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ATRASO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR ATRASO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR VARIAÇÕES DO DESENV. MOTOR NORMAL SINAIS DE ALERTA SINAIS DE DISFUNÇÃO Idade Corrigida Idade cronológica CLASSIFICAÇÃO moderadamente prematuros – entre 35 e 37 semanas. muito prematuros – entre 30 e 34 semanas. prematuros extremos_ entre 26 e 29 semanas. microprematuros- antes de 26 semanas. Temos outras classificações: - Limítrofe: entre 35 e 36 semanas e 6 dias. Peso entre 2200 e 2500g. Comprimento entre 45 a 46 cm. Perímetro cefálico entre 32 a 33cm. - Moderado: entre 30 e 34 semanas. Peso entre 1600 a 2300g. Comprimento entre 39 e 44cm. Perímetro cefálico entre 29 e 33cm. - Extrema: menor que 30 semanas. Peso menor que 1500g. Perímetro cefálico inferior a 29cm. CARACTERÍSTICAS Geralmente são baixo peso ( PN< 2500g) sendo PIG ou GIG. Pequenos, tendência a mostrar a pele fina, brilhante e rosada, através do qual se pode ver veias e artérias. Pouca gordura subcutânea , cabelo ou cartilagem externa da orelha. Atividade espontânea e tônus reduzidos. Extremidades não se mantém em flexão. Meninos apresentam saco escrotal com poucas rugas. Nas meninas, os grandes lábios não recobrem os pequenos lábios. Geralmente passaram por estresse respiratório com possível oxigeno- terapia e suas conseqüências : displasia broncopulmonar e retinopatia da prematuridade. Maior risco de hemorragia intracraniana e lesões cerebrais. Maior risco de anemia e osteopenia da prematuridade e cardiopatia. Um nº significativo desenvolve problemas mais sutis : problemas de fala, aprendizagem, linguagem. Debilidade na sucção. Instabilidade térmica nos primeiros dias de vida ( berço aquecido ou encubadora). Hiperbilirrubinemia mais intensa. OS BEBÊS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL: PIG. O tipo PIG proporcional ou simétrico: desnutrição crônica,onde são afetados tanto em peso quanto em comprimento desde o primeiro trimestre de gestação. Nascem pequenas mas com proporções idênticas aos parâmetros da normalidade, como miniaturas perfeitas. O tipo PIG desproporcional ou assimétrico: recebe influencias no terceiro trimestre de gestação quando o peso aumenta mais que o comprimento. O feto então utiliza as suas reservas de gordura, o que leva à perda de peso com manutenção do comprimento e PC da normalidade. OS BEBÊS GRANDES PARA A IDADE GESTACIONAL: GIG. Como diz o termo serão bebês grandes e gordos e frequentemente assumem a posição de sapo, típica do R.N prematuro. Acredita-se que o tamanho avantajado esteja associado à hiperglicemia materna mas teremos outras causas em questão: - Maternas: Diabetes Mellitus. - síndrome de Beckwith: se deve ao grande tamanho do Fígado e Rins. A língua também será volumosa e protusa. O R.N PÓS MATURO: Serão crianças que nascerão após 42 semanas e 6 dias. Causas: não são conhecida na maioria das vezes mas poderemos citar: Desquilíbrio hormonal. Trissomia cromossomial 16 e 18. Nanismo. Alterações placentárias. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Processo continuo que inicia na fase embrionária e se estende por anos após o nascimento. O desenvolvimento pulmonar é dividido em 5 períodos: - Embrionário. - Pseudoglandular. - Canalicular. - Sacular. - Alveolar. PERÍODO EMBRIONÁRIO 4ªa 7ªsemana de IG Aparecimento do esboço laringotraqueal Desenvolvimento dos brônquios e pulmões. PERÍODO PSEUDOGLANDULAR 7ªa 16ªsemanas de IG Desenvolvimento dos principais componentes do pulmão, exceto os envolvidos com as trocas gasosas Início dos batimentos ciliares Incompatibilidade com a vida. PERÍODO CANALICULAR 17ªa 26ªsemanas de IG Formação de bronquíolos respiratórios e ácinos (sacos alveolares) Desenvolvimento da vascularização Diferenciação dos pneumócitosI e II Início da produção de surfactante Aproximação dos capilares com o epitélio, estabelecendo assim a futura área de troca gasosa. PERÍODO SACULAR 27ªa 35ªsemanas de IG Surgimento dos sacos alveolares Adelgaçamento do epitélio dos sacos alveolares Saliência dos capilares por entre os alvéolos Forma-se a barreira hematogasosa importante da produção de surfactante, particularmente durantes as duas últimas