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Sustentabilidade e Responsabilidade Social

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Prévia do material em texto

SUSTENTABILIDADE 
E RESPONSABILIDADE 
SOCIAL
Professora Me. Renata Cristina de Souza Chatalov
Professora Me. Natália Christina da Silva Matos 
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; CHATALOV, Renata Cristina de Souza; MATOS, Natá-
lia Christina da Silva. 
Sustentabilidade e Responsabilidade Social. Renata Cristina de 
Souza Chatalov; Natália Christina da Silva Matos. 
Maringá-Pr.: Unicesumar, 2019.
192 p.
“Graduação - EaD”.
1. Sustentabilidade. 2. Esponsabilidade . 3. Social 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-1852-3
CDD - 22 ed. 333.91
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão de Produção de Conteúdo
Nádila Toledo
Coordenador de Conteúdo
Marcia de Souza
Designer Educacional
Bárbara Neves e Rossana Costa Giani
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Robson Yuiti Saito
Qualidade Textual
Silvia Caroline Gonçalves
Ilustração
Rodrigo Barbosa da Silva
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Crian-
do oportunidades e/ou estabelecendo mudanças 
capazes de alcançar um nível de desenvolvimento 
compatível com os desafios que surgem no mundo 
contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógi-
ca e encontram-se integrados à proposta pedagógica, 
contribuindo no processo educacional, complemen-
tando sua formação profissional, desenvolvendo com-
petências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos 
em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no 
mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm 
como principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o 
desenvolvimento da autonomia em busca dos conhe-
cimentos necessários para a sua formação pessoal e 
profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fó-
runs e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma 
equipe de professores e tutores que se encontra dis-
ponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
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RR
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Professora Me. Natália Christina da Silva Matos
Mestre em Tecnologias Limpas pelo Centro de Ensino Superior de Maringá 
(2018). Especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 
pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (2015). Graduada em Agronegócio 
pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (2012). 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4850526Y9
Professora Me. Renata Cristina de Souza Chatalov
Mestra em Engenharia Urbana pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. 
Especialista em Gestão Ambiental pela Faculdade Estadual de Ciências e 
Letras de Campo Mourão - Fecilcam. Graduada em Engenharia Ambiental e 
Sanitária pelo Centro Universitário Unicesumar e em Tecnologia Ambiental 
pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. Professora no curso 
de graduação em Administração na Faculdade Metropolitana de Maringá 
e da disciplina de Indústria e Meio Ambiente na Pós-Graduação em Gestão 
Ambiental na Faculdade Metropolitana de Maringá. Professora da Pós-
Graduação EAD - Unicesumar. Atualmente, é coordenadora dos cursos de 
Gestão da Qualidade e Tecnologia em Segurança no Trabalho na modalidade 
EAD - Unicesumar.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4400997J9
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), estudaremos a Sustentabilidade e a Responsabilidade Social, um tema 
contemporâneo e de suma importância para várias áreas do conhecimento.
Dessa maneira, estudaremos a problemática ambiental, a origem do desenvolvimento 
sustentável, a responsabilidade social, as práticas de gerenciamento ambiental, além 
de conhecer algumas ferramentas importantes que refletem na sustentabilidade e na 
responsabilidade social. Conheceremos também as ações de marketing voltadas à sus-
tentabilidade, bem como as certificações. Trabalharemos com as dimensões da respon-
sabilidade social e as divulgações de resultados de ações sustentáveis. Dessa forma, di-
vidiremos nossos estudos em cinco unidades.
Em nossa primeira unidade, cuja temática central é o Desenvolvimento Sustentável 
como um novo modelo, iniciaremos nossa discussão relacionando a questão ambiental 
com o crescimento populacional. Para isso, começaremos abordando o contexto históri-
co, desde os primórdios até a Revolução Industrial – que foi um grande marco no cresci-
mento –, e época que iniciaram alguns problemas ambientais. Discutiremos a origem do 
Desenvolvimento Sustentável, apresentando seu conceito,que é difundido até os dias 
atuais, além de apresentarmos a você os pilares do desenvolvimento sustentável, bem 
como as suas dimensões e os seus objetivos. 
Em nossa segunda unidade, trabalharemos com a questão das empresas e do meio am-
biente, em que apresentaremos a relação das organizações com a questão ambiental, os 
acidentes ambientais de grande relevância em nível mundial e nacional, a questão das 
indústrias e o meio ambiente. Tratando-se da relação das empresas com a sustentabili-
dade econômica, discutiremos a gestão e a distribuição eficiente de recursos naturais, 
e conceitos como de economia ecológica e economia verde. Quanto às questões de 
responsabilidade socioambiental, falaremos sobre os investimentos na área social e a 
criação de políticas de Responsabilidade Social Empresarial.
Na Unidade 3, abordaremos a questão de marketing, sustentabilidade e certificações, 
em que apresentaremos a você o conceito e a aplicabilidade do marketing verde, a 
questão de normas e certificações voltadas à responsabilidade social, nas quais traba-
lharemos com a ISO 26000 e a NBR 16001, que é a norma brasileira de Gestão da Res-
ponsabilidade Social.
Na Unidade 4, falaremos sobre as dimensões da responsabilidade social, em que analisare-
mos questões relacionadas à ética empresarial e as políticas e práticas inclusivas.
Na Unidade 5, abordaremos as auditorias e os modelos de divulgações de ações sus-
tentáveis, apresentando os demonstrativos de natureza social e ambiental, os principais 
modelos de balanço e relatórios de sustentabilidade, finalizando com algumas premia-
ções na área de sustentabilidade.
Esperamos que, após fazer a leitura deste livro, você aprofunde cada vez mais seus co-
nhecimentos nesta área, que é muito rica em detalhes. Desejamos que tenha ótima lei-
tura e bons momentos de aprendizado.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
15 Introdução
16 Dinâmicas Fundamentais do Crescimento Populacional e o Uso Sustentável 
de Recursos Naturais 
22 Nosso Futuro Comum - Relatório Brundtland 
31 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
34 Considerações Finais 
39 Referências 
42 Gabarito 
UNIDADE II
EMPRESAS E O MEIO AMBIENTE
45 Introdução
46 Modelos de Sustentabilidade Empresarial 
55 Empresas e Sustentabilidade Econômica 
73 Responsabilidade Socioambiental 
78 Considerações Finais 
83 Referências 
86 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
MARKETING VERDE, SUSTENTABILIDADE E CERTIFICAÇÃO
89 Introdução
90 Marketing Verde 
101 Normas e Certificações Voltadas à Responsabilidade Social 
108 NBR 16001: A Norma Brasileira de Gestão da Responsabilidade Social 
117 Considerações Finais 
122 Referências 
124 Gabarito 
UNIDADE IV
DIMENSÕES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
127 Introdução
128 Dimensões da Responsabilidade Social Empresarial 
133 Dimensões da Ética Empresarial 
144 Políticas de Inclusão e Responsabilidade Social 
151 Considerações Finais 
154 Referências 
156 Gabarito 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
AUDITORIAS E MODELOS DE DIVULGAÇÕES DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS
159 Introdução
160 Demonstrativos de Natureza Social e Ambiental 
171 Modelos de Balanço Social 
179 Premiações na Área de Sustentabilidade 
182 Considerações Finais 
186 Referências 
188 Gabarito 
189 Conclusão
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Professora Me. Renata Cristina de Souza Chatalov
Professora Me. Natália Christina da Silva Matos
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL COMO UM 
NOVO MODELO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Analisar os problemas ambientais contemporâneos.
 ■ Compreender o histórico do desenvolvimento sustentável.
