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TÉCNICAS PROJETIVAS (6º Semestre Psicologia 2019) - Conteúdo Online UNIP.

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Prévia do material em texto

TÉCNICAS PROJETIVAS 
MÓDULO 0 - APRESENTAÇÃO Da disciplina 
 
 
Organização do material: 
 
Nesta disciplina, você terá oportunidade de estudar 
as técnicas de investigação da personalidade e o 
uso adequado e ético dos testes projetivos no 
contexto da avaliação psicológica. Estudará 
também os conceitos de projeção e de 
apercepção, que são característicos das técnicas 
projetivas. 
O material poderá ser utilizado como orientação 
para seu estudo e como complemento das 
atividades realizadas nas aulas presenciais. 
 
O programa da disciplina está distribuído em 8 
módulos, que devem ser estudados ao longo do 
semestre letivo. Alguns tópicos serão objeto de 
avaliação na NP1 (Módulos 1 a 4) e outros serão 
avaliados na NP2 (Módulos 5 a 8). 
 
 
Sugerimos que você siga a ordem abaixo 
apresentada, ao planejar seu estudo sobre os 
três instrumentos de avaliação psicológica: os 
testes HTP (House-Tree-Person), CAT-A (Childrens 
Apperception Test) - Teste de Apercepção Infantil 
com Figuras de Animais e o teste TAT (Teste de 
Apercepção Temática). 
 
 
MÓDULO 1: 
As Técnicas Projetivas e o conceito de 
Projeção 
HTP – Técnica de aplicação 
 
 
MÓDULO 2: 
HTP - Histórico, validação, linhas básicas de 
interpretação 
HTP – Análise dos Aspectos expressivos 
 
 
MÓDULO 3: 
HTP – Análise dos Aspectos de Conteúdo 
(Casa) 
HTP – Análise dos Aspectos de Conteúdo 
(Árvore) 
 
 
MÓDULO 4: 
HTP – Análise dos Aspectos de Conteúdo 
(Pessoa) 
HTP - Análise de desenhos 
 
 
MÓDULO 5: 
O conceito de Apercepção nas Técnicas 
Projetivas Temáticas 
 
MÓDULO 6: 
CAT-A - Histórico, Material e Técnica de 
Aplicação e Interpretação. 
 
 
MÓDULO 7: 
TAT - Histórico, Material e Técnica de 
Aplicação. 
 
MÓDULO 8: 
TAT - Diretrizes para a Interpretação 
 
 
Em cada um dos módulos, haverá uma breve 
apresentação do assunto, indicação de material 
para leitura, atividades de estudo e exercícios de 
verificação da aprendizagem. Lembre-se que a 
mera realização dos exercícios não permitirá a 
aprendizagem dos temas. É imprescindível que 
você realize todas as atividades descritas em cada 
módulo. 
 
O presente conteúdo, por se tratar da 
apresentação do curso, não inclui exercícios. 
 
Bibliografia: 
 
A Bibliografia apresentada a seguir relaciona as 
obras consideradas importantes para o estudo 
dos temas. 
 
 
Bibliografia Básica: 
 
BELLAK, L. & ABRAMS, D.V. CAT-A: Teste de 
apercepção infantil - figuras de animais. 
Adaptado à população brasileira por Adele de 
Miguel (et. al.). São Paulo: Vetor. 2010. 
 
BUCK, J. H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico- V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2000. 
 
MURRAY, H. TAT – Teste de Apercepção 
Temática. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 
 
Bibliografia Complementar: 
AMBIEL, R. A. M. ... [et al.] Avaliação 
Psicológica: guia de consulta para estudantes e 
profissionais de psicologia. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 2011.? 
 
CAROTENUTO, C.O pesadelo infantil e o teste 
CAT: uma análise psicodinâmica. São Paulo: 
Vetor: 2003. 
 
FONSECA, A.L.B. & MARIANO, M.S.S. 
Desvendando o Mecanismo da Projeção. 
Psicologia Em foco. Vol.1 (1). Jul./Dez., 1-8, 2008. 
 
NUNES, M.L.T.(org.) Técnicas projetivas com 
crianças. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. 
 
OCAMPO, M.L.S. e col. O processo 
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª 
ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 
 
VAN KOLCK, O.L. Testes projetivos gráficos no 
diagnóstico psicológico. São Paulo: E.P.U., 
1984. 
VILLEMOR-AMARAL, A. E.; WERLANG, B. S. G. 
Atualizações em métodos projetivos para 
avaliação psicológica. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 2008. 
 
Além destas referências, é desejável que você 
recorra a outras fontes, caso queira se 
aprofundar em algum tópico específico do 
programa. É importante que, em sua pesquisa, 
você recorra a fontes confiáveis. Indicamos a 
seguir alguns endereços eletrônicos cuja 
consulta é recomendada: 
 
 
SITES E BANCO DE DADOS 
 
BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E 
DISSERTAÇÕES (USP) 
http://www.teses.usp.br/ 
PEPSIC – PERIÓDICOS ELETRÔNICOS EM 
PSICOLOGIA 
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php 
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE (BVS) 
www.bvs-psi.org.br 
PERIÓDICOS CAPES 
www.periodicos.capes.gov.br 
 
 
Se você necessitar de informações adicionais 
para ampliar seus conhecimentos, solicite-as 
ao professor, nas aulas presenciais. 
 
 
 
MÓDULO 1 
 
As técnicas projetivas e o conceito de projeção 
 
 
Referência bibliográfica: 
 
FONSECA, A.L.B. & MARIANO, M.S.S. 
Desvendando o Mecanismo da Projeção. 
Psicologia em foco. Vol.1 (1). Jul./ Dez., 1-8, 
2008. 
 
