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Articulação sinovial

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Tipos de movimentos nas articulações sinoviais
 Anatomistas, fisioterapeutas e cinesiologistas (profissionais que estudam a ciência do movimento humano e buscam maneiras de melhorar a eficiência e o desempenho do corpo humano no trabalho, nos esportes e nas atividades diárias)usam terminologia específica para designar os movimentos que podem ocorrer nas articulações sinoviais. Esses termos precisos podem indicar a forma de movimento, sua direção ou a relação de uma parte do corpo com outra durante o movimento. Os movimentos nas articulações sinoviais são agrupados em 4 categorias principais: (1) deslizamento; (2) movimentos angulares, (3) rotação e (4) movimentos especiais, que ocorrem apenas em determinadas articulações.
Deslizamento
 O deslizamento é um movimento simples, no qual as superfícies ósseas praticamente planas se movimentam para frente e para trás e de um lado para o outro. Não há alteração significativa do ângulo entre os ossos. A amplitude dos movimentos de deslizamento é limitada devido à estrutura da cápsula articular, ligamentos associados e ossos; no entanto, esses movimentos de deslizamento também podem ser combinados com rotação. As articulações intercarpais e intertarsais são exemplos de articulações onde ocorrem movimentos de deslizamento.
Movimentos angulares
 Nos movimentos angulares ocorre aumento ou diminuição do ângulo entre os ossos da articulação. Os principais movimentos angulares são flexão, extensão, flexão lateral, hiperextensão, abdução, adução e circundução. Esses movimentos são sempre estudados tendo como referência a posição anatômica.
Flexão, extensão, flexão lateral e hiperextensão
A flexão e a extensão são movimentos opostos. Na flexão, ocorre diminuição do ângulo entre os ossos da articulação; na extensão, há aumento do ângulo entre os ossos da articulação, muitas vezes para retornar uma parte do corpo para a posição anatômica depois de ter sido flexionada (Figura 9.5). Em geral, os dois movimentos acontecem no plano sagital. Todos os exemplos a seguir são exemplos de flexão (como provavelmente você já deve ter suposto, a extensão ésimplesmente o inverso desses movimentos):
Inclinar a cabeça em direção ao tórax nas articulações atlantoccipitais entre o atlas (a primeira vértebra) e o occipital do crânio e nas articulações intervertebrais cervicais entre as vértebras cervicais.
Dobrar o tronco para frente nas articulações intervertebrais como nos exercícios abdominais
Deslocar o úmero para frente na articulação do ombro, como ao balançar os braços para frente ao caminhar 
 Embora a flexão e a extensão normalmente ocorram no plano sagital, há algumas exceções. Por exemplo, a flexão do polegar envolve movimento medial do polegar, cruzando a palma na articulação carpometacarpal entre o trapezoide e o metacarpal do polegar, como quando tocamos com o polegar o lado oposto da palma da mão. Outro exemplo é o movimento do tronco para as laterais direita e esquerda na cintura. Esse movimento, que ocorre no plano frontal e envolve as articulações intervertebrais, é chamado de flexão lateral.
 A continuação da extensão além da posição anatômica é chamada de hiperextensão. Exemplos de hiperextensão:
Inclinar a cabeça para trás nas articulações atlantoccipital e intervertebrais cervicais como ao olhar para as estrelas.
Inclinar o tronco para trás nas articulações intervertebrais como ao realizar o exercício de ponte.
Deslocar o úmero para trás na articulação do ombro como ao balançar os braços para trás ao caminhar.
Levar a palma da mão para trás na articulação do punho como ao arremessar a bola no jogo de basquete.
Mover o fêmur para trás na articulação do quadril como ao caminhar.
 A hiperextensão das articulações do tipo gínglimo, como a articulação do cotovelo, as interfalângicas e a do joelho, é naturalmente evitada por ligamentos e pelo alinhamento anatômico dos ossos.
Abdução, adução e circundução
 Abdução ou desvio radial é o movimento de um osso em sentido oposto ao da linha mediana; a adução ou desvio ulnar é o movimento de um osso no sentido da linha mediana. Os dois movimentos normalmente ocorrem no plano frontal. O movimento lateral do úmero na articulação do ombro, o movimento lateral da palma da mão na articulação do punho e o movimento lateral do fêmur na articulação do quadril são exemplos de abdução. Adução é o movimento de retorno à posição anatômica de cada uma dessas partes do corpo.
 A linha mediana do corpo não é usada como ponto de referência para a abdução e adução dos dedos. Na abdução dos dedos (mas não do polegar), uma linha imaginária é desenhada pelo eixo longitudinal do dedo médio (o mais longo) e os dedos se movimentam em sentido oposto (se abrem) ao dedo médio. Na abdução do polegar, o polegar se distancia da palma no plano sagital. A abdução dos dedos do pé ocorre em relação a uma linha imaginária desenhada pelo segundo dedo. A adução dos dedos das mãos e dos pés consiste no retorno à posição anatômica. Na adução do polegar, o dedo vai de encontro à palma da mão no plano sagital.
