prazo com o Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo (AC + RLP/(PC + ELP)),
indicando desta forma quantos R$ a empresa possui no AC + RLP para fazer frente a cada
R$ de dívida total.
Se analisarmos o Balanço Patrimonial, temos:
Grupos de Contas X1 X2 X3
AC + RLP 11.620 22.000 23.000
PC + ELP 5.244 8.672 15.562
Índice 2,22 2,54 1,48
 Liquidez Geral
Muito embora o comportamento desejável para estes índices seja, quanto maior melhor,
poderemos através de seus resultados obter outras expectativas, tais como: índice menor
que 1, indicando a existência de capitais de terceiros no AP, o que além das discutíveis
implicações desta política, ainda gera correção monetária credora e tributável pelo imposto
de renda, decorrente do lucro inflacionário.
Apesar destas considerações, o fato de uma empresa apresentar liquidez maior que 1, não
implica, necessariamente, que a mesma esteja honrando seus compromissos pontualmente
diante dos vencimentos. Poderíamos, ainda, afirmar que a liquidez geral será 1 + a relação
entre o Capital Circulante Próprio e as dívidas totais.
 Liquidez Geral
 Liquidez Corrente
O índice de Liquidez Corrente é obtido do confronto entre o Ativo Circulante e o Passivo
Circulante (AC/PC), indicando quantas unidades monetárias a empresa possui disponíveis a
curto prazo para cada unidade de moeda de dívida, também a curto prazo.
Analisado o Balanço Patrimonial, observamos:
Grupos de Contas X1 X2 X3
Ativo Circulante 9.802 19.000 20.000
Passivo Circulante 4.340 7.422 12.742
Índice 2,258 2,559 1,569
Vale também para a análise de Liquidez Corrente as cautelas relativas aos valores
intrínsecos dos índices, que muitas vezes revelam excelentes resultados que nem sempre
existem na realidade.
De uma forma geral, o comportamento desejável para o índice de Liquidez Corrente é,
quanto maior melhor.
 Liquidez Corrente
Entretanto cabem algumas observações quanto ao desempenho deste índice:
 Índice igual a 1 positivo
Pode indicar equilíbrio financeiro na gestão diária das operações.
 Índice igual a 2 positivo
Difundido universalmente como ótimo, entretanto, vale observações anteriores.
 Ascendente
Num mercado de altos custos financeiros é desejável.
 Liquidez Corrente
 Margem Líquida
Este índice é obtido através do quociente entre o Lucro Líquido após o imposto e Vendas
Líquidas (LL/VL).
Do ponto de vista do desempenho, quanto maior melhor. Este índice nos fornece
indicadores sobre os lucros da empresa relativos a cada unidade de moeda vendida.
Analisado o Balanço Patrimonial, teremos:
Grupos de Contas X1 X2 X3
Lucro Líquido 1.311 2.822 4.274
Vendas Líquidas 23.654 37.236 64.196
Margem Líquida 5,54 7,57 6,65
Como se observa, a margem líquida vem demonstrando-se ascendente de x1 a x3 (20%),
em que pese sua queda de 12% de x2 para x3. O que se pode depreender é que os
volumes de vendas têm crescido aquém da evolução do lucro líquido.
Grupos de Contas X1 X2 X3
Lucro Líquido 1.311 2.822 4.274
Vendas Líquidas 23.654 37.236 64.196
Margem Líquida 5,54 7,57 6,65
 Margem Líquida
Após a exposição deste elenco de índices, reiteramos a nossa colocação inicial 
em termos de existirem inúmeros outros índices possíveis de serem calculados.
Para a interpretação dos resultados advindos do cálculo de índices, deveremos confrontá-los 
com os padrões existentes para o setor, obtendo-se comparações mais fidedignas e, 
por decorrência, próximas da realidade.
Finalmente, temos que, mais uma vez, ressaltar o ponto de vista, anteriormente desenvolvido, 
que o resultante da elaboração dos índices e suas análises nos mostrarão mais áreas 
problemáticas do que propriamente soluções, para as quais devemos voltar nossa atenção.
CONCLUSÃO
As empresas são comandadas por pessoas e um bom indicador é a experiência que os
seus gestores possuem sobre o negócio, considerando-se também os estilos de
gerenciar.
A atividade gerencial pode ser dividida em quatro grandes áreas:
 Gerência Geral
 Gerência de Operações
 Gerência Financeira
 Gerência Comercial
Um bom indicador é a experiência que o Gerente Geral possui sobre o negócio,
considerando-se também o seu estilo pessoal de gerenciar.
Devem ser considerados:
Formação
Impressão pessoal
Organização gerencial
Sistema de informações gerenciais (fluxo de caixa, orçamento anual, controle do
lucro / prejuízo por produto ou atividade, controle de duplicatas pagas e
vencidas)
Utilização de assessoria profissional especializada, quando necessário
Gerência Geral
Se a empresa não conseguir produzir adequadamente, o produto ou serviço tornar-se-á
inviável, pouco competitivo.
Devem ser considerados:
Experiência / Formação do gerente
Ciclo de produção
Qualidade e segurança das instalações
Qualidade dos equipamentos da linha de produção
Gerência de Operações
A gestão deficiente dessa área tem sido, historicamente, a causa de sérias
inadimplências de crédito.
Devem ser considerados:
Formação / Experiência do gerente
Planejamento financeiro
Fontes de recursos e respectivas aplicações
Despesas financeiras comparadas com resultado operacional
Conhecimento dos produtos do mercado financeiro
Gerência Financeira
Devem ser considerados:
Formação / Experiência do gerente
Venda de produtos / serviços rentáveis
Capacidade de produção, vendas e entrega no prazo
Cumprimento das metas de vendas
Programa de incentivo aos vendedores
Qualidade da Equipe de Vendas
Gerência Comercial
A garantia será sempre considerada um reforço adicional para dar uma maior segurança
à instituição na concessão do crédito, ou seja, o risco deve ser baseado na capacidade 
do cliente em liquidar o compromisso no prazo estabelecido, independentemente 
da garantia. É imprescindível que o cliente tenha comprovada liquidez 
como resultado da sua atividade operacional.