As técnicas projetivas são instrumentos auxiliares 
na investigação diagnóstica no contexto da 
avaliação psicológica e podem ser utilizadas em 
várias áreas da atuação profissional. Nosso 
objetivo nesta disciplina, além do ensino dos testes 
HTP (House-Tree-Person) e CAT-A (Teste de 
Apercepção Infantil com Figuras de Animais) é o de 
considerar o uso desses instrumentos de acordo 
com os princípios técnicos e da ética profissional. 
Antes de iniciarmos o estudo sobre as técnicas 
projetivas, é importante pensarmos a respeito da 
fundamentação teórica desses testes, iniciando 
pelo próprio conceito da palavra projeção. Para 
compreender melhor essa fundamentação, leia o 
artigo recomendado na referência. 
O estudo da projeção está associado a diversas 
áreas de conhecimento, entre elas a física, a 
matemática, a ótica e a psicologia. Dentre as 
teorias psicológicas, a que mais utiliza a projeção 
como referencial teórico é a Psicanálise. Para 
explicitar a manifestação da projeção, a teoria 
psicanalítica concebe-a como uma operação 
psíquica, na qual o sujeito expulsa de si e localiza 
no outro as qualidades, os desejos, os sentimentos 
e os objetos que estão internalizados, recusando-
se a aceitá-los como seus. Num segundo 
momento, Freud amplia esse 
conceito,considerando a projeção como uma forma 
de expressão do indivíduo. 
Dessa forma, o teste projetivo tem bases 
semelhantes, uma vez que o material permite 
desencadear a subjetividade do sujeito, por meio 
de desenhos ou histórias, relacionando-as a 
manifestações inconscientes em produções 
humanas. 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1) Faça uma leitura criteriosa do artigo indicado, 
observando os vários sentidos da definição de 
projeção, compreendendo o sentido psicanalítico 
do conceito. 
 
2) Associe o conceito de projeção às 
características do material das técnicas projetivas. 
 
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 
Freud definiu o conceito de projeção em dois 
momentos. De acordo com as afirmativas abaixo, 
assinale a alternativa incorreta: 
 
a) A projeção enquanto mecanismo de defesa é um 
processo psíquico que ocorre de maneira 
inconsciente. 
b) A projeção enquanto mecanismo de defesa 
serve para diminuir a tensão interna provocada por 
uma idéia, um afeto ou um sentimento que é 
reprimido e atribuído à realidade externa. 
c) A projeção enquanto forma de expressão pode 
vir a se tornar consciente ou pré-consciente. 
d) A função da projeção enquanto defesa é 
proteger o ego de algum conteúdo que seria 
intolerável à consciência. 
e) A projeção enquanto forma de expressão foi 
ampliada por Freud e apresenta como finalidade o 
alívio da tensão interna. 
 
 
A alternativa incorreta é a letra “e”, pois a projeção 
enquanto expressão não apresenta como 
finalidade o alívio da tensão. Como não é 
necessariamente inconsciente, esse tipo de 
projeção pode inclusive aumentar a tensão interna, 
gerada pela atribuição de algum conteúdo interno 
para a realidade externa. Aprojeção enquanto 
mecanismo de defesa apresenta, sim, como uma 
das finalidades, o alívio da tensão para a proteção 
do ego, por isso a função defensiva. 
 
 
 
HTP – Técnica de aplicação 
 
Referências bibliográficas: 
 
BUCK, J. H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico- V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2000, cap. 35, p.519-527. 
 
O HTP é geralmente utilizado em processos de 
avaliação psicológica nos mais diversos contextos 
de atuação do psicólogo. Pode ser utilizado como 
parte de uma avaliação inicial ou de uma 
intervenção terapêutica em andamento. 
Sua administração e aplicação é muito fácil, uma 
vez que requer apenas o uso de um material 
simples: lápis e papel. É importante lembrar que 
existem várias versões de aplicação do HTP. 
A aplicação do HTP requer uma sala apropriada, 
sem muitos estímulos ou barulhos para não 
ocasionar distração por parte do paciente. O 
número de sessões para a aplicação depende do 
número de desenhos solicitados pelo examinador e 
do ritmo do examinando. Deve-se pedir ao sujeito 
que realize os desenhos da melhor maneira 
possível. 
Após a elaboração de cada desenho, deve-se 
realizar um inquérito, com a finalidade de 
esclarecer e enriquecer a produção do sujeito. Em 
geral, solicita-se que o examinando olhe para o 
desenho recém realizado e imagine as respostas 
para cada pergunta realizada. 
Como material, utiliza-se folhas de papel sulfite 
branco, tamanho ofício. Recomenda-se o uso de 
pelo menos dois lápis pretos nº 2, uma borracha 
como item opcional e um conjunto de lápis de cor, 
com um mínimo de oito cores: vermelho, laranja, 
amarelo, verde azul, violeta, marrom e preto. Os 
lápis pretos nº 2 e os lápis de cor devem estar 
espalhados sobre a mesa, de forma aleatória, para 
que haja uma liberdade de escolha por parte do 
sujeito. Os desenhos podem ser Acromáticos ou 
Cromáticos. 
Os desenhos devem ser realizados na seguinte 
ordem: 1º) Casa, com a folha na posição 
horizontal; 2º) Árvore, com a folha na posição 
vertical; 3º) Pessoa, folha na vertical e 4º) Pessoa 
do sexo oposto, com a folha também na vertical. É 
importante observar e anotar os comentários do 
sujeito e suas reações não-verbais. 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1) Faça uma leitura das instruções de aplicação do 
Manual do HTP, disponível para consulta no 
Laboratório de TEAP e do livro indicado, disponível 
na Biblioteca. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
De acordo com a aplicação do teste HTP, é 
possível afirmar: 
 
I – Os desenhos podem ser realizados de forma 
aleatória, devido à liberdade de resposta e de 
expressão, características das técnicas projetivas. 
 
II – Todos os desenhos devem ser realizados com 
a folha na posição vertical. 
 
III – A fase gráfica é seguida por uma fase verbal, 
que tem como finalidade enriquecer e esclarecer a 
produção do sujeito. 
 
IV – O inquérito deve ser realizado no final do 
teste, após a realização de todos os desenhos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Apenas I e II 
b) Apenas III 
c) Apenas II e III 
d) Apenas I e IV 
e) I, II, III e IV 
 
 
A resposta correta é a alternativa “b”. A afirmativa I 
é incorreta, pois os desenhos devem ser 
apresentados necessariamente na ordem de 
aplicação. A afirmativa II está errada, pois o 
desenho da Casa deve ser realizado na posição 
horizontal. A afirmativa IV também está incorreta, 
pois o inquérito deve ser realizado logo após a 
realização de cada desenho e não no final do teste. 
 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais. 
 
