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SÍNDROME PRÉ MENSTRUAL 
 
A síndrome pré-menstrual (SPM), ou, como é muito conhecida, tensão pré-menstrual 
(TPM), é caracterizada por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e 
comportamentais, que se iniciam na semana anterior à menstruação e que aliviam com 
o início do fluxo menstrual 
SILVA, A. C. J. S. R. et al. Tensão Pré-Menstrual: Critérios para 
diagnóstico. FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de 
Ginecologia e Obstetrícia). 2018 
 
O ciclo menstrual mensal representa um dos muitos ritmos fisiológicos essenciais 
para a vida. Existem o ritmo dos hormônios sexuais que impulsionam o ciclo 
menstrual e outros que regulam o crescimento e o metabolismo. Esses ritmos 
também interagem entre si por meio da sincronização das atividades celulares com o 
ambiente externo, por meio de mecanismos de feedback que promovem a 
estabilidade dinâmica, como a interação entre os ritmos circadianos, o sono e o ciclo 
menstrual. 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic 
patterns in healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 
14568, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A VIDA É FEITA DE 
CICLOS 
Somente 
em 
mulheres 
que ovulam 
 
 
O CICLO MENSTRUAL DURA EM MÉDIA 28 DIAS E É DIVIDO EM TRÊS FASES: 
 
Fase folicular: começa com o término do período menstrual, com os níveis de estrogênio 
aumentado. Dura de 10 a 15 dias. 
 Mais disposição; 
 Melhora do humor; 
 Menor estresse. 
 
Ovulatória: pico do hormônio FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio 
Luteinizante). Dura de 1 a 3 dias. 
 Mais libido. 
 
Lútea: nível de estrogênio sobe, termina com o início do sangramento menstrual e o 
pico de progesterona. Dura em média 14 dias. Pode ser dividida em duas fases: 
• Lútea inicial: uma semana antes da menstruação; 
- Sem muitos sintomas da TPM 
 
• Lútea tardia: segunda semana da fase lútea, com o maior nível de sintomas de 
TPM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo menstrual e os níveis hormonais: 
 
Níveis hormonais de acordo com a fase do ciclo menstrual. Alterações nas concentrações dos 
hormônios sexuais femininos (progesterona, hormônio luteinizante, hormônio folículo -
estimulante, estradiol) que caracterizam as 5 fases (ciclo menstrual, folicular, periovulatório, 
lútea e pré-menstrual) do ciclo menstrual. Alterações na concentração de hormônio 
estimulante folicular sobrepostas. 
 
 
 
 
34 mulheres saudáveis Avaliação de 397 metabólitos e 
micronutrientes testados no 
plasma e urina 
 
 
A VARIAÇÃO DOS METABÓLITOS DURANTE A FASE DO CICLO MENSTRUAL: 
 
 
 
 
 
 
 
Este mapa de calor com gradientes de cor indica a ritmicidade ao longo do ciclo 
menstrual. Onde quanto mais baixas as concentrações dos componentes mais 
avermelhado estará 
 
208 metabólicos foram significativamente alterados (<p 0,5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRATAMENTO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL É 
INDIVIDUALIZADO! 
DEVE-SE APLICAR A CONDUTA DE ACORDO COM OS 
SINTOMAS APRESENTADOS PELO PACIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até 90% das mulheres experimentam alguma forma de TPM ao longo dos seus 
anos reprodutivos. Essa etiologia não é clara ainda, mas um dos fatores que 
pode estar relacionado é a baixa concentração de vitamina B, vitamina D, cálcio 
e magnésio, visto que são vitaminas essenciais para a síntese de 
neurotransmissores e para garantir um equilíbrio hormonal. 
Magnésio: essencial para a síntese dopaminérgica do cérebro. 
Vitamina B: está envolvida em várias etapas do metabolismo da serotonina, 
incluindo na conversão do aminoácido triptofano em serotonina e na geração 
das substâncias ativas necessárias para o metabolismo da serotonina. 
Cálcio e vitamina D: Uma pesquisa observou que a deficiência de cálcio durante 
a fase lútea entre mulheres com TPM era secundária à perturbação dos 
hormônios reguladores de cálcio que acompanham o aumento das 
concentrações de hormônios esteroides ovarianos e deficiência de vitamina D. 
Outro estudo mostrou que mulheres que tinham um alto consumo de vitamina 
D e cálcio tinham menor risco de desenvolver a TPM 
A incidência de TPM é baixa entre mulheres que se alimentam com dietas 
ricas em vitaminas e minerais. 
KAEWRUDEE, Srinaree et al. Vitamin or mineral supplements 
for premenstrual syndrome. Cochrane Database of 
Systematic Reviews, n. 1, 2018. 
 
 
A TPM também pode agravar os sintomas da depressão. Por isso, na fase lútea pode-se 
utilizar substâncias que ativam a produção de serotonina ou que favorecem a inibição 
da recaptação de serotonina na fenda sináptica. 
 
 
 
 
 
 
 
Ex. de aplicativo para baixar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DIU não impede a ovulação, mas como não ocorre a menstruação na maioria 
delas, as mulheres tendem a não sabem que tem TPM, porém os sintomas existem. 
Por isso, deve-se sugerir que o paciente utilize diários emocionais para saber os dias 
em que ela sente os sintomas de TPM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico da TPM 
1º A presença de pelo menos um dentre vários sintomas afetivos (depressão, explosões 
de raiva, irritabilidade, ansiedade, confusão, isolamento social) e pelo menos um 
sintoma somático (sensibilidade nos seios, inchaço abdominal, dor de cabeça, inchaço 
extremidades) durante os cinco dias anteriores à menstruação em cada um dos três 
ciclos menstruais anteriores; 
2º A regressão espontânea desses sintomas em até quatro dias após o início da 
menstruação. 
 
(American College of Obstetricians and Gynecologists. Guidelines for 
Women’s Health Care: A Resource Manual. 4th ed. Washington, DC: 
American College of Obstetricians and Gynecologists; 2014:607-613.) 
 
 
Atualmente, há um total de 150 
sintomas conhecidos de SPM que 
podem ser variáveis e inconstantes. 
 
 
Diagnóstico da TDPM 
Existe também, além da TPM, uma síndrome conhecida como TDPM (Transtorno 
Disfórico Pré-Menstrual). A TDPM é um subtipo de TPM, porém de uma forma mais 
grave, a prevalência do TDPM é de 3% a 8% e os sintomas estão relacionados ao 
humor, PODENDO CAUSAR IMPACTO NA VIDA PROFISSIONAL, SOCIAL E FAMILIAR. 
 
 
 
Os critérios utilizados para diagnosticar o TDPM são aqueles estabelecidos pelo Manual 
de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM IV). Deve ser 
feito por um Médico Psiquiatra. Devem estar presentes cinco ou mais sintomas na 
maioria dos ciclos menstruais durante a última semana da fase lútea, sendo que estes 
começam a diminuir após o início da fase folicular. Dentre os cinco ou mais sintomas 
relatados, deve estar presente pelo menos um dos quatro primeiros listados a seguir: 
 Humor deprimido, sentimentos de falta de esperança ou pensamentos 
autodepreciativos; 
 Acentuada ansiedade, tensão, sentimento de estar com “nervos à flor da pele”; 
 Instabilidade afetiva acentuada; 
 Raiva ou irritabilidade persistente e acentuada ou conflitos interpessoais 
aumentados; 
 Diminuição do interesse pelas atividades habituais; 
 Sentimento subjetivo de dificuldade em concentrar-se; 
 Letargia, fadiga fácil ou acentuada, falta de energia; 
 Acentuada alteração do apetite, excessos alimentares ou avidez por 
determinados alimentos; 
 Hipersônia ou insônia; 
 Sentimento subjetivo de descontrole emocional; 
 Outros sintomas físicos, como sensibilidade ou inchaço das mamas, cefaléia, dor 
articular ou muscular, sensação de “inchaço geral” e ganho de peso. 
 
