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Melhoramento Genético

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MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL 
O que é melhoramento genético?
- Conjunto de processos e técnicas que visam aumentar a frequência de alelos, ou suas combinações desejáveis em uma população. 
- Seleção de características força de origem genética.
· Força de origem ambiental.
Objetivo: escolher o melhor material genético para maximizar a produção nas condições ambientais existentes.
Qual é a base do melhoramento genético
Interações dos fatores herança e ambiente – necessário ter uma boa alimentação, reprodução, manejo e um ambiente adequado.
A genética é selecionada para determinado ambiente e responde como tal. 
Existem 2 bases: P = PRODUÇÃO
f= FUNÇÃO
 P( f ) = G + A
 G = GENETICA A = AMBIENTE
ATENÇÃO: não existe melhoramento genético (programa) sem controle de informação. É dependente de uma boa coleta de informação – controle e comparação.
Melhoramento genético não existe sem reprodução. É medido na progênie. O parâmetro da informação precisa ser confiável, pois “beleza” é subjetiva. 
SEM descarte na reprodução, não há melhoramento genético. Não necessariamente o abate, caso dos pets em que se castra ou vende.
Um melhorista genético tem a possibilidade de pegar gens de um eucalipto e colocar num animal. 
Fenótipo: quando melhora a aparência do animal 
Genótipo: quando melhora as características interna do animal
Acasalamento: animais da mesma raça 
Cruzamento: animais com raças diferentes 
Animal de elite: animal de referência para outra raça 
- Quando for mexer com o melhoramento genético tem que melhorar primeiro o manejo animal e depois a parte genética.
Porque é necessário realizar um melhoramento genético?
- É o desafio técnico e político face à demanda crescente de proteína de origem animal pelas populações humanas 
O que dificulta o melhoramento genético no Brasil?
• Baixa disponibilidade de forragens de boa qualidade;
• Alta incidência de doenças infecciosas, parasitárias e nutricionais;
• Entraves provocados pela temperatura e umidade elevada;
• Escassez de leguminosas nas pastagens;
• Comercialização, processamento e armazenamento insatisfatórios dos produtos de Origem Animal e de insumos;
• Condições precárias de transporte;
• Insuficiência de capital para implementar inovações
· Escassez de tecnologia gerada ou, pelo menos testada sob condições locais;
O touro leiteiro muda a genética da filha. Por exemplo em uma fazenda, recomenda-se trocar só o boi pois influencia em todas as crias.
Qual a solução para o progresso genético no país?
• Atribuir aos programas de avaliações genéticas (estáveis e consistentes) 
• Associações de Raças 
• Parceria com Universidades 
• Parceria com Instituições de pesquisa
MELHORAMENTO GENÉTICO
Ilimitado e Permanente
+
MELHORAMENTO AMBIENTAL
(sanidade, manejo, alimentação)
Limitado (custo x benefício x BEA)
O que é raça?
É uma variedade da espécie que se distingue por peculiaridades transmitidas para as gerações futuras 
• Quando tem alguma característica que a identifique; 
• Quando ela tem uma associação formal de criadores;
• Quando certos representantes do governo afirmam que ela é.
Tipos de raças:
Raças naturais 
 • Selvagens 
 • Domésticas 
Raça artificiais 
 • Melhoradas 
· Maior eficiência produtiva 
· Maior volume 
· Rendimento mais rápido 
· Melhor qualidade
· Aperfeiçoadas
ANIMAIS TRANSGÊNICOS:
Definição: 
Possui em seu genoma um DNA estranho (de outra espécie geralmente), integrado de forma estável, em que se transmite a sua descendência de acordo com as leis de genética Mendeliana.
Técnica: 
Micro manipulação ou vírus: introdução, modificação ou inativação de um gene.
Aplicação no melhoramento: 
Aumento de produção: carne, lã, resistência a doenças, e modificação de produtos (maciez da carne, nível colesterol da carne, lactose)
Limitação: 
Técnica ainda em desenvolvimento, aceitação quanto ao consumo dos produtos, pouco conhecimento sobre os efeitos na saúde humana.
