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CONCEITOS BÁSICOS MELHORAMENTO GENÉTICO Envolve um conjunto de processos e técnicas, que visam aumentar a frequência de alelos ou suas combinações desejáveis na população. Tem como objetivo escolher o melhor material genético a fim de aumentar a produção nas condições ambientais existentes. BIOTECNOLOGIAS É qualquer técnica que envolva indivíduos ou suas partes, para fazer ou modificar produtos, melhorar plantas ou animais e desenvolver microrganismos para fins específicos. 1. Inseminação Artificial (IA) - Seleção de machos; - Coleta de sêmen (vagina artificial, eletro ejaculação ou manual); - Avaliação do sêmen (motilidade, concentração, morfologia e volume); - Diluição do sêmen; Usos: Melhoramento genético; diminuir a interação entre macho e fêmea; teste de progênie; acasalamento. 2. Transferência de Embrião (TE) - Estímulo hormonal; - I.A ou natural; - Coleta e armazenamento de embriões; - Preparação dos receptores. Usos: Aumentar o número de progênies de fêmeas de maior valor genético; controle de doenças; sexagem (escolher macho ou fêmea). 3. Clonagem - Diminuição da variabilidade genética; - Clona-se animais “perfeitos”; - Não é totalmente eficiente; - Risos de consaguinidade; Processo: raspagem tecido epitelial núcleo (DNA) oócito. 4. Transgenia Introduz parte do material genético (DNA) de um animal em outro. A manipulação de genes proporciona melhor qualidade de adaptação aos animais. 5. Marcadores Genéticos É qualquer característica que diferencie indivíduos. Um bom marcador genético é: alta herdabilidade, fácil observado, relacionando o alelo que queremos selecionar. AÇÃO GÊNICA Interação entre Alelos 1. Dominância Completa: O heterozigoto e um dos homozigotos apresentam o mesmo valor fenotípico. 2. Dominância Incompleta: O valor fenotípico do heterozigoto está entre os dois homozigotos, mas fora do ponto médio. 3. Sobredominância: A média do heterozigoto é maior que a média do homozigoto. 4. Codominância/Aditividade: O valor fenotípico do heterozigoto está no ponto médio entre os dois homozigotos. Interação entre Não Alelos 1. Epistasia: Alelos de genes diferentes, onde um pode alterar a expressão do outro. 2. Pleiotropia: Correlação negativa e positiva. 3. Alelos múltiplos: Vários alelos para uma característica. HERDABILIDADE Mede em uma população o total da fração variável atribuída aos efeitos dos genes. A correspondência entre os valores genotípicos e fenotípicos é estimada pela herdabilidade. 1. Quanlitativa: É de fácil identificação, alta herdabilidade e sem influência do ambiente. 2. Quantitativa: É influenciada pelo ambiente, baixa herdabilidade, com presença de muitos genes. 3. Repetibilidade: Envolve a confiança (acurácia). SELEÇÃO ARTIFICIAL Existem dois tipos de seleção artificial: fenotípica (morfológica e fisiológica) e genotípica (genética). 1. Seleção contra gene recessivo: Processo lento pela falta de genes recessivos presentes na população. 2. Seleção contra gene dominante: Processo simples e rápido pela grande quantidade de genes dominantes na população. 3. Diferencial de Seleção: É a diferença entre a média dos pais selecionados e a média total da população DS = Ps – Po 4. Intensidade Seletiva: Quanto maior a pressão de seleção, maior o ganho genético. 5. Ganho Genético: Depende da I.S e da herdabilidade. 6. Seleção pelo Pedigree: Baseada na média fenotípica dos ascendentes. 7. Seleção pela Progênie: Baseada na média fenotípica dos descendentes. 8. Seleção baseada na Família: Desempenho fenotípico próprio + média do desempenho fenotípico da família. 