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Anamnese e propedêutica obstétrica: A divisão didática deve incluir: Identificação: nome, idade, etnia, nacionalidade, naturalidade, procedência, estado civil, número de parceiros, ocupação (intoxicações, esforço físico, ortostáticos, insa- lubres). Dados sócio-econômicos: escolaridade, profissão, condições de moradia, ocupação do cônjuge. Antecedentes pessoais e familiares: antecedente de HAS, DM, TB, cânceres, doenças mentais, malformações congênitas, transfusões sanguíneas, cirurgias anteriores, rea- ções a medicamentos, vacinação. Antecedentes ginecológicos: menarca, ciclos menstruais, métodos anticoncepcionais, esterilidade, ISTs, número de parceiros sexuais, patologias mamárias, cirurgias obs- tétricas/ginecológicas (cesáreas, miomectomias, cirurgias no colo uterino, dilatações cervicais, abortos com curetagem uterina), procedimentos em mama (mamoplastias redutoras e próteses mamárias). Antecedentes obstétricos: gestações, partos, cesáreas, nascidos vivos e mortos, com- prometimento fetal (prematuros, macrossomia fetal, aborto, gravidez ectópica, qual- quer outro desfecho obstétrico desfavorável), puerpério, aleitamento, DUM, DPP. Condições e hábitos de vida: uso de medicamentos, hábitos alimentares, atividades e exercícios físicos, fumo, álcool, drogas, trabalho, viagens aéreas e terrestres, ativida- de sexuais, lazer, atualização vacinal, imunizações. Exame físico geral: Geral: avaliação de dados vitais (peso, pulso, FC, temperatura, mucosas, PA, ingurgitamento jugular, varizes, pele, tireoide, ausculta cardiopulmonar, abdome e membros inferiores), estatura e condições de nutrição. Exame físico das mamas: examinar mensalmente as mamas da gestante. Inspeção: Aspecto geral Estática Deambulação: marcha anserina. Cabeça e pescoço: sinal de Halban (formação de lanugem junto ao limite do couro cabeludo), cloasma, epúlide gravídica (edema/tumor gengival). Tórax: hiperpigmentação da aréola, sinal de Hunter (aréola secundária), tubérculos de Montgomery, colostro, rede venosa superficial de Haller (mama), estrias, presen- ça ou não de nódulos. Abdome: estrias violáceas, linha nigra, forma e volume (peduncular, globoso, ovoi- de), presença ou não de diástese dos músculos retoabdominais. Genitais externos: sinal de Jacquemier Kluge (coloração violácea da vulva e vagina). Membros inferiores: edema e varizes. Palpação: Altura uterina (medida realizada a partir da borda superior da sínfise púbica até o fundo uterino delimitado pela compressão cubital da mão). Semanas Onde o útero se encontra 12 Sínfise púbica 16 Entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical 20 Cicatriz umbilical 18-32 X semanas = X cm 40 Apêndice xifoide (mais ou menos 34 cm) Percepção dos movimentos fetais: Com 18-20 semanas de gestação, já é possível palpar partes identificáveis do corpo fetal e seus movimentos. Dinâmica uterina: frequência, tônus, intensidade e duração das contrações. Palpação do fundo uterino e flancos: define localização, situação e posição fetal – manobras de Leopold (a partir de 28 semanas): Ausculta: Pode ser com pinard (20-22 sem) ou com sonar Doppler (10-12 sem). Sempre ouvir antes, durante e depois da contração. Normal: 110 a 160 bpm. Localização do dorso fetal: infraumbilical (cefálicas), supraumbilical (pélvicas), cica- triz umbilical (transversas). Exame ginecológico: Exame genital externo: Identificar lesões, tumores ou anormalidades que possam atrapalhar o parto vaginal. Integridade ou rotura perineal, cistocele, retocele. Exame especular: Paredes vaginais, fundo de saco, colo uterino (ectrópio, pólipos). Muco: abundante e fluido (quando desidratado: folhas de samambaia – fala contra gravidez). Toque vaginal: Resistência e elasticidade da cavidade vaginal. Colo uterino – posição, consistência, comprimento e permeabilidade. Pelvimetria uterina. Sinal de Hegar: 6-8 semanas. Útero adquire con- sistência elástica e amolecida principalmente na re- gião do istmo, o que permite que seja fletido sobre o colo uterino quando examinado simultaneamente pela palpação abdominal e toque vaginal. Sinal de Piskacek: a implantação ovular faz com que o útero cresça de força assimétrica e adquira, nessa região, consistência amolecida e forma abau- lada, se comparada com o restante do órgão. Sinal de Nobile-Budin: quando o toque bidigital examina os fundos de saco vaginais, pode-se perceber que estão preenchidos pelo útero gravídico que assumiu forma globosa. Sinal de Osiander: através do toque