A obtenção de garantias deve obedecer às seguintes condições:
1. Preferencialmente, obter as mais líquidas (autoliquidáveis) como LTN's - CDB's -
LC's emitidas por entidades financeiras de 1ª linha, ações “Blue Chips”, duplicatas
legítimas e de empresas bem- conceituadas. Entretanto, mesmo autoliquidáveis,
elas podem deixar de sê-lo em caso de falência, impugnação por parte de credores,
sacados que não receberam as mercadorias, etc.
2. Obter as mais facilmente negociáveis e as de melhor qualidade.
3. Observar a margem de segurança para cada tipo de garantia.
4. Quando constituída por valores mobiliários ou títulos, a garantia deve ser
caucionada e custodiada pelo credor.
5. A garantia deve ser objeto de formalização através de contrato ou outro instrumento
que a torne juridicamente eficaz.
6. Conforme o bem dado em garantia, deve ser providenciado o seguro com a
averbação da apólice em favor do Banco / Empresa.
Ex.: Imóveis, barcos, aviões, automóveis, etc.
A obtenção de garantias deve obedecer às seguintes condições:
TIPOS DE GARANTIAS
 PESSOAIS
 REAIS
Têm caráter pessoal, isto é, alguém se obrigaa solver um débito não satisfeito pelo
respectivo devedor principal.
As principais garantias pessoais são:
FIANÇA
AVAL
GARANTIAS PESSOAIS
a) Fiança
▪ Deve ser verificada a situação econômico-financeira dos fiadores.
▪ Necessidade de outorga uxória, sendo nula a fiança prestada pelo cônjuge sem a
assinatura do outro.
▪ Deve ser obtida a anuência dos fiadores nos aditamentos aos contratos afiançados.
GARANTIAS PESSOAIS
a) Fiança
Nota: Para que o fiador seja considerado solidário, tem que estar
declarado no contrato. Caso não esteja, o fiador poderá arguir
o benefício de ordem. Com isso, os bens do devedor são
executados primeiro.
GARANTIAS PESSOAIS
b) Aval
▪ Verificar e avaliar a situação econômico-financeira do avalista.
▪ Obter o aval do cônjuge face o disposto no novo Código Civil.
▪ O avalista assume inteira responsabilidade pelo pagamento do título, sendo tão
responsável quanto o devedor, por isso, ele pode ser executado antes mesmo do
emitente do título.
GARANTIAS PESSOAIS
b) Aval
Nota: Por lei, todo avalista é solidário com o devedor. O avalista não
poderá arguir o beneficio de ordem. Os bens do avalista
podem ser executados antes dos bens do devedor.
GARANTIAS PESSOAIS
c) Fiança e Aval dados por Pessoa Jurídica
▪ Para terem validade, tanto o aval quanto a fiança, estão sujeitos à autorização
expressa nos Estatutos / Contrato Social da Empresa. Se a mesma não houver, os
sócios da Empresa terão que, através de Reunião de Diretoria, deliberar sobre a
matéria. Com esse assunto aprovado e constante na Ata de Reunião, devidamente
registrada na Junta Comercial, a fiança ou aval poderão ser aceitos pelo credor. No
caso de Sociedade Anônima (S/A), há a necessidade de publicação na imprensa
oficial. Em qualquer dos casos, o Departamento Jurídico deve ser consultado antes da
feitura da Proposta de Crédito.
GARANTIAS PESSOAIS
▪ Deve ser verificada a situação econômico-financeira da empresa fiadora / avalista.
Têm como objetivo pôr o credor a salvo da insolvência do devedor. Com a sua outorga,
a coisa dada em garantia fica sujeita por vínculo real ao cumprimento da obrigação
(artigos 1419 até 1430 do Código Civil).
A garantia real é indivisível, isto é, serve apenas para o crédito a ela referente.
Ocorrendo perda, extravio, diminuição, deterioração ou desvalorização da garantia, o
devedor é obrigado a reforçá-la ou substituí-la.
GARANTIAS REAIS
É essencial que os bens recebidos em garantia sejam corretamente descritos nos
contratos, com as especificações exigidas por lei.
Os direitos reais de garantia só têm eficácia contra terceiros se houver registro em
cartório, na forma prescrita em lei.
a) Títulos de Renda Fixa
▪ As garantias autoliquidáveis têm por característica o fato de que, os bens que a
constituem, serão conversíveis em dinheiro ao fim de determinado prazo, como é o
caso de Letras de Câmbio, CDB's, LTN's, etc.
▪ Obter do cliente uma autorização, por escrito, para o vínculo dos títulos à operação.
GARANTIAS REAIS
▪ Só deverão ser aceitos títulos de instituições de 1ª linha.
▪ O valor da garantia terá que ser de, no mínimo, 100% do principal + encargos legais
e contratuais.
▪ Adequação dos vencimentos dos títulos ao vencimento do crédito.
b) Ações
▪ Somente aceitar como garantia ações “Blue Chips”.
▪ É essencial que o penhor seja averbado no livro de “Registro de Ações Nominativas”
da sociedade emissora, que fornecerá ao Banco / Empresa a certidão comprobatória
da averbação, após o que, será liberado o crédito.
▪ Como norma geral, a avaliação das ações será feita, no máximo, à base do preço
mínimo cotado durante os últimos 6 (seis) meses de pregão.
GARANTIAS REAIS
▪ Obter do cliente uma autorização por escrito para caucionar as ações.
▪ O valor da garantia terá que ser de, no mínimo, 200% do principal + encargos legais e
contratuais.
▪ Obter uma procuração para o Banco / Empresa poder vender as mesmas ações, caso
necessário.
b) Ações
GARANTIAS REAIS
c) Duplicatas
▪ Relacionadas em borderôs especificando o sacado, praça, valor e vencimento.
▪ Prazo máximo de vencimento: 10 a 20 dias antes do vencimento do contrato.