 Circundução é o movimento em círculo da extremidade distal de uma parte do corpo. A circundução não é um movimento isolado, mas sim uma sequência contínua de flexão, abdução, extensão, adução e rotação da articulação (ou na ordem contrária). A circundução não ocorre em um eixo ou plano de movimento separado. O movimento do úmero em círculo na articulação do ombro, o movimento da mão em círculo na articulação do punho, o movimento do polegar em círculo na articulação carpometacarpal, o movimento dos dedos em círculo nas articulações metacarpofalângicas (entre os metacarpais e as falanges) e o movimento do fêmur em círculo na articulação do quadril são exemplos de circundução. Tanto a articulação do ombro quanto a do quadril permitem a circundução. A flexão, abdução, extensão e adução são mais limitadas nas articulações dos quadris do que nas articulações dos ombros devido à tensão de certos ligamentos e músculos e por conta da profundidade do acetábulo na articulação do quadril.
Rotação
 Na rotação, o osso gira em torno de seu próprio eixo longitudinal. Um exemplo de rotação é virar a cabeça de um lado a outro na articulação atlantoaxial (entre o atlas e o áxis), como ao balançar a cabeça para dizer “não”. Outro exemplo é girar o tronco para os lados nas articulações intervertebrais enquanto os quadris e os membros inferiores são mantidos na posição anatômica. Nos membros, a rotação é definida com relação à linha mediana e são usados termos de qualificação específicos. Se a face anterior do osso se volta para a linha mediana, o movimento é chamado de rotação medial (interna). É possível rodar medialmente o úmero na articulação do ombro da seguinte forma: na posição anatômica, flexione o cotovelo e depois leve a palma da mão para cruzar o tórax. É possível realizar a rotação medial do fêmur na articulação do quadril da seguinte forma: em decúbito dorsal, dobre o joelho e, em seguida, faça o movimento lateral da perna e do pé. Embora o pé e a perna estejam se movimentando lateralmente, o fêmur faz rotação medial. A rotação medial da perna na articulação do joelho pode ser produzida ao nos sentarmos em uma cadeira, dobrando o joelho, elevando o membro inferior do solo e virando os dedos para dentro. Se a face anterior do osso de um membro volta­se para o sentido oposto da linha média, o movimento é chamado de rotação lateral (externa).
Movimentos Especiais
Os movimentos especiais ocorrem apenas em determinadas articulações, e são eles a elevação, depressão, protração, retração, inversão, eversão, dorsiflexão, flexão plantar, supinação, pronação e oposição:
Elevação é o movimento para cima de uma parte do corpo, como fechar a boca na articulação temporomandibular (entre a mandíbula e o temporal), elevando a mandíbula ou encolher os ombros na articulação acromioclavicular elevando a escápula e a clavícula. A depressão é seu movimento oposto. O hioide e as costelas são outros ossos que podem ser elevados (ou deprimidos).Depressão é o movimento para baixo de uma parte do corpo, como na abertura da boca que deprime a mandíbula ou no retorno dos ombros para a posição anatômica, deprimindo a escápula e a clavícula.
Protração é o movimento anterior de uma parte do corpo no plano transverso. A retração é o movimento oposto. É possível protrair a mandíbula na articulação temporomandibular empurrando­a para frente ou protrair as clavículas nas articulações acromioclavicular e esternoclavicular cruzando os braços.
Retração é o movimento de retorno à posição anatômica de uma parte corporal protraída 
Inversão é o movimento medial da planta do pé nas articulações intertarsais (entre os ossos tarsais). Seu movimento oposto é a eversão. Os fisioterapeutas também chamam a inversão combinada com a flexão plantar dos pés de supinação.
Eversão é o movimento lateral da planta do pé nas articulações intertarsais (Figura 9.9F). Os fisioterapeutas também chamam a eversão combinada com a dorsiflexão dos pés de pronação.
Dorsiflexão se refere à flexão do pé na articulação do tornozelo ou articulação talocrural (entre a tíbia, fíbula e tálus) na direção do dorso (face superior). A dorsiflexão ocorre quando ficamos de pé sobre os calcanhares. Seu movimento oposto é a flexão plantar.
Flexão plantar envolve a flexão do pé na articulação do tornozelo na direção da face inferior ou plantar do pé, como quando elevamos o corpo ao ficarmos na ponta dos pés.
Supinação é o movimento do antebraço nas articulações radiulnares proximal e distal no qual a palma da mão se volta anteriormente. Essa posição das palmas é um dos aspectos que definem a posição anatômica. O movimento oposto é a pronação.
Pronação é o movimento do antebraço nas articulações radiulnares proximal e distal, no qual a extremidade distal do rádio cruza a extremidade distal da ulna e a palma da mão fica voltada para trás.
