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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
AULA 3
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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
NOÇÕES PROPEDÊUTICAS
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UNIVERSALIDADE – Totalidade dos bens do autor da herança
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LEGÍTIMA – Parte indisponível
quando há herdeiros necessários
[CÁLCULO – excluem-se os débitos
da universalide. O saldo é a legítima]
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SUCESSÃO HEREDITÁRIA (causa mortis) 
CONCEITO E ESPÉCIES
Transmissão dos bens de uma pessoa, em razão de sua morte, aos sucessores legítimos ou testamentários.
Sucessão causa mortis:
a) legítima
b) testamentária
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ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge: direito assegurado à metade da herança (legítima) 
Companheiro é herdeiro necessário?
Na falta de herdeiros necessário: demais herdeiros (colaterais até quarta geração) – possibilidade de testar integralmente o patrimônio
Na falta de herdeiros legítimos ou testamentários, a herança passa ao Poder Público (Município) 
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SUCESSORES:
a) herdeiros legítimos: descendentes, ascendentes, cônjuge, ou companheiro, colaterais até o 4º grau;
b) herdeiros testamentários: instituídos sobre toda a herança ou parte dela; ou legatários de um ou mais bens determinados.
c) capacidade:
	c1) autor da herança: personalidade adquirida
	c2) testador: 16 anos (dispensada assistência)
	c3) herdeiro: personalidade adquirida
	c4) legatário: vivo (abertura sucessão), concebido 		(mediante personalidade adquirida), indicado (ou por 	instituição fundacional)
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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
PETIÇÃO DE HERANÇA E NOVOS HERDEIROS
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PETIÇÃO DE HERANÇA
[...] um sujeito que detém o direito sucessório, como herdeiro legítimo ou legatária, mas, que por razões diversas, não se valeu desta qualidade, tem assistido o direito de buscar seu quinhão da herança [...] (FREITAS, Douglas Phillips. Curso de Direito das Sucessões. Florianópolis: VOXLEGEM, 2007. p 107).
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PRESCRIÇÃO DA PETIÇÃO DE HERANÇA
SÚMULA 149 (STF). É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
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E SE FOR MENOR?
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º;
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
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INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C PETIÇÃO DE HERANÇA
Na investigação de paternidade o espólio é parte ilegítima para a causa, que deve recair sobre os herdeiros, quando falecido o pai, sendo incorreta a citação da viúva do investigado e inventariante do espólio (ac. unânime da 4ª Câmara Cível do TJMG, na Ap. nº 85.566-4, julgada em 5.9.91 - Relator: Des. Francisco Figueiredo; RF, vol.317, p. 254).
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Em se tratando de ação de investigação de paternidade cumulada com petição de herança, a anulação do arrolamento e da partilha dos bens deixados pelo falecido pai da autora - excluída do rol de herdeiros - prescinde do ajuizamento de demanda própria com esse fim, porquanto decorre automaticamente do reconhecimento da filiação alegada, devendo a demandante, assim, ser imitida na posse e propriedade dos bens herdados por pessoa que se encontra em ordem sucessória inferior (AC 2004.011381-1. Des. Joel Figueira Junior. 20/06/07).
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REPRODUÇÃO ASSISTIDA E DIREITO SUCESSÓRIO
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão
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Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: [...]
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido
RESOLUÇÃO CFM nº 1.358/92 - V - CRIOPRESERVAÇÃO DE GAMETAS OU PRÉ-EMBRIÕES 1 - As clínicas, centros ou serviços podem criopreservar espermatozóides, óvulos e pré-embriões. 2 - O número total de pré-embriões produzidos em laboratório será comunicado aos pacientes, para que se decida quantos pré-embriões serão transferidos a fresco, devendo o excedente ser criopreservado, não podendo ser descartado ou destruído. 3 - No momento da criopreservação, os cônjuges ou companheiros devem expressar sua vontade, por escrito, quanto ao destino que será dado aos pré-embriões criopreservados, em caso de divórcio, doenças graves ou de falecimento de um deles ou de ambos, e quando desejam doá-los. 
