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Aula 09 Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas) Professor: Fábio Dutra 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5∋9∃∋65∋ AULA 09: Crédito Tributário e Lançamento; Modalidades de Lançamento e Hipóteses de Alteração SUMÁRIO PÁGINA Observações sobre a aula 01 Crédito Tributário 02 Lançamento 03 Alteração do Lançamento 18 Modalidades de Lançamento 31 Lista das Questões Comentadas em Aula 47 Gabarito das Questões Comentadas em Aula 61 Observações sobre a Aula Olá, amigo(a). Tudo bem? Nesta aula, vamos estudar os temas “Crédito Tributário” e “Lançamento”, bem como os assuntos a eles relativos. Será uma aula um pouco menor. Porém, como sempre fizemos no nosso curso, a aula está recheada de questões de alto nível, algumas elaboradas pelas ESAF no ano de 2014, relativas ao último concurso para AFRFB. Nosso objetivo é fazer uma preparação forte, para chegar na prova com tranquilidade! Vamos começar? 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3∋9∃∋65∋ 1 – CRÉDITO TRIBUTÁRIO Você já ouviu falar repetidas vezes sobre o “crédito tributário” durante o nosso curso. Até o presente momento, você foi capaz de definir o que vem a ser crédito tributário? Veremos isso a partir de agora! O termo “crédito tributário” deve ser lembrado como crédito do Fisco e dívida do contribuinte. Logo, o Estado tem o direito ao recebimento do valor, e o contribuinte tem o dever de pagar o valor exigido pelo Fisco. Ademais, deve-se destacar que o crédito tributário não se refere unicamente a tributo, mas também às dívidas decorrentes de multas tributárias. Isso se dá porque o crédito tributário decorre da obrigação tributária principal, e, como você já aprendeu em outra aula, esta tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (CTN, art. 113, § 1º). Nesse sentido, o art. 139 do CTN estabelece o seguinte: Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. É válido ressaltar que, embora o crédito tributário decorra da obrigação tributária, as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem (CTN, art. 140). Observação: Por mais que você não entenda tudo o que foi dito, no momento, é importante que você guarde que as modificações no crédito tributário não afetam a obrigação tributária. Assim, relembrando a linha do tempo que já estudamos, quando o fato gerador ocorre, surge a obrigação principal, consistente no dever de pagar tributo ou penalidade pecuniária (multa). Contudo, para que a dívida se torne exigível (guarde essa palavra), é necessário que a autoridade administrativa realize o lançamento. O lançamento confere liquidez (quanto ao valor) e certeza (quanto à existência) à obrigação tributária principal, além de torná-la exigível. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ∋9∃∋65∋ 2 – LANÇAMENTO Para explicarmos melhor o que vem a ser o lançamento, nada melhor do que transcrevermos o art. 142 do CTN: Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Com o surgimento da obrigação tributária, é necessário que alguém (a autoridade administrativa) com conhecimento da legislação aplicável defina o valor exato a ser pago de tributo ou multa, apurando a base de cálculo e aplicando sobre ela a alíquota vigente. Além disso, deve-se verificar quem é o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) que possui o dever legal de pagar o montante devido. A esse procedimento, denominamos lançamento. Para memorizar todo o procedimento de lançamento, guarde o seguinte mnemônico: A função do lançamento não é fazer nascer a dívida, mas sim torná-la exigível. Embora o próprio art. 142 do CTN mencione que o lançamento é considerado um procedimento administrativo, o entendimento da doutrina é o de que se trata de um ato administrativo. V D C I P Propor aplicação da penalidade cabível (se for o caso) Determinar a matéria tributável Calcular o montante do tributo devido Identificar o sujeito passivo Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ∋9∃∋65∋ Ao estudar Direito Administrativo, você verá que os atos administrativos possuem certos requisitos para que se tornem válidos. Além disso, há também determinadas características ou atributos típicos dos atos administrativos. Com base nos conceitos oriundos do Direito Administrativo, é possível concluir que de fato o lançamento é um ato administrativo. Para enfrentar as provas de concurso público, o que você deve ter em mente é o seguinte: !!O lançamento é um procedimento administrativo (se a questão não fizer ressalvas); !!O lançamento é um ato administrativo, embora resulte de um procedimento, por possuir determinados requisitos de validade e características inerentes aos atos administrativos (se a questão se aprofundar na discussão, o que normalmente não ocorre). Outro ponto de discussão seria a natureza do lançamento. Novamente, em vez de nos prolongarmos nos comentários, vou ensinar como o tema deve ser levado para a prova: o lançamento declara a obrigação tributária (verifica a ocorrência do fato gerador) já existente e constitui o crédito tributário (previsto no início do caput do art. 142). Portanto, pode-se dizer que o lançamento possui natureza jurídica mista. Lançamento = Natureza jurídica mista •! Declara obrigação tributária; e •! Constitui crédito tributário. Mais detalhes sobre a natureza declaratória e constitutiva do lançamento. No art. 142, caput, do CTN, o legislador estabelece que “compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento”. Com isso, fica bastante clara a natureza constitutiva do lançamento, operando efeitos ex nunc, criando direitos e deveres a partir de então, no âmbito da relação jurídico-tributária. Ainda no caput do art. 142, do CTN, é dito que o lançamento é um procedimento administrativo tendente a “verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente”. Isso torna patente a natureza declaratória do lançamento, operando efeitos ex tunc, isto é, confirmando 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η∋9∃∋65∋ a ocorrência de um fato gerador anterior. 2.1 – Competência para lançar O caput do art. 142, do CTN, apenas estabelece que compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. Quem seria essa autoridade administrativa? Cabe ao legislador de cada ente federativo determinar. A rigor, a competência é exclusiva da autoridade determinada pelo legislador. Por conseguinte, não há possibilidade de delegação ou avocação. Observação: Delegação: Ocorre quando uma pessoa delega a outra o exercício de uma atribuição. Avocação: Ocorre quando o superior hierárquico exerce temporariamente a competência de um subordinado. A título de exemplo, em relação aos tributos de competência da União, cabe privativamente ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil o lançamento. Nos Estados ou Municípios, cabe ao Auditor-Fiscal Estadual ou Municipal, ou denominação equivalente. Como decorrência disso, nem mesmo o juiz tem competência para realizar o procedimento previsto no art. 142 do CTN, culminando no lançamento. Por fim, cabe ressaltar que, de acordo com o par. único do art. 142, do CTN, a atividade administrativa do lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Isso significa que não há discricionariedade por parte da autoridade competente quanto ao lançamento, em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público, visto em nossa aula inicial. Aliás, nós vimos, quando do estudo do conceito de tributo (CTN, art. 3º), que a atividade de cobrança é plenamente vinculada. Como o lançamento é o procedimento para tornar a obrigação exigível, a atividade de lançamento também é vinculada. 