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1 DOENÇAS DA SOJA Edemar Antonio Rossetto 2 Doenças da Soja Generalidades: Cultivo Soja = EUA, 1880, América do Sul, 1970 = várias doenças; 33.890 milhões de ha (Br. safra 2016/2017) Disseminação : adaptação e introdução direta de cultivares (EUA) enfermidades – a maioria). 1. por sementes: patógenos no interior, na superficie ou misturados às sementes. 2. outros agentes. 3 Importância: Variável de ano para ano - raças do patógeno; - adaptação patógeno (clima solo, etc.); - estratégias e nível de controle, etc. Expansão e monocultura soja: enfermidades vêm assumindo maior importância. Soja - Doenças 4 Figura 1. Representação da lei do mínimo adaptada aos fatores de produção. Bergamin Filho, 1995. Produtividade = lei do mínimo (A máxima produção é função do fator de produção em menor disposição à planta) Fig.1. Perdas por doenças = variáveis (até 100% algumas áreas isoladas). Soja – doenças Desafios enfrentados pelo produtor soja 5 IRREGULARIDADE DE CHUVA; REPLANTIOS; FALHAS NA GERMINAÇÃO; REDUÇÃO DA QUALIDADE DA SEMENTE; DOENÇAS. 6 Sementes: abrigo, sobrevivência e disseminação de Patógenos 7 Qualidade da semente e falta de tratamento 8 Lavoura com problema de estande Soja – problemas na germinação 9 Germinação diferenciada pela profundidade de semeadura em solo com deficiência de umidade. 10 Geminação e emergência uniformes 11 Lavoura com tratamento de sementes 12 Principais grupos de Enfermidades • 1. Foliares • 2. Da haste, vagens e sementes • 3. Radiculares – Plântulas – Plantas adultas • 4. De final de ciclo • 5. Nematóides • 6. Vírus 05 13 Enfermidades foliares: fúngicas Ferrugem “asiática” Phakopsora pachyrhizi Ferrugem “americana” Phakopsora meibomiae Oídio Microsphaera diffusa Mancha anelar Corynespora cassicola Mancha parda ou mancha castanha Septoria glycines Míldio Peronospora manshurica Mancha olho de rã ou cercosporiose Cercospora sojina Mela ou requeima Rhizoctonia solani 14 Enfermidades foliares: bacterianas Crestamento comum da soja Pseudomonas savastanoi pv. glycines. Pústula bacteriana Xanthomonas axonopodis pv. glycines. Fogo salvagem Pseudomonas syringae pv. tabaci. 15 Mosaico comum da soja SMV (“vírus do mosaico comum da soja”) Queima do broto TRV (“vírus da necrose branca do fumo”) Mosaico amarelo do feijão BWMV (“vírus do mosaico amarelo do feijão”) Necrose da haste CpMMV (“vírus da necrose da haste”) Enfermidades foliares: vírus 16 Enfermidades da haste, vagens e sementes Antracnose Colletotrichum dematium var. truncata Cancro da haste Phomopsis phaseoli f. sp. meridionalis Seca da haste e da vagem Phomopsis phaseoli f. sp. sojae Seca das vagens Fusarium spp. Mancha púrpura Cercospora kikuchii Pudridão branca da haste Sclerotinia sclerotiorum Mancha de levedura Nematospora corily 17 Enfermidades causadas por Nematóides Nematóide da galha da raíz Meloidogyne incognita Nematóide da galha da raíz Meloidogyne javanica Nematóide da galha da raíz Meloidogyne arenaria Nematóide do cisto da soja Heterodera glycines Nematóide das lesões Radiculares Pratylenchus brachyurus 18 Enfermidades de final ciclo Mancha parda ou mancha castanha Septoria glycines Mancha púrpura das sementes Cercospora kikuchii Seca da haste e das vagens Phomopsis phaseoli f. sp. sojae Antracnose Colletotrichum dematium var. truncata 19 Fedrrugem Asiática - Phakopsora pachyrhizi Principal enfermidade da soja ✓ rápida expansão; (2001- 2003 América do Sul; 2004 USA); ✓ agressividade; ✓ danos ( sob