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E SE NÃO TIVER A AUTORIZAÇÃO OU OUTRO CASO...
Art. 227 (CF/88) [...] 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação
Art. 5 (CF/88). [...] XXX - é garantido o direito de herança;
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CC: PETIÇAO DE HERANÇA
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua.
Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens hereditários.
Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo, fixando-se-lhe a responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222.
Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de aferir pelas regras concernentes à posse de má-fé e à mora.
Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados.
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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
SUCESSÃO ENTRE
CÔNJUGE E COMPANHEIROS
= ASPECTOS LEGAIS E POLÊMICOS =
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UNIÃO ESTÁVEL
= REGIME DE BENS
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
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CASAMENTO X UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
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CONTRATO DE CONVIVÊNCIA
Não contrário a lei e a realidade
Boa-fé objetiva
Agentes capazes e conteúdo lícito
Sem forma pré-estabelecida
Possibilidade de modificação
Subsidiariedade: casamente e contratos
Interpretação de acordo com as regras dos negócios jurídicos
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DIREITO SUCESSÓRIO DO COMPANHEIRO
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
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DIREITOSUCESSÓRIO DO CÔNJUGE
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. 
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
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(IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1790 DO CC = posição A
Se o princípio da igualdade obriga a que se coloque no mesmo plano a família constituída pelo casamento como a que decorre da convivência pública, contínua e duradoura; se o cônjuge é herdeiro, e herdeiro necessário, concorrendo inclusive, com descendentes e ascendentes do falecido, como se pode admitir tamanha discriminação no tratamento conferido aos companheiros? (Zeno Veloso. Direito de família e o novo Código Civil. 2. ed. rev. atua. e ampl. Belo Horizonte: Del Rey: 2003. p. 253) 
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(IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1790 DO CC = posição B
O Código Civil de 2002 procura guindar a união estável ao patamar do casamento civil (art. 226, § 1); ao menos nos seus dois grandes efeitos patrimoniais, isto é, no que diz respeito a alimentos e ao direito sucessório. E o faz com largueza de espírito no art. 1.790. Sem incidir, porém, em excessos que só uma doutrina dominada por excessiva ideologia populista justificaria (Eduardo de Oliveira Leite. apud DELGADO; ALVES, Questões controvertidas, no direito de família e das sucessões. São Paulo: Método: 2005, p. 216).
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(IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1790 DO CC = posição B
O art. 1.790 do novo Código Civil, ao tratar os companheiros de forma diferente dos cônjuges, não é inconstitucional. A sucessão legítima do companheiro, no novo Código Civil, realmente se dá de forma distinta e mais desvantajosa do que aquela reservada ao cônjuge sobrevivente; entretanto, nada há de inconstitucional em mencionada legislação (Francisco Cahali. Família e sucessões no Código Civil de 2002. São Paulo: Revista dos Tribunais: 2004, p. 351)
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(IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1790 DO CC = posição B
A união estável não produz, como pacífico entendimento, efeitos sucessórios e nem equipara a companheira à esposa. Com o matrimônio conhece-se quais os legitimados à sucessão dos cônjuges. Na união estável há regras próprias para a sucessão hereditária. 4. Sob diversos e relevantes ângulos, há grandes e destacadas diferenças conceituais e jurídicas, de ordem teórica e de ordem prática, entre o casamento e a união estável (STJ. EREsp 736627/PR. Rel.: Ministro FERNANDO GONÇALVES. DJe 01/07/2008)
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(IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1790 DO CC = posição A
UNIÃO ESTÁVEL. Sucessão do companheiro pré-morto. Não incidência do art. 1.790 do Cód. Civil. Isonomia com a situação da mulher casada. Prevalência da parte final do inc. I do art. 1.829 do mesmo diploma legal. Provimento em parte (AI 990100099280. Rel.: Roberto Solimene. DJ 18.8.10).