2.2 – Legislação aplicável ao lançamento Ao realizar o lançamento, a autoridade fiscal deve considerar a legislação material e a legislação formal. O que seria isso? 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋6∋9∃∋65∋ A legislação material (ou legislação substantiva) diz respeito, obviamente, aos aspectos materiais do lançamento, ou seja, refere-se à estrutura da obrigação tributária. Como exemplo, podemos citar a lei que define os fatos geradores, as bases de cálculo e alíquotas, o sujeito passivo da obrigação (contribuintes e responsáveis) etc. De acordo com Aliomar Baleeiro1, a lei que discipline tais aspectos sobrevive para as situações jurídicas definitivamente constituídas ao tempo de sua vigência. A legislação formal (ou legislação adjetiva), por seu turno, trata dos procedimentos, dos aspectos formais, a serem levados a cabo pela autoridade administrativa no momento do lançamento. Trata-se de disposições relativas ao Direito Processual Tributário. Assim como em outros ramos do direito, as normas processuais têm eficácia imediata. A título de exemplo, temos os poderes que possuem as autoridades lançadoras, os prazos para início e conclusão das atividades relativas ao lançamento, o modo de notificação ao contribuinte etc. Aspectos materiais = Compõem a estrutura da obrigação tributária Aspectos formais = Relacionados aos procedimentos do lançamento Essa distinção deve ser feita, pois o CTN estabeleceu critérios diferenciados para aplicação de cada uma. Vamos, então, ver quais foram os critérios definidos pelo legislador. 2.2.1 – Legislação aplicável em relação aos aspectos materiais Vimos que, além de constituir o crédito tributário, o lançamento tem natureza declaratória, ou seja, declara a existência da obrigação tributária. Logo, quando a autoridade administrativa vai realizar o lançamento de determinado tributo, deve levar em consideração a legislação substantiva que se deve aplicar é a que estava em vigor na data da ocorrência do fato gerador (quando surgiu a obrigação tributária): Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Com isso, podemos dizer que o lançamento possui efeitos ex tunc, ou seja, efeitos retroativos. 1 !∀#∃%%&∋()!#∗+,−./0!1+/2+3,!3/+4536/+,!4/.7+∗2+/,0!#35.∗+8.9.!:,/!;+7.42∗!#4/25!;.<=.9,!12/8+0!>?≅!%9+ΑΒ,0!Χ∆>Ε0!Φ6Γ0! >0>ΗΙ0! 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Ι∋9∃∋65∋ Observação: Lembre-se de que quando a lei já tenha sido revogada (não esteja mais vigente), ainda assim, neste caso específico, pode produzir efeitos futuros, fato que se denomina ultratividade da lei tributária. Por exemplo, imagine que tenha ocorrido no mês de Janeiro de 2014 o fato gerador de um imposto, cuja alíquota era de 20%. No mês de março, uma nova lei alterou a alíquota do imposto para 30%. Digamos que em Janeiro de 2015, a autoridade administrativa realizou o lançamento. Qual será a alíquota aplicada? Certamente, será 20% (alíquota vigente na data de ocorrência do fato gerador). Perceba que a alíquota de 30% somente será aplicada aos fatos geradores que surgirem a partir do momento em que a lei que a alterou começar a produzir efeitos (não se confunde com a data de vigência, em respeito aos princípios da anterioridade e noventena). Logo, pode-se concluir que a legislação substantiva somente se aplica a fatos geradores futuros. Não confunda: A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros, pois ela deve estar vigente e produzindo efeitos no momento da ocorrência do fato gerador. Cumpre-se, assim, o princípio da irretroatividade tributária. Sob outra ótica, quando for realizado o lançamento, deve-se levar em consideração a legislação material vigente na data do fato gerador, ainda que já tenha sido revogada. Cabe destacar que, de acordo com o § 2º do próprio art. 144, não se aplica o que acabamos de ver aos impostos lançados por períodos certos de tempo (IPVA e IPTU, por exemplo), desde que a lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Vamos entender o que o legislador quis dizer com isso. O que vimos até agora foi que o lançamento deve utilizar como base a legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador, correto? Em relação aos impostos lançados por períodos certos de tempo, isso não se aplica se a lei fixar a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Na prática, a situação não muda muito, já que, quando a lei fixar um momento em que o imposto se considera ocorrido, aplica-se a legislação que estiver em vigor nesse momento. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ϑ∋9∃∋65∋ A título de exemplo, se o fato gerador do IPVA ocorre no dia 1º de Janeiro de cada ano, aplica-se ao lançamento a legislação que estiver em vigor nessa data. Assim, na essência, a regra do § 2º do art. 144 não é uma exceção, mas deve ser memorizada para fins de prova! 2.2.2 – Legislação aplicável em relação aos aspectos formais Além dos aspectos materiais,no momento do lançamento a autoridade deve respeitar regras formais. Para entender qual será a legislação aplicável em cada caso, vamos ver o que o legislador estabeleceu no § 1º do art. 144: § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. Como já foi explicado, os aspectos formais dizem respeito aos procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação tributária. Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras formais vigentes na data do lançamento, ainda que tenham sido alteradas após a ocorrência do fato gerador. Na redação desse parágrafo, percebe-se que os aspectos procedimentais estão relacionados a procedimentos de fiscalização, poderes de investigação e até mesmo maiores garantias e privilégios ao crédito tributário. Observação: Garantias do crédito tributário: tornam mais efetiva a atividade de cobrança dos tributos. Privilégios do crédito tributário: regras que outorgam prioridade de pagamento aos tributos, em detrimento de outras dívidas, quando há pluralidade de credores contra o devedor. •! Nós estudaremos em momento oportuno as garantias e privilégios do crédito tributário. Novamente, vamos analisar a situação sobre outra ótica: se a autoridade administrativa deve aplicar a legislação formal em vigor no momento do lançamento, como este ocorre em data posterior ao fato gerador, pode-se dizer que a legislação alcança fatos geradores passados (anteriores a ela), mas que estão sendo objeto de apuração pela autoridade fiscal no momento do lançamento. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋≅∋9∃∋65∋ Imagine, como ocorrido exemplo anterior, que no mês de Janeiro de 2014 ocorra o fato gerador de um imposto. A legislação que regulava os procedimentos formais a serem adotados pela autoridade administrativa era a Lei “A”. Em Julho de 2014, a Lei “B” revogou a Lei “A”, alterando os procedimentos aplicáveis ao lançamento do referido imposto. Aí eu te pergunto: qual lei deve ser aplicada ao lançamento, realizado em Janeiro de 2015? Certamente, é a Lei “B”. Veja que no momento do lançamento a autoridade fiscal aplicou a legislação em vigor nessa data (em obediência ao § 1º do art. 144). Analisando a situação sob outro ângulo, você será capaz de perceber também que a Lei “B” atingiu fatos geradores passados, em cujo momento estava em vigor outra legislação formal (A Lei “A”). Entendido? Não confunda! A legislação formal se aplica aos fatos geradores passados, pois o que importa é a legislação vigente na data do lançamento (pode ter havido alteração após o fato gerador). Contudo, há uma exceção: não pode ser aplicada a legislação que posteriormente à data da ocorrência do fato gerador da obrigação tenha atribuído responsabilidade tributária a terceiros. Vamos entender a lógica dessa exceção. Nós aprendemos que o sujeito passivo da obrigação tributária é um aspecto material a ser levado em consideração no momento do lançamento. Sendo assim, não faz sentido inserir no pólo passivo da obrigação uma pessoa que, na data da ocorrência do fato gerador, não era obrigada a cumpri-la. Entendido? 