condicões favoráveis = 100%). ✓ Custos anuais = U$ 2 bilhões/ano. Perdas de rendimento (BR) safra 2006/2007 = 4,5% ✓Custos 2002 – 2006 = U$ 7,7 bilhões. Yapacaní, Bo 20 Danos 21 Danos menor peso de grãos queda de qualidade sementes verdes 22 Histórico da ferrugem 1902 -primeiro relato no Japão 1914 -vários países do sudeste da Ásia 1976 -Porto Rico 1979 -Lavras, MG -Dr. Josué Deslandes 1990 -Uganda, Kenyae Rwuanda 1998 –Zimbabwe 2001 -Paraguai e Brasil 2002 –Argentina 2003 –Bolívia 2004 –Uruguai, Colômbia e EUA Até 1992 -única espécie causadora de ferrugem em soja Phakopsora pachyrhizi Após 1992 -duas espécies causando ferrugem em soja P. meibomiae e P. pachyrhizi Ocorrência mundial da Ferrugem Asiática da Soja 23 24 Ferrugem asiática x Ferrugem americana Phakopsora pachyrhizi - Maior agressividade; - Lesões castanha clara (tipoTAN); - Em qualquer fase (+floração e enchimento de vagens); - Mais cedo desfolha = perda e qualidade (grão verdes) Phakopsora meibomiae - Menor agressividade; - Lesões castanha escura (RB); - Mais comum no final do ciclo; - Pouco impacto no rendimento 25 Diferenciação de P. pachyrhizi e P. meibomiae 1. Morfologia da télia e dos teliosporos e/ou Análise de DNA • Phakopsora pachyrhizi • Télia com 2 a 7 camadas de esporos; • Phakopsora meibomiae • Télia com 2 a 4 camadas; Figura 2: Télia com teliosporos (A); uredo (B) e uredosporos (C). A B B C 26 Análise de DNA de P. pachyrhizi y P. meibomiae FIGURA 3. Detecção por PCR de Phakopsora pachyrhizi (A) usando o primer Ppa1/Ppa2, e P. meibomiae (B) o primer Pme1/Pme2, (Fonte: Frederick et al, 2001). 27 Ferrugem Asiática – sintomas Figura 4 :A- Sintomas iniciais de ferrugem; B – urédias de Phakopsora pachyrhizi A B 28 Figura 5 A e B- Sintomas iniciais (manchas necróticas com urédias) de Phakopsora pachyrhizi. A B Ferrugem Asiática – sintomas 29 Ferrugem Asiática – sintomas: 30 Ferrugem Asiática – sintomas: Figura 6. Sintomas de ferrugem asiática – pústulas ou urédias, formando manchas bem visíveis, parte inferior das folhas. 31 Urédias fechadas Urédias esporulando Urédias esporulando Urédias vazias Figura 7. Urédias ou pústulas de Phakosora pachyrhizi. 32 Ferrugem Asiática – sintomas (sinais) Figura 8. A – detalhes de pústulas em microscópio; A e B óptico; C e D - eletrônico. B C D A 33 Ferrugem Asiática – sintomas Figura 9. A e B - sintomas da ferrugem asiática nas folhas; C- nas vagens. 34 Ferrugem Asiática – sintomas Figura 10. Foco de ferrugem asiática distrito de Corrientes, 2004/2005, Pelotas RS. 35 Ferrugem Asiática – falhas na pulverização: Figura 11. Ataque de ferrugem devido a falhas na cobertura de pulverização. 36 Duração do período de esporulação 28 dias Ferrugem Asiática – epidemiologia Enfermidade policíclica: altamente destrutiva Phakopsora pachyrhizi = muitas raças Inóculo primario: uredosporos (introduzem o patógeno); Inóculo secundário: uredopsoros (disseminam o patógeno); Disseminação: ventos; Penetração: estômatos e cutícula. Períodode geracão 7 a 10 dias 37 Ferrugem Asiática – epidemiologia Condições favoráveis: 80 C a 320C (180C a 260C) H. relativa alta (80%), molhamento foliar de 10 a 12 hs/dia provocadas por orvalho, neblina e/ou chuvas. Sobrevivência: em + de 42 gêneros da família Fabaceae: kudzu (Pueraria lobata), beiço-de-boi (Desmodium purpureum), feijão (Phaseolus vulgaris), soja perene (Neonotonia wightii), etc. Períodos críticos= maior predisposição: floração e formação de vagens; 38 39 CONTROLE DA FERRUGEM = combinanação de várias táticas Figura: Representação dos diferentes métodos de controle 40 Ferrugem Asiática – controle Combinação de várias medidas voltadas ao controle integrado: Adoção do vazio sanitário na entre safra (ciclo outono- inverno) = redução inóculo; Treinamento e capacitação para identificação da ferrugem; (folhas com suspeita = câmara úmida por 12 -24 hs e observar) Monitorar o cultivo para o diagnóstico precoce da doença; Acompanhar informações do clima e evolução da ferrugem; Evitar o escalonamento e prolongamento da semeadura; Espaçamento e densidade de semeadura adequadas; Eliminar a população de plantas restantes de sementes remanescentes depois da colheita ou hospedeiros alternativos (ex. Soja guaxa, kudzu, feijão miudo, sesbania, etc.); Não semear em locais que dificultem a pulverização. 41 Consórcio anti-ferrugem (BR) Sistema unificado de controle da Ferrugem Asiática; o consórcio é composto por técnicos de diversas empresas e órgãos de pesquisa, (Coordenação – Embrapa); Prevê o monitoramento da dispersão do fungo causador da enfermidade disponibilizando as informações através de um sistema de alerta. 42 Ferrugem - Controle químico Medida mais efetiva no momento Controle químico deve fazer parte do controle integrado Bom desempenho dos fungicidas depende de vários fatores: ✓ seleção do produto (mistura produtos) (longo período residual); ✓ momento de aplicação (preventiva ou logo no início da infecção); ✓ Tecnologia aplicação; ✓ baixa severidade da enfermidade; ✓ aplicações preventivas a partir da floração. ✓ evitar aplicações à temperatura acima de 30ºC, umidade do ar abaixo de 55% e ventos superiores a 8 km/h ✓ utilizar gotas finas (abaixo de 220 μm); ✓manter a barra a uma altura média de 30 cm acima do dossel da cultura. Quando controlar ?? Monitorar lavoura/ unidade de alerta Aplicação após os primeiros sintomas (uma pústula no terço inferior) ou preventiva considerando: sintomas nas unidades de alerta; capacidade operacional; condições climáticas; estádio da cultura; situação da ferrugem na região; incidência de outras doenças. 43 44 Aplicar o fungicida no alvo correto, com cobertura adequada (mínimo de 60 gotas/cm2) Tecnologia de aplicação é fundamental para eficiência do controle químico 45 46 Os produtos podem ter o mesmo comportamento em situações de baixa pressão da doença; A diferença em eficiência não implica em flexibilidade de aplicação; O atraso na aplicação resulta em reduções de produtividade, caso as condições climáticas favoreçam o desenvolvimento da doença; Após constatada a doença na região dar preferência para produtos curativos 47 48 Figura - Eficiência relativa de fungicidas dos grupos triazóis, estrobilurinas e multisítios no controle de Phakopsora pachyrhizi. 49 Momento de aplicacação: maior dificuldade e maiores erros Figura Curva de progresso da enfermidade e suas relação com a eficiência de controle químico. Reis 2004. 50 Incubação Período latente (7 – 10 dias) Geminação Esporulação Sintomas Penetração Infecção Ferrugem: momento aplicação química* *Não existe critério científico Início de aparecimento de sintomas. Fechamento das linhas ; Início floração; Até R 5,0.- 5.2 51 Número de aplicações? época em que a doença iniciar na cultura; reincidência da doença; outras doenças que incidem na cultura; custo/ benefício do tratamentocusto/ tratamento. 52 R1 = Início floração: 50% plantas com 1 flor; R2 = Floração plena, 1 flor aberta em 1 de dos 2 últimos nós da haste; R3 = Fim floração, vagens com 5 mm em um dos últimos 4 nós da planta; R4 = maioria das vagens no terço superior, sem grãos perceptíveis, vagens de 2 cm em 1 dos 4 últimos nós; 5.1 = Grãos perceptívies ao tato em 10% da granação. 