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POSSIBILIDADE DE TESTAR 100% DOS BENS NA UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge 
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. 
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ISONOMIA ENTRE CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL
- não interferência do regime estipulado
A sucessão de pessoas que viviam em união estável até o momento de sua morte não dependerá, para a concorrência do companheiro com os demais herdeiros, da verificação do regime de bens adotado por contrato de convivência, ou mesmo por forma tácita, acatando as regras do regime legal por força de disposição legal supletiva, mas dependerá da origem dos bens que componham o acervo hereditário deixado pelo de cujus. (HIRONAKA, PEREIRA. Direito das sucessões e o novo Código Civil. Belo Horizonte: Del Rey: 2004, p. 99): 
O fato de o contrato entre os companheiros ter alterado a relação patrimonial existente entre eles não altera a regra sucessória prevista no artigo 1790 do CC (TARTUCE; SIMÃO. Curso de direito civil: direito das sucessões. São Paulo: Método: 2007, p. 209). 
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ISONOMIA ENTRE CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL
- caso de início com mais de 60 anos
A separação obrigatória de bens do casal em razão de idade avançada pode ser estendida para uniões estáveis (Resp 1090722. Rel.: Min. Massami Uyeda. DJ 15/4/10)
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: II - da pessoa maior de sessenta anos;
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ISONOMIA ENTRE CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL
- ampliação e isonomia pelo regime (possibilidade)
Não remanesce, para o cônjuge casado mediante separação de bens, direito à meação, tampouco à concorrência sucessória, respeitando-se o regime de bens estipulado, que obriga as partes na vida e na morte. Nos dois casos, portanto, o cônjuge sobrevivente não é herdeiro necessário. Entendimento em sentido diverso, suscitaria clara antinomia entre os arts. 1.829, inc. I, e 1.687, do CC/02, o que geraria uma quebra da unidade sistemática da lei codificada, e provocaria a morte do regime de separação de bens. Por isso, deve prevalecer a interpretação que conjuga e torna complementares os citados dispositivos (STJ. REsp 002749. Min.: Nancy Andrighi. DJ 05/02/10).
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
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DIREITO REAL DE HABITAÇÃO:
bem vinculado à pesoa jurídica
Decisão que acolheu impugnação apresentada por um dos herdeiros Inconformismo - Desacolhimento - Imóvel pertencente à sociedade (pessoa jurídica) firmada entre o de cujus e a companheira-meeira - Bem que não está sujeito à inventariança, por não integrar o patrimônio da pessoa física - Circunstância que afasta o reconhecimento do direito real de habitação (TJSP. AI 9901005489980. Rel.: Gravana Brazil. DJ 04/05/10).
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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
DANO MORTE – DIREITO ACRESCIDA AO ESPÓLIO
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DANO MORTE
RESPONSABILIDADE CIVIL
SUBJETIVA (ART. 927, CAPUT):
ATO ILÍCITO (186 e 187) + CULPA + DANO + NEXO DE CAUSALIDADE
OBJETIVA (ART. 927, PARÁGRAFO ÚNICO)
CASOS DE LEI/ATIVIDADE DE RISCO + DANO + NEXO DE CAUSALIDADE (CULPA É IRRELEVANTE, SALVO EXCLUSIVA)
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TIPOS DE DANO
PATRIMONIAL
(POSITIVO): DANO EMERGENTE
(NEGATIVO): LUCROS CESSANTES 
NÃO PATRIMONIAL (EXTRAPATRIMONIAL)
DANO MORAL (LATO SENSO)
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DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 5, inc. X: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material e moral decorrente de sua violação.
Art. 11 (CC). ... Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis...
São direitos da personalidade previstos:
Vida
Incolumidade física
Incolumidade psíquica
Liberdade
Integridade intelectual
Honra
Imagem
Dignidade da pessoa humana
Patrimônio
Meio-ambiente
Etc...
