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1 O hormônio estimulador gonadário (GnRH) produzido pelo Hipotálamo vai estimular a produção de FSH e LH pela Hipófise. Fig. 1: Estímulo à secreção hormonal. Estes hormônios que têm como órgão alvo os ovários, vão estimular neste a Fase Folicular e por consequência a produção de estrogênios (produzidos pelas células foliculares e pela teca interna e mais tarde pelo corpo amarelo, o seu principal órgão alvo é o útero). Estes Estrógenos vão atuar no útero estimulando a Fase Proliferativa em que vai ocorrer o espessamento do Endométrio juntamente com o desenvolvimento das glândulas tubulares e vasos sanguíneos. Durante a Fase Folicular, a concentração de estrogênios vai ser mantida mais ou menos constante graças a um processo de Retroação Negativa ou Feed-Back Negativo. Neste processo, o aumento de estrogênios inibe a produção de GnRH e por sua vez de FSH. Baixando a concentração deste hormônio. Diminui a produção de estrogênios, que por sua vez ao baixar a sua concentração no sangue vai estimular a produção de GnRH que estimula a produção de FSH, levando de novo ao aumento da produção de estrogênios, e assim sucessivamente. Até que por volta do final da fase folicular um aumento brusco dos Estrógenos vai provocar uma Retroação Positiva ou Feed-Back Positivo, a tal ponto que vai estimular ainda mais o Hipotálamo a produzir GnRH que por consequência estimula mais a produção de FSH e muito especialmente de LH que vão desencadear no ovário a ovulação (+/- 14º dia do ciclo). A grande concentração de LH estimula a passagem do folículo a corpo amarelo (Fase Luteínica) e para além da produção de estrogênios passa também a produzir-se Progesterona (produzida pelo corpo amarelo tem também como seu principal órgão alvo o útero). Este hormônio, além de continuar a estimular o espessamento do Endométrio vai estimular a secreção das glândulas do Endométrio, Fase Secretora. O aumento da concentração de Progesterona e estrogênios vai inibir a produção de GnRH pelo Hipotálamo (feed-back negativo) que vai inibir a produção de FSH e LH; deixando esta última hormônio de ser produzida, o corpo amarelo regride começando a degenerar e inibe-se a produção de estrogênios e Progesterona. Sem estes hormônios, o Endométrio deixa de ser estimulado e por consequência diminui o fornecimento de nutrientes às suas células por contração dos seus vasos sanguíneos. As células do Endométrio morrem o que leva à destruição parcial do Endométrio, Fase Menstrual. Caso ocorra fecundação e por sua vez gravidez, o ciclo menstrual é interrompido, pois células do embrião produzem um hormônio (HCG) que impede que o corpo amarelo se degenere e o Endométrio por consequência é mantido. Há que ter em conta que tal como no homem o Hipotálamo não é só regulado por via hormonal, mas também o é em nível nervoso, de tal modo que qualquer alteração a esse nível pode alterar por consequência também o ciclo menstrual. Fig. 2: Resumo do Ciclo Hormonal Feminino. ENVELHECIMENTO SEXUAL FEMININO Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br 2 ESTROGÊNIO Cria o endométrio proliferativo; Estimula mamas; Aumenta gordura corporal; Retém água; Interfere em hormônios tireoidiano; Aumenta coagulação; Altera metabolismo de CHO; Aumenta risco de CA de endométrio e mama; Controlam levemente ação osteoclástica (resbsorção óssea). PROGESTERONA Cria o endométrio secretor; Protege contra doença fibrocística; Usa gordura como energia; Diurético; Antidepressivo; Facilita ação tireoidiana; Normaliza glicemia; Previne CA d eendométrio e mama; Estimula ação de osteoblastos (síntese óssea). Tanto hormônios femininos quanto o cortisol possuem a mesma origem, o COLESTEROL. Fig. 3: Síntese dos hormônios sexuais. TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM) Situação clínica patológica que afeta as mulheres em períodos que variam de 7 a 14 dias antes do processo da menstruação se iniciar. Sintomas: Dores abdominais; Cólicas; Distensão