 ■ Apresentar conceitos sobre a sustentabilidade e a responsabilidade 
social, bem como os ODS.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ As dinâmicas fundamentais do crescimento populacional humano e 
a sua relação com o uso sustentável de recursos naturais
 ■ Nosso Futuro Comum - Relatório Brundtland
 ■ Objetivos do desenvolvimento sustentável
INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), seja bem-vindo(a). Nesta primeira unidade, você fará 
um estudo que é de extrema importância para várias áreas do conhecimento: 
o desenvolvimento sustentável. Para iniciarmos essa discussão, gostaríamos de 
esclarecer você que o meio ambiente que conhecemos hoje sofreu muitas modifi-
cações ao longo dos séculos, e os conceitos hoje estudados nem sempre existiram. 
Assim, o grande desafio desta unidade é resgatar brevemente o contexto histó-
rico ambiental, bem como entender e refletir os conceitos que são fundamentais 
para o bem-estar de todos.
Dessa maneira, estudaremos que o desenvolvimento sustentável está rela-
cionado com a preservação dos recursos naturais utilizados pela nossa geração, 
pensando nas gerações vindouras. Assim, buscaremos esclarecer algumas espe-
cificidades acerca dos conceitos que englobam o desenvolvimento sustentável, 
como o crescimento populacional, os problemas causados ao meio ambiente 
por falta de conscientização ambiental, as interferências das organizações não 
governamentais (ONGs) na construção de um novo paradigma perante a huma-
nidade, assim como as interferências governamentais.
Ainda nesta unidade, você terá a oportunidade de ampliar sua visão sobre 
uma cidadania sustentável. Isto significa riqueza de possibilidades, significa come-
çar a pensar de forma sistêmica, em que tudo tem conexão com tudo. Entretanto, 
é preciso estar atento(a) – seja qual for a conexão estabelecida, deve estar em 
conformidade com a concepção de sustentabilidade. À medida que as possibili-
dades são conduzidas, a ação é sempre em busca do bem comum, das pessoas, 
de todos os seres vivos, da natureza e do planeta.
Finalizaremos nossos estudos abordando a questão dos Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS), que se trata de 17 metas globais determi-
nadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas. 
Introdução
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
DINÂMICAS FUNDAMENTAIS DO CRESCIMENTO 
POPULACIONAL E O USO SUSTENTÁVEL DE 
RECURSOS NATURAIS 
Caro(a) aluno(a), iniciaremos nossos estudos abordando a relação do crescimento 
populacional e a sustentabilidade. Vejamos, a seguir, os problemas ambientais 
e a população humana.
PROBLEMAS AMBIENTAIS E A SUA RELAÇÃO COM O 
CRESCIMENTO POPULACIONAL 
Para que o ensino da sustentabilidade alcance os objetivos propostos, é necessá-
rio que o conhecimento da atividade humana seja descrita. Segundo o historiador 
Warren Dean (1995) em seu livro A Ferro e Fogo, a destruição da Mata Atlântica 
teve início quando os portugueses tomaram conta do território brasileiro. A natu-
reza era vista como uma força contraditória ao desenvolvimento, um empecilho a 
ser eliminado para o cultivo das plantações, baseadas na monocultura de exportação.
Outro marco histórico é o desenvolvimento das máquinas a vapor (por volta 
de 1760). A grande Revolução Industrial e os avanços tecnológicos proporciona-
ram a exploração de recursos naturais em escala nunca vista antes. Esses avanços 
foram muito maiores com a invenção do motor à combustão (1876), assim como 
Dinâmicas Fundamentais do Crescimento Populacional e o Uso Sustentável de Recursos Naturais 
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a eletricidade (1870). Esse crescimento tecnológico foi responsável por melho-
rias no crescimento econômico, mas também por grandes problemas futuros. 
Imersos na mentalidade da época, a poluição das fábricas era encarada como um 
símbolo de vitória e prosperidade, a falta de consciência acerca da necessidade 
de crescimento ecologicamente viável e socialmente igual a todos era totalmente 
inexistente. Surgiu uma sociedade baseada na produção e no consumo.
Nas décadas de 60 e 70, em meio às mudanças socioculturais que domi-
navam a sociedade a todo vapor, deu-se início às despertando reflexões sobre 
os danos causados ao meio ambiente, havendo os primeiros esforços para uma 
consciência ecológica e ativa. O grande sinal de alerta foi o lançamento da obra 
Primavera Silenciosa, no ano de 1962, pela bióloga Rachel Carson, em que é dis-
cutido o uso indiscriminado de agrotóxicos. Este se tornou um dos livros mais 
vendidos sobre a questão ambiental, em um contexto da organização da luta eco-
lógica. A autora afirmava que
De forma similar, os produtos químicos espalhados pelas terras de cul-
tivo, florestas ou jardins permanecem por um longo tempo no solo, 
penetrando nos organismos vivos, transmitindo-se de um a outro em 
uma cadeia de envenenamento e morte (CARSON, 1962, p. 22).
Neste contexto, a sociedade mundial ainda não possuía conhecimentos que con-
firmavam o que Carson descrevia em seu livro. Historicamente, a humanidade 
passou por transformações devido ao crescimento populacional. Mais pessoas 
significam aumento da demanda por energia, maior consumo de recursos não 
renováveis, como petróleo e minerais, mais recursos renováveis, como peixes e 
florestas, maior necessidade de produção de alimentos pela agricultura, e assim 
por diante. O uso irracional desses recursos nos leva a impactos difíceis de resol-
ver (BURSZTYN; BURSZTYN, 2012; TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2010).
Diante desse cenário, com a intensificação de consequências ambientais, 
sociopolíticas e econômicas, surge a percepção de que o desenvolvimento é 
necessário, desde que atenda a um conjunto de princípios. Conforme a Comissão 
Mundial do Meio Ambiente e do Desenvolvimento – cuja sigla correspondente, 
em inglês, é WCED –, o conceito de desenvolvimento sustentável tem se difun-
dido como uma proposta para equilibrar necessidades atuais satisfatórias, sem 
comprometer a manutenção das gerações futuras (WCED, 1987). 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
A preocupação cada vez mais frequente dos políticos e do público em geral 
são o tamanho e a distribuição da população e a sustentabilidade das atividades 
humanas. Entre as grandes preocupações está o destino da Terra e das comunida-
des ecológicas que a ocupam. Todavia muitos fatores permanecem desconhecidos 
e imprevisíveis, e este fato pode nos levar a uma situação pior, porém, avan-
ços da tecnologia podem tornar uma atividade insustentável em sustentável 
(TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2010). Neste sentido, o conceito de desen-
volvimento sustentável propõe um novo modo de vida: o que antes trazia uma 
perspectiva puramente ecológica, agora incorpora condições econômicas e sociais.
Considerando o tamanho e as taxas de crescimento exponencial da popu-
lação humana, encontram-se duas áreas nas quais a sustentabilidade é um tema 
urgente: a extração de recursos biológicos da natureza e a produção, em agroe-
cossistemas não naturais, do alimento e das fibras necessárias aos seres humanos. 
O crescimento populacional afeta diretamente a qualidade de vida das popu-
lações, quanto maior o crescimento demográfico, maiores os desafios a serem 
enfrentados para permitir o crescimento econômico compatível com a pre-
servação ambiental (LIMA, 2001). A taxa de expansão populacional mundial 
é insustentável, embora ela seja menor do que já foi – em um espaço finito e 
com recursos finitos, nenhuma população pode continuar crescendo para sem-
pre. Seria interessante saber com que tamanho a população humana poderia 
ser sustentada na Terra. Qual é a capacidade de suporte global? (TOWNSEND, 
BEGON; HARPER, 2010)
Caro(a) aluno(a), para obter a sustentabilidade ou se aproximar dela, é neces-
sária a compreensão ecológica adquirida e aplicada.
Insustentável não é o tamanho da população humana, mas a sua distribuição 
sobre a Terra [...]. Insustentável não é o tamanho da população humana mundial, 
mas a sua distribuição de idade [...]. Insustentável não é o tamanho da popula-
ção humana global, mas a distribuição desigual de recursos dentro dela.