SILVA, A. C. J. S. R. et al. Tensão Pré-Menstrual: Critérios para 
diagnóstico. FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de 
Ginecologia e Obstetrícia). 2018 
Arab, A., Golpour-Hamedani, S., & Rafie, N. (2019). The Association 
Between Vitamin D and Premenstrual Syndrome: A Systematic Review 
and Meta-Analysis of Current Literature. Journal of the American 
College of Nutrition, 1–9.QUESTIONÁRIO DE TDPM 
Na semana anterior ao período menstrual e/ou logo após o fim da menstruação você se 
sente: 
( ) deprimida, sem esperança ou com pensamentos autodepreciativos 
( ) ansiosa, tensa, com os “nervos à flor da pele” 
( ) com significativa instabilidade afetiva 
( ) irritada, com raiva e tem os conflitos interpessoais aumentados 
( ) com menos interesse pelas atividades habituais 
( ) com dificuldade de concentração 
( ) sem energia 
( ) com alteração acentuada do apetite ou avidez por determinados alimentos 
( ) com hipersonia ou insônia 
( ) em descontrole emocional 
( ) com sensibilidade ou inchaço das mamas, dor de cabeça, dor articular ou muscular, 
sensação de inchaço geral “e ganho de peso” 
RESULTADO: Se você marcou 5 sintomas e pelo menos um está entre os quatro primeiros 
da lista acima e você teve estes sintomas em dois ciclos seguidos ou mais, procure um 
especialista para avaliar se você pode estar em risco de sofrer de TDPM. 
Fonte: Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de 
São Paulo (USP) e Associação Psiquiátrica Americana 
 
 
 
As mulheres devem buscar aceitar essas mudanças e entender que isso faz parte da 
nossa natureza. 
 
 
“Aquilo que não podemos 
mudar, aceitamos e 
ressignificamos. ” 
 
 
 
 
Por que as mulheres têm mais desejos de 
comer doce no período pré-menstrual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Açúcar 
Glicose 
Insulina 
Diminui a competição de 
triptofano com os 
aminoácidos de cadeia 
ramificadas, como o BCAA 
Serotonina 
 
 
 
O período menstrual influencia o tamanho das refeições e do apetite, podendo levar ao 
desenvolvimento de compulsão por certos tipos de alimentos. É muito comum 
acontecer uma ingestão maior de carboidratos na fase lútea, que pode ser explicada 
pela diminuição dos mediadores de serotonina nessa fase do ciclo. Uma modificação na 
dieta de modo que se priorizem alimentos ricos em carboidratos faz com que aumente 
a produção de 3-fosfoglicerato, um metabólito da glicólise que gera a síntese de 
aminoácidos aromáticos, entre eles, o triptofano. Este através da enzima triptofano 
hidroxilase, transforma-se em serotonina, aumentando sua concentração. 
Costa, Y.R.; Fagundes, R.L.M.; Cardoso, R.B. Ciclo Menstrual e 
Consumo de Alimentos. Rev Bras Nutr Clin, Vol. 22. Num. 3, 2007. p. 
203-209 
 
CAUSAS 
 
Sensibilidade à oscilação dos hormônios 
 
 Vulnerabilidade e suscetibilidade ao efeito dos hormônios sexuais; 
 Sensibilidade - cerebral – circuitos no córtex pré-frontal (que tem vários receptores 
hormonais, como no útero, pele, nos neurônios e entre outros); 
 ETIOLOGIA GENÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O córtex pré-frontal é a região filogeneticamente mais moderna do cérebro humano, 
desempenha um papel essencial na formação de metas e objetivos, e no 
planejamento de estratégias de ação necessárias para a consecução destes objetivos, 
selecionando as habilidades cognitivas requeridas para a implementação dos planos, 
e coordenando as mesmas para aplicá-las na ordem correta. Além disso, ele é o 
responsável pela avaliação do sucesso ou fracasso das ações dirigidas a objetivos 
estabelecidos. 
MOURAO JUNIOR, Carlos Alberto; MELO, Luciene Bandeira 
Rodrigues. Integração de três conceitos: função executiva, memória 
de trabalho e aprendizado. Psic.: Teor. E Pesq., Brasília, v. 27, n. 
3, p. 309-314, Sept. 2011. 
 
 
 
 
 
A sensibilidade adaptativa, bem como o desenvolvimento de sintomas de TDPM, é 
provavelmente baseada na interação entre alterações hormonais, vulnerabilidade 
individual (isto é, genética) e processos neuroquímicos. A relação entre genes, 
hormônios, comportamento e TDPM não foi realmente explorada. 
Em relação a vulnerabilidade, por conta da influência do estradiol e da progesterona na 
circulação podem levar a expressão do RNA mensageiro. Esse RNA pode alterar as 
atividades da rede cerebral relacionados a problemas cognitivos, comportamentais e 
afetivos, levando os sintomas da TPM. 
Comasco, E., & Sundström-Poromaa, I. (2015). Neuroimaging 
the Menstrual Cycle and Premenstrual Dysphoric Disorder. 
Current Psychiatry Reports, 17(10). 
 
TRATAMENTO DA TDPM 
 
 
Há necessidade de intervenção médica para o 
tratamento da TDPM! 
 
 
Tratamento padrão: 
 
Os Inibidores da Recaptação de Serotonina (IRSS) inibem a receptação pré-sináptica da 
receptação da serotonina, levando ao aumento da disponibilidade da serotonina 
sináptica. 
Ex. Fluoxetina 
Eficazes em até 85% das mulheres com TDPM 
 Outros tratamentos: 
 Utilização de contraceptivo oral – monofásico; 
 Ovariectomia – retirada dos ovários. 
 
 
 
TRATAMENTOS PARA A TPM 
 
 
O nutricionista consegue ter mais eficácia para o 
tratamento. 
 
 
Paciente deve melhorar o estilo de vida: 
 Qualidade do sono; 
 Exercício físico; 
 Meditação; 
 Yoga. 
 
Trabalhos sobre os benefícios da yoga: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrientes chave na TPM 
 Magnésio; 
 B6; 
 Cálcio; 
 Vitamina D. 
 
MAGNÉSIO 
Mais de 50% da população em média possuem deficiência de magnésio. 
Estudos mostraram a diminuição das concentrações circulantes de magnésio 
durante a fase lútea entre mulheres com Síndrome Pré Menstrual. 
Consequência: cólica, enxaqueca, depressão, redução da serotonina e do receptor de 
serotonina 
O magnésio é fundamental para: 
 Formação da serotonina; 
 Aumento da expressão de BDNF (fator de crescimento); 
 Redução de ACTH; 
 Ativação do Eixo HHA; 
 Ação anti-inflamatória. 
 
Por isso, na deficiência de magnésio, é muito comum as pessoas apresentarem alteração 
de humor, como ansiedade, irritabilidade, nervosismo, depressão, insônia e 
hiperatividade. Também participa para a síntese de dopamina (neurotransmissor do 
prazer), GABA e noradrenalina. 
Wang, J., Um, P., Dickerman, B., & Liu, J. (2018). Zinc, Magnesium, 
Selenium and Depression: A Review of the Evidence, Potential 
Mechanisms and Implications. Nutrients, 10(5), 584. 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
SANT’ANNA, V. MARQUES, N. PASCHOAL, V. Nutrição clínica 
funcional: Suplementação. 2d. São Paulo: VP editora. 2012. 416 p. 
 
 
WANG, Jessica et al. Zinc, magnesium, selenium and depression: A 
review of the evidence, potential mechanisms and 
implications. Nutrients, v. 10, n. 5, p. 584, 2018. 
 
Magnésio 
Dose usual 250mg 
Dose mínima 100mg 
Dose máxima 700mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577 
 
Secreção de serotonina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6, Vitamina B3, 
zinco, ácido fólico e magnésio. 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6, Vitamina C, zinco, 
ácido fólico e magnésio. 
Triptofano
5-
hidroxitriptofano
Serotonina
 
 
Secreção de dopamina e noradrenalina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tirosina
L-Dopa
Dopamina
Noradrenalina
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6, ácido fólico e 
ferro. 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina B6 e magnésio. 
Nutrientes essenciais: 
Vitamina C e cobre. 
 