abdominal; Tensão e dor em seios; Ansiedade, angústia e depressão; Cefaléia e Dor em coluna; Piora de acne, retenção hídrica dentre outros. A Causa comum da TPM é o desequilíbrio hormonal, com aumento exagerado de ESTROGÊNIO e níveis alterados de PROGESTERONA. As faltas hormonais propiciam a retenção hídrica, comprometendo a circulação. Produtos cárneos e laticíneos podem contribuir para esses desequilíbrios hormonais. AVALIAÇÃO FUNCIONAL Procedimento inicial é verificar deficiências ou excessos de micronutrientes (dosagem de vitaminas séricas e minerais séricos e em urina). Verificar possíveis deficiências de ácidos graxos essenciais, em especial séries W3 e W6-GLA. Outro ponto é avaliar possíveis alergias alimentares. POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS O tratamento deve ser ascendente, ou seja, alguns dias antes da definição do início da TPM. Nutrientes associados: Vitamina B6; Magnésio; Cálcio; W6-GLA; W3; Triptofano. VITAMINA B6 Primeiro nutriente muito utilizado, interferindo no metabolismo das prostaglandinas. Deve ser utilizada 14 dias antes do início da menstruação. DOSES VARIAM DE: 100 – 300mg/dia. DOSES ACIMA DE 100mg podem ser PRESCRITAS APENAS POR MÉDICOS. MAGNÉSIO Quando o paciente não responde adequadamente ao uso de B6, associa-se a vitamina ao magnésio na forma de citrato ou quelato. Permite o fluxo de CÁLCIO no interior do sarcômero, mantendo a musculatura lisa dos vasos relaxada, evitando problemas de excesso de contração uterina. DOSES VARIAM DE: 150 – 600mg/dia. DOSES ACIMA DE 300mg podem ser PRESCRITAS APENAS POR MÉDICOS. CÁLCIO Cerca de 20% dos pacientes não respondem adequadamente ao uso de B6 associada ao magnésio, necessitando a introdução de cálcio na fórmula. DOSES VARIAM DE: 150 – 600mg/dia. TERAPIA COM ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (W3 E W6-GLA) Estão associados à síntese de mediadores inflamatórios, em especial PGE1 e PGE3 (menos inflamatórios). 3 Fig. 4: Metabolismo de ácidos graxos poliinsaturados (W3 e W6). ÓLEO DE PRÍMULA OU BORRAGEM Fontes de W6-GLA. Óleo de prímula é utilizado em doses de 500mg, uma a três vezes ao dia. Óleo de borragem é utilizado em doses de 250 - 500mg, duas vezes ao dia. O USO DE ÓLEO DE BORRAGEM NECESSITA DE TERAPIA ANTIOXIDANTE. ÓLEO DE LINHAÇA Fontes de W3. Permite ótima relação W3:W6 (1:1). Óleo de linhaça é utilizado em doses de 500 - 1000mg ao dia. O USO DE ÓLEO DE LINHAÇA É MAIS EFICAZ QUE USO DE LINHAÇA GRÃO. EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA DISMENORRÉIA Ácido fólico --------------------------------------------400mcg Ácido pantotênico ------------------------------------ 100mg Niacina --------------------------------------------------- 30mg Tiamina --------------------------------------------------- 25mg Riboflavina ----------------------------------------------- 25mg Vitamina B12 ------------------------------------------ 25mcg Piridoxina -----------------------------------------------150mg Vitamina E ----------------------------------------------- 100UI Cálcio quelato ------------------------------------------- 65mg Zinco ------------------------------------------------------ 20mg q.s.p. ------------------------------------------------------1 dose POSOLOGIA: Ingerir 1 dose ao dia. GYMNEMA SYLVESTRE (GYMNEMA Através de sua propriedade adaptogênica, promove-se a homeostase da glicose sanguínea. Melhora a sensibilidade à insulina.Possui efeito redutor de apetite para carboidratos. Pode ocorrer hipoglicemia ocasional. EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA COMPULSÃO POR CHO DEFICIÊNCIA DE ESTRÓGENOS Fator MAIS IMPORTANTE associado aos sintomas da menopausa. Aspectos físicos associados: Ingurgitamento mamário; Mucosas secas; Hipomenorréia ou ciclos menstruais curtos ou longos; Cefaléia; Ondas de calor; Artralgia; Rugas e alopecia; Aspectos psíquicos: depressão, fadiga, diminuição de resistência física e de libido. 