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DANO MORAL STRICTO SENSU
DANO MORAL
Compensação pela dor, sofrimento, angústia
DANO ESTÉTICO
Compensação pelo aleijão, deformidade, afeiamento
DANO EXISTENCIAL (MOBBING) – ASSÉDIO MORAL
Compensação pelo sofrimento nas relações interpessoais
DANO AFETIVO
Compensação pelo sofrimento nas relações familiares
DANO MORAL AMBIENTAL
Compensação pela perda do direito a um meio-ambiente saudável.
DANO MORAL DA PESSOA JURIDICA
Compensação pelo abalo ao direito de imagem
DANO MORTE
Compensação pela perda da vida
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DANO DA FAMILIA
 X
DANO DAVÍTIMA
HOMICÍDIO (ART. 948):
“No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
DESPESAS DE TRATAMENTO
FUNERAL
LUTO DA FAMÍLIA
ALIMENTOS A QUEM O MORTO DEVIA – ATÉ PROVÁVEL VÍDA DA VÍTIMA
LESÃO OU OFENSA A SAÚDE (ART. 949):
“No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido...”:
DESPESAS DE TRATAMENTO
LUCROS CESSANTES ATÉ O FIM DA CONVALESCENÇA
ALÉM DE OUTRO PREJUÍZO QUE O OFENDIDO PROVA HAVER SOFRIDO
AMBOS CUMULADOS COM DANO MORAL, ESTÉTICO, ETC.
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DANO MORTE: CONCEITO
Dano Morte é o dano não patrimonial, indenizável, decorrente da perda da vida do sujeito de direito, reclamado e pago ao seu espólio.
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DANO MORAL (LATO SENSU)
X DANO MORTE
Dano moral [lato sensu] é todo dano não patrimonial (Maria Helena Diniz)
Dano moral [stricto sensu] é o sofrimento, a dor, aquilo que não é mensurável (Clayton Reis)
O fundamento teleológico do dano morte é a perda da vida, não a dor (Sérgio Severo)
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DANO MORAL
X DANO MORTE
DANO MORAL
AUTOR DA AÇÃO: MÃE, FILHO, ESPOSO(A), COMPANHEIRO(A), ETC.
OBJETO: DANO MORAL – SOFRIMENTO PELA PERDA DO ENTE QUERIDO
BENEFICIÁRIO: AUTOR DA AÇÃO
DANO MORTE
AUTOR DA AÇÃO: ESPÓLIO DA VÍTIMA (DE CUJUS)
OBJETO:
DANOS PATRIMONIAIS
DANOS NÃO PATRIMONAIS
(MORAL – SOFRIMENTO EM VIDA (SALVO, MORTE IMEDIATA)
ESTÉTICO – SÓ SE JÁ INGRESSARA COM A AÇÃO EM VIDA
 MORTE – PERDA DA VIDA
BENEFICIÁRIO: ESPÓLIO – CONSEQUENTEMENTE OS HERDEIROS
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DANO MORTE NO DIREITO COMPARADO
ARGENTINA
URUGUAI
ITÁLIA
FRANÇA
JAPÃO
CHINA
PORTUGAL
ENTRE OUTROS PAÍSES
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JURISPRUDÊNCIA ESTRANGEIRA
URUGUAI (Tribunal de apelaciones em lo civil de 6 turno. Sentencia n. 160. Relator: Dr. Felipe Hounie. 30/08/2000).
Traduzido: “Dano mortal, dano biológico e dano por perdida a chance de viver... Idêntica apreciação [e indenização] merece o dano por perdida a chance de viver”.
PORTUGUAL (Número Convencional JSTJ000. Relator: Neves Ribeiro. 16/06/2005).
Traduzido: “O direito à indenização por danos não patrimoniais sofridos pela vítima, antes de falecer, e o dano decorrente da da sua perda do direito à vida, ambos em consequencia de acidente de aviação, cabe em conjunto.”