(Colin R. Townsend, John L. Harper e Michael Begon)
Dinâmicas Fundamentais do Crescimento Populacional e o Uso Sustentável de Recursos Naturais 
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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL (PAPEL DE ONGS)
Antes de qualquer coisa, você sabe o que é a Organização das Nações Unidas 
(ONU)? Vamos descobrir juntos!
A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é 
uma organização internacional composta por países que se juntaram de livre e 
espontânea vontade para buscar a paz e o desenvolvimento mundial.
No ano de 1969, a primeira foto do planeta Terra foi vista do espaço. Tocou 
o coração de toda a humanidade ver, pela primeira vez, o “Planeta Azul”, cha-
mando a atenção de muitos e incitando a responsabilidade em protegê-la. 
Em dezembro de 1972, foi criado o programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente (ONU Meio Ambiente), que coordena os trabalhos da organização em 
nome do meio ambiente global e tem como prioridades catástrofes ambientais, 
substâncias nocivas, mudanças climáticas, gestão dos ecossistemas, governança 
ambiental e eficiência dos recursos.
Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações 
se tornou uma meta fundamental para a humanidade (ESTOCOLMO, 
1972, p.2).
É precisamente na dignidade de todos os seres humanos que deve inci-
dir o esforço maior de oferecer uma tutela ecológica que se oponha aos 
constantes danos à natureza, as práticas abusivas reduzem os recursos 
naturais e causam mudanças climáticas responsáveis por milhões de 
vitimados pelos danos ambientais. Não é surpresa que recentemente 
ocorreu na ONU, em Nova York, a conferência para a proibição das 
armas nucleares (BARROS; CAÚLA, 2017, p. 11).
O Brasil marca dois pontos positivos na inovação para melhorias no meio 
ambiente, um foi com o posicionamento na 15° Conferência das Partes da 
Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP15) em 2009, na cidade 
de Copenhague, quando o país assume a meta voluntária de reduzir entre 36,1% 
e 38,9% das emissões de gases do efeito estufa projetadas até 2020. Outro ponto 
foi em 2012, quando ocorre, no Brasil, uma grande conferência na área de desen-
volvimento sustentável, a conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento 
Sustentável – a Rio+20.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
Estudos apontam que o Brasil foi capaz de combinar crescimento sustentável 
com inclusão social e avanços ambientais em um contexto de estabilidade política 
e fortalecimento do arcabouço legal e institucional (SOBRE..., 2012). O Brasil que 
sediou a Rio-92 era, de fato, bastante diferente do que se mostrava na Rio+20.
A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou os vinte anos de realização 
da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento 
sustentável para as próximasdécadas. O objetivo da Conferência foi a 
renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, 
por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das 
decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do trata-
mento de temas novos e emergentes (SOBRE..., 2012, on-line).
Em setembro de 2015, às vésperas da abertura da 70ª Assembleia Geral das Nações 
Unidas, acontece, em Nova York, a nova agenda oficialmente adotada pelos Chefes 
de Estado e de Governo na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
Sustentável. Acordada pelos 193 estados membros da ONU, nasce, então a 
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com seções sobre meios de 
implementação e uma renovada parceria mundial (TRINDADE; LEAL, 2017).
Desde 2014, a ONU passou a contar com a Assembleia Ambiental das Nações 
Unidas (Unea), cuja primeira edição ocorreu em 2014, e a segunda, em 2016.
A Unea é a mais importante plataforma da ONU para a tomada de decisões 
sobre o tema e marcou o início de um período em que o meio ambiente é 
considerado problema mundial – colocando, pela primeira vez, as preocu-
pações ambientais no mesmo âmbito da paz, da segurança, das finanças, da 
saúde e do comércio. Em sua primeira edição, reuniu mais de 160 líderes de 
alto nível.
Fonte: adaptado de ONU BR ([2019], on-line)1.
Dinâmicas Fundamentais do Crescimento Populacional e o Uso Sustentável de Recursos Naturais 
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As ONGs ambientais brasileiras
ONG é a sigla para  Organização Não Governamental. Uma ONG é 
uma organização que não tem finalidades lucrativas e é formada com 
o objetivo de fazer trabalhos de auxílio social ou outras questões im-
portantes para a sociedade. As ONGs são enquadradas no  Terceiro 
Setor  da sociedade. Essa denominação se refere às instituições que, 
embora não façam parte do Poder Público, executam atividades nessa 
área. O Primeiro Setor é formado pelos governos e o Segundo Setor é 
formado por entidades privadas (LENZI, 2019, on-line). 
As ONGs têm atuado em várias áreas ligadas às necessidades sociais que exis-
tem, por exemplo: saúde, emprego, educação, assistência social, busca por direitos 
políticos, questões ambientais, entre outros. 
Como exemplo de ONGs, temos:
 ■ A fundação GAIA é uma ONG sem fins lucrativos criada em 1987. 
 ■ A fundação O Boticário foi criada em 1990 com a principal missão de 
promover e realizar ações para a conservação da natureza.
 ■ A Fundação SOS Mata Atlântica tem a missão de defender as áreas de 
Mata Atlântica, preservar as comunidades que habitam a região e conser-
var seus riquíssimos patrimônios natural, histórico e cultural, por meio 
do desenvolvimento sustentável. 
 ■ A Conservação Internacional Brasil trabalha para preservar ecossiste-
mas ameaçados de extinção em mais de 30 países, distribuídos por quatro 
continentes.
 ■ A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), 
fundada em 1999. 
Existem muitas outras ONGs e você pode procurar pelas que atuam especifica-
mente em sua cidade, região ou estado. Vamos citar, por exemplo, o estado do 
Paraná. Veja algumas, a seguir: 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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 ■ Adeam – Associação Brasileira de Defesa Ambiental, em Maringá.
 ■ Curupira Ambiental – Associação Ambientalista Curupira, em Curitiba 
(http://www.curupira.org.br/).
 ■ MAR – Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária, em 
Araucária (http://www.amarnatureza.org.br/). 
 ■ Chico Mendes – Inpra – Instituto Internacional de Pesquisa e 
Responsabilidade Socioambiental, em Borda do Campo (http://www.
institutochicomendes.org.br/). 
NOSSO FUTURO COMUM - RELATÓRIO 
BRUNDTLAND
Em abril de 1987, a Comissão Brundtland, como ficou conhecida, publicou um 
relatório inovador: “Nosso Futuro Comum” – que traz o conceito de desenvol-
vimento sustentável para o discurso público, considerado altamente inovador 
para aquela época (ONU, [2019], on-line)2. 
Uma das questões que este estudo ressalta refere-se à necessidade de admi-
nistrar o crescimento populacional e de controlar o esgotamento dos recursos 
(OLIVEIRA, 2005).
De acordo com o Relatório Brundtland (1987), em um mundo onde a desi-
gualdade e a pobreza não são mais inevitáveis, o desenvolvimento sustentável deve 
privilegiar o atendimento das necessidades básicas de todos, oferecendo oportuni-
dades de melhoria de qualidade de vida para a população no presente e no futuro. 
Caro(a) aluno(a), você sabe o que é o Conama (Conselho Nacional do Meio Am-
biente)? O Conama existe para assessorar, estudar e propor ao Governo as linhas 
de direção das políticas governamentais para a exploração e preservação do 
meio ambiente e dos recursos naturais. É o órgão consultivo e deliberativo do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama, instituído pela Lei 6.938/1981, 
regulamentada pelo Decreto 99.274/1990.
Fonte: adaptado de Ministério do Meio Ambiente ([2019], on-line). 