4 A deficiência no longo prazo promove risco de comorbidades, como envelhecimento precoce, risco de DCV e osteoporose. DEFICIÊNCIA DE PROGESTERONA É o hormônio que normalmente DECRESCE PRIMEIRO: 40 – 45 anos. Aspectos físicos associados: Mamas doloridas; Edema; Hipermenorréia; TPM; Cefaléia; Aspectos psiquicos: ansiedade, nervosismo, irritabilidade e insônia. DEFICIÊNCIA DE ANDRÓGENOS Associada ao envelhecimento precoce, à incidência aumentada de DCV e perda óssea. Aspectos físicos associados: Perda de força muscular; Fraqueza muscular; Mialgias e artralgias; Aspectos psiquicos: estresse físico e emocional, falta de resistência a esforços, diminuição de libido e perda de força muscular. MENOPAUSA X CLIMATÉRIO CLIMATÉRIO: Corresponde aos períodos pré e pós menstrual; A característica hormonal mais importante é o DECRÉSCIMO da PROGESTERONA que, em torno dos 40 anos de idade, promove alterações menstruais. MENOPAUSA: Corresponde a AUSÊNCIA DE MENSTRUAÇÃO; A característica hormonal mais importante é o DECRÉSCIMO do ESTROGÊNIO, em torno dos 45 anos de idade. MENOPAUSA – Sinais e sintomas: Ondas de calor, suor, parestesias e taquicardia. Alteração de: Libido; Humor; Memória; Ósseas; Metabolismo cardiovascular – risco Doença cerebrovascular. PRINCÍPIOS TERAPÊUTICOS PARA AUXÍLIO NOS SINTOMAS DE CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Red Clover ---------------------------------------------- 40 – 160mg Yam Mexicano -------------------------------------------------150mg Dong Quai ------------------------------------------------------100mg A CIMICÍFUGA (Black Cohosh) também é muito utilizado, mas é de PRESCRIÇÃO MÉDICA. ISOFLAVONAS Formam parte de 40% da composição da soja. Mais importantes: GENISTEÍNA E DAIDZEÍNA (FLAVONÓIDES POLIFENÓIS). Isoflavona no alimento: FORMA GLICANADA (INATIVA) Genistina Daidzina Glicitina Isoflavona absorvível: FORMA AGLICANADA (ATIVA) Genisteína Daidzeína Gliciteína São consideradas MODULARES SELETIVAS DE RECEPTOR DE ESTROGÊNIO. Atuam no: Controle da DCV; Recomposição óssea; Possui pouca ação no controle dos sintomas relacionados à menopausa. Inibe agregação plaquetária; Aumenta produção de HDL; Inibe a 5-A-redutase; Potencial antioxidante; Inibe angiogênese; Diminui lipídios séricos. PORÇÕES DIÁRIAS DE ISOFLAVONAS (FÓRMULAÇÕES MAGISTRAIS PADRONIZADAS): 25 - 50mg/dia. Alimento: 400ml/dia de extrato hidrossolúvel 60g de tofu EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA TRATAMENTO DE DISBIOSE Lactobacillus acidophilus -----------------250 milhões de UFC Lactobacillus bifidum----------------------250 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus -----------------250 milhões de UFC Streptococcus faecium --------------------250 milhões de UFC FOS --------------------------------------------------------------200mg Efervescente -----------------------------------------------------1 UN POSOLOGIA: Dissolver 1 sachê à noite, antes de dormir. EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA AUXÍLIO NOS SINTOMAS DE CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Isoflavonas--------------------------------------------------------50mg Yam Mexicano -------------------------------------------------150mg Dong Quai ------------------------------------------------------100mg q.s.p. -------------------------------------------------------------1 dose POSOLOGIA: Ingerir 1 dose ao dia*. *Pode a chegar ao máximo de duas doses. 5 OSTEOPOROSE OSTEOPENIA Rarefação óssea OSTEOPOROSE Perda de massa óssea. Avaliados por densitometria óssea e marcadores ósseos na urina. Fatores de risco: Mulher branca, magra e sedentária; Alto consumo de café e proteína animal; Alto consumo de bebidas carbonatadas (e à base de cola); Exposição insuficiente ao sol; Consumo baixo de produtos ricos em cálcio; Uso contínuo e prolongado de corticóides; antiinflamatórios, anticonvulsivantes e medicamentos para tireóide; Menopausa precoce. POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS Além dos tratamentos médicos convencionais, vários nutrientes