Estudos com animais transgênicos:
Suínos: bGH (hormônio de crescimento bovino) 
Vantagens: aumento do crescimento; aumento na conversão alimentar; mudança na composição da carcaça; redução da espessura de gordura subcutânea 
Efeitos adversos: aumento dos níveis circulantes do plasma (úlceras, artrites problemas cardíacos, dermatites e pouco tempo de vida)
Bovino: lactoalbumina (proteína humana) 
- Esse leite transgênico é mais nutritivo para humanos que o leite natural, e poderia ser introduzido na alimentação de crianças com carência de nutrientes específicos.
MARCADORES GENÉTICOS 
Definição: Qualquer característica molecular ou morfológica que diferencia indivíduos (facilmente detectável).
Quais são as vantagens dos marcadores moleculares? R = não é objeto de influência ambiental, limitado em número (consegue identificar os animais que são de interesse).
Quais seriam as limitações dos marcadores moleculares? R = o custo é alto e necessita de mão de obra qualificada. Ex: hibridação, auto polimorfismo
Marcadores moleculares ou marcadores genéticos: se encontram no DNA ou é algo que a ciência busca. E deve-se atrelar esses marcadores à algum tipo de interesse, como por exemplo, selecionar animais que tenham uma porcentagem maior de gordura no meio do músculo (marmoreio). Para avaliar esta resposta deve-se esperar o animal se reproduzir, produzir o descendente e esse descendente crescer para ser avaliado.
Qual é o problema? R = identificar os marcadores, fazer com eles tenham uma aplicabilidade para o objetivo esperado.
Caracterísitcas de marcadores: devem ser de fácil herdabilidade (fácil de ser transmitido), fácil de ser localizado. A idéia para o futuro é poupar recurso e ganhar tempo, ou seja, aumentar a eficiência do programa de melhoramento genético.
Ação Gênica e Hereditariedade/ Herdabilidade
Quando se fala em melhoramento genético não se melhora um animal como um todo. Melhora-se características desses animais. São características que se conseguem mensurar o volume/ qualidade (leite, ovos, carne, gordura, altura que o animal salta, intervalo de tempo que o animal percorre,...)
Existem duas maneiras de trabalhar estas características:
· Selecionar genotípica = selecionar o material e o geneticista irá identificar a sequência (conjunto de genes). O custo é mais alto, mais lento e envolve um conjunto de processos que não é tão simples. Porque, na maioria das vezes não se fala de um par de genes e sim um grande conjunto de genes. Problemas: identificar os genes e verificar como interagem para visualizar as características, isto chama-se externalizar. 
· Seleção fenotípica = é o que se visualiza, mensura e é mais fácil de ser conduzida, é mais barata, exige um cuidado maior na tomada de informação.
As duas seleções estão codificadas no DNA do animal e este é passível de modificação (não é imutável). Pelo processo de variabilidade consegue-se mexer na frequência dos genes e é controlado/ selecionável. Mas, existem alguns processos que não são controlados. Ex: mutação – pode gerar um resultado inesperado. Nem toda mutação é deletéria. Mas, tem mutação que gera uma resposta adaptativa melhor. A diferença é que a mutação não é controlada.
O que são as características de interesse econômico? R = são as características que me permite além, de fazer um animal mais eficiente numa dada característica, o valor econômico é maior. Estas características são modeladas por um grande número de pares de genes. É praticamente impossível estabelecer estas relações. Portanto, opta-se por trabalhar com a seleção fenotípica.
Como podemos avaliar as características econômicas dos animais? R = Fenótipo
Características Fenotípicas Qualitativas – o número de genes é pequeno e não sofre influência do meio, é barato, de fácil visualização. São as mais fáceis de serem transmitidas (maior herdabilidade pela progene e de menor valor econômico). Cor de pele, pêlo, casco, presença ou ausência de chifres e são de menor valor econômico. Ex: mercado pet, mercado equino (paga caro).
CaracterísticasFenotípicas Quantitativas – são as mais importantes, de maior valor econômico, sofre influência do meio, feito de vários genes, visualização lenta e difícil São características que se consegue mensurar o volume/ qualidade (quantidade de leite, ovos, carne, gordura, altura que o animal salta, intervalo de tempo que o animal percorre). Depende intensamente do ambiente que se põe o animal e para ser externada devem ter um ambiente que favoreça.
A resposta produtiva vai depender da interação de dois componentes – o genético e o ambiental (P( f ) = G + A). No caso, de característica quantitativa quem impacta de maneira intensa é o ambiente e se ela não for favorável não externaliza.