 
ATIVIDADE DA SEROTONINA 
Ela possui papel importante em diversas funções no nosso corpo, principalmente nos processos do 
SNC, como na depressão, no trato gastrointestinal, na regulação mediada pelo sistema nervoso 
entérico e entre outros. 
No SNC, ela participa na regulação do sono, apetite, temperatura corporal, ansiedade, atividade 
motora, ritmo biológico, aprendizagem e memória. 
No trato gastrointestinal, ela aumenta a secreção de eletrólitos (Cl-, Na+ e K+), água na luz intestinal 
e estimula a secreção de HCO3- nas criptas do íleo. A serotonina também modifica a absorção 
intestinal de nutrientes. Sendo também importante para a contração e o relaxamento do músculo 
liso presente no intestino, através da estimulaçãoda liberação de acetilcolina e do óxido nítrico., 
respectivamente, e pela sinalização molecular, participando na transdução sensorial da mucosa do 
estômago, estimulando as fibras nervosas aferentes intrínsecas, dando origem ao reflexo 
peristáltico. 
Sua deficiência pode causar doenças neuropsiquiátrica como desordens afetivas, conduta 
compulsivo-obsessiva, síndrome do pânico e depressão. Também pode causar ansiedade, mau 
humor, agressividade, nervosismo, problema no sono, fadiga e compulsão alimentar. 
NAVES, Andréia. Nutrição clínica funcional: Modulação 
Hormonal. São Paulo: VP editora. 2010. 272 p. 
 
BDNF 
O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) pertence à superfamília da neurotrofina e tem 
um papel essencial na neurogênese e neuroplasticidade do cérebro. A sinalização do BDNF apoia 
a sobrevivência dos neurônios existentes e encoraja a proliferação e diferenciação de novos 
neurônios e sinapses no sistema nervoso central e periférico. No cérebro, o BDNF é altamente 
expresso no hipocampo, no córtex e no prosencéfalo basal e tem um papel importante em regiões 
vitais para a aprendizagem e a memória. 
TOH, Yi Long et al. Impact of brain-derived neurotrophic factor genetic 
polymorphism on cognition: A systematic review. Brain And Behavior, 
[s.l.], p.1-14, 1 jun. 2018. 
 
 
 
 
CÓLICA 
Durante a cólica ocorre: 
 Uma hipertrofia do miométrio e vasoconstrição arteriolar; 
 Aumento da quantidade de marcadores da inflamação. 
 
Na fase lútea inicial: há aumento da progesterona e acúmulo e Ômega 6 e AA nas 
membranas celulares. 
No pré-menstrual: há redução brusca da progesterona e libera esse Ômega 6 e AA. 
Essa liberação inicia a cascata de prostaglandinas e leucotrienos no útero que por sua 
vez induzem uma resposta inflamatória e à cólica e ao aparecimento de cãibras e 
outros sintomas sistêmicos, como náuseas, vômitos, inchaço e dores de cabeça 
atividade antagonista do cálcio sobre o músculo liso. 
Magnésio é antagonista do cálcio no musculo liso 
atuando na diminuição das cólicas e é um 
importante modulador da inflamação 
Parazzini F, Di Martino M, Pellegrino P. Magnesium in the 
gynecological practice: a literature review. Magnes Res 2017 ; 30(1) : 
1-7. 
 
ENXAQUECA 
 
Estudos estimam que cerca de 50% das mulheres sofrem de 
enxaquecas relacionadas ao ciclo menstrual 
 
 
 
 
 
Enxaqueca pré-menstrual está associada a alteração dos 
hormônios (quedas naturais nos níveis de estrogênio durante a 
fase lútea tardia do ciclo menstrual) 
 
Parazzini F, Di Martino M, Pellegrino P. Magnesium in the 
gynecological practice: a literature review. Magnes Res 2017 ; 30(1) : 
1-7 doi:10.1684/mrh.2017.0419 
 
 
Peikert et al, realizaram um ensaio controlado por placebo para avaliar a eficácia do 
magnésio oral diário por 12 semanas e encontraram uma redução de 41,6% na 
frequência de crises de enxaqueca no grupo que consumiu magnésio em comparação 
com uma redução de 15,8% no grupo placebo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A suplementação de magnésio também foi avaliada em combinação com a vitamina B6 
e os resultados mostraram ser mais eficaz do que o magnésio sozinho e placebo na 
diminuição dos sintomas da TPM. 
 
 
Na fase lútea ocorre redução de B6. O risco de desenvolver TPM é 
menor em mulheres com alta ingestão de vitamina B6 do que 
naquelas com baixa ingestão (CHOCANO; BEDOYA, 2011). 
 
VITAMINA B6 
A piridoxina (B6) é uma vitamina hidrossolúvel que atua como cofator em mais de 100 reações 
enzimáticas, incluindo reações do metabolismo de aminoácidos e proteínas como 
hemoglobina, serotonina, dopamina, hormônios e prostaglandinas. 
Sua deficiência causa baixa produção de dopamina, com consequência, leva ao aumento de 
prolactina. A deficiência também pode causar depressão, distúrbios do sono, inflamação dos 
nervos, síndrome pré-menstrual, letargia, diminuição da concentração, mobilidade alterada, 
homocisteína elevada, náuseas, vômitos, dermatite seborreica, eczema em boca, nariz e 
ouvidos, estomatite angular, glossite e queilose. Também foi associada a alterações de 
marcadores inflamatórios, como a PCR (proteína C reativa) e com a ocorrência de doenças 
inflamatórias. 
SANT’ANNA, V. MARQUES, N. PASCHOAL, V. Nutrição clínica funcional: 
Suplementação. 2d. São Paulo: VP editora. 2012. 416 p; KAEWRUDEE, 
Srinaree et al. Vitamin or mineral supplements for premenstrual 
syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 1, 2018. 
 
Piridoxina (B6) 
Dose usual 40mg 
Dose mínima 30mg 
Dose máxima 200mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6491313/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6491313/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6491313/
 
 
 
Fontes alimentares de B6: farelo de arroz, alho, fígado de boi, semente de girassol, 
melado de cana, farinha de soja, atum fresco, banana, amendoim, abacate, castanha-
de-caju e entre outros. 
 
 
 
 
 
 
Resultados: o grupo da Vitamina B6 e placebo tiveram a maior e menor eficiência em 
melhorar o escore médio da síndrome pré-menstrual. 
 
 
Suplementação de magnésio 
 
 
 
 
Fontes alimentares: Folhas verdes*, nozes, legumes e feijões. 
Avaliar os efeitos do 
magnésio e vitamina B6 
sobre a gravidade da TPM 
126 mulheres 
3 grupos (magnésio, 
vitamina B6 ou placebo) 
 
Magnésio dimalato* – 200 a 400mg 
*Elementar 
 
 
*Folhas verdes concentram mais magnésio biodisponível, quando comparado as 
leguminosas e grãos, pois os oxalatos das folhas verdes escuras prejudicam menos a 
absorção do que os fitatos. 
Dica: deixar as leguminosas e cereais de molho 
 
FONTES ALIMENTARES DE MAGNÉSIO E MEDIDA CASEIRA: 
Alimento Medida caseira Magnésio 
(mg) 
Arroz integral 6 colheres de sopa 
(90g) 
99 
Grão-de-bico 3 colheres de sopa 
cheias (60g) 
88 
Feijão preto 1 ½ concha pequena 
(120g) 
84 
Castanha do Brasil 4 unidades (16g) 58 
Ervilha em vagem 7 colheres de sopa 
cheias (120g) 
50 
Espinafre (cozido) 4 ½ colheres de sopa 
(50g) 
44 
Semente de abobora 
(seca) 
2 colheres de sopa 
cheias (8g) 
43 
Cacau em pó 1 colher de sopa rasa 
(8g) 
40 
Amêndoa (torrada e 
salgada) 
14 unidades (16g) 36 
Aveia 2 colheres de sopa 
(30g) 
36 
Amendoim 2 colheres de sopas 
rasas (20g) 
34 
 
 
Nozes 5 unidades (22g) 34 
Mandioca (cozida) 4 pedaços pequenos 
(100g) 
27 
Couve (refogada) 4 colheres de sopa 
cheias (89g) 
23 
Lentilha (cozida) 5 colheres de sopa 
(100g) 
 22 
Camarão (cozido) 1 colher de servir cheia 
(100g) 
19 
Rúcula 6 folhas (40g) 19 
Banana-nanica 1 unidade média (60g) 17 
Beterraba (cozida) ½ unidade média 
(100g) 
17 
Abacate ¼ de abacate pequeno 
(100g) 
15 
Quiabo (cozido) 2 colheres de sopa rasa 
(35g) 
13 
Leite de vaca 
(integral) 
1 copo americano 
(100g) 
10 
Semente de girassol 1 colher de sopa cheia 
(5g) 
6 
Uva passa (sem 
semente) 
1 colher de sopa cheia 
(17g) 
5 
Figo 1 unidade média (19g) 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁLCIO 
Confira o Plano 
Alimentar Magnésio 
no Material 
Complementar do 
curso! 
 
