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Análise Organizacional - Introdução

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ANALISE ORGANIZACIONAL – 2º Período. 
ORGANIZAÇÃO 
Em administração, a palavra organização pode assumir dois significados. 
O primeiro deles é o de entidade social, dirigida para objetivos específicos e deliberadamente 
estruturada. A organização é uma entidade social porque é constituída por pessoas; é dirigida 
para objetivos porque é desenhada para alcançar resultados — como gerar lucros (empresas em 
geral) ou proporcionar satisfação social (clubes) etc., é deliberadamente estruturada pelo fato de 
que o trabalho é dividido e seu desempenho é atribuído aos membros da organização. 
Nesse sentido, a palavra organização significa um empreendimento humano moldado 
intencionalmente para atingir determinados objetivos. Essa definição se aplica a todos os tipos de 
organizações, sejam elas lucrativas ou não, como empresas, bancos, financeiras, hospitais, 
clubes, igrejas etc. Dentro desse ponto de vista, a organização pode ser visualizada sob dois 
aspectos: 
Organização formal. É a organização baseada em uma divisão de trabalho racional que 
especializa órgãos e pessoas em determinadas atividades. É a organização planejada definida no 
organograma, sacramentada pela direção e comunicada a todos por meio dos manuais de 
organização. É a organização formalizada oficialmente, com deveres e obrigações com a 
sociedade em geral, constituída de fato e de direito. 
Organização informal. É a organização que emerge espontânea e naturalmente entre os 
ocupantes de posições na organização formal e a partir dos relacionamentos humanos como 
ocupantes de cargos. Forma-se a partir das relações de amizade (ou de antagonismos) e do 
surgimento de grupos informais que não aparecem no organograma ou em qualquer outro 
documento formal. 
Em outro significado, descrevemos organização como a segunda função administrativa, mas que 
mesmo assim, depende do planejamento, da direção e do controle para formar o processo 
administrativo. 
Nesse sentido, organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os 
órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer suas atribuições e as relações entre eles. 
Assim, definimos que uma estrutura organizacional consiste em: 
- Determinar as atividades necessárias ao alcance dos objetivos planejados (especialização); 
- Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização); 
- Designar as atividades às pessoas específicas (cargos e tarefas). 
Desta forma, a estrutura organizacional refere-se ao modo como as atividades de uma 
organização são divididas, organizadas e coordenadas. 
A função organizar, é uma atividade básica da administração que serve para agrupar e estruturar 
todos os recursos – humanos ou não-humanos – para atingir os objetivos predeterminados, 
sendo composta pelos seguintes elementos: tarefas, pessoas, órgãos e relações. 
Tarefas: O trabalho a ser realizado em uma empresa é dividido, e esta divisão provoca a 
especialização de atividades e funções, que se subdividem em tarefas que por sua vez, devem 
estar em consonância com os objetivos da organização. 
Pessoas: Cada pessoa é designada para ocupar um cargo, que é parte específica do trabalho 
global. 
Órgãos: Conhecidas as tarefas e as pessoas, estes são agrupados em órgãos, com base em 
características ou objetivos similares. Os órgãos são dispostos em níveis hierárquicos e em áreas 
de atividades e dependendo da ligação direta ou indireta com os objetivos da empresa são 
denominados órgãos de linha ou staff. 
Relações: É este um dos conceitos mais importantes dentro da organização, que envolve as 
relações entre ela e seus órgãos; entre as pessoas com relação ao seu trabalho; entre uma 
pessoa com outras situadas em setores diferentes da empresa e entre os participantes da 
organização em situações fora do trabalho (relações informais). 
Abrangência da organização 
A organização pode ser feita em três níveis: 
Organização a nível Institucional: É o chamado desenho organizacional, que abrange a 
empresa como um todo, podendo assumir três características – organização linear, organização 
funcional e organização do tipo linha staff. 
 Organização linear - É a estrutura organizacional mais simples e antiga, baseada na 
autoridade linear. A autoridade linear é uma decorrência do princípio da unidade de 
comando: significa que cada superior tem autoridade única e absoluta sobre seus 
subordinados e que não a reparte com ninguém. A organização linear ou estrutura linear 
tem suas origens na organização dos antigos exércitos e na organização eclesiástica dos 
tempos medievais. Entre o superior e os subordinados existem linhas diretas e únicas de 
autoridade (que significa o dire ito organizacional de exigir o cumprimento de ordens e 
execução de tarefas) e de responsabilidade (que significa o dever ou incumbência de 
seguir ordens e executar tarefas). Devido a estas linhas de autoridade e responsabilidade 
ocorre a cadeia escalar. Mais recentemente, nota-se que à medida que as empresas 
crescem e o seu ambiente se torna mutável e competitivo, aumenta consideravelmente a 
necessidade de órgãos especializados capazes de proporcionar conselhos e inovações 
rápidas e substanciais. Essa flexibilidade indispensável à organização competitiva e 
inovadora é um dos principais fracassos da estrutura linear. Esta somente funciona em um 
ambiente estável e rotineiro. 
 Organização funcional - A organização funcional é a estrutura organizacional que aplica o 
princípio funcional ou princípio da especialização das funções. O staff (ou assessoria 
funcional) decorre desse princípio, que separa, distingue e especializa. Na Antigüidade, o 
staff era constituído de chefes homéricos que aconselhavam os reis da Grécia e do 
conselho dos sábios que assessoravam os reis anglo-saxões. Taylor foi um dos 
defensores da organização funcional ao defrontar-se com o excessivo e variado volume de 
atribuições concentradas nos mestres de produção de uma siderúrgica americana que 
adotava a organização linear. Achava que a especialização do operário deveria ser 
acompanhada pela especialização dos supervisores e da gerência por meio da estrutura 
funcional. 
 Linha Staff (assessoria) - Com o crescimento e complexidade das tarefas das empresas, a 
estrutura linear mostrou-se insuficiente para proporcionar eficiência e eficácia. As unidades 
e posições de linha (que têm autoridade linear) passaram a se concentrar no alcance dos 
objetivos principais da empresa e a delegar autoridade sobre serviços especializados e 
atribuições marginais a outras unidades e posições da empresa. Assim, as unidades e 
posições de linha se livraram de uma série de atividades e tarefas para se dedicarem 
exclusivamente aos objetivos básicos da empresa, como produzir, vender etc. As demais 
unidades e posições da empresa que receberam aqueles encargos passaram a 
denominar-se assessoria (staff), cabendo- lhes a prestação de serviços especializados e 
de consultoria técnica, influenciando indiretamente o trabalho dos órgãos de linha por meio 
de sugestões, recomendações, consultoria, prestação de serviços como planejamento, 
controle, levantamentos, relatórios etc. Assim, os órgãos de staff assessoram os órgãos de 
linha por meio de sua especialização técnica. Enquanto os especialistas de staff se 
aprofundam em um determinado campo de atividades, os gerentes de linha tornam-se os 
detentores da hierarquia da organização. 
Organização a nível Intermediário: É o chamado desenho departamental ou simplesmente 
departamentalização, que abrange cada departamento da empresa. 
Organização a nível Operacional: É o chamado desenho dos cargos ou tarefas que focaliza 
cada tarefa especificamente. É feito pela descrição e análise dos cargos. Odiagrama abaixo 
ilustra as abrangências citadas. 
 