 
 
MÓDULO 2: 
 
HTP – HISTÓRICO, VALIDAÇÃO, LINHAS 
BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO 
 
 
Referências bibliográficas 
 
BUCK, J. H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
VAN KOLCK, O.L. Testes projetivos gráficos no 
diagnóstico psicológico. São Paulo: E.P.U., p. 1–
11, 1984. 
 
 
O HTP (House-Tree-Person) é um conjunto de 
testes gráficos, elaborado por John BUCK (1949). 
Nessa bateria, o autor reuniu o Teste da Árvore de 
Karl KOCH (1949), o Teste do Desenho da Figura 
Humana de Karen MACHOVER (1949) e 
acrescentou a análise do desenho da Casa. 
 
O HTP é um instrumento que favorece a projeção 
da personalidade do indivíduo, possibilitando uma 
manifestação mais direta de aspectos que o sujeito 
não tem conhecimento. O material do teste 
promove uma investigação de seus conteúdos 
mais profundos e inconscientes de maneira 
simbólica, por meio de um material ambíguo 
(pouco estruturado) e por uma liberdade de 
expressão e de resposta. 
 
Segundo VAN KOLCK (1984) ao realizar a análise 
dos desenhos, devem ser considerados três 
aspectos de interpretação: 
 
1) Aspecto Adaptativo ( que é determinado pela 
adequação do indivíduo à tarefa solicitada); 2) 
Aspecto Expressivo (que corresponde às 
qualidades gráficas da produção do desenho) e 3) 
Aspecto de Conteúdo ou Projetivo (que refere-se 
aos elementos do tema, que foram enfatizados ou 
omitidos no desenho). 
 
Ainda de acordo com a autora, essas três 
abordagens se interpenetram e se completam, 
assumindo cada uma delas um papel mais 
preponderante conforme a situação em que o 
desenho foi executado e a motivação que o 
determinou. 
 
 
 Atividades recomendadas: 
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos livros indicados, 
observando o histórico e a elaboração do HTP, 
bem como as características do material das 
técnicas projetivas e os seus aspectos de 
interpretação. 
 
2) Associe o conceito de projeção às 
características do material das técnicas projetivas. 
 
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 No HTP o desenho do sujeito é um material 
que favorece a análise de três processos que se 
fazem presentes no ato de desenhar. Relacione 
esses aspectos com suas características: 
 
I – Na produção do desenho representa o tipo de 
traçado, a pressão, o tamanho e a localização do 
desenho na folha. 
II – A adequação do tema quanto às instruções 
dadas, à idade, ao sexo e ao nível sócio-cultural. 
III – Os elementos do tema, que foram enfatizados 
ou omitidos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) I – conteúdo, II – projetivos e III – adaptativos 
b) I – projetivos, II – adaptativos e III – de conteúdo 
c) I – adaptativos, II – de conteúdo e III – 
expressivos 
d) I – expressivos, II – adaptativos e III – projetivos 
e) I – de conteúdo, II – adaptativos e III - 
expressivos 
 
 
A resposta correta é a alternativa “d”, pois 
apresenta a ordem correta na correlação dos 
aspectos de interpretação do HTP. O item I se 
refere às qualidades gráficas do desenho, portanto 
aos aspectos Expressivos. O item II consiste em 
verificar se a produção corresponde à adequação 
do sujeito ao desenho, em termos de maturidade, 
sexo e condição sócio-cultural, portanto, aos 
aspectos Adaptativos. O item III refere-se ao “o 
que” a pessoal desenha, ou seja, ao Conteúdo do 
desenho. 
 
 
 
HTP – ANÁLISE DOS ASPECTOS 
EXPRESSIVOS 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
BUCK, J. H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
CUNHA, J.A Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, p. 519-527, 2000. 
 
VAN KOLCK, O.L. Testes projetivos gráficos no 
diagnóstico psicológico. São Paulo: E.P.U., p. 
1–11, 1984. 
 
 
 
Como já vimos, os aspectos expressivos 
correspondem às qualidades gráficas do 
desenho e estão associados aos aspectos mais 
estáveis da personalidadedo indivíduo. Estão 
ligados ao “como” a pessoa desenha, ou seja, a 
forma do desenho. Estes aspectos devem ser 
analisados em cada desenho: 
 
 
Para realizar a análise, parte-se do princípio 
básico que o desenho representa o próprio 
indivíduo e a folha, representa o meio ambiente. 
 
 
 
Os aspectos expressivos analisados são: 
 
1) Tamanho: indica a relação dinâmica entre o 
sujeito e o meio ambiente. Fornece dados a 
respeito da auto-estima do indivíduo. 
 
2) Pressão do lápis: indica o nível de energia do 
sujeito. 
 
3) Traçado: está associado a controle e 
segurança. 
 
4) Detalhes do desenho: indica a expressão da 
afetividade. 
 
5) Simetria: relaciona-se com a necessidade de 
segurança e equilíbrio interno. 
 
6) Sequência do desenho: indica a organização 
interna do indivíduo. 
 
7) Movimento: quando presente no desenho, 
denota criatividade, manifestação da 
inteligência e flexibilidade mental. 
 
8) Localização do desenho na folha: divide-se a 
folha de papel em quatro quadrantes, 
atribuindo-se um significado simbólico a cada 
um deles. 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1) Para aprofundar esta análise, sugerimos que 
você leia o capítulo do livro da autora VAN 
KOLCK (1984) indicado nas referências 
bibliográficas. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 Na análise do teste HTP, deve-se levar em 
conta o princípio básico de que a folha de papel 
representa o meio ambiente, enquanto o 
desenho representa o próprio sujeito. Tomando 
com base esse aspecto, o tamanho do desenho 
na folha indica: 
 
I - A expansão do sujeito em relação ao 
ambiente. 
II - A organização interna do sujeito. 
III- A necessidade de segurança e equilíbrio 
interno. 
IV- A predominância de extroversão ou 
introversão do sujeito. 
V - A auto-estima do sujeito. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) apenas II e III 
b) apenas I e V 
c) apenas I, IV e V 
d) apenas II, III e IV 
e) I, II, III, IV e V 
 
A resposta correta é a alternativa “b”. O 
tamanho do desenho está associado à 
expansão do sujeito em relação ao ambiente 
(afirmativa I) e à auto-estima (afirmativa V). A 
afirmativa II refere-se à sequência do desenho. 
A afirmativa III diz respeito à simetria do 
desenho. E a afirmativa IV está associada à 
localização do desenho do lado esquerdo ou 
direito da folha. 
 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as 
ao professor, nas aulas presenciais. 
 