Ação Gênica
Como os genes interagem para externalizar o dado fenótipo (evidenciar as características) podendo ou não ser influenciadas pelo meio. Irá depender de qual é o conjunto de característica abordada.
Animal puro: não tem mistura de raças 
Animal híbrido: há mistura de raças 
Quais seriam as ações gênicas:
· Interação entre genes alelos – genes que estão lado a lado, no mesmo lugar dos cromossomos do animal (AA, Aa, BB, Bb). São características qualitativas. Serão avaliadas por meio de:
Dominância Completa = o heterozigoto ou híbrido e um dos homozigotos apresentam o mesmo valor fenotípico de um dos pais puros.
Ex.1: cor da pelagem do gado da raça Aberdeen Angus
Genótipo - Fenótipo BB + bb = Bb
preto vermelho 100% preto
Nessa raça existe a relação de dominância. O preto é dominante sobre o vermelho
BB preto 
Bb preto
bb vermelho
Ex. 2: chifres em bovinos
 MM + mm = Mm
 mocho chifrudo 100% sem chifres
Dominância Incompleta = o valor fenotípico do heterozigoto apresenta-se entre (entre a média dos pais puros) os valores dos dois homozigotos, mas fora do ponto médio.
Exemplo: Pêlo do Porco da Índia
Genótipo Fenótipo
LL Pêlo Longo
Ll Pêlo médio-longo
ll Pêlo curto
Sobre-dominância (Vinculada à Característica Qualitativa) = o híbrido apresenta uma resposta fenotípica superior à média dos pais (ocorre quando o fenótipo do heterozigoto é superior a um dos homozigotos). A sobredominância está ligada a características qualitativas (cor do olho, chifre, tipagem sanguínea)
Ex: Tipagem sanguínea de coelho. Existem evidências de que características relacionadas “ao valor adaptativo” são controlados por genes de ação sobredominante.
Ex: bb ‘ BB Bb
 0 1 2 2,5
Aditividade ou Condominância = o fenótipo heterozigoto situa-se no ponto médio.
Ex: Altura do Cavalo
AA 1,5m
Aa 1,25m
aa 1,00m
Cada alelo A adiciona 0,75 e cada alelo a 0,50m `a altura do animal.
Ex: Espessura de toucinho (gordura) no lombo de suínos. 
Genótipo Fenótipo
BB FF = animal com 40mm gordura
Bb ff		= animal com 20mm gordura
Quando se trabalha com uma linha materna e paterna o efeito dele é complementariedade e para esta característica ele responde aditividade (ponto médio). Necessita controlar o material genético, controlar quais animais devem ou não reproduzir. Deve-se controlar a informação para não perder o aspecto de seleção/ melhoramento.
Hibrido apresentará uma característica fenotípica entre os genes dominantes puros e recessivos 
- O filhote nunca pode ser usado como reprodutor pois o filhote dele não sai no padrão.
 cc Cc cc
 0 1 2
Toda vez que for elaborar um programa de melhoramento genético devemos saber: quais são as características, onde eu vou trabalhar procurar na literatura se tem relação de dominância (cor da pele, espessura de gordura...). Portanto, a maneira que temos é continuar mensurando e selecionando animais para termos evolução em desenvolvimento desta característica nesta população.
Ausência de Dominância = não puxa as características dos pais, apresenta um fenótipo novo, cria um produto diferente. Para cada espécie tem-se que verificar a relação que existe e para cada característica a relação de dominância é diferente. 
Ex.1: VV + BB = VBCriou uma nova cor. 
Mistura de cores.
 Vermelho branco rosilho
Ex.2: RR + Rr = Rr
 Vermelho Ruão branco
· Interação entre não alelos ou interação gênica –são genes que não estão lado a lado no cromossomo e que irão interagir para poder manifestar uma dada característica. São características Quantitativas. São fortemente influenciados pelo ambiente. 
Quero selecionar uma dada característica numa população. Ex: ovelha – produção de lã – comparar quem produz mais. Na prática é realizada pela avaliação fenotípica (separa, mede e seleciona) e para ser válida a diferença genética torna igual o ambiente. Depende da demanda de controle ambiental porque não consegue medir com confiança a resposta. 
E são elas: a Pleiotropia, a Epistasia com dominância em recessividade e os Alelos Múltiplos.
Epistasia = é a interação entre alelos de genes diferentes, sendo que um pode alterar a expressão do outro.
