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Apostila - Curso Nutrição da mulher

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SÍNDROME PRÉ MENSTRUAL 
 
A síndrome pré-menstrual (SPM), ou, como é muito conhecida, tensão pré-menstrual 
(TPM), é caracterizada por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e 
comportamentais, que se iniciam na semana anterior à menstruação e que aliviam com 
o início do fluxo menstrual 
SILVA, A. C. J. S. R. et al. Tensão Pré-Menstrual: Critérios para 
diagnóstico. FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de 
Ginecologia e Obstetrícia). 2018 
 
O ciclo menstrual mensal representa um dos muitos ritmos fisiológicos essenciais 
para a vida. Existem o ritmo dos hormônios sexuais que impulsionam o ciclo 
menstrual e outros que regulam o crescimento e o metabolismo. Esses ritmos 
também interagem entre si por meio da sincronização das atividades celulares com o 
ambiente externo, por meio de mecanismos de feedback que promovem a 
estabilidade dinâmica, como a interação entre os ritmos circadianos, o sono e o ciclo 
menstrual. 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic 
patterns in healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 
14568, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A VIDA É FEITA DE 
CICLOS 
Somente 
em 
mulheres 
que ovulam 
 
 
O CICLO MENSTRUAL DURA EM MÉDIA 28 DIAS E É DIVIDO EM TRÊS FASES: 
 
Fase folicular: começa com o término do período menstrual, com os níveis de estrogênio 
aumentado. Dura de 10 a 15 dias. 
 Mais disposição; 
 Melhora do humor; 
 Menor estresse. 
 
Ovulatória: pico do hormônio FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio 
Luteinizante). Dura de 1 a 3 dias. 
 Mais libido. 
 
Lútea: nível de estrogênio sobe, termina com o início do sangramento menstrual e o 
pico de progesterona. Dura em média 14 dias. Pode ser dividida em duas fases: 
• Lútea inicial: uma semana antes da menstruação; 
- Sem muitos sintomas da TPM 
 
• Lútea tardia: segunda semana da fase lútea, com o maior nível de sintomas de 
TPM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo menstrual e os níveis hormonais: 
 
Níveis hormonais de acordo com a fase do ciclo menstrual. Alterações nas concentrações dos 
hormônios sexuais femininos (progesterona, hormônio luteinizante, hormônio folículo -
estimulante, estradiol) que caracterizam as 5 fases (ciclo menstrual, folicular, periovulatório, 
lútea e pré-menstrual) do ciclo menstrual. Alterações na concentração de hormônio 
estimulante folicular sobrepostas. 
 
 
 
 
34 mulheres saudáveis Avaliação de 397 metabólitos e 
micronutrientes testados no 
plasma e urina 
 
 
A VARIAÇÃO DOS METABÓLITOS DURANTE A FASE DO CICLO MENSTRUAL: 
 
 
 
 
 
 
 
Este mapa de calor com gradientes de cor indica a ritmicidade ao longo do ciclo 
menstrual. Onde quanto mais baixas as concentrações dos componentes mais 
avermelhado estará 
 
208 metabólicos foram significativamente alterados (<p 0,5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRATAMENTO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL É 
INDIVIDUALIZADO! 
DEVE-SE APLICAR A CONDUTA DE ACORDO COM OS 
SINTOMAS APRESENTADOS PELO PACIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até 90% das mulheres experimentam alguma forma de TPM ao longo dos seus 
anos reprodutivos. Essa etiologia não é clara ainda, mas um dos fatores que 
pode estar relacionado é a baixa concentração de vitamina B, vitamina D, cálcio 
e magnésio, visto que são vitaminas essenciais para a síntese de 
neurotransmissores e para garantir um equilíbrio hormonal. 
Magnésio: essencial para a síntese dopaminérgica do cérebro. 
Vitamina B: está envolvida em várias etapas do metabolismo da serotonina, 
incluindo na conversão do aminoácido triptofano em serotonina e na geração 
das substâncias ativas necessárias para o metabolismo da serotonina. 
Cálcio e vitamina D: Uma pesquisa observou que a deficiência de cálcio durante 
a fase lútea entre mulheres com TPM era secundária à perturbação dos 
hormônios reguladores de cálcio que acompanham o aumento das 
concentrações de hormônios esteroides ovarianos e deficiência de vitamina D. 
Outro estudo mostrou que mulheres que tinham um alto consumo de vitamina 
D e cálcio tinham menor risco de desenvolver a TPM 
A incidência de TPM é baixa entre mulheres que se alimentam com dietas 
ricas em vitaminas e minerais. 
KAEWRUDEE, Srinaree et al. Vitamin or mineral supplements 
for premenstrual syndrome. Cochrane Database of 
Systematic Reviews, n. 1, 2018. 
 
 
A TPM também pode agravar os sintomas da depressão. Por isso, na fase lútea pode-se 
utilizar substâncias que ativam a produção de serotonina ou que favorecem a inibição 
da recaptação de serotonina na fenda sináptica. 
 
 
 
 
 
 
 
Ex. de aplicativo para baixar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DIU não impede a ovulação, mas como não ocorre a menstruação na maioria 
delas, as mulheres tendem a não sabem que tem TPM, porém os sintomas existem. 
Por isso, deve-se sugerir que o paciente utilize diários emocionais para saber os dias 
em que ela sente os sintomas de TPM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico da TPM 
1º A presença de pelo menos um dentre vários sintomas afetivos (depressão, explosões 
de raiva, irritabilidade, ansiedade, confusão, isolamento social) e pelo menos um 
sintoma somático (sensibilidade nos seios, inchaço abdominal, dor de cabeça, inchaço 
extremidades) durante os cinco dias anteriores à menstruação em cada um dos três 
ciclos menstruais anteriores; 
2º A regressão espontânea desses sintomas em até quatro dias após o início da 
menstruação. 
 
(American College of Obstetricians and Gynecologists. Guidelines for 
Women’s Health Care: A Resource Manual. 4th ed. Washington, DC: 
American College of Obstetricians and Gynecologists; 2014:607-613.) 
 
 
Atualmente, há um total de 150 
sintomas conhecidos de SPM que 
podem ser variáveis e inconstantes. 
 
 
Diagnóstico da TDPM 
Existe também, além da TPM, uma síndrome conhecida como TDPM (Transtorno 
Disfórico Pré-Menstrual). A TDPM é um subtipo de TPM, porém de uma forma mais 
grave, a prevalência do TDPM é de 3% a 8% e os sintomas estão relacionados ao 
humor, PODENDO CAUSAR IMPACTO NA VIDA PROFISSIONAL, SOCIAL E FAMILIAR. 
 
 
 
Os critérios utilizados para diagnosticar o TDPM são aqueles estabelecidos pelo Manual 
de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM IV). Deve ser 
feito por um Médico Psiquiatra. Devem estar presentes cinco ou mais sintomas na 
maioria dos ciclos menstruais durante a última semana da fase lútea, sendo que estes 
começam a diminuir após o início da fase folicular. Dentre os cinco ou mais sintomas 
relatados, deve estar presente pelo menos um dos quatro primeiros listados a seguir: 
 Humor deprimido, sentimentos de falta de esperança ou pensamentos 
autodepreciativos; 
 Acentuada ansiedade, tensão, sentimento de estar com “nervos à flor da pele”; 
 Instabilidade afetiva acentuada; 
 Raiva ou irritabilidade persistente e acentuada ou conflitos interpessoais 
aumentados; 
 Diminuição do interesse pelas atividades habituais; 
 Sentimento subjetivo de dificuldade em concentrar-se; 
 Letargia, fadiga fácil ou acentuada, falta de energia; 
 Acentuada alteração do apetite, excessos alimentares ou avidez por 
determinados alimentos; 
 Hipersônia ou insônia; 
 Sentimento subjetivo de descontrole emocional; 
 Outros sintomas físicos, como sensibilidade ou inchaço das mamas, cefaléia, dor 
articular ou muscular, sensação de “inchaço geral” e ganho de peso. 
 
SILVA, A. C. J. S. R. et al. Tensão Pré-Menstrual: Critérios para 
diagnóstico. FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de 
Ginecologia e Obstetrícia). 2018 
Arab, A., Golpour-Hamedani, S., & Rafie, N. (2019). The Association 
Between Vitamin D and Premenstrual Syndrome: A Systematic Review 
and Meta-Analysis of Current Literature. Journal of the American 
College of Nutrition, 1–9.QUESTIONÁRIO DE TDPM 
Na semana anterior ao período menstrual e/ou logo após o fim da menstruação você se 
sente: 
( ) deprimida, sem esperança ou com pensamentos autodepreciativos 
( ) ansiosa, tensa, com os “nervos à flor da pele” 
( ) com significativa instabilidade afetiva 
( ) irritada, com raiva e tem os conflitos interpessoais aumentados 
( ) com menos interesse pelas atividades habituais 
( ) com dificuldade de concentração 
( ) sem energia 
( ) com alteração acentuada do apetite ou avidez por determinados alimentos 
( ) com hipersonia ou insônia 
( ) em descontrole emocional 
( ) com sensibilidade ou inchaço das mamas, dor de cabeça, dor articular ou muscular, 
sensação de inchaço geral “e ganho de peso” 
RESULTADO: Se você marcou 5 sintomas e pelo menos um está entre os quatro primeiros 
da lista acima e você teve estes sintomas em dois ciclos seguidos ou mais, procure um 
especialista para avaliar se você pode estar em risco de sofrer de TDPM. 
Fonte: Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de 
São Paulo (USP) e Associação Psiquiátrica Americana 
 
 
 
As mulheres devem buscar aceitar essas mudanças e entender que isso faz parte da 
nossa natureza. 
 
 
“Aquilo que não podemos 
mudar, aceitamos e 
ressignificamos. ” 
 
 
 
 
Por que as mulheres têm mais desejos de 
comer doce no período pré-menstrual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Açúcar 
Glicose 
Insulina 
Diminui a competição de 
triptofano com os 
aminoácidos de cadeia 
ramificadas, como o BCAA 
Serotonina 
 
 
 
O período menstrual influencia o tamanho das refeições e do apetite, podendo levar ao 
desenvolvimento de compulsão por certos tipos de alimentos. É muito comum 
acontecer uma ingestão maior de carboidratos na fase lútea, que pode ser explicada 
pela diminuição dos mediadores de serotonina nessa fase do ciclo. Uma modificação na 
dieta de modo que se priorizem alimentos ricos em carboidratos faz com que aumente 
a produção de 3-fosfoglicerato, um metabólito da glicólise que gera a síntese de 
aminoácidos aromáticos, entre eles, o triptofano. Este através da enzima triptofano 
hidroxilase, transforma-se em serotonina, aumentando sua concentração. 
Costa, Y.R.; Fagundes, R.L.M.; Cardoso, R.B. Ciclo Menstrual e 
Consumo de Alimentos. Rev Bras Nutr Clin, Vol. 22. Num. 3, 2007. p. 
203-209 
 
CAUSAS 
 
Sensibilidade à oscilação dos hormônios 
 
 Vulnerabilidade e suscetibilidade ao efeito dos hormônios sexuais; 
 Sensibilidade - cerebral – circuitos no córtex pré-frontal (que tem vários receptores 
hormonais, como no útero, pele, nos neurônios e entre outros); 
 ETIOLOGIA GENÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O córtex pré-frontal é a região filogeneticamente mais moderna do cérebro humano, 
desempenha um papel essencial na formação de metas e objetivos, e no 
planejamento de estratégias de ação necessárias para a consecução destes objetivos, 
selecionando as habilidades cognitivas requeridas para a implementação dos planos, 
e coordenando as mesmas para aplicá-las na ordem correta. Além disso, ele é o 
responsável pela avaliação do sucesso ou fracasso das ações dirigidas a objetivos 
estabelecidos. 
MOURAO JUNIOR, Carlos Alberto; MELO, Luciene Bandeira 
Rodrigues. Integração de três conceitos: função executiva, memória 
de trabalho e aprendizado. Psic.: Teor. E Pesq., Brasília, v. 27, n. 
3, p. 309-314, Sept. 2011. 
 