 
 
 
MÓDULO 3: 
 
 HTP – ANÁLISE DOS ASPECTOS DE 
CONTEÚDO (CASA) 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
BUCK, J, H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
CUNHA, J.A Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, p. 519-527, 2000. 
 
O desenho da casa suscita afetos relacionados ao 
lar e à família. A análise do desenho da casa 
encontra-se fundamentada nos aspectos funcionais 
de cada elemento. 
 
Os principais elementos a serem analisados são: 
 
Teto: relacionado à área da fantasia. 
 
Telhado: associado à necessidade de proteção. 
 
Paredes: representação da estrutura egóica (força 
ou fragilidade do ego). 
 
Porta: revela o contato social com o meio 
ambiente. 
 
Janelas: são uma forma secundária de interação 
com o meio. 
 
Caminho: sugere seletividade nos contatos em 
relação ao meio, aos afetos e aos interesses. 
 
Cerca: elemento de defesa, demarca territórios e 
limites. 
 
Chaminé: ligada ao símbolo fálico, masculinidade, 
poder e auto-afirmação. 
 
Fumaça: indica tensão interna. 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1)Para aprofundar esta análise, sugerimos que 
você leia o material indicado nas referências 
bibliográficas. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 Uma moça de 22 anos, candidata a uma 
vaga de recepcionista numa Empresa, realizou o 
teste HTP. Em seu desenho da Casa colocou uma 
porta fechada e muito pequena, as janelas 
fechadas e um caminho muito estreito em frente à 
porta. De acordo com a análise dos aspectos de 
conteúdo da Casa podemos dizer que: 
 
a) A moça demonstra características de 
extroversão e facilidade de contato com o meio 
ambiente, o que é favorável para o cargo de 
recepcionista. 
b) A candidata apresenta características de 
introversão, retraimento e facilidade de contato, o 
que não é favorável para o cargo indicado. 
c) A moça demonstra dificuldade de contato com o 
meio, retraimento e seletividade nos contatos, o 
que a contra-indica para a vaga. 
d) A candidata apresenta de extroversão, 
voracidade de contato, mas é cautelosa nos 
contatos com o meio e, portanto pode ser indicada 
para o cargo. 
e) A moça apresenta características de inibição, 
introversão e baixa auto-estima, o que a contra-
indica para o cargo. 
 
 
A resposta correta é a letra “c”, pois analisa 
corretamente os três elementos desenhados pela 
moça, o que a contra-indica para o cargo de 
recepcionista, que exige facilidade de contato com 
o meio ambiente. 
 
 
 
HTP – ANÁLISE DOS ASPECTOS DE 
CONTEÚDO (ÁRVORE) 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
BUCK, J, H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
CUNHA, J.A Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, p. 519-527, 2000. 
 
VAN KOLCK, O.L. Testes projetivos gráficos no 
diagnóstico psicológico. São Paulo: E.P.U., p. 
55-77, 1984. 
 
 
O desenho da árvore representa o 
desenvolvimento emocional do indivíduo. Dentre a 
série de desenhos, é o que mais revela as 
características mais profundas e mais 
inconscientes da personalidade do sujeito. 
 
Os principais elementos a serem analisados são: 
 
Solo: indica estabilidade e contato com a 
realidade. Representa o limite entre o consciente e 
o inconsciente. 
 
Raízes: representa a parte mais primitiva, instintiva 
e inconsciente da personalidade. 
 
Tronco: é o indicador da força básica da 
personalidade, representa a força ou fragilidade do 
ego (estrutura egóica). 
 
Galhos, sulcos e nódoas: estão ligados ao 
desenvolvimento emocional do ego e aos indícios 
de fatos significativos e/ou marcantes em seu 
desenvolvimento. 
 
Copa: é a expressão da expansão do indivíduo no 
meio, bem como a sua produtividade. 
 
Flores: indicam feminilidade, sensibilidade e 
vaidade. 
 
Frutos: estão associados à produtividade, desejo 
de realização e fertilidade. 
 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1)Para aprofundar esta análise, sugerimos que 
você leia o material indicado nas referências 
bibliográficas. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 Uma menina de 10 anos realizou o teste 
HTP durante o processo psicodiagnóstico. Em seu 
desenho da Árvore, desenhou um tronco reto, uma 
copa achatada e uma copa carregada de frutos. De 
acordo com a análise de conteúdo desse desenho, 
que aspectos são possíveis observar como 
características da dinâmica da personalidade 
dessa criança: 
 
a) A menina demonstra força de ego, boa 
expansão no meio ambiente e produtividade. 
b) A menina apresenta fragilidade do ego, muita 
ambição em relação à realização e produtividade. 
c) A criança demonstra necessidade de proteção, 
ambição e boa expansão no meio ambiente. 
d) A criança revela um comportamento rígido, 
pressão ambiental e auto-exigência em relação à 
produtividade. 
e) A menina demonstra pressão ambiental, rigidez 
e satisfação de suas necessidades. 
 
 
A alternativa correta é a letra “d”, pois apresenta 
corretamente as características de personalidade 
da criança, de acordo com a análise de seu 
conteúdo. 
 
 
 3) Realize agora os exercíciosdeste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 4: 
 
HTP – ANÁLISE DOS ASPECTOS DE 
CONTEÚDO (PESSOA) 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
BUCK, J, H-T-P: casa-árvore-pessoa - técnica 
projetiva de desenho: manual e guia de 
interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. 
 
CUNHA, J.A Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, p. 519-527, 2000. 
 
VAN KOLCK, O.L. Testes projetivos gráficos no 
diagnóstico psicológico. São Paulo: E.P.U., p. 
13-46, 1984. 
 
