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Aula 8-Ergonomia-Trabalho por Turnos e Noturno

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Trabalho por Turnos e 
Noturnos
Fta. Milena Alves Medrado
O Problema
 Interesse econômico;
 Problema fisiológico;
 Efeitos sociais;
 Para Ergonomia: fazer com que o 
trabalho por turnos seja menos 
desvantajoso para a saúde e para a 
vida social.
Ritmos Circadianos e 
Trabalhos Noturno
 Ritmo circadiano e ritmo biológico;
 Existe um ritmo endógeno, que fica em 
funcionamento e são diferentes 
individualmente e movimentam-se 
geralmente entre 22 e 25 hs;
 Os ritmos circadianos endógenos são 
sincronizados normalmente por diferentes 
sinalizadores de horários num ritmo de 24 hs.
Sinalizadores de Horários
 A alternância do dia e da noite;
 Os contatos sociais;
 O trabalho;
 O conhecimento da hora do dia;
 O ciclo sono-vigília
Funções que Mostram um 
Ritmo Circadiano
 Sono;
 Capacidade de produção;
 Inúmeros processo regulados 
vegetativamente como:
●metabolismo;
●temperatura corpórea;
●freqüência cardíaca;
●pressão sanguínea.
Efeitos dos Ritmos Circadianos
 Durante o dia todos os órgãos e 
funções estão preparados para a 
produção.
 Durante a noite as atividades da 
maioria dos órgão estão amortecidas.
O Sono Normal
 Função mais importante dependente do 
ritmo circadiano;
 Pré requisito indispensável para a 
saúde; bem-estar e capacidade de 
produção;
 Duração de +/- 8 hs;
 A duração do sono é influenciada pela 
idade;
 O sono apresenta 5 estágios diferentes.
Estágios do Sono
 Adormecimento;
 Sono confirmado;
 Sono profundo;
 Sono REM.
Estágios do Sono
 Estágio 1: 
Ondas de pequena amplitude. 
Fase de início do sono.
Tempo: entre 1 e 7 min.
 Estágio 2:
Ondas de pequena amplitude.
“Fuso do sono”.
É ainda um estágio de sono superficial. 
Perfaz 50% do tempo total do sono.
Estágios do Sono
 Estágio 3:
Aumentam as amplitude das ondas e 
diminui a freqüência (ondas cerebrais 
lentas);
Corresponde ao período de maior 
relaxamento físico;
Máxima secreção de hormônio 
somatotrófico;
Sono profundo.
Estágios do Sono
 Estágio 4:
Mais de 50% das ondas abaixo de 2 Hz;
Maior sincronização;
É o estágio do sono mais profundo.
 Estágio REM:
Semelhante ao estágio 1;
Sonhos freqüentes;
Máxima descontração muscular e dificuldades 
para acordar. (Sono Paradoxal).
Qualidade do sono
 Estágios 3 e 4, além do sono REM são 
as fases do sono profundo com 
propriedade de relaxamento.
 Surgem alterações cíclicas durante o 
sono.
 Duração de cada ciclo e de 90 a 100 
minutos.
Duração e Qualidade do Sono 
de Dia
 O sono de dia é mais curto que o 
noturno dos dias de folga;
 O trabalhador noturno tem um “débito 
de sono”.
O Sono de Dia
 Qualidade prejudicada;
 Aumento das fases de sono superficial e 
com maior número de movimentos do 
corpo;
 Fases REM reduzidas;
 É de menor duração;
 Apresenta menor valor como descanso 
(ou recuperação)
A Produção e Trabalho 
Noturno
 A prontidão da produção psicofisiológica 
da manhã e na segunda parte da tarde 
atinge um máximo, ao contrário, após a 
pausa do meio dia é fraca e na noite é 
fortemente limitada.
Troca do Ritmo Circadiano
 Nos trabalhadores noturnos o fator ”trabalho” 
pode reverter o ritmo circadiano;
 A temperatura do corpo, a secreção de 
adrenalina só altera seu ciclo depois de várias 
semanas de jornadas noturnas;
 Na jornada noturna os ciclos biológicos 
circadianos só após alguns dias mostram os 
primeiros sinais de reversão.
Trabalho Noturno e Saúde
 Trabalhadores noturnos 
freqüentemente têm um mau estado 
geral de saúde.
 Após a Segunda Guerra Mundial houve 
um aumento do trabalho em turnos e 
estas dificuldades de adaptação ao 
trabalho noturno tornaram-se 
problemas da Medicina do Trabalho.
Doenças
 Problemas nervosos;
 Problemas estomacais;
 Problemas intestinais;
 Úlceras;
 Problemas cardíacos.
“Seleção Positiva” dos 
Trabalhadores Noturnos
 Trabalhadores que não se adaptaram 
ao serviço: passaram por uma 
experiência negativa.
 Trabalhadores em turnos noturnos 
podem ser vistos como uma “Seleção 
Positiva” de trabalhadores resistentes
Perturbações do Apetite
 As alterações nos horários da refeições.