vaginal, pode-se sentir a pulsação arterial no fundo de saco, achado característico de crescimento uterino rápido. Episiotomia: Definição: procedimento cirúrgico vulvoperineal usado em obstetrícia para aumentar a a- bertura vaginal com uma incisão no períneo. Tem a finalidade de impedir ou diminuir o trauma dos tecidos do canal de parto. Indicações: prematuridade (relativo), feto macrossômico, períneo pouco distensível com a musculatura tensa (rigidez perineal), primiparidade (relativo), parto operatório transpélvico (fór- cipe ou vácuo-extração), sofrimento fetal agudo, parto vaginal com apresentação pélvica. Lesão perineal: Primeiro grau – atinge somente pele e mu- cosa. Segundo grau – afeta músculo e fáscia do períneo. Terceiro grau – compromete o esfíncter a- nal. Quarto grau – compromete o esfíncter anal e a mucosa retal. Tipos: Mediana (ou perineotomia). Médio-lateral. Quando realizar: No final do segundo estágio (expulsão) do parto vaginal, mas antes que a apresenta- ção distenda acentuadamente o períneo. Realizada com tesoura ou bisturi (e necessita de sutura). Quando o polo cefálico puder ser visualizado durante as contrações. Não deve ser realizada precocemente para evitar o sangramento desnecessário e nem tardiamente quando já houve dano no assoalho pélvico. Tipos Mediana Médio-lateral O que é Incisão vulvovaginoperineal mediana, partindo da fúrcula até próximo ao esfínc- ter externo, seccionando sucessivamente a mucosa vaginal, a pele e as fáscias super- ficial e profunda dos músculos levantado- res do ânus no cruzamento da rafe medi- ana. Inicia-se na linha média da fúrcula poste- rior e direciona-se lateralmente em um ângulo de aproximadamente 45º em dire- ção à tuberosidade isquiática. Vantagens Mais fácil realização e sutura Resultado estético favorável Menor dor pós-operatória Menor risco de laceração anorretal Desvantagens Maior risco de laceração anorretal de ter- ceiro e quarto graus Maior sangramento e dor pós-operatória Características Deve ser evitada em períneos < 3 cm, na macrossomia fetal, nas posições e apre- sentações anômalas e nos partos operató- rios difíceis. São seccionadas as seguintes estruturas: pele e tecido subcutâneo, músculo bulbo- cavernoso e fáscia, músculo superficial e transverso do períneo, músculo levanta- dor do ânus e fáscia. Como fazer: Assepsia perineal com clorexidine aquosa Anestesia local – infiltra-se os tecidos do trajeto onde será feita a incisão com lidoca- ína a 1%, tanto no plano superficial como profundo. Anestesia loco-regional (bloqueio do nervo pudendo): infiltração de lidocaína a 2% na região da espinha isquiática. As incisões devem ser feitas quando a cabeça fetal solicita o levantador do ânus, ou seja, quando esta for visível em uma extensão de 2 a 3 cm. Riscos: extensão da lesão, hemorragia significativa, dor no pós-parto, edema, infecções, dis- pareunia, endometriose na episiorrafia(rara). Episiorrafia: Utilizar fios de sutura absorvíveis. Revisar o canal de parto à procura de eventuais lacerações que serão suturadas. A ocorrência de lacerações perineais é frequente, especialmente em primíparas. Mucosa vaginal – pontos contínuos. Planos musculares – pontos separados. Plano do tecido celular subcutâneo – pontos separados. Pele: pontos contínuos ou separados. Evolução clínica do parto e mecanismo do parto: Trajeto ou canal de parto: Trajeto mole – é constituído pelo segmento inferior do útero, o colo uterino, a vagi- na e a região vulvoperineal. Trajeto duro (bacia) – é constituída dos ossos ilíacos, sacro e coccige com suas res- pectivas articulações (sínfise púbica, sacro-iliacas e sacrococcígea) e promontório. O objetivo principal é avaliar o promontório, espinhas isquiáticas e ângulo púbico. Conjugatas: Vera anatômica – do promontório à parte externa da sínfise púbica – 11 cm. Vera obstétrica – do promontório à parte interna da sínfise púbica – 10,5 cm. Diagonalis – do promontório à borda inferior do pube – 12 cm. Tipos fundamentais de bacia: ginecoide (normal), antropoide, platipelóide (chata), androide. Pelvimetria: Externa – por meio de instrumentos, pouco preciso. Interna – toque vaginal. Avaliação complementar: RX, TC, RNM, USG. Estática fetal: Situação: relação entre os eixos longitudinais fetal e uterino. Pode ser: longitudinal, transversa ou oblíqua. Atitude: relação das diversas partes fetais entre si. Pode ser fletido (convexo) ou es- tendido (côncavo). Apresentação: região fetal que se loca na área do estreito superior da bacia, ocupan- do-a em seu todo. Pode