9. Parentesco: Não é recomendado, pois quanto maior o parentesco, maior a consaguinidade. Métodos de Seleção 1. Unitário - Melhorar apenas 1 característica; - Eficiente; - Risco: padrão do consumidor; - Aumenta ganho genético. 2. Níveis de Rejeição - Mínimo aceito pelo animal; - Seleção precoce; - Se o animal estiver mal em alguma característica, ele é descartado. 3. Tabela de Pontos - Pontuação para cada característica; 4. Desempenho - Animais são mantidos no mesmo ambiente; - Base no fenótipo pautada no genótipo. Ferramentas 1. Observação Visual 2. Informações de Desempenho - Medidas tradicionais: crescimento, fertilidade e produção; - Medidas avançadas: carcaça, conversão alimentar. 3. Informações de Pedigree 4. Acurácia - Em animais jovens a acurácia é baixa; - Quanto maior a acurácia, maior a confiança e menor o risco. CONCEITOS APLICADOS MELHORAMENTO GENÉTICO EM CAPRINOS Na caprinocultura os produtos utilizados são leite, carne (magra), esterco, couro e pelos. Existem raças que possuem mais de uma aptidão. No Brasil os animais têm alta rusticidade, porte pequeno e baixa capacidade de crescimento e de produção (Sistama Extensivo). Para melhorar é necessário: importar o animal T.E cruzamento SRD X Raça na 4ª geração gerará um Puro por Cruza que possui grande capacidade de adaptação e alta rusticidade. O processo seria reconhecer a base genética nativa, introduzir raça exótica com alta capacidade de adaptação para melhorar as raças nativas, explorando a heterose. Espera-se um aumento na intensidade seletiva, aumento na herdabilidade e menor intervalo entre partos. LEITEIRA 1. Saanen: alta produção de leite; alta precocidade sexual; menor intervalo entre partos; grande volume de animais produzidos baixa rusticidadade. 2. Toggerburg: úbere grande e mais inserido. 3. Anglo-nubiana: dupla aptidão; pastejo/confinamento; úbere menor e mais flexível. CORTE 1. Boer: grande quantidade de massa muscular (PMG); leite destinado para cria; aptidão clara. MELHORAMENTO GENÉTICO EM OVINOS É necessário selecionar as características melhores em ganho de peso, precocidade, rendimento da carcaça e menor idade de abate. As características de carne são: aumento do ganho de peso diário e menor idade de abate. As reprodutivas são: maior prolificidade e habilidade materna. As de leite são: maior volume, menor intervalo entre partos, maior rusticidade e alta taxa de gordura. No PMG a seleção pra reprodutores visa: padrão racial, simetria de testículos, maior circunferência escrotal, maior libido, livre de doenças, idade média. O contrário disso será descartado. E para matrizes: padrão racial, habilidade materna, livre de doenças, úbere desenvolvido, prolificidade e maior produção de leite. O contrário disso será descartado. RAÇAS 1. Dorper/White Dorper: grande taxa de deposição de massa muscular (marmoreio) PMG. 2. Texel: aptidão carne; baixa qualidade de lã; fêmea prolífera. 3. Suffolk: aptidão carne; baixa qualidade de lã; animal tardio; melhora matrizes. 4. Hampshire Down: aptidão carne; baixo marmoreio. 5. Ille de France: aptidão carne e lã média. 6. Highlander: melhora rusticidade e aumenta porte; baixa qualidade de lã. 7. Coriedalle: aptidão carne e lã. 8. Romhey Marsh: aptidão carne e lã. 9. Santa Inês: aptidão carne; baixo marmoreio. MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE CORTE O objetivo do PMG é aumentar fertilidade, precocidade, ganho de peso, qualidade de carne e diminuir intervalo entre gerações, idade de abate e custo. As ferramentas utilizadas são: Controle de Desenvolvimento Ponderal (como animal está crescendo) e Provas de Ganho de Peso (menor efeito ambiental e maior ganho genético). A DEP é a diferença esperada na progênie. São exemplos de DEP: peso ao nascer, pesoao desmame, fertilidade, facilidade de parto, habilidade materna, marmoreio. Deve-se aproveitar o melhor dos 2 mundos: melhor qualidade de carne, alta rusticidade e alta precocidade. Os resultados esperados elevadas taxas de: corte nobre, marmoreio, precocidade e fertilidade. EFICIÊNCIA REPRODUTIVA NA FÊMEA 1. Fertilidade; 2. Mortalidade geral; 3. Idade do 1° parto; 4. Puberdade; 5. Intervalo entre partos; 6. Número médio de crias. EFICIÊNCIA REPRODUTIVA NO MACHO 1. Puberdade; 2. Circunferência escrotal; 3. Libido; 4. Qualidade do sêmen. 