podem ser utilizados em associação ou independentemente de outros tratamentos estabelecidos. CÁLCIO Um dos primeiros nutrientes na ser indicado, em diversas formas, sendo bem mais absorvido na forma de QUELATO. As demais formas, CARBONATO, CITRATO, PANTOTENATO e de PRODUTOS LÁCTEOS também são válidas, mas deve-se atentar para os limites de absorção. TOTAL A SER UTILIZADO -------------- 1.000 – 2.000mg O uso de citrato é indicado para pacientes ÁCIDO PARA SER ABSORVIDO. VITAMINA D3 Juntamente com o cálcio, deve-se administrar a vitamina D. TOTAL A SER UTILIZADO ---------------------- 400 – 800UI Recomenda-se suspender seu uso por 10 dias em cada mês de administração. BORO Atua na conversão da pregnolona de sua forma intaiva por ativa. Participa da conversão da vitamina D de sua forma inativa por ativa (renal). TOTAL A SER UTILIZADO ------------------------------ 2 – 6mg Auxilia na redução da excreção renal de MAGNÉSIO. VITAMINA K Possui atividade fundamental no funcionamento adequado da osteocalcina (matriz protéica óssea). Participa na conversão do ácido glutâmico em ácido carboxiglutâmico, permitindo captura adequada do cálcio e seu depósito na matriz protéica. TOTAL A SER UTILIZADO ---------------------------- 0,5 – 1mg BIOFLAVONÓIDES Possui atividade fundamental na redução do estresse oxidativo e ataque de radicais livres e ácidos orgânicos. TOTAL A SER UTILIZADO ------------------------ 50 – 200mg DEMAIS NUTRIENTES (estrutura). deficientes, aumentando o risco de fraturas. calcificação do osso, pois participa na estrutura de colágeno. EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA SUPORTE ÓSSEO QUEDA DE LIBIDO FRIGIDEZ Termo anteriormente utilizado para designar a inabilidade ou incapacidade da mulher em experimentar orgasmo ou prazer durante ato sexual e, até mesmo, não ter “vontade” de fazê-lo. Substituído pela expressão “queda de libido”. Causas mais comuns incluem alterações hormonais, principalmente queda de andrógenos, na mulher. A queda de libido pode ser desencadeada como sintoma de menopausa, onde tem-se relações sexuais dolorosas por alteração na lubrificação da mucosa, estimulação inadequada ou patologias infecciosas. Tratamento: biofuncional e psicológico. 6 POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS Vitaminas do Complexo B; Antioxidantes; Aminoácidos; Lecitina; Tribullus terrestris (fitoterápico). VITAMINAS COMPLEXO B Utiliza-se Piridoxina e ácido fólico combinados. Reduzem a ansiedade. PIRIDOXINA: 100mg/dia ÁCIDO FÓLICO: 100 – 400mcg/dia. ANTIOXIDANTES Reduzem o estresse oxidativo e incluem bioflavonóides, coenzima Q10 e zinco. BIOFLAVONÓIDES: 500mg/dia Oxicoco (Cranberry): suco 300ml/dia ou 1000mg/dia de extratoem cápsula. Coenzima Q10: 10 – 50mg/dia Vitamina E: 100UI/dia e Zinco: 10 – 40mg/dia. L-FENILALANINA Relacionado à síntese de neurotrasmissores cerebrais, em especial dopamina, noradrenalina e adrenalina. Utilizada em tratamento de depressão e compulsão alimentar. POSOLOGIA: 100 a 1500mg/dia. Se o paciente for depressivo, associa-se 20 a 30mg de B6 (não administrar mais que 50mg de B6/dia). L-TIROSINA Atua como regulador da síntese de catecolaminas e hormônio tireoidiano. É necessário para auxílio do estresse adrenal. POSOLOGIA: dose usual diária de 250mg. L-TRIPTOFANO Atua como indutor e regulador do sono e depressão. É necessário para a biossíntese do 5HT. Exerce impacto no comportamento de se alimentar. A combinação de triptofano com dieta rica em CHO de baixo IG aumenta a serotonina e parece diminuir o vício de álcool. POSOLOGIA: dose usual diária de 1g. POSOLOGIA MÉDICA: ATÉ 6g!!!!!! (mais efetivas). LECITINA Rica em glicolípidos, triglicéridos e fosfolípidos (por exemplo: fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina e fosfatidilinositol). Atua na fluidez de membrana plasmática e, ainda, na proteção das células contra a oxidação, bem como auxiliando na ansiedade. POSOLOGIA: dose usual diária de 500mg, 3 a 4 vezes ao dia. TRIBULLUS TERRESTRIS Utilizado