A Estrutura Organizacional 
A estrutura organizacional refere-se ao modo como as atividades de uma organização são 
divididas, organizadas e coordenadas. A descrição de Ernest Dale, na qual o processo de 
organização é composto de cinco etapas, proporciona um bom arcabouço para essa discussão. 
1. Listar o trabalho que precisa ser feito para alcançar os objetivos da organização. Por 
exemplo, o objetivo de um hospital – cuidar dos doentes – envolve tarefas que vão da compra de 
equipamentos e suprimentos até a contratação de pessoal e a busca de credenciamento, ou o 
reconhecimento, por parte de várias organizações profissionais. 
2. Dividir o trabalho : Dividir a carga total de trabalho em tarefas que possam ser realizadas 
lógica e confortavelmente por indivíduos ou grupos. 
3. Departamentalizar: Combinar as tarefas de modo lógico e eficiente promovendo o 
agrupamento de empregados e tarefas 4. Coordenar: É a integração dos esforços dos 
indivíduos, grupos e departamentos, facilitando o alcance dos objetivos. 
5. Monitorar a eficácia da estrutura organizacional e fazer os ajustes necessários. 
 
Divisão do trabalho 
Adam Smith observou que a grande vantagem da divisão do trabalho era que, partindo o trabalho 
total em operações pequenas, simples e separadas, nas quais cada trabalhador pudesse se 
especializar, a produtividade total se multiplicava geometricamente. 
Hoje em dia utilizamos o termo divisão do trabalho, ao invés de divisão de mão-deobra, para dizer 
que todas as tarefas organizacionais, desde a fabricação até a administração, podem ser 
especializadas. Outro termo utilizado é especialização de tarefas. Muitas pessoas acreditam que 
o surgimento da civilização pode ser atribuído a essa especialização, que deu à humanidade 
recursos para desenvolver a arte, a ciência e a educação. 
Porque a divisão do trabalho aumenta tanto a produtividade? A resposta é que nenhum indivíduo 
é física ou psicologicamente capaz de realizar todas as operações que compõem a maioria das 
tarefas complexas – mesmo presumindo que uma pessoa pudesse adquirir todas as capacidades 
especializadas para isso. Por outro lado, a divisão do trabalho cria tarefas simplificadas que 
podem ser aprendidas e completadas de forma relativamente rápida. Além disso, ela cria uma 
variedade de empregos, permitindo que as pessoas escolham ou sejam alocadas em posições 
que combinem com seus talentos e interesses. 
Especialização de tarefas – Divisão do trabalho em tarefas padronizadas e relativamente 
simples 
A especialização de tarefas também tem suas desvantagens. Se as tarefas são divididas em 
passos pequenos e separados, e se cada trabalhador é responsável por apenas um passo, a 
alienação – a ausência de sensação de controle sobre o próprio trabalho – pode surgir facilmente. 
Karl Max construiu sua teoria da economia socialista em parte sobre a alegação de que a divisão 
de trabalho fazia com que os trabalhadores perdessem o orgulho pelo seu trabalho. Num nível 
mais prático, o tédio e o absenteísmo podem crescer quando uma tarefa especializada se torna 
repetitiva e pessoalmente insatisfatória.

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