▪ Verificar a qualidade dos sacados.
▪ Como norma geral, não devem ser aceitas duplicatas contra coligadas.
GARANTIAS REAIS
▪ Como norma geral, não aceitar concentração de valores num mesmo sacado.
▪ O valor da garantia terá que ser de, no mínimo, 150% do principal + encargos legais e
contratuais.
d) Certificados de Ouro
▪ Garantia formalizada através de penhor de direitos creditórios oriundos do “Certificado
de Custódia Ouro” (nominal e transferível), que ficará em poder do credor.
▪ Deve ser verificado também o “Certificado de Análise” onde constará:
• teor de pureza,
• número da barra,
• peso bruto.
GARANTIAS REAIS
▪ O “Certificado de Análise” terá que ser expedido por empresa fundiária, credenciada
pela Bolsa de Mercadorias - BMF, devidamente assinado pelo Químico e Diretores da
Fundidora.
▪ O depositário do ouro deverá ser entidade idônea e credenciada pela Bolsa de
Mercadorias - BMF e Sistema Nacional de Compensação de Negócios a Termo S/A.
GARANTIAS REAIS
▪ O original do “Certificado de Custódia de Ouro”, somente terá validade se o peso do
lingote constar registrado mecanicamente pelo depositário no campo respectivo, e
não apresentar qualquer rasura.
▪ Para valer contra terceiros, o “Certificado de Custódia de Ouro” deve ser registrado no
Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
▪ Verificar a autenticidade da assinatura do custodiante.
▪ O valor da garantia terá que ser de, no mínimo, 150% do principal + encargos legais e
contratuais.
d) Certificados de Ouro
e) Alienação Fiduciária
▪ Modalidade de garantia que transfere ao credor a propriedade da coisa móvel
alienada, ficando o devedor como fiel depositário.
▪ Só poderão ser objetos de Alienação Fiduciária bens industrializados e
comercializáveis, como equipamentos onde constem número de série, de chassis ou
outra marcação industrial específica, individualizando cada item.
GARANTIAS REAIS
▪ Se for equipamento novo, o credor verificará a Nota Fiscal. Se for usado, deverá
haver uma lista completa, discriminando as características dos equipamentos objeto
da alienação, a ser obtida através de laudo de vistoria e avaliação.
▪ Para valer contra terceiros, o instrumento de Alienação Fiduciária deve ser,
obrigatoriamente, arquivado no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do
credor e do devedor e antes disso no DETRAN.
e) Alienação Fiduciária
GARANTIAS REAIS
▪ O valor da garantia será de acordo com o bem alienado e não poderá ser inferior a
120% do principal + encargos legais e contratuais.
É o direito real que submete coisa móvel ou mobilizável (mercadorias, produtos
industriais, máquinas e aparelhos utilizados na indústria) ao cumprimento de obrigações.
f) Penhor
GARANTIAS REAIS
O penhor se subdivide em:
Penhor Mercantil
Penhor Cedular ou Rural
• Formalizado através da Cédula Rural Pignoratícia (CPR) ou Cédula Rural
Pignoratícia e Hipotecária (CRPH).
• Podem ser objeto de Penhor Cedular:
▪ Madeira das matas, preparada para o corte ou em toras, ou já serrada.
▪ Veículos não automotores (carretas).
▪ Animais que tenham finalidade econômica.
▪ Máquinas e instrumentos agrícolas.
▪ Colheitas pendentes ou em via de formação.
Penhor Cedular ou Rural
f) Penhor
GARANTIAS REAIS
• É obrigatório o registro da cédula no “Cartório de Registro de Imóveis” da
localidade onde se encontra o bem.
• Todos os créditos lastreados por Penhor Cedular devem ser apreciados e
acompanhados por técnicos do setor.
• O valor do bem em relação ao crédito deverá ser de 150% (margem de garantia).Penhor Cedular ou Rural
f) Penhor
GARANTIAS REAIS
É o direito real que submete coisa imóvel ao pagamento de uma dívida.
Os bens de família, único imóvel do casal, são impenhoráveis (Lei nº 8009), salvo:
a) se oferecido como garantia real pelo casal ou entidade familiar;
b) por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação;
c) o STJ tem julgado procedente em imóveis de alto padrão.
g) Hipoteca
GARANTIAS REAIS
▪ Terá que ser obtido Laudo de Avaliação por um perito designado pelo credor. Os
custos normalmente serão pagos pelo cliente.
▪ A hipoteca terá que ser do 1° grau, constituída por escritura pública, isto é, lavrada em
Cartório e, necessariamente, registrada no “Cartório de Registro de Imóveis”, onde
está inscrito o imóvel.
g) Hipoteca
GARANTIAS REAIS
▪ O imóvel terá que estar bem localizado e de fácil comercialização.
▪ O imóvel terá que ter valor de, no mínimo, 200% do montante do crédito.
O cliente terá que apresentar os seguintes documentos:
1) Escritura de compra e venda do imóvel (original),
2) Certidão de ônus reais,
3) Certidão de quitação fiscal,
4) Certidão Negativa de Débito do INSS (CND),
5) Certidão da Justiça Federal (Vara Federal),
6) Certidões dos distribuidores (1°, 2°, 3°, 4°, e 7° ofícios),
7) Apólice de seguro do imóvel contra incêndio em favor do credor.
g) Hipoteca
GARANTIAS REAIS
Toda essa documentação e certidões terão que ser analisadas 
e aprovadas, inicialmente, pelo Departamento Jurídico, a quem 
caberá elaborar também uma minuta da escritura de Hipoteca, 
que será levada a cartório, através da qual a Empresa firmará
o contrato de crédito com o cliente.
g) Hipoteca
GARANTIAS REAIS
OUTRAS GARANTIAS UTILIZADAS PELO MERCADO
 RETROVENDA
 CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS
 CARTA DE FIANÇA BANCÁRIA
 OBRAS DE ARTE
 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEIS (LEI Nº 9514)
GARANTIAS REAIS
O responsável pelo crédito deverá usar o bom senso para identificar, clara e rapidamente, 
a situação acima, uma vez que, dependendo do caso, o credor poderá 
tomar as medidas necessárias para o recebimento do crédito. 