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Apesar de não definir quais são as necessidades do presente nem quais 
serão as do futuro, o relatório chamou a atenção do mundo sobre a 
importância de se encontrar novas formas de desenvolvimento econô-
mico, sem redução e danos ao meio ambiente. Além disso, o relatório 
definiu três princípios básicos a serem cumpridos: desenvolvimento 
econômico, proteção ambiental e equidade social. Colocando o de-
senvolvimento sustentável como um processo de mudança no qual a 
exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orien-
tação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão 
em harmonia e reforçam o futuro para satisfazer as necessidades hu-
manas. Mesmo assim, o referido relatório foi amplamente criticado por 
apresentar como causa da situação de insustentabilidade do planeta o 
descontrole populacional e a miséria dos países subdesenvolvidos, co-
locando como um fator secundário a poluição ocasionada nos últimos 
anos pelos países desenvolvidos (BARBOSA, 2008, p. 20).
Todos esses levantamentos apresentados pela Comissão levaram à realização da 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento 
(CNUMAD), realizada em 1992, no Rio de Janeiro – a Rio-92. 
A proposta central da Conferência foi a criação da Agenda 21, um pla-
no de ação para ser adotado em âmbito global, nacional e local por 
organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade 
civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambien-
te. O documento constitui-se na mais abrangente tentativa já realizada, 
cujo fim é orientar para um novo padrão de desenvolvimento para o 
século XXI, cujo alicerce é a integração da sustentabilidade ambiental, 
social e econômica (NOVAES, 2008, p. 17).
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Reprodução proibida. A
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OS PILARES DA SUSTENTABILIDADE 
Após a ONU lançar, em 1987, o relatório “Nosso Futuro Comum” na comissão 
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o conceito de desenvol-
vimento sustentável na sociedade passa a ser assunto frequente. Anos depois, 
em 1994, John Elkington criou o triple bottom line (tripé da sustentabilidade).
Agora você conhecerá os três princípios da sustentabilidade:o social, o 
ambiental e o econômico. Esses fatores precisam estar integrados para que a 
sustentabilidade de fato aconteça. Segundo Sachs (2003), o tripé do desenvolvi-
mento é apresentado como algo que deve ser simultaneamente: includente, do 
ponto de vista social; sustentável, do ponto de vista ecológico; e sustentado, do 
ponto de vista econômico. Este método incorpora a visão ecológica nas empre-
sas como base nos três princípios (SACHS, 2003, p. 5):
 ■ Social: engloba as pessoas e suas condições de vida, como educação, saúde, 
violência, lazer, dentre outros aspectos.
 ■ Ambiental: refere-se aos recursos naturais do planeta e à forma como são 
utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas. 
 ■ Econômico: relacionado com a produção, a distribuição e o consumo de 
bens e serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental.
Aprofundando um pouco mais esses conceitos de desenvolvimento, devemos 
levar em conta os objetivos, que devem ser sempre éticos e sociais, em busca 
do progresso, baseando-se na ética de solidariedade com as gerações presentes 
e futuras, respeitando as condições ambientais. No entanto, para que isso possa 
acontecer, é necessário que os investimentos sejam economicamente viáveis; por-
tanto, a viabilidade econômica é umas das condições indispensáveis, mas não o 
suficiente para alcançar o caminho do desenvolvimento includente e sustentá-
vel (SACHS, 2007).
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DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE
Como você pôde ver nos tópicos anteriores, o Relatório de Brundtland foi um 
marco na evolução do desenvolvimento sustentável. E, de acordo com essa colo-
cação, temos o ecodesenvolvimento, que visa a conciliar a proteção ambiental 
com o desenvolvimento socioeconômico, com o intuito de melhorar a qualidade 
de vida para a humanidade.
A sustentabilidade leva em conta as necessidades humanas. E o grande 
desafio hoje, para a humanidade, talvez seja encontrar um conjunto de transi-
ções interligadas para uma situação mais sustentável. Sachs (1993) aponta cinco 
dimensões de sustentabilidade que devem ser observadas para planejar o desen-
volvimento. Adotaremos aqui a definição de Sachs (1993), presente no texto da 
Agenda 21 brasileira (define sustentabilidade social e política separadamente, 
fazendo também referência ao uso racional dos recursos no enfoque da susten-
tabilidade econômica). 
Hoje, ser uma corporação sustentável é mais do que status – significa con-
quistar o respeito dos seus consumidores e parceiros.
É evidente que o objetivo de qualquer empresa é ser sustentável, embo-
ra essa visão de sustentabilidade seja puramente financeira; o pensamento 
dos empresários é sempre do retorno que seu negócio pode dar no futuro. E 
esse retorno econômico somente acontecerá em longo prazo se a empresa 
obter uma vantagem competitiva que lhe possibilite crescimento. Poucos 
empresários entendem que uma empresa somente será sustentável se com-
binar o retorno econômico com suas obrigações sociais e ambientais.
Fonte: as autoras.
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O conceito descrito por Sachs (1993, p. 4) refere-se à sustentabilidade como:
Sustentabilidade ecológica, que se refere à base física do processo de 
crescimento e tem como objetivo a manutenção de estoques dos recur-
sos naturais, incorporados às atividades produtivas.
Sustentabilidade ambiental, que se refere à manutenção da capaci-
dade de sustentação dos ecossistemas, o que implica a capacidade de 
absorção e recomposição dos ecossistemas em face das agressões an-
trópicas.
Sustentabilidade social, que se refere ao desenvolvimento e tem por 
objetivo a melhoria da qualidade de vida da população que, para o caso 
de países com problemas de desigualdade e de inclusão social, implica 
a adoção de políticas distributivas e a universalização de atendimento a 
questões como saúde, educação, habitação e seguridade social.
Sustentabilidade política, que se refere ao processo de construção da 
cidadania para garantir a incorporação plena dos indivíduos ao proces-
so de desenvolvimento.
Sustentabilidade econômica, que se refere a uma gestão eficiente dos 
recursos em geral e caracteriza-se pela regularidade de fluxos do in-
vestimento público e privado que implica a avaliação da eficiência por 
processos macrossociais.
Caro(a) aluno(a), todo esse processo que envolve as dimensões da sustentabi-
lidade pode ser uma resposta aos anseios da sociedade, gerando cidades que 
incorporam os elementos naturais e sociais. Assim como diz Sen (2010, p. 21), 
“[...] o desenvolvimento pode ser visto como um processo de expansão das liber-
dades reais que as pessoas desfrutam.”
Sustentabilidade urbana é o conceito utilizado para o desenvolvimento que 
está diretamente ligado à vida das cidades. É o que está acontecendo na grande 
maioria dos países, inclusive no Brasil.
Fonte: as autoras.
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DESAFIOS E OPORTUNIDADES - ECONOMIA VERDE
A expressão “economia verde”, que substituiu o conceito de “ecodesenvolvimento”, 
foi implantada pelo canadense Maurice Strong, primeiro diretor-executivo do 
PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, estabelecido 
em 1972, é a agência do Sistema ONU) e secretário-geral da Conferência de 
Estocolmo (1972) e da Rio-92.
A conferência Rio+20 em 2012, além do tema de redução da pobreza, teve como 
tema central a economia verde (ONU, 2011). Por meio da divulgação mundo afora 
em relatório do PNUMA (UNEP 2011), tornou-se, em pouco tempo, uma expres-
são aceita oficialmente pela comunidade internacional e popularizada no mundo 
(BELINKY, 2011) e apresentando-se como alternativa ao desenvolvimento sustentá-
vel, que havia sido consagrada no Rio de Janeiro, em 1992 (MMA, [2019], on-line): 
[...] foi absorvida por governos, empresas e pela sociedade civil, e em-
pregada na formulação e execução tanto de políticas públicas quanto de 
iniciativas privadas ligadas à responsabilidade socioambiental.