 
 
O estradiol influencia no metabolismo do cálcio e da vitamina D ao longo do ciclo menstrual, 
induzindo flutuações nas concentrações de cálcio e desencadeando os sintomas da fase lútea. 
E2 representa estradiol; PTH - hormônio paratormônio; Ca ++ - cálcio ionizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálcio e TPM 
 
O cálcio pode ajudar a prevenir e reduzir os sintomas da TPM 
porque o cálcio afeta o comportamento celular normal e o 
desenvolvimento da serotonina, o último dos quais afeta o humor. 
O cálcio também está ligado à absorção da vitamina D, e altos 
níveis de vitamina D têm sido associados à diminuição do risco do 
desenvolvimento de TPM. Dado que muitas pessoas são 
deficientes em (ou ambos) vitamina D ou cálcio.Nos pacientes diagnosticados com SPM, a suplementação de 
cálcio mostrou diminuir a gravidade dos sintomas, como 
depressão e fadiga. 
De maneira semelhante, um estudo mostrou que aqueles com alto consumo de cálcio 
podem ser menos propensos a desenvolver TPM. 
 
VITAMINA D E ABSORÇÃO DO CÁLCIO 
O cálcio depende de vitamina D para a sua absorção. O efeito da 1,25 (OH)2D no transporte 
ativo de cálcio ocorre nas células intestinais. A ,25 (OH)2D se liga ao receptor da vitamina 
D regulando o transporte ativo através da célula. A vitamina D também exerce efeitos em 
órgãos alvo como ossos, intestinos e rins, auxiliando no transporte de cálcio desses órgãos 
na circulação. 
Sem a vitamina D, somente 10% a 15% do cálcio dietético é absorvido. 
SANT’ANNA, V. MARQUES, N. PASCHOAL, V. Nutrição clínica 
funcional: Suplementação. 2d. São Paulo: VP editora. 2012. 416 p 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Houve diferenças significativas foram notadas entre os dois grupos de 
intervenção no primeiro (P = 0,01) e no segundo ciclo menstrual (P = 0,001) após a 
intervenção. As diferenças foram significativas em subgrupos de ansiedade, 
depressão, alterações emocionais, retenção de água e alterações somáticas no 
grupo de cálcio em comparação com grupo placebo no ciclo menstrual antes da 
intervenção e dois ciclos menstruais após a intervenção e entre ciclos menstruais (0, 
ciclo 1, ciclo 2) no grupo de cálcio (P = 0,01). No geral, os resultados do presente 
estudo sugerem que o tratamento com suplementos de cálcio é um MÉTODO EFICAZ 
para reduzir os transtornos de humor durante a TPM. 
Ensaio clínico, randomizado e duplo-cego 
66 alunas diagnosticadas com TPM, 
distribuídos aleatoriamente em dois 
grupos (experimental e controle) 
500mg de cálcio por dia ou placebo por 
dois meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sugestão de formulação: 
Vira oral: 
Cálcio quelato – 500mg 
Aviar X doses em cápsulas* 
*(1 dose rende em média 5 cápsulas) 
Ou 
 
Cálcio Taste free – 500mg 
Aviar X doses em bombom 
 
Duplo-cego randomizado controlado 
76 estudantes 76 estudantes 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: O resultado mostrou que, embora a gravidade dos sintomas tenha 
diminuído em ambos os grupos, essa redução foi mais significativa no grupo combinado 
de cálcio e vitamina B6. 
 
 
VITAMINA D 
 
Durante a fase lútea: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dois grupos, grupo de intervenção 1, cálcio (500 mg) 
e vitamina B6 (40 mg) e grupo 2, apenas vitamina B6 
2x por dia durante 2 meses. 
 
Cálcio e 
Vitamina D
Paratormônio
Deve-se prestar atenção no período menstrual em que a paciente está quando for 
avaliar os níveis de vitamina D sérica 
 
 
 
Estudos mostraram que existe redução no nível de vitamina D durante a 
fase lútea e que essa deficiência pode estar associada à gravidade dos 
sintomas pré-menstruais. Essa redução se dá pela presença de receptores 
de vitamina D que é expresso em tecido ovariano, no endométrio e no SNC. 
A vitamina D reduz a produção de prostaglandinas, substâncias inflamatórias e melhora 
o humor por atuar na síntese de serotonina (agindo na Triptofano hidroxilase 2). 
 Papel da vitamina D na síntese de serotonina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
A importância da Vitamina D: 
 
A Vitamina D bloqueia a conversão de triptofano em 5-HTP no intestino 
 
Aumento da absorção do triptofano no intestino 
 
Via circulação sanguínea ultrapassa a barreira hematoencefálica 
 
Chega nos neurônios da rafe 
 
Vitamina D TRPH 1 (GLUT) 
TRPH 2 (cérebro) 
Triptofano 
5-HTP 
Serotonina 
BH4 
Fe 
Vit B6 
 
 
Converte triptofano em 5-HTP com a expressão da TRPH 2 (precisa de vitamina D) 
 
Sua interferência no humor: 
A vitamina D é um neurosteróide com a capacidade de atravessar a barreira 
hematoencefálica. Os receptores de vitamina D são distribuídos em áreas do cérebro 
associadas ao desenvolvimento de depressão e transtornos de humor. Portanto, a 
vitamina D pode exercer significância clínica efeitos sobre sintomas como ansiedade, 
depressão ou resposta emocional exagerada. 
Arab, A., Golpour-Hamedani, S., & Rafie, N. (2019). The Association Between Vitamin D 
and Premenstrual Syndrome: A Systematic Review and Meta-Analysis of Current 
Literature. Journal of the American College of Nutrition, 1–9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise transversal sobre os níveis de 
vitamina D e alguns sintomas 
998 mulheres entre 20 e 29 anos 
Recrutadas no campus da Universidade de 
Toronto de 2004 a 2010 
 
 
 
 
Resultados: Comparado com participantes com o nível adequado de vitamina D, 
aqueles com status inadequado de vitamina D (<20) tiveram um risco aumentado de 
apresentar os seguintes sintomas leves: confusão e desejo de estar sozinho, assim como 
os seguintes sintomas moderados/ graves: cãibras, fadiga, ansiedade, confusão e desejo 
sexual. O status da vitamina D não foi associado a outros sintomas pré-menstruais (acne, 
inchaço, alterações de humor, aumento do apetite, dor de cabeça, falta de jeito, insônia, 
depressão ou náusea). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão sistemática e meta-análise sobre a relação da vitamina D 
com a SPM 
 
 
Embora nossa meta-análise de estudos observacionais não 
tenha mostram qualquer associação significativa entre a 
vitamina D sérica e SPM, evidências atuais de estudos 
clínicos indicam que a terapia com vitamina D pode ser 
proposta como segura, eficaz e método conveniente para 
melhorar a qualidade de vida mulheres com TPM. 
 
2019 
 
 
 
 
 
Como modular as alterações do período 
pré-menstrual pela nutrição e 
fitoterapia? 
 
 
 
A conduta deve ser baseada nos sintomas do paciente! 
 
 
 
 
 
 
 
SINTOMAS: 
SPM: depressão, explosões de raiva, irritabilidade, ansiedade, confusão, isolamento 
social 
TDPM: Instabilidade afetiva acentuada (oscilação importante humor, sentimentos 
repentinos de tristeza e vontade de chorar, aumento da sensibilidade à rejeição); 
acentuada irritabilidade, raiva ou aumento de conflitos interpessoais; acentuado humor 
deprimido, sentimentos de desesperança ou pensamentos autodepreciativos; 
acentuada ansiedade, tensão e/ou sentimentos de estar tenso ou no limite. 
 