O sucesso da cobrança depende da rapidez dessas medidas.
A Resolução 2.682/99 do BACEN para as instituições financeiras determina que as operações
sejam revisadas mensalmente, com base nos atrasos, e que os dias de atraso impõem,
automaticamente, novas classificações de risco, conforme, abaixo:
Dias de Atraso
Até 14
De 15 
até 30
De 31 
até 60
De 61 
até 90
De 91 
até 120
De 121 
até 150
De 151 
até 180
Acima 
de 180
Classe de Risco / Provisão (PDD)
A
0.5%
B
1%
C
3%
D
10%
E
30%
F
50%
G
70%
H
100%
Essa forma de classificação é muito útil na administração do risco de crédito. 
O chamado “Risk Management” não deve ficar só nessa classificação. Há fatores 
que podem indicar uma rápida classificação desse risco nos controles do banco 
e evitar perdas potenciais. Esses fatores são: sazonalidades do mercado, 
medidas governamentais, taxas de juros, fatores externos, etc.
Há sinais de alertas que precisam ser percebidos na gestão da carteira de clientes. Nesse
contexto, podemos assim dizer que a classificação do risco de crédito leva em consideração:
 Risco do Cliente: atrasos, “roll over”, características pessoais.
 Risco na Operação: inadequação do produto, prazo, valor, forma de pagamento, garantias.
 Risco de Concentração: segmento de atividade, carteira de clientes, diversificação de
recebíveis.
 Risco da Administração do Crédito: equipe capacitada, tecnologia, auditoria, ambiente onde
a informação é privilegiada e compartilhada.
Numa corporação, o responsável pelo crédito deve basear-se, para a classificação do risco de
crédito de uma empresa, no grau de dificuldade que tem para o recebimento da dívida e também
na própria situação de liquidez da empresa.
Após verificarmos que um crédito tornou-se problemático, devemos ficar atentos à deterioração da
situação financeira do cliente. É necessário identificar as causas, ou seja, se a falta de liquidez é
derivada por fatores de mercado, pelo ramo de atividade, emissão de cheques sem fundo,
protestos, gestão do negócio, etc.
Quanto maior o grau de dificuldade no recebimento do crédito, 
maior será a classificação.
Há sinais que indicam uma situação perigosa e que deve ser detectada rapidamente 
pelo responsável pelo crédito e que poderão provocar também uma imediata classificação. 
Essas situações estão incluídas nas classificações a seguir.
I. Quando houver grande possibilidade de recebimento, mas há indícios de
deterioração, tais como:
■ Pedidos frequentes e seguidos de prorrogação do vencimento do crédito (roll
over).
■ Problemas de cadastro após a concessão do crédito, sem uma justificativa
aceitável.
■ Quebra de cláusulas contratuais.
■ Atrasos de 30 dias ou mais.
■ Problemas de mercado no ramo de atividade da empresa.
■ Qualquer aspecto negativo que venha comprometer as garantias.
II. Quando houver alguma possibilidade de recebimento:
■ Atrasos crônicos nos pagamentos dos compromissos, obrigando à concessão
de novos prazos e composição da dívida.
■ Ação Judicial distribuída contra o cliente.
■ Descoberta a “posteriori” de informações falsas, inverídicas.
■ Desvirtuamento da finalidade que deu origem ao crédito para atividade
considerada inaceitável.
■ Cliente em fase amigável ou pré-judicial de cobrança.
III. Quando houver pouca possibilidade de recebimento:
■ Acentuada deterioração dos indicadores I e II.
■ O cliente não demonstra mais interesse em liquidar seus compromissos.
■ Garantias deterioradas ou inadequadas, comprometendo a liquidação do crédito.
■ Várias ações judiciais distribuídas contra o cliente.
IV. Quando não houver qualquer possibilidade de recebimento (prejuízo):
■ Protestado e não pago.
■ Garantia do crédito deteriorou-se e/ou tornou-se totalmente insuficiente.
■ Falência.
■ Prejuízo.
O mercado vem sofisticando os controles na busca de um melhor conhecimento dos seus próprios
clientes. Muitas empresas e as grandes instituições financeiras já possuem sistemas que
fornecem informações valiosas para uma adequada gestão da carteira de clientes e de produtos.
Partindo do hábito de consumo e do comportamento desses clientes em face dos compromissos
assumidos, esse sistema, também chamado de “Behavior Score”, conceitua e sinaliza o risco
que o credor está sujeito. Através desse “Score”, o credor poderá praticar preços, taxas e prazos
proporcionais ao risco a que está exposto. Em última análise, o cliente terá um tratamento
correspondente ao grau de segurança que proporciona ao credor.
A) Prazo Médio de Atrasado do Cliente (Prazo Médio de Recebimento – Prazo
Médio de Faturamento) = PMA:
Quanto maior o Prazo Médio de Atrasado do cliente, 
maior o risco de insolvência do crédito. Será utilizada a média 
De atrasado dos últimos 12 meses no cálculo do PMA.
Ex.: O cliente atrasa frequentemente o pagamento de seus títulos.
