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SUMÁRIO Introdução ........................................................................................ 3 Relatório Reflexivo ........................................................................... 4 Considerações Finais ...................................................................... 7 Referências Bibliográficas ............................................................... 8 Introdução O presente trabalho aborda um relatório reflexivo sobre o modelo de gestão escolar, através de uma entrevista com a vice-diretora Sra. Tania Pinto Figueiredo, que atua na instituição Escola Estadual de Ensino Fundamental e Ensino Médio Maria Petronila dos Milagres Monteiro. Utilizando como referenciais teóricos Vitor Henrique Paro, e José Carlos Libâneo. . Relatório Reflexivo Através da entrevista com a vice-diretora, que atua na gestão durante 20 anos na mesma escola, ao lado da mesma diretora, abordamos o funcionamento da escola em relação a suas práticas, planejamento, o conselho da escola, sua relação com a comunidade e os processos da instituição. A formação da vice-diretora é composta por graduação em Estudos Sociais, com habilitação plena em História, e licenciatura em Pedagogia. Por estar há um longo período na mesma escola, conhece bem a comunidade local e afirma que a comunidade é participativa, pois confiam e acreditam na gestão escolar. Os membros da Associação de Pais e Mestres e o Conselho Escolar são atuantes, pois acreditam no trabalho desenvolvido pela gestão escolar. Segundo ela, a direção passa credibilidade para a comunidade escolar em virtude do tempo que trabalham na escola. O planejamento é realizado todo início do ano, com a participação de todos os professores, analisando os resultados das avaliações internas e externas (Saresp, AAP) e no mês de julho é realizado um replanejamento das ações a serem feitas até o final do ano letivo. Conforme Libâneo, (2001, p. 114-115): O caráter pedagógico da ação educativa consiste precisamente na formulação de objetivos sócio-políticos e educativos e na criação de formas de viabilização organizativa e metodológica da educação (tais como a seleção e organização de conteúdos e métodos, a organização do ensino, a organização do trabalho escolar), tendo em vista dar uma direção consciente e planejada ao processo educacional. A proposta pedagógica é discutida com todos os segmentos da escola (pais, alunos, professores, funcionários e a equipe gestora) sempre buscando uma escola de qualidade, onde os alunos tenham uma aprendizagem significativa. No que se refere ao modelo de gestão, segundo Libâneo: A concepção democrática-participativa baseia-se na relação orgânica entre a direção e a participação do pessoal da escola. Acentua a importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos. Defende uma forma coletiva de gestão em que as decisões são tomadas coleticamente e discutidas publicamente. Ainda de acordo com Libâneo, a visão crítica da escola resulta em diferentes formas de viabilização da gestão democrática, segundo ele: [...] A organização escolar não seria uma coisa totalmente objetiva e funcional, um elemento neutro a ser observado, mas uma construção social levada a efeito pelos professores, alunos, pais e integrantes da comunidade próxima. Para a capacitação dos professores é feita através de cursos on-line, oferecidos pela Secretaria Estadual de Educação ou ainda capacitações oferecidas por componente curricular pela Diretoria de Ensino. Conforme Paro, ( 2007 p. 71). Por isso, uma boa estrutura didática e administrativa do ensino deveria prever algum sistema de aperfeiçoamento do professor em serviço, no contexto de sua própria instituição e integrado as demais atividades da escola. Complementando essa visão, segundo Libâneo, (2001, p. 191.) A formação em serviço ganha hoje tamanha relevância que constitui parte das condições de trabalho profissional. Os sistemas de ensino e as escolas precisam assegurar condições institucionais técnicas e materiais para o desenvolvimento profissional permanente do professor Quanto a participação nos conselhos de classes e séries, a vice-diretora afirma participar bimestralmente o que possibilita nessa ocasião, analisar aluno por aluno, com o objetivo de buscar soluções para uma aprendizagem significativa. Segundo Libâneo: (2001, p. 115) Sendo assim, as escolas podem traçar seu próprio caminho envolvendo professores, alunos, funcionários, pais e comunidade próxima que, se tornam co-responsáveis pelo êxito da instituição. É assim que a organização da escola se transforma em instância educadora espaço de trabalho coletivo e aprendizagem. Os recursos financeiros, didáticos, físicos e tecnológicos são oriundos de recursos federal e estadual (PDDE/FDE) Quando questionada sobre os problemas atuais enfrentados pela educação, ela acredita que para o enfrentamento desses problemas é necessário a escola ter mais autonomia em algumas situações e completou dizendo que precisa ser menos paternalista. Segundo Libâneo (2001, p.80). O conceito de participação se fundamenta no de autonomia que significa a capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprios, isto é, de conduzirem sua própria vida. Como a autonomia opõe-se às formas de autoritárias de tomada de decisões, sua realização concreta nas instituições é a participação. Na entrevista, foi solicitado a vice- diretora que relatasse as relações externas da escola, que ela avaliasse por uma escala de 0 a 10, sendo 0 muito ruim, e 10 muito boa como ela define essas relações. Abaixo, segue a sua opinião, o seu sentimento em relação a cada relação: Relacionamento 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Professor x Professor 7 Professor x Aluno 7 Coordenador x Professor 6 Coordenador x Aluno 8 Diretor x Professor 7 Diretor x Alunos 8 Diretor x Coordenador 9 Alunos x Alunos 7 Para ela, numa escala de 0 a 10, e levando em consideração uma média entre as notas aplicadas, esse relacionamento teria uma nota 7, sendo considerada satisfatória. Os maiores problemas que a vice-diretora relata hoje em seu cargo/função é a falta de professores, a falta de compromisso e de responsabilidade de alguns profissionais. Para mudar essa situação, ela acredita que o diretor precisa ter mais autonomia para decidir entre ficar com esse profissional ou não, pois a falta do professor atrapalha toda a rotina de uma escola. Mesmo com os entraves citados no seu cargo/função, se sente realizada, pois seu trabalho é reconhecido e trabalha em uma escola bem conceituada. E para os estudantes de pedagogia ela deixa a seguinte mensagem: “Sempre acreditar, nunca desistir, pois todo o trabalho vale a pena.” Considerações Finais Após reflexão sobre as respostas da vice-diretora e embasada nos conceitos dos autores José Carlos Libâneo e Vitor Henrique Paro que foram aqui utilizados como apoio bibliográfico, é possível identificar que a gestão escolar adotada pela escola visitada é a gestão democrática. A gestão democrática aqui foi identificada pela formação do Conselho escolar e pela elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa, pois a democratização da gestão é ampliada para a participação das pessoas. O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma centralizadora, para se instituir uma cultura democrática e participativa nos processos desenvolvidos na escola. Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento participativo, que conta com o envolvimento de todos osrepresentantes da comunidade escolar nos processos de tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de ação. A escola é muito bem conceituada na região, pelo trabalho sério e a confiança que passa a comunidade, assim é uma escola que está alinhada com os conceitos de uma gestão participativa, pois está comprometida com ações concretas por parte de todos os envolvidos, garantindo a tão desejada educação de qualidade por parte de todos. Referências Bibliográficas LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001. 259p. PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. São Paulo: Ática, 2007. 120p.
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