5. DEP. MELHORAMENTO GÉNETICO EM BOVINOS DE LEITE O PMG tem como objetivo aumentar o volume e a fração sólida/seca do leite produzido. A relação entre animal do tipo leiteiro e animal leiteiro de fato deve ser alta para que a seleção de uma, resulte no melhoramento da outra. É difícil interligar produção e reprodução, porque quando a vaca é ordenhada libera ocitocina atrasa ovulação retarda o cio demora de começar um novo ciclo leiteiro cai a produção de leite. Por isso é injetado o IATF (inseminação artificial de tempo fixo) que induz o cio. A PTA significa Capacidade de Transmissão Prevista, funciona como a DEP. Ela oscila anualmente, portanto se a base genética for superior a base do rebanho que irá ser inserido a vaca, pode-se optar por uma PTA negativa, porque terá ganho. As características selecionadas são: aumento na produção de leite, gordura no leite, reprodução, tipo e conformação e longevidade produtiva. MELHORAMENTO GENÉTICO EM SUÍNOS A evolução genética na suinocultura é muito rápida. São altamente prolíferos, menor intervalo entre partos, carne mais consumida, maior ganho de peso e menos gordura, alimentação diversificada, maior rendimento de carcaça, porém depende de um bom ambiente para viver. O melhoramento genético é permanente e constante pelo grande número de leitões desmamados rapidamente, ganho de peso, menor conversão alimentar, alto rendimento de carcaça e rápida substituição de fêmeas (alta P.S e D.S). LINHA PATERNA Animais que têm maior capacidade de produção de carne, carcaça e gordura. LINHA MATERNA Animais que têm alta prolificidade, altas taxas de peso ao nascer e habilidade materna. NÚCLEOS 1. Melhorador: maioria raças puras; alta pressão de seleção; machos utilizados por apenas 6 meses; fêmeas realizam 1 ou 2 leitegadas; seleção e transferência de reprodutores. 2. Multiplicador: produção de híbridos; multiplicação e transferência de reprodutores. 3. Comercial: cruzamento de híbridos; exploração da heterose; comercialização. MELHORAMENTO GENÉTICO EM AVES A avicultura foi a que mais obteve ganho genético. As aves são muito dependentes do ambiente (condições climáticas) e têm aptidão de corte e de postura. Ovo comercial (não fecundado) é diferente do ovo galado (fecundado). Grande parte do material genético é importado (EMPRAPA). Os objetivos do PMG são: parâmetros produtivos; volume de peito e coxas; produção de ovos; melhoria na resistência a doenças; quanto maior a resistência, menor a rusticidade, porém é compensada no ambiente. NÚCLEOS 1. Pedigree: Melhoristas 2. Bisavós 3. Avós 4. Matriz 5. Corte ou Postura MÉTODOS DE SELEÇÃO Seleção recorrente recíproca - Melhora aves da população A e B, e cruza; - Acasala novamente, e assim sucessivamente, Seleção de linguagens consanguíneas - Manter características; - Alta variabilidade por ter indivíduos diferentes numa mesma linhagem. CORTE - Pressão de seleção maior no macho (fêmea e macho ficam em lotes separados); - Objetivos: peso corporal maior; rendimento de cortes nobres; aspecto físico de peito e coxa; resistente. POSTURA - Só fêmeas, macho é descartado; - Objetivos: maturidade sexual; empenamento; produção de ovos comerciáveis. Multiplicadores
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