Número 
do título
Valor do 
título em 
Reais
Data do 
faturamento
Data do 
vencimento
Data do 
recebimento
Prazo de 
faturamento 
em dias
Prazo do 
recebimento 
em dias
Prazo do 
atraso em 
dias
0001 1.000,00 01/06/99 01/07/99 30/06/99 30 29 -1
0002 1.500,00 03/06/99 18/06/99 18/07/99 15 45 30
0003 3.550,00 15/06/99 13/07/99 13/07/99 28 28 0
0004 3.600,00 30/06/99 21/07/99 28/08/99 21 58 37
Tabela A
1 2 3 4 5 6
De 0 a 
15 dias
De 16 a 
30 dias
De 31 a 
60 dias
De 61 a 
90 dias
De 91a 
120 dias
Acima de 
120 dias
Número do título 0001 0002 0003 0004
Valor do título em Reais 1.000,00 1.500,00 3.550,00 3.600,00
Prazo de faturamento em dias 30 15 28 21
Prazo do recebimento em dias 29 45 28 58
Prazo Médio de Faturamento = 
PMF = = 23,58 dias
227.500,00
9.650,00
3600355015001000
3600x213550x281500x151000x30
+++
+++
Prazo Médio de Recebimento = 
PMR = = 41,94 dias
404.700,00
9.650,00
3600355015001000
3600x583550x281500x451000x29
+++
+++
Número do título 0001 0002 0003 0004
Valor do título em Reais 1.000,00 1.500,00 3.550,00 3.600,00
Prazo de faturamento em dias 30 15 28 21
Prazo do recebimento em dias 29 45 28 58
41,94 (PMR) – 23,58 (PMF) = 18,36 dias
Prazo Médio Atrasado (PMA) =
O cliente com um 
Prazo Médio de Atrasado – PMA – 18,36 dias
terá um escore de peso 2, nesse quesito.
B) Taxa de Inadimplência do Cliente Segredado por Idade do Débito – (Idade de
Débito Pendente): IDP
Quanto maior a Taxa de Inadimplência do cliente no período, maior o risco de insolvência do 
crédito. Quanto mais “velho” o débito pendente, maior o risco de insolvência do crédito. Desta 
forma, será atribuído peso maior aos débitos “mais antigos”, conforme quadro abaixo:
1 2 3 4 5 6
0
De 1 a
30 dias
De 31 a
60 dias
De 61 a 
90 dias
De 91 a 
120 dias
Acima de 
120 dias
Tabela B
Ex.: O cliente apresenta um débito pendente vencido ao longo dos últimos 90 dias, 
conforme informações abaixo:
33% do débito do cliente se encontra vencido nos primeiros 30 dias, representando
um risco de 0,33 x 2 = 0,66.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 31 dias e 60 dias, representando
um risco de 0,33 x 3 = 0,99.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 61 dias e 90 dias, representando
um risco de 0,33 x 4 = 1,32.
Logo, o risco que representa o débito vencido do cliente seria igual a 2,97.
O cliente que possuir débito ajuizado deverá receber peso 6 nesse quesito. O mesmo
ocorrerá com os clientes que tiverem títulos na fase de protesto.
33% do débito do cliente se encontra vencido nos primeiros 30 dias, representando
um risco de 0,33 x 2 = 0,66.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 31 dias e 60 dias, representando
um risco de 0,33 x 3 = 0,99.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 61 dias e 90 dias, representando
um risco de 0,33 x 4 = 1,32.
Logo, o risco que representa o débito vencido do cliente seria igual a 2,97.
O cliente que possuir débito ajuizado deverá receber peso 6 nesse quesito. O mesmo
ocorrerá com os clientes que tiverem títulos na fase de protesto.
Ex.: O cliente apresenta um débito pendente vencido ao longo dos últimos 90 dias, 
conforme informações abaixo:
33% do débito do cliente se encontra vencido nos primeiros 30 dias, representando
um risco de 0,33 x 2 = 0,66.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 31 dias e 60 dias, representando
um risco de 0,33 x 3 = 0,99.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 61 dias e 90 dias, representando
um risco de 0,33 x 4 = 1,32.
Logo, o risco que representa o débito vencido do cliente seria igual a 2,97.
O cliente que possuir débito ajuizado deverá receber peso 6 nesse quesito. O mesmo
ocorrerá com os clientes que tiverem títulos na fase de protesto.
Ex.: O cliente apresenta um débito pendente vencido ao longo dos últimos 90 dias, 
conforme informações abaixo:
33% do débito do cliente se encontra vencido nos primeiros 30 dias, representando
um risco de 0,33 x 2 = 0,66.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 31 dias e 60 dias, representando
um risco de 0,33 x 3 = 0,99.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 61 dias e 90 dias, representando
um risco de 0,33 x 4 = 1,32.
Logo, o risco que representa o débito vencido do cliente seria igual a 2,97.
O cliente que possuir débito ajuizado deverá receber peso 6 nesse quesito. O mesmo
ocorrerá com os clientes que tiverem títulos na fase de protesto.
Ex.: O cliente apresenta um débito pendente vencido ao longo dos últimos 90 dias, 
conforme informações abaixo:
33% do débito do cliente se encontra vencido nos primeiros 30 dias, representando
um risco de 0,33 x 2 = 0,66.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 31 dias e 60 dias, representando
um risco de 0,33 x 3 = 0,99.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 61 dias e 90 dias, representando
um risco de 0,33 x 4 = 1,32.
Logo, o risco que representa o débito vencido do cliente seria igual a 2,97.
O cliente que possuir débito ajuizado deverá receber peso 6 nesse quesito. O mesmo
ocorrerá com os clientes que tiverem títulos na fase de protesto.
Ex.: O cliente apresenta um débito pendente vencido ao longo dos últimos 90 dias, 
conforme informações abaixo:
33% do débito do cliente se encontra vencido nos primeiros 30 dias, representando
um risco de 0,33 x 2 = 0,66.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 31 dias e 60 dias, representando
um risco de 0,33 x 3 = 0,99.
33% do débito do cliente se encontra vencido entre 61 dias e 90 dias, representando
um risco de 0,33 x 4 = 1,32.
Logo, o risco que representa o débito vencido do cliente seria igual a 2,97.
O cliente que possuir débito ajuizado deverá receber peso 6 nesse quesito. O mesmo
ocorrerá com os clientes que tiverem títulos na fase de protesto.
Ex.: O cliente apresenta um débito pendente vencido ao longo dos últimos 90 dias, 
conforme informações abaixo:
C) Débito a Vencer (fornecimentos, parcelamentos e financiamentos concedidos)
Segredados por Idade do Débito – (Débito a Vencer): DV
Quanto maior o número de títulos a vencer em aberto, maior o risco de insolvência do crédito 
do cliente. Quanto mais extenso for um financiamento ou um parcelamento, 
maior o risco de o cliente não quitar esse débito.