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DANO MORTE NO DIREITO BRASILEIRO
Decisão unânime do STJ:
Ementa: Responsabilidade civil. Ação de indenização em decorrência de acidente sofrido pelo de cujus. Legitimidade ativa do espólio. 1. Dotado o espólio de capacidade processual, tem legitimidade ativa para postular em Juízo a reparação de dano sofrido pelo de cujus, direito que se transmite com a herança. 2. Recurso especial conhecido e provido.
Resumo estruturado: LEGITIMIDADE ATIVA, ESPOLIO, AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, DANO MORAL, DANO MATERIAL, VITIMA, DE CUJUS, CARACTERIZAÇÃO, DEFESA, DIREITO PATRIMONIAL, TRANSMISSÃO, HERANÇA, EXISTENCIA, CAPACIDADE PROCESSUAL.
Processo: RESP 343654 / SP; RECURSO ESPECIAL 2001/0101096-8. Rel.: Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO. Julgamento: 06/05/2002. 
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ASPECTOS PROCESSUAIS
Art. 943 (CC): O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Art. 12 (CC): Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
		Parágrafo único: Em se tratando de morte, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
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QUEM RECEBERÁ A INDENIZAÇÃO?
Art. 1784 (CC): Aberta a sucessão, transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários
Art. 1788 (CC): Morrendo a pessoa sem testamento, transmite-se a herança aos herdeiros legítimos
Art. 1796 (CC): No prazo de [60 - sessenta] dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio hereditário... (alteração decorrente da Lei 11.441/07)
Art. 1798 (CC): Legitima-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão
Art. 1997 (CC): A herança responde pelo pagamento das dividas do falecido...
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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
INVENTÁRIO E PARTILHA
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COMO SE DÁ A TRANSMISSÃO DOS BENS
 JUDICIAL: Processo de Inventário e Partilha EXTRAJUDICIAL: Escritura pública de inventário e partilha (lei 11.441/07) PARTILHA: Post mortem: a) judicial; b) amigável Em vida: a) por testamento; b ) por doação 
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INVENTÁRIO E PARTILHA - EXTRAJUDICIAL
Art. 982. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário.
Parágrafo único. O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
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SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
PREVALECE A VONTADE DO TESTADOR
ESPÉCIES DE TESTAMENTO:
ORDINÁRIOS: PÚBLICO, CERRADO E PARTICULAR
ESPECIAIS: MARÍTIMO, AERONÁUTICO E MILITAR
PARA PEQUENAS DISPOSIÇÕES: CODICILO
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TESTAMENT0
ESPÉCIES DE TESTAMENTO: 
ordinários: 
- público, cerrado e particular 
b) especiais:
- marítimo, aeronáutico e militar (excepcional: militar nuncupativo)
Mais: codicilo - para disposições de pequeno valor
Ato de última vontade, mediante instrumento escrito, com as formalidades da lei, para transmissão dos bens ou outras disposições para valerem depois da morte do testador.
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FACILITAÇÃO DOS TESTAMENTOS
*REDUÇÃO DE TESTEMUNHAS 
*T. PARTICULAR até SEM TESTEMUNHAS,
*MEIOS MECÂNICOS
IMPOSIÇÃO DE VÍNCULOS: inalienabilidade, incomunicabilidade, impenhorabilidade
* Para os herdeiros necessários: SÓ COM JUSTA CAUSA
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- Direito real de uso e gozo da coisa, que pode ser destacado da propriedade
Convencional, ou legal
Convencional: por doação ou por testamento
Vitalício ou temporário
Extinção por morte ou a data certa
- 
USUFRUTO
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OUTRAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS....
RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO
CONCESSÃO DE ALIMENTOS
ESCOLHA DE TUTOR/GUARDIÃO
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NOVIDADES EM
DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES
FAMÍLIA X EMPRESA
(MEAÇÃO E PARTILHA)
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REGIME DE BENS E O
DIREITO DE EMPRESA
 SOCIEDADE ENTRE CÔNJUGES: é possível aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não sejam casados no regime da comunhão universal de bens, ou no
 da separação obrigatória
 
	Ressalva: Contratos celebrados na vigência do CC de 1916.
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MEAÇÃO E PARTILHA
 = cota social em empresa (subsociedade)
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE COMERCIAL C/C PEDIDO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E HAVERES. MULHER CASADA QUE PRETENDE A MEAÇÃO DAS COTAS SOCIAIS DO VARÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA CARACTERIZADA. PARTILHA DE BENS COMO VIA ADEQUADA. Não tem legitimidade ativa para pedir a dissolução da sociedade comercial a esposa de um de seus sócios que não tem participação societária direta na empresa. A pretendida meação das cotas sociais do marido deve ser incluída na partilha de bens do casal, até porque poderá ser sócia do marido, em suas cotas, mas não da sociedade (TJSC. AC 878659-SC. Rel.: Carlos Prudencio. DJ 9/6/1998). 
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MEAÇÃO E PARTILHA
 = cota social em empresa (subsociedade)
AÇÃO DE SEPARAÇÃO CONSENSUAL - PARTILHA DE QUOTAS DE SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - DETERMINAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DA METADE DAS QUOTAS PERTENCENTES AO VARÃO PARA A MULHER - INADMISSIBILIDADE - FORMAÇÃO APENAS DE UMA SUBSOCIEDADE - SITUAÇÃO QUE NÃO AUTORIZA A INCLUSÃO DA ADQUIRENTE COMO SÓCIA DA EMPRESA - EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA CONTRATUAL QUE PROÍBE OS SÓCIOS DE TRANSFERIR SUAS QUOTAS SEM A EXPRESSA CONCORDÂNCIA DOS DEMAIS - INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 334, DO CÓDIGO COMERCIAL E 1.388, DO CÓDIGO CIVIL (TJSC, AI. Relator: Des. Carlos Prudêncio)
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MEAÇÃO E PARTILHA
 = exibição da movimentação da empresa
MANDADO DE SEGURANÇA REQUERIDO POR SOCIEDADEPOR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, NA QUALIDADE DE TERCEIRO PREJUDICADO, VISANDO A CASSAR DECISÃO QUE, EM MEDIDA LIMINAR, DETERMINOU A VERIFICAÇÃO CONTABIL DE LIVROS E DOCUMENTOS FISCAIS DA IMPETRANTE.- EXAME CONTABIL QUE TEM ASSENTO NO ART. 382 DO CPC, CUJO OBJETIVO E A SEGURANÇA DA PARTILHA DE BENS DECORRENTE DA DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE CONJUGAL. LEGALIDADE DA MEDIDA. - RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO (STJ, RMS 2618/SP, Rel. Ministro ANTONIO TORREÃO BRAZ, QUARTA TURMA, julgado em 24.05.1994, DJ 01.08.1994 p. 18650). 