 
 
 
 
A sensibilidade adaptativa, bem como o desenvolvimento de sintomas de TDPM, é 
provavelmente baseada na interação entre alterações hormonais, vulnerabilidade 
individual (isto é, genética) e processos neuroquímicos. A relação entre genes, 
hormônios, comportamento e TDPM não foi realmente explorada. 
Em relação a vulnerabilidade, por conta da influência do estradiol e da progesterona na 
circulação podem levar a expressão do RNA mensageiro. Esse RNA pode alterar as 
atividades da rede cerebral relacionados a problemas cognitivos, comportamentais e 
afetivos, levando os sintomas da TPM. 
Comasco, E., & Sundström-Poromaa, I. (2015). Neuroimaging 
the Menstrual Cycle and Premenstrual Dysphoric Disorder. 
Current Psychiatry Reports, 17(10). 
 
TRATAMENTO DA TDPM 
 
 
Há necessidade de intervenção médica para o 
tratamento da TDPM! 
 
 
Tratamento padrão: 
 
Os Inibidores da Recaptação de Serotonina (IRSS) inibem a receptação pré-sináptica da 
receptação da serotonina, levando ao aumento da disponibilidade da serotonina 
sináptica. 
Ex. Fluoxetina 
Eficazes em até 85% das mulheres com TDPM 
 Outros tratamentos: 
 Utilização de contraceptivo oral – monofásico; 
 Ovariectomia – retirada dos ovários. 
 
 
 
TRATAMENTOS PARA A TPM 
 
 
O nutricionista consegue ter mais eficácia para o 
tratamento. 
 
 
Paciente deve melhorar o estilo de vida: 
 Qualidade do sono; 
 Exercício físico; 
 Meditação; 
 Yoga. 
 
Trabalhos sobre os benefícios da yoga: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrientes chave na TPM 
 Magnésio; 
 B6; 
 Cálcio; 
 Vitamina D. 
 
MAGNÉSIO 
Mais de 50% da população em média possuem deficiência de magnésio. 
Estudos mostraram a diminuição das concentrações circulantes de magnésio 
durante a fase lútea entre mulheres com Síndrome Pré Menstrual. 
Consequência: cólica, enxaqueca, depressão, redução da serotonina e do receptor de 
serotonina 
O magnésio é fundamental para: 
 Formação da serotonina; 
 Aumento da expressão de BDNF (fator de crescimento); 
 Redução de ACTH; 
 Ativação do Eixo HHA; 
 Ação anti-inflamatória. 
 
Por isso, na deficiência de magnésio, é muito comum as pessoas apresentarem alteração 
de humor, como ansiedade, irritabilidade, nervosismo, depressão, insônia e 
hiperatividade. Também participa para a síntese de dopamina (neurotransmissor do 
prazer), GABA e noradrenalina. 
Wang, J., Um, P., Dickerman, B., & Liu, J. (2018). Zinc, Magnesium, 
Selenium and Depression: A Review of the Evidence, Potential 
Mechanisms and Implications. Nutrients, 10(5), 584. 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
SANT’ANNA, V. MARQUES, N. PASCHOAL, V. Nutrição clínica 
funcional: Suplementação. 2d. São Paulo: VP editora. 2012. 416 p. 
 
 
WANG, Jessica et al. Zinc, magnesium, selenium and depression: A 
review of the evidence, potential mechanisms and 
implications. Nutrients, v. 10, n. 5, p. 584, 2018. 
 
Magnésio 
Dose usual 250mg 
Dose mínima 100mg 
Dose máxima 700mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577 
 
Secreção de serotonina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6, Vitamina B3, 
zinco, ácido fólico e magnésio. 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6, Vitamina C, zinco, 
ácido fólico e magnésio. 
Triptofano
5-
hidroxitriptofano
Serotonina
 
 
Secreção de dopamina e noradrenalina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tirosina
L-Dopa
Dopamina
Noradrenalina
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6, ácido fólico e 
ferro. 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6 e magnésio. 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina C e cobre. 
 
 
ATIVIDADE DA SEROTONINA 
Ela possui papel importante em diversas funções no nosso corpo, principalmente nos processos do 
SNC, como na depressão, no trato gastrointestinal, na regulação mediada pelo sistema nervoso 
entérico e entre outros. 
No SNC, ela participa na regulação do sono, apetite, temperatura corporal, ansiedade, atividade 
motora, ritmo biológico, aprendizagem e memória. 
No trato gastrointestinal, ela aumenta a secreção de eletrólitos (Cl-, Na+ e K+), água na luz intestinal 
e estimula a secreção de HCO3- nas criptas do íleo. A serotonina também modifica a absorção 
intestinal de nutrientes. Sendo também importante para a contração e o relaxamento do músculo 
liso presente no intestino, através da estimulaçãoda liberação de acetilcolina e do óxido nítrico., 
respectivamente, e pela sinalização molecular, participando na transdução sensorial da mucosa do 
estômago, estimulando as fibras nervosas aferentes intrínsecas, dando origem ao reflexo 
peristáltico. 
Sua deficiência pode causar doenças neuropsiquiátrica como desordens afetivas, conduta 
compulsivo-obsessiva, síndrome do pânico e depressão. Também pode causar ansiedade, mau 
humor, agressividade, nervosismo, problema no sono, fadiga e compulsão alimentar. 
NAVES, Andréia. Nutrição clínica funcional: Modulação 
Hormonal. São Paulo: VP editora. 2010. 272 p. 
 
BDNF 
O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) pertence à superfamília da neurotrofina e tem 
um papel essencial na neurogênese e neuroplasticidade do cérebro. A sinalização do BDNF apoia 
a sobrevivência dos neurônios existentes e encoraja a proliferação e diferenciação de novos 
neurônios e sinapses no sistema nervoso central e periférico. No cérebro, o BDNF é altamente 
expresso no hipocampo, no córtex e no prosencéfalo basal e tem um papel importante em regiões 
vitais para a aprendizagem e a memória. 
TOH, Yi Long et al. Impact of brain-derived neurotrophic factor genetic 
polymorphism on cognition: A systematic review. Brain And Behavior, 
[s.l.], p.1-14, 1 jun. 2018. 
 
 
 
 
CÓLICA 
Durante a cólica ocorre: 
 Uma hipertrofia do miométrio e vasoconstrição arteriolar; 
 Aumento da quantidade de marcadores da inflamação. 
 
Na fase lútea inicial: há aumento da progesterona e acúmulo e Ômega 6 e AA nas 
membranas celulares. 
No pré-menstrual: há redução brusca da progesterona e libera esse Ômega 6 e AA. 
Essa liberação inicia a cascata de prostaglandinas e leucotrienos no útero que por sua 
vez induzem uma resposta inflamatória e à cólica e ao aparecimento de cãibras e 
outros sintomas sistêmicos, como náuseas, vômitos, inchaço e dores de cabeça 
atividade antagonista do cálcio sobre o músculo liso. 
Magnésio é antagonista do cálcio no musculo liso 
atuando na diminuição das cólicas e é um 
importante modulador da inflamação 
Parazzini F, Di Martino M, Pellegrino P. Magnesium in the 
gynecological practice: a literature review. Magnes Res 2017 ; 30(1) : 
1-7. 
 
ENXAQUECA 
 
Estudos estimam que cerca de 50% das mulheres sofrem de 
enxaquecas relacionadas ao ciclo menstrual 
 
 
 
 
 
Enxaqueca pré-menstrual está associada a alteração dos 
hormônios (quedas naturais nos níveis de estrogênio durante a 
fase lútea tardia do ciclo menstrual) 
 
Parazzini F, Di Martino M, Pellegrino P. Magnesium in the 
gynecological practice: a literature review. Magnes Res 2017 ; 30(1) : 
1-7 doi:10.1684/mrh.2017.0419 
 
 
Peikert et al, realizaram um ensaio controlado por placebo para avaliar a eficácia do 
magnésio oral diário por 12 semanas e encontraram uma redução de 41,6% na 
frequência de crises de enxaqueca no grupo que consumiu magnésio em comparação 
com uma redução de 15,8% no grupo placebo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A suplementação de magnésio também foi avaliada em combinação com a vitamina B6 
e os resultados mostraram ser mais eficaz do que o magnésio sozinho e placebo na 
diminuição dos sintomas da TPM. 
 
 
Na fase lútea ocorre redução de B6. O risco de desenvolver TPM é 
menor em mulheres com alta ingestão de vitamina B6 do que 
naquelas com baixa ingestão (CHOCANO; BEDOYA, 2011). 
 
VITAMINA B6 
A piridoxina (B6) é uma vitamina hidrossolúvel que atua como cofator em mais de 100 reações 
enzimáticas, incluindo reações do metabolismo de aminoácidos e proteínas como 
hemoglobina, serotonina, dopamina, hormônios e prostaglandinas. 
Sua deficiência causa baixa produção de dopamina, com consequência, leva ao aumento de 
prolactina. A deficiência também pode causar depressão, distúrbios do sono, inflamação dos 
nervos, síndrome pré-menstrual, letargia, diminuição da concentração, mobilidade alterada, 
homocisteína elevada, náuseas, vômitos, dermatite seborreica, eczema em boca, nariz e 
ouvidos, estomatite angular, glossite e queilose. Também foi associada a alterações de 
marcadores inflamatórios, como a PCR (proteína C reativa) e com a ocorrência de doenças 
inflamatórias. 
SANT’ANNA, V. MARQUES, N. PASCHOAL, V. Nutrição clínica funcional: 
Suplementação. 2d. São Paulo: VP editora. 2012. 416 p; KAEWRUDEE, 
Srinaree et al. Vitamin or mineral supplements for premenstrual 
syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 1, 2018. 
 