Ex.: coloração de pelagem em cavalos. 
Gene 1 
BB e Bb - pretos
bb -castanhos 
Ex.: 
Gene 2
WW- Morte embrionária
Ww- impede a expressão do B
ww- não interfere na expressão do gene 1
Epistasia Dominante = quando o gene epistático interfere na resposta dominante.
Ex.: cor das penas em galinhas da raça Leghorn
Gene C – penas coloridas
Gene c – penas brancas
Gene I – Epistático sobre C (nascem indivíduos com pelagem branca)
Penas coloridas = C_ii | Penas brancas = cc__ ou C_I_
Epistasia recessiva = quando o gene epistático interfere na resposta do recessivo.
Ex.: cor da pelagem de cães da raça labrador
Gene B - Pelagem preta
Gene b - Pelagem marrom
Gene e - Epistático sobre gene B e b
Pelagem preta = B_E_ | Pelagem marrom = bbE_ | Pelagem amarela__ee
Pleiotropia = herança em que um gene condiciona duas ou mais características simultaneamente. Pode interferir na produção de leite, no teor de gordura,...
Pode ser de duas maneiras:
Pleiotropia com correlação negativa = quando aumenta um diminui o outro. As características são inversamente proporcionais.
Aumenta a produção diminui a rusticidade (resistência).
Ex: Porcentagem de gordura e quantidade de leite em bovinos leiteiros (correlação genética negativa). 
· Se busco maior produção de leite, tenho queda da produção de gordura
· Se selecionar para aumentar a produção de gordura, diminuo a produção de leite 
> Produção de Leite < Porcentagem de gordura (vice-versa)
(Quando um gene condiciona muitas respostas indiretas ou diretas) 
Pleiotropia com correlação positiva = Selecionar 1 para aumentar as características de outro. Quanto maior a eficiência alimentar, maior o crescimento. Quanto menor a eficiência, menor o crescimento.
Ex.: Ritmo e eficiência de crescimento em suínos (correlação geneticamente positiva) Seleção de indivíduos com rápido crescimento em um rebanho no mesmo ambiente de alimentação. Resulta em melhoria da eficiência desta característica (crescimento) e também no ganho de peso.
· Alelos Múltiplos – herança constituída três ou mais alelos que se organizam para externar uma única característica no mesmo gene. 
Ex.: Cor da pelagem em coelhos. 4 alelos
C – selvagem (aguti)
cch – chinchilaC > cch > ch > ca - albino
ch – himalia
ca - albino
Aula dia 12/03
Ganho ou progresso genético dentro de um programa tem haver com:
1. Intensidade de relação: velocidade com que quer atingir o objetivo. Quanto maior a intensidade maior o descarte. Quanto mais descarte mais progresso genético
2. Herdabilidade da característica: mede relação entre o genótipo e o que visualiza fenotipicamente e quanto o ambiente impacta nessa visualização. Alta herdabilidade sofre menor interferência então apresenta ganho genético maior
3. Intervalo entre gerações: sofremodificações em função da precocidade com que os animais entram em idade reprodutiva. Quanto mais precoce selecionar os pais, mais precoce tem os filhos o que gera uma diminuição no intervalo das gerações. 
Métodos de relação 
Método unitário: seleciona-se uma característica por vez. As vantagens são a rapidez, é barato, fácil, bastante direcionado e diferencial de seleção grande. O aspecto negativo é que como só relaciona uma característica por vez, se no futuro mudar o padrão do consumidor para aquele produto perde-se o programa. Ex. Há 30 anos começou-se a tirar a gordura do porco, agora quer-se carne de porco com gordura. Então tem que se abater o porco mais tarde para ele conseguir ganhar gordura.
Método dos níveis de rejeição: ex: produção de leite 15l, peso nascimento 38kg e peso de desmame 100kg. Estabelece um padrão mínimo aceitável para cada objetivo selecionado. Para o animal permanecer no programa tem que produzir mais que 15l, pesar mais que 38kg no nascimento e pesar mais que 100kg no desmame. As vantagens são que se trabalha com várias características, seleciona animais de maneira mais precoce. O problema é que basta o animal não atender um único parâmetro é descartado. Ou seja, pode descartar animais muito bons em alguma característica. 
Quantas mais características selecionar menor é o diferencial de seleção porque quando se fala em várias características o animal tem que ser medianamente bom em várias características, pois é mais difícil achar animal que seja bom em várias características. 
