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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais- CEFET MG Fundamentos de Reologia 2EMAT.014 1 Aula 03 e 04: Revisão- Equações Reológicas de Estado Profa. Dra. Aline Bruna da Silva 2017 2EMAT.014 BibliografiaBibliografia •BRETAS, R. E. S.; D’ÁVILA, M. A. Reologia de Polímeros Fundidos. São Carlos: Edufscar, 2005. 257p. 2 •MANRICH, S. Processamento de termoplásticos. São Paulo: Artliber. 2005. 431p. •Notas de aula. VISCOSIDADEVISCOSIDADE • A relação entre tensão de cisalhamento e taxa de cisalhamento é a seguinte: • Onde h é a viscosidade do material Inicialmente vamos considerar: A viscosidade de um material é a medida da resistência que este material oferece à deformação, portanto, um material de alta viscosidade apresentará maior resistência à deformação e ao escoamento e vice-versa. •O valor de viscosidade é suficiente para descrever o comportamento de um fluido? VISCOSIDADEVISCOSIDADE 4 fluido? Qual dos dois fluidos tem maior viscosidade na sua opinião? Maionese ou Mel? Menor viscosidadeMaionese: espalha facilmente VISCOSIDADEVISCOSIDADE 5 Menor viscosidade Maior viscosidade Maionese: espalha facilmente Mel: necessita de maior força para espalhar Definição de viscosidade Newtoniana: VISCOSIDADEVISCOSIDADE 6 Conclui-se que, como o mel exige maior força para ser espalhado, logo, deve ter maior viscosidade que a maionese! Mas.....respingando um pouco de cada fluido em uma superfície plana, que o que acontece? VISCOSIDADEVISCOSIDADE 7 E agora??? Qual dos dois fluidos tem maior viscosidade na sua opinião? Melhor resposta: DEPENDE .... •O valor de viscosidade é suficiente para descrever o comportamento de um VISCOSIDADEVISCOSIDADE 8 descrever o comportamento de um fluido? •Vamos responder até o final desta aula Sabemos como especificar o estado de tensões e de deformações em uma região de um corpo. Próximo passo: Como as tensões e as deformações estarão relacionadas? Equações reológicas de estado (Equações constitutivas) 9 estarão relacionadas? Isto vai depender das propriedades da matéria na qual a tensão ou a deformação/taxa de deformação está sendo aplicada! • Exemplo: aplicação de uma mesma tensão em três materiais diferentes (vidro de sílica, borracha, mel) Comportamentos de deformação completamente diferentes; • Como calcular a deformação sofrida pelos Equações reológicas de estadoEquações reológicas de estado (Equações constitutivas)(Equações constitutivas) • Como calcular a deformação sofrida pelos materiais? Equações constitutivas (ou equações reológicas de estado) • Equações constitutivas (ou equações reológicas de estado): definem as relações entre o tensor tensão e as taxas de Equações reológicas de estadoEquações reológicas de estado (Equações constitutivas)(Equações constitutivas) 11 entre o tensor tensão e as taxas de deformação em um determinado material. A escolha da melhor equação reológica de estado para determinado material dependerá de vários fatores: 1. Tipos de deformação aos quais ele será submetido (elongação, cisalhamento ou ambos); 2. Intensidade destas taxas de deformação; Equações constitutivasEquações constitutivas 2. Intensidade destas taxas de deformação; 3. Tempo de duração destas taxas de deformação; 4. Temperatura ou intervalo de temperaturas nos quais estas taxas de deformação serão aplicadas. No caso de materiais, estas equações podem ser divididas em: 1. Materiais puramente viscosos (Fluidos Newtonianos); 2. Materiais viscosos (Fluidos não-Newtonianos); Equações constitutivasEquações constitutivas 2. Materiais viscosos (Fluidos não-Newtonianos); 3. Materiais viscoelásticos (Fluidos Viscoelásticos); 4. Materiais puramente elásticos (Sólidos Hookeanos). Fluido Newtoniano (Puramente Viscoso) • A equação constitutiva mais simples para líquidos puramente viscosos é aquela em que o tensor tensão é proporcional à taxa de cisalhamento, ou seja: onde m (constante de proporcionalidade) é denominada viscosidade Newtoniana (ou simplesmente viscosidade). Esse parâmetro representa a resistência ao fluxo ou ao escoamento do material; • Quanto maior a viscosidade de um material, maior será sua resistência ao escoamento; Fluidos Newtonianos apresentam a mesma resistência ao fluxo (viscosidade), independentemente das tensões ou deformações aplicadas; Fluido Newtoniano (Puramente Viscoso)Fluido Newtoniano (Puramente Viscoso) 15 deformações aplicadas; • Exemplos: líquidos de baixa massa molar (como a água e os gases). Fluido Newtoniano (Puramente Viscoso)Fluido Newtoniano (Puramente Viscoso) g • Sem deformação instantânea com a aplicação de tensão;• Sem deformação instantânea com a aplicação de tensão; • Enquanto tensão for aplicada, a deformação aumenta com o tempo; • Quando a tensão cessa, a deformação com o tempo também cessa, mas a deformação sofrida até então não é recuperada. Fluido Newtoniano (Puramente Viscoso) • Viscosidade não varia com a taxa de deformação. Sólido Hookeano (Puramente Elástico) • A equação constitutiva mais simples para sólidos puramente elásticos é aquela em que o tensor tensão é proporcional à deformação, ou seja: onde E e G (constantes de proporcionalidade) são denominados módulos elásticos em tração (elongação) e em cisalhamento. Esse parâmetroelásticos em tração (elongação) e em cisalhamento. Esse parâmetro representa a rigidez do material; • Quanto maior o módulo de um material, maior será sua rigidez; • Exemplos: maioria dos materiais metálicos e cerâmicos sólidos. Sólido Hookeano (Puramente Elástico) g • Deformação instantânea com a aplicação de tensão; • Depois da deformação instantânea, não continua a se deformar com a aplicação da tensão; • Quando a tensão cessa, recupera instantaneamente toda a deformação sofrida. Sólido Hookeano (Puramente Elástico) • Módulo não varia com a deformação. Fluidos não-Newtonianos (Viscosos) • Polímeros fundidos possuem características viscoelásticas, ou seja, apresentam comportamento reológico tanto de sólidos elásticos como de líquidos viscosos; • No entanto, em muitas situações durante o processamento desses materiais, suas características viscosas sãodesses materiais, suas características viscosas são predominantes e os efeitos de elasticidade podem ser desprezados; • Dessa forma, é usual em muitos casos utilizar equações constitutivas simplificadas que descrevam apenas o comportamento viscoso do polímero; Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) COMP = Moldagem por compressão; CAL = calandragem; EXT = extrusão;EXT = extrusão; INJ = moldagem por injeção. • Fluidos da Lei das Potências • Na região entre h0 e h, a viscosidade pode ser representada pela Lei das Potências: Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) onde m é a consistência e n o índice da Lei das Potências. Fluidos não-Newtonianos (Viscosos) • Fluidos da Lei das Potências • O valor de n é uma medida da PSEUDOPLASTICIDADE do polímero: • Se n = 1, a viscosidade é constante e o fluido apresenta comportamento Newtoniano; • Se n < 1, a viscosidade diminui com o aumento da taxa de cisalhamento e o polímero apresenta um comportamento pseudoplástico; quanto mais n 0, maior a pseudoplasticidade do polímero; • Se n > 1, a viscosidade aumenta com a taxa de cisalhamento e o polímero apresenta um comportamento dilatante. Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) 25 Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) 26 • Fluidosda Lei das Potências Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) Linearização y = a + b x • Fluidos da Lei das Potências • Equação constitutiva: • O comportamento dilatante é observado em algumas soluções e Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) • O comportamento dilatante é observado em algumas soluções e emulsões de PVC e em alguns polímeros reforçados (presença de grande quantidade de partículas inorgânicas, por exemplo); • O comportamento pseudoplástico é o mais comum em polímeros fundidos e é consequência do