semanas do nascimento. PERÍODO ALVEOLAR 37ªsemana de IG até aproximadamente 8 anos de vida Amadurecimento dos alvéolos; Transformação de alvéolos imaturos em maduros; Aumento exponencial da barreira hematogasosa. FATORES IMPORTANTES PARA O DESENVOLVIMENTO PULMONAR Espaço adequado para o crescimento pulmonar Movimentos respiratórios fetais: – Estimulam o desenvolvimento pulmonar – Preparam os músculos respiratórios Volume adequado de líquido intrapulmonar SURFACTANTE Importante substância secretada pelos pulmões Os pneumócitostipo II produzem, secretam e reabsorvem o surfactante, sem degradá-lo, para novamente secretá-lo no espaço alveolar Início da produção a partir da 20ªsemana de IG. Considerando que o ideal seria nascer com 40 semanas de idade gestacional deve-se descontar, da idade cronológica do prematuro, as semanas que faltaram para a sua idade gestacional atingir as 40 semanas, ou seja, a idade corrigida = idade cronológica ( 40 semanas) – idade gestacional ( em semanas). A avaliação do crescimento da criança de risco envolve 3 principais fatores: Conhecimento da história clínica e pregressa . Medidas freqüentes de peso , comprimento e PC. Interpretação adequada destas curvas em relação a população infantil normal. ATRASO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR INCIDÊNCIA 1% da população geral CAUSAS - BIOLÓGICAS- defeitos e malformações genéticos - ORGÂNICAS- prematuridade, asfixia perinatal, TCE - SOCIOCULTURAIS- negligência,ambiente pouco estimulante Fatores de Risco Prematuridade Asfixia Hemorragias intracranianas H. matriz germinais (26-28 s) H. intra-cerebelares H. corticais (32-34 s) Infecções e Formação de Cisto Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica Síndrome da Angustia Respiratória Enterocolite necrosante Hemorragia Intraventricular Fatores de Risco Displasia Broncopulmonar Aspiração de Mecônio Acidose Metabólica Hiperbilirrubinemia Cardiopatias congênitas Infecções do feto e neonato Exposição a substâncias tóxicas OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA NEONATAL: Tratar as alterações biomecânicas decorrentes de patologias ortopédicas ou secundárias a patologias neurológicas, baseando-se em avaliação criteriosa adequada à idade do R.N. Estimular a nível sensório motor. Prevenir aprendizagem inadequada e a fixação de mecanismos compensatórios de pouca eficácia, que demandam um gasto energético desnecessário. Cuidados na UTI Posicionamento adequado Prono Manipulação suave/períodos de repouso Gavage nutritiva/Sucção não nutritiva Melhoria do ambiente audível Contato familiar Intervenção precoce neonatal: Objetivos: - promover input sensorial para proteger o neonato de excesso de Estímulos. Graduar os estímulos de acordo com o desenvolvimento adaptativo do neonato. Organização de um programa Cuidados Facilitação sensório motora INTERVENÇÃO POR ESTIMULAÇÃO PRECOCE Os estímulos deverão ser tão naturais e apropriados quanto possível. Dois fatores influenciam a habilidade de resposta do neonato aos estímulos sensoriais: idade gestacional e grau de complicações. Materiais utilizados Programa. Manobras. posicionamentos : supino, prono e DL . Estímulos táteis, sonoros, auditivos. Estimulação vestibular. Mudanças de decúbitos. Projeto Canguru PREMATURIDADE Posicionamento Prematuridade Prematuridade Escala de Apgar IDADE IDADE GESTACIONAL (IG) x IDADE CRONOLÓGICA (IC) IDADE CORRIGIDA CRITÉRIOS PARA RECONHECIMENTO PRECOCE — ALTERAÇÕES POSTURAIS E/OU TÔNICAS —PADRÕES POSTURAIS TÔNICOS PERSISTENTES —ASSIMETRIAS POSTURAIS FIXADAS —REAÇÕES POSTURAIS E/OU EQUILÍBRIO DEFICIENTES OU AUSENTES —RETARDOS EVOLUTIVOS ALTERAÇÕES POSTURAIS E/OU TÔNICAS 6 meses 6 meses (3M IC) PADRÕES POSTURAIS TÔNICOS PERSISTENTES 1 ano 6 meses REFLEXOS TÔNICOS PERSISTENTES REFLEXO TÔNICO LABIRÍNTICO 1 ano ASSIMETRIAS POSTURAIS FIXADAS RTCA RETARDOS EVOLUTIVOS 8 meses 5 meses SINAIS DE ALERTA Sinais de Atraso Reflexo Tônicos- ( + 6 M) Falta Do Controle De Cabeça (+6 M) Sentar C/ Apoio - + 6 Meses R. Proteção P/ Frente- +10 M Marcha Ausente- + 15meses Sinais de Disfunção Alterações do Tônus Muscular Sucção Deficiente Reflexos Tônicos Vivos E Fixados Movimentos Incoordenados (Tremor ) Abalos / Crises Convulsivas CRIANÇAS COM ATRASO