Oposição é o movimento do polegar na articulação carpometacarpal (entre o trapezoide e o metacarpal do polegar) no qual o polegar se movimenta de um lado a outro pela palma da mão para tocar as pontas dos dedos da mesma mão. Esses “polegares que fazem oposição” possibilitam o movimento diferencial que confere aos humanos e outros primatas a capacidade de segurar e manipular objetos de maneira muito precisa.
Tipos de articulações sinoviais
 Embora todas as articulações sinoviais apresentem muitas características em comum, o formato das faces articulares varia; dessa maneira, vários tipos de movimentos são possíveis. As articulações sinoviais são divididas em seis categorias com base no tipo de movimento: plana, gínglimo, trocóidea, elipsóidea, selar e esferóidea.
Articulações planas
 As faces articulares dos ossos em uma articulação plana, também chamada de articulação planar, são planas ou discretamente curvas. As articulações planas possibilitam, principalmente, movimentos para frente e para trás e para um lado ou outro entre as superfícies planas dos ossos, mas também são capazes de fazer rotação umas com as outras. Muitas articulações planas são biaxiais, o que quer dizer que permitem movimento em dois eixos. Eixo é uma linha reta em torno da qual um osso roda ou desliza. Se a articulação plana faz rotação além de deslizamento, logo é triaxial (multiaxial), possibilitando movimentos em 3 eixos. As articulações intercarpais (entre os ossos carpais no punho), as intertarsais (entre os ossos tarsais no tornozelo), as articulações esternoclaviculares (entre o manúbrio do esterno e a clavícula), as articulações acromioclaviculares (entre o acrômio da escápula e a clavícula), as articulações esternocostais (entre o esterno e as extremidades das cartilagens costais nas pontas do segundo ao sétimo par de costelas) e as articulações costovertebrais (entre as cabeças e os tubérculos das costelas e os corpos e processos transversos das vértebras torácicas) são alguns exemplos de articulações planas.
Articulações do tipo gínglimo
 Na articulação do tipo gínglimo, ou dobradiça, a face convexa de um osso se encaixa na face côncava de outro osso. Como o próprio nome quer dizer, as articulações em dobradiça produzem um movimento angular de abre e fecha como uma porta em sua dobradiça. Na maioria dos movimentos articulares, um osso permanece em posição fixa enquanto o outro se movimenta em torno de um eixo. As articulações do tipo gínglimo são uniaxiais (monoaxial) porque normalmente permitem o movimento em torno de um único eixo. As articulações do tipo gínglimo possibilitam apenas flexão e extensão. O joelho (na verdade, um gínglimo modificado; será descrito posteriormente), o cotovelo, o tornozelo e as articulações interfalângicas (entre as falanges dos dedos das mãos e dos pés) são exemplos de articulações do tipo gínglimo.
Articulações trocóideas
 Na articulação trocóidea, ou articulação pivô, a face arredondada ou pontiaguda de um osso se articula com um anel formado parcialmente por outro osso e parcialmente por um ligamento. A articulação trocóidea é uniaxial porque permite apenas rotação em torno de seu próprio eixo longitudinal. A articulação atlantoaxial, na qual o atlas roda em relação ao áxis e possibilita que a cabeça vire de um lado a outro como quando queremos dizer “não” com a cabeça, e as articulações radiulnares, que possibilitam que as palmas das mãos se voltem anterior e posteriormente quando a cabeça do rádio faz um pivô em relação a seu eixo longo na incisura radial da ulna (ver Figura 9.9H), são exemplos de articulações trocóideas.
Articulações elipsóideas
 Na articulação elipsóidea, ou articulação condilar, a projeção convexa oval de um osso se encaixa em uma depressão oval de outro osso. Uma articulação elipsóidea é biaxial porque os movimentos ocorrem em torno de dois eixos (flexão e extensão e abdução e adução), mais a circundução limitada (lembre­se de que a circundução não é um movimento isolado). As articulações radiocarpais (punho) e metacarpofalângicas (entre os metacarpais e as falanges proximais) do segundo ao quinto dedo são exemplos de articulações elipsóideas.
Articulações selares
 Na articulação selar, a face articular de um osso tem formato de sela e a face articular do outro osso se encaixa na “sela”. Os movimentos que ocorrem na articulação selar são os mesmos da articulação elipsóidea: biaxial (flexãoextensão e abdução­adução) mais circundução limitada. Um exemplo de articulação selar é a articulação carpometacarpal entre o trapezoide do carpo e o metacarpal do polegar.
Articulações esferóideas
 A articulação esferóidea consiste em uma superfície redonda como uma bola de um osso que se encaixa em uma depressão em forma de copo de outro osso. Essas articulações são triaxiais (multiaxial) (flexão­ extensão, abdução­ adução e rotação). As articulações do ombro e do quadril são exemplos de articulações esferóideas. Na articulação do ombro, a cabeça do úmero se encaixa na cavidade glenoidal da escápula. Na articulação do quadril, a cabeça do fêmur se encaixa no acetábulo do osso do quadril.

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