desenovelamento e da orientação das macromoléculas, promovidas pelas taxas de cisalhamento aplicadas. • Fluidos da Lei das Potências Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) Primeiro platô Newtoniano: -região onde a taxa de cisalhamento é muito pequena pouca influência no número de emaranhamentos entre as cadeias. Quando a taxa é baixa, o gradiente de velocidade não é forte o suficiente para desenovelar as macromoléculas e a viscosidade é elevada. •• Fluidos da Lei das PotênciasFluidos da Lei das Potências Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) Região pseudoplástica: -viscosidade diminui com a taxa de cisalhamento. -O cisalhamento é alto o suficiente para “desenroscar” as cadeias. Com menos “desenroscar” as cadeias. Com menos emaranhamentos, as cadeias podem fluir mais livremente, queda na viscosidade. Quanto maior a taxa de cisalhamento, maior a quantidade de desemaranhamento, menor a restrição ao fluxo e menor a viscosidade. Segundo platô Newtoniano: -quando as taxas de cisalhamento são elevadas •• Fluidos da Lei das PotênciasFluidos da Lei das Potências Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) cisalhamento são elevadas as macromoléculas já desfizeram quase todos os nós entre elas e se orientarão na direção do fluxo. Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) 33 • Modelo de Ellis • Descreve a dependência da viscosidade em relação à taxa de cisalhamento, tanto para baixas quanto para taxas intermediárias; • Incorpora o primeiro platô Newtoniano; Fluidos não-Newtonianos (Viscosos) onde t1/2 é o valor da tensão quando h = h0/2 e (a-1) é a inclinação da curva log (h0/h-1) em função de log (t/t1/2). • Lei das Potências x Modelo de Ellis Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) • Modelo de Cross • Similar ao modelo de Carreau-Yasuda, porém não prevê o patamar Newtoniano a altas taxas de cisalhamento; Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) onde t* é a tensão na qual ocorre a transição entre o primeiro patamar Newtoniano e a região da Lei das Potências. • Modelo de Cross Modificado • Alteração do modelo de Cross, considerando efeitos de temperatura; • Substitui-se o valor de h0 por uma função que descreva h0(T); Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) onde B e Tb são parâmetros obtidos a partir do ajuste da equação de h0 a medidas experimentais em diversas temperaturas. • Modelo de Bingham • Representa o comportamento da viscosidade de um material que necessita de uma tensão crítica para começar a escoar (ou as se deformar); • Considera-se que h = para t ≤ ty, ou seja, a viscosidade do material Fluidos nãoFluidos não--Newtonianos (Viscosos)Newtonianos (Viscosos) • Considera-se que h = para t ≤ ty, ou seja, a viscosidade do material será infinita abaixo de uma tensão crítica ty. Acima dessa tensão crítica, o fluido escoará com uma viscosidade expressa por: • Exemplos: compósitos, nanocompósitos, pastas cerâmicas, lama, tintas, ... Modelo de Maxwell • Primeira tentativa de descrever o efeito da viscoelasticidade de um determinado material; • Incorpora a ideia de um fluido que apresenta Fluidos Viscoelásticos • Incorpora a ideia de um fluido que apresenta características tanto de um sólido elástico Hookeano quanto de um fluido viscoso Newtoniano; Fluidos Viscoelásticos • O sólido Hookeano é representado por uma mola; • O fluido Newtoniano é representado por um Modelo de Maxwell amortecedor; • Mola + amortecedor em série: Modelo de Maxwell • Derivando a deformação total em relação ao tempo: Fluidos Viscoelásticos onde l = m/G é o tempo de relaxação. Na forma integral (Equação de Maxwell): • Modelo de Maxwell Fluidos Viscoelásticos 1. Deformação elástica instantânea referente a mola; 2. Deformação plástica referente ao amortecedor;ao amortecedor; 3. Recuperação elástica instantânea referente a mola; 4. Deformação plástica residual (irrecuperável), referente ao amortecedor.
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