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MEAÇÃO E PARTILHA
 = cota social em empresa (rendimento)
MEDIDA CAUTELAR INOMINADA - LIMINAR VISANDO O RECEBIMENTO DE METADE DOS LUCROS E DIVIDENDOS AUFERIDOS PELO REQUERIDO, OURIUNDOS DE SUA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM EMPRESA - CABIMENTO - EMPRESA REQUERIDA QUE DEVE PROVIDENCIAR O DEPÓSITO DO VALOR CORRESPONDENTE À METADE DA RENDA QUE SERIA DESTINADA AO REQUERIDO - MEDIDA QUE VISA PRESERVAR EVENTUAIS INTERESSES PATRIMONIAIS DA AGRAVANTE. DECISÃO REFORMADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO (TJSP. AI 994090379411. Rel.: Neves Amorim. DJ 12/04/10)
*
MEAÇÃO E PARTILHA
 = cota social em empresa (responsabilidade do sócio e não da sociedade)
Diante das novas disposição introduzidas pelo Código Civil de 2002, fica evidente que a “meeira das cotas” não pode obrigar a sociedade, quer a aceitá-la em seus quadros, face a ineficácia da transação perante a pessoa jurídica nos termos do art. 1.003 do CC/2002, quer a apurar e consequentemente pagar os direitos societários que aquela adquiriu perante o ex-cônjuge (art. 1.027 do CC/2002), devendo aguardar a liquidação integral da sociedade ou das cotas titularizadas pelo último. De todo modo, tal entendimento não constitui óbice ao levantamento do efetivo valor patrimonial das cotas partilhadas e titularizadas pela ex-mulher do sócio, pois a ela, inegavelmente, compete o direito de apurar o quantum correspondente aos direitos que adquiriu. E, apurada a quantia, embora a meeira nada possa exigir das sociedades, poderá postular o adimplemento pelo ex-marido, ou, ainda, alienar os aludidos direitos a terceiros, eventualmente interessados na respectiva aquisição (TJSC. AI 2006.025470-4. Des. Rel.: Marco Aurélio Gastaldi Buzzi. DJ 22.11.2007) 
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BEM DE FAMÍLIA
Imóvel residencial da família ou parte do patrimônio familiar (até 1/3), podendo abranger valores mobiliários, para proteção dos beneficiários, mediante sua impenhorabilidade com relação a certos créditos.
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BEM DE FAMILIA CONVENCIONAL (CC):
Parte do patrimônio (até 1/3), prédio residencial ou valores mobiliários:
impenhorabilidade, salvo de tributos relativos ao prédio ou despesas de condomínio até o valor do prédio;
inalienabilidade
Por escritura pública ou testamento, com registro do título no Registro de Imóveis
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BEM DE FAMÍLIA LEGAL (lei 8090):
Imóvel residencial do casal ou da entidade familiar, independente de qualquer formalidade: 
impenhorabilidade, salvo créditos trabalhistas, créditos para financiamento do imóvel, pensão alimentícia, débitos fiscais, hipoteca do imóvel, aquisição com produto de crime, fiança de contrato de locação.
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 VENDA DE BENS PELO EMPRESÁRIO CASADO: 
 O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou grava-los de ônus real.
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Em que consiste:
a organização em vida da divisão do patrimônio entre os herdeiros e o estabelecimento de mecanismos de administração desse patrimônio.
Planejamento Sucessório
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Por que planejar a sucessão?
Evitar disputas futuras entre herdeiros
Continuidade empresarial: atribuição da administração do negócio empresarial a determinado herdeiro ou a administradores profissionais
Constituição de renda para os herdeiros
Rapidez na transmissão do patrimônio aos herdeiros;
 e redução do montante do patrimônio a inventariar no futuro.
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INSTRUMENTOS
 Doação: transmissão gratuita de bens ou direitos; 
 em antecipação da herança: doação em adiantamento de legítima
 sem antecipação de herança: doação com dispensa de colação
 com ou sem gravames: incomunicabilidade, inalienabilidade e impenhorabilidade.
 Usufruto: segregação da propriedade do bem da sua posse, administração ou gozo dos frutos;
doador pode reservar para si o usufruto dos bens doados: renda de aluguéis de imóveis, dividendos de participações societárias, direitos políticos (direito de voto) das ações ou quotas de sociedades, etc. 
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TESTAMENTO E INVENTÁRIO
Testamento: disposição sobre partilha patrimonial para valer depois da morte.
 limitada à parte disponível (50% do patrimônio);
 pode ser realizada com dispensa de colação;
 Administração do patrimônio durante o inventário: como regra, cabe ao cônjuge e, somente na hipótese daquele não poder ser nomeado, o inventariante será o herdeiro que estiver na posse e administração dos bens.