Piridoxina (B6) 
Dose usual 40mg 
Dose mínima 30mg 
Dose máxima 200mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6491313/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6491313/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6491313/
 
 
 
Fontes alimentares de B6: farelo de arroz, alho, fígado de boi, semente de girassol, 
melado de cana, farinha de soja, atum fresco, banana, amendoim, abacate, castanha-
de-caju e entre outros. 
 
 
 
 
 
 
Resultados: o grupo da Vitamina B6 e placebo tiveram a maior e menor eficiência em 
melhorar o escore médio da síndrome pré-menstrual. 
 
 
Suplementação de magnésio 
 
 
 
 
Fontes alimentares: Folhas verdes*, nozes, legumes e feijões. 
Avaliar os efeitos do 
magnésio e vitamina B6 
sobre a gravidade da TPM 
126 mulheres 
3 grupos (magnésio, 
vitamina B6 ou placebo) 
 
Magnésio dimalato* – 200 a 400mg 
*Elementar 
 
 
*Folhas verdes concentram mais magnésio biodisponível, quando comparado as 
leguminosas e grãos, pois os oxalatos das folhas verdes escuras prejudicam menos a 
absorção do que os fitatos. 
Dica: deixar as leguminosas e cereais de molho 
 
FONTES ALIMENTARES DE MAGNÉSIO E MEDIDA CASEIRA: 
Alimento Medida caseira Magnésio 
(mg) 
Arroz integral 6 colheres de sopa 
(90g) 
99 
Grão-de-bico 3 colheres de sopa 
cheias (60g) 
88 
Feijão preto 1 ½ concha pequena 
(120g) 
84 
Castanha do Brasil 4 unidades (16g) 58 
Ervilha em vagem 7 colheres de sopa 
cheias (120g) 
50 
Espinafre (cozido) 4 ½ colheres de sopa 
(50g) 
44 
Semente de abobora 
(seca) 
2 colheres de sopa 
cheias (8g) 
43 
Cacau em pó 1 colher de sopa rasa 
(8g) 
40 
Amêndoa (torrada e 
salgada) 
14 unidades (16g) 36 
Aveia 2 colheres de sopa 
(30g) 
36 
Amendoim 2 colheres de sopas 
rasas (20g) 
34 
 
 
Nozes 5 unidades (22g) 34 
Mandioca (cozida) 4 pedaços pequenos 
(100g) 
27 
Couve (refogada) 4 colheres de sopa 
cheias (89g) 
23 
Lentilha (cozida) 5 colheres de sopa 
(100g) 
 22 
Camarão (cozido) 1 colher de servir cheia 
(100g) 
19 
Rúcula 6 folhas (40g) 19 
Banana-nanica 1 unidade média (60g) 17 
Beterraba (cozida) ½ unidade média 
(100g) 
17 
Abacate ¼ de abacate pequeno 
(100g) 
15 
Quiabo (cozido) 2 colheres de sopa rasa 
(35g) 
13 
Leite de vaca 
(integral) 
1 copo americano 
(100g) 
10 
Semente de girassol 1 colher de sopa cheia 
(5g) 
6 
Uva passa (sem 
semente) 
1 colher de sopa cheia 
(17g) 
5 
Figo 1 unidade média (19g) 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁLCIO 
Confira o Plano 
Alimentar Magnésio 
no Material 
Complementar do 
curso! 
 
 
 
O estradiol influencia no metabolismo do cálcio e da vitamina D ao longo do ciclo menstrual, 
induzindo flutuações nas concentrações de cálcio e desencadeando os sintomas da fase lútea. 
E2 representa estradiol; PTH - hormônio paratormônio; Ca ++ - cálcio ionizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálcio e TPM 
 
O cálcio pode ajudar a prevenir e reduzir os sintomas da TPM 
porque o cálcio afeta o comportamento celular normal e o 
desenvolvimento da serotonina, o último dos quais afeta o humor. 
O cálcio também está ligado à absorção da vitamina D, e altos 
níveis de vitamina D têm sido associados à diminuição do risco do 
desenvolvimento de TPM. Dado que muitas pessoas são 
deficientes em (ou ambos) vitamina D ou cálcio.Nos pacientes diagnosticados com SPM, a suplementação de 
cálcio mostrou diminuir a gravidade dos sintomas, como 
depressão e fadiga. 
De maneira semelhante, um estudo mostrou que aqueles com alto consumo de cálcio 
podem ser menos propensos a desenvolver TPM. 
 
VITAMINA D E ABSORÇÃO DO CÁLCIO 
O cálcio depende de vitamina D para a sua absorção. O efeito da 1,25 (OH)2D no transporte 
ativo de cálcio ocorre nas células intestinais. A ,25 (OH)2D se liga ao receptor da vitamina 
D regulando o transporte ativo através da célula. A vitamina D também exerce efeitos em 
órgãos alvo como ossos, intestinos e rins, auxiliando no transporte de cálcio desses órgãos 
na circulação. 
Sem a vitamina D, somente 10% a 15% do cálcio dietético é absorvido. 
SANT’ANNA, V. MARQUES, N. PASCHOAL, V. Nutrição clínica 
funcional: Suplementação. 2d. São Paulo: VP editora. 2012. 416 p 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Houve diferenças significativas foram notadas entre os dois grupos de 
intervenção no primeiro (P = 0,01) e no segundo ciclo menstrual (P = 0,001) após a 
intervenção. As diferenças foram significativas em subgrupos de ansiedade, 
depressão, alterações emocionais, retenção de água e alterações somáticas no 
grupo de cálcio em comparação com grupo placebo no ciclo menstrual antes da 
intervenção e dois ciclos menstruais após a intervenção e entre ciclos menstruais (0, 
ciclo 1, ciclo 2) no grupo de cálcio (P = 0,01). No geral, os resultados do presente 
estudo sugerem que o tratamento com suplementos de cálcio é um MÉTODO EFICAZ 
para reduzir os transtornos de humor durante a TPM. 
Ensaio clínico, randomizado e duplo-cego 
66 alunas diagnosticadas com TPM, 
distribuídos aleatoriamente em dois 
grupos (experimental e controle) 
500mg de cálcio por dia ou placebo por 
dois meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sugestão de formulação: 
Vira oral: 
Cálcio quelato – 500mg 
Aviar X doses em cápsulas* 
*(1 dose rende em média 5 cápsulas) 
Ou 
 
Cálcio Taste free – 500mg 
Aviar X doses em bombom 
 
Duplo-cego randomizado controlado 
76 estudantes 76 estudantes 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: O resultado mostrou que, embora a gravidade dos sintomas tenha 
diminuído em ambos os grupos, essa redução foi mais significativa no grupo combinado 
de cálcio e vitamina B6. 
 
 
VITAMINA D 
 
Durante a fase lútea: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dois grupos, grupo de intervenção 1, cálcio (500 mg) 
e vitamina B6 (40 mg) e grupo 2, apenas vitamina B6 
2x por dia durante 2 meses. 
 
Cálcio e 
Vitamina D
Paratormônio
Deve-se prestar atenção no período menstrual em que a paciente está quando for 
avaliar os níveis de vitamina D sérica 
 
 
 
Estudos mostraram que existe redução no nível de vitamina D durante a 
fase lútea e que essa deficiência pode estar associada à gravidade dos 
sintomas pré-menstruais. Essa redução se dá pela presença de receptores 
de vitamina D que é expresso em tecido ovariano, no endométrio e no SNC. 
A vitamina D reduz a produção de prostaglandinas, substâncias inflamatórias e melhora 
o humor por atuar na síntese de serotonina (agindo na Triptofano hidroxilase 2). 
 Papel da vitamina D na síntese de serotonina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
A importância da Vitamina D: 
 
A Vitamina D bloqueia a conversão de triptofano em 5-HTP no intestino 
 
Aumento da absorção do triptofano no intestino 
 
Via circulação sanguínea ultrapassa a barreira hematoencefálica 
 
Chega nos neurônios da rafe 
 
Vitamina D TRPH 1 (GLUT) 
TRPH 2 (cérebro) 
Triptofano 
5-HTP 
Serotonina 
BH4 
Fe 
Vit B6 
 
 
Converte triptofano em 5-HTP com a expressão da TRPH 2 (precisa de vitamina D) 
 
Sua interferência no humor: 
A vitamina D é um neurosteróide com a capacidade de atravessar a barreira 
hematoencefálica. Os receptores de vitamina D são distribuídos em áreas do cérebro 
associadas ao desenvolvimento de depressão e transtornos de humor. Portanto, a 
vitamina D pode exercer significância clínica efeitos sobre sintomas como ansiedade, 
depressão ou resposta emocional exagerada. 
Arab, A., Golpour-Hamedani, S., & Rafie, N. (2019). The Association Between Vitamin D 
and Premenstrual Syndrome: A Systematic Review and Meta-Analysis of Current 
Literature. Journal of the American College of Nutrition, 1–9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise transversal sobre os níveis de 
vitamina D e alguns sintomas 
998 mulheres entre 20 e 29 anos 
Recrutadas no campus da Universidade de 
Toronto de 2004 a 2010 
 
 
 
 
Resultados: Comparado com participantes com o nível adequado de vitamina D, 
aqueles com status inadequado de vitamina D (<20) tiveram um risco aumentado de 
apresentar os seguintes sintomas leves: confusão e desejo de estar sozinho, assim como 
os seguintes sintomas moderados/ graves: cãibras, fadiga, ansiedade, confusão e desejo 
sexual. O status da vitamina D não foi associado a outros sintomas pré-menstruais (acne, 
inchaço, alterações de humor, aumento do apetite, dor de cabeça, falta de jeito, insônia, 
depressão ou náusea). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão sistemática e meta-análise sobre a relação da vitamina D 
com a SPM 
 
 
Embora nossa meta-análise de estudos observacionais não 
tenha mostram qualquer associação significativa entre a 
vitamina D sérica e SPM, evidências atuais de estudos 
clínicos indicam que a terapia com vitamina D pode ser 
proposta como segura, eficaz e método conveniente para 
melhorar a qualidade de vida mulheres com TPM. 
 
2019 
 
 
 
 
 
Como modular as alterações do período 
pré-menstrual pela nutrição e 
fitoterapia? 
 
 
 
A conduta deve ser baseada nos sintomas do paciente! 
 
 
 
 
 
 
 
SINTOMAS: 
SPM: depressão, explosões de raiva, irritabilidade, ansiedade, confusão, isolamento 
social 
TDPM: Instabilidade afetiva acentuada (oscilação importante humor, sentimentos 
repentinos de tristeza e vontade de chorar, aumento da sensibilidade à rejeição); 
acentuada irritabilidade, raiva ou aumento de conflitos interpessoais; acentuado humor 
deprimido, sentimentos de desesperança ou pensamentos autodepreciativos; 
acentuada ansiedade, tensão e/ou sentimentos de estar tenso ou no limite. 
 