53 Xemium e F500 – Orkestra (Fluxapiroxade 167 g + Piraclostrobina 333 g/L Benzovindiflupir – Elatus ( Azoxiystrobina 60g + Solatenol 60 g/L Pirazol Carboxamida - Vessarya (Picoxistrobina + Benzovindiflupir) Carboxamida - Ativum (Piraclostrobina + Epoxiconazole + Fluxapiroxade Morfolinas -Versatilis atua ergosterol 2 pontos distintos do triazóis Triazóis e Estrobirulinas Fox – trifloxistrobina + protioconazol Fox Xpro – Bixafem 125g; Protioconazol 175g; Trifloxistrobina 150 g/L Aproach Prima – picoxistrobina + ciproconazol PrioriXtra – azoxistrobina + ciproconazol Opera – piraclostrobina + ciproconazol Sphere – ciproconazol + trifloxistrobina Mistura de produtos – regulamentado Eng. Agro – emponderado usual: triazol + estrobirulina + multisítio FUNGICIDAS 54 Efeito de Fungicidas Triazóis aplicados em período seco e com baixa umidade relativa (- 60%). Figura - Fitotoxidade causada por fungicida triazóis. 55 Eficiência do Controle Químico Fonte de inóculo Momento ideal para aplicação Seleção do Produto Tecnologia de aplicacação Estádio fenológico Eficiência de Controle Controle químico: considerações gerais Clima Custos 56 Perdas: variáveis (temp. amenas = maiores danos) ✓queda prematura de folhas e vagens; ✓danos nos tecidos; ✓ redução da fotossíntese. OÍDIO: Microsphaera diffusa 57 OÍDIO: sintomas (Sinais = micélio e esporos ) 58 Sobrevivência: em plantas vivas. Disseminação: conídios transportados pelo vento. Condições favoráveis: temperaturas amenas (18 - 24oC e baixa HR. Nível de controle = Severidade de 20-40 % = pulverização Variedades resistentes . Oídio – epidemiologia 59 1g i.a./L = gramas de ingrediente ativo por litro; 2p.c. = produto comercial Nome comum Nome comercial Dose/ha g.i.a./L-1 p.c./ha2 Carbendazin Bendazol 250 0,50 L Carbendazin Derosal 250 0,50 L Difeconazole Score 250 CE 37,5 0,15 L Enxofre Kumulus 2000 2,50 L Fluiquinconazole Palisade + Óleo mineral 62,5 0,25 kg +0,25 L Flutriafol Impact 125 65,5 0,50 L Pyraclostrobin + Epoxiconazole Opera 66,5 + 25 0,50 L Azoxistrobina + Cyproconazole PrioriXtra 200 + 80 0,30 L Trifloxystrobin + Cyproconazole Sphere 187,5 + 80 0,40 L Tebuconazole Constant 150 0,75 L Tebuconazole Folicur 100 0,50 L Tetraconazole Domark 50 0,50 L Tiofanato metílico Cercobin 700PM 300-420 0,43 – 0,60 Kg Tabela . Fungicidas para o controle de oídio (Microsphaera diffusa) 60 MANCHA ANELAR – Corynespora cassicola Maior freqüência e importância naregião do cerrado; Inicia por pontuações pardas com halo amarelado Causa desfolhamento prematuro, manchas na hastes e podridão de raízes e vagens. 61 Sintomas Mancha alvo – Corynespora cassicola 62 Sintomas Mancha alvo – Corynespora cassicola 63 MANCHA ANELAR: epidemiologia e controle Corynespora cassicola Condições favoráveis: temperatura e UR altas. Sobrevivência: ✓restos culturais; ✓sementes e ✓ outras plantas. 64 MANCHA ANELAR:epidemiologia e controle de C. cassicola CONTROLE Variedades resistentes; Tratamento de sementes; Rotação e sucessão com gramíneas; Controle químico. Abundante produção conídios: (inóculo secundário) 65 Antracnose: Colletotrichum dematium var. truncata ✓Enfermidade de importância crescente (EFC); ✓ Aborto de vagens, germinação de grãos; ✓Graves prejuízos: nos últimos anos ; ✓Ocorre em todas as fases de cultivo, principalmente R3-R4; ✓ Induz à retenção foliar e à haste verde ✓ Dificuldade de controle químico. Acérvulo, Embrapa Pelotas,2007 Maiores prejuízos: ✓anos chuvosos; ✓lavoras com alta densidade de plantas (+350 mil plantas/ha); ✓ atraso na colheita. 