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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO
Fichamento de Estudo de Caso
Renan Maia Armaroli
Trabalho da disciplina Hidrologia e Drenagem Urbana
Tutor: Prof. Gisele Teixeira Saleiro
Rio de Janeiro
2019
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ESTUDO DE CASO: Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad
 
REFERÊNCIA: Kennedy School of Government
Hyderabad, é a capital do estado meridional indiano de Andhra Pradesh, é a sétima cidade da Índia e a que cresce mais rápido. Sua população cresce em uma taxa de 5,6 por cento ao ano. Até 2020, espera-se que sua população chegue a 11 milhões.
Chandrababu Naidu, o Ministro chefe de Dinâmica Jovem de Andhra Pradesh, gosta de levar crédito pelo crescimento de Hyderabad. Desde que ele chegou ao poder em 1995, Naidu adotou uma estratégia agressiva de modernização e desenvolvimento baseado em tecnologia. 
Reconhecendo que Hyderabad não tem a mesma quantidade de universidades e centros de pesquisa em defesa, Naidu almejou que interesses fundamentados em tecnologia se localizassem na capital do seu estado prometendo infraestrutura de classe mundial. 
Em sua campanha de reeleição de 1999, Naidu seguiu uma estratégia nova na política indiana, prometendo melhores serviços públicos em troca de maiores tributos, o que lhe garantiu reeleição.
Apesar das reformas de Naidu terem melhorado a performance das agências públicas de Hyderabad, elas não lidaram totalmente com o desafio chave de expandir a infraestrutura para se manter no ritmo do crescimento rápido da cidade. Naidu se convenceu de que a privatização de serviços públicos chave é a solução mais 
expediente para a iminente crise de infraestrutura de Hyderabad. Porém os oficiais do Banco Mundial estão preocupados que as vantagens da reforma sejam compartilhados com os 1,7 milhões de moradores das favelas de Hyderabad.
Ele espera fazer do Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad (do inglês Hyderabad Metropolitan Water Supply and Sewerage Board - “o Conselho” ou HMWSSB) o primeiro grande serviço público no estado a ser privatizado.
Naidu nomeou M.G. Gopal, conhecido por seu gerenciamento bem sucedido da privatização dos hotéis da Andhra Pradesh Tourism Development Corporation como Diretor-Gerente da HMWSSB.
Ele identificou três abordagens alternativas, nenhuma que pareça satisfatória. Primeiro a concessionária privada se tornaria a responsável de estender o serviço para os pobres a um preço controlado, com um regulador garantindo investimentos estritos nas agendas de expansão da rede. Uma segunda opção é permitir que a concessionária escolha os bairros nos quais ela alcançará as metas de expansão; uma opção final é dar a principal responsabilidade financeira pelo serviço de águas e esgoto para os lares pobres para a corporação municipal de Hyderabad, que já desempenha um papel de prover serviços de infraestrutura para as favelas da cidade.
A causa para que os pedidos das tarifas aumentassem é que o nível de água utilizada no sistema de Hyderabad não eram aproveitadas. Os cálculos variam que entra 40% a 55% são considerados como perdas físicas, e 60% perdas administrativa. Antes de muitos oficiais e políticos apoitarem o aumento da tarifa e investimento em novos suprimentos, eles persistem que o conselho melhore o gerenciamento dos recursos que eles já controlam. Para que haja redução substancial das águas não aproveitadas requer muito investimento. Destarte os políticos de Hyderabad obstruem os esforços para desmontar as conexões ilegais e para desconectar as casas que não pagaram suas contas de água. Atualmente a demanda de consumo de água é muito grande, porém estimas se que até esse número aumente até 2021 para 2.600 MLD (milhões de litros por dia). Em contraste, a capacidade de suprimento atual de água do Conselho (755 MLD) é pouco mais da 
metade da demanda racionada – a água necessária para prover duas horas de suprimento por conexão por dia (aproximadamente 250 litros) – um volume total de 1.300 MLD.
Entre os residentes de Hyderabad que sofrem por falta de água e serviços de saneamento, os habitantes de favelas são os mais seriamente impactados.