Ex.: O cliente apresenta um financiamento em aberto que durará cerca de 1 ano e 2 meses 
(420 dias), conforme informações abaixo:
Tabela C
1 2 3 4 5 6
De 1 a 
60 dias
De 61 a 
120 dias
De 121 a 
240 dias
De 241 a 
420 dias
De 421 a 
720 dias
Acima de 
720 dias
40% do financiamento do cliente possui vencimentos entre os próximos 61 a 120 dias,
representando um risco de 0,4 x 2 = 0,8.
40% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 121 a 240 dias, representando
um risco de 0,4 x 3 = 1,2.
20% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 241 a 420 dias, representando
um risco de 0,2 x 4 = 0,8.
40% do financiamento do cliente possui vencimentos entre os próximos 61 a 120 dias,
representando um risco de 0,4 x 2 = 0,8.
40% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 121 a 240 dias, representando
um risco de 0,4 x 3 = 1,2.
20% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 241 a 420 dias, representando
um risco de 0,2 x 4 = 0,8.
Ex.: O cliente apresenta um financiamento em aberto que durará cerca de 1 ano e 2 meses 
(420 dias), conforme informações abaixo:
Tabela C
1 2 3 4 5 6
De 1 a 
60 dias
De 61 a 
120 dias
De 121 a 
240 dias
De 241 a 
420 dias
De 421 a 
720 dias
Acima de 
720 dias
40% do financiamento do cliente possui vencimentos entre os próximos 61 a 120 dias,
representando um risco de 0,4 x 2 = 0,8.
40% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 121 a 240 dias, representando
um risco de 0,4 x 3 = 1,2.
20% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 241 a 420 dias, representando
um risco de 0,2 x 4 = 0,8.
Ex.: O cliente apresenta um financiamento em aberto quedurará cerca de 1 ano e 2 meses 
(420 dias), conforme informações abaixo:
Tabela C
1 2 3 4 5 6
De 1 a 
60 dias
De 61 a 
120 dias
De 121 a 
240 dias
De 241 a 
420 dias
De 421 a 
720 dias
Acima de 
720 dias
40% do financiamento do cliente possui vencimentos entre os próximos 61 a 120 dias,
representando um risco de 0,4 x 2 = 0,8.
40% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 121 a 240 dias, representando
um risco de 0,4 x 3 = 1,2.
20% do financiamento do cliente vencerá nos próximos 241 a 420 dias, representando
um risco de 0,2 x 4 = 0,8.
Ex.: O cliente apresenta um financiamento em aberto que durará cerca de 1 ano e 2 meses 
(420 dias), conforme informações abaixo:
Tabela C
1 2 3 4 5 6
De 1 a 
60 dias
De 61 a 
120 dias
De 121 a 
240 dias
De 241 a 
420 dias
De 421 a 
720 dias
Acima de 
720 dias
Logo, o risco que representa o financiamento em aberto concedido
para esse cliente seria igual a 2,80.
O Parecer Financeiro será então calculado pela fórmula abaixo:
PF (Parecer Financeiro) =
2PMA + 3IDP + 4DV
9
Após encontrado este resultado, deve ser atribuída uma classificação.
Este cliente obteve um “rating” correspondente a 2,68. 
O seu grau de risco é médio, conforme abaixo:
RATING
Amplitude de Variação 
do Escore do Cliente
Classificação
do Risco
Diagnóstico
1,00 a 1,50 Mínimo
O risco é quase nulo e deve-se conceder crédito
com prazos longos ao cliente.
1,51 a 2,50 Baixo
O risco é muito baixo e pode-se conceder crédito
com prazos longos / médios ao cliente.
2,51 a 3,50 Médio
O risco é médio e pode-se conceder crédito
com prazos médios / curtos ao cliente.
RATING
Amplitude de Variação 
do Escore do Cliente
Classificação 
do Risco
Diagnóstico
3,51 a 4,50 Cautela
O risco é médio e pode-se conceder crédito
com prazo mínimo ao cliente, devendo-se também 
monitorar a sua situação e exigir garantias.
4,51 a 5,50 Alto
O risco é alto. Deve-se solicitar preferencialmente 
pagamento antecipado ou prazo mínimo 
com garantia sólida.
Acima de 5,50 Indesejável
O cliente apresenta problemas financeiros. 
Deve-se solicitar pagamento antecipado ao cliente.
? Indeterminado
Dados insuficientes. Não foi possível determinar o grau 
de risco. Deve-se solicitar pagamento antecipado.
Na concessão, principalmente, quando estamos tratando de créditos massificados, os modelos
estatísticos apresentam performance que precisam ser avaliadas periodicamente. Como em todos
os modelos, devemos considerar suas vantagens e desvantagens.
Vantagens Desvantagens
 Agiliza o processamento
 Eficácia do modelo
 Reduz custos
 Viabiliza o negócio
 Uniformiza critérios
 Permite gestão por objetivo
 Favorece a gestão centralizada
 Fácil comprovação
 É difícil explicar as rejeições
 Os valores, às vezes, são inadequados
 Custos elevados na atualização
As condições para a sua implementação passam por:
Condições para o êxito Razões para o insucesso
 Sistema parametrizável
 Cultura da instituição
 Compromisso e respaldo das áreas afins
 Políticas e procedimentos claros
 Informações gerenciais disponíveis
 Falta de qualidade das informações
 Sistema operacional inadequado
 Ausência de comprometimento das 
áreas envolvidas
 Dificuldades de alteração em sistemas 
O Credit Score é uma ferramenta estratégica para a análise de risco de crédito dos novos
clientes. Têm sido muita utilizada pelas corporações e/ou instituições financeiras, notadamente
aquelas que trabalham com carteiras massificadas de clientes. Além dessas instituições, as
empresas de administração de cartões de crédito, e agora inúmeras corporações, valem-se desse
instrumento para aceitar ou não um novo cliente ou negócio. A “escoragem” permite que o Credor
possa fazer ajustes sistêmicos com base na política de crédito, tornando o processo de análise
mais apertado ou flexível, de acordo com a situação do mercado.