Principal: 
EMOCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
Controlam a ansiedade, tristeza, irritabilidade, desejos por doce e entre outros. 
Ehring T. Et al. Emotion regulation and vulnerability to depression: 
spontaneous versus instructed use of emotion suppression and 
reappraisal. Emotion 10(4), 563–572 (2010). 
 
Principal causa das alterações é a flutuação de: 
 
 
Esses dois hormônios reprodutivos podem ter um impacto na amígdala e no córtex pré-
frontal e, portanto, podem ter efeitos no processamento e na regulação das emoções. 
No período menstrual ocorre: 
 Exacerbação do sistema límbico; 
 Maior ativação das amígdalas; 
 Maior ativação do eixo HHA. 
 
 
 
 
 
 
Focar no que controla as emoções: 
NEUROTRANSMISSORES 
Estrógeno Progesterona
 
 
Amígdala 
A amígdala ou complexo amigdaloide, é um aglomerado heterogêneo de núcleos neurais 
localizados no lobo temporal. Considerada o centro emocional cerebral, acredita-se que 
a amígdala desempenhe um papel chave no planejamento comportamental baseado na 
integração de informação íntero e exteroceptiva. 
Tem-se atribuído uma grande variedade de funções para o complexo amigdaloide, 
incluindo memória, atenção, interpretação do significado emocional dos estímulos 
sensoriais e gênese dos aspectos emocionais dos sonhos. 
A amígdala parece desempenhar um papel crítico no aprendizado sempre que este 
envolver o condicionamento a um reforço com valor emocional, independente de se 
tratar de recompensa ou punição, e estudos em humanos, roedores e primatas não 
humanos sugerem que a atividade neural nessa estrutura é diferencialmente afetada pela 
valência emocional do estímulo. 
ALBUQUERQUE, Fabíola da Silva;SILVA, Regina Helena. Amygdala 
and the slight boundary between memory and emotion. Revista 
de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 31, n. 3, p. 0-0, 2009. 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Estruturas do cérebro relacionadas à emoção: 
ESPERIDIÃO-ANTONIO, Vanderson et al. Neurobiology of the 
emotions. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 35, n. 2, p. 55-65, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
Confira o artigo na íntegra 
no Material Complementar 
do curso: 
Neurobiologia das emoções 
 
 
 
 
Síntese do estradiol: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibe 
 
 
Os neurônios produtores de serotonina são sensíveis à presença ou ausência de 
estrogênio e durante a fase lútea, ocorre uma queda do estrogênio e uma 
predominância de progesterona. 
Estrogênio: 
 Conversão do triptofano em serotonina; 
 Inibição da MAO (monoamina oxidase); 
 Inibição de COMT (Catecol O- Metiltransferase). 
 
Progesterona: 
 Estimula MAO (monoamina oxidase); 
 Estimula COMT (Catecol O- Metiltransferase); 
 Reduz GABA; 
 Reduz Beta endorfinas. 
 
MAO  degrada serotonina, dopamina e noradrenalina 
COMT  degrada dopamina, adrenalina e noradrenalina 
 
 
 
 
 
 
“Como aumentar a serotonina no cérebro 
humano sem drogas” 
 
 
Como aumentar a serotonina: 
 
 
 
 
É uma via de mão dupla: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorriso Bom humor
Filmes de 
comédia
Boas 
companhias
Rir
Exercício 
físico
Luz solar
BOM HUMOR 
SORRISO
SEROTONINA
Aumenta 
Aumenta 
Aumenta o triptofano no 
cérebro 
 
 
Exercício e síntese de serotonina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Evidências indicam que o exercício físico atua no sistema serotoninérgico através de medidas 
de triptofano sanguíneo e concentrações de ácido 5- Hidroxiindolacético, que é o metabólico da 
serotonina no fluido cérebro-espinhal. Durante o exercício físico, a distribuição do triptofano, 
aminoácido precursor da serotonina seria alterado pela lipólise, já que uma concentração 
crescente de ácidos graxos livres no plasma deslocaria o triptofano de seus sítios de ligação da 
albumina elevando, assim, os níveis de triptofano livre. Por outro lado, ocorreria um aumento 
da captação e oxidação dos aminoácidos de cadeia ramificada pelos músculos que estão sendo 
submetidos ao exercício, e, consequentemente, a concentração desses aminoácidos na 
circulação seria reduzida. Todo esse processo estimularia a capacidade de captação do 
triptofano livre e promoveria tanto a síntese quanto a liberação de serotonina centralmente. ” 
LESSA, Patrícia; OSHITA, Tais Akemi Dellai. A Influência do exercício físico para tratamento do portador de 
transtorno afetivo bipolar. Unimontes científica, v. 7, n. 1, p. 87-94, 2008. 
 
 
Outros cofatores para a síntese de serotonina: 
 
 Triptofano - 5HTP; 
 Zinco; 
 Cobre; 
 Ferro; 
 Magnésio; 
 B6; 
 B9; 
 Ácido fólico; 
 B12; 
 SAME (S adenosilmetionina). 
 
Fluxo muito intenso  possível deficiência de ferro 
 
 
 
 
 
AVALIAR HEMOGLOBINA, 
HEMATÓCRITO E FERRITINA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na inflamação pode ocorrer a conversão do triptofano em outros compostos, gerando 
aumento de Radicais Livres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Indoleamina-2,3-dioxigenase (IDO) 
**Quinureninase, 3-hidroxi-antranilato, 3,4-dioxigenase 
 
Como está o intestino do 
seu paciente? 
Triptofano 
Inflamação 
* 
Quinurenina Ácido quinolínico 
** 
3-hidroxi-quinurenina 
 
 
PRESENÇA DE NEUROTRANSMISSORES NOS ALIMENTOS 
 
SEROTONINA (HUMOR) 
 
 
 
 
Mamão Banana Banana-
da-terra 
Maracujá 
Abacaxi Ameixa 
Romã Morango Feijão de 
veludo 
Espinafre Tomate Arroz selvagem 
Chicória 
Repolho chinês Café Avelã Urtica 
Cebola verde Alface Páprica Batata 
 
 
 
GABA (RELAXAMENTO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crucíferas Soja Feijão comum Feijão azuki 
Ervilha Tomate 
Espinafre Cogumelos 
Trigo sarraceno 
Aveia, trigo e cevada Arroz 
Batata e batata 
doce 
Apium Passiflora 
Pilosella 
officinarum 
Phytolacca Erva de São 
João 
Castanha 
 
 
 
 
DOPAMINA (PRAZER) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espinafre 
Banana Banana-da-terra Abacate Laranja 
Maçã Berinjela Espinafre Ervilha 
Feijão de 
veludo 
Feijão comum Tomate 
 
 
 
 
NO PERÍODO PRÉ MENSTRUAL OCORRE 
AUMENTO DO APETITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causa: 
 Redução do estrogênio (menor ativação do núcleo da saciedade) e aumento da 
progesterona; 
 Redução da serotonina, GLP1 e PYY (peptídeos da saciedade); 
 Aumento da grelina (hormônio da fome). 
 Menor sensibilidade à CCK. 
Geary N. Estradiol, CCK and satiation. Peptides 22: 1251–1263, 2001; MCKIE, 
Greg L. et al. Characterizing the appetite-regulatory response throughout the 
menstrual cycle. The FASEB Journal, v. 32, n. 1_supplement, p. 756.2-756.2, 
2018. 
 
Influência do apetite na SPM 
 
 
 
 
NO PERÍODO PRÉ MENSTRUAL OCORRE 
AUMENTO DO DESEJO POR ALIMENTOS COM 
MISTURA DE GORDURA E AÇÚCAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para aumentar os peptídeos da saciedade, consumir boas fontes proteicas e melhorar a 
microbiota intestinal e consumir fontes de fibras para ocorrer a produção de AGCC 
(ácidos graxos de cadeia curta). 
 
AÇÚCAR 
GORDURA 
DOPAMINA 
Será que o desejo do chocolate na 
TPM é fisiológico ou cultural? 
 
 
 
 
É cultural! 
 
 
 
Yen, J.-Y., Chang, S.-J., Ko, C.-H., Yen, C.-F., Chen, C.-S., Yeh, Y.-C., & 
Chen, C.-C. (2010). The high-sweet-fat food craving among women 
with premenstrual dysphoric disorder: Emotional response, implicit 
attitude and rewards sensitivity. Psychoneuroendocrinology, 35(8), 
1203–1212; 
Hormes, J. M., & Niemiec, M. A. (2017). Does culture create craving? 
Evidence from the case of menstrual chocolate craving. PLOS ONE, 
12(7), e0181445. 
 
 
NO PERÍODO DA FASE LÚTEA 
TARDIA OFCORRE UM MAIOR 
DESEJO DE DOCES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O esvaziamento gástrico é mais rápido; 
 A fome e o consumo de energia são maiores (167kcal) (possivelmente pelo 
maior gasto de energia desta fase); 
 Maior nível de insulina e menor sensibilidade à insulina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Quase dois terços das mulheres com diabetes tipo 1 experimentam um 
fenômeno do ciclo menstrual, atribuível a um aumento nas excursões hiperglicêmicas 
durante a fase lútea. 
 
Estudos em ambiente controlado com 
mulheres magras e saudáveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 Aumento na frequência de hiperglicemia durante a fase lútea; 
 Mulheres com diabetes tipo 1 nas duas fases do ciclo menstrual  devem ser levado 
em consideração ao planejar a terapia com insulina. 
 
 
Resultados: 
 Inflamação na fase lútea reduz a sensibilidade à insulina em diabéticas tipo 2. 
 Progesterona aumentaria mediadores inflamatórios e estrogênio reduziria. 
 
ALTERNATIVAS 
 Não cortar carboidrato, para não prejudicar a síntese de serotonina; 
 Fornecer o carboidrato em horários estratégicos; 
 Carboidrato com carga glicemica moderada; 
 Doces ofertados pontualmente, em pequenas quantidades; 
 Ou se o paciente tem muita vontade, ofertar em maiores quantidades, mas que 
sejam nutritivos. 
 
 
 Escolher carboidratos que irão promover a entrada do triptofano na barreira 
hematocefálica e que não gere picos de glicemia  ex. grão de bico, batata salsa, 
batata doce, batata inglesa e entre outros. 
 Sempre ofertar proteínas, a partir do café da manhã, que irá trazer mais saciedade 
 ex. panquequinhas de ovos com banana, shake com whey e cacau. 
 Em todas as refeições, principalmente no café da tarde, ofertar carboidrato + 
proteínas  irá diminuir a compulsão noturna. 
 Ofertar chás de camomila ou maracujá  efeito calmante. 
 Ofertar CHOCOLATE meio amargo. Mas abacate, nozes, semente de gergilim, 
semente de girassol e azeite de olivasão uma boa opção para uma ingestão saudávelde gordura. 
 