2.3 - Taxa de câmbio aplicável ao lançamento Deve ser ressaltado também que, em alguns casos, o valor da base de cálculo do tributo é expresso em moeda estrangeira. Isso é comum nos tributos aduaneiros, sobretudo no imposto de importação. Como a taxa de câmbio se altera diariamente, é necessário saber, no momento de realizar o lançamento, qual a taxa de câmbio a ser utilizada. Como a taxa de câmbio influencia no valor do tributo devido (um aspecto material), o legislador do CTN optou por manter a mesma lógica da legislação relativa aos aspectos materiais: a data de ocorrência do fato gerador, lembrando que isso foi determinado “salvo disposição de lei em contrário”, conforme preceitua o art. 143 do CTN: Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far- 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋54∋9∃∋65∋ se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. Vamos esquematizar isso de forma bastante simples: Questão 01 – ESAF/AFRFB/2012 Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma relação, o direito tributário houve por bem distingui-los: a obrigação como um primeiro momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda não determinados e formalmente identificados; o crédito como um segundo momento na mesma relação, que surge com o lançamento. Comentário: Realmente, apenas com o lançamento (segundo momento) é que se identifica formalmente o sujeito passivo da obrigação tributária (primeiro momento). Lembre-se de que no mnemônico VDCIP, a letra “I” representa o ato de identificar o sujeito passivo da relação jurídico-tributária. Questão correta. Questão 02 – ESAF/ATRFB/2009 Por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário, apontando o montante devido correspondente à obrigação tributária principal, que abrange o tributo, mas não abrange eventuais penalidades pecuniárias pelo descumprimento da obrigação tributária. Comentário: O lançamento é o ato pelo qual se constitui o crédito tributário, relativo à obrigação principal, que pode ter por objeto tanto o pagamento de tributo como de penalidades pecuniárias (multas). Questão errada. Legislação vigente na data do fato gerador Aspectos Materiais Aspectos Formais Legislação vigente na data do lançamento Taxa de Câmbio Data do fato gerador 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋55∋9∃∋65∋ Questão 03 – ESAF/SEFAZ-CE/2007 A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação tributária ao contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo lançamento. Comentário: Como já foi visto durante a aula, o lançamento tem natureza jurídica mista, isto é, declara a obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Questão correta. Questão 04 – ESAF/SEFAZ-RN/2005 É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas. Comentário: Aplica-se a legislação formal vigente na data do lançamento. Considera-se como legislação formal aquela que disponha sobre os poderes de investigação das autoridades administrativas. Questão errada. Questão 05 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002 O lançamento de crédito tributário reporta-se à data de ocorrência do fato gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, exceto em relaçãoaos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que, nesse caso, a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Comentário: A questão está perfeita. O examinador cobrou tanto o caput do art. 144, como o seu § 2°. Questão correta. Questão 06 – ESAF/TRF/2002 O lançamento é regido pela legislação vigente à época da ocorrência do fato gerador, não lhe sendo aplicável a legislação posterior. Comentário: A questão está correta apenas em relação à legislação material. No tocando aos aspectos formais, deve-se levar em consideração a legislação em vigor na data do lançamento. Portanto, a questão está errada. Questão 07 – ESAF/AFRF/2005 O lançamento é uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋53∋9∃∋65∋ Comentário: De acordo com o par. Único do art. 142, do CTN, a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Questão correta. Questão 08 – ESAF/Advogado-IRB/2004 É permitido que autoridade judiciária realize lançamento de crédito tributário, na hipótese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido à Fazenda Pública. Comentário: O lançamento é atividade privativa da autoridade administrativa, não podendo esta ser substituída pela autoridade judiciária. Questão errada. Questão 09 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002 O lançamento de crédito tributário tem natureza jurídica declaratória da obrigação tributária preexistente. Comentário: O lançamento tem natureza jurídica mista: declara a obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Questão correta. Questão 10 – FD /INÉDITA/2015 A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros. Comentário: Vamos entender o que a questão quer dizer. O caput do art. 144, do CTN, determina que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Ou seja, a lei já deve estar vigente quando ocorrer o fato gerador. Logo, ao iniciar sua vigência, a legislação material (e é a ela que o caput do art. 144 se refere, como já vimos) somente se aplica aos fatos geradores futuros. Questão correta. Questão 11 – FD /INÉDITA/2015 A legislação formal alcança fatos geradores passados. Comentário: Nós vimos que se aplica ao lançamento a legislação formal que, nos termos do § 1º, do art. 144, do CTN, esteja vigente nessa data. Logo, pode-se dizer que a legislação formal alcança fatos geradores passados, que venham a ser lançado futuramente, a partir da vigência da legislação. Questão correta. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Φ∋9∃∋65∋ Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2010 Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. Comentário: Conforme estudamos, os aspectos formais dizem respeito aos procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação tributária. Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras formais vigentes na data do lançamento, ainda que tenham sido alteradas após a ocorrência do fato gerador. Questão correta. Questão 13 – FGV/AFRE-RJ/2011 A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco. Comentário: O caput do art. 142 assevera que compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. Sendo assim, o lançamento não é uma atividade que pode ser objeto de delegação. Questão errada. Questão 14 – FGV/AFRE-RJ/2011 A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a data do lançamento. Comentário: O art. 144 do CTN preceitua que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão errada. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Γ∋9∃∋65∋ Questão 15 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014 ! Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir. I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário. II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito. III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário. IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em lei. Assinale: a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. Comentário: Item I: O lançamento possui natureza jurídica mista, ou seja, declara a obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Item correto. Item II: De acordo com o art. 146 do CTN, o lançamento não pode ser revisto por ter havido erro de direito. Item errado. Item III: Na verdade, o lançamento declara a obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Item errado. Item IV: Conforme prevê o art. 149, I, do CTN, o lançamento é revisto de ofício quando a lei assim o determine. Item correto. Gabarito: Letra B Questão 16 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 O lançamento tributário rege-se pela lei vigente na data da ocorrência do fato gerador, ainda que ao tempo da constituição do crédito tal lei haja sido revogada. Comentário: De acordo com o caput do art. 144 do CTN, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão correta. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋<+Β∀∆−∋5Η∋9∃∋65∋ Questão 17 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo pagamento do tributo. Comentário: A conversão deve ser feita com base na taxa de câmbio da data do fato gerador da obrigação tributária. Questão errada. Questão 18 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo. Comentário: Na verdade, é a obrigação tributária que surge com a ocorrência do fato gerador do tributo. O crédito tributário é constituído pelo lançamento. Questão errada. Questão 19 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 O lançamento é o procedimento administrativo por meio do qual se apura a certeza e a liquidez do crédito tributário, que constitui o devedor em mora. Comentário: O lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível (VDCIP). O lançamento não apura a certeza e liquidez do crédito tributário, até porque antes do lançamento o crédito tributário nem mesmo existe. Trata-se de procedimento que tem por objetivo constituir o crédito tributário, conferindo certeza e liquidez à obrigação tributária. Questão errada. Questão 20 – FCC/AFR-SP/2009 Da verificação de que o lançamento é o procedimento administrativo destinado a constituir o crédito tributário e que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, é possível identificar o cumprimento do princípio constitucional da: a) irretroatividade tributária. b) anterioridade anual. c) anterioridade nonagesimal. d) isonomia tributária. e) capacidade contributiva. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋56∋9∃∋65∋ Comentário: Imagine que na data da ocorrência do fato gerador a alíquota de determinado tributo seja de 10% e que no dia do lançamento seja de 20%. Se a alíquota de 20% fosse utilizada no lançamento, diríamos que a lei responsável pela majoração foi aplicada a fatos geradores anteriores à sua vigência. Veja que o caput do art. 144 reforça o princípio da irretroatividade. Portanto, a alternativa correta é a Letra A. Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012 O lançamento do crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei vigente, salvo se esta for posteriormente modificada ou revogada. Comentário: De acordo com o caput do art. 144, do CTN, O lançamento do crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão errada. Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012 No caso de, após a ocorrência do fato gerador, advir lei que amplie os poderes de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei que estiver em vigor na data a) do pagamento do tributo. b) da inscrição da dívida na repartição administrativa competente. c) da ocorrência do fato gerador. d) da cobrança do tributo. e) da feitura do lançamento. Comentário: Aprendemos que, em relação aos aspectos formais, aplica-se a legislação vigente na data do lançamento. Portanto, a alternativa correta é a Letra E. Questão 23 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012 Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula. Comentário: Nos termos do art. 140 do CTN, as circunstâncias que venham modificar o crédito tributário não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Portanto, a questão está errada. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Ι∋9∃∋65∋ Questão 24 – FCC/DPE-SP/2009 A taxa cambial do dia do lançamento será a utilizada na conversão para a moeda nacional, nos casos em que o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira. Comentário: Utiliza-se a taxa de câmbio da data da ocorrência do fato gerador da obrigação, quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira. Questão errada. Questão 25 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009 O lançamento é atividade administrativa vinculada e discricionária. Comentário: Ora, ou a atividade é vinculada ou é discricionária. No caso do lançamento, trata-se de atividade vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Questão errada. Questão 26 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009 O lançamento é regido por lei vigente na data da ocorrência do fato gerador da obrigação, mesmo que outra lei posterior imponha penalidade menos severa ao fato. Comentário: Em se tratando de penalidades, a legislação mais benéfica aplica-se ao fato gerador, mesmo que este tenha ocorrido em momento anterior à sua vigência, produzindo efeitos retroativos. Questão errada. Questão 27 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012 Compete privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito tributário pela concretização da hipótese descrita em lei, o que dá origem à obrigação tributária. Comentário: A questão “enrolou” as palavras. O correto é dizer que compete privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito tributário por meio do lançamento. Questão errada. Questão 28 – CESPE/DPU/2010 À autoridade tributária competente cabe declarar a existência do crédito tributário pelo lançamento, ocasião em que deve verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, calcular o montante do tributo devido e identificar o sujeito passivo. Eventual proposição de aplicação de penalidade 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5ϑ∋9∃∋65∋ pecuniária deve ser objeto de ato administrativo próprio, pois não se trata de tributo. Comentário: Há dois erros na questão. A autoridade declara a existência da obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Além disso, no procedimento do lançamento, se for o caso, cabe a autoridade administrativa propor a aplicação da penalidade cabível. Questão errada. Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010 Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na data a) mais favorável ao sujeito passivo. b) de pagamento do tributo. c) da feitura do lançamento. d) da ocorrência do fato gerador. e) da cobrança do tributo. Comentário: A questão trata da legislação formal. O examinador tentou confundir o candidato, tentando inserir a informação de que o tributo é lançado “por período certo de tempo”. De qualquer modo, a legislação formal a ser aplicada ao lançamento é a que estiver em vigor na data deste. Portanto, a respostaé a Letra C. 3 – ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO Após a conclusão do lançamento, para que este possa produzir efeitos em relação ao sujeito passivo, é necessário que haja a notificação do lançamento. Trata-se de comunicação oficial feita ao devedor por meio de notificação de lançamento ou mesmo por carnê de cobrança. Ao ser notificado, o contribuinte terá duas opções: quitar a obrigação ou impugnar o lançamento contra ele realizado. Obviamente, ele terá um prazo para agir diante da notificação. Portanto, antes de o contribuinte ser notificado da existência do crédito tributário, o lançamento não produz qualquer efeito (contagem do prazo para impugnação, por exemplo). É por esse motivo que, antes da comunicação oficial, a autoridade administrativa pode alterar o lançamento para corrigir informações ou valores, já que o contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária. Podemos dizer, então, que nesse período o lançamento é revisível. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5≅∋9∃∋65∋ Até a notificação, a revisibilidade do lançamento é absoluta. Com a notificação, a situação muda totalmente. A partir deste momento, a regra é a vedação da alteração do lançamento efetuado. Dizemos, neste caso, que o lançamento é presumidamente definitivo. Contudo, tal presunção é relativa, já que o art. 145 do CTN, seguindo a lógica do que acabamos de ver, previu situações excepcionais que permitem a alteração do lançamento regularmente notificado. Senão, vejamos: Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Vamos estudar cada uma dessas hipóteses de alteração do lançamento. Antes disso, seria interessante que você entendesse a seguinte dica de prova: DICA DE PROVA: Fique atento quando a questão mencionar o lançamento, afirmando que é definitivo. Ele é apenas presumidamente definitivo, pois pode ser alterado nas hipóteses do art. 145 do CTN. Como consequência, o crédito tributário também não está definitivamente constituído com o lançamento. 3.1 – Impugnação do sujeito passivo (Art. 145, I) Acabamos de estudar que, após ser notificado do lançamento efetuado, o sujeito passivo tem basicamente duas opções: pagar ou impugnar o lançamento. Quando o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado, tem o direito de contestar, dentro de determinado prazo fixado na legislação tributária de cada ente, o lançamento por meio da impugnação. Instaura- se, então, a fase litigiosa (ou contenciosa) do lançamento. Se a decisão administrativa proferida for desfavorável ao sujeito passivo, tem ele a oportunidade de pagar e desistir do processo ou recorrer de forma voluntária ao órgão de segunda instância (recurso voluntário). 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋34∋9∃∋65∋ Observação: Ainda que obtenha decisão desfavorável na esfera administrativa, o contribuinte sempre pode se socorrer no âmbito do Poder Judiciário. Veja que o art. 145 do CTN apenas citou a impugnação. Contudo, como acaba de se analisar, o sujeito passivo pode obter a alteração do lançamento tanto na impugnação como no recurso voluntário. Para tornar a explicação mais clara, entenda que a impugnação se refere à contestação do lançamento efetuado e o recurso ocorre quando a decisão da autoridade julgadora é atacada. Deve-se destacar que, ao impugnar o lançamento ou ao oferecer o recurso voluntário, é possível que o valor do crédito tributário seja alterado, inclusive para maior, se for detectado erro no lançamento. 3.2 – Recurso de ofício (Art. 145, II) Se a decisão administrativa proferida na primeira instância for desfavorável ao Fisco, fica sujeita ao recurso de ofício. Isso significa que o processo é encaminhado ao órgão de segunda instância para novo julgamento. Nessa instância, o julgamento pode ser a favor do sujeito passivo novamente (em desfavor da Fazenda Pública) ou a favor do Fisco, hipótese em que ocorre alteração do lançamento. Observação: O recurso de ofício também pode vir em prova com a denominação reexame necessário, remessa necessária ou duplo grau obrigatório. 3.3 – Iniciativa de ofício da autoridade fiscal (Art. 145, III) As duas formas de alteração do lançamento estudadas acima decorrem da manifestação do sujeito passivo. A que vamos estudar neste tópico diz respeito à atuação da própria autoridade administrativa que efetuou o lançamento ou seu superior hierárquico. Essa modalidade de alteração do lançamento está fundada no princípio da legalidade, segundo o qual a Administração Pública deve tomar as medidas necessárias para o fiel cumprimento da lei. Assim, se for constatada alguma ilegalidade no lançamento, a autoridade administrativa deve promover a alteração a fim de corrigi-lo, independentemente de provocação do sujeito passivo. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋35∋9∃∋65∋ Nesse caso, deve ser ressaltado que a alteração ocorre de ofício. Isso significa que, caso se faça necessário, em cumprimento ao art. 145, III, a autoridade deve promover o lançamento de ofício. Observação: Nós já vimos em outra aula que existem três modalidades de lançamento, sendo a de ofício uma delas. Nesta aula, estudaremos todas elas detalhadamente. Portanto, sempre que ocorrer alguma das situações previstas no art. 149 do CTN, a autoridade deve fazer a alteração do lançamento de ofício, mesmo que o tributo tenha sido originariamente lançado por meio de outra modalidade de lançamento. Todo tributo pode ser lançado de ofício, caso ocorra alguma das hipóteses do art. 149 do CTN. Destaque-se que tais alterações somente podem ser efetuadas, enquanto não estiver extinto o direito da Fazenda Pública pela decadência. Por fim, uma dica para guardar as hipóteses previstas no art. 149 é, além de fazer reiteradas leituras como recomendado na aula inicial do curso, entender que quase todas as hipóteses representam algum vício no lançamento. A exceção é o inciso I, que estabelece a alteração quando a lei determinar. Para facilitar a memorização, lembre-se das palavras-chave descritas a seguir (só irá funcionar se você ler a lei): •! Quando a lei determinar (óbvio); •! Quando a declaração for entregue fora do prazo ou na forma prevista na legislação; •! Deixar de atender pedido de esclarecimento da autoridade administrativa; •! Falsidade, erro, inexatidão ou omissão; •! Ação ou omissão que resulte em penalidade pecuniária (multas); •! Dolo, fraude ou simulação; •! Fato não conhecido ou não provado; •! Fraude ou falta funcional da autoridade lançadora. Observação: O lançamento de multas é realizado pela lavratura de auto de infração, uma das formas de lançamento de ofício (art. 149, VI). Fique ligado, pois a questão da prova pode se referir à constituição do crédito tributário, citando o auto de infração. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋33∋9∃∋65∋ Agora é com você! Leia o art. 149 e veja como tudo ficou mais fácil de ser compreendido e armazenado na memória. Esquematizando: 3.4 – Alteração do Lançamento decorrente de erro de direito e erro de fato Vejamos, inicialmente, o que diz o art. 146 do CTN: Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. Quando o legislador fala em “critérios jurídicos” adotados pela autoridade no lançamento, está se referindo à interpretação da legislação tributária aos casos concretos. A interpretação de determinada norma pode ser alterada com o decorrer do tempo, já que a tecnologia, a sociedade e a economia, por exemplo, são fatores que se alteram, podendo resultar em outro modo de entender a lei tributária. Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de direito. O dispositivo em análise tem por objetivo proteger a alteração do lançamento efetuado, com base em erro de direito, prestigiando a boa-fé do contribuinte que, ao fazer acontecer o fato gerador, tinha por base a interpretação anterior da lei tributária. Portanto, as alterações nos critérios jurídicos, ou melhor, na interpretação da lei só pode ser feita, em relação ao mesmo sujeito passivo, quanto aos fatos geradores que vierem a ocorrer após a mudança na interpretação. Alteração de lançamento notificado Impugnação do sujeito passivo Recurso de ofício Iniciativa de ofício (CTN, art. 149) 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Φ∋9∃∋65∋ A mudança nos critérios jurídicos possui efeitos ex nunc, aplicando-se apenas aos fatos geradores futuros. Com efeito, o art. 146, do CTN, tem como objetivo reforçar a imodificabilidade do lançamento que já foi regularmente notificado ao sujeito passivo. Trata-se de decorrência do princípio da segurança jurídica, assegurando ao sujeito passivo a estabilidade das relações jurídicas já constituídas. Da mesma forma, o referido dispositivo impede que determinado sujeito passivo, que tenha se submetido a lançamento realizado com base no critério jurídico “X”, seja sujeito passivo de outro lançamento posterior, realizado com base no critério jurídico “Y”, quando este lançamento tenha como objeto fato gerador anterior à introdução do critério “Y”. O marco temporal para aplicabilidade do novo critério jurídico é a data da sua introdução. Dito isso, o candidato deve memorizar que não cabe alteração de lançamento com base em erro de direito. Ora, se a alteração dos critérios jurídicos só pode alcançar fato gerador praticado pelo mesmo sujeito passivo posterior a essa alteração, é evidente que não alcançará fatos anteriores que já foram, inclusive, objeto de lançamento. Vejamos o entendimento do STJ sobre o assunto: TRIBUTÁRIO - IMPORTAÇÃO - REVISÃO DE LANÇAMENTO POR ERRO DE DIREITO - SÚMULA 227/TFR. 1. Em havendo na declaração do contribuinte erro de direito não detectado pelo Fisco, que a aceita integralmente, a mudança de entendimento constitui-se em alteração de critério vedada pelo CTN. 2. Só a falsidade, o erro ou a omissão são capazes de provocar a revisão do lançamento com a conseqüente autuação do contribuinte. (STJ, REsp 171.119/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, Julgamento em 07/08/2001) 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Γ∋9∃∋65∋ Por outro lado, o “erro de fato”, quando ocorrido, deve ser indubitavelmente alterado, com base no art. 149 do CTN, respeitando, é claro, o prazo decadencial, conforme a regra previsto no par. único do mesmo artigo. O erro de fato ocorre quando algum fato relevante deixa de ser levado em consideração no momento do lançamento ou mesmo quando as informações tomadas como base para o lançamento não correspondem à realidade. Como exemplo, imagine que o IPVA referente a um carro foi calculado sobre uma base de cálculo incorreta. Nesse caso, o lançamento deve ser alterado de ofício com base no art. 149, VIII, do CTN. Questão 30 – ESAF/ATRFB/2012 Se o lançamento não foi notificado ao sujeito passivo, pode ser livremente alterado pela autoridade. Comentário: Antes da comunicação oficial, a autoridade administrativa pode alterar o lançamento para corrigir informações ou valores, já que o contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária. Podemos dizer, então, que nesse período o lançamento é revisível. Questão correta. Questão 31 – ESAF/ATRFB/2012 A alteração de entendimento (modificação dos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa) no exercício do lançamento pode ser efetivada, em relação aos outros contribuintes, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente à sua introdução. Comentário: Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de direito. Aqui está uma boa “pegadinha” da ESAF. O candidato fica focado na palavra “anteriormente” e pensa que está errado. Contudo, a banca diz “em relação a outros contribuintes”, o que afasta por completo a aplicação da vedação prevista no art. 146 do CTN. Na dúvida, releia o dispositivo, antes de partir para a próxima questão. Questão correta. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Η∋9∃∋65∋ Questão 32 – ESAF/ATRFB/2009 O tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, não sendo admissíveis impugnações de qualquer natureza. Comentário: Realmente, a atividade administrativa de lançamento é plenamente vinculada. Contudo, admitem-se impugnações, conforme prevê o CTN. Questão errada. Questão 33 – ESAF/Auditor-TCE-PR/2002 Em consonância com o CTN, NÃO se admite alteração do lançamento de crédito tributário, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigação tributária, entre outras hipóteses, em virtude de iniciativa de ofício da autoridade administrativa, em face de posterior modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento. Comentário: Lembre-se que a modificação dos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa só pode ser aplicada em relação aos fatos geradores ocorridos após tal modificação. Trata-se do erro de direito. Sendo assim, não cabe alteração de lançamento já efetuado com base nessa justificativa. Questão correta. Questão 34 – ESAF/SEFAZ-MG/2005 O lançamento pode ser revisto de ofício, mesmo se efetuado em qualquer modalidade. Comentário: O lançamento pode ser revisto de ofício nas situações previstas no art. 149 do CTN, mesmo se efetuado emoutra modalidade. Questão correta. Questão 35 – ESAF/TTN/1998 O lançamento somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. Comentário: A questão apresenta uma situação em que o tributo é lançado de ofício. Contudo, essa é a apenas uma de várias outros casos elencados no art. 149 do CTN. Questão errada. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋36∋9∃∋65∋ Questão 36 – ESAF/PGDF/2007 O auto de infração caracteriza autêntico lançamento tributário, uma vez que atende aos requisitos básicos previstos na legislação tributária, contendo o fato gerador da obrigação correspondente, a determinação da matéria tributável, o cálculo do montante do tributo devido, a identificação do sujeito passivo e a cominação da penalidade cabível. Comentário: O auto de infração é uma das formas de lançamento tributário, resultando na constituição de multa tributária (penalidade pecuniária). Questão correta. Questão 37 – ESAF/SEFAZ-CE/2007 O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória. Comentário: De fato, o lançamento só pode ser alterado pela iniciativa de ofício nos casos previstos no art. 149 do CTN. O exemplo dado se refere ao inciso IV do referido artigo. Questão correta. Questão 38 – ESAF/SEFAZ-CE/2007 O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. Comentário: De fato, o lançamento só pode ser alterado pela iniciativa de ofício nos casos previstos no art. 149 do CTN. O exemplo dado se refere ao inciso VII do referido artigo. Questão correta. Questão 39 – ESAF/GEFAZ/2005 Com a lavratura de auto de infração, considera-se definitivamente constituído o crédito tributário. Comentário: Com a lavratura do auto de infração, o contribuinte ainda tem o direito de impugnar o lançamento realizado. Por esse motivo, não se pode alegar que o crédito tributário está definitivamente constituído. Questão errada. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Ι∋9∃∋65∋ Questão 40 – ESAF/GEFAZ/2005 Com a lavratura de auto de infração, considera-se constituído o crédito tributário. Comentário: Com a lavratura do auto de infração, o lançamento está realizado e o crédito tributário, constituído. Embora ainda haja possibilidade de alteração, não se nega que o crédito já foi constituído. Questão correta. Questão 41 – FGV/SEAD-AP-Auditor/2010 Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte, não é correto afirmar que: a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento. c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo. d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito. e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. Comentário: Preste atenção, pois o que se pede é a alternativa errada, ok? Vamos comentar cada uma delas: Alternativa A: Conforme prevê o art. 149, IV, do CTN, trata-se de hipótese de que permite a realização de lançamento ou revisão de ofício. Item correto. Alternativa B: O erro de fato, quando ocorrido, deve ser alterado, com base no art. 149 do CTN, respeitando, é claro, o prazo decadencial, conforme a regra prevista no par. único do mesmo artigo. Item correto. Alternativa C: A impugnação do sujeito passivo, nos termos do art. 145, I, do CTN, é uma das hipóteses que justificam a alteração de lançamento regularmente notificado ao contribuinte. Item correto. Alternativa D: De acordo com o art. 146, do CTN, não é possível alterar o lançamento efetuado, com base em erro de direito. Item errado. Alternativa E: De fato, cabe lançamento de ofício na hipótese aventada, nos termos do art. 149, VII, do CTN. Item correto. Gabarito: Letra D 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3ϑ∋9∃∋65∋ Questão 42 – FGV/AFRE-RJ/2010 ! O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito. Comentário: Não se admite alteração de lançamento com base em erro de direito. É o que se depreende da redação do art. 146 do CTN. Questão errada. Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 Notificado regularmente o lançamento ao sujeito passivo tributário, a autoridade administrativa não pode mais alterá-lo de ofício. Comentário: Conforme previsão no art. 145, III, a autoridade administrativa pode alterar o lançamento regularmente notificado, nos casos previstos no art. 149 do CTN. Questão errada. Questão 44 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009 O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava tributos, o que propiciou a lavratura de auto de infração contra a empresa e a cobrança dos tributos devidos e das penalidades relativas aos fatos constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa. A circunstância descrita constituiu o crédito tributário. Comentário: Exatamente. Nós vimos que o auto de infração é uma das formas de lançamento de ofício. Logo, há constituição do crédito tributário. Questão correta. Questão 45 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009 O lançamento se torna eficaz, via de regra, com a notificação do sujeito passivo da obrigação tributária. Comentário: Nós vimos que o lançamento só produz efeitos (torna-se eficaz) após a notificação do sujeito passivo. Questão correta. Questão 46 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013 A ausência de notificação ao contribuinte acerca do ato de lançamento do crédito tributário a ele concernente não implica, necessariamente, nulidade do lançamento e da execução fiscal nele fundada. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3≅∋9∃∋65∋ Comentário: Antes da notificação ao contribuinte, o lançamento não possui qualquer efeito, sendo nula qualquer execução fundada em lançamento pendente de notificação. Questão errada. Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012O lançamento não pode ser objeto de revisão. Comentário: O lançamento ainda não notificado pode ser revisado, sem restrições. No entanto, a partir da notificação ao sujeito passivo, o lançamento só pode ser alterado nos casos previstos no art. 145, I, II e III, do CTN. Questão errada. Questão 48 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012 O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária. Comentário: De acordo com o art. 145, III, do CTN, o lançamento é revisto de ofício pela autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149. Nós vimos que o fato de a declaração não ser entregue no prazo e na forma (preste atenção nessas palavras-chave) faz com que o lançamento seja revisto de ofício. Questão errada. Questão 49 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012 De acordo com o posicionamento do STJ, é irregular a notificação do contribuinte no processo administrativo-tributário quando não houver previsão de prazo para a correspondente impugnação, hipótese que caracteriza ofensa ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, acarretando a nulidade do lançamento do crédito tributário. Comentário: Após a regular notificação ao contribuinte, este possui direito à impugnação do lançamento, por expressa disposição no art. 145, I, do CTN. Caso a notificação não contenha prazo para que o contribuinte venha impugnação, certamente é irregular. Questão correta. Questão 50 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009 A alteração de critério jurídico adotado pelo fisco autoriza a revisão de lançamento já realizado. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ4∋9∃∋65∋ Comentário: Trata-se do erro de direito. A alteração dos critérios jurídicos adotados pelo fisco só podem produzir efeito em relação a fatos geradores ocorridos após a alteração. Questão errada. Questão 51 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009 O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado em virtude de impugnação do sujeito ativo. Comentário: Cuidado com a pegadinha. O lançamento pode ser alterado em virtude de impugnação do sujeito passivo, e não do ativo. Questão errada. Questão 52 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009 O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado em virtude de impugnação de terceiro interessado. Comentário: A impugnação deve ser feita pelo sujeito passivo da obrigação tributária. Questão errada. Questão 53 – FCC/ISS-SP/2007 O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser alterado em virtude de livre iniciativa da autoridade administrativa, com base em seu poder discricionário, enquanto não extinto o direito do sujeito passivo. Comentário: O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser alterado por iniciativa de ofício da autoridade administrativa, apenas nos casos previstos no art. 149 do CTN. Sendo assim, não há qualquer discricionariedade. Questão errada. Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2011 A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela impugnação do sujeito passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Comentário: A questão está perfeita. Vale lembrar que a revisão do lançamento, conforme disposto no par. único do art. 149, do CTN, só pode ser feita enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Questão correta. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ5∋9∃∋65∋ Questão 55 – CESPE/Procurador-Ipojuca-PE/2009 Na hipótese de se comprovar ação ou omissão de contribuinte que esteja sujeita à aplicação de multa, é lícito que o lançamento seja efetuado e revisto de ofício. Comentário: De acordo com o art. 149, VI, quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de multa, o lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício. Questão correta. Questão 56– FCC/AFR-SP/2009 O lançamento de ofício é cabível para aquele tributo cujo anterior lançamento por homologação tiver sido comprovadamente feito com omissão ou inexatidão, por parte de pessoa legalmente obrigada. Comentário: O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada a realizar o pagamento antecipado na sistemática do lançamento por homologação (art. 149, V, c/c art. 150, caput). Questão correta. Questão 57 – FCC/Auditor-TCE-AL/2008 O lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação. Comentário: O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. Questão correta. 