66 Antracnose: sintomas (necrose nervura folha; haste e vagens: acérvulos) 67 Antracnose: sintomas 68 69 70 Antracnose: epidemiologia controle Condições favoráveis: água livre e temp. 18 -240 C Disseminação: ✓Fonte inóculo primário = sementes e restos culturais; ✓inoculo secundário= conídios) Controle Conjunto de medidas integradas: ✓ Sementes sadias; ✓ Tratamento de sementes benzimidazóis (a lotes com mais de 5% infecção) ✓ Espaçamento entre linhas 50 cm (200 a 250 mil plantas /ha) ✓ Rotação de cultivos ✓ Controle químico, etc. 71 Mancha parda o mancha castanha – Septoria glycines Ataca todas as fases de la planta; primeiros sintomas = +/- duas semanas após emergência (pontuações angulares) - maior predisposição = enchimento de vagens (EFC); Danos:> temperatura elevada e chuva. 72 Mancha parda ou mancha castanha - sintomas Figura Sintomas característicos (manchas planas angulares, halo amarelo e presença de picnídio. 73 Sintomas característicos (manchas planas angulares, halo amarelo e presença de picnídio. 74 Sintomas característicos (manchas planas angulares, halo amarelo e presença de picnídio. 75 Mancha parda o mancha castanha – epidemiologia e controle Condições favoráveis: água livre e temperatura: 15 – 300C Disseminação: sementes infectadas e restos cultivos =fonte inoculo primário; conídios = inoculo secundário Controle: integrado: rotação, adubação, sementes sadias, tratamento de sementes e controle químico (EFC). 76 Mancha olho de rã ou cercosporiose – Cercospora sojina Enfermidade: cosmopolita de pouca importância. Mais comum a partir do florescimento Patógeno: ✓varias raças; ✓governadas por genes dominantes. Na semente = rachaduras e manchas parda a cinza 77 78 79 Mancha olho de rã ou cercosporiose – Cercospora sojina Condições favoráveis: clima úmido e quente. Disseminação: sementes e restos de cultivo = (F.I. primário). Controle: cultivares resistentes, sementes sadias, Tratamento de sementes (Fungicida. benzimidazóis) 80 Míldio – Peronospora manshurica Figura A- Síntomas de Peronospora manshurica: mancha óleo; e B esporangióforo e esporângio;. A B 81 ✓Enfermidade universal; ✓Comum antes da floração; ✓Folhas envelhecidas = resistentes ✓Favorecida por temperaturas amenas (200C – 220C). Míldio – Peronospora manshurica 82 Figura - Sintomas de Peronospora manshurica: mancha óleo; 83 Disseminação: Fonte inóculo primário = semente e plantas espontâneas; inóculo secundário (esporângios) água e vento. Controle- não há recomendações especiais: cultivares resistentes; sementes sadias. Míldio – epidemiologia e controle Figura: A. Lesões velhas nas folhas ; B. sementes com oósporos de Peronospora manshurica. : A B 84 Mancha púrpura – Cercospora kikuchii Manifiesta no enchimento de gãos (EFC); Sintomas: toda a parte aérea: folhas, haste e vagens = pontuações castanha-arroxeada s/ forma definida. 85 Crestamento de cercospora – Cercospora kikuchii 86 Cretamento foliar com esporulação de C. kikuchii 87 Manhas de cercospora – Cercospora kikuchii 88 Mancha púrpura - epidemiologia e controle Condicições favoráveis: temperaturas elevadas (23 -27oC) molhamento foliar (24 -48 h); Disseminação: Não afeta a germinação; F. inóculo primário = sementes; inóculo secundário = conídios. Controle = ✓sementes sadias; ✓ Aplicação de fungicidas em R2 - R5.1 (EFC). 