ser cefálica, pélvica, de espáduas ou córmica. Altura da apresentação: planos de De Lee (plano zero – espinhas ciáticas). Posição: relação entre o dorso fetal e o lado da mãe. Pode ser direita ou esquerda. Variedade de posição: relação entre o ponto de referência da apresentação e o ponto de referência da pelve materna. Nomenclatura: as variedade de posição nomeiam-se pelo emprego de letras. A pri- meira refere-se ao feto e as outras à mãe. Exame físico para diagnosticar a apresentação e posição fetal: palpação abdominal (técnica alemã), exame vaginal, ausculta. Divisão didática do trabalho de parto: Período premunitório (pré parto): Início: 30-36 sem. Preparo do útero para o parto. Descida do fundo uterino (“queda do ventre”). Acomodação da apresentação ao canal de parto. Formação e adelgaçamento do segmento uterino inferior. Orientação do colo uterino que passa a se alinhar ao eixo vaginal. Amolecimento, apagamento e centralização do colo uterino. Aumento das secreções cervicais, com muco e raias de sangue. Duração: 14 – 20 h. Contrações de Braxton Hicks. Fases clínicas do parto: Período de dilatação: Contrações uterinas rítmicas, coordenadas e dolorosas (2 em 10 min – duração: 50 a 60 s). Colo uterino – apagamento e dilatação. Projeção de membranas ovulares – “formação da bolsa das águas”. Perda do tampão mucoso. Rotura espontânea ou não da bolsa. Duração: 10 a 12h (primíparas) e 6 a 8h (multíparas). Período expulsivo: Início: dilatação total do colo uterino (10 cm). Término: expulsão total do concepto. Apresentação comprimindo o períneo durante as contrações. Contrações: 5 em 10 min – durando 60 a 70 s. Presença de puxos e desejo de defecar. Insinuação da apresentação. Duração: 50 min (primíparas) ou 20 min (multíparas) – é considera- do prolongado acima de 2h. Dequitação/secundamento: Descolamento e expulsão da placenta e membranas ovulares. Baudelocque-Shultze (75%) – desprendendo-se pela face fe- tal (forma de guarda chuva), sangramento se exteriorizan- do após saída da placenta. Baudelocque-Duncan – des- prendendo-se pela borda infe- rior, sangramento precede a saída da placenta. Duração: 10 a 20 min após período expulsivo. Prolongado > 30 min. Quarto período do parto: Início após secundamento até 1h após o parto. Risco de hemorragia. Mecanismo de hemostasia – miotamponagem (contração uterina), trombotamponagem (coagulação do sangue), indiferença miouterina e contração uterina fixa. Mecanismo de parto: Insinuação ou encaixe (flexão): é a passagem do maior diâmetro transverso da apre- sentação (plano biparietal) pelos limites do estreito superior da bacia materna. Palpação abdominal. Toque vaginal. Altura da apresentação. Inclinação lateral da apresentação (as- sinclitismo): anterior (sutura sagital mais próxima do sacro) ou posterior (sutura sagital mais próxima da pube). Descida ou progressão (rotação interna): Rotação interna da cabeça – levará a sutura sagital a se orientar no sentido antero-posterior da saída do canal (lambda em relação à sínfise púbica e bregma se dirige para o sacro). Insinuação das espáduas – penetração das espáduas através do estreito su- perior da bacia. Desprendimento (deflexão): Desprendimento do polo cefálico (hipomóclio e movimento de deflexão). Rotação externa da cabeça (movimento de restituição). Rotação interna das espáduas. Desprendimento das espáduas (hipomóclio). Ultimação do parto. Laqueadura do cordão umbilical. Partograma: Definição: ferramenta de avaliação e interpretação da progressão do trabalho de parto. Sua característica central é a anotação gráfica da dilatação cervical, mas a descida da cabeça fetal e a atividade uterina são também indicadores da progressão do trabalho de parto. Objetivo: acompanhar sua evolução, documentar, diagnosticar alterações e indicar a tomada de condutas apropriadas para a correção de desvios, evitando intervenções desnecessárias e com- plicações decorrentes destas indicações. Identificar as fases latente e ativa no trabalho de parto. Preenchimento: O primeiro registro do partograma deve ser feito no início da fase ativa. Após o primeiro registro de dilatação, traça-se a linha de alerta e a linha de ação. A dilatação cervical é representada por triângulos. A dilatação está representada À esquerda em centímetros e a altura da apresenta- ção, à direita, segundo o plano de De Lee. Os toques vaginais devem ser feitos de acordo com a progressão do parto (a cada 4h) e, neles, devem ser avaliadas as condições do colo uterino (dilatação e esvae- cimento), altura