como estimulante sexual. Auxilia na síntese de DHEA e testosterona. POSOLOGIA: dose usual diária de 250 - 750mg. DISTÚRBIOS DE HUMOR Carl C Pfeiffer (anos 50) USO DE NIACINAMIDA para pacientes esquizofrênicos. Preocupação em fornecer ao cérebro, nutrientes suficientes para sua função ótima. NEUROTRANSMISSORES Sintetizados a partir de precursores retirados da alimentação. Necessitam de vitaminas e minerais para sua transformação em compostos ativos. Muitos pacientes podem estar depressivos por carência nutricional e alguns apresentam deficiência nutricional sub- clínica. Outros podem necessitar de nutrientes em quantidades muito além do que a dieta pode prover. Alguns pacientes podem apesar de alimentação adequada apresentar deficiências ocultas. Os nutrientes podem ser depletados durante o trajeto pelo aparelho gastrointestinal: Por disbiose; Por parasitas; Por drogas; e Por doenças genéticas. CONSIDERAÇÕES NUTRICIONAIS Após absorção alguns nutrientes necessitam de carregador específico e megadoses de vitaminas pode suplantar estes defeitos. Grandes doses de vitaminas coenzimas poderiam ajudar a suplantar deficiências enzimáticas. Megadoses de alguns nutrientes têm efeito semelhante a drogas antidepressivas, caso da niacinamida que em grandes doses, tem efeito diazepínico-símile. 7 Construir um esquema de suplementação dos nutrientes descritos acima, pressupõe que clinicamente pode-se determinar se um ou mais neurotransmissores estão deficientes. Isto exige muita paciência, sensibilidade clínica e sorte. Uma forma simples de avaliar a carência de triptofano ou de tirosina pode ser dada pelos sintomas do paciente. Quadros de INSÔNIA, ANSIEDADE ou IRRITABILIDADE em geral aliviam com AUMENTO da SEROTONINA. Enquanto que, LETARGIA, SONOLÊNCIA, FADIGA e sensação de imobilidade podem ser sintomas de CARÊNCIA de NOREPINEFRINA. Maior chance de acerto ocorre quando se inicia com aumento do sistema inibitório (GABA) e serotonina. Se o paciente tiver excesso de serotonina a prescrição de triptofano pode levar a quadros de ansiedade, insônia e pesadelos. Assim, preferimos uma semana antes de introduzir o triptofano prescrever uma formulação com taurina e glicina. A maioria dos pacientes após o ajuste da serotonina, descreve uma melhora da depressão, mas podem ainda apresentar cansaço e desânimo. Neste momento oferecer precursores das catecolaminas aumentará a sensação de bem estar. Sentir-se melhor com a ingestão de açúcar pode estar sugerindo carência de serotonina, enquanto aqueles que se sentem melhor após ingestão de sal podem estar carentes de dopamina. Existem outras situações clínicas que facilitam a determinação dos neurotransmissores. FORMULAÇÃO BÁSICA ANTIDEPRESSIVA 1) L-fenilalanina ---------------------------------------------100 mg L-tirosina ----------------------------------------------------50 mg Taurina -------------------------------------------------------10 mg L-triptofano------------------------------------------------ 250 mg q.s.p. --------------------------------------------------------1 DOSE Usar 1 DOSE três vezes ao dia (8/8h). VEIAS VARICOSAS Acompanham muitas mulheres durante a gravidez e muitas delas podem desaparecer após nascimento da criança ou perdurarem. Recomendações mais importantes: Mudança de posições; Pernas elevadas; Uso de meias elásticas; Não permanecer muito tempo em pé. O uso de agentes nutricionais podem auxiliar no retorno venoso e na diminuição do processo inflamatório. DIETA: Balanceada; Rica em fibras; Pobre em sódio; Pobre em gordura saturada e colesterol. Agentes associados: Bioflavonóides; Quercetina; Vitamina E; Magnésio; Zinco/Cobre; Castanha-da-Índia (fitoterápico). BIOFLAVONÓIDES Compostos com ação antioxidante, importantes na melhora do retorno venoso. DOSE USUAL: 500mg/dia. QUERCETINA Composto com ação antioxidante. Atua na proteção DCV. Atua na saúde venosa e capilar, além de aumentar termogênese. DOSE USUAL: 100 a 1000mg/dia. VITAMINA E / MAGNÉSIO / ZINCO E COBRE Atuam como antioxidantes (vitamina E, zinco e cobre) e na melhora do retorno venoso e do processo inflamatório local. DOSES USUAIS: Vitamina E ------------------------------------------50 a 100UI (mg) Citrato de magnésio ------------------------------------------250mg Zinco e cobre em proporção -------------------------------- 16:1 CASTANHA-DA-INDIA Considerado venotônico. Auxilia no tratamento e prevenção de distúrbios de microvasculatura e de fragilidade capilar. Além de auxílio para tratamento e prevenção das condições inflamatórias. 