COM SINAIS DE DISFUNÇÃO HIPOTÔNICO •Atitude Flexora •Ajustes Posturais •Reflexos primitivos ausentes ou •Lentidão ou ausência de movimentos •TREMOR •MOV. VERMIFORMES •VARIAÇÕES TÔNICAS CRIANÇAS COM ATRASO COM SINAIS DE DISFUNÇÃO HIPERTÔNICO •Atitude Flexora Ausente • Padrões Extensores Anormais • Irritabilidade • Reflexos Primitivos • ou falta de Iniciativa p/ Movimentos •TREMOR •MOV. VERMIFORMES •VARIAÇÕES TÔNICAS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR CONTROLE DE CABEÇA - 4 MESES SENTAR R. DE LANDAU - 6 MESES R. PROTEÇÃO P/ FRENTE LOCOMOÇÃO NO CHÃO Arrastar / Engatinhar - 8 meses R. PROTEÇÃO P/ LADOS R. PROTEÇÃO P/ TRÁS - 10 meses POSTURA DE PÉ - até 12 meses MARCHA - até 15 meses TIMP Teste Infantil de Performance Motora Avaliação motora funcional (postura/mov. seletivo) Prematuros avaliados com >/= 34 s de IG até 32 s de idade corrigida 42 itens(13-observação/29-provocados) Realizado por Fisioterapeutas ou Terapeutas ocupacionais Validade ecológica Identificar déficit ou atraso no DMN TIMP Teste Infantil de Performance Motora AIMS Escala Motora Infantil de Alberta Crianças de 0 a 18 m 58 itens observados Facilidade na aplicação Demandas naturais do DMN Acompanhar e identificar desvios do DMN Proximidade com avaliação já utilizada em nosso ambulatório. AIMS Escala Motora Infantil de Alberta AVALIAÇÃO (Conceito Bobath) SIMETRIA REFLEXOS / REAÇÕES MOVIMENTOS Iniciativa Quantidade Qualidade INTERESSE TÔNUS FIXAÇÕES VARIAÇÕES TREMOR AVALIAÇÃO OITO POSTURAS SUPINO AVALIAÇÃO OITO POSTURAS DECÚBITO LATERAL AVALIAÇÃO OITO POSTURAS PUXADO P/ SENTAR AVALIAÇÃO OITO POSTURAS SENTAR AVALIAÇÃO OITO POSTURAS PRONO AVALIAÇÃO OITO POSTURAS SUSPENSÃO VENTRAL AVALIAÇÃO OITO POSTURAS DE PÉ AVALIAÇÃO OITO POSTURAS EXTENSÃO PROTETORA MMSS TRATAMENTO CRIANÇAS COM ATRASO SEM SINAIS DE DISFUNÇÃO ACOMPANHAMENTO semanal / quinzenal / mensal ORIENTAÇÃO DOMICILIAR TRATAMENTO - Estimular DMN TRATAMENTO CRIANÇAS COM ATRASO COM SINAIS DE DISFUNÇÃO ACOMPANHAMENTO - semanal ORIENTAÇÃO FAMILIAR TRATAMENTO – Estimular DMN – Estimulação sensóriomotora – Facilitar trocas posturais – Facilitar padrões normais de movimento – Estimular o ajuste tônico ORIENTAÇÕES ALIMENTAÇÃO ORIENTAÇÕES ALIMENTAÇÃO ORIENTAÇÕES CARREGAR ORIENTAÇÕES POSICIONAR AO COLO ORIENTAÇÕES POSICIONAR AO COLO ORIENTAÇÕES POSICIONAR NO BERÇO ORIENTAÇÕES POSICIONAR NO BERÇO ORIENTAÇÕES BANHO Evitar supino ORIENTAÇÕES BANHO ORIENTAÇÕES TROCA DE ROUPA ORIENTAÇÕES TROCA DE ROUPA TRATAMENTO ENROLAMENTO- (Flexão Fisiológica) POSICIONAMENTO EM DL ROLAR PRONO SENTADO PRONO ELEVADO LOCOMOÇÃO NO CHÃO ESTÍMULO AS REAÇÕES DE ENDIREITAMENTO P. ORTOSTÁTICA(8º MÊS) ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO Evitar correto ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO correto ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO Flexão fisiológica ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO Rolar ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO Rolar ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO Decúbito lateral ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO evitar correto ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO ORIENTAÇÕES P/ TRATAMENTO CASO CLÍNICO CASO CLÍNICO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO TRATAMENTO CASO CLÍNICO resultados CASO CLÍNICO resultados CASO CLÍNICO resultados CASO CLÍNICO resultados CASO CLÍNICO resultados Bibliografia Lundy-Ekman, L., Neurociência – Fundamentos para a Reabilitação, Guanabara Koogan,2000,RJ Tecklin, J S, Fisioterapia Pediatrica,3ªed., ARTMED,2002, Porto Alegre, RS Piper, MC,Darrah,J, Motor Assesment of the Developing Infant, Saunders,1994, Philadelphia,Pensylvania Als, H, Part I: Theoretical Framework- Synactive model of neonatal behavioral organization: framework for the assesment of neurobehavioral development in the premature infant and for support of infants and parents in the neonatal intensive care environment. Physical & Occupational Therapy in Pediatrics, 1986,vol.6:33 Levitt,S,O Tratamento da Criança com Paralisia Cerebral e Retardo Motor,3ª ed, Manole,2001 Beziers,MM,Hunsinger,Y, O bebê e a Coordenação motora,Sumus,1996,São Paulo
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