e variedade da apresentação e integridade ou não da bolsa. Deve-se atentar para a avaliação das contrações e dos BCF. Parto distócico: a identificação das distócias é feita pela observação da dilatação cervical e da descida da apresentação. Fase ativa prolongada: manifesta-se com dilatação progressiva, porém muito lenta, com velocidade inferior a 1 cm/h. Percebe-se que a dilatação ultrapassa fa- cilmente a linha de alerta, podendo chegar à linha de ação. Na maioria das vezes, a causa decorre de contrações ineficazes do útero e pode ser corrigida com ocito- cina e amniotomia. Parada secundária da dilatação: caracteriza-se pela persistência da mesma dila- tação evidenciada por dois toques vaginais sucessivos com intervalo de 2h ou mais estando a parturiente em trabalho de parto ativo. Pode atingir as linhas de alerta e ação e tem como principal causa a desproporção cefalopélvica. É frequen- temente associada à sofrimento fetal. Período pélvico prolongado: distingue-se pela descida lenta da apresentação. Re- sulta principalmente da ineficácia das contrações uterinas. Pode ser corrigida pela administração de ocitocina,realização de amniotomia ou utilização do fórcipe. Parada secundária da descida: caracteriza-se pela parada da descida da apresen- tação mesmo o colo estando com 100% de dilatação no intervalo mínimo de 1h. A principal causa é a desproporção cefalopélvica. Parto taquitócico/precipitado: é o trabalho de parto no qual a dilatação cervical e descida/expulsão do feto ocorrem em um período de 4h ou menos. Neste caso, o útero é hipercinético e pode ocorrer sofrimento fetal, visto que no momento da contração o nível de oxigênio é diminuído para o feto. Pode ocorrer de forma es- pontânea ou pelo uso indiscriminado de ocitocina. Anticoncepcional: Critérios de elegibilidade de um método anticoncepcional: são definidos pelo conjunto de características apresentadas pelo/a candidato/a ao uso de um determinado método e que indicam se aquela pessoa pode ou não utilizá-lo. Categoria 1: o método pode ser utilizado sem qualquer restrição. Categoria 2: o uso do método em apreço pode apresentar algum risco, habitual- mente menor do que os benefícios decorrentes de seu uso. Em outras palavras, o método pode ser usado com cautela e precauções maiores, especialmente acom- panhamento clínico mais rigoroso. Categoria 3: o uso do método pode estar associado a um risco, habitualmente considerado superior aos benefícios decorrentes de seu uso. O método não é o mais apropriado para aquela pessoa, podendo ser usado, contudo, no caso de não haver outra opção disponível ou em que a pessoa não aceita qualquer outra alter- nativa, mas desde que seja bem alertada desse fato e que se submeta a uma vigi- lância média muito rigorosa. Aqui estão enquadradas aquelas condições que anti- gamente se chamavam de contraindicações relativas para o uso do contraceptivo. Categoria 4: o uso do método em apreço determina um risco à saúde, inaceitável. O método está contraindicado. Compreende todas aquelas situações clínicas que antigamente se chamava de contraindicações absolutas ou formais. Acolhimento: Reforçar a confidencialidade e privacidade. Reconhecer a individualidade da adolescente. Informar que não há necessidade de exame ginecológica inicial. Criar ambiente aberto e empático. O que perguntar?: Histórico sexual, uso prévio de contraceptivos. História médica. Relacionamento atual e preocupações. Expectativa do método contraceptivo. Habilidade e motivação para o uso correto. Opinião sobre métodos injetáveis e LARC. Apoio em casa, apoio do parceiro. Há necessidade de esconder o método? Checar: Conhecimento do método e preferência. Qualidade do conhecimento, incluindo medo e preocupação. Se o método é adequado para as necessidades e expectativas. Identificar opções aceitáveis. Se há necessidade de screening para DST. Ajudar na escolha do método. Falar: Sobre mecanismos de ação, eficácia, uso correto e como iniciar o método. Sobre o impacto do método sobre o ciclo menstrual. Potenciais eventos adversos. Benefícios não contraceptivos. Sobre consultas de seguimento. Tranquilizar (reforço positivo): Reforçar que os benefícios dos contraceptivos superam os riscos. Uso consistente. Não é necessário interromper o método sem o contato com o médico. Reforçar que a anticoncepção é a primeira etapa da vida sexual segura. Verificar medos e preocupações que podem não ter sido esclarecidos. Anticoncepção na adolescência: Adolescência: entre o início da puberdade e a idade adulta (12-18 anos). Métodos contraceptivos mais utilizados são os preservativos, o coito interrompido e as pílulas, respectivamente. Nenhum método deve ser contraindicado baseando-se unicamente na idade da paciente. 