8 DOSES USUAIS – 100 a 150mg – 3 vezes ao dia (8/8h). ESTÉTICA E REJUVENESCIMENTO FASES DO ENVELHECIMENTO 30 a 45 anos: Rugas Cabelos brancos Queda da resistência física Queda do tônus muscular e de pele. 46 a 64 anos: Risco DCV Artroses Limitações ≥65 anos – terceira idade. CARACTERÍSTICA CLÍNICAS Perda neuronal (10.000 neurônios/dia); Aterosclerose; Diminuição de acuidade visual e auditiva; Diminuição da fixação de memória recente; Limitações físicas; Diminuição de massa muscular; Aumento de massa gorda; Diminuição da absorção de nutrientes; Perda de elasticidade; Limitações osteoarticulares. TEORIAS DO ENVELHECIMENTO Relógio biológico não determinado; Reação cruzada de macromoléculas; Teoria dos radicais livres (Harman); Crosslinkage do colágeno (Björstein); Involução do DNA; Multiplicação celular (risco de CA); Encurtamento dos telômeros. TEORIA DOS RADICAIS LIVRES (HARMAN) A mais abrangente, e mais amplamente aceita cientificamente na atualidade, é a teoria do envelhecimento pelos RADICAIS LIVRES. Esta teoria foi proposta em 1954 pelo médico Denham HARMAN, pesquisador da Universidade de Nebraska nos EUA, mas só adquiriu aceitação na comunidade científica depois dos anos 70, quando se descobriu a toxicidade do oxigênio. Segundo a teoria de Harman, o envelhecimento e as doenças degenerativas a ele associadas,resultam de alterações moleculares e lesões celulares desencadeadas por radicais livres. Essa teoria é ancorada nas inúmeras evidências científicas de que os radicais livres estão envolvidos praticamente em todas as doenças típicas da idade, como a arteriosclerose, as doenças coronárias, a catarata, o câncer, a hipertensão, as doenças neurodegenerativas e outras. As células que entram em senescência perdem a capacidade proliferativa após um determinado número de divisões celulares. AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL Risco cardíaco; Perfil oxidativo; Desintoxicação hepática (Provas de função hepática); Dosificação de vitaminas e minerais; Perfil hormonal – PRESCRIÇÃO MÉDICA. COLESTEROL TOTAL COLESTEROL LDL Fórmula de Friedwald: LDL = Col total – (HDL + TG/5) Essa fórmula não pode ser usada quando os níveis de TG estão acima de 400 mg/dl. Classificação 9 Ótimo < 100 mg/dl* Desejável 100 - 129 mg/dl Limítrofe 130 – 159 mg/dl Alto 160 - 189 mg/dl Muito alto > 190 mg/dl LDL-PEROXIDADA Desejável para diabéticos, portadores de DCV e pacientes e alto risco para o desenvolvimento de DCV. Valores elevados indicam ação indesejável dos radicais livres. LDL peroxidada é citotóxica e induz à diferenciação e adesão dos monócitos às células endoteliais, sendo associada ao processo de aterosclerose. HDL COLESTEROL Vários estudos sugerem existir uma forte correlação inversa entre os níveis de HDL-col e o risco de aterosclerose Protetor > 60 mg/dl TRIGLICERÍDEOS ÍNDICE DE CASTELLI Alguns autores usaram uma correlação entre o colesterol sérico, o HDL-col e o LDL-col como uma maneira de visualizar a influência combinada de importantes fatores de risco de doença coronariana Valores de referência ÍNDICE DE CASTELLI I ÍNDICE DE CASTELLI II (col. total / HDL-col) (LDL-col / HDL-col) Masc – até 5,1 Masc- até 3,3 Fem – até 4,4 Fem – até 2,9 APOLIPOPROTEÍNA A Maior componente protéico do colesterol HDL e o agente responsável pela ativação da lecitina-colesterol- aciltransferase, que catalisa a esterificação do colesterol. Essa esterificação no HDL permite uma maior concentração de maior