89 Rhizoctonia solani Patógeno polífago habitante do solo Ataca plantas em diferentes estádios de crescimento Incita várias enfermidades na soja: ✓Tombamento de plântulas em pré e pós emergência ✓Podridão da raíz ✓Morte em reboleira (manchas) ✓Mela o Requeima (climas úmidos e quentes) 90 TOMBAMENTO – Rhizoctonia solani Início germinação ate 30-35 dias após emergência Temperatura e umidade elevadas 91 MORTE EM REBOLEIRA – Rhizoctonia solani 92 MORTE EM REBOLEIRA – Rhizoctonia solani 93 MORTE EM REBOLEIRA – Rhizoctonia solani Controle Rotação com gramíneas Descompactação do solo para evitar encharcamento 94 Mela ou Requeima da soja – Rhizoctonia solani ✓ Patógeno polífago ✓Ocorre em climas quentes e úmidos; Severidade: ✓potencial de inóculo; ✓ espaço entre linhas e ✓ densidade plantas. Figura: manchas aquosas, centro claro, bordos escuros, secamento e produção de micélio de Rhizoctonia solani em folhas de soja. 95 Mela – epidemiologia e controle Diseminação: ✓vento (basidiósporos); ✓solo; Figura: folhas e pecíolos pendentes ao longo da haste e /ou caídas sobre as plantas vizinhas. Controle = (complicado) Medidas integradas: - rotação com gramíneas; - eliminar restos de cultivos contaminados, - utilizar cobertura morta, - adubação equilibrada, - controle químico, etc. 96 Cancro da haste – Diaporthe phaseolorum f. sp. meridionalis* Diarpothe phaseolorum f. sp. caulivora** Patógenos: com alto potencial destrutivo e difícil controle; Ocorre entre a floração e o enchimento de grãos *detectado no Paraná e Mato Grosso -1989; hoje presente em vários países. ** detectado na Argentina (1999) e BR (2006) 97 Sintomas: D. p. f. sp. meridionalis x D. p. f. sp. caulivora ✓Necrose entre nervuras ✓Plantas mortas não retem as folhas. ✓Folhas secas presas na planta; ✓Ataca mais as regiões dos nós 98 99 100 101 Cancro da haste- epidemiologia e controle Condições favoráveis: ✓temperatura e HR altas; ✓ molhamento foliar água livre ✓ferimento nas plantas; Diseminação:✓sementes; ✓conídios e ascósporos. Controle: ✓cultivares resistentes; ✓ rotação de cultivos: arroz, algodão, milho, ✓incorporação de restos de cultivos. Figura. Sintoma de “carijó.” 102 Podridão parda da haste – Phialophora gregata (Cephalosporium gregatum) ✓ Enfermidade pouco estudada; ✓Patógeno (15 – 27 ºC), sobrevive no solo penetra p/ sistema radicular, bloqueando o sistema vascular. Controle = ✓rotação de cultivos e ✓cultivares resistentes. 103 Seca da haste e das vagens ou Phomopsis da semente: Phomopsis phaseoli f. sp. sojae ✓Comum: anos quentes e chuvosos principal causa de descarte de lotes de sementes ✓ associada com o tecido cortical, ficando latente vindo expressar-se no final do ciclo (EFC). 104 Seca da haste e da vagem ou Phomopsis da semente – Phomopsis phaseoli f. sp. sojae Plantas: ✓início formação de grãos =aborto vagens (coloração esbranquiçada) rachadura de sementes, micélio branco; ✓final do ciclo frutificação linear/partes enfermas (sintomas típicos). Sementes: ✓podridão em pré e pós- emergência; ✓quando associado ao tecido cortical infecção latente; 105 Phomopsis phaseoli f. sp. sojae : epidemiologia Controle: semelhante a antracnose. Diseminação: ✓sementes (grandes distancias); ✓ conídios e ascósporos (vento e chuva). Condições favoráveis: ✓temperatura e HR altas e ✓atraso na colheita (anos chuvosos = maiores danos 106 Tombamento e murcha de Sclerotium - Sclerotium rolfsii ✓Enfermidade comum em regiões tropicais; ✓Em plantas jovens (plântulas) Tombamento; ✓Em plantas adultas Murcha de