A seguir, um quadro com os ingredientes básicos para uma primeira filtragem no tocante
à categorização do risco de crédito. Logicamente, o Credit Score deverá ser complementado
com uma análise sob medida sobre a situação econômico-financeira do cliente,
quando os valores assim o exigirem. 
A graduação dos pesos de cada categoria de risco depende da Instituição Financeira. Essa 
decisão deverá levar em conta: o mercado, o “market-share”, o perfil dos clientes, os segmentos 
de atuação, faixa de renda / faturamento, liquidez do patrimônio, informações cadastrais, 
dependentes, endividamento, margem líquida, etc.
Pode-se 
conceder crédito 
com prazos 
adequados.
BAIXO
A. Cliente sem restrições – SERASA
Cliente c/boas infs. comerciais
Cliente c/boas infs. bancárias
CLIENTE SEM RESTRIÇÕES
DECISÃO
CLASSIFICAÇÃO 
DO RISCO
SITUAÇÃO
O risco está em 
elevação e pode-
se conceder 
crédito, devendo-
se também 
monitorar a sua 
situação 
financeira e exigir 
garantias sólidas.
MÉDIO / ALTO
O risco é médio e 
pode-se conceder 
crédito com 
prazos curtos e de 
acordo com a 
capacidade de 
pagamento.
MÉDIO
C. Cliente c/restrição SERASA –
cheque s/fundo
Cliente c/restrição SERASA –
protesto
Cliente c/boas infs. comerciais
Cliente c/boas infs. bancárias
CLIENTE COM 2 RESTRIÇÕES DE PESO 
MÉDIO
B. Cliente sem restrições – SERASA 
Cliente c/restrição infs. comerciais
Cliente c/boas infs. bancárias
CLIENTE COM 1 RESTRIÇÃO DE PESO 
LEVE
DECISÃO
CLASSIFICAÇÃO 
DO RISCO
SITUAÇÃO
O cliente 
apresenta 
problemas 
financeiros. 
Deve-se solicitar 
pagamento 
antecipado. Não 
conceder crédito.
ALTÍSSIMO
O risco é alto. 
Deve-se, 
preferencialmente, 
exigir pagamento 
antecipado ou 
prazo mínimo com 
garantia de ótima 
liquidez.
ALTO
E. Cliente c/restrição SERASA –
protesto
Cliente c/restrição SERASA –
ch.s/fundo
Cliente c/restrição infs. comerciais
Cliente c/restrição infs. bancárias
CLIENTE COM 4 RESTRIÇÕES DE PESO 
ELEVADÍSSIMO
D. Cliente c/restrição SERASA –
protesto
Cliente c/boas infs. comerciais
Cliente c/restrição infs. bancárias
CLIENTE COM 2 RESTRIÇÕES DE PESO 
ELEVADO
DECISÃO
CLASSIFICAÇÃO 
DO RISCO
SITUAÇÃO
AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
RISCO / OPÇÃO CLASSIFICAÇÃO
HISTÓRICO INTERNO E EXTERNO (PESO > 30) Risco Opção Peso Nota
Análise Interna – Relacionamento
Opera com a Revenda acima de 3 anos 1 X 2 2
Opera com a Revenda de 1 até 3 anos 2
Opera com a Revenda até 1 ano 3
Análise Interna – Comportamento nas Vendas
Normal (em dia) 1 X 5 5
Atrasos (até 15 dias) 2
Atrasos/Renegociações Constantes (+ de 15 dias) 3
Tempo na Atividade
Mais de 5 anos 1 X 3 3
De 3 até 5 anos 2
Até 3 anos 3
RISCO / OPÇÃO CLASSIFICAÇÃO
HISTÓRICO INTERNO E EXTERNO (PESO > 30) Risco Opção Peso Nota
Consultas Cadastrais
Ausência de Restrição 1 X 10 10
Com Restrição Relevante 2
Com Restrições sem Justificativas 3
Faturas a Vencer e Vencidas
Sem Dívidas ou Dívidas a Vencer em até 360 dias 1 X 10 10
Dívidas a Vencer após 360 dias 2
Dívidas Vencidas 3
Dívidas Registradas com Prejuízo 4
AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
NATUREZA E FINALIDADE DAS OPERAÇÕES (PESO > 30) Risco Opção Peso Nota
Finalidade da Operação
Operação Justificada (Volume) 1 X 5 5
Operação Sem Justificativa (Volume) 2
Operação Fora dos Padrões 3
Composição da Dívida 4
Suficiência das Garantias
Mais que Suficiente – Acima de 200% do Valor da Operação 1 X 10 10
Suficiente – De 120% até 200% do Valorda Operação 2
Insuficiente – Inferior aos 120% do Valor da Operação 3
Sem Garantia 4
AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
NATUREZA E FINALIDADE DAS OPERAÇÕES (PESO > 30) Risco Opção Peso Nota
Liquidez das Garantias
Carta de Fiança, Caução de Títulos e de Direitos Creditórios e 
Alienação Fiduciária
1 X 5 5
Hipoteca de Primeiro Grau, Penhor 2
Sem Avalista 3
Prazo da Operação
Até 6 meses 1 X 5 5
Até 24 meses 2
Até 36 meses 3
Superior a 36 meses 4
Valor da Operação
Até 5% do PL da Revenda 1 X 5 5
De 5,1% até 10% do PL da Revenda 2
De 10,1% até 15% do PL da Revenda 3
Mais de 15% do PL da Revenda 4
AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
RENDA E CAPACIDADE DE PAGAMENTO (PESO > 35) Risco Opção Peso Nota
Nível de Comprometimento (Prestações em Relação à 
Receita Líquida Operacional)
Até 20% da Receita Líquida Operacional 1 X 15 15
De 20% até 30% da Receita Líquida Operacional 2
Mais de 30% da Receita Líquida Operacional 3
Patrimônio Livre de Ônus em Relação ao Endividamento 
Total
Mais de 4 vezes 1 X 5 5
De 2 até 4 vezes 2
Sem Patrimônio Pessoal 3
Fluxo de Caixa e Geração de Recursos
Mais que Suficiente para o Risco 1 X 15 15
Suficiente para o Risco 2
Insuficiente para o Risco 3
AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
SETOR DA ATIVIDADE ECONÔMICA (PESO > 5) Risco Opção Peso Nota
Em Expansão (Setor em desenvolvimento) 1 X 5 5
Estável (Setor cujo desenvolvimento permanece inalterado nos 
últimos 3 anos)
2
Ruim (Setor que apresenta tendência de declínio) 3
SOMA - - 100 100
AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO
CATEGORIA DO RISCO DE CRÉDITO
RISCO PONTOS
A
B
C
Baixo 100 pontos
Médio 160 pontos
Alto 335 pontos
A Pasta de Crédito e Cadastro registra a atuação do cliente junto à empresa, compondo a sua
História. Todos os acontecimentos relativos a esse cliente e que sejam relevantes, devem ser
registrados e arquivados nessa pasta.