Principal: 
EMOCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
Controlam a ansiedade, tristeza, irritabilidade, desejos por doce e entre outros. 
Ehring T. Et al. Emotion regulation and vulnerability to depression: 
spontaneous versus instructed use of emotion suppression and 
reappraisal. Emotion 10(4), 563–572 (2010). 
 
Principal causa das alterações é a flutuação de: 
 
 
Esses dois hormônios reprodutivos podem ter um impacto na amígdala e no córtex pré-
frontal e, portanto, podem ter efeitos no processamento e na regulação das emoções. 
No período menstrual ocorre: 
 Exacerbação do sistema límbico; 
 Maior ativação das amígdalas; 
 Maior ativação do eixo HHA. 
 
 
 
 
 
 
Focar no que controla as emoções: 
NEUROTRANSMISSORES 
Estrógeno Progesterona
 
 
Amígdala 
A amígdala ou complexo amigdaloide, é um aglomerado heterogêneo de núcleos neurais 
localizados no lobo temporal. Considerada o centro emocional cerebral, acredita-se que 
a amígdala desempenhe um papel chave no planejamento comportamental baseado na 
integração de informação íntero e exteroceptiva. 
Tem-se atribuído uma grande variedade de funções para o complexo amigdaloide, 
incluindo memória, atenção, interpretação do significado emocional dos estímulos 
sensoriais e gênese dos aspectos emocionais dos sonhos. 
A amígdala parece desempenhar um papel crítico no aprendizado sempre que este 
envolver o condicionamento a um reforço com valor emocional, independente de se 
tratar de recompensa ou punição, e estudos em humanos, roedores e primatas não 
humanos sugerem que a atividade neural nessa estrutura é diferencialmente afetada pela 
valência emocional do estímulo. 
ALBUQUERQUE, Fabíola da Silva;SILVA, Regina Helena. Amygdala 
and the slight boundary between memory and emotion. Revista 
de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 31, n. 3, p. 0-0, 2009. 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Estruturas do cérebro relacionadas à emoção: 
ESPERIDIÃO-ANTONIO, Vanderson et al. Neurobiology of the 
emotions. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 35, n. 2, p. 55-65, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
Confira o artigo na íntegra 
no Material Complementar 
do curso: 
Neurobiologia das emoções 
 
 
 
 
Síntese do estradiol: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibe 
 
 
Os neurônios produtores de serotonina são sensíveis à presença ou ausência de 
estrogênio e durante a fase lútea, ocorre uma queda do estrogênio e uma 
predominância de progesterona. 
Estrogênio: 
 Conversão do triptofano em serotonina; 
 Inibição da MAO (monoamina oxidase); 
 Inibição de COMT (Catecol O- Metiltransferase). 
 
Progesterona: 
 Estimula MAO (monoamina oxidase); 
 Estimula COMT (Catecol O- Metiltransferase); 
 Reduz GABA; 
 Reduz Beta endorfinas. 
 
MAO  degrada serotonina, dopamina e noradrenalina 
COMT  degrada dopamina, adrenalina e noradrenalina 
 
 
 
 
 
 
“Como aumentar a serotonina no cérebro 
humano sem drogas” 
 
 
Como aumentar a serotonina: 
 
 
 
 
É uma via de mão dupla: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorriso Bom humor
Filmes de 
comédia
Boas 
companhias
Rir
Exercício 
físico
Luz solar
BOM HUMOR 
SORRISO
SEROTONINA
Aumenta 
Aumenta 
Aumenta o triptofano no 
cérebro 
 
 
Exercício e síntese de serotonina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Evidências indicam que o exercício físico atua no sistema serotoninérgico através de medidas 
de triptofano sanguíneo e concentrações de ácido 5- Hidroxiindolacético, que é o metabólico da 
serotonina no fluido cérebro-espinhal. Durante o exercício físico, a distribuição do triptofano, 
aminoácido precursor da serotonina seria alterado pela lipólise, já que uma concentração 
crescente de ácidos graxos livres no plasma deslocaria o triptofano de seus sítios de ligação da 
albumina elevando, assim, os níveis de triptofano livre. Por outro lado, ocorreria um aumento 
da captação e oxidação dos aminoácidos de cadeia ramificada pelos músculos que estão sendo 
submetidos ao exercício, e, consequentemente, a concentração desses aminoácidos na 
circulação seria reduzida. Todo esse processo estimularia a capacidade de captação do 
triptofano livre e promoveria tanto a síntese quanto a liberação de serotonina centralmente. ” 
LESSA, Patrícia; OSHITA, Tais Akemi Dellai. A Influência do exercício físico para tratamento do portador de 
transtorno afetivo bipolar. Unimontes científica, v. 7, n. 1, p. 87-94, 2008. 
 
 
Outros cofatores para a síntese de serotonina: 
 
 Triptofano - 5HTP; 
 Zinco; 
 Cobre; 
 Ferro; 
 Magnésio; 
 B6; 
 B9; 
 Ácido fólico; 
 B12; 
 SAME (S adenosilmetionina). 
 
Fluxo muito intenso  possível deficiência de ferro 
 
 
 
 
 
AVALIAR HEMOGLOBINA, 
HEMATÓCRITO E FERRITINA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na inflamação pode ocorrer a conversão do triptofano em outros compostos, gerando 
aumento de Radicais Livres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Indoleamina-2,3-dioxigenase (IDO) 
**Quinureninase, 3-hidroxi-antranilato, 3,4-dioxigenase 
 
Como está o intestino do 
seu paciente? 
Triptofano 
Inflamação 
* 
Quinurenina Ácido quinolínico 
** 
3-hidroxi-quinurenina 
 
 
PRESENÇA DE NEUROTRANSMISSORES NOS ALIMENTOS 
 
SEROTONINA (HUMOR) 
 
 
 
 
Mamão Banana Banana-
da-terra 
Maracujá 
Abacaxi Ameixa 
Romã Morango Feijão de 
veludo 
Espinafre Tomate Arroz selvagem 
Chicória 
Repolho chinês Café Avelã Urtica 
Cebola verde Alface Páprica Batata 
 
 
 
GABA (RELAXAMENTO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crucíferas Soja Feijão comum Feijão azuki 
Ervilha Tomate 
Espinafre Cogumelos 
Trigo sarraceno 
Aveia, trigo e cevada Arroz 
Batata e batata 
doce 
Apium Passiflora 
Pilosella 
officinarum 
Phytolacca Erva de São 
João 
Castanha 
 
 
 
 
DOPAMINA (PRAZER) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espinafre 
Banana Banana-da-terra Abacate Laranja 
Maçã Berinjela Espinafre Ervilha 
Feijão de 
veludo 
Feijão comum Tomate 
 
 
 
 
NO PERÍODO PRÉ MENSTRUAL OCORRE 
AUMENTO DO APETITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causa: 
 Redução do estrogênio (menor ativação do núcleo da saciedade) e aumento da 
progesterona; 
 Redução da serotonina, GLP1 e PYY (peptídeos da saciedade); 
 Aumento da grelina (hormônio da fome). 
 Menor sensibilidade à CCK. 
Geary N. Estradiol, CCK and satiation. Peptides 22: 1251–1263, 2001; MCKIE, 
Greg L. et al. Characterizing the appetite-regulatory response throughout the 
menstrual cycle. The FASEB Journal, v. 32, n. 1_supplement, p. 756.2-756.2, 
2018. 
 
Influência do apetite na SPM 
 
 
 
 
NO PERÍODO PRÉ MENSTRUAL OCORRE 
AUMENTO DO DESEJO POR ALIMENTOS COM 
MISTURA DE GORDURA E AÇÚCAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para aumentar os peptídeos da saciedade, consumir boas fontes proteicas e melhorar a 
microbiota intestinal e consumir fontes de fibras para ocorrer a produção de AGCC 
(ácidos graxos de cadeia curta). 
 
AÇÚCAR 
GORDURA 
DOPAMINA 
Será que o desejo do chocolate na 
TPM é fisiológico ou cultural? 
 
