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Relatório de Estágio em Saúde Mental

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CURSO DE PSICOLOGIA 
SERVIÇO DE PSICOLOGIA APLICADA – SPA - CABO FRIO 
 
 
CURSO DE PSICOLOGIA 
DISCIPLINA: ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO I 
PROFESSOR: LUIZ HENRIQUE DA SILVA LESSA 
 
 
RELATÓRIO SEMESTRAL DO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO I 
 
 
 
POR 
RENATA VIEIRA COUTO 
 
Cabo Frio 
2018/11 
 
 
 
 
RENATA VIEIRA COUTO 
20141101825 
 
 
 
 
RELATÓRIO SEMESTRAL DO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor LUIZ HENRIQUE DA SILVA LESSA 
 
 
 
Cabo Frio 
2018/11
Trabalho apresentado ao Curso 
de Psicologia, do Instituto de 
Ciências da Saúde da 
Universidade Veiga de Almeida, 
em cumprimento às exigências 
do Estágio Profissional 
Supervisionado I. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 
1. HISTÓRICO DO SPA ....................................................................................5 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 8 
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................12 
4. DISCUSSÃO......................................................................................................12 
CONCLUSÃO 
ANEXOS
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo deste relatório é apresentar as atividades inerentes ao estágio supervisionado 
II realizado no Centro de Atenção Psicossocial, localizado na Rua Prefeito Valdir Lobo, nº 
001, Bairro Fluminense - Cep:28941620, São Pedro da Aldeia/RJ. 
O Centro de Atenção Psicossocial(CAPS) foi inaugurado no dia 5 de outubro de 2001, 
atende há 17 anos, pacientes com transtornos mentais graves persistentes de forma intensiva, 
ou crises psiquiátrica. 
O processo de escolha pelo Estágio em Saúde Mental se deu quando me matriculei na 
disciplina: Processo Sócio Cognitivo e Atenção Psicossocial. 
A Saúde Mental sempre foi algo que me chamou atenção, pois o próprio termo “saúde” 
é algo que coloca o outro (aquele que não tem essa “saúde”) na posição de doente. Quem 
nunca em alguma ocasião de sua vida não foi chamado de louco? Todo comportamento, 
forma de pensar e de agir que não esteja de acordo com o censo comum ou o que é aceito pela 
maioria pode ser visto como loucura. 
Mas, qual a definição de saúde mental? Segundo a Organização Mundial de Saúde 
 
Saúde Mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio 
interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade 
de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um 
amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real 
e do precioso. (SPP/DVSAM-Saúde Mental) 
(www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php) 
 
Lembro-me de passar inúmeras vezes em Rio Bonito (Hospital Colônia), com meus 
familiares, falando sobre o hospital de “doidos”. Tomando como exemplo o exposto acima, 
como estudante de psicologia afirmo que, não basta apenas pensar que a reforma psiquiátrica 
foi um grande acontecimento. Entendermos a loucura como um conceito que é construído e 
transmitido através das gerações, não podemos deixar de pensar também que é culturalmente 
que demandamos o manicômio. 
Para Brzozowski & Caponi (2013), a sociedade tem suas normas pressupõe o desvio, é 
um fenômeno universal. Sendo assim, a medicalização dos desvios é possível por meio da 
flexibilização dos limites do que é considerado normal. 
 