3,6% das mulheres entre 15 e 19 anos utilizam métodos intrauterinos. Importante – a associação do preservativo com outros métodos contraceptivos é recomendada pela proteção contra ISTs, porque seu uso isolado apresenta alta ta- xa de falha. Anticoncepção oral: Supressão das gonadotrofinas, alterações no muco cervical (dificulta a entrada de esperma) e no endométrio (diminui a possibilidade de implantação). Dose: 30 a 40 mcg etinilestradiol + 150 mcg levonorgestrel (combinação e dose com menor taxa de tromboembolismo). Contraindicações relativas – lactantes entre 5 sem e 6 meses pós-parto, menos de 21 d pós-parto (não-lactantes), idade maior ou igual a 35 anos e fumante, história de HAS, DM com mais de 20 anos de duração ou doença vascular; sangramento vaginal inexplicado, ca de mama no passado ou sem evidência de doença nos úl- timos cinco anos, doença da vesícula biliar atual ou tratada com medicamentos, história de colestase relacionada ao uso de anticoncepcional oral combinado, cir- rose compensada, uso de rifampicina, griseofulvica e anticonvulsivantes. Contraindicações absolutas – gravidez, lactantes com menos de 6 semanas após o parto, HAS, idade mais ou igual a 35 anos e fumantes (> 20 cigarros/dia), cardio- patia isquêmica, doença tromboembólica em atividade no momento ou no passa- do, cirurgia de grande porte com imobilização prolongada, antecendente de AVC, doença cardíaca valvular complicada, ca de mama atual. Critério 1 de elegibilidade da OMS. Progestágenos: Indicações: todos as condições em que se deve evitar o uso de estrógeno. Uso ininterrupto. Alteração do muco cervical, tornando-o impermeável ao espermatozoide. Age sobre o endométrio, causando hipotrofia ou até atrofia (depende do grau de sensibilidade da usuária). Promove bloqueio ovulatório, mas em grau menor do que o dos combinados. Falhas ao redor de 2,5%. Critério 1 de elegibilidade da OMS. DIU: Provocam uma reação inflamatória no endométrio, com alterações histológicas e bioquímicas importantes (aumento de citocinas citotóxicas), que interferem na fi- siologia normal da espermomigração, fertilização do óvulo e implantação do blas- tocisto. Cobre (interfere na motilidade e vitalidade espermática, aumenta a produção de prostaglandinas e inibição de enzimas endometriais). Mirena. Contraindicações absolutas: gravidez, infecção pós-parto ou pós-aborto, DIP atual ou recente, cervicite purulenta, sangramento de origem desconhecida, tuberculo- se pélvica, episódios de DIP repetidos, ca genital ou pélvicos, alterações anatômi- cas do útero. Contraindicações relativas: sangramento menstrual aumentado, puerpério imedi- ato e até o 28º dia de pós-parto, comportamento de risco para IST, AIDs, doença trofoblástica benigna. Critério 2 de elegibilidade da OMS. Anticoncepção no menacme: Método de barreia: consistem na utilização de aparelhos que impedem a ascenção do espermatozoide no trato genital feminino. Obstáculo mecânico. São condom, espermicidas, diafragma, capuz cervical, DIU. Critério 1 de elegibilidade da OMS. Contraceptivos injetáveis: qualidade principal – não tem primeira passagem pelo fígado. Podem ser mensais (combinados) ou trimestrais (progestágeno). Critério 1 de elegibilidade da OMS. Medicamentos Doses Acetato de medroxiprogesterona de deposito 50 ou 150 mg Enantato de estradiol + acetofenido de algestona (dihidroxiprogesterona) 10 mg + 150 mg Valerato de estradiol + enantato de noretisterona 5 mg + 50 mg Cipionato de estradiol + acetato de medroxiprogesterona 5 mg + 25 mh Implantes: pequenas cápsulas ou bastões de material plástico, permeável, que contêm um hormônio liberado gradualmente. Implanon = bastão único com 68 mg de desogestrel. Duração: três anos. Inibição da ovulação e modificação do mu- co cervical. Pílula vaginal: do tipo monofásico para serusado na vaginal. Seguem o mesmo regime da oral. Anel vaginal: libera hormônios diariamente com o objetivo de inibir a ovulação. Desvantagens: sensação de corpo estranho e desconforto vaginal, associados a problemas no coito e à expulsão do anel. Critério 1 de elegibilidade da OMS. Anticoncepção no puerpério e lactação: O aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de pós-parto garante o es- paçamento das gravidezes. Ação fisiológica da amamentação: a hiperprolactinemia da gestação diminui os