 
 
 
É cultural! 
 
 
 
Yen, J.-Y., Chang, S.-J., Ko, C.-H., Yen, C.-F., Chen, C.-S., Yeh, Y.-C., & 
Chen, C.-C. (2010). The high-sweet-fat food craving among women 
with premenstrual dysphoric disorder: Emotional response, implicit 
attitude and rewards sensitivity. Psychoneuroendocrinology, 35(8), 
1203–1212; 
Hormes, J. M., & Niemiec, M. A. (2017). Does culture create craving? 
Evidence from the case of menstrual chocolate craving. PLOS ONE, 
12(7), e0181445. 
 
 
NO PERÍODO DA FASE LÚTEA 
TARDIA OFCORRE UM MAIOR 
DESEJO DE DOCES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O esvaziamento gástrico é mais rápido; 
 A fome e o consumo de energia são maiores (167kcal) (possivelmente pelo 
maior gasto de energia desta fase); 
 Maior nível de insulina e menor sensibilidade à insulina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Quase dois terços das mulheres com diabetes tipo 1 experimentam um 
fenômeno do ciclo menstrual, atribuível a um aumento nas excursões hiperglicêmicas 
durante a fase lútea. 
 
Estudos em ambiente controlado com 
mulheres magras e saudáveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 Aumento na frequência de hiperglicemia durante a fase lútea; 
 Mulheres com diabetes tipo 1 nas duas fases do ciclo menstrual  devem ser levado 
em consideração ao planejar a terapia com insulina. 
 
 
Resultados: 
 Inflamação na fase lútea reduz a sensibilidade à insulina em diabéticas tipo 2. 
 Progesterona aumentaria mediadores inflamatórios e estrogênio reduziria. 
 
ALTERNATIVAS 
 Não cortar carboidrato, para não prejudicar a síntese de serotonina; 
 Fornecer o carboidrato em horários estratégicos; 
 Carboidrato com carga glicemica moderada; 
 Doces ofertados pontualmente, em pequenas quantidades; 
 Ou se o paciente tem muita vontade, ofertar em maiores quantidades, mas que 
sejam nutritivos. 
 
 
 Escolher carboidratos que irão promover a entrada do triptofano na barreira 
hematocefálica e que não gere picos de glicemia  ex. grão de bico, batata salsa, 
batata doce, batata inglesa e entre outros. 
 Sempre ofertar proteínas, a partir do café da manhã, que irá trazer mais saciedade 
 ex. panquequinhas de ovos com banana, shake com whey e cacau. 
 Em todas as refeições, principalmente no café da tarde, ofertar carboidrato + 
proteínas  irá diminuir a compulsão noturna. 
 Ofertar chás de camomila ou maracujá  efeito calmante. 
 Ofertar CHOCOLATE meio amargo. Mas abacate, nozes, semente de gergilim, 
semente de girassol e azeite de olivasão uma boa opção para uma ingestão saudávelde gordura. 
 
 
 
 
 
 
 Aumentar o aporte proteico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a fase lútea inicial ocorre maior utilização de 
gordura para a síntese esteroide. Nessa fase, pode 
ocorrer redução de TGL em até 30% e redução de 
colesterol também. 
Por isso, pode-se consumir mais gordura nessa fase. 
Durante a fase lútea inicial ocorre maior 
necessidade de proteína. Por conta da síntese de 
hormônio, ocorre maior necessidade de 
nitrogênio e uma queda de aminoácidos no 
plasma. 
 
 
SAIBA MAIS 
Sugestão de suplementos de proteína 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOUSSE DE CACAU 
 
Ingredientes: 
1 abacate médio maduro ou 3 avocados; 
5 colheres (sopa) de cacau em pó sem açúcar, 
4 colheres (sopa) de açúcar demerara ou açúcar de 
coco; 
2 colheres (sopa) água ou leite amêndoas; 
1 pitada de canela em pó; 
Macadâmias picadas para decorar 
 
 
 
 
 
Modo de preparo: 
Coloque tudo no processador ou liquidificador e bata até adquirir consistência de 
mousse. Distribua em potinhos ou taças e leve para geladeira por no mínimo 16 horas. 
Distribua as macadâmias picadas quando for servir. 
 
 
SMOOTHIE DE CACAU EM PÓ 
Ingredientes: 
200 ml de bebida vegetal de arroz; 
1 banana prata congelada; 
1 colher de chá de cacau em pó; 
1 colher de sobremesa de semente de linhaça. 
 
Modo de preparo: 
Bater todos os ingredientes listados no liquidificador até formar uma mistura 
homogênea. Leve para gelar e sirva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Confira algumas receitinhas de 
doces nutritivos no Material 
Complementar 
 
 
Filme orodispersível para reduzir a vontade de doces 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formulação via oral: 
Gymnena silvestre, extrato seco padronizado a 75% de ácidos 
gimnêmicos, folhas -25mg; 
Strip oral/filme orodispersível – 90 unidades 
 
Posologia: Colocar o filme sobre a língua e deixar dissolver. 
Usar 03 vezes ao dia antes das refeições. Não requer água para 
ser administrado. 
 
Apenas profissionais 
habilitados em fitoterapia 
podem prescrever essa 
formulação. 
Formulação via oral: 
Garcinia camboja, extrato seco padronizado a no mínimo de 
50% de ácido hidroxicítrico – 25 mg 
Strip oral/filme orodispersível – 90 unidades. 
 
Posologia: colocar o filme sobre a língua e deixar dissolver. Usar 
03 vezes ao dia antes das refeições. Não requer água para ser 
administrado. 
 
 
 
Melissa officinalis 
 
 
Estudo duplo-cego randomizado e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito da cápsula de M. officinalis 
sobre a intensidade da SPM em 
meninas do ensino médio 
Efeito da cápsula de M. officinalis 
sobre a intensidade da SPM em 
meninas do ensino médio 
 
100 meninas do 
ensino médio 
Grupo de intervenção (n = 50) recebeu 1.200 mg de extrato 
de M. officinalis diariamente desde o primeiro até o último 
dia do ciclo menstrual por três ciclos consecutivos 
O segundo grupo (n = 50) recebeu o placebo 
Efeito da cápsula de M. officinalis sobre a intensidade da SPM 
em meninas do ensino médio 
 
 
 
Resultados: Os resultados do estudo revelaram uma diferença significativa entre os dois 
grupos quanto à intensidade total média dos sintomas físicos, psicológicos e sociais da 
SPM no primeiro, segundo e terceiro mês após a intervenção. 
M. officinalis pode reduzir os sintomas da TPM através dos neurotransmissores GABA 
(ácido gama-aminobutírico, sistema GABAérgico). Os neurotransmissores do GABA têm 
grandes efeitos inibitórios no sistema nervoso central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cúrcuma Longa 
 
 
 
Para prescrever esse extrato ou 
tintura é necessário ter habilitação 
em fitoterapia 
 
Pode ser utilizado um chá de M. officinalis 
mais concentrado 
1 a 2 c/ sopa cheia para cada xícara 
Ofertar 2 a 3 vezes ao dia 
 
 
 
Ensaio clínico, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
Resultados: demonstram que a curcumina reduz a gravidade dos sintomas da TPM pode 
ser através do aumento dos níveis séricos de BDNF. 
Estudos sugeriram que os níveis circulantes de BDNF sérico têm correlação com a 
ocorrência de sintomas da TPM e podem desempenhar um papel na fisiopatologia da 
TPM. Existem evidências de que em mulheres com SPM, o nível sérico de BDNF é 
diferente do que mulheres sem TPM e que a curcumina aumenta o BDNF. 
Fanaei, H., Khayat, S., Kasaeian, A., & Javadimehr, M. 
(2016). Effect of curcumin on serum brain-derived 
neurotrophic factor levels in women with premenstrual 
syndrome: A randomized, double-blind, placebo-controlled 
trial. Neuropeptides, 56, 25–
31.doi:10.1016/j.npep.2015.11.003 
 
 
 
 
 
 
Avaliaram o efeito da curcumina sobre 
o nível sérico de BDNF e a gravidade 
dos sintomas da SPM em mulheres 
com SPM. 
Efeito da cápsula de M. officinalis sobre 
a intensidade da SPM em meninas do 
ensino médio 
 
Cada amostra nos grupos placebo e 
curcumina recebeu duas cápsulas por dia 
durante sete dias antes da menstruação 
e durante três dias após a menstruação 
durante três ciclos menstruais sucessivos. 
 