A grande quantidade de papéis desnecessários contidos nessa pasta contribui para confundir e
postergar uma aprovação de crédito ou retardar medidas de cobrança.
Sugerimos que, o tanto quanto possível, sejam utilizadas pastas sistêmicas e/ou formulários
padronizados e com objetivos bem definidos, facilitando a leitura e garantindo a qualidade e
uniformidade da informação.
A pasta acima tem as seguintes divisões:
Lado Esquerdo
Lado Direito
Aprovação de limites de crédito
Documentação (cópias de contratos, atas, etc.)
Correspondências (cliente)
Cadastro
Relatório de visita / entrevista
Correspondência / outros (empresa)
O que deve
ser arquivado
Por quanto tempo
devem ficar arquivados
Como deve
ser arquivado
Todas as aprovações de crédito  permanente
Correspondências do cliente  12 meses
Cadastro  12 meses
Relatório de visita / entrevista  03 últimos - ordenada por assunto
Correspondências da empresa  12 meses - ordem de data
Balanço  03 últimos
Balancete  último
Atas  permanente
Diante da intensa volatilidade e competição que caracterizam, por exemplo, a indústria financeira,
torna-se vital utilizar a informação, fidelizar clientes, diferenciar produtos, gerir riscos e elevar
receitas. Assim, a instituição financeira conseguirá atrais novos clientes. Isso também ocorre nas
corporações.
Nesse cenário, a fim de prevenir a inadimplência e aumentar a receita, é indispensável tratar
esses assuntos com visão estratégica, atentos às mudanças do mercado, comportamento dos
clientes na utilização dos produtos, enfim, fazer uso das modernas ferramentas para mitigar os
riscos.
A gestão adequada dos riscos de crédito não pode deixar de contemplar também:
 alocação de possíveis perdas
 gestão das carteiras
A principal fonte de receitas de um banco, por exemplo, advém da intermediação financeira,
apesar de contar, hoje, com outras receitas, como: tarifas, comissões, etc. Os bancos vivem de
fazer empréstimos e para isso precisam de políticas de crédito, observando também as normas
emitidas pelas autoridades monetárias (Resolução 4.557 do Bacen).
Ao criar as políticas, as instituições financeiras e demais corporações, através das diretorias
envolvidas (financeira, comercial, administração, operacional, informática, etc.) precisam estar
atentas ao seguinte:
 Estratégia da Instituição e Corporação
Mercado – Geografia – Produtos Financeiros
 Objetivos
Lucratividade – Nível aceitável de Inadimplência – Perdas
 Limites de Crédito
Credit Score – Análise Caso a Caso – Operações com Garantias e sem Garantias
 Delegação de Alçadas
Geografia das Agências – Treinamento do Pessoal – Agilidade – Competitividade
 Formalização do Crédito
Contrato de Empréstimo – Garantias Formalizadas – Cumprimento das Formalidades
 Controle do Crédito
Sistemas Confiáveis – Bloqueio de Operações fora do Padrão – Fraudes – Auditoria
A sintonia de todas essas atividades evitará ou diminuirá as perdas, e proporcionará que sejam
tomadas medidas rápidas para a cobrança do crédito, recuperando os valores e os clientes.
Ao criar as políticas, as instituições financeiras e demais corporações, através das diretorias
envolvidas (financeira, comercial, administração, operacional, informática, etc.) precisam estar
atentas ao seguinte:
O Acordo de Basileia II, estabelecido em 2004, teve como objetivo estabelecer
um quadro regulatório capaz de blindar o sistema bancário em todos os níveis
de complexidade, já que o primeiro acordo(1988) abrangia apenas o risco de crédito,
propondo agora abranger: o risco de crédito, o risco de mercado e o risco operacional.
Com o fracasso do Acordo de Basiléia I, verificou-se a importância de se reforçar
o processo de supervisão quanto às metodologias de avaliação dos riscos dos bancos
e aumentar os requisitos mínimos de recursos próprios para cobrir os riscos de crédito,
cobrindo agora pela primeira vez o risco operacional, alocando recursos
para cobrir falhas humanas, fraudes e desastres naturais.
O processo de supervisão foi reforçado quanto à necessidade de capital suficiente
e ao mesmo tempo implementou uma disciplina de mercado,
com melhores práticas bancárias, saudáveis e mais seguras.
Com a crise financeira de 2008, onde os bancos não foram capazes de mensurar
os próprios riscos de forma adequada, o Comitê tomou medidas que foram implementas
no novo quadro regulatório, tais como: adequação após subestimação dos riscos com medidas
adequada e aumentar a atividade bancária, com supervisor externo.
A partir do Acordo de Basiléia III, o Comitê ampliou as atribuições dos supervisores 
(Bancos Centrais), que agora controlarão os requerimentos de aumento de capitais, 
umas das principais causas da crise dos agentes econômicos.

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