 
 
 
 
 
 Aumentar o aporte proteico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a fase lútea inicial ocorre maior utilização de 
gordura para a síntese esteroide. Nessa fase, pode 
ocorrer redução de TGL em até 30% e redução de 
colesterol também. 
Por isso, pode-se consumir mais gordura nessa fase. 
Durante a fase lútea inicial ocorre maior 
necessidade de proteína. Por conta da síntese de 
hormônio, ocorre maior necessidade de 
nitrogênio e uma queda de aminoácidos no 
plasma. 
 
 
SAIBA MAIS 
Sugestão de suplementos de proteína 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOUSSE DE CACAU 
 
Ingredientes: 
1 abacate médio maduro ou 3 avocados; 
5 colheres (sopa) de cacau em pó sem açúcar, 
4 colheres (sopa) de açúcar demerara ou açúcar de 
coco; 
2 colheres (sopa) água ou leite amêndoas; 
1 pitada de canela em pó; 
Macadâmias picadas para decorar 
 
 
 
 
 
Modo de preparo: 
Coloque tudo no processador ou liquidificador e bata até adquirir consistência de 
mousse. Distribua em potinhos ou taças e leve para geladeira por no mínimo 16 horas. 
Distribua as macadâmias picadas quando for servir. 
 
 
SMOOTHIE DE CACAU EM PÓ 
Ingredientes: 
200 ml de bebida vegetal de arroz; 
1 banana prata congelada; 
1 colher de chá de cacau em pó; 
1 colher de sobremesa de semente de linhaça. 
 
Modo de preparo: 
Bater todos os ingredientes listados no liquidificador até formar uma mistura 
homogênea. Leve para gelar e sirva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Confira algumas receitinhas de 
doces nutritivos no Material 
Complementar 
 
 
Filme orodispersível para reduzir a vontade de doces 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formulação via oral: 
Gymnena silvestre, extrato seco padronizado a 75% de ácidos 
gimnêmicos, folhas -25mg; 
Strip oral/filme orodispersível – 90 unidades 
 
Posologia: Colocar o filme sobre a língua e deixar dissolver. 
Usar 03 vezes ao dia antes das refeições. Não requer água para 
ser administrado. 
 
Apenas profissionais 
habilitados em fitoterapia 
podem prescrever essa 
formulação. 
Formulação via oral: 
Garcinia camboja, extrato seco padronizado a no mínimo de 
50% de ácido hidroxicítrico – 25 mg 
Strip oral/filme orodispersível – 90 unidades. 
 
Posologia: colocar o filme sobre a língua e deixar dissolver. Usar 
03 vezes ao dia antes das refeições. Não requer água para ser 
administrado. 
 
 
 
Melissa officinalis 
 
 
Estudo duplo-cego randomizado e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito da cápsula de M. officinalis 
sobre a intensidade da SPM em 
meninas do ensino médio 
Efeito da cápsula de M. officinalis 
sobre a intensidade da SPM em 
meninas do ensino médio 
 
100 meninas do 
ensino médio 
Grupo de intervenção (n = 50) recebeu 1.200 mg de extrato 
de M. officinalis diariamente desde o primeiro até o último 
dia do ciclo menstrual por três ciclos consecutivos 
O segundo grupo (n = 50) recebeu o placebo 
Efeito da cápsula de M. officinalis sobre a intensidade da SPM 
em meninas do ensino médio 
 
 
 
Resultados: Os resultados do estudo revelaram uma diferença significativa entre os dois 
grupos quanto à intensidade total média dos sintomas físicos, psicológicos e sociais da 
SPM no primeiro, segundo e terceiro mês após a intervenção. 
M. officinalis pode reduzir os sintomas da TPM através dos neurotransmissores GABA 
(ácido gama-aminobutírico, sistema GABAérgico). Os neurotransmissores do GABA têm 
grandes efeitos inibitórios no sistema nervoso central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cúrcuma Longa 
 
 
 
Para prescrever esse extrato ou 
tintura é necessário ter habilitação 
em fitoterapia 
 
Pode ser utilizado um chá de M. officinalis 
mais concentrado 
1 a 2 c/ sopa cheia para cada xícara 
Ofertar 2 a 3 vezes ao dia 
 
 
 
Ensaio clínico, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
Resultados: demonstram que a curcumina reduz a gravidade dos sintomas da TPM pode 
ser através do aumento dos níveis séricos de BDNF. 
Estudos sugeriram que os níveis circulantes de BDNF sérico têm correlação com a 
ocorrência de sintomas da TPM e podem desempenhar um papel na fisiopatologia da 
TPM. Existem evidências de que em mulheres com SPM, o nível sérico de BDNF é 
diferente do que mulheres sem TPM e que a curcumina aumenta o BDNF. 
Fanaei, H., Khayat, S., Kasaeian, A., & Javadimehr, M. 
(2016). Effect of curcumin on serum brain-derived 
neurotrophic factor levels in women with premenstrual 
syndrome: A randomized, double-blind, placebo-controlled 
trial. Neuropeptides, 56, 25–
31.doi:10.1016/j.npep.2015.11.003 
 
 
 
 
 
 
Avaliaram o efeito da curcumina sobre 
o nível sérico de BDNF e a gravidade 
dos sintomas da SPM em mulheres 
com SPM. 
Efeito da cápsula de M. officinalis sobre 
a intensidade da SPM em meninas do 
ensino médio 
 
Cada amostra nos grupos placebo e 
curcumina recebeu duas cápsulas por dia 
durante sete dias antes da menstruação 
e durante três dias após a menstruação 
durante três ciclos menstruais sucessivos. 
 
 
 
 
Crocus sativus 
 
 
 
 
 
 
Profissionais sem habilitação põem prescrever alguns nutracêuticos, que na ANVISA é 
classificado como alimento: 
 Saffrin®, Saffron®, Satiereal®. 
 
Funções C. sativus: 
 Melhora da glicemia 
 Prevenção de DCV; 
 Modulação da inflamação; 
 Diminuição do apetite e sintomas do período pré-menstrual. 
 
Princípios ativos do C. sativus: 
 Crocina, crocetina e safranal. 
 
As crocinas atuam como inibidores de recaptação de dopamina e noradrenalina. A 
noradrenalina é antagônica à adrenalina é uma catecolamina um dos que mais influencia 
o humor, ansiedade, sono e alimentação. 
O safranal atua principalmente na receptação de serotonina e protege contra a 
inflamação e o estresse oxidativo. 
Kell, G., Rao, A., Beccaria, G., Clayton, P., Inarejos-García, A. M., & Prodanov, M. 
(2017). Affron ® a novel saffron extract (Crocus sativus L .) improves mood in healthy 
adults over 4 weeks in a double-blind, parallel, randomized, placebo-controlled clinical 
trial. Complementary Therapies in Medicine, 33, 58–64. 
 
Fitoterápico 
 
 
Estudo duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Consumo oral de 15 mg de C. sativus duas vezes ao dia por dois ciclos 
levaram a uma diminuição de 50% da gravidade dos sintomas da TPM em 75% dos 
indivíduos e uma diminuição em 50% dos sintomas de depressão em 60% dos indivíduos 
no grupo de intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
Investigar se o Crocus sativus L. poderia 
aliviar os sintomas da síndrome pré-
menstrual (TPM) 
Mulheres entre 20 
e 45 anos 
As mulheres foram aleatoriamente designadas 
para receber 30 mg/dia de Crocus sativus L. ou 
placebo cápsula 
Duas vezes ao dia (15mg de manhã e à noite) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aswhaganda – Whitania somnifera 
 
Obs. Se tiver tendência à acne, a Whitania somnifera pode agravar o quadro por 
aumentar testosterona. 
 
Para o nutri que não pode prescrever fitoterápico: 
 KSM-66 é o extrato de Whitania somnifera que no Brasil está classificado como 
alimento e, portanto, pode ser prescrito por nutricionistas sem habilitação em 
fitoterapia. 
 
Alívio da insônia e a 
depressão induzida 
pelo estresse
Melhora a insônia e 
disposição
Redução significativa 
das concentrações de 
cortisol e do efeito 
imunossupressor do 
estresse
Redução da PCR
Aumento da 
testosterona
Melhora a libido
Estudo mostrou que o C. sativus também reduz a frequência das 
“beliscadas” 
Snacking é um comportamento alimentar descontrolado, que 
predispõe ao ganho de peso e obesidade. Ela afeta principalmente a 
população feminina e é frequentemente associada ao estresse. 
 
1 capsula de Saiereal (176.5mg de extrato/ dia) 
 
Resultados: Houve redução dos snackings e perda de peso.JANA 2008; 11:50–6; Indian J Psychiatry 2000, 42:295–301; Indian J 
Psychol Med 2012, 34:255–62; J Int Soc Sports Nutr 2015, 12:43. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Melhora na qualidade do sono; Redução da depressão, ansiedade e PCR. 
 
Pode ser utilizado: 
1 dose de 300mg pela manhã e outra antes de dormir OU 
600mg antes de dormir 
 
Uma queima comum na SPM é a alteração do sono, que ocorre pela redução de 
melatonina e do sono REM  Levando a diminuição da leptina e grelina, fazendo com 
que a mulher tenha mais apetite durante o dia. 
Na fase tardia  Redução de progesterona e GABA. 
SHECHTER, Ari; VARIN, France; BOIVIN, Diane B. Circadian 
variation of sleep during the follicular and luteal phases of the 
menstrual cycle. Sleep, v. 33, n. 5, p. 647-656, 2010; DRAPER, 
C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
600mg à noite, 2 horas antes da 
ingestão de alimentos com água. 
 