Sclerotium ou podridão do colo. 107 Plantas mortas = parecem chochas; Plantas adultas = amarelecimento e queda folhas 108 Murcha de Sclerotium - Sclerotium rolfsii Condições favoráveis: temperatura e umidade altas (30 -35oC; Disseminação: solo. Controle: rotação de cultivos com gramíneas. enterrio restos cultivo = decomposição esclerócios/ microganismos 109 Pudridão Branca: Whetzelinia sclerotiroum (Sclerotinia sclerotiorum) ✓Enfermidade Comum em regiões úmidas e amenas; ✓Patógeno polífago; ✓Escleródios sobrevivem no solo. 110 111 112 Apotécio produzem e liberam ascosporos 113 Estádios da floração (R1 – R3): fase masi vulnerável 114 Pudridão Branca: Sclerotinia sclerotiorum Epidemiologia Disseminação = sementes (interna) e Esclerócios Ataca qualquer parte planta inflorescências e axilas Floração = susceptibilidade Esclerócios = 10 – 21 C apotécio, ascosporos Evitar a introdução patógeno Tratamento sementes Rotação com gramíneas Aumento espaçamento Pulverizações Fluasinan - Frowcide Promicidone – Sialex Carbendazin - Derosal 115 Pudridão negra da raíz – Macrophomina phaseolina Ocorre em regiões mais quentes (28 - 350 C; Causa morte de plântulas e plantas adultas. Maior predisposição= floração e deficit hídrico ✓Danos maiores com estiagem prolongada; ✓Folhas cloróticas e secas raízes cor cinza Evitar pé de grade Redução do deficit hídrico 116 Podridão negra da raiz – Macrophomina phaseolina Inóculo primário = ✓conídios sobre sementes, restos cultivos; ✓escleródios no solo. Cultivo mínimo e cobertura morta; Controle da água de irrigação. 117 Pedro Osório 2011 Lavoura com Macrophomina phaseolina - Pedro Osório - RS 118 PODRIDÃO VERMELHA (sudden death syndrom) Fusarium solani f.sp. glycines sin. F. tucumaniae) Prefere temperaturas amenas (22 – 240 C). Amarelescimento prematuro das folhas (carijó) Evitar solos compactados e ou mal drenados; Rotação: algodão, arroz,milho, e sorgo; 119 Podridão de Phytophthora : Phytophtora megasperma f. sp. glycines Ataca plantas de qualquer idade Podridão de Phytophthora : Phytophtora megasperma f. sp. glycines 120 Clorose de folhas e murcha de planta Haste e ramos laterais = cor marrom escuro a partir do colo baixo para cima 121 Podridão de Phytophthora 122 Podridão de Phytophthora – Campos Novos , SC 2009 123 Epidemiologia: Temperatura 14 – 25ºC Umidade, solos compactados Sobrevive restos culturais (oósporos) 124 Controle Cultivares resistentes Melhoria da drenagem do solo 125 Crestamento bacteriano – Pseudomonas savastanoy pv. glycines Ocorre em todas as regiões; Cultivares atuais apresentam boa resistência. 126 Crestamento bacteriano 127 Condições favoráveis: ✓temperaturas amenas (24 - 280 C) e ✓HR alta. Controle: ✓sementes sadias; ✓cultivares resistentes; ✓Rotação de cultivos e ✓destruição dos restos de cultivos. Crestamento bacteriano: epidemiologia e controle 128 Pústula bacteriana - Xanthomonas axonopodis pv.glycines ✓ Enfermidade = secundária; ✓Ocorre em todas as regiões. Sintomas: manchas arredondadas pardas ± 1 mm com halo amarelo; Página inferior= pústula (forma saliente esbranquiçada). Condições favoráveis: HR e temperaturas altas acima de 28ºC; Controle: = crestamento. 