 
O desenho da figura humana é a representação 
mais próxima e mais direta do próprio indivíduo e 
simboliza a sua imagem corporal e as figuras de 
identificação enquanto gênero feminino e 
masculino. 
 
Deve-se realizar a análise das duas figuras 
produzidas pelo sujeito. 
 
Os principais elementos a serem analisados são: 
 
Cabeça: sede da razão ou da fantasia. 
 
Rosto: representa a expressão da sociabilidade. 
 
Olhos: indicam a discriminação da realidade. 
 
Boca: representa a oralidade e as trocas afetivas. 
 
Nariz: é considerado um símbolo fálico, ou seja, 
um elemento de afirmação. 
 
Orelhas: indicam sensibilidade à crítica social. 
 
Cabelos e pelos: simbolizam vitalidade, virilidade 
e sensualidade. 
 
Tronco: sede da vida instintiva e emocional. 
 
Pescoço: área de controle dos impulsos (razão X 
emoção) 
 
Cintura: área de controle dos impulsos sexuais. 
 
Mãos e braços: estão associados à realização, 
contato (sociabilidade) e agressividade. 
 
Pernas e pés: estão ligados à estrutura e 
estabilidade. 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1) Para aprofundar esta análise, sugerimos que 
você leia o material indicado nas referências 
bibliográficas. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 Durante um processo psicodiagnóstico, um 
menino de 6 anos realiza o teste HTP. No desenho 
da Pessoa, a criança desenha a figura masculina 
sem rosto, com os cabelos pontudos e o tronco 
bem largo. De acordo com os aspectos de 
conteúdo do desenho da figura humana, que 
características da dinâmica da personalidade 
podem ser observados nesse caso clínico? 
 
a) dificuldade em lidar com a sexualidade, 
agressividade e baixa auto-estima. 
b) dificuldade em expressar a sociabilidade, 
agressividade e necessidade de auto-afirmação. 
c) dificuldade de contato com o meio, preocupação 
com a sexualidade e poder físico. 
d) seletividade nos contatos, virilidade e 
preocupação com valorização corporal. 
e) negação do contato social, agressividade e 
preocupação com a sexualidade. 
 
 
A alternativa correta é a letra “b”, que associa 
respectivamente as características da análise de 
conteúdo do desenho da Pessoa. 
 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais. 
 
MÓDULO 5: 
 
O CONCEITO DE APERCEPÇÃO NAS 
TÉCNICAS PROJETIVAS TEMÁTICAS 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
BELLAK, L. & ABRAMS, D.V. CAT-A: Teste de 
apercepção infantil - figuras de 
animais. Adaptado à população brasileira por 
Adele de Miguel (et. al.). São Paulo: Vetor. 2010. 
 
CUNHA, J.A Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, p. 399-408, 2000. 
 
 
Para iniciar o estudo do CAT (Teste de Apercepção 
Infantil com Figuras de Animais), devemos 
primeiramente compreender a que se refere o 
termo apercepção. 
 
O conceito de apercepção foi proposto por 
BELLAK (1952), autor do CAT (Children”s 
Apperception Test), descendente direto do TAT, que 
a define como: uma interpretação dinamicamente 
significativa que um organismo faz de uma 
percepção. Conforme o autor, a apercepção do 
mundo externo depende de lembranças pessoais, 
às vezes das mais antigas, conscientes ou 
inconscientes. 
 
Portanto, BELLAK partiu da pressuposição de que 
pessoas diferentes, frente à mesma situação vital, 
experimentá-la-ão cada uma ao seu modo, de 
acordo com sua perspectiva pessoal. Essa forma 
pessoal de elaborar uma experiência revela a 
atitude e a estrutura do indivíduo frente à realidade 
experenciada. 
 
Dessa forma, a apercepção é uma interpretação e, 
como tal, dá um sentido à experiência. Ao contrário 
da percepção – processo cognitivo e objetivo – a 
apercepção é um processo perceptivo que leva em 
conta a subjetividade. 
 
Concluindo, a apercepção considera as 
características e experiências pessoais do sujeito. 
È por esse motivo que, perante a um mesmo 
estímulo, as respostas são geralmente diferentes. 
 
 
 
 Atividades recomendadas: 
 
1) Para aprofundar esse conceito, sugerimos que 
você leia o material indicado nas referências 
bibliográficas. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 Assinale a alternativa CORRETA .De acordo 
com a fundamentação teórica dos testes projetivos 
temáticos, ao contar uma história no CAT: 
 
a) O sujeito percebe o meio ambiente e elabora as 
histórias tomando como base os seus próprios 
interesses, atitudes, hábitos, estados emocionais e 
desejos. 
b) A resposta do sujeito se encontra mais centrada 
no que o meio ambiente espera dele do que em 
seus interesses ou desejos. 
c) A apreensão do sujeito, frente às pranchas, terá 
sempre um componente objetivo e externo. 
d) Frente à mesma cena, todos os sujeitos 
apresentarão uma resposta idêntica. 
e) Todos os sujeitos estruturam e interpretam a 
realidade de forma igual, independente de seus 
hábitos, estados emocionais e desejos. 
 
 
A resposta correta é a letra “a”.A alternativa “b” 
está errada, pois a resposta do sujeito encontra-se 
centrada em seus próprios interesses e desejos 
pessoais A alternativa “c” está errada, pois a 
resposta do sujeito em relação às pranchas do CAT 
terá sempre um componente subjetivo e interno, 
que é a sua vivência pessoal. A alternativa “d” está 
errada, pois frente à mesma cena, cada sujeito 
apresentará sua resposta individual e única. A 
alternativa “e” está errada, pois os sujeitos 
interpretam a realidade de forma diferente, 
dependendo sim de seus hábitos, estados 
emocionais e desejos. 
 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais. 
 
 
MÓDULO 6: 
CAT – HISTÓRICO, MATERIAL E TÉCNICA DE 
APLICAÇÃO 
 
Referências bibliográficas: 
 
BELLAK, L. & ABRAMS, D.V. CAT-A: Teste de 
apercepção infantil - figuras de 
animais. Adaptado à população brasileira por 
Adele de Miguel (et. al.). São Paulo: Vetor. 2010. 
 