 
 
 
 
Magnésio e sono 
O magnésio pode melhorar o sono, através do aumento da secreção de melatonina da 
glândula pineal, estimulando a atividade da serotonina N-acetiltransferase, a enzima 
chave na síntese de melatonina, e sendo um agonista do ácido gama-aminobutírico 
(GABA). O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, e 
está bem estabelecido que a ativação dos receptores GABA favorece o sono. 
Triptofano e o sono 
 
 
 
Possíveis mecanismos de influência dos componentes da dieta na síntese de serotonina 
e melatonina. 
A  dieta como fonte de triptofano (TRP): TRP é metabolizado no cérebro ao longo de 
diferentes vias para a serotonina, melatonina e niacina e parcialmente usado como um 
fonte de síntese de proteínas. 
B  influência dietética no transporte de TRP para o cérebro: outros componentes da 
dieta, como carboidratos e outros grandes aminoácidos neutros (LNAAs) afetam a 
intensidade do TRP no cruzamento da barreira hematoencefálica. 
C  Estimulando a síntese de serotonina e melatonina: o 5-HTP é convertido em 
serotonina por uma enzima, L-aminoácido aromático descarboxilase (AADC), que 
necessita de piridoxina (vitamina B6) e enzima arilalquilamina-N-acetiltransferase (NAT) 
que necessita de ácidos graxos 
D  Disponibilidade de TRP para a síntese de serotonina e melatonina: triptofano 2,3-
dioxigenase (TOD) é uma enzima que catalisa a reação química do TRP à 
formilquinurenina, que é rapidamente convertida em quinurenina e, finalmente, a 
niacina. A niacina (vitamina B3) suprime a atividade do TDO, deixando assim mais TRP 
para ser usado na síntese de serotonina. 
Peuhkuri, K., Sihvola, N., & Korpela, R. (2012). Diet promotes 
sleep duration and quality. Nutrition Research, 32(5), 309–
319.doi: 10.1016/j.nutres.2012.03.009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIPTOFANO NO CAFÉ DA MANHÃ 
 
 
 
 
 
V 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jantar e o sono 
 Não seja um jantar pesado; 
 Jantar com baixa ingestão de fibra e alta ingestão de gordura saturada e açúcar 
está associada a um sono mais leve e menos restaurador com mais excitação. 
WIRZ-JUSTICE, A.; KRAUCHI, K.; WERTH, E. et al. 
Carbohydrate-rich meals: a zeitgeber in humans. J Sleep Res. 
v. 7, 69, 308, 1998. 
 Consumir carboidrato entre as 17h até 19h para dar tempo do CHO favorecer a 
entrada do triptofano e poder garantir os níveis de melatonina à noite; 
 Jantar de alto IG aumenta o triptofano plasmático e leva a um pico de serotonina e 
melatonina imediato, mas leva a uma queda desses hormônios durante o sono REM, 
prejudicando a qualidade do sono. 
 
Semente de Abóbora 
10g – 58 mg 
Aveia em flocos 
30g – 100 mg 
Chia 
10g – 44 mg 
Amêndoas 
10g – 21 mg 
Ovo cozido 
100g – 150 mg 
Pistache 
50g – 125 mg 
 
 
Advances in Nutrition: An International Review Journal,, 7 5, 938-949, 2016; WIRZ-
JUSTICE, A.; KRAUCHI, K.; WERTH, E. et al. Carbohydrate-rich meals: a zeitgeber in 
humans. J Sleep Res. v. 7, 69, 308, 1998; KRAUCHI, K.; CAJOCHEN, C.; WERTH, E. et al. 
Alteration of internal circadian phase relationships after morning versus evening 
carbohydrate-rich meals in humans. J Biol Rhythms. v. 17, n. 4, p. 364-376, 2002. 
 Consumir 2 kiwis antes de dormir diminui os distúrbios do sono por conter 
serotonina e fitomelatonina. 
 
LIN, Hsiao-Han et al. Effect of kiwifruit consumption on sleep quality in adults 
with sleep problems. Asia Pacific journal of clinical nutrition, v. 20, n. 2, p. 169-
174, 2011; B ARNAO, Marino; HERNÁNDEZ-RUIZ, Josefa. The potential 
of phytomelatonin as a nutraceutical. Molecules, v. 23, n. 1, p. 238, 
2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formulação via oral: 
Magnésio dimalato – 300 mg 
Piridoxal 5 fosfato – 20 mg 
Nicotinamida – 10 mg 
 
Associar com: 
Fórmula Fitoterápica: 
Griffonia simplicifolia*, extrato seco padronizado a no mínimo 90% de 
5-hidroxitriotofano – 100mg 
Aviar 30 doses em cápsulas qsp. 
Posologia: Consumir 1 dose à noite 2 horas longe das refeições. 
 
Apenas profissionais habilitados em fitoterapia 
podem prescrever a segunda formulação 
 
 
REGULAÇÃO DE FLUIDOS CORPORAIS 
 
A retenção de líquidos ocorre por conta da 
progesterona, que é o principal hormônio que 
causa flacidez na parede venosa e prejudica a 
drenagem e a retenção de água. 
A progesterona também estimula a aldosterona 
(hormônio antidiurético) que aumenta a retenção 
de sódio e excreção de potássio, levando a 
retenção de líquidos. 
TACANI, Pascale Mutti et al. Characterization of symptoms and edema 
distribution in premenstrual syndrome. International journal of 
women's health, v. 7, p. 297, 2015. 
 
 
Estratégia nutricional 
 
 Reduzir o consumo de sódio; 
 Reduzir o consumo de glutamato monosódico; 
 Utilizar chás diuréticos, como: cabelo de milho ou cavalinha. 
 
Cavalinha  Quisetum arvense L., 
 
A presença de altas concentrações de flavonóides, compostos fenólicos e sais minerais 
são responsáveis pela ação diurética. 
A atividade diurética também pode ser causada pela Cavalinha devido à irritação do 
epitélio renal causada pela equisetonina e saponina presente na Cavalinha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Chá diurético 
 
Ingredientes: 
• 2 colheres de sopa de hibisco (12,6g) (Hibiscus sabdariffa) (flor); 
• 3 colheres de sopa (3,9g) de cavalinha (Equisetum arvense L.) (planta inteira e 
partes aéreas); 
• 1 colher de sobremesa (0,4g) de cabelo de milho (Zea mays L) (estigmas); 
• 1 litro de água. 
 
Modo de fazer: Colocar 1 litro de água para ferver, quando as bolhas começarem 
(100°C) desligue. Após a água atingir 85°C adicione as ervas e abafe. Deixe em infusão 
por 10 minutos. Consumir 1 xícara (200ml) antes de dormir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fitoterápicos Estimulantes do Metabolismo, Destoxificante e 
Diurético 
Formulação via oral: 
Equisetum arvense L, Cavalinha, extrato seco padronizado a 2,0/2,5% 
de flavonóides – 100mg 
Cynara scolymus L., Alcachofra, extrato seco padronizado a 0,5% 
cinarina – 100mg 
Baccharis trimera, carqueja, extrato seco padronizado a 1% taninos 
totais – 100mg 
 
Aviar X doses em cápsulas. 
Posologia: Consumir uma dose, três vezes ao dia, antes das principais 
refeições. 
 
Apenas profissionais habilitados em fitoterapia 
podem prescrever essa formulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para quem não tem habilitação em fitoterápico, é interessante utilizar: 
 
 
Cacti-Nea® 
 
Nome científico: Opuntia fícus indica (L.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estudos in vivo apresentam o efeito diurético de Cacti-Nea. 
 Resultados mostraram que Cacti-Nea dobrou o volume da urina ao mesmo tempo 
em que preservou os minerais, prevenindo quadros de hipotensão. 
Confira essa e outras formulações 
no livro Manual de Formulações 
para Prática Clínica 
 
 
 O consumo de Cacti-Nea induziu uma redução de ganho de peso de quase 20% 
comparando-se com ogrupo controle. 
 
FEUGANG, J.M.; KONARSKI, P.; ZOU, D.; STINZING, F.C.; ZOU, C. 
Nutritional and medicinal use of Cactus pear (Opuntia spp.) cladodes 
and fruits. Frontiers in Bioscience, v.11, p.2574-2589, set.2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Não foram observadas diferenças significativas nas concentrações de sódio, 
potássio e ácido úrico na urina em comparação com o grupo controle. Os efeitos 
diuréticos crônicos do Cacti-Nea® foram comparáveis aos do medicamento padrão 
hidroclorotiazida. 
 
 
 
 
Seu uso é contraindicado na gravidez e lactação! 
 
 
Comparou a eficácia da Cactínea vs. 
Hidroclorotiazida 
Estudos em animais 
500 a 1000mg/dia 
 
 
SPM E INFLAMAÇÃO 
Durante a fase lútea ocorre o aumento dos marcadores inflamatórios, como: 
 Prostaglandinas 2; 
 PCR; 
 Acilcarnitinas; 
 IL 1 Beta; 
 Redução da conversão de ácido linoleico (w-6) em ácido gama linolênico (w-3). 
 
Exacerbando os sintomas relacionados da SPM. 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
 
Estratégia nutricional para ser utilizada principalmente esse período: 
 
ALIMENTAÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIOXIDANTE 
 
 Rica em polifenóis; 
 Muita fruta; 
 Muita verdura; 
 Chás variados; 
 Temperos antioxidantes; 
 Oleaginosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suplementos indicados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentos fontes de antocianinas: 
Como repolho roxo, mirtilo, groselha preta, amora, cereja, sabugueiro preto, soja preta, 
chokeberry e jaboticaba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Smoothie Super Skin 
 
Ingredientes: 
2 col. (sopa) mirtilos desidratados 
2 col. (sopa) aveia em flocos 
1 col. (sobremesa) chia 
150mL de suco de laranja gelado 
Modo de Preparo: 
Deixe os mirtilos e a aveia de molho, por 2 horas, após 
isso descarte a água da aveia, bata no liquidificador 
todos os ingredientes e sirva em seguida! 
 
 
 
 
 
 
 
Smoothie de Chá Verde 
Ingredientes: 
½ xícara de Chá Verde (já preparado) 
½ xícara de Iogurte Grego Zero 
1 xícara de Manga em cubos 
3-5 cubos de gelo 
Modo de Preparo: 
Bata todos os ingredientes no liquidificador e beba imediatamente. 
 
MASTALGIAS 
As três principais causas de dor periódica de mama são: 
 Diminuição da progesterona; 
 Aumento da prolactina; 
 Aumento do processo inflamatório 
 
 
 
 
 
 
+ retenção de líquido que deixa o ceio com aspecto duro, pesado e causa dor. 
 
JAAFARNEJAD, Farzaneh et al. Compare the effect of flaxseed, 
evening primrose oil and Vitamin E on duration of periodic 
breast pain. Journal of education and health promotion, v. 6, 
2017. 
 
Ocorre redução na proporção de ácidos graxos 
insadurados para saturado em membranas, levando 
ao aumento dos níveis de biomarcadores 
inflamatórios, como interleucina 6 e TNF alfa 
também têm sido propostos. 
 
 
 A progesterona diminui a conversão de ácido linolênico para ácido gama linolênico; 
 
Metas para atingir: 
 Diminuir a prostaglandina 2 inflamatória; 
 Inserir o ácido gama linolênico. 
 
 
 
 
 
Fontes de GLA: 
Óleo de borragem e óleo de prímula 
 
São classificados na ANVISA como alimento! 
 
GAMA, Carlos Romualdo Barboza et al. Clinical Assessment of 
Treatment Outcomes Following Borago officinalis Extract Therapy in 
Patients Presenting with Cyclical Mastalgia. International Journal of 
Clinical Medicine, v. 6, n. 06, p. 363, 2015. 
Exemplos de suplementos: 
 
 
 
 
 
 
 
O ácido gama linolênico (GLA) é um ácido graxo 
ômega-6 insaturado, que inibe o ácido áraquidônico 
e age como um precursor na síntese de 
prostaglandinas 1. Levando ao equilibrio com a 
prostaglandina 2. 
 