5 
 
1. HISTÓRICO DO SPA 
 
Em 1933, através do sonho de Mário Veiga de Almeida, tem início a história da UVA. 
Aos 16 anos, junto com sua irmã, Maria Anunciação de Almeida, começa a alfabetizar 
crianças que, com dificuldade de leitura, não conseguiam acompanhar a catequese junto à 
igreja de Santo Cristo, onde desenvolviam uma atividade voluntária. Utilizavam como sala de 
aula a mesa de jantar da modesta residência onde viviam, adotados por seus padrinhos, uma 
vez que perderam seus pais ainda crianças. 
Em 1937, a sala de aula improvisada muda de endereço, para uma casa com poucas 
salas de aula, surgindo a primeira escola, o Colégio Sagrado Coração de Jesus. 
 O Ensino Superior tem em 1971 seu início, com a criação da Escola de Engenharia 
Veiga de Almeida, com os cursos de Engenharia Civil e Engenharia Elétrica. Em 1992, a 
criação de novos cursos levam ao reconhecimento e oficialização, por parte do Ministério da 
Educação e Cultura (MEC), da Universidade Veiga de Almeida, que hoje conta com cinco 
campus e um centro de excelência em saúde. 
O estágio em Psicologia é atividade obrigatória do Curso de Formação de Psicólogo 
conforme a Lei de Regulamentação da Profissão de Psicólogo (Lei n° 4.119 de 27/ 08/1962 
— Lei regulamentada pelo Decreto n° 53.464 de 21/01/1964), devendo o aluno realizar 840 h, 
no mínimo, para a obtenção do grau de Psicólogo. 
Para tanto, o Serviço de Psicologia Aplicada oferece diversas modalidades de estágios, 
com supervisão. O Plano de Estágio dos Setores atende à especificidade do SPA e às ênfases 
dadas ao Curso de Psicologia: sócio-institucional e clínico-institucional. 
O Serviço de Psicologia Aplicada – SPA da Universidade Veiga de Almeida - tem dois 
objetivos fundamentais bem delineados: contribuir para a prática na Formação de Psicólogo 
do aluno do Curso de Psicologia e propiciar atendimento de qualidade à comunidade. 
O SPA para fins funcionais se divide em Setores, que são subestruturas encarregadas, 
primordialmente, do planejamento e da supervisão dos estágios, possuindo a tarefa de adequar 
a Formação Profissionalizante às ênfases do Curso de Psicologia. Atuam criticamente, acerca 
dos conteúdos e das atividades de estágio, buscando garantir a adequação deste, ao currículo 
vigente no curso de psicologia. 
Cada Setor referenda um campo de inserção da prática da Psicologia, assim como as 
linhas teóricas que servem de fundamento para o pensamento psicológico, devendo estar 
6 
 
constituído por um ou mais supervisores que formarão equipes de atendimento conforme sua 
orientação teórica e as especificidades de suas práticas. 
Desta forma as diversas propostas de atuação da Psicologia estão representadas no SPA 
em Setores. Estes refletem suas especificidades, através de objetivos e planos de trabalho 
elaborados e tratados de forma independente. 
Os diversos Setores, no entanto, integram um colegiado respaldado por um mesmo 
objetivo geral e compartilham um espaço reservado à reflexão e discussão de perspectivas 
voltadas para a formação do profissional psicólogo. Os Setores de Estágio são formados, a 
partir de propostas aprovadas pelo Corpo Consultivo do SPA. Todos os Supervisores de 
Estágio precisam ser registrados no Conselho Regional de Psicologia – CRP como Psicólogos 
e cadastrados no SPA como Supervisores. 
O Estágio de Formação Profissional visa coerência e integração com as ênfases do 
Curso de Psicologia e também a articulação de maneira eficiente entre teoria e prática. Busca-
se coerência e continuidade entre o que se passa em sala de aula e nas atividades 
desenvolvidas na prática do aluno. 
Desta forma pode-se identificar como as atividades de estágio se inserem no fluxograma 
do Curso de Psicologia e a procura de articulação entre as disciplinas ministradas ao longo da 
formação teórica que servem de base para as atividades dos alunos no SPA. 
 