Lesões Gastrointestinais
 Efeito colateral do estresse;
 A fadiga crônica e as condições 
desfavoráveis de alimentação são o 
motivo do aumento da incidência de 
perturbações nervosas e doenças 
gastrointestinais;
 Os trabalhadores noturnos 
freqüentemente usam medicamentos 
abusivantes.
A Doença Profissional dos 
Trabalhadores Noturnos
 Sensações de cansaço;
 Irritabilidade psíquica;
 Tendência a depressões;
 Pouca motivação e pouca disposição 
geral para o trabalho.
A Doença Profissional dos 
Trabalhadores Noturnos
 Perturbações psicossomáticas:
perturbações do apetite;
perturbações do sono;
perturbações nos órgãos da digestão;
lesões no estômago e no intestino 
delgado
Efeitos Sociais do Trabalho 
Noturno
 Perturbações da vida familiar e 
prejuízos em contatos sociais mais 
amplos;
 Limitação das refeições no ciclo da 
família;
 Vida social fora da família;
 Trabalhadores sentem-se à margem da 
sociedade.
A Configuração dos Turnos de 
Trabalho
 Sistemas de 3 turnos:
madrugada
tarde
noite
Critérios para Diagnóstico de 
Sistema de Rotação
Recomendações
 Turnos noturnos esparsos;
 Duração do turno deveria ser adaptada 
à dificuldade do trabalhador;
 O início do turno da madrugada se 
possível após as 5 hs;
 Entre o fim de um turno e o início do 
outro pelo menos 12 hs livres;
Critérios para Diagnóstico de 
Sistema de Rotação
Recomendações
 Os trabalhadores noturnos deveriam ter mais 
de 25 anos e menos de 50 anos de idade;
 Não indicados para essa tarefa: pessoas com 
predisposição para doenças gastrointestinais, 
labilidade emocional, manifestações 
psicossomáticas e insônia;
 Alimentação balanceada com refeições 
quentes deve ser assegurada para cada 
turno.
Recomendações de Ergonomia para 
Organização dos Turnos de 
Revezamento
 Diminuir o número de noites 
trabalhadas: 
- eliminar o turno da noite, reduzindo-
se o revezamento a dois turnos;
- aumentar a duração da jornada a 
noite, para reduzir o número de dias de 
trabalho noturno.
 Evitar o trabalho em mais de duas 
noites seguidas.
Recomendações de Ergonomia para 
Organização dos Turnos de 
Revezamento
 Existir período de repouso de pelo 
menos 24 hs após cada período de 
trabalho noturno;
 Folgas coincidir com finais de semana;
 Procurar um sistema que divida 
eqüitativamente vantagens e 
desvantagens;
 Número de horas de trabalho 
compatível com a natureza das tarefas;
Recomendações de Ergonomia para 
Organização dos Turnos de 
Revezamento
 O horário ideal de revezamento para 
jornada de 8 hs é de 7, 15 e 23 hs;
 Revezamento para jornadas de 6 hs é 
de 6, 12, 18 e 24;
 Dever-se-ia negociar para que a 
jornada de 36 hs fosse ampliada sob a 
forma de um número menor de dias de 
trabalho.
Horas Extras
 Procedimento comum;
 Ferramenta administrativa;
 Conscientizar a gerência dos eventuais 
problemas;
 As conseqüências irão depender da 
freqüência e da duração, da viabilidade/ 
inviabilidade de outras soluções,da época do 
ano, do tipo de pagamento do salário 
adicional, da demanda física/psíquica da 
função, do alto nível de ruído, do ritmo ditado 
pela máquina e da existência ou não de 
emergências
Risco de Erro Humano nas 
Horas Extras
 Por diminuição ou perda da aptidão, o 
que predispõe o trabalhador para 
acidentes de trabalho.
Risco
de Lesões/Doenças
 Câimbras e lesões musculares e de 
tendões;
 Tenossinovites e outra lesões por 
traumas cumulativos nos MMSS;
 Perda auditiva induzida pelo ruído;
 Lombalgia;
 Contaminação.
Prejuízos Sociais
 Situação crítica: trabalhadoras-mães
Horas Extras e 
Produtividade
 Espera-se um aumento da produtividade 
linear ao aumento da jornada;
 Geralmente para um aumento de 25% no 
tempo de jornada, ocorre um aumento de 
apenas 10% de produtividade;
 Pagamento por produtividade;
 Quando existem fatores de desconforto ou de 
carga física ou perceptiva significativos, a 
queda de produtividade pode ser ainda 
maior.
Recomendações de Ergonomia 
para Gerenciar Horas Extras
 Evitar horas extras em trabalhos de alta carga física ou 
mental;
 Contar com uma redução na produtividade nas horas 
extras;
 Em ritmo de produção definido por esteira, considerar 
que ele deve ser menor nas horas extras;
 Evitar horas extras por longos períodos;
 Esclarecer a necessidade de horas extras na admissão;
 Fazer rodízio das horas extras;
 Ponderar sobre o que é melhor: dia extra ou jornada 
estendida.

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