Surge um conceito de economia verde que pode ser resumida em atividades ou pro-
jetos verdes tratados atualmente, tais como painéis fotovoltaicos, reciclagem de lixo, 
hortas orgânicas, entre outros, com três características principais: baixa emissão de 
carbono, eficiência no uso de recursos e busca pela inclusão social.
O que acontece, na realidade, é que a maioria dos projetos englobando a 
economia verde necessita de recursos governamentais. Por exemplo: para pagar 
todos os serviços ambientais existentes, como
Talvez a principal crítica seja a negação da possibilidade de atribuir valores 
monetários a bens naturais, como árvores, fauna, água, ar.
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[...] os fins de raciocínio, as Reservas Legais e APPs, previstas no Código 
Florestal brasileiro, supondo que essas reservas fossem uma área total de 
100 milhões de hectares e os donos recebessem R$ 200,00 por hectare 
por ano, para não desmatar as áreas (valores conservadores), o total anu-
al seria R$ 20 bilhões de reais, mais que o Programa Bolsa Família que 
custa por volta dos R$ 15 bilhões por ano (SAWYER, 2011, p. 20).
Encontramos, ainda, outros riscos, como nos casos dos PSA (Pagamentopor 
Serviços Ambientais), em que alguns produtores recebem por seus serviços 
prestados à natureza. Isso sugere que outros que não receberem pagamentos 
não são obrigados a se comprometer corretamente com a causa. Outro risco é 
quem recebe o PSA, se deixa de receber, pode se achar no direito de destruir 
(AMAZONAS, 2010).
Desta forma, pensando no planeta e nas gerações futuras, devemos promo-
ver tanto a economia verde como o desenvolvimento sustentável.
PROTOCOLO VERDE
O Protocolo Verde é um protocolo de intenções assinado por instituições financei-
ras públicas e pelo Ministério do Meio Ambiente no ano de 1995, revisada em 2008. 
Tem como objetivo definir políticas e práticas bancárias, com a premissa de não 
financiar empreendimentos e/ou projetos que possam causar problemas ambientais. 
A fórmula para uma economia verde inclui: oferta de empregos, consumo cons-
ciente, reciclagem, reutilização de bens, uso de energia limpa e valoração da bio-
diversidade. Espera-se que seus resultados sejam a melhoria na qualidade de vida 
para todos, diminuição das desigualdades entre ricos e pobres, conservação da 
biodiversidade e preservação dos serviços ambientais.
Pesquise sobre as Cotas de Reserva Ambiental (CRA); é um bom exemplo da apli-
cação da economia verde e baseia-se no conceito de compensação.
Para saber mais, acesse ao link:
<https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28986-o-que-e-a-economia-
-verde/>. 
Fonte: as autoras.
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O protocolo compromete-se a financiar o desenvolvimento com sustenta-
bilidade, por meio de linhas de crédito e programas que promovam qualidade 
de vida da população e proteção ambiental. 
Quando o setor bancário faz adesão ao protocolo verde, traz um importante 
papel para o desenvolvimento sustentável, pois traz incentivo ambiental para 
as empresas. O BNDES empenha-se continuamente em aprimorar as medidas 
que já foram definidas no Protocolo Verde, que trazem: ações que evitem danos 
ambientais, criação de equipes que tenham formação e consciência ambiental, 
diminuição de desperdícios, utilização de materiais recicláveis e incentivo à efi-
ciência energética. 
PRINCÍPIO POLUIDOR-PAGADOR
Esse princípio traz a ideia de que aquele que polui deve pagar pelo seu ato. Isso 
não quer dizer que o fato de pagar lhe dá o direito de poluir, o pagamento deve 
ser feito para reverter possíveis danos ambientais. Portanto, conclui-se que não 
se compra o direito de poluir, como já foi dito anteriormente. 
O pagamento de tributo, tarifa ou preço público não isentam o polui-
dor ou predador de ter examinada e aferida sua responsabilidade resi-
dual para reparar o dano (MACHADO, 2009, p. 68).
Em 1995, o BNDES liderou os bancos públicos federais (além do BNDES, 
participam Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e 
Banco do Nordeste do Brasil) na formalização do Protocolo Verde. Mas, em 
agosto de 2008, o BNDES e os bancos públicos federais celebraram, com o 
Ministério do Meio Ambiente, o Protocolo de Intenções pela Responsabili-
dade Socioambiental, revisão atualizada do Protocolo Verde de 1995.
Fonte: BNDES ([2019], on-line)3.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
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O princípio em referência possui assento constitucional, previsto no §3º do Art. 
225 da CF/1988.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar 
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados. (BRASIL, 1988, on-line).
Segundo Barbieri (2016), o princípio do poluidor-pagador atribui ao Estado o 
dever de estabelecer um tributo ao agente poluidor. São dois os objetivos espe-
rados da aplicação desse princípio.
O primeiro é de natureza fiscal, o qual relaciona a necessidade de arrecadar 
receita para custear os serviços públicos ambientais, evitando que os prejuízos 
causados pelos poluidores privados recaiam sobre a sociedade.
O segundo é de natureza extrafiscal, cujo papel é interferir nas atividades 
econômicas para estimular comportamentos socialmente desejados e desesti-
mular os indesejáveis.
Esses dois objetivos podem caminhar juntos, por exemplo, quando há a 
cobrança de impostos sobre produtos que acabam gerando resíduos de natu-
reza tóxica, em que a receita gerada é utilizada para cobrir gastos com a gestão 
pública desse resíduo, como a coleta, o tratamento e a disposição final adequada, 
que pode diminuir o consumo destes produtos. Ou até mesmo diminuir ou isen-
tar a tributação de produtos com melhor desempenho ambiental, por exemplo, 
uma geladeira que consome menos energia.
O conceito de poluidor é definido pelo Art. 3°, inciso IV, da Lei 6.938/1981 nos se-
guintes termos: “poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou priva-
do, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação 
ambiental.”
Fonte: Souza ([2019], on-line)4.
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OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que também podem ser 
conhecidos como os Objetivos Globais, tratam-se de um chamado universal que 
visa a ações contra a pobreza, proteção do planeta e busca garantir que as pes-
soas tenham paz e prosperidade. Os ODS deverão orientar as políticas nacionais 
bem como as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos, 
decorrendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). 
O Brasil teve papel importante e participou de todas as sessões da negocia-
ção intergovernamental. Dessa forma, chegaram a um acordo que contempla 
17 Objetivos e 169 metas, as quais envolvem temáticas diferentes. Além disso, 
o Brasil teve grande importância na implantação dos ODM, e tem mostrado 
grande empenho quanto aos ODS, com criações de diversos comitês para apoiar 
o processo pós-2015. 
Dessa forma, os resultados de todas as conferências das Nações Unidas esta-
beleceram uma base sólida para o desenvolvimento sustentável e ajudaram a 
moldar a nova agenda. 
Os novos Objetivos entraram em vigor no dia 1° de janeiro de 2016, tendo 
como principal foco a erradicação da pobreza extrema até 2030. Os temas dos ODS 
[...] envolvem diferentes temáticas, tais como: erradicação da pobreza, 
segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, 
redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões susten-
táveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentá-
veis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, 
crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, go-
vernança, e meios de implementação (EMBRAPA, 2017, on-line)5.
O poluidor que usa gratuitamente o meio ambiente para nele lançar po-
luentes invade a propriedade pessoal de todos os outros que não poluem, 
confiscando o direito de propriedade alheia.
(Paulo Affonso Leme Machado)
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
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Conheça Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):
Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, a melhoria da nutrição e pro-
mover a agricultura sustentável.
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as 
idades.
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, promover oportunida-
des de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade da água, a sua gestão sustentável e o saneamento para 
todos.
Objetivo 7. Assegurar para todos o acesso confiável, sustentável, moderno e barato à energia.
Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego 
pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e susten-
tável, fomentar a inovação.
Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e 
sustentáveis.
Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os seus impactos.
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos 
para o desenvolvimento sustentável.
Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, 
gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação 
da terra e deter a perda de biodiversidade.
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, 
proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclu-
sivas em todos os níveis.
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desen-
volvimento sustentável (AGENDA 2030, 2015).
Fonte: adaptado de Unric ([2019], on-line)6. 
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No ano 2000, o Pacto Global foi lançado pelo então secretário-executivo das 
Nações Unidas, Kofi Annan, e surgiu da necessidade de mobilizar a comuni-
dade empresarial do mundo para a adoção de valores fundamentais e inter-
nacionalmente aceitos em suas práticas de negócios.
A iniciativa global é um avanço na implementação de um Regime de Direi-
tos Humanos e Sustentabilidade empresarial. Pacto Global não é um instru-
mento regulatório, um código de conduta obrigatório ou um fórum para 
policiar as políticas e práticas gerenciais. É uma iniciativa voluntária que 
procura fornecer diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e 
da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inova-
doras. A sede do Pacto Global é em Nova York.
Para saber mais, acesse: <http://pactoglobal.org.br/o-que-e/>.
Fonte: as autoras.
Para saber mais sobre o assunto, assista o vídeo a 
seguir.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM NOVO MODELO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A definição aceita e difundida até os dias atuais sobre desenvolvimento sustentá-
vel trata da capacidade da geração atual em suprir suas necessidades, pensando 
nas gerações vindouras. Dessa maneira, conseguimos associar que nossa jornada 
rumo ao desenvolvimento sustentável teve início no Rio de Janeiro, em junho 
no ano de 1992, quando a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (Unced) foi realizada e adotou uma agenda para 
o meio ambiente e o desenvolvimento (século XXI). Referida como Agenda 21, 
a Unced convocou um Programa de Ação para o Desenvolvimento Sustentável 
que continha a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e 
reconheceu o direito de cada nação de progredir social e economicamente, além 
de atribuir aos Estados a responsabilidade de adotar um modelo de desenvol-
vimento sustentável e a Declaração de Princípios Florestais. Acordos também 
foram alcançados na Convenção sobre Diversidade Biológica e na Convenção-
Quadro sobre Mudança do Clima.
Também abordamos, nesta unidade, os Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS), que definem as prioridades, bem como aspirações globais 
para o ano de 2030. Os ODS representam uma grande oportunidade que visa a 
eliminar a pobreza e outras externalidades para colocar o mundo em uma tra-
jetória mais sustentável. Destacamos a participação do Brasil nas negociações 
e nos acordos dos 17 Objetivos e 169 metas que envolvem diferentes temáticas.
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento 
e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos, e que esse desenvol-
vimento sugere a qualidade em vez da quantidade. E, por fim, o resultado desses 
recursos depende não só da existência humana e da diversidade biológica, mas 
também do próprio crescimento econômico.
35 
1. O tripé da sustentabilidade, denominado de triple bottom line, está expresso 
em três dimensões: capital humano, capital natural e benefício econômico, 
que precisam estar relacionadas para que o desenvolvimento sustentável seja 
alcançado. Mediante o exposto, explique o tripé da sustentabilidade.
2. O desenvolvimento sustentável é uma expressão usada para designar um mo-
delo que tente conciliar a parte econômica e a preservação dos recursos na-
turais que estão disponíveis. Diante desse contexto, defina desenvolvimento 
sustentável.
3. O homem vive em aglomerações urbanas cada vez maiores, demandando 
maiores quantidades de recursos e gerando grandes quantidades de resíduos 
que se encontram crescentes em virtude dos maiores consumo e desperdício. 
Mediante o exposto, como continuar a promover adaptações no ambiente na-
tural, sem esgotar os recursos naturais disponíveis?
4. Os problemas ambientais globais, muitas vezes, exigem respostas globais; as 
iniciativas de gestão, nesse nível de abrangência, estão baseadas em acordos 
intergovernamentais e na atuação dos organismos criados para administrá-los. 
Diante disso, cite, pelo menos, dois problemas ambientais de ordem global e 
explique as causas deles.
5. As questões ambientais dentro das organizações surgiram da necessidade 
do homem em organizar melhor suas diversas formas de se relacionar com 
o meio ambiente. Acerca desse assunto, quais práticas de gestão ambiental 
uma organização pode implementar para reduzir e/ou controlar os impactos 
ambientais?
36 
A recente evolução do desenvolvimento sustentável
É bem recente a integração da ideia de desenvolvimento econômico social sendo delimi-
tada pela perspectiva de sustentabilidade ambiental, tendo por marco inicial as discussões 
sobre o meio ambiente, ocorridas na cidade sueca de Estocolmo, datada no ano de 1972.
Portanto, são apenas quatro décadas. Até então, a perspectiva do desenvolvimentismo 
atuava como solução humana. Em síntese, o que se tinha era uma produção crescente 
movimentando recursos em termos planetários cada vez maiores que acabaram por le-
var a alterações do ecossistema com reflexos cada vez mais intensos. Já em Estocolmo, 
chega-se à conclusão de que a produção é a maior responsável pela degradação. O que 
fazer num mundo em expansão?
A questão passa a ganhar corpo e, em 1983, a ONU indica Gro Harlem Brundtland – a 
primeira-ministra da Noruega – como chefe da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, cujo objetivo era o deanalisar e refletir a questão ambiental em 
termos globais. O resultado surgirá em 1987, quando o grupo apresentou o documento 
Nosso Futuro Comum, que acabou conhecido como Relatório Brundtland e cujo texto 
se consagrou no conceito de desenvolvimento sustentável.
O documento passou a utilizar a expressão “desenvolvimento sustentável”, com a se-
guinte definição: “forma como as atuais gerações satisfazem as suas necessidades 
sem, no entanto, comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem suas 
próprias necessidades”.
O cenário atual do objeto de estudo é tema que institucionalmente encontra seu mo-
mento crucial no evento internacional realizado em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, 
batizada com a sigla de CNUMAD, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Am-
biente e Desenvolvimento, mas cuja denominação acabou popularizada como Rio-92 
ou Eco-92, em que se protagonizaram a discussão e a reflexão da questão da proteção 
ambiental, enfatizando como instrumento a meta de se ajustar ao desenvolvimento sus-
tentável. Resultante do encontro e lastreada por 179 países, foi produzida a Agenda 21, 
que visava constituir um plano de trabalho baseado na hierarquização das prioridades 
quanto às diretrizes em relação à integração do desenvolvimento do uso sustentável 
dos recursos do meio ambiente.
O tema retoma a uma postura de destaque no ano 2000, a partir de um diagnóstico das 
ações produzidas a partir do Rio-92, em torno do qual foram propostos os Objetivos de 
Desenvolvimento para o Milênio – ODM, agora endossado por 199 nações, como impor-
tante documento produzido dentro da Cúpula do Milênio promovida pela ONU e dando 
atenção especial aos países com menor e em desenvolvimento. Os ODM estabeleciam 
levantamento de indicadores para o monitoramento das ações, assim definiu-se o prazo 
para o segmento de tempo 2000 a 2015.
O ano de 2012 vai marcar os vinte anos de Rio-92, daí a ideia de retomada e de reen-
contro em torno da temática na agora denominada Rio+20, que teve por resultante a 
37 
confecção de documento que propunha a integração de lideranças políticas internacio-
nais em ação comum, visando o desenvolvimento sustentável. Ainda foi criado o Grupo 
de Trabalho Aberto, que ao final de mais de ano de estudos propôs os 17 objetivos que 
deveriam compor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS.