Histórico da Instituição 
 
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) foi fundado em 05 de outubro de 2001 no 
município de São Pedro da Aldeia. Foi à primeira, das cidades que compõem a região da 
Baixada Litorânea, a instalar o CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. O CAPS é um 
dispositivo essencialaos portadores de transtornos mentais graves e persistentes, com baixa 
adesão ao tratamento ambulatorial, de acolhimento diário, que presta atendimento de acordo 
com a lógica territorial, promovendo ações de cuidado integral e a reabilitação psicossocial. O 
Centro também é um apoio e suporte aos familiares dos usuários internados em Clínicas 
especializadas ou conveniada ao SUS- Sistema Único de Saúde, na região da Baixada 
Litorânea. 
 O Centro de Atenção Psicossocial de São Pedro Aldeia funciona ao lado do Pronto 
Socorro Municipal, na Rua Waldir Lobo,s/n, de segunda a sexta, das 8h às 16h. O dispositivo 
funciona de forma intersetorial, trabalhando em rede com a secretaria de Assistência Social e 
7 
 
Direitos Humanos, o Ministério Público e diferentes dispositivos da própria Secretaria de 
Saúde, dentre outras instituições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Se nos apropriarmos da biologia de Maria Cecília Galletti (2007). No que diz respeito à 
Oficina em saúde mental, esses projetos têm promovido uma desestabilização nos 
enquadramentos específicos de cada área. Nos espaços de oficinas, estão envolvidos 
profissionais de diversas origens Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Serviços 
sociais, que não seguem uma corrente específica, mas geralmente estão compromissados a 
propiciar aos usuários uma gama de experimentações sociais e a partir daí criar possibilidades 
diversificadas de se estar-no-mundo. 
As pessoas de sofrimento psíquico da oficinas terapêuticas, tem um encontro de vida, tendo 
expressão de liberdade através da arte. A utilização das artes dentro das oficinas terapêuticas 
num processo de antes e depois da perspectiva da reinserção e reabilitação psicossocial sofreu 
significativas transformações. Na psiquiatria essa oficinas terapêutica já vem em um processo 
histórico através da interação das pessoas que vivem em sofrimento psíquico, querendo 
alcançar um lugar na reabilitação psicossocial, e cada instituição vem aceitando a 
singularidade. 
A Psiquiatria Democrática Italiana inovou ao criar cooperativas que admitiam que 30% 
de seus associados tivessem históricos psiquiátricos. Tais cooperativas foram criadas através 
da Lei n 180, a partir de 1978, e tiveram boa aceitação, não apenas por estarem inseridas no 
contexto da reforma psiquiátrica, mas também pelo fato da cultura cooperativista ser 
difundida na Itália desde o início do século, período de elevada taxa de desemprego 
(WANDERLEYet al, 1997). 
A cooperativa se constitui como um espaço onde as pessoas com dificuldades de inserção no 
mercado, possam fazê-lo, por uma via que acolhe e aborda os pacientes, que se tornam 
cooperados, de maneira apropriada. Dessa forma um lugar social diferente para os pacientes 
vai se constituindo; um lugar na divisão social do trabalho, ao invés de exclusão nos 
manicômios. Segundo AMARANTE (1997, p. 176): 
 
A sociedade de pessoas, que quer dizer, cooperativas sociais 
“as cooperativas sociais são 0rganizada com o objetivo, 
‘terapêutico’ não mais é, tradição está sendo rompendo com o 
9 
 
costume de passar a diante, com terapia ocupacional, As 
possibilidades sociais afetivas e autónomas são única. Com as 
desvantagens sociais de pessoas, as quais o mercado de 
trabalho não facilitaria as oportunidades, vem a cooperativas, 
aparece com a construção concreta, de avaliar e envolver o 
sujeito na sociedade. 
 