níveis de FSH e LH. Como garantir a eficácia do método – o bebê deve ter até seis meses, aleitamento exclusivo (ou quase), a nutriz deve estar em amenorreia. Métodos contraceptivos nesta fase: método de barreira, métodos hormonais. Anticoncepção na perimenopausa: Menor taxa de fertilidade + riscos inerentes de uma gravidez nesta idade + menor atividade sexual + desequilíbrios hormonais. Mais indicado: DIU. Além disso, contraceptivos orais e métodos de barreira. Anticoncepção de emergência: Visa prevenir a gestação após a relação sexual – “pílula do dia seguinte” – utiliza compostos hormonais concentrados e atua por curto período de tempo nos dias seguintes da relação sexual. Sua ação pode se dar pela inibição ou retardo da ovulação; por dificultar o ingres- so do espermatozoide no útero; por alterar a passagem do óvulo ou espermato- zoide pela tuba uterina. No entanto, se a fecundação já ocorreu, o método não é mais eficaz. Contraindicação: gravidez confirmada, hipersensibilidade, sangramento vaginal anormal e de origem ainda não esclarecida. Modo de uso: o primeiro comprimido deve ser tomado o mais breve possível (não ultrapassando 72h) e o segundo 12h depois. Se houver vomito até 2h após a inges- tão, deve-se repetir a dose. Pode passar para o leite humano (porém não interfere em sua quantidade e quali- dade). A menstruação pode se alterar após seu uso. Se atrasar mais de 7 dias da data prevista, é necessário considerar possibilidade de gravidez. Métodos anticoncepcionais e risco de trombose: O etinilestradiol induz alterações significativas no sistema de coagulação, culmi- nando com aumento da geração de trombina. Ocorre também aumento dos fato- res de coagulação (fibrinogênio, VII, VIII, IX, X, XII e XIII) e redução dos inibi- dores naturais da coagulação (proteína S e antitrombina), produzindo um efeito pró-coagulante leve. Esses efeitos são claramente observados em testes que avali- am globalmente a hemostasia, que mostram resistência adquirida à proteína C e aumento de geração de trombina. O risco de trombose é dependente da dosagem de etinilestradiol. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996: Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com 2 filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisci- plinar, visando desencorajar a esterilização precoce; II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório. Tipos de estrógenos e progestágenos em anticoncepcionais: Os hormônios usados para anticoncepção são os esteroides sexuais sintéticos: es- trógenos e progestágenos. O estrógeno que aparece nos contraceptivos hormonais orais (CHO) é o etinilestradiol. Os progestágenos usados nas formulações contraceptivas são vários e classificam- se do seguinte modo: Os derivados da 17-OH-progesterona - pregnanos são: medroxiprogesterona; clormadinona; ciproterona; dienogest; nestorona (Elcometrin); nomegestrol; tri- megestona. Os derivados da 19-nortestosterona são: estranos - norestisterona; acetato de no- retisterona; etinodiol; noretinodrel; linestrenol; gonanos - norgestrel; LNG; ges- todene; desogestrel; norgestimato. O derivado da espironolactona é drospirenona. Esses progestágenos possuem propriedades características, que os diferenciam entre si, fazendo com que produzam efeitos metabólicos diferentes. Contraceptivos orais combinados podem ser classificados em: Monofásicos – que são apresentados em comprimidos, em número de 21, 24 ou 28, todos com a mesma composição, o etinilestradiol e um progestágeno, nas mesmas doses, em todos. Bifásicos – assim chamados aqueles que são apresentados em pílulas com a mes- ma composição hormonal, mas cujos componentes apresentam-se em dois blocos com doses diferentes. Trifásicos – embora todos tenham os mesmos constituintes, são formulações em que as pílulas (21) são divididas em três blocos, cada um com doses diferenciadas dos hormônios. Índice de Pearl: Eficácia de um método contraceptivo – capacidade desse método de proteger con- tra a gravidez não desejada e não programada. Expressão pela taxa de falhas própria do método, em um período de tempo. DIU pós-parto: A inserção pós-parto não se associa a um maior risco de complicações, mas a uma maior taxa de expulsão na inserção tardia (em comparação com a imediata). O momento mais indicado para a colocação é logo após a expulsão da placenta. Depois, em qualquer momento dentro de 48 h pós-parto. Se não, só depois de pe- lo menos 4 sem. Profilaxia Pós-Exposição (PEP): Medicação antirretroviral para prevenir infecção pelo HIV após situação de risco. Disponível em mais de 50 unidades de saúde na cidade de São Paulo. A profilaxia tem duração de 28 dias e deve ser iniciada em até 72h após a exposição. Semelhante ao coquetel. Pessoas acima de 12 anos: tenofovir/lamivudina + dolutegravir. Gestante: tenofovir/lamivudina + raltegravir. Acompanhamento por 6 meses. Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): Indicada para grupos de risco – trans, profissionais do sexo, gays e outros HSH e casais so- rodiferentes. Só tem efeito se tomados corretamente. Efeito: 7 dias para relação anal e 20 dias para relação vaginal. Efeitos adversos esperados: náuseas, cefaleia, flatulência e edema. Pode ser usado durante gravidez e aleitamento. Aspecto do líquido amniótico: Transparente – prematuridade. Opalescente – pós-data. Achocolatado – morte fetal. Sanguinolento – hemoâmnio. Esverdeado/mecônio – sofrimento fetal. Claro – boa vitalidade. Claro com grumos – boa vitalidade e boa maturidade. Ruptura da bolsa das águas: Prematura – sem trabalho de parto. Precoce – início do trabalho de parto. Oportuna – final do trabalho de parto. Tardia – concomitante à expulsão do feto. Amniotomia: Ruptura artificial e intencional das membranas amnióticas através de um instrumento este- rilizado inserido na cérvice por meio do toque vaginal. Utilizado quando o atraso no progresso do trabalho de parto estiver associado à falta de contrações uterinas regulares e efetivas – tem o objetivo primário de aumentar as contrações ute- rinas e, com isso, diminuir a duração do trabalho de parto. Alimentação na gestação: Durante a gravidez, as necessidades nutricionais aumentam para apoiar o crescimento e desenvolvimento do bebê bem como o metabolismo materno. Dieta proteica – laticínios, leguminosas verdes e secas, cereais. Ingestão moderada de fontes proteicas de origem animal. Carboidratos – cereais, tubérculos, leguminosas secas, frutas. Gordura – origem animal e vegetal. Funções: grande fornecedora de energia, transporte de algumas vitaminas (A, D, E, K), proteção contrao frio, desenvolvimento do cérebro e visão. Ferro – prevenção de anemia. Melhorar a absorção: fonte de vitamina C, evitar ingestão de chá/café durante as re- feições, misturar diferentes fontes de ferro. Iodo – peixes, crustáceos, algas, sal iodado. Cálcio – tentar escolher leite, queijo e iogurte com menos gordura. Vitamina D Hidratação – 3 L/dia. Deambulação: Vantagens: O útero se contrai com mais eficácia. Fluxo sanguíneo mais abundante para o neném. Trabalho de parto mais curto e menos doloroso. Melhora a evolução da dilatação Vitalidade fetal: Clínica: Mobilograma: Avalia os movimentos fetais na gravidez entre a 26-32 sem. Avaliar 3 vezes ao dia no período pós-prandial. Normal > 3 mov em 1 h. Sensibilidade: 85-95%. Especificidade: 40-70%. Caso anormal: cardiotocografia e perfil biofísico fetal. Ausculta. Altura uterina. Amnioscopia: Método endoscópico de observação da câmara amniótica, permitindo obser- vá-la pelo canal cervical e através das membranas do polo inferior do ovo. É necessária uma cervicodilatação de 1,5 cm ou mais. Apresenta riscos: ruptura das membranas ovulares, pequenas hemorragias, traumas e infecção. Avaliam-se a cor, transparência e presença de grumos no líquido amniótico. Amniocentese – introdução de uma agulha grossa através da parede abdo- minal da mãe para a retirada do líquido amniótico, sendo que o volume do líquido retirado depende da idade do feto e do motivo do exame. Bioquímico: Microanálise de sangue: Capilar fetal. Medição do pH, pCO2, níveis de bicarbonato, mas pode-se avaliar glicose, eletrólitos, tipo sanguíneo e dosagem de anticorpos. Técnica: As membranas devem estar rompidas. Apresentação fixa na pelve. Dilatação maior que 3 cm. Paciente em decúbito lateral esquerdo. Realizada amnioscopia. Após retirada, introduzir lanceta para coleta. Incisão em cruz de no máximo 3 mm. Biofísico: Cardiotocografia: Avaliação da integridade dos mecanismos do SNC envolvidos no controle da FC e da cinética fetal. Ocorrendo movimentação, o feto exibe aceleração transitória de amplitude igual ou superior a 15 bpm e duração superior a 15 s. Alteração do padrão fisiológico – hipóxia fetal, prematuridade, sono fetal, uso de drogas sedativas, tranquilizantes e anti-hipertensivos, febre, hipogli- cemia e tabagismo. Registro simultâneo da FC e dos movimentos fetais espontâneos, pelo me- nos por 20 min. Perfil biofísico fetal: As variáveis biofísicas fetais (movimentos respiratórios, movimentos corpó- reos, tônus