 
 
 
Crocus sativus 
 
 
 
 
 
 
Profissionais sem habilitação põem prescrever alguns nutracêuticos, que na ANVISA é 
classificado como alimento: 
 Saffrin®, Saffron®, Satiereal®. 
 
Funções C. sativus: 
 Melhora da glicemia 
 Prevenção de DCV; 
 Modulação da inflamação; 
 Diminuição do apetite e sintomas do período pré-menstrual. 
 
Princípios ativos do C. sativus: 
 Crocina, crocetina e safranal. 
 
As crocinas atuam como inibidores de recaptação de dopamina e noradrenalina. A 
noradrenalina é antagônica à adrenalina é uma catecolamina um dos que mais influencia 
o humor, ansiedade, sono e alimentação. 
O safranal atua principalmente na receptação de serotonina e protege contra a 
inflamação e o estresse oxidativo. 
Kell, G., Rao, A., Beccaria, G., Clayton, P., Inarejos-García, A. M., & Prodanov, M. 
(2017). Affron ® a novel saffron extract (Crocus sativus L .) improves mood in healthy 
adults over 4 weeks in a double-blind, parallel, randomized, placebo-controlled clinical 
trial. Complementary Therapies in Medicine, 33, 58–64. 
 
Fitoterápico 
 
 
Estudo duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Consumo oral de 15 mg de C. sativus duas vezes ao dia por dois ciclos 
levaram a uma diminuição de 50% da gravidade dos sintomas da TPM em 75% dos 
indivíduos e uma diminuição em 50% dos sintomas de depressão em 60% dos indivíduos 
no grupo de intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
Investigar se o Crocus sativus L. poderia 
aliviar os sintomas da síndrome pré-
menstrual (TPM) 
Mulheres entre 20 
e 45 anos 
As mulheres foram aleatoriamente designadas 
para receber 30 mg/dia de Crocus sativus L. ou 
placebo cápsula 
Duas vezes ao dia (15mg de manhã e à noite) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aswhaganda – Whitania somnifera 
 
Obs. Se tiver tendência à acne, a Whitania somnifera pode agravar o quadro por 
aumentar testosterona. 
 
Para o nutri que não pode prescrever fitoterápico: 
 KSM-66 é o extrato de Whitania somnifera que no Brasil está classificado como 
alimento e, portanto, pode ser prescrito por nutricionistas sem habilitação em 
fitoterapia. 
 
Alívio da insônia e a 
depressão induzida 
pelo estresse
Melhora a insônia e 
disposição
Redução significativa 
das concentrações de 
cortisol e do efeito 
imunossupressor do 
estresse
Redução da PCR
Aumento da 
testosterona
Melhora a libido
Estudo mostrou que o C. sativus também reduz a frequência das 
“beliscadas” 
Snacking é um comportamento alimentar descontrolado, que 
predispõe ao ganho de peso e obesidade. Ela afeta principalmente a 
população feminina e é frequentemente associada ao estresse. 
 
1 capsula de Saiereal (176.5mg de extrato/ dia) 
 
Resultados: Houve redução dos snackings e perda de peso.JANA 2008; 11:50–6; Indian J Psychiatry 2000, 42:295–301; Indian J 
Psychol Med 2012, 34:255–62; J Int Soc Sports Nutr 2015, 12:43. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Melhora na qualidade do sono; Redução da depressão, ansiedade e PCR. 
 
Pode ser utilizado: 
1 dose de 300mg pela manhã e outra antes de dormir OU 
600mg antes de dormir 
 
Uma queima comum na SPM é a alteração do sono, que ocorre pela redução de 
melatonina e do sono REM  Levando a diminuição da leptina e grelina, fazendo com 
que a mulher tenha mais apetite durante o dia. 
Na fase tardia  Redução de progesterona e GABA. 
SHECHTER, Ari; VARIN, France; BOIVIN, Diane B. Circadian 
variation of sleep during the follicular and luteal phases of the 
menstrual cycle. Sleep, v. 33, n. 5, p. 647-656, 2010; DRAPER, 
C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
600mg à noite, 2 horas antes da 
ingestão de alimentos com água. 
 
 
 
 
 
Magnésio e sono 
O magnésio pode melhorar o sono, através do aumento da secreção de melatonina da 
glândula pineal, estimulando a atividade da serotonina N-acetiltransferase, a enzima 
chave na síntese de melatonina, e sendo um agonista do ácido gama-aminobutírico 
(GABA). O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, e 
está bem estabelecido que a ativação dos receptores GABA favorece o sono. 
Triptofano e o sono 
 
 
 
Possíveis mecanismos de influência dos componentes da dieta na síntese de serotonina 
e melatonina. 
A  dieta como fonte de triptofano (TRP): TRP é metabolizado no cérebro ao longo de 
diferentes vias para a serotonina, melatonina e niacina e parcialmente usado como um 
fonte de síntese de proteínas. 
B  influência dietética no transporte de TRP para o cérebro: outros componentes da 
dieta, como carboidratos e outros grandes aminoácidos neutros (LNAAs) afetam a 
intensidade do TRP no cruzamento da barreira hematoencefálica. 
C  Estimulando a síntese de serotonina e melatonina: o 5-HTP é convertido em 
serotonina por uma enzima, L-aminoácido aromático descarboxilase (AADC), que 
necessita de piridoxina (vitamina B6) e enzima arilalquilamina-N-acetiltransferase (NAT) 
que necessita de ácidos graxos 
D  Disponibilidade de TRP para a síntese de serotonina e melatonina: triptofano 2,3-
dioxigenase (TOD) é uma enzima que catalisa a reação química do TRP à 
formilquinurenina, que é rapidamente convertida em quinurenina e, finalmente, a 
niacina. A niacina (vitamina B3) suprime a atividade do TDO, deixando assim mais TRP 
para ser usado na síntese de serotonina. 
Peuhkuri, K., Sihvola, N., & Korpela, R. (2012). Diet promotes 
sleep duration and quality. Nutrition Research, 32(5), 309–
319.doi: 10.1016/j.nutres.2012.03.009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIPTOFANO NO CAFÉ DA MANHÃ 
 
 
 
 
 
V 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jantar e o sono 
 Não seja um jantar pesado; 
 Jantar com baixa ingestão de fibra e alta ingestão de gordura saturada e açúcar 
está associada a um sono mais leve e menos restaurador com mais excitação. 
WIRZ-JUSTICE, A.; KRAUCHI, K.; WERTH, E. et al. 
Carbohydrate-rich meals: a zeitgeber in humans. J Sleep Res. 
v. 7, 69, 308, 1998. 
 Consumir carboidrato entre as 17h até 19h para dar tempo do CHO favorecer a 
entrada do triptofano e poder garantir os níveis de melatonina à noite; 
 Jantar de alto IG aumenta o triptofano plasmático e leva a um pico de serotonina e 
melatonina imediato, mas leva a uma queda desses hormônios durante o sono REM, 
prejudicando a qualidade do sono. 
 
Semente de Abóbora 
10g – 58 mg 
Aveia em flocos 
30g – 100 mg 
Chia 
10g – 44 mg 
Amêndoas 
10g – 21 mg 
Ovo cozido 
100g – 150 mg 
Pistache 
50g – 125 mg 
 
 
Advances in Nutrition: An International Review Journal,, 7 5, 938-949, 2016; WIRZ-
JUSTICE, A.; KRAUCHI, K.; WERTH, E. et al. Carbohydrate-rich meals: a zeitgeber in 
humans. J Sleep Res. v. 7, 69, 308, 1998; KRAUCHI, K.; CAJOCHEN, C.; WERTH, E. et al. 
Alteration of internal circadian phase relationships after morning versus evening 
carbohydrate-rich meals in humans. J Biol Rhythms. v. 17, n. 4, p. 364-376, 2002. 
 Consumir 2 kiwis antes de dormir diminui os distúrbios do sono por conter 
serotonina e fitomelatonina. 
 