As atividades nas oficinas terapêuticas nos locais substitutivos de cuidados em Saúde 
Mental, segundo o Ministério da Saúde, Portaria 189 de novembro de 1991 são caracterizadas 
oficinas “atividades grupais de socialização, inserção social”. Em saúde menta as oficinas 
terapêuticas são utilizadas enquanto encontro entre pessoas em sofrimento psíquico, que 
promove o exercício da cidadania e convivência dos diferentes através da inclusão pela 
atividades que são feitas no CAPS. Tais oficinas se constituem a partir da reinserção das 
pessoas em sofrimento psíquico (VALLADARES et al, 2003) 
 
A oficina de participação social acontece um vezes por semana que tem início à 9h e o 
término às12h, com intervalo para almoço, são realizadas as atividades de trabalho, como 
oficina da beleza e o Fala CAPS, onde, cada um tem a sua fala, com o manejo das perguntas, 
que são feita pelas estagiárias da psicologia, tais como: Como foi sua semana?, O que houve 
de especial que gostariam de compartilhar? entre outras questões que possam surgir. 
 
Após esse período os usuários e as estagiárias, montaram um pagode, onde todos 
puderam participar tocando os instrumentos e cantando (escolhas deles), os usuários relatam 
que gostam muito de música, e damos espaço para cada um escolher o seu repertório. Antes 
de todos irem para o almoço, ajudam a guardar os materiais utilizados. 
 
A escolha das atividades realizadas é feita através de discussões entre a coordenadora da 
oficina e a supervisora a partir das habilidades observadas no manejo com os usuários, e a 
partir daí são repassadas as estagiárias da psicologia. 
 
Visto a escassez de bibliografias referente a essa temática, torna a prática uma tônica 
importante e justifica este estudo na medida que procura fazer algumas considerações a cerca 
das referências bibliográficas encontradas, a fim de contribuir com material didático para que 
terapeutas ocupacionais e outros profissionais que trabalham na área da Saúde Mental possam 
10 
 
refletir sobre a escassez de profissionais na área e como se apresenta o estudo da saúde mental 
está nos dias de hoje. 
 
 Selecionando algumas pesquisas, concluímos que na saúde mental, omissão de 
recursos para manter as oficinas funcionando, ainda é pequena. O Centro de Atenção 
Psicossocial (CAPS), em alguns estudos abordam a avaliação do serviço fundamentais 
apenas três o dispositivo oficina terapêutica especificamente, todos no Brasil. Desses três, 
dois deram perspectiva a opinião dos familiares e dos usuários. Porém, apenas um retrata as 
características de qualidade das oficinas terapêuticas segundo os usuários. A realização de 
estudos é importante que verificação das características de particularidades dos novos 
dispositivos em saúde mental. (AMARANTE, 1995, p.50) 
 
Estudos dessa natureza poderão servir para novos desenvolvimentos de novos projetos 
nesta área específica de intervenção, poderão indicar novos rumos para futuras investigações, 
além da criação de material didático especializado. Diante disto, acredita-se através de bases 
de dados enfatizem a relação entre oficina terapêutica, tomar parte social e saúde mental, 
possa apresentar incentivo que favoreçam um debate adequado a estes objetivos, através da 
proposta de apreciação de uma habilidade crítica e da sínteses informação separadas. 
 
Para CARNEVALLI (2004) Com suas limitações e habilidades a oficina é um espaço 
onde os integrantes podem se comunicar uns com os outros, e expor suas dificuldades. Com 
objetivo fazer com que o sujeito tenha autonomia e capacitá-lo para o exercício profissional e 
sua reinserção social. Os usuários precisaram ser integrados na sociedade, de onde foram 
privados por muitos anos, e saber viver com moderação e suas limitações, para que isso seja 
possível, é necessário que haja profissional capacitado, para limitar esta relação estabelecida 
entre o sujeito e a realidade ali encontrada. Ainda se torna relevante pelas relações 
interpessoais estabelecidas ali com os que a executem, entre esses profissionais, está os 
psicólogos. Mas também tem efeito terapêutico para o sujeito. A busca de diminuira exclusão 
social através do processo do trabalho. 
 “OS JOGOS”. Proposto por um membro da equipe técnica, a oficina de jogos, embora 
tenha projeto sido escrito posteriormente, surge do movimento dos próprios usuários, não 
deixando de mencionar, projetos de jogos feito no CAPS, com as duplas de usuários, com os 
jogos de ping-pong e totó. Autonomia e da (re) inserção social, é proposta, no CAPS, que 
11 
 