CUNHA, J.A Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, p. 399-408, 2000. 
 
 
HISTÓRICO: 
 
- O CAT (sigla do inglês para Teste de Apercepção 
Infantil) é um dos mais importantes instrumentos 
para diagnóstico psicológico e psicoterapia, desde 
a sua publicação, em 1949, por Leopold Bellak e 
Sonya Sorel Bellak. 
- Trata-se de um método projetivo temático que 
tem como objetivo revelar a estrutura de 
personalidade da criança e sua maneira de 
reagir e a l idar com as questões do 
crescimento. 
- Em sua versão original, os estímulos apresentam 
figuras de animais, partindo do pressuposto que as 
crianças se identificam mais prontamente com 
personagens animais do que com pessoas, como 
apresentados nos estímulos do Teste de 
Apercepção Temática – TAT, de Henry Murray 
(1935). 
- Posteriormente foi criado o CAT-H, uma 
adaptação com figuras humanas. 
- O material com figuras de animais apresentou 
uma série de vantagens teóricas, tais como o fato 
de as imagens de animais evocarem a fantasia 
com mais facilidade, o que pode ser observado nos 
contos de fadas,nas fábulas e no papel destacado 
dos animais nos jogos infantis e nos desenhos 
animados da televisão e histórias em quadrinhos. 
- O C AT- A c o m p r e e n d e d e z g r a v u r a s , 
representando animais em várias situações, as 
quais permitem investigar aspectos como o 
relacionamento da criança com figuras importantes 
em sua v ida , a d inâmica das re lações 
interpessoais, a natureza e a força dos impulsos, 
a s d e f e s a s m o b i l i z a d a s , o e s t u d o d o 
desenvolvimento infantil e a compreensão da 
dinâmica familiar. 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO: 
- A aplicação do CAT está sujeita às dificuldades 
comuns em técnicas destinadas às crianças, 
devendo levar em consideração o nível de 
compreensão da faixa etária. 
- É importante estabelecer um bom rapport, 
evitando provocar ansiedades relacionadas com as 
expectativas da criança diante da avaliação do 
desempenho. 
- Geralmente o CAT é indicado para ser aplicado 
no final do processo psicodiagnóstico, quando o 
contato com o aplicador já foi estabelecido. 
- As instruções para a aplicação do CAT são 
recomendadas por Bellak e Abrams (1998): 
 “Este é um jogo de histórias. São dez figuras 
ao todo. Eu vou mostrar uma figura por vez, e você 
deve tentar criar uma história de faz de conta para 
ela. Diga o que está acontecendo na figura, o que 
vai acontecer depois e como termina a história. Ou 
você pode dizer o que acha que aconteceu antes; 
em seguida, o que está acontecendo na figura e 
depois qual é o fim da história. O que interessa é 
você inventar uma história com começo, meio e 
fim, da sua própria imaginação. Muito bem, esta é 
a primeira figura.” 
- As instruções podem ser retomadas sempre que 
necessário de forma sucinta e adaptada à idade e 
aos recursos da criança. 
- É importante que o psicólogo mantenha uma 
atitude de interesse diante do que a criança narra. 
- Frequentemente é preciso encorajá-la a narrar 
histórias, mas deve-se ter cuidado para não induzir 
sua resposta ao incentivá-la. 
- Diante de uma criança que apenas descreva a 
figura ou pareça ter dificuldade em inventar uma 
sequência de ações, pode-se perguntar, por 
exemplo: “o que aconteceu antes disso?” ou “o 
que aconteceu depois disso?” É importante 
assegurar-se de que a criança entenda o que seja 
“inventar uma história”. 
 - As pranchas devem ser apresentadas uma por 
vez, na sequência determinada pela numeração de 
1 a 10, enquanto as demais pranchas devem 
permanecer fora do alcance de criança. Isso 
assegura que a criança mantenha a atenção na 
figura apresentada. 
- Todos os comentários e comportamentos da 
criança devem ser observados e anotados durante 
a aplicação (gestos, expressões faciais e posturas 
que acompanham os relatos). 
- Narrativas incompletas ou confusas podem ser 
esclarecidas com a realização de um rápido 
inquérito, imediatamente após a verbalização da 
história. 
- É importante que o aplicador utilize perguntas 
abertas, tomando assim, o cuidado para não 
sugerir ou induzir as respostas da criança. 
- Todo o relato dever ser anotado (exatamente com 
as pa lavras da c r iança) , bem como as 
interferências do aplicador que provocaram as 
associações. 
 
 
Atividades recomendadas: 
 
1) Para aprofundar as instruções e a técnica de 
aplicação, sugerimos que você leia o material 
indicado nas referências bibliográficas. 
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 
 No CAT, após a elaboração da história, o 
aplicador deve realizar um inquérito, que 
apresenta como finalidade: 
 
I- Enriquecer as histórias, completando os 
aspectos que faltaram. 
II- Inibir a projeção do indivíduo. 
III- Esclarecer o relato do sujeito. 
IV- Esclarecer qualquer ambiguidade da história. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) Apenas I é verdadeira 
b) Apenas III é verdadeira 
c) Apenas I e IV são verdadeiras 
d) Apenas II é falsa 
e) Todas são verdadeiras 
 
A alternativa correta é a letra “d”, pois o objetivo do 
inquérito não é o de inibir a projeção do indivíduo, 
ao contrário, a finalidade é estimular a projeção. 
 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais. 
 
MÓDULO 7: 
 
TAT - HISTÓRICO E TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
 
Referências bibliográficas: 
MURRAY, H. TAT – Teste de Apercepção 
Temática. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 
CUNHA, J. A. (2000) Psicodiagnóstico- V. 5ª ed. 
Porto Alegre: Artes Médicas. (p. 399-408). 
 