fetal e resultados da cardiotocografia) refletem a integridade funcional do SNC. Cada parâmetro recebe pontuação 2: resultado da cardiotocografia demons- trando acelerações transitórias; um ou mais episódios de movimentos respi- ratórios rítmicos com 30 s de duração; três ou mais movimentos corpóreos discretos ou um amplo, tônus fetal presente com extensão de extremidade ou da coluna com retorno à posição de flexão; bolsão de líquido amniótico com diâmetro vertical superior ou igual a 2 cm. Dopplervelocimetria: Usado no estudo da função placentária e resposta fetal à hipóxia, sendo im- portante avaliar: circulação uteroplacentária (artérias uterinas), circulação fetoplacentária (artéria umbilical), circulação fetal (artéria cerebral, média, aorta, ducto venoso, VCI, VCU). Realizada por índices que relacionam a sístole, a diástole e a média de um ciclo cardíaco, ou pela forma de onda. Calendário vacinal da gestante: A vacinação na gestação não protege só a mãe, mas também o RN pela passagem de AC pela via transplacentária e pela amamentação. Recomentadas: tríplice bacteriana (dTpa ou dTpa VIP {difteria, tétano e coquelu- che}/dupla adulto – dT {difteria e tétano}), hepatite B, influenza. Recomendações em situações especiais: hepatite A, hepatite A e B, pneumocócica, me- ningocócicas conjugadas ACWY/C, meningocócica B, febre amarela. Posicionamento da parturiente durante expulsão fetal: Posição litotômica. Posição lateral. Posição quatro apoios. Posição em pé. Posição sentada em banqueta. Posição semisentada. Posição de cócoras. Colocação do RN no ventre materno: Aumento vínculo materno-fetal. Contato pele a pele = estímulo a liberação de ocitocina (responsável pela ejeção do leite). Anestesia e anagelsia do parto: Analgesia: epidural, espinhal, combinada espinhal-epidural. Técnicas alternativas: Farmacológicas – opioide. Não farmacológicas – massagem, hidroterapia, posicionamento adequado. Puerpério: Inicio após a dequitação e se estendem de 6 a 8 semanas completas após o parto. Imediato – até o termino da segunda hora após o parto. Mediato – até o final do décimo dia. Tardia – até o retorno das menstruações. Característica do miométrio: Permite ao órgão manter-se em tamanho reduzido após várias contrações. Aparência isquêmica (útero contraído comprime os vasos sanguíneos). Fundo uterino: 24h após – cicatriz umbilical. 2 s – não é mais palpável. 6-8 s – retorno ao tamanho inicial. Peso: 1000 g – 60 g. Células musculares lisas: reduzem de tamanho. Eliminação de lóquios (rubra, fusca, flava e Alba). Reparo total do colo uterino – entre 6 e 12 semanas pós-parto. Tubas uterinas – diminuição do estrógeno e da progesterona. Vagina e vulva: redução de suas dimensões, retorno da rugosidade. A frouxidão da muscula- tura pélvica pode não regredir. Plasma: aumento dos níveis de hemoglobina e de hematócrito, leucocitose, plaquetocitose, linfocitopenia relativa e eosinopenia absolutada. Endócrino: valores de hCG voltam ao normal em 2-4 s após o parto. Perda de peso: metade nas primeiras 6 s após (perda imediada de 4,5 – 6 kg – feto, placen- ta, líquido amniótico e sangue) e outra metade até 6 m. Dermato – desaparecimento do cloasma, queda de cabelo entre 1 – 5 m. Urinária – compressão dos ureteres. Atentar no exame físico: Mamas – presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios ou infecciosos ou cica- trizes que dificultem a amamentação. Perdas vaginais – duração dos lóquios e dor. Alterações emocionais, HAS, febre, dor, corrimento, sangramento. Amamentação: Pode ser: exclusivo, predominante, complementado ou misto/parcial. Posicionamento adequado: rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo; corpo do bebê próximo ao da mãe; bebê com cabeça e tronco alinhados; bebê bem apoia- do. Pega adequada: mais aréola visível acima da boca do bebê; boca bem aberta; lábio inferior virado para fora; queixo tocando a mama. Sinais indicativos de técnica inadequada: bochechas do bebê encovadas a cada sucção; ruí- dos da língua; mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada; mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achadas quando o bebê solta a mama; dor na ama- mentação. Amamentação em livre demanada. Contra-indicações: Absolutas – mãe infectada pelo HIV, HTLV1 ou HTLV2; uso de medicamento incom- patíveis; criança com galactosemia. Temporária – infecção herpética, doença de Chagas, varicela, abscesso mamário, consumo de drogas de abuso, contraceptivos orais.
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