 
É importante que o suplemento tenha uma maior quantidade de DGLA (ácido 
gama linolênico) 
*O Gamaline-V é o que mais contém DGLA, porém este produto é registrado como medicamento 
 
Consumo: 
 
 
Consumir de 3 a 4 cápsulas por dia durante a fase lútea 
 
 
Outra opção para diminuir a mastalgia: 
 
Chá de Hamamelis 
 
Ingredientes: 
• 1 xícara de água (250ml) 
• 2 colheres de Hamamelis (20g) 
Preparação: Ferver um copo de água e, quando estiver a ferver, adicione as colheres de 
sopa de Hamamelis. Deixe a bebida repousar por 20 minutos, ou até atingir uma 
temperatura adequada para uso 
Modo de uso: 
Mergulhe um pano ou algodão na infusão e aplique sobre os seios. Deixe atuar por 10 
minutos, massageando continuamente para manter uma leve sensação de calor. Repita 
sua aplicação até que a dor alivie. 
Hamamelis diminui prolactina 
 
 
 
Água de linhaça 
 
Ingredientes: 
• 1 colher de sopa de linhaça (10g) 
• 1 xícara de água (250ml) 
Preparação: Coloque uma colher de sopa de sementes de linhaça em uma xícara de água 
morna. Cubra a bebida e deixe-a repousar durante a noite. No dia seguinte, coe e 
aproveite o líquido gelatinoso. 
 
Rica em Lignana que possui efeito estrogênico, leva a diminuição do efeito da 
progesterona. Além de ser fonte de fibras, que gera a produção de AGCC e modulam 
o processo inflamatório. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Confira no material de apoio o artigo: Vitex agnus castus na 
saúde feminina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chá de cavalinha 
Retenção de líquidos 
 
Ingredientes: 
• 1 colher de chá de cavalinha (5 g); 
• 1 xícara de água (250 ml). 
Preparação: Coloque a colher de chá de cavalinha em um copo de água fervente. Cubra 
a bebida e deixe-a repousar até atingir a temperatura ambiente por 10 minutos. Coe e 
beba. 
Modo de uso: Beba um copo de infusão duas vezes ao dia, 3 ou 4 dias antes do período 
menstrual. 
Promove a eliminação de líquidos , restaura a circulação para uma oxigenação 
correta dos tecidos mamários. 
 
MASTALGIA E CAFEÍNA 
Atualmente, o Congresso Americano de Obstetrícia e Ginecologia, Associação de 
Profissionais de Saúde Reprodutiva e outros grupos recomendam que as mulheres que 
sofrem de TPM evitem totalmente a cafeína, particularmente mulheres que sofrem de 
sensibilidade mamária. 
Porém, estudos prospectivos de consumo de cafeína e café e síndrome pré-menstrual 
não encontraram evidências que sugerissem que a ingestão total de cafeína ou o 
consumo de café estivessem associados ao aumento da probabilidade de sintomas 
específicos da TPM, como sensibilidade nos seios, irritabilidade e fadiga, mesmo em 
mulheres que relataram ingestão de café com cafeína. 
Purdue-Smithe, A. C., Manson, J. E., Hankinson, S. E., & Bertone-
Johnson, E. R. (2016). A prospective study of caffeine and coffee intake 
and premenstrual syndrome. The American Journal of Clinical 
Nutrition, 104(2), 499–507.doi:10.3945/ajcn.115.127027 
 
Sugestão: FAÇA UMA AVALIAÇÃO CLÍNICA COM O SEU PACIENTE! 
https://melhorcomsaude.com.br/10-frutas-e-verduras-para-tratar-retencao-de-liquidos/
 
 
VITAMINA E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Demonstrou ser efetivo em reduzir a gravidade da dor após quatro meses 
do tratamento, em comparação com o grupo placebo. 
Sugere-se que o mecanismo envolvido seja o efeito anti-inflamatório da vitamina E em 
inibir os eicosanoides mediados por ciclo-oxigenases 1 e 2 (COX-1 e COX-2) além de 
suprimir as vias de sinalização de NF-kB. Pode estimular síntese de PTG1 e regulação de 
neurotransmissores. 
JIANG, Q. Natural forms of vitamin E: metabolism, antioxidant, and 
anti-inflammatory activities and their role in disease prevention and 
therapy. Free Radical Biology and Medicine, v. 72, p.76-90, 2014 
Fonte de Vitamina E: 
GERME DE TRIGO: magnésio, zinco, cálcio, selênio, sódio, potássio, fósforo, 
cromo, antioxidantes, incluindo betacaroteno (para vitamina A), vitamina E, 
vitamina C, vitamina B12, vitamina B6, tiamina, riboflavina, niacina, ácido 
fólico, ferro, aminoácidos e enzimas, e tem um alto valor dietético e 
medicinal. 
O ferro no germe de trigo é um cofator necessário para o triptofano 
hidroxilase.Além disso, o papel do ferro tem sido relatado no metabolismo da 
serotonina e do GABA. Os sintomas da deficiência de ferro incluem depressão, distúrbio 
Mulheres iranianas que 
sofriam de mastalgia 
200mg de vitamina E, 
duas vezes ao dia 
 
 
 
de atividade física e problemas cognitivos, e a relação entre o recebimento de ferro e a 
redução dos sintomas da TPM tem sido relatada. 
ATAOLLAHI, Maryam et al. The effect of wheat germ extract 
on premenstrual syndrome symptoms. Iranian journal of 
pharmaceutical research: IJPR, v. 14, n. 1, p. 159, 2015. 
 
Ensaio clínico triplo-cego 
 
 
Dois meses consecutivos, cápsulas de 400 mg de extrato de germe 
de trigo ou placebo foram usadas três vezes ao dia, do dia 16 até o 
dia 5 do próximo ciclo menstrual. 
 
 
Resultados: O germe de trigo reduziu significativamente os sintomas físicos (63,56%), 
os sintomas psicológicos (66,30%) e o escore geral (64,99%). 
 
 
 
 
 
DESCONFORTO INTESTINAL 
 
“Estudos já apontam que mulheres que possuem Síndrome do 
Intestino Irritável (SII) tendem a ter piora das intolerâncias durante o 
período da SPM. Tanto a SII-D (com diarreia) ou SII-C (com 
constipação) ” 
 
Resultados: Uma revisão de estudos publicada em 2015 concluiu que as flutuações 
hormonais (especialmente estrogênio e progesterona) em mulheres em idade 
reprodutiva influenciam a função gastrointestinal (GI). 
 
Progesterona e motilidade intestinal 
O musculo do cólon tem receptores de progesterona. Quando ela cai, estimula a 
motilidade intestinal. 
Por isso, mulheres que usam remédios anticoncepcionais com progestógenos (Ex. DIU) 
tendem a ter piora da constipação intestinal. Alterando a função motora do cólon, tendo 
sintomas como: constipação, inchaço e exacerbação dos sintomas intestinais. 
As prostaglandinas 2 (PTG 2) geram relaxamento da musculatura lisa, gerando uma 
diminuição da contração e com isso levando a constipação pré-menstrual. 
Mulak, A. (2014). Sex hormones in the modulation of irritable bowel 
syndrome. World Journal of Gastroenterology, 20(10), 
2433.doi:10.3748/wjg. v20.i10.2433 
 
 
 
Estratégias para melhorar a constipação: 
 
 Avaliar a retirada de leite e derivados; 
 
Lactose: fermenta mais nesse período 
Betacaseomorfina 7: opioide derivada da 
Betacaseína A1, causa inibição da motilidade 
intestinal, que pode levar à constipação e estimular 
a produção de muco através das vias mediadas pelo 
receptor de opiáceos. 
 
 Avaliar a retirada fontes de metano e enxofre, como: ovo cozido, brócolis, couve 
flor, repolho, leguminosas, alho, cebola e entre outros; 
 
Há evidências experimentais e clínicas de que o 
metano provavelmente é capaz de retardar o 
trânsito intestinal, implicando que ele pode ser 
responsável pela constipação. 
 Suplementar probióticos: 
 
Probióticos – 1 a 10 bilhões de UFC: 
 Lactobacillus reuteri 
 Bifidobacterium longum/lactis 
 Bifidobacterium infantis (melhora do humor). 
 
Crowley, ET, Nutrients, 2013, 5, 253-266); (Zoghbi, S., Am. J. 
Physiol. Gastrointest. Liver Physiol., 2006, 290 (6): G1105-13); 
SHAH, Ayesha; MORRISON, Mark; HOLTMANN, Gerald. A 
novel treatment for patients with constipation: Dawn of a 
new age for translational microbiome research? 2018. 
 
 
 
 
 
Suco laxativo Low FODMAPs 
Ingredientes: 
2 colheres (sopa) de sementes de chia deixadas de molho em 200 ml de água de um 
dia para o outro 
1 sachê (5g) de glutamina 
1 cápsula de probiótico* (abrir a cápsula e misturar o conteúdo no suco) 
½ mamão papaia ou 1 fatia de abacaxi 
1 kiwi 
Água e gelo à gosto. 
 
Modo de preparo: 
Bater os ingredientes no liquidificador e consumir 1 vez ao dia. 
 
Glutationa na fase lútea 
 
 Ocorre redução da Glutationa durante o período lúteo, diminuindo a capacidade 
antioxidante e destoxificante. 
 
Por isso, deve-se aumentar o consumo de alimentos antioxidantes, principalmente 
nesse período! 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
 
 
 
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP) 
 
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio 
endócrino ginecológico comum, de etiologia 
desconhecida, com prevalência variando de 8,7 a 17,8% em 
mulheres em idade reprodutiva. Evidências sugerem que o 
fenótipo da SOP pode variar amplamente e é mais 
comumente observado no período pós-puberal. Apesar da 
diversidade de fenótipos, as mulheres com SOP são 
caracterizadas por ovários policísticos, anovulação 
crônica, hiperandrogenismo e anormalidades 
gonadotróficas. 
Além das características inerentes à SOP, é comum a 
ocorrência de anormalidades metabólicas e hormonais 
associadas à obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e 
dislipidemia. Uma combinação dessas características leva à SÍNDROME 
METABÓLICA. A variedade de distúrbios metabólicos na SOP pode estar relacionada a 
um maior risco de desenvolver doença cardiovascular. Esse fato pode explicar uma 
predisposição à hipertensão arterial em mulheres que sofrem da síndrome. Embora a 
associação entre alterações na pressão arterial e SOP ainda não tenha sido totalmente 
elucidada, o aumento do risco de estado hipertensivo pode ser explicado pela 
resistência à insulina e pelo hiperandrogenismo, mesmo quando ajustados pela idade, 
índice de massa corpórea e outros parâmetros antropométricos. 
ANDRADE, VICTOR HUGO LOPES DE et al. Current aspects of 
polycystic ovary syndrome: A literature review. Revista da 
Associação Médica Brasileira, v. 62, n. 9, p. 867-871, 2016. 
 