O teste TAT, é uma técnica projetiva desenvolvida 
por Henry Murray e seus colaboradores de Harvard 
(Morgan e Murray, 1935 – 1943) como um 
instrumento para o estudo da personalidade normal 
e permaneceu como a principal técnica da 
pesquisa da Personalidade desde a sua criação, 
em 1935. 
O teste TAT apresenta ao paciente uma tarefa 
menos estruturada e orientada para a realidade, 
pois pode-se identificar a atitude do indivíduo frente 
a diversas situações, seus desejos, temores, 
dificuldades, ou seja, a dinâmica de sua 
personalidade 
O TAT é a técnica de construção de história mais 
utilizada e tem sido largamente aplicado em 
pesquisas de personalidade, principalmente, pelas 
suposições implícitas na sua interpretação, como 
por exemplo, a auto identificação com o herói e o 
significado pessoal de respostas comuns. Trata-se 
de um teste projetivo temático que revela 
conteúdos da personalidade, tais como: a natureza 
dos conflitos, desejos, reações ao ambiente 
externo e mecanismos de defesa (ANASTASI, 
1976). 
O referido Teste é composto por 31 pranchas, que 
apresentam figuras em preto e branco, e uma 
prancha em branco. As imagens são representadas 
por reproduções de quadro ou gravuras com 
significado sempre ambíguo. Ao sujeito é solicitado 
criar uma história para cada uma dessas pranchas, 
relatando como o acontecimento apresentado 
surgiu, o que ocorre no momento, o que pensam e 
sentem os personagens, qual o final da história e 
seu título. Alguns quadros são considerados 
universais, comuns a todos os sujeitos, outros 
específicos para o sexo feminino ou masculino, as 
iniciais das palavras impressas atrás da prancha, 
determinam a que sujeito se destina cada uma: R, 
rapaz; H, homem adulto; F, mulher adulta; M, 
moça. Assim as imagens são enumeradas de 1 
a 20, devido às variantes (MURRAY, 1967). 
Atividades recomendadas: 
1) Para compreender esse conceito, leia de modo 
criterioso o manual do teste TAT indicado na 
referência bibliográfica. 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
Um psicólogo vai realizar a aplicação completa do 
TAT e precisa selecionar as pranchas a serem 
aplicadas em um paciente adolescente do sexo 
masculino. De acordo com a elaboração do 
material do TAT, quais pranchas deverão ser 
selecionadas? Assinale a alternativa correta: 
A) Todas as universais e as que tiverem a letra M 
B) Todas as universais e as que tiverem a letra F 
C) Todas as universais e as que tiverem a letra R 
D) Todas as que tiverem a letra M 
E) Todas as que tiverem a letra F 
 
A alternativa correta é a letra “C”, pois as figuras 
são variadas em termos do grau de realismo, das 
situações propostas, número e tipo de 
personagens. São divididas de acordo com o sexo 
e a idade dos sujeitos. 
H – homens adultos 
R – rapazes 
F – mulher adulta 
M – moças 
 
TAT – INSTRUÇÕES E TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
A aplicação do TAT deve ser necessariamente 
individual, uma vez que o sujeito conta as suas 
histórias e o aplicador deve anotá-las literalmente. 
Pode-se aplicar o teste de 
forma completa (aplicação de 20 pranchas, sendo 
11 universais e 9 específicas ao sexo e idade, em 
duas ou mais sessões). 
As pranchas devem serapresentadas uma por vez, 
solicitando-se ao indivíduo que conte uma história 
completa sobre cada uma delas, relatando 
sentimentos, idéias e ações das personagens. 
Utiliza-se um cronômetro para marcar o tempo de 
duração de cada história. 
A cada história é realizado um inquérito, que tem 
como objetivo esclarecer e enriquecer a narração 
do sujeito. 
Nunca se deve separar a história e inquérito, caso 
haja necessidade de marcar mais de uma sessão. 
Ao finalizar cada história, deve-se pedir um título 
para cada uma delas. 
O aplicador deve dizer: “vou lhe mostrar alguns 
quadros (ou figuras, ou gravuras, ou pranchas) e 
você vai me contar uma história para cada um 
deles. Uma história que tenha começo, meio e fim, 
você vai me relatar o que as personagens estão 
fazendo, pensando e sentindo. O tempo é livre. 
Estou usando um cronômetro, mas você não 
precisa se preocupar com o tempo, pois é só para 
controle meu”. 
As instruções devem estar claras para o sujeito, 
antes que a primeira prancha seja apresentada. 
É importante que as histórias tenham começo, 
meio e fim, para que seja possível detectar: 
1) O que determina a situação da prancha, o 
passado, o que aconteceu antes. 
2) O que está acontecendo agora, as ações, os 
pensamentos, os sentimentos das personagens, o 
presente. 
3) O desenlace, o futuro, qual a resolução da 
história. 
 
Atividades recomendadas: 
1) Para aprofundar as instruções e a técnica de 
aplicação, sugerimos que você leia o material 
indicado nas referências bibliográficas. 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
 No teste de apercepção temática, após a 
elaboração da história, o aplicador deve realizar 
um inquérito, que apresenta como finalidade: 
I- Enriquecer as histórias, completando os 
aspectos que faltaram. 
II- Inibir a projeção do indivíduo. 
III- Esclarecer o relato do sujeito. 
IV- Esclarecer qualquer ambiguidade da história. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) Apenas I é verdadeira 
b) Apenas III é verdadeira 
c) Apenas I e IV são verdadeiras 
d) Apenas II é falsa 
e) Todas são verdadeiras 
A alternativa correta é a letra “d”, pois o objetivo do 
inquérito não é o de inibir a projeção do indivíduo, 
ao contrário, a finalidade é estimular a projeção. 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais. 
 