Método dos pontos: estabelece-se pontos para as características que vão compor o programa. Quanto mais importante for a característica mais pontos vale. Ao contrário dos níveis de rejeição, se o animal for muito bom em uma característica não é descartado. É uma avaliação mais equilibrada em função ao que mais interessa. 
Método de seleção por desempenho: neste método os animais têm que estar no mesmo ambiente. É aplicado num numero pequeno de animais e principalmente em machos, pois o macho dissemina gametas por um número grande de fêmeas. Assim consegue saber o mérito genético de cada animal, pois estão na mesma condição de ambiente.
Ferramentas que auxiliam na tomada de decisão
Observação visual: baseia-se na estética do animal. O problema é que é subjetivo, não se sabe os genes da beleza passarão para os descendentes. Pode se também replicar material ou conjunto de genes não desejados. Não se pode usar só esta ferramenta para tomada de decisão. No mercado pet e equino ainda pesa muito.
Pedigree: informação genética dos animais. Problema é que não é sempre uma informação confiável. Na criação de gado é mais confiável porque tem que se comunicar todos os passos da reprodução.
Informação desempenho: medidas tradicionais: crescimento, fertilidade, produção de leite, carne, lã... Medidas avançadas: antes tinha que se abater o filho ou irmão do animal que era para ser avaliado, para avaliar as características desejadas. Hoje usa-se ultrassom.
Acurácia: é a correlação entre o valor genético previsto e o valor genético verdadeiro. Quanto maior a acurácia mais confiável é. 0 menos confiável 1 muito confiavel
Ex. animal 1 tem peso nascimento 2kg (baseado em 10 observações) animal 2 tem 2,5kg (1000 observações). Animal 1 é menos provável que o 11º filho nasça com 2kg. No animal 2 é muito provável que o filho 1001º nasça com 2,5kg. 
Conversão alimentar: mede a relação de kg de ração ingerido com produto final. Ex. quantas litros de leite a vaca produz com 1kg de ração.
Seleção
Seleção por pedigree: é a relação baseada no mérito genérico a partir de informações sobre desempenho fenótipo de ascendentes. Depende da credibilidade. Muito arriscado porque o pedigree é passível de manipulação. 
DEP (diferença esperada na progênie): só é usada em bovino de corte. É a junção da avaliação de pedigree com avaliação de desempenho. Contribuição futura do desempenho daquele animal para os descendentes. Só se aplica a machos. Ex. base genética de peso nascimento é 35kg no brasil. Touro A tem DEP +3kg, significa que em média os filhos desse touro têm 3kg a mais que a média. Precisa vir acompanhado da acurácia.
Seleção pela progênie: é baseado no mérito genético do animal a partir de informações sobre desempenho fenotípico médio dos descendentes. São usadas em mais espécies. Avalia o animal em função da resposta produtiva dos descendentes. Pode ser obtida pelo teste de progênie: aplica a diversas espécies, mas precisa de muita informação dos descendentes para ser validada. É avaliada a contribuição genética do macho para os descendentes em determinada característica. Precisa de muitas fêmeas. É necessário tirar o efeito de mãe e do ambiente. Para isso pega-se no sêmen do reprodutor e pulveriza-se no maior número de fêmeas possíveis e observa-se as informações nos filhos. Se a média dos filhos para a característica avaliada for boa, significa que o mérito é do pai. É aplicado a animais no inicio da vida reprodutiva, pois não há informação e a acurácia é baixa. Quantos mais filhos esse animal tiver maior fica a acurácia. A desvantagem é que o preço é muito elevado.
Em animal de produção o diferencial de seleção é rapidamente obtido porque há muitos animais para pulverizar o material genético, o que torna a informação confiável.
Seleções baseadas me informação de família: muito usada em rãs, peixe e camarão. Completa a informação do animal com o desempenho médio da família.
Grau de parentesco: toda vez que se trabalha em programa de melhoramento genético, precisa manter elevada a variabilidade, porque é ela que ao longo prazo mantem a manutenção dessa população. Sempre que aumentar o grau de coeficiente de parentesco diminui a variabilidade genética. O grau de parentesco mede o quão parecidos são os genes. Quanto maior a consanguinidade menor a variabilidade genética. O problema é que genes que so se manifestam em recessibilidade começam a surgir. Manter acasalamento entre animais da mesma família serve para manter determinadas características de uma espécie ou raça, mas irá ter impacto na variabilidade, o que poderá gerar aumento na incidência de anomalias. 