4 – MODALIDADES DE LANÇAMENTO Já sabemos que existem três, e apenas três, modalidades de lançamento. São elas: de ofício, por declaração e por homologação. No CTN, eles foram disciplinados nos seguintes dispositivos: •! Lançamento de ofício: Art. 149 •! Lançamento por declaração: Art. 147 •! Lançamento por homologação: Art. 150 •! 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ3∋9∃∋65∋ É a lei quem determina a modalidade de lançamento pela qual o tributo será lançado. Vamos estudar cada uma delas a seguir. Vamos lá! 4.1 – Lançamento de ofício No lançamento de ofício, o fisco possui dados suficientes para realizar o lançamento sem a participação do contribuinte. Assim, todo aquele procedimento (VDCIP) que compõe o lançamento é realizado pela autoridade administrativa. Observação: O lançamento de ofício também é denominado ex officio ou direto. O art. 149 do CTN estabelece as situações que justificam a realização do lançamento ou sua revisão. Vimos isso quando estudamos as formas de alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo. Pela leitura do art. 149 do CTN, nota-se que, mesmo quando o lançamento inicial tenha sido efetuado por outra modalidade (por declaração ou por homologação), pode haver revisão de ofício. Portanto, vale frisar que todo tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no art. 149, pode vir a ser lançado de ofício. O que pode suscitar dúvida é que você estudou que alguns impostos estão sujeitos ao lançamento de ofício, mesmo não havendo irregularidade. Isso é feito com base no art. 149, I, segundo o qual o lançamento é efetuado de ofício quando a lei determinar. Como naquele momento nós vimos apenas os impostos que são lançados de ofício, vamos ampliar o nosso rol de exemplos. São lançados de ofício, entre outros, os seguintes tributos: •! IPTU; •! IPVA; •! Taxas;•! Contribuição de Melhoria; •! Contribuições Corporativas (de interesse das categorias profissionais ou econômicas); •! Contribuição de Iluminação Pública. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza wallas wallas !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΦ∋9∃∋65∋ Não há nenhuma norma geral que determine quais os tributos que devem ser lançados de ofício. O art. 149, I, permite que a lei de cada ente federativo venha definir se será ou não de ofício. 4.2 – Lançamento por declaração Na sistemática do lançamento por declaração (ou misto), o sujeito passivo atua mais intensamente, auxiliando a autoridade administrativa com as informações necessárias para efetuar o lançamento. Nessa modalidade lançamento, o contribuinte fica obrigado a prestar declaração com informações sobre a matéria de fato (valor, data de ocorrência do fato gerador, informações pessoais etc.). Com base nas informações fornecidas pelo contribuinte, a autoridade providencia o lançamento, notificando-o para pagamento. A entrega de declaração constitui típica obrigação acessória. Um aspecto pertinente a essa modalidade de lançamento é a retificação da declaração, quando provocada pelo próprio declarante. Vamos ver o que o CTN estabelece sobre o assunto: Art. 147: (...) § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. Portanto, prestada a declaração pelo sujeito passivo, só pode ser feita alteração, com o intuito de reduzir ou excluir tributo, antes da notificação. Além disso, o contribuinte deve provar que a declaração realmente continha erros. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza wallas !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΓ∋9∃∋65∋ Observação: Veja que para aumentar tributo (embora isso seja difícil de ocorrer na prática) não há tal restrição. Caso a declaração contenha erros, e o contribuinte não consiga retificá-la por já ter sido notificado, poderá apresentar impugnação, conforme estudamos no art. 145, I, do CTN. Pode acontecer também de a autoridade administrativa, ao analisar a declaração prestada pelo contribuinte, detectar erros. Nesse caso, a retificação ocorrerá de ofício, com base no § 2º do art. 147, do CTN. Por fim, como exemplo de lançamento por declaração temos o ITBI. 4.2.1 – A técnica do arbitramento O art. 148 do CTN prevê a possibilidade de se realizar o lançamento por arbitramento nas seguintes hipóteses: Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Portanto, sempre que o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos fornecidos pelo contribuinte por meio das declarações não merecerem ou forem omissos, a autoridade administrativa deverá realizar o arbitramento. Um exemplo prático seria o de um contribuinte que adquire imóvel de luxo, por um preço de R$ 2.000.000,00, declarando ao fisco que a operação foi de R$ 100.000,00, para escapar da tributação do ITBI. O fisco, ao detectar que a declaração do sujeito passivo não merece fé, arbitrará o valor mais próximo da realidade. O arbitramento não é considerado como uma modalidade de lançamento, mas sim como técnica para definição da base de cálculo. Uma das maneiras de efetuar o arbitramento é por meio das pautas fiscais, sendo esta semelhante a uma tabela dos valores aproximados dos produtos, utilizada para definir a base de cálculo do tributo. 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΗ∋9∃∋65∋ Contudo, o uso da pauta fiscal é restrito às hipóteses previstas no art. 148 do CTN, não podendo ser utilizada como presunção absoluta de valor, ou seja, quando for possível apurar o valor real da base de cálculo, isso deve ser feito. Nesse sentido, como já foi citado em outra aula, o STJ já decidiu o seguinte: Súmula STJ 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. Na verdade, o que o STJ considerou ilegal foi o uso indiscriminado dessa técnica para apuração da base de cálculo do ICMS. DICA DE PROVA: Se uma questão transcrever a Súmula 431 do STJ, você pode considerar correta, sem pestanejar. Deve ser destacado, em tempo, que o lançamento por arbitramento não possui natureza punitiva, embora seja utilizado em situações em que o contribuinte seja inidôneo ou omisso. Por fim, não cometa o equívoco de imaginar que o imposto de renda das pessoas físicas (IRPF) é lançado por declaração, pelo fato de haver aquela famosa declaração a ser entregue à Receita Federal. Repare a diferença: no lançamento por declaração, o contribuinte presta as informações e aguarda o lançamento da autoridade fiscal bem como a notificação para pagamento. Por outro lado, no caso do IRPF, o contribuinte prepara a declaração, antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, e esta apenas faz a posterior conferência, homologando o procedimento. Trata-se, pois, de lançamento por homologação, estudado no tópico a seguir. No lançamento por declaração, a atividade do contribuinte consiste em informar a autoridade. No lançamento por homologação, a atividade do contribuinte consiste em antecipar o pagamento. 4.3 – Lançamento por homologação O lançamento por homologação, também denominado “autolançamento” tem como característica intrínseca a intensa atuação do sujeito passivo no procedimento. Vejamos o que diz o caput do art. 150: 14769456328 14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza wallas wallas !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋ <#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ6∋9∃∋65∋ Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Como já foi visto, no lançamento por homologação o sujeito passivo antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, sendo que esta, ao conferir a exatidão dos valores recolhidos, realiza a homologação do pagamento. Ainda que o contribuinte participe intensamente desse procedimento, guarde que o lançamento por homologação continua sendo privativo
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