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Espondilite anquilosante • O que é? A espondilite anquilosante (EA), doença inflamatória crônica que atinge até 1% da população, pode associar-se a limitação funcional e comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. Está classificada no grupo das espondiloartrites que acomete a coluna vertebral, podendo evoluir com rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial. Acontece em ambos os sexos, porém, tem preferência pelo sexo masculino, em uma proporção de dois a quatro homens para cada mulher, sendo menor no sexo feminino. A grande maioria dos pacientes desenvolve os sintomas entre 20 e 35 anos. • Causa A causa da espondilite anquilosante ainda é desconhecida, havendo um fator genético facilitador, denominado HLA-B27. Em casos que o paciente possui o HLA- B27, alguns autores sugerem que a espondilite anquilosante pode ser desencadeada por uma infecção intestinal, justamente por elas já estarem geneticamente predispostas a desenvolver a doença. • Sintomas Os sintomas da doença começam no final da adolescência ou no início da vida adulta e são caracterizados inicialmente por febre, fadiga e perda de peso, além de queixa de dor surda, insidiosa na região lombar baixa e na parte inferior da região glútea, rigidez matinal ou após o repouso e que melhora com exercício ou movimento. Com a progressão da doença, a marcha e a postura tornam-se bastante características, facilitando o diagnóstico. A EA também costuma acometer articulações periféricas (oligoartrite de grandes articulações de membros inferiores) e pode causar manifestações extraesqueléticas, como uveíte anterior aguda (UAA), insuficiência aórtica, distúrbios de condução cardíacos, fibrose de lobos pulmonares superiores, compressão nervosa ou neurite, nefropatia ou amiloidose renal secundária. No comprometimento axial, interfere nas estruturas do esqueleto axial, por exemplo, vértebras, articulações sacroilíacas, pelve, e o comprometimento periférico, ao acometimento das estruturas do esqueleto apendicular, por exemplo, dedos, calcâneo, joelhos. • Diagnostico O diagnóstico da espondilite anquilosante dá-se pelos critérios clínicos, como a associação dos sintomas do paciente, pela história familiar, determinação do HLA- B27 e pelas evidências articulares e extraarticulares. Nos quadros clínicos bem desenvolvidos, não é difícil confirmar um diagnóstico, as dificuldades surgem nas formas iniciais ou atípicas. Em relação ao raio x, o mesmo pode mostrar os desvios posturais, a deformação dos corpos vertebrais, a degeneração da articulação sacroilíaca e a calcificações dos tecidos moles. A ressonância magnética nuclear faz o diagnóstico precoce das alterações da sacroileíte com muito mais sensibilidade que a radiografia e a tomografia computadorizada. • Tratamentos Tratamento fisioterapêutico: Há evidências e estudos que comprovam que fazer fisioterapia regularmente é indispensável no tratamento de um paciente com espondilite anquilosante. Os objetivos terapêuticos são: → Diminuir a dor, a rigidez e a fadiga; → Minimizar e evitar deformidades e incapacidades; → Manter e aumentar a mobilidade do tronco e das articulações periféricas; → Aumentar a força dos músculos, do tronco e dos membros; → Melhorar ou manter as condições respiratórias e o condicionamento físico; → Melhorar a postura; → Manter o melhor nível de capacidade funcional e psicossocial; → Educar e orientar o paciente; → Melhorar a qualidade de vida. Tratamento medicamentoso: O tratamento medicamentoso inclui anti-inflamatórios não esteroidais e agentes bloqueadores do fator de necrose tumoral alfa. Esses fármacos estão contraindicados em caso de hipersensibilidade a qualquer um de seus componentes ou em casos de contraindicação absoluta. Além dos antiinflamatórios não hormonais, pode se utilizar as drogas antireumáticas para controle também do processo inflamatório reduzindo e evitando as lesões articulares e preservando a integridade e função. Tratamento cirúrgico: Somente em casos específicos de fratura da coluna vertebral por trauma ou pseudo-artrose, deformidades progressivas, instabilidade de rotação secundária devido a luxações e estenose espinhal.
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