 
MÓDULO 8: 
 
TAT- DIRETRIZES PARA A INTERPRETAÇÃO 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
MURRAY, H. TAT – Teste de Apercepção 
Temática. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 
 
Tema principal: tem por objetivo explicitar a 
conteúdo latente do relato. Compreende os 
seguintes aspectos: 
- Nível descritivo: descrição sucinta e objetiva do 
relato. 
- Nível interpretativo: qual a mensagem central do 
relato. 
- Nível diagnóstico: ampliação do conteúdo 
latente para o nível de dinâmica do indivíduo. 
- Temática frequentemente evocada: verificar a 
proximidade do tema da narrativa à demanda da 
prancha. 
- Percepção dos elementos do estímulo: 
verificar se os estímulos da prancha são 
percebidos adequadamente, se há omissão de 
elementos. 
 1) Herói principal- a figura central do relato, ao 
redor do qual gira a história. O herói é considerado 
a figura de identificação, na qual o sujeito projeta 
suas características reais ou ideais. 
2) Relações objetais: investiga-se como a criança 
percebe as outras figuras e o tipo de relação que 
estabelece com elas – pais (figura materna, figura 
paterna), irmãos, amigos, rivais. As relações 
podem se percebidas como de apoio, rivalidade ou 
outras. 
3) Concepção do ambiente: considera-se como 
ambiente todo o contexto que envolve o herói, 
incluindo as demais personagens mencionadas no 
relato. Geralmente dois ou três termos descritivos 
são suficientes (ex: provedor, hostil, ameaçador, 
indiferente, etc.) 
4) Necessidades e conflitos: a identificação das 
necessidades se dá a partir dos comportamentos 
do herói ou de afirmações explícitas do que ele 
procura, deseja, busca. Os conflitos se referem 
a desejos incompatíveis e concomitantes, 
revelados a partir das necessidades do herói, ou a 
impulsos que se opõem ao superego ou ao 
ambiente. 
5) Ansiedades: as ansiedades referem-se ao que 
está por trás dos conflitos, àquilo que realmente a 
criança de defende, seus principais medos. De 
acordo com Bellak e Abrams (1998), as ansiedades 
mais importantes são relacionadas a: danos 
físicos, abandono (solidão falta de apoio), 
c a s t i g o e f a l t a o u p e r d a d e a m o r 
(desaprovação). 
6) Mecanismos de defesa: os mecanismos 
destacados por Haworth (1963) são destacados a 
seguir. 
A) Descrição dos mecanismos de defesa 
adaptativos: 
Formação reativa: um impulso é mantido 
inconsciente por meio da adoção do seu oposto 
(ex: amor x ódio). 
Anulação: uma ação visa ao cancelamento ou à 
negação do que foi expresso anteriormente. 
Ambivalência: expressão de ati tudes ou 
sentimentos contraditórios em relação a um objeto, 
pessoa ou ato. 
Isolamento: consiste na ruptura das conexões 
assoc ia t i vas de um compor tamen to ou 
pensamento, de forma que essa associação seja 
quebrada. Alguns processos de isolamento podem 
ser 
Repressão: é a operação psíquica que visa fazer 
desaparecer da consciência um conteúdo 
indesejável ou intolerável (ideia, pensamento, 
afeto). 
Negação: mecanismo utilizado quando outros 
mecanismos de defesa não foram suficientes para 
barrar o desejo reprimido. Pode-se negar a 
realidade ou parte dela. 
Falseamento: trata-se de uma distorção da 
realidade decorrente da dificuldade em aceita-la 
conforme se apresenta. 
Simbolização: uso de símbolos que representam 
um grupo complexo de objetos e atos associados a 
desejos reprimidos que podem envolver aspectos 
inaceitáveis para o indivíduo. 
Projeção: o impulso inaceitável ou intolerável à 
consciência é atribuído à outra pessoa, objeto ou 
realidade externa. O indivíduo expulsa de si 
qualidades, sentimentos, pensamentos ou desejos 
que não aceita em si mesmo e os localiza no outro. 
Introjeção: visa a resolver as dificuldades 
emocionais do indivíduo por meio da atribuição a si 
mesmo, de determinadas características de outras 
pessoas ou objetos. 
7) Superego: verifica-se se existe alguma punição 
pelos comportamentos inadequados do herói e, se 
houver, se é proporcional à gravidade do deslize 
cometido (o que indica a presença de um 
superego atuante), exagerado em relação à 
gravidade da falha (o que indica a interferência de 
um superego rígido) ou leve demais ou 
inexistente (o que indica um superego frágil). 
Nem todos os relatos permitem veri f icar 
diretamente o superego. 
8) Integração do ego: indica o nível geral de 
funcionamento psíquico da criança. Basicamente 
indica se a criança conseguiu resolver ou não o 
conflito. 
- O grau de adequação do herói para lidar com 
os conflitos presentes na trama são uma boa 
indicação disso. 
- Uma boa integração do ego é indicada por 
desenlaces realistas, que apresentam soluções 
adequadas, coerência e boa qualidade do relato. 
- Desenlaces negativos, omitidos ou irrealistas 
indicam baixa integração do ego. 
- Uma integração de ego fraca é observada em 
relatos impessoais e meramente descritivos, sem a 
elaboração de uma história ou narrativas 
desorganizadas. No relato descritivo, o uso das 
defesas impede a emergência de conteúdos 
pessoais. No relato desorganizado, a ineficiência 
das defesas dá lugar a um maior nível de 
ansiedade, que compromete o uso adequado dos 
recursos egóicos. 
- A percepção adequada dos diferentes elementos 
do estímulo ajuda a verificar se a criança mantém a 
capacidadede adaptação. 
- A consulta aos temas mais frequentemente 
evocados em cada prancha permite identificar as 
narrativas mais pessoais de cada criança. 
 
Atividades recomendadas: 
 
1) Para aprofundar esta análise, sugerimos que 
você leia o material indicado nas referências 
bibliográficas. 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
Assinale a alternativa correta. A análise do TAT é 
composta por duas formas de interpretação: a 
análise dos aspectos formais e dos aspectos de 
conteúdo. Na análise de conteúdo do TAT, o 
item conflitos significativos investiga: 
a) quais situações despertam medo, tensão ou 
pressão. 
b) a oposição entre duas forças de igual 
intensidade. 
c) como é a realidade para o sujeito. 
d) o motivo básico da história. 
e) as necessidades e impulsos do sujeito 
A resposta correta é a alternativa “b”, pois o item 
de análise conflitos significativos considera duas 
forças antagônicas e, portanto, opostas e de 
mesma intensidade, o que caracteriza um conflito 
na dinâmica da personalidade. 
 
3) Realize agora os exercícios deste módulo, 
anotando as dúvidas que surgirem durante a 
resolução. Caso elas persistam, apresente-as ao 
professor, nas aulas presenciais.

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