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Limitações ao planejamento sucessório
 Vedação à renuncia sobre herança futura;
Doações inoficiosas: que ultrapassam a parte disponível do doador (50% do patrimônio);
Nulidade da doação de todos os bens, sem reserva de parte ou de renda para sua subsistência.
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Custos: Inventário x Doação
 ITCMD e IR.
 A partilha de patrimônio em inventário fica sujeita ainda a custas judiciais de 1% sobre o valor do monte, limitado a R$ 40 mil (inventários no Estado de São Paulo).
 A transmissão de bens imóveis em integralização de capital de empresas (Holding) pode estar sujeita ao ITBI. 
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ITCMD 
 Imposto estadual incidente sobre a transmissão causa mortis e doações de quaisquer bens ou direitos, inclusive dinheiro;
Base de cálculo: valor venal dos bens ou direitos transmitidos
 Doação com reserva de usufruto: 2/3 do valor venal 
 Alíquota: no Estado de São Paulo a alíquota do ITCMD é de 4%.
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IMPOSTO DE RENDA
VALOR DECLARADO DOS BENS (VENAL, OU DE MERCADO, MEDIANTE AVALIAÇÃO): 
 Se a transferência for efetuada com base no valor constante na Declaração, não há IR. 
 Se a transferência for efetuada com base no valor de mercado, a diferença a maior entre o valor de mercado e o valor da declaração será considerado ganho de capital, sujeito ao IR à alíquota de 15%.
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ITBI
Imposto municipal incidente sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, bem como cessão de direitos a sua aquisição
Contribuinte: (i) nos casos de transmissão inter vivos: adquirentes e (ii) nos casos de cessão de direitos: cedentes;
Base de cálculo: valor venal dos bens ou direitos transmitidos, conforme tabela divulgada periodicamente pelo Município (possibilidade de questionamento judicial dos valores fixados); 
Alíquota: 2% (conforme o município)
Não incidência na contribuição de imóveis para integralização de capital de empresa, exceto se se tratar de empresa imobiliária (compra e venda de imóveis, loteamento, locação, etc).
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Resumo dos custos fiscais
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FATORES A CONSIDERAR
 Objetivos pretendidos pelo titular do patrimônio: parcela do patrimônio que caberá a cada herdeiro, conforme sua vocação; constituição de renda para determinados herdeiros; delegação da gestão da empresa a administradores profissionais; etc. – portanto, o planejamento tem que ser feito caso a caso
Análise dos ativos que compõem o patrimônio - Existem três grandes grupos de ativos: (i) imóveis; (ii) participações em sociedades; e (iii) aplicações financeiras.
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Planejamento Sucessório com imóveis de renda
Criação de uma empresa mediante conferência dos imóveis para formação do seu capital e posterior doação das quotas aos herdeiros com reserva de usufruto para o doador.
O fator determinante para esse planejamento é a economia fiscal proporcionada pela tributação dos aluguéis pelo lucro presumido (aprox. 14,5% x 27,5% na pessoa física);o encargo do ITBI é compensado pela economia de IR.
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Planejamento Sucessório com aplicações financeiras
 Constituição de fundo de investimento exclusivo (Instrução CVM nº 409) para gestão dos recursos financeiros do titular patrimônio, com a integralização das quotas desse fundo com os referidos recursos. 
As quotas podem ser doadas com reserva de usufruto para o titular do patrimônio, de modo que em vida ele continua gerindo os recursos e auferindo os ganhos proporcionados pelas aplicações financeiras.
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Planejamento Sucessório com participações societárias
 Transformação da empresa de sociedade limitada para sociedade anônima; doação com reserva de usufruto das ações ordinárias aos filhos com vocação e experiência para gestão da empresa e as preferenciais para os demais herdeiros.
Elaboração de acordo de acionistas estabelecendo quorum qualificado (incluindo as preferenciais) para aprovação de determinados matérias relacionadas com o funcionamento da empresa
 
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DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - disregard
FRAUDE CONTRA HERDEIROS/MEEIROS

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