Melhoramento genético de caprinos e ovinos
Animal de aptidão: leite, lã, carne
Principais diferenças: 
Ovinos: apresentam fossa lacrimal (libera secreção para demarcar o território), têm cauda longa e pendente, têm chifres com estrias com base de inserção triangular e espiralados, apresentam perfil nasal convexo, podem ser lanados ou desnalados, ausência de barba. Tem aptidão para carne, leite e lã, por isso, pode ter melhoramento genético para dupla aptidão (carne e lã ou leite e lã). 
Reprodutor macho ovino: carneiro
Matriz ovina: ovelha
Filhotes ovinos: cordeiros
Caprinos: não apresentam fossa lacrimal, têm cauda curta e elevada, têm chifres lisos com base de inserção circular e, normalmente, não espiralados, apresentam perfil nasal retilíneo, têm sempre corpo coberto por pelo, tem presença de cavanhaque ou barba. Tem aptidão para carne e leite.
Reprodutor macho caprino: bode
Matriz caprina: cabra
Filhotes caprinos: cabritos ou borregos
Caprinocultura:
90% estão no Nordeste, por isso é um animal que tem que adaptar aos alimentos com baixa capacidade de fornecer nutrientes, temperatura elevada, humidade relativa baixa, ou seja, é desfavorável à criação animal. A maioria é criada em sistema extensivo (baixa tecnologia, animais com baixa especificidade e ausência de coleta de informação. Devido a isso o animal tem alta adaptabilidade (rusticidade) e baixa produtividade. É considerada carne magra, pois tem baixo teor de gordura. Por dia costumam produzir 200ml de leite/dia.
Nos caprinos pode se trabalhar material genético no leite e carne.
Cabra com aptidão leiteira: objetivo é produzir, selecionar e evoluir com atributos de leite para cabras.
Caprinocultura tem 3 sistemas possíveis: extensivo, semi-intensivo e intensivo. Para fazer melhoramento necessita de sistema semi ou intensivo. No sistema semi-intensivo tem animais com capacidade genética melhorada, maiscontrole de informação, tem mais alimento disponível para os animais o que leva que elas produzem mais que o extensivo (busca alimento no pasto, mas também recebe ração). Sistema intensivo geralmente é caracterizado pelo confinamento total. Ficam no aprisco (estrutura física onde prende as cabras). 
Caprinocultura leiteira
Todo programa de melhoramento genético tem que andar de mão dada com manejo reprodutivo. Para além do melhoramento genético se medir nos filhos, a cabra precisa ter filhos para dar leite. Tamanho da glândula mamária não interfere na produção de leite, o que faz o animal produzir mais leite são as células secretoras. Quando o animal é alimentado em excesso acumula-se muita gordura na mama.
Bode leiteiro: macho que produz filhas boas produtoras de leite. O problema é que o macho é ruim para ganhar peso, pois o melhoramento genético da raça foi feito para produção de leite.
Raça Saanen: adapta-se bem a confinamento. É a raça caprina mais trabalhada para produção leiteira – produz de 8 a 12 litros/dia. 
Raça Alpina: adapta-se bem a ambiente de pasto e confinamento. Produz de 6 a 7,5 litros/dia
Raça Toggemburg: Produz de 6 a 7,5 litros/dia. Adapta-se bem a regime de confinamento
Raça Anglo-Nubiana: tem dupla aptidão. A fêmea produz menos leite, mas o macho produz mais carne. Produz de 3,5 a 4,5 litros/dia. Predição é pasto, mas também se adapta a confinamento. 
Peso fêmea adulta: 60 a 70kg. Peso macho adulto: 80 a 95kg
Caprinocultura de corte
Raça Boer: tem característica de marmorização de gordura (gordura que fica no meio da carne – dá mais suculência) e também é um animal precoce reprodutivo e em acabamento (mais rápido deposita gordura – carne mais macia). Mais utilizada para melhorar a qualidade de carne.
Raça Savana: é um animal mais tardio reprodutivamente e não marmoreia tanto a gordura com a Boer. 
Peso médio de fêmea reprodutora: 85 a 95kg Peso médio da matriz: 100 a 130kg. Peso de abate 35 a 38kg.

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