remoção do colesterol livre dos tecidos extra- hepáticos para o fígado. Níveis diminuídos de Apo- APOLIPOPROTEÍNA A - Não é recomendada dosagem rotineira para estratificação de risco cardiovascular HOMOCISTEÍNA PLASMÁTICA (HCY) É um AA sulfurado não essencial, advém do metabolismo da metionina. Os alimentos contém pouco ou nenhuma homocisteína livre. Toda homocisteína do corpo humano é derivada da metionina, de proteínas das plantas e animais. Determinantes nutricionais B12 e folato: deficiência de ambos pode levar a um moderado ou grave aumento de Hcy sérica, uma vez que ambos estão envolvidos no seu metabolismo. B6: Está fracamente relacionada com alterações dos níveis de Hcy Café: uso exagerado (> 4 xícaras/dia) está relacionado ao aumento de Hcy, por mecanismo ainda não identificado Álcool: consumo de 60 drinques/mês (2 a 3 ao dia) foi associado a elevação dos níveis de Hcy por reduzir a ingestão e depletar de vitaminas do complexo B Atenção: O fumo também foi identificado como um fator que eleva Hcy. POTENCIAL OXIDATIVO É uma correlação existente entre a produção e a presença de radicais livres e a capacidade antioxidante. Quanto a maior presença de peróxidos e menor a concentração de antioxidantes endógenos, maior a predisposição ao estresse oxidativo. 10 - GLUTATIONA PEROXIDASE - VR: Soro/Plasma: 31 a 47 U/g Hb SUPERÓXIDO DISMUTASE – VR: Soro/Plasma: 750 a 1.200 U/g de Hb - LDL PEROXIDADA – VR: Soro/Plasma: Até 0,5 nmol/mg de apoproteína EXAMES PARA AVALIAR INTOXICAÇÃO São descritos exames realizados em laboratórios brasileiros e alguns realizados apenas no exterior. Lembramos que muitos deles devem ser SOLICITADOS APENAS POR MÉDICOS. Mineralograma capilar ou através de porfirinas (EXCLUSIVO MÉDICO); TGO e TGP ; Uréia e creatinina; Microscopia de campo claro e escuro (EXCLUSIVO MÉDICO); pH sanguíneo, fezes, urina e saliva; Coprologia funcional. Ácidos biliares (EXCLUSIVO MÉDICO); Fosfatase Alcalina; Proteínas plasmáticas; Fatores de coagulação (EXCLUSIVO MÉDICO); Lipidograma; GGT; Ácido delta-aminolevulínico (EXCLUSIVO MÉDICO); Ferro sérico; Ferritina; Porfirinas na urina. 1.TRANSAMINASES TGP / ALT e TGO / AST. MENOS ESPECÍFICA para lesão hepática. ESPECÍFICA. VR: 30 – 40UI/L. Acima de 2.000UI/L, pode ser decorrente de: Hepatite viral aguda; Drogas; Toxinas; Isquemia; Hepatites autoimunes. É importante manter relação TGO/TGP 0,7 – 1,4. Se TGO/TGP >2, com TGP<300UI indica INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA ou hepatotoxicidade por DROGAS. 2.FOSFATASE ALCALINA VR 40 – 130UI/L. Elevaç biliar. Elevação 1 – - hepática. A colestase intra-hepática pode ser desencadeada por: Eritromicina; Antifúngicos; Inibidores da ECA; Bloqueador de H2; AINEs; Estrógenos; Amoxicilina; Benzodiazepínicos; Anticonvulsivantes. 3.LIPIDOGRAMA Indicadores sensíveis. Pouco específicos. Dosagens de AGL, TG, CT e frações. 4.GGT VR 9 - 85UI/L. GGT elevada, pode indicar: Colestase intra-hepática; Processos infiltrativos; Obstrução biliar extra-hepática; Abuso do álcool. Drogas que elevam GGT: Anticoagulantes; Barbitúricos; Benzodiazepínicos; Anticonvulsivantes; Antimicrobianos; Antidepressivos tricíclicos. - TERAPÊUTICA Individualizada; Lidar com as alterações do envelhecimento; Usar uma sequencia de antioxidantes (nunca um antioxidante isolado); Observar interrelações com medicações; Definir doses, prazos, periodicidade e frequencia. 11 EXEMPLO DE FORMULAÇÃO ANTI-OX Bioflavonóides ------------------------------------------------ 150mg Pantotenato de cálcio --------------------------------------- 180mg Zinco quelato --------------------------------------------------- 30mg Cobre quelato -----------------------------------------------------3mg Coenzima Q10 --------------------------------------------------10mg Selênio quelato -----------------------------------------------20mcg N-Acetil-Cisteína-------------------------------------------------75mg Vitamina C ---------------------------------------------------- 200mg Vitamina E -------------------------------------------------------50UI POSOLOGIA: Ingerir 1x/dia. CELULITE Trata-se de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade. Resultante de mau funcionamento do sistema circulatório e das transformações do tecido conjuntivo. As células adiposas aumentam em número e em volume. Encontra-se espessamento e proliferação das fibras de colágeno entre células adiposas, que provocam ingurgitamento de tecidos. A circulação de drenagem é sensivelmente reduzida e os fibroblastos ficam encarcerados. As fibras elásticas tornam-se frágeis e se rompem. As fibras esclerosadas realizam uma espécie de rede em forma de forca, que comprime vasos e nervos. Fatores predisponentes: Genéticos Idade Sexo Desequilíbrio hormonal. Fatores determinantes: Estresse, fumo, sedentarismo Desequilíbriosglandulares Diabetes e distúrbios metabólicos Maus hábitos alimentares Disfunção hepática Fatores condicionantes: Aumento de pressão capilar Dificuldade de reabsorção linfática Favorecimento da transdução linfática. BIOFLAVONÓIDES São potencializadores vitamínicos, com efeito antioxidante. Principais: quercetina, rutina e picnogenol. Reduzem dores em pés que irradiam para as pernas e coluna, melhoram dor, edema e hematomas. Ótima ação na circulação periférica. Estimula o sistema biliar e reduzem CT e LDL-C. DOSE: 500 a 1000mg. QUERCETINA: 50 a 200mg RUTINA: 50 a 200mg PICNOGENOL: 50 a 150mg DOSES ELEVADAS podem causar DIARRÉIA. CHLORELLA PYRENOIDOSA L. (CLORELLA) Microalga verde, com alto teor protéico (60g%). Contém TODOS os AA essenciais. É a maior fonte conhecida de CLOROFILA. Ação antioxidante em fígado e intestino. RICA em triptofano e tirosina. POSOLOGIA: 500 a 1200mg/dia (dividir a dose em 3x/dia, antes das principais refeições). FORMULAÇÃO ANTICELULITE Clorella ---------------------------------------------------------- 500mg Quercetina ------------------------------------------------------- 50mg Picnogenol (extrato de casca de Pinheiro) -------------- 50mg Coenzima Q10 --------------------------------------------------10mg q.s.p.----------------------------------------------------------- 1 DOSE POSOLOGIA: ingerir 1 DOSE – 3 vezes ao dia (8/8h). EXERCÍCIOS Martindale - The Extra Pharmacopoeiae, 30th Ed., The Farmaceutical Press, London, 1993. De Lacerda, P “Oligoelementos em Homeopatia e Alopatia”.. Ed. Santos. SP. Brasil ( 1o volume ). Vade-mecum de Oligoterapia, Lab. Biocatal. Mem Martins., Portugal. Steiner, R . & Wegman. “Elementos Fundamentais Para uma Ampliação da Arte de Curar”, Ed. A.B.Tobias, SP., Brasil. Carson, J.D. e Percy, E.C. “The use of DMSO in tennis elbow and rotator cuff tendonitis: a double-blind study” Medicine and Science in Sports and Exercise. 13:215-219, 1981. Felippe Jr., J.& Percario, S. – Radicais livres em medicina. Ver. Bras. Inflamação & dor, 1 (3): 06-10, 1993. Teske M., Trentini A.M. “Compêndio de Fitoterapia “ 3a Edição. Hendler S.S. “A Enciclopédia de Vitaminas e Minerais “ 2a edição. De Lacerda P. “Manual Prático de Medicina Ortomolecular” Andrei Editora Lt. Brasil, Manifarma & Arte Fórmulas “Formulário Médico”. SP. Brasil. Olszewer, E. & Naveira, M. – Radicais livres em medicina esportiva – Tecnopress 1997. Martins de Oliveira, J. & Colaboradores – Terapia ortomolecular. Antioxidantes . Radicais livres. 12 Olszewer, E. & Naveira, M & Garcia, S. Nutrição Ortomolecular – Tecnopress 1997. Zandi P. Vitamins E, C May Reduce Risk of Alzheimer’s Disease. Arch Neurol.2004;61:82-88. Flakoll P, Sharp R, Baier S, Levenhagen D, Carr C, Nissen S. Effect of β-Hidroxy- β-Methylbutyrate, Arginine, and Lysine Supplementation on Strength, Functionality, Body Composition, and Protein Metabolism in Elderly Women. Nutrition 2004;20:445- 451. Hiatt WR, Brass EP. The Role of Carnitine and Carnitine Supplementation During Exercise in Man and in Individuals with Special Needs. Journal of the American College of Nutrition, Vol. 17, nº3, 207-215.
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