129 Nematóide do cisto da soja – Heterodera glycines ✓Nanismo amarelo; ✓Enfermidade: grave (séria ameaça ao cultivo de soja); ✓Dificuldade de controle. Principal característica cistos: = fêmeas mortas contendo ovos; 130 Heterodera glycines – sintomas e epidemiologia Penetração =juvenis J2; Fêmea formato limão (corpo externo e cabeça na raíz) produção 200 - 400 ovos/ fêmea ao morrer transformam-se em cistos (coloração escura) sobrevive no solo + de 8 anos Ciclo = solo úmido (20 – 30ºC) 21 - 25 dias. 131 Nanismo amarelo- Heterodera glycines - epidemiologia e controle Controle: evitar o retardar a introdução do nematóide na região (sementes, implementos, etc.). Quando presente: integração de medidas de controle: ✓reduzir a população rotação com milho, cana-de- açúcar, algodão; ✓ semeadura direta; ✓delimitar áreas contaminadas. 132 Nanismo amarelo - sintomas 133 Nematóides das galhas da raíz - Meloidogyne spp Meloidogyne incognita Meloidogyne arenaria Meloidogyne javanica Meloidogyne hapla Patógenos de difícil controle; Alta população pode atacar cultivares de soja tolerantes. Sintomas: carijó (folhas) e galhas (raízes). 134 Identificação de Meloidogyne: configuração perineal Meloidogyne J2 Meloidogyne ♂ Meloydogyne ♀ M. incognita M. arenaria M. javanica M. hapla 135 Nematóides das galhas da raíz - Meloidogyne spp Controle = conjunto de medidas integradas: ✓ Rotação de cultivos: milheto, sorgo, aveia branca, guandu, crotalária; ✓ Cultivares resistentes; ✓ Semeadura direta; ✓ Adubação verdecom plantas resistentes. Secreção esofagianas e formação de células gigantes ou nutridoras; Infecção juvenis J2 ✓ ciclo 3- 4 semanas; ✓ reprodução = partenogênica; ✓500 ovos/fêmea. 136 Mosaico comum da soja - VMCS Figura . A- Sintomas de mosaico; B extravasamento do hilo causado pelo Vírus Mosaico Comum da soja. B A Disseminação: sementes e insetos 137 Mosaico rugoso da soja - Bean Rugose Mosaic Virus Figura Sintomas de mosaico rugoso. Disseminação: insetos; 138 Queima do broto da soja - Tobacco Streak Virus Figura. Sintomas de Queima do broto da soja. Disseminação = trips e alguns nematóides. 139 Necrose da haste da soja – Cowpea Mottle Virus Bemisia tabaci Cultivares resistentes Floração enchimento grãos = sintomas evidentes 140 Deficiência de Manganês 141 Enfermidades de final de ciclo – DFC o EFC Enfermidades associadas a tecidos corticais e que se exteriorizam preferencialmente na senescência das plantas. Septoriose - Septoria glycines. Antracnose - Colletotrichum dematium var. truncata. 142 Enfermidades de final de ciclo – DFC o EFC Mancha púrpura – Cercospora kikuchii. Phomopsis das sementes- Phomopsis phaseoli f. sp. sojae 143 Tabla 3. Fungicidas indicados para o controle de doenças de final de ciclo da soja Nome comum Nome comercial Dose/ha g.i.a./L-1 p.c./ha2 Azoxystrobin Priori + Nymbus3 50 0,20 + 0,5% v/v Difenoconazole Score 250 CE 37,5 0,15 L Flutriafol Impact 125 65,5 0,50 L Pyraclostrobin + Epoxiconazole Opera 66,5 + 25 0,50 L Azoxistrobina + Cyproconazole PrioriXtra 200 + 80 0,30 L Trifloxystrobin + Cyproconazole Sphere 187,5 + 80 0,40 L Tiofanato Metílico + Flutriafol Celeiro 300 + 60 0,60 L Tebuconazole Orius 250 EC 150 0,60 L Tebuconazole Constant 150 0,75 L Tebuconazole Folicur 100 0,50 L Tetraconazole Domark 100 CE 50 0,50 L Tiofanato metílico Cercobin 500 300 - 400 0,60 – 0,80 L Carbendazin Bendazol 250 0,50 L Carbendazin Derosal 250 0,50 L 1.g i.a./L = gramos de ingrediente ativo por litro 2.p.c. = produto comercial 3.Nybus = óleo mineral parafínico. Usar na proporção de 0,5% v/v. 144 Fechamento das linhas; Início floração; Obervar o residual produto aplicado; Aplicações depois de R5.1 tem pouca influência produtividade. Momento de aplicação (approach time) de fungicida 145 Muito obrigado earossetto@gmail.com
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