As residências de classe média possuem fonte própria, ou seja, poços instalados em suas residências, esses poços fornecem água de baixa qualidade, porém são utilizadas para banho e limpeza, no entanto moradores de baixa renda não conseguem arcar com custo de implantação de poços. Não há dados confiáveis disponíveis de habitantes que residem em favelas que tenham conexões individuais de água e esgoto, mas evidências a nedóticas sugerem que são mais da metade. Entre 1992 á 1998 o conselho encarregou-se, sob a insistência do Banco mundial, de uma ampla iniciativa de saneamento de custo baixo que envolvia construir 20.000 latrinas fossos duplos pour flush em favelas de vizinhanças afastadas como parte de um projeto maior de água e saneamento financiado pelo banco. Devido alguns relatos de contaminações de lençóis freáticos por instalações de latrinas, o Conselho desde então decidiu não construir instalações sanitárias locais adicionais a não ser que não haja praticamente nenhum prospecto de estender linhas de esgoto para uma comunidade em particular.
Apesar de 6.600 fontes coletivas públicas serem localizadas nas áreas de favela da cidade, funcionários seniores da HMWSSB firmaram um compromisso informal para “eliminar” seus serviços, isso se deve principalmente ao fato de que cada fonte coletiva, que abastece água de graça para residentes é um empreendimento que causa perdas para um Conselho que já luta para melhorar sua situação financeira.
Uma das subsidiárias chave do município, o departamento Urban Community Development (UCD), é a agência líder para a maioria dos programas de melhorias para favelas em Hyderabad. A UCD tem sido a principal parceira em alguns grandes projetos de melhoria de favelas, e implementou parcerias entre a UCD e algumas 
organizações baseadas nas comunidades que ajudam residentes a estabelecer e implementar prioridades de desenvolvimento.
Em 1997, o Conselho lançou uma série de iniciativas desenvolvidas para melhorar a eficiência operacional e os serviços ao consumidor
Mesmo que os esforços tenham alcançado apenas uma fração dos pobres da cidade, eles indiscutivelmente ajudaram o Conselho a mudar a responsabilidade pelo planejamento de águas e esgotos nas favelas de Hyderabad para outras organizações, portanto alivrando para focar em consumidores comercialmente viáveis. Para gerar uma atitude de serviço 120 engenheiros, tiveram seus títulos mudados de engenheiro assistente para gerente, apesar de suas responsabilidades terem permanecido essencialmente as mesmas, lideraram os escritórios do conselho, o ponto mais crítico era entre o Conselho e seus consumidores. Informações de dados são usados para gerar o foi chamado de taxa de eficiência, ou seja o gerente do Conselho receberia um relatório mensal de reclamações atendidas, serão recebidas também em terminais de computador e vários escritório do Conselho. O tratado, desenvolvido em 1999 pela gerencia do Conselho, é distribuído para todos os consumidores e define os direitos e responsabilidades do Conselho e de seus consumidores. O tratado especifica padrões de serviço para os consumidores do Conselho, incluindo a provisão de pelo menos 250 litros de água por conexão por dia, notificações com antecedência de quaisquer mudanças na agenda e quantidade de fornecimento de água e prazos dentro dos quais o Conselho tem a obrigação de atender reclamações dos consumidores, notificações com antecedência de quaisquer mudanças na agenda e quantidade de fornecimento de água e prazos dentro dos quais o Conselho tem a obrigação de atender reclamações dos consumidores. A ideia por atrás de todas essas iniciativas foi de conseguir apoio público para o Conselho que pudesseser traduzido em aceitação de aumento de tarifas. Assim que iam registrando reclamações pessoalmente os residentes de baixa renda, a confiança pelo Conselho iria crescendo em relação a tecnologia da informação para gerenciamento de reclamações e avaliação de performance dos funcionários está aumentando a lacuna na capacidade de resposta para os problemas de O&M entre os 
lares pobres e não pobres. No Conselho, relações trabalhistas são melhores descritas como cordiais, porém tensas, por muito anos o governo não contratou funcionário para o Conselho, o que reduziu o número de funcionário devido aos fatores como desgastes e aposentadoria. No entanto o sindicato do Conselho tem protestado tenazmente por esse desgaste. Algumas companhias internacionais de água e saneamento especialmente algumas firmas francesas, estão particularmente interessadas em ingressar no mercado indiano. Para Naidu, a privatização resolveria muitos problemas. Entretanto, essas exigências podem fazer da empreitada pouco atraente para potenciais licitantes; a concessionária também deveria ter permissão de promover um grande aumento de tarifas de forma a tornar a expansão comercialmente viável. 
Lares pobres podem simplesmente se recusar a pagar preços mais altos pelo serviço, o que levaria a uma taxa maior de desconexões pelo operador privado. Finalmente, Gopal poderia recomendar que o serviço para as favelas seja de responsabilidade da corporação municipal de Hyderabad (MCH), e que o município financie a expansão dos serviços de água e esgotos para favelas através de suas receitas tributárias e de seus programas de auxilio estrangeiro.