existam atividades lúdicas (relativos a jogos e brinquedos), promovendo laços e tornando 
possível aos terapeutas (estagiários) relacionar as dificuldades e possíveis problemas que 
possam surgir. à unidade de saúde em questão, o espaço físico para tais atividades é muito 
pequeno, o que trouxe a necessidade de um lugar específico para que uma sala adequada para 
o grupo pudesse abrigar atividades voltadas para os jogos onde os usuários com convivência 
pudessem participar com outros usuários. Surge então um dia específico para os jogos, terças-
feiras. 
Em reunião com toda a equipe, decidimos comemorar o aniversário do CAPS, uma 
competição, onde, os usuários escolheram suas duplas, para os jogos. E a partir deste espaço, 
tornou-se possível abrir a possibilidade de que novas atividades de interesse dos usuários. 
(Cadernos Brasileiros de Saúde Menta p.97-106, 2016) 
 
No Brasil a psiquiatria teve movimentação no CAPS (Centro de Atenção psicossocial). 
Suas ações devem envolver o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a 
autonomia do sujeito (Ministério da Saúde, 2004). Com o desenvolvimento de técnicas, onde 
as oficinas terapêuticas tem um importante mecanismo clínico, sendo assim o CAPS tem 
novas formas de abertura de intervenção psicossocial. 
 
HITÓRIA DO PRIMEIRO CAPS 
 
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) o primeiro do território Brasileiro foi 
inaugurado em março de 1986, na cidade de São Paulo: Centro de Atenção Psicossocial 
Professor Luiz da Rocha Cerqueira, conhecido como CAPS da Rua Itapeva. Foi de onde 
iniciou tantos outros CAPS, de nomes e lugares, fez parte de uma forca no movimento social, 
inicialmente na saúde mental de trabalhadores da saúde, que buscavam melhorar a assistência 
no Brasil e denunciavam as más condições dos hospitais psiquiátricos, sendo único recurso 
atribuído aos usuários portadores de transtornos mentais. (Ministério da Saúde, 2004). 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
► Oficinas Terapêuticas; 
► Atividades de Cultura, Lazer e Jogos 
► Acolhimentos 
 
4. DISCUSSÃO 
 
Para a elaboração desse Relatório a participação nas oficinas terapêuticas foram 
fundamentais. O papel do Fala CAPS, tendo a escuta dos usuários, enquanto prática 
profissional psicológica é uma ferramenta primordial. 
Tendo atenção psicossocial, tentando coloca-los mais próximos da sociedade para que 
sejam compreendidos em suas dificuldades, lidando com esse fato, a partir de espaços de 
participação, criando estratégias que efetivem a inclusão dos usuários, nesse sentido, o que se 
espera é uma responsabilidade em conjunto, uma aliança entre todos os envolvidos, da equipe 
da saúde mental: usuário, familiar, equipe e comunidade, para transpor os momentos aflitivos. 
A Revista Eletrônica de Enfermagem, as equipes dos serviços substitutivos precisam 
desenvolver estratégias de inserção da família no cuidado do usuário. Estudos realizados em 
CAPS demonstram que as equipes profissionais têm utilizado como estratégias de inserção da 
família no cuidado em saúde mental espaços como grupos terapêuticos de familiares, 
atendimento individual por qualquer profissional do serviço (não só os da área), oficinas 
terapêuticas, visitas domiciliares e busca ativa de familiares pouco presentes no serviço. 
Esses são espaços de escuta, acolhimento, construção e manutenção do vínculo entre 
equipe e família, demonstrando que os profissionais que atuam na saúde mental valorizam a 
participação da família e a importância de assistir o usuário nas suas necessidades, para que 
tenham êxito na reabilitação psicossocial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CONCLUSÃO 
 