SINAIS E SINTOMAS CARACTERÍSTICOS: 
• Hirsutismo; 
• Acne; 
• Alopecia; 
• Obesidade – Síndrome metabólica; 
 
 
• Dificuldade para perder peso; 
• Oligo ou anovulação: ovários não liberam um óvulo durante um ciclo menstrual (28 
dias); 
• Oligomenorreia ou amenorreia: a ausência da menstruação (por períodos de três a 
seis meses). 
 
DIAGNÓSTICO 
Critérios Diagnósticos de SOP 
PROTOCOLO CRITÉRIO CONDIÇÃO 
NIH (1990) Hiperandrogenismo Clínico e/ou Laboratorial (HA) 
Oligo-amenorreia 
Critérios Ultrassonográficos 
HA e oligo-amenorreia obrigatórios, 
US opcional 
Rotterdam (2003; 
2012) 
Hiperandrogenismo Clínico e/ou Laboratorial (HA) 
Oligo-amenorreia 
Critérios Ultrassonográficos 
Presença de pelo menos 2 dos 3 
critérios, nenhum obrigatório 
AE-PCOS Society 
(2009) 
Hiperandrogenismo Clínico e/ou Laboratorial (HA) 
Oligo-amenorreia 
Critérios Ultrassonográficos 
Obrigatório, HA associado a mais um 
dos 2 critérios, nenhum obrigatório 
HA – hiperandrogenismo; US - ultrassonografia 
 
O mais indicado e usado é o critério de ROTTERDAM (2003; 2012). 
O histórico menstrual de oligo-amenorreia será caracterizado como a ausência de 
menstruação por 90 dias ou mais, ou a ocorrência de menos de 9 ciclos menstruais em 
um ano. 
 
FISOPATOLOGIA 
É muito comum a doença aparecer já na adolescência, evidências mostram que a doença 
pode ter sua origem no ambiente intrauterino, indicando envolvimento 
genético. Alguns estudos demonstraram uma influência definitiva dos polimorfismos 
dos genes da interleucina-6 e interleucina-10, do interferon-c e do fator de crescimento 
transformador-beta1 no desenvolvimento da SOP, embora nenhum padrão claro de 
 
 
herança tenha sido identificado. Outros fatores causais são exposições epigenéticas, 
destacando a associação entre exposição intrauterina e andrógenos maternos e 
fenótipos relacionados à síndrome. Variações étnicas na SOP podem estar associadas a 
fatores ambientais, como condições socioeconômicas e estilo de vida. 
A patogênese da SOP ainda precisa de maior elucidação. No entanto, alguns 
mecanismos fisiopatológicos são conhecidos, por exemplo, alterações na secreção do 
hormônio liberador de gonadotrofinas, defeito na síntese de andrógenos e 
desenvolvimento de resistência à insulina. Uma outra proposta é a perturbação do eixo 
hipotalâmico-hipofisário, resultandona secreção desordenada de gonadotrofinas pelo 
hipotálamo com consequente elevação dos níveis de hormônio luteinizante (LH) e níveis 
normais e/ ou baixos de hormônio folículo-estimulante (FSH). 
ANDRADE, VICTOR HUGO LOPES DE et al. Current aspects of 
polycystic ovary syndrome: A literature review. Revista da 
Associação Médica Brasileira, v. 62, n. 9, p. 867-871, 2016. 
 
ESTÁGIOS PROPOSTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA SOP 
ESTÁGIO 1: A primeira etapa dessa abordagem é examinar a produção de esteroides 
sexuais, particularmente o estradiol, no folículo ovariano. 
 
 
 Ovário secreta hormônios 
 Na embriogênese (barriga da mãe) ocorre o desenvolvimento dos óvulos/ovócitos – 
folículos 
 Folículo é a unidade produtora de hormônios 
 
 
 
O Hipotálamo estimula a hipófise a produzir FSH e LH. Esses hormônios agem nas células 
ovarianas, conhecidas como TECA e GRANULOSA. 
 GRANULOSA: produz estradiol e progesterona sob a estimulação do hormônio 
folículo estimulante (FSH). 
 TECA: desenvolvimento do folículo, ovulação e a produção de androgênio (ex. 
testosterona) sob o estímulo do hormônio luteinizante (LH). 
Duncan, W. C. (2014). A guide to understanding 
polycystic ovary syndrome (PCOS). Journal of Family 
Planning and Reproductive Health Care, 40(3), 217–
225.doi:10.1136/jfprhc-2012-100505 
 
O folículo possui duas camadas de células esteroidogênicas: a camada de células 
externas da teca e a camada de células da granulosa interna, separadas por uma 
membrana basal. São as células da granulosa responsáveis pela síntese e secreção do 
estradiol. Eles fazem isso inicialmente sob o estímulo do hormônio folículo-estimulante 
(FSH) da glândula hipófise anterior, que se liga e ativa seus receptores de FSH. O 
estradiol é um esteroide sexual e todos os esteroides são derivados do colesterol. 
Portanto, o colesterol tem que ser transformado em estradiol por modificação 
enzimática através de uma série de esteroides intermediários. Na via, as células da 
granulosa contêm grandes quantidades de aromatase, mas não expressam proteínas e 
enzimas que são necessárias para a conversão do colesterol em andrógenos e eles não 
podem produzir andrógenos. Como eles não podem sintetizar o substrato de andrógeno 
para fazer o estradiol, as células da granulosa precisam obter andrógeno de outra fonte. 
O androgênio é produzido em células de teca e convertido em estrogênio nas células da 
granulosa. As células de teca produzem androgênio sob estimulação do hormônio 
luteinizante (LH) da glândula hipófise anterior, que ativa seus receptores de LH. Assim, 
para facilitar a secreção de estradiol folicular, a produção de andrógeno e LH a partir de 
células de colesterol e FSH promove a conversão desses andrógenos em estrogênios em 
células da granulosa. 
 
 
Os hormônios são fisiologicamente equilibrados (Figura abaixo). 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO 2: 
O desenvolvimento de um ovário policístico está associado ao 
aumento da exposição aos andrógenos (testosterona), já que 
estes têm seus próprios efeitos no crescimento e 
desenvolvimento folicular. Um ovário policístico contém um 
número aumentado de pequenos folículos antrais que são os 
pequenos folículos cheios de líquido. Eles não são "cistos", pois 
contêm um oócito potencialmente saudável e podem ser 
estimulados a crescer normalmente com FSH administrado 
exogenamente. Os "cistos" ovarianos na SOP são, portanto, 
folículos essencialmente em pausa, com crescimento celular 
reduzido, bem como redução da morte celular (atresia). 
O androgênio inibe o crescimento de folículos antrais maiores, 
mas estimula o crescimento de folículos antrais menores. 
Clinicamente, a morfologia da SOP está associada ao aumento 
dos andrógenos endógenos. E a resposta do ovário ao 
aumento de andrógenos é, portanto, o desenvolvimento de uma morfologia policística 
e inibição do crescimento folicular posterior. Isso resulta em um aumento da incidência 
de anovulação. 
ESTÁGIO 3: 
O terceiro ponto é entender os mecanismos pelos quais o ovário pode ser exposto a 
concentrações locais aumentadas de andrógenos. 
Está claro que as mulheres com SOP têm maior probabilidade de ter concentrações 
basais de LH aumentadas, bem como aumento da amplitude e frequência do pulso de 
LH. E é provável que o desequilíbrio LH: FSH seja algo com o qual nascem mulheres com 
tendência à SOP e que isso cause anovulação. 
Há evidências crescentes de modelos humanos e animais de que a SOP pode ser 
programada pelo aumento da exposição fetal ao andrógeno antes do nascimento. Isso 
pode programar permanentemente o aumento da secreção basal de LH, bem como 
aumentar a quantidade de LH liberada em resposta ao hormônio liberador de 
gonadotrofina (GnRH) e, portanto, a amplitude dos pulsos de LH. Uma maneira pela qual 
 
 
o ovário pode ser exposto a um aumento de androgênio é, portanto, uma razão 
aumentada de LH: FSH, que pode ser programada no período pré-natal. 
ESTÁGIO 4: 
Deve-se entender que há um regulador da biodisponibilidade androgênica. Isso poderia 
ser imaginado como uma "esponja" que pode absorver o excesso de andrógeno, a fim 
de evitar que ele afete o crescimento e o desenvolvimento folicular. Essa “esponja” 
existe na forma de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG), que se liga e inibe 
os andrógenos e, em menor grau, os estrogênios. 
Se essa esponja for pequena, não absorverá completamente o excesso de andrógenos, 
podendo haver aumento na biodisponibilidade de andrógenos na presença de 
concentrações normais de LH e se houver um aumento na relação LH: FSH, uma pequena 
esponja aumentaria a exposição aumentada de andrógenos. 
A SHBG está inversamente relacionada ao peso. Ou seja, a medida 
em que o peso aumenta, o SHBG da mulher diminui e a 
disponibilidade de andrógenos irá, portanto, aumentar levando a 
piora do quadro da SOP. 
O peso é, portanto, um controlador da ação do LH no ovário e, 
portanto, os efeitos do LH serão exagerados pela obesidade 
 
ESTÁGIO 5: 
Deve-se focar na regulação molecular da síntese de androgênio dependente de LH pelas 
células da teca. A chave aqui é imaginar o efeito que um multiplicador de ação de LH 
teria no nível da célula teca. A presença de um multiplicador aumentaria a produção de 
androgênio para uma dada concentração de LH. Isso significa que o androgênio ovariano 
pode ser aumentado na presença de concentrações normais de LH. 
Esse multiplicador é a insulina, que é um cofator que aumenta a secreção de androgênio 
induzida por LH. Na presença de resistência à insulina periférica (RI) são necessárias 
concentrações aumentadas de insulina para promover a captação de glicose em tecidos 
com um papel metabólico chave, como músculo e gordura. Embora estes possam ser 
resistentes aos efeitos metabólicos da insulina, o ovário permanecerá sensível aos 
 
 
efeitos da insulina. A hiperinsulinemia associada à RI, portanto, 
significa que mais androgênio será produzido no ovário. 
À medida que a RI se agrava e as concentrações de insulina 
aumentam, os andrógenos ovarianos aumentam e a SOP piora. 
E se ocorrer ao contrário, a SOP melhorará. 
 
ESTÁGIO 6: 
Esse último congrega as informações obtidas nos cinco primeiros estágios. 
O grau de manifestação da SOP pode ser modificado tanto pelo aumento do peso e 
quanto pelo fator da resistência à insulina. E há um ciclo vicioso onde à medida em que 
o peso aumenta, a RI aumenta e os níveis circulantes de insulina aumentam. E a insulina 
em si pode inibir a síntese de SHBG hepática. 
Há, portanto, três impulsionadores para o aumento da produção de andrógenos 
ovarianos: aumento de LH, hiperinsulinemia e aumento de peso. Mulheres magras com 
SOP têm mais elevação do que mulheres obesas com SOP. Enquanto algumas mulheres 
com SOP têm principalmente uma alta relação LH: FSH, algumas são principalmente 
resistentes à insulina e algumas têm um grande problema de peso. A consequência

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