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AD2 IZO

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AD2 Introdução a Zoologia
Marta Schmitt Moreira mat. 18111020133
Polo São Gonçalo
Questão 1
	O grupo dos lofoforados foi criado com base na presença de lofóforos, que são uma coroa de tentáculos com origem mesossomal, formado pelos filos Bryozoa, Phoronida e Braquiopoda, entretanto com estudos recentes de filogenia molecular e morfológica pode-se observar que o lofóforo não é homólogo nos três grupos. Em Bryozoa os tentáculos possuem cílios laterais compostos por células multiciliadas, ausência de vaso hemal longitudinal e ao que os estudos indicam sem origem mesossomal, já os Phoronida e Brachiopoda os tentáculos apresentam células monociliadas, possuem vaso hemal longitudinal e a origem é mesossomal. Assim passam a indicar polifilia a partir do momento em que apresentam diferença mesossomal da origem do lofóforo, deixando de ser um grupo monofilético, assumindo a forma de grupo artificial. Este grupo possui filogenia muito controversa que ainda não foi totalmente equacionada. Dessa maneira o filo Bryozoa mediante avaliação das suas características apresenta semelhanças tanto com os protostômios quanto com os deuterostômios sendo considerado por alguns autores como um intermediário entre os dois. De acordo com Fransozo & Fransozo(2017) “análises moleculares tendem a colocá-lo junto aos protostômios. O filo pertence ao grupo Lophotrochozoa juntamente com Anellida, Mollusca, Brachiopoda, Phoronida, Nemertea, Entoprocta, Cycliophora e Sipuncula, ocorrendo na base do grupo. O grupo irmão também varia entre os diferentes estudos filogenéticos, podendo ser Brachiopoda+Phoronida, ou Entoprocta+Cycliophora”.
	Dentro desta outra possibilidade filogenética também decorrem controvérsia entre as classes, de forma que Stenolaemata e Gymnolaemata que antes eram consideradas monofiléticas já não são mais consideradas grupos naturais, a classe Phylactolaemata é monofilética e considerada a mais basal entre as três, e grupo-irmão dos Gymnolaemata e da maioria dos Stenolaematas; por outro lado, pesquisas mostram que Phylactolemata é mais próximo dos foronídeos e braquiópodas (ibid).
	Desta maneira, percebe-se que as pesquisas para a descoberta de um grupo natural permanecem a medida em que as tecnologias permitem a identificação e origem das estruturas das espécies, trazendo sempre novas descobertas e consequentemente novos rearranjos nas árvores filogenéticas.
Questão 2
	Nos esqueletos hidrostáticos a musculatura atua sobre os fluidos, como estes tem característica de serem incompressíveis (possuem compressão desconsideráveis), seu volume na cavidade animal permanece constante, reagindo à pressões resultantes de atividades musculares promovendo locomoção nos animais.
	Nas minhocas as contrações musculares ocorrem em forma de ondas, com os metâmeros em diferentes estágios de contração (cada metâmero controla as contrações musculares e pressões interna sobre o fluido do celoma compartimentalizado). A locomoção se dá apenas sobre substrato onde a minhoca rasteja através de ondas retrógradas (sentido contrário ao movimento) com a ação antagônica das musculaturas circular (são anéis ao redor do corpo) e longitudinal (ao longo do corpo), ou seja no metâmero que contrai a musculatura circular relaxa ao mesmo tempo a musculatura longitudinal e opostamente em outro metâmero, realizando contrações coordenadas, de forma que ao visualizar a sua locomoção a minhoca “encolhe” num ponto enquanto “alonga” no outro, esse efeito ocorre pois a musculatura circular pressiona o celoma afinando o metâmero e afastando suas extremidades e ao mesmo tempo em outro segmento a musculatura longitudinal contrai deixando o segmento mais espesso, aproximando as extremidades, nessas porções são projetadas cerdas que fixam a minhoca no substrato. Através desse mecanismo de contrações antagônicas e coordenadas a minhoca é projetada para frente resultando na sua locomoção. 
Questão 3
	Os onychophoros são invertebrados de corpo mole dotados internamente de um sistema muscular composto por musculaturas circulares, longitudinais, músculos oblíquos e músculos dorso ventrais que compartimentalizam partes do corpo denominada hemocele, por onde flui a hemolinfa. Sua sustentação ocorre pela formação de um esqueleto hidrostático a partir da contração ordenada dessa musculatura contra a hemocele.
Questão 4
	O número de branquias nesses crustáceos foram reduzidas, e como as branquias precisam se manter sempre úmidas pois são semelhantes as folhas de um livro e colabam quando ficam secas diminuindo a troca gasosa precisam manter-se em ambiente extremamente úmido, em contrapartida não pode mais ficar submerso pois com a redução das branquias não possui mais área suficiente necessária para absorção de oxigênio no meio aquático, visto que este ambiente tem concentração de apenas 1% de oxigênio enquanto o ambiente aéreo possui 21% aproximadamente. 
Questão 5
	Volume e pressão são grandezas inversamente proporcionais, a cada 10 metros de profundidade a pressão aumenta em 1 atm. Desta maneira, quando aumenta a pressão sobre um determinado volume o mesmo diminui e vice-versa. Quando um peixe está a 30 metros de profundidade a pressão em sua bexiga natatória aumenta em 3 vezes, diminuindo seu volume de forma inversamente proporcional, assim quando ele sobe na coluna d’água, o volume da bexiga se expande pois a pressão diminui. Segundo Fava (2015) a bexiga natatória é um divertículo faríngeo preenchido por gases que tem origem na porção dorsal da faringe, podendo ou não manter contato com ela. Quando há contato com a faringe a bexiga natatória é preenchida por gás engolido pela boca, quando não tem contato com a faringe é preenchida através da difusão de gases vinda do sangue através de regiões altamente vascularizadas. Assim a bexiga natatória tem a função de auxiliar peixes nectônicos a se locomoverem nas diferentes profundidades ajustando a relação entre a pressão interna do peixe á pressão externa do meio mediante expansão e contração do seu volume. Para um peixe subir de 30 para 10 metros, ele absorve gases vindos do sangue para a bexiga natatória expandindo seu volume aumentando sua flutuabilidade.
Bibliografia:
FAVA, Danilo. Controle de flutuação nos peixes ósseos. Nens e Video/Blasting News Brasil. Disponível em:<http//:br.blstingnews.com/ambiente/2015/controle-de-flutuacao-nos-peixes-osseos-.html> Acesso em: 27/10/2019.
JUNIOR, Nelson Ferreira; PAIVA, Paulo Cesar de. Introdução a Zoologia. Vol. único, 3° ed. Fundação CECIERJ: Rio de Janeiro. 2018.
FRANSOZO, Adilson; NEGREIROS-FRANSOZO, Maria Lucia. Zoologia dos Invertebrados. 1° ed. Rio de Janeiro: Ed Roca, 2017

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