O Estágio Supervisionado Profissional foi um momento de grande importância na 
construção da minha experiência acadêmica. 
Como já dito neste Relatório, a Saúde Mental sempre foi algo que me chamou bastante 
atenção. Diferente de ouvir e ler sobre a história da loucura, ao decidir pela Disciplina Estágio 
Supervisionado Profissional na Equipe da Saúde Mental tive a oportunidade de experiência 
em um Centro de Atenção Psicossocial com os usuários a equipe que trabalho no CAPS no 
município de São Pedro da Aldeia. Na supervisão os momentos foram de grande valia pois, a 
troca de experiência com os colegas da supervisão acrescentaram conhecimento a meu 
currículo. 
 Eram momentos onde falávamos sobre os casos vividos, as nossas indagações e 
desafios. Sempre sai da supervisão com outras expectativas. Sei que terei muito a aprender e 
percebo a grande estrada que ainda tenho pela frente. O supervisor Luiz Henrique da Silva 
Lessa por várias vezes nos disse que o manicômio e qualquer outra forma de preconceito e 
discriminação, algo que está entranhado em nós. Está no nosso DNA. Sendo assim, 
descontruir essa visão de manicômio será um trabalho diário e longo. 
A Saúde Mental deveria ser um dos assuntos mais abordados no curso de Psicologia, 
pois não basta termos um belo discurso sobre o nosso apoio ao processo de reforma 
psiquiatra, se o que achamos sobre a loucura não passar também por esse processo. Para 
muitos estudantes de psicologia o louco é aquele indivíduo perigoso, que mesmo ele (a) sendo 
a favor do processo psiquiátrico não quer ficar perto. 
Ao me manter perto dos usuários do CAPS foi descontruindo essa visão, que tinham 
criado em mim. Ao conhecê-los, me fez perceber que eles (as) têm muito a nos oferecer, 
muito mais do que imaginamos. 
Deixo minhas últimas impressões nas seguintes perguntas: Que tipo de profissionais 
estão sendo formados? Estes profissionais colaborarão para a transformação da cultura ou 
apenas profissionais que fortalecem esta cultura preconceituosa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de 
Janeiro: Fiocruz, 1995.50p. 
AMARANTE, P. Loucura, cultura e subjetividade: conceitos e estratégias, percursos e atores 
da reforma psiquiátrica brasileira. In: FLEURY, S. (Org). Saúde e democracia: a luta do 
CEBES. São Paulo: Lemos Editorial, 1997, p 163-185. 
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. 
Brasília, DF, 2004. 
Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, ISSN 1984-2147, Florianópolis, v.8, n.19, p.97-
106, 2016. 
CARNEVALLI, M.E.C., O cuidar e o reabilitar através da oficina de trabalho. In COSTA, 
C.M. e FIGUEIREDO A. C. Oficinas Terapêuticas em Saúde Mental: sujeito, produção e 
cidadania. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2004. 
VALLADARES, A.C.A.; LAPPANN-BOTTI, N.C.; MELO, R.; KANTORSKI, L.: 
SCATENA, M.C.M. Reabilitação Psicossocial através das Oficinas Terapêuticas e/ou 
Cooperativas Socias. Rev. Eletronica de enfermagem. 5(1) p.04-2003.Disponivel em 
www.fnpufg.br/revista 
WANDERLEY, A.A.R. et al. Cooperativismo e saúde mental: uma experiência 
possível? Anais do Congresso de Saúde Mental do Rio de Janeiro, 1997. 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414- 
Revista Eletrônica de Enfermagem. Disponível em: 
http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n4/v12n4a23.htm. Acessado em : 17/11/2017. 
(SPP/DVSAM-Saúde Mental) (www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php) 
 
 
 
 
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