Assim o triênio 2012-2015 será caracterizado por um extenso e intenso processo 
de consultas junto à sociedade civil, setores privados específicos e ao setor públi-
co dos diversos governos locais em relação aos ODS. O resultado será que no ano de 
2015 a Cúpula das Nações Unidas, sobre o Desenvolvimento Sustentável, confirma 
os 17 objetivos e suas metas. Tratam-se dos seguintes aspectos: erradicação da po-
breza; fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; educação de quali-
dade; igualdade de gênero; água potável e saneamento; energia acessível e limpa; 
trabalho decente e crescimento econômico, indústria inovação e infraestrutura; re-
dução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção 
 responsáveis; ação contra a mudança global do clima; vida na água; vida terrestre; paz, 
justiça e instituições eficientes e parcerias e meios de implementação.
Há que se destacar o diferencial entre o ODM, Objetivos para Desenvolvimento para 
o Milênio do ano 2000, e ODS, Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. Trata-
-se da participação e engajamento social desta última em contraposição ao primeiro, 
elaborado de cima para baixo, desenvolvida por grupo de especialistas, que acaba por 
ser a característica que se destaca na Agenda 2030. Esta, seguindo os princípios que a 
constituíram, valoriza a participação da sociedade, seja na sua implementação, seja no 
monitoramento de seu acompanhamento, visando estabelecer um novo período futuro 
de planejamento; novamente se referirá a um segmento de tempo de 15 anos, entre 
2016 – 2030.
Como se pode observar, no curto período histórico do encaminhamento proposto à 
questão acima o problema é transformar intenções em prática, discurso em ação. Ou 
seja, talvez o problema não seja diagnosticar os problemas ou de ter conhecimento das 
práticas éticas que possam conduzir o ser humano a um futuro promissor, mas um gar-
galo entre o discurso e a operação, entre o que o sujeito diz e o que o sujeito faz.
Isto pode parecer fato secundário, porém, num sistema democrático é problema de pri-
meira ordem, pois que neste temos vontade representada e representante, e ação des-
conectada do almejado; coloca em xeque o sistema democrático, à medida que o rito 
democrático das eleições não se converte em gestão democrática dos eleitos.
Se não enfrentarmos simultaneamente da discussão dos meios de financiamento destes 
objetivos, vamos estar trabalhando apenas no plano da retórica. Sem dúvida a formu-
lação dos objetivos é muito importante, mas sem se dispor da origem dos recursos e 
forma de alocá-los, a qualidade do gasto a produtividade deste investimento no enfren-
tamento no enfrentamento destes objetivos, nós não estaríamos proporcionando uma 
abordagem integral completa para enfrentar este desafio.
Fonte: Marcon (2017, on-line)7.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Sustentabilidade: O que é – O que não é
Leonardo Boff
Editora: Vozes
Sinopse: a sustentabilidade representa, diante da crise socioambiental 
generalizada, uma questão de vida ou morte. O autor faz um histórico 
do conceito desde o século XVI até os dias atuais, submetendo a uma 
rigorosa crítica os vários modelos existentes de desenvolvimento 
sustentável.
REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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2Em: <https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 06 maio 
2019.
3Em: <https://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Hotsites/Relatorio_
Anual_2011/Capitulos/atuacao_institucional/o_bndes_e_protocolo_verde.html>. 
Acesso em: 06 maio 2019. 
⁴Em: <http://conteudojuridico.com.br/artigo,principio-do-poluidor-pagador-no-di-
reito-ambiental,51220.html>. Acesso em: 06 maio 2019.
⁵Em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/24070630/artigo-
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maio 2019.
⁶Em: <https://www.unric.org/pt/17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel>. 
Acesso em: 06 maio 2019.
⁷Em: <http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/a-recente-evolucao-
-do-desenvolvimento-sustentavel/107557/>. Acesso em: 06 maio 2019.
GABARITOGABARITO
1. O tripé da sustentabilidade é dado pelo: social, econômico e ambiental.
O social é referente ao capital humano, em que estão envolvidos os aspectos 
como o cumprimento da legislação trabalhista, ambiente bom e saudável, rela-
cionamento com a sociedade no geral. O meio ambiente é referente ao capital 
natural, em que devemos pensar em formas de diminuir e compensar os impac-
tos ambientais negativos.
O econômico trata-se na parte econômica, deve-se pensar no desenvolvimento, 
analisando temas ligados à distribuição dos bens e consumos, à produção de 
forma sustentável.
2. É aquele que busca atender às necessidades das gerações atuais, sem compro-
meter a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas necessidades e 
aspirações.
3. É importante que a sociedade se paute em uma gestão ambiental consciente. A 
conscientização e o reconhecimento das questões envolvendo a estreita trama 
de variáveis que compõem a realidade das cidades podem ser a solução do pro-
blema; isso significa que o conhecer precede o agir.
4. Alterações climáticas são causas das atividades antrópicas, tais como: derrubada 
de florestas para obtenção de madeira e lenha, espaço para agricultura, indús-
trias e assentamentos, lançamentos de gases na atmosfera; consequência do 
aquecimento global.
Aumento de gases por emissões atmosféricas: geradas por atividades antrópi-
cas, aumentam a retenção das radiações infravermelhas e contribuem para ele-
var a temperatura média global do planeta. Podem causar o efeito estufa.
Aquecimento global: pode causar a elevação do nível dos oceanos pelo derreti-
mento das geleiras e pela expansão do volume de água, devido ao aumento da 
temperatura. Queimadas florestais: emissões atmosféricas que podem ajudar no 
efeito estufa.
5. A gestão ambiental deve pensar em práticas que estejam associadas à conser-
vação e à preservação da biodiversidade, à reciclagem das matérias-primas e à 
redução do impacto ambiental de atividades antrópicas sobre os recursos na-
turais. Além disso, podem estar associados à gestão ambiental técnicas para a 
recuperação de áreas degradadas, reflorestamento, métodos para a exploração 
sustentável de recursos naturais, estudo de riscos e impactos ambientais para a 
avaliação de novos empreendimentos ou a ampliação de atividades produtivas.
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Professora Me. Renata Cristina de Souza Chatalov
Professora Me. Natália Christina da Silva Matos
EMPRESAS E O MEIO 
AMBIENTE
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar os modelos de sustentabilidade empresarial. 
 ■ Descrever a importância da sustentabilidade econômica para as 
organizações. 
 ■ Apresentar as formas de Responsabilidade Social Empresarial.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Modelos de sustentabilidade empresarial
 ■ Empresas e a Sustentabilidade Econômica
 ■ Responsabilidade socioambiental
Introdução
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, estudaremos a relação entre as empresas e o 
meio ambiente.
Iniciaremos nossos estudos abordando a questão das empresas e a contami-
nação ambiental, em que apresentaremos vários acidentes ambientais envolvendo 
empresas no decorrer dos anos, tivemos dois acidentes trágicos aqui no Brasil, 
o desastre de Mariana (MG) que aconteceu no ano de 2015, e o desastre em 
Brumadinho (MG). 
Será abordada a questão da industrialização e o meio ambiente, uma vez que 
dependemos de muitas atividades industriais, mas devemos estar em consonância 
com o meio ambiente, além de apresentar a declaração de princípios das indús-
trias e os 16 princípios da gestão ambiental que envolvem as empresas. Também 
discutiremos as posturas das empresas no que diz respeito à questão ambiental: 
preocupação básica, postura típica, ações típicas, áreas envolvidas, entre outros.
Além da questão ambiental, estudaremos a questão da Sustentabilidade 
Econômica, uma dimensão que afeta todos os setores, pois uma atividade deve 
ser rentável e economicamente viável.
Apresentaremos as economias da sustentabilidade (neoclássica e forte), e a 
economia verde, postura que muitas empresas têm adotado, a de se preocupar 
com a sustentabilidade em seus negócios.
No que diz respeito aos negócios, estudaremos que a sustentabilidade incorpo-
rada nas organizações tem um fator competitivo importante, pois essas empresas 
têm um diferencial de mercado, a conquista de novos clientes, a obtenção de 
ganhos indiretos,a melhoria da imagem perante a sociedade.
Se uma organização deve investir em sustentabilidade, de onde virão esses 
recursos? Estudaremos a questão de investimentos e custos de empresas susten-
táveis. Investimentos em ecoeficiência, produção mais limpa (P + L), projetos 
para o meio ambiente, licitações sustentáveis, custo ambiental e também incen-
tivos a práticas de sustentabilidade.
Finalizaremos nossos estudos com a questão da Responsabilidade Social 
Empresarial, diferenciando empresas que têm ações filantrópicas daquelas que 
realmente têm as práticas de Responsabilidade Social.
EMPRESAS E O MEIO AMBIENTE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E46
MODELOS DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Neste estudo, abordaremos a questão das empresas e a contaminação ambien-
tal, bem como apresentaremos alguns acidentes ambientais que tiveram grande 
notoriedade. 
EMPRESAS E CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
Na nossa primeira unidade, vimos que a Revolução Industrial foi um marco 
no que diz respeito aos problemas ambientais e, a partir dessa época, tivemos 
crescimento na ordem de produção e, consequentemente, inúmeras catástrofes 
ambientais, que tiveram grandes consequências regionais e globais. 
Segundo Dias (2017), a expansão industrial e toda a prática predatória na 
retirada de matéria-prima do meio ambiente ocorreram durante todo o século 
XIX e parte do século XX. A visão nessa época era que os recursos naturais eram 
infinitos e estariam disponíveis sempre para o homem. Foi somente a partir da 
década de 70 que essa visão começou mudar, pois foi perceptível a possibilidade 
de se esgotar os recursos naturais. 
Dentre os problemas mais comuns decorrentes da industrialização, podemos 
evidenciar a questão da destinação final adequada de resíduos sólidos, efluentes e 
emissões atmosféricas, decorrentes de processos industriais que, se forem lançados 
de forma inadequada, podem causar problemas ambientais e danos à saúde humana. 
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De acordo com Barbieri (2016, p. 7), 
[...] ao longo do século XX, foram os grandes acidentes industriais e a 
contaminação resultante deles que acabaram chamando a atenção da 
opinião pública pela gravidade do problema. Alguns problemas am-
bientais se tornaram assunto global e, pela visibilidade e facilidade de 
compreensão quanto à causa e efeito, constituíram-se na principal fer-
ramenta de construção causados pela má gestão. 
No decorrer dos anos, tivemos muitos acidentes ambientais, que trouxeram gra-
ves consequências para o meio ambiente, a saúde humana e até morte de pessoas. 
Podemos observar os principais acidentes na Figura 1. 
Houve a
contaminação
na baía de
Minamata, no
Japão, que
ocorreu desde
o ano de 1939
devido a uma
indústria química
instalada às
margens.
Em Feyzin 
(França), um 
vazamento de 
GPT causou a 
morte de 18 
pessoas e 
deixou 65 
intoxicadas.
No dia 10 de 
junho de 
1976, em 
Seveso 
(Itália), a 
fábrica 
Ho�mann-La 
Roche 
liberou uma 
nuvem de 
um 
desfolhante 
conhecido 
como agente 
laranja e que 
continha 
dioxinas.
Em San 
Juanico 
(México), um 
incêndio de 
GLP, seguido 
de explosão, 
causou 650 
mortes e 
deixou 6.400 
feridos.
Um incêndio 
provocado 
em uma 
unidade de 
enxofre da 
Al-Mishraq, 
perto de 
Mosul, no 
Iraque, se 
prolongou 
durante um 
mês, 
liberando 
910.000 
toneladas de 
óxido de 
enxofre.
Em outubro, 
houve o 
rompimento 
da barragem 
de rejeito de 
uma mina de 
alumínio na 
Hungria. A 
lama tóxica 
derramada na 
região de Ajka, 
a 165 km de 
Budapeste, fez 
com que a 
Hungria 
declarasse 
estado de 
emergência. 
Foram 
despejados 1,1 
milhões de 
metros cúbicos 
de lama tóxica 
vermelha, 
inundando três 
vilarejos.
Em San Carlos 
(Espanha), um 
caminhão-tan-
que carregado 
de propano 
explodiu, 
causando 216 
mortes e 
deixando 200 
feridos.
Dia 26 de abril, em 
Chernobyl, antiga 
URSS, houve um 
acidente na usina 
nuclear, causado 
pelo desligamento 
do sistema de 
refrigeração com o 
reator ainda em 
funcionamento. A 
radiação 
espalhou-se, 
atingindo vários 
países.
Uma série de 
explosões de 
grandes 
proporções 
ocorreu em uma 
fábrica de 
produtos 
químicos em Jilin, 
na China. Houve 
milhares de 
vítimas, e o rio foi 
atingido também.
1956
1966
1976
1978
1984
1986 2005
2003 2010
Figura 1 - Principais acidentes ambientais mundiais 
Fonte: adaptado de Barbieri (2016); Dias (2017).
EMPRESAS E O MEIO AMBIENTE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E48
Aqui no Brasil, no dia 5 de novembro 
de 2015, em Mariana (MG), ocorreu 
um grave acidente ambiental. O rom-
pimento de uma barragem de rejeitos, 
provenientes da atividade de extração 
de minério de ferro, fez com que a 
lama tóxica fosse lançada. Isso causou 
a morte de 19 pessoas e atingiu 35 cida-
des do estado de Minas Gerais, além de 
consequências ambientais (Figura 2). 
Já se passaram mais de três anos 
do acidente que ocorreu em Mariana 
(MG) e os impactos ambientais 
ainda não são totalmente conheci-
dos. Fazendo a menção desse grave 
acidente em nossa disciplina de 
responsabilidade social e sustentabi-
lidade, podemos fazer uma reflexão 
e nos perguntarmos: e a dimensão 
social, como foi afetada nessa tragédia? 
Quais são os impactos sociais ocasio-
nados por esse acidente ambiental?
Além das 19 pessoas que morreram, a tragédia em Mariana provocou um 
conjunto incalculável de prejuízos às cidades e aos povoados das margens do rio; 
famílias que perderam suas casas; milhares de pessoas com futuro incerto; a ativi-
dade pesqueira, fonte de renda para muitas famílias ribeirinhas, foi comprometida; 
a enxurrada com a lama metálica causou assoreamento no rio, comprometendo 
também o abastecimento de água e provocando a mortalidade de peixes. 
Além destes problemas sociais, será que a dimensão econômica também foi 
afetada? Podemos pensar em prejuízos imensos que impactam a oferta de ser-
viços essenciais, como geração de energia, serviços de abastecimento de água, 
saúde pública, transporte, educação, dentre outros. Além de pensarmos no pre-
juízo para “tentar” recuperar a área que foi completamente degradada. 
Figura 2 - Desastre de Mariana
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Ainda não foi possível medir completamente a proporção dos impactos 
ambientais causados pelo acidente ocorrido em Mariana (MG), pois boa parte da 
lama ainda está nas margens e na calha do rio, além disso, parte dos rejeitos ainda 
está sendo transportado pelas correntes marinhas. As análises físico-químicas 
e microbiológicas do monitoramento ambiental ainda não trazem dados segu-
ros quanto à potabilidade da água e se os peixes estão propícios para o consumo. 
Com o acidente de Mariana, podemos perceber que houve um desequilíbrio 
nas dimensões ambientais, econômicas e sociais, os prejuízos são incalculáveis. 
Infelizmente, tragédias ambientais continuam acontecendo: três anos depois 
do acidente ambiental que ocorreu em Mariana (MG), no dia 25 de janeiro de 
2019, rompeu-se uma barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho (MG), oca-
sionando a morte de muitas pessoas, além de problemas ambientais. 
Em novembro de 2015, no município de Mariana, ocorreu o rompimento da 
barragem

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