LIN, Hsiao-Han et al. Effect of kiwifruit consumption on sleep quality in adults 
with sleep problems. Asia Pacific journal of clinical nutrition, v. 20, n. 2, p. 169-
174, 2011; B ARNAO, Marino; HERNÁNDEZ-RUIZ, Josefa. The potential 
of phytomelatonin as a nutraceutical. Molecules, v. 23, n. 1, p. 238, 
2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formulação via oral: 
Magnésio dimalato – 300 mg 
Piridoxal 5 fosfato – 20 mg 
Nicotinamida – 10 mg 
 
Associar com: 
Fórmula Fitoterápica: 
Griffonia simplicifolia*, extrato seco padronizado a no mínimo 90% de 
5-hidroxitriotofano – 100mg 
Aviar 30 doses em cápsulas qsp. 
Posologia: Consumir 1 dose à noite 2 horas longe das refeições. 
 
Apenas profissionais habilitados em fitoterapia 
podem prescrever a segunda formulação 
 
 
REGULAÇÃO DE FLUIDOS CORPORAIS 
 
A retenção de líquidos ocorre por conta da 
progesterona, que é o principal hormônio que 
causa flacidez na parede venosa e prejudica a 
drenagem e a retenção de água. 
A progesterona também estimula a aldosterona 
(hormônio antidiurético) que aumenta a retenção 
de sódio e excreção de potássio, levando a 
retenção de líquidos. 
TACANI, Pascale Mutti et al. Characterization of symptoms and edema 
distribution in premenstrual syndrome. International journal of 
women's health, v. 7, p. 297, 2015. 
 
 
Estratégia nutricional 
 
 Reduzir o consumo de sódio; 
 Reduzir o consumo de glutamato monosódico; 
 Utilizar chás diuréticos, como: cabelo de milho ou cavalinha. 
 
Cavalinha  Quisetum arvense L., 
 
A presença de altas concentrações de flavonóides, compostos fenólicos e sais minerais 
são responsáveis pela ação diurética. 
A atividade diurética também pode ser causada pela Cavalinha devido à irritação do 
epitélio renal causada pela equisetonina e saponina presente na Cavalinha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Chá diurético 
 
Ingredientes: 
• 2 colheres de sopa de hibisco (12,6g) (Hibiscus sabdariffa) (flor); 
• 3 colheres de sopa (3,9g) de cavalinha (Equisetum arvense L.) (planta inteira e 
partes aéreas); 
• 1 colher de sobremesa (0,4g) de cabelo de milho (Zea mays L) (estigmas); 
• 1 litro de água. 
 
Modo de fazer: Colocar 1 litro de água para ferver, quando as bolhas começarem 
(100°C) desligue. Após a água atingir 85°C adicione as ervas e abafe. Deixe em infusão 
por 10 minutos. Consumir 1 xícara (200ml) antes de dormir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fitoterápicos Estimulantes do Metabolismo, Destoxificante e 
Diurético 
Formulação via oral: 
Equisetum arvense L, Cavalinha, extrato seco padronizado a 2,0/2,5% 
de flavonóides – 100mg 
Cynara scolymus L., Alcachofra, extrato seco padronizado a 0,5% 
cinarina – 100mg 
Baccharis trimera, carqueja, extrato seco padronizado a 1% taninos 
totais – 100mg 
 
Aviar X doses em cápsulas. 
Posologia: Consumir uma dose, três vezes ao dia, antes das principais 
refeições. 
 
Apenas profissionais habilitados em fitoterapia 
podem prescrever essa formulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para quem não tem habilitação em fitoterápico, é interessante utilizar: 
 
 
Cacti-Nea® 
 
Nome científico: Opuntia fícus indica (L.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estudos in vivo apresentam o efeito diurético de Cacti-Nea. 
 Resultados mostraram que Cacti-Nea dobrou o volume da urina ao mesmo tempo 
em que preservou os minerais, prevenindo quadros de hipotensão. 
Confira essa e outras formulações 
no livro Manual de Formulações 
para Prática Clínica 
 
 
 O consumo de Cacti-Nea induziu uma redução de ganho de peso de quase 20% 
comparando-se com ogrupo controle. 
 
FEUGANG, J.M.; KONARSKI, P.; ZOU, D.; STINZING, F.C.; ZOU, C. 
Nutritional and medicinal use of Cactus pear (Opuntia spp.) cladodes 
and fruits. Frontiers in Bioscience, v.11, p.2574-2589, set.2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Não foram observadas diferenças significativas nas concentrações de sódio, 
potássio e ácido úrico na urina em comparação com o grupo controle. Os efeitos 
diuréticos crônicos do Cacti-Nea® foram comparáveis aos do medicamento padrão 
hidroclorotiazida. 
 
 
 
 
Seu uso é contraindicado na gravidez e lactação! 
 
 
Comparou a eficácia da Cactínea vs. 
Hidroclorotiazida 
Estudos em animais 
500 a 1000mg/dia 
 
 
SPM E INFLAMAÇÃO 
Durante a fase lútea ocorre o aumento dos marcadores inflamatórios, como: 
 Prostaglandinas 2; 
 PCR; 
 Acilcarnitinas; 
 IL 1 Beta; 
 Redução da conversão de ácido linoleico (w-6) em ácido gama linolênico (w-3). 
 
Exacerbando os sintomas relacionados da SPM. 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
 
Estratégia nutricional para ser utilizada principalmente esse período: 
 
ALIMENTAÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIOXIDANTE 
 
 Rica em polifenóis; 
 Muita fruta; 
 Muita verdura; 
 Chás variados; 
 Temperos antioxidantes; 
 Oleaginosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suplementos indicados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentos fontes de antocianinas: 
Como repolho roxo, mirtilo, groselha preta, amora, cereja, sabugueiro preto, soja preta, 
chokeberry e jaboticaba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Smoothie Super Skin 
 
Ingredientes: 
2 col. (sopa) mirtilos desidratados 
2 col. (sopa) aveia em flocos 
1 col. (sobremesa) chia 
150mL de suco de laranja gelado 
Modo de Preparo: 
Deixe os mirtilos e a aveia de molho, por 2 horas, após 
isso descarte a água da aveia, bata no liquidificador 
todos os ingredientes e sirva em seguida! 
 
 
 
 
 
 
 
Smoothie de Chá Verde 
Ingredientes: 
½ xícara de Chá Verde (já preparado) 
½ xícara de Iogurte Grego Zero 
1 xícara de Manga em cubos 
3-5 cubos de gelo 
Modo de Preparo: 
Bata todos os ingredientes no liquidificador e beba imediatamente. 
 
MASTALGIAS 
As três principais causas de dor periódica de mama são: 
 Diminuição da progesterona; 
 Aumento da prolactina; 
 Aumento do processo inflamatório 
 
 
 
 
 
 
+ retenção de líquido que deixa o ceio com aspecto duro, pesado e causa dor. 
 
JAAFARNEJAD, Farzaneh et al. Compare the effect of flaxseed, 
evening primrose oil and Vitamin E on duration of periodic 
breast pain. Journal of education and health promotion, v. 6, 
2017. 
 
Ocorre redução na proporção de ácidos graxos 
insadurados para saturado em membranas, levando 
ao aumento dos níveis de biomarcadores 
inflamatórios, como interleucina 6 e TNF alfa 
também têm sido propostos. 
 
 
 A progesterona diminui a conversão de ácido linolênico para ácido gama linolênico; 
 
Metas para atingir: 
 Diminuir a prostaglandina 2 inflamatória; 
 Inserir o ácido gama linolênico. 
 
 
 
 
 
Fontes de GLA: 
Óleo de borragem e óleo de prímula 
 
São classificados na ANVISA como alimento! 
 
GAMA, Carlos Romualdo Barboza et al. Clinical Assessment of 
Treatment Outcomes Following Borago officinalis Extract Therapy in 
Patients Presenting with Cyclical Mastalgia. International Journal of 
Clinical Medicine, v. 6, n. 06, p. 363, 2015. 
Exemplos de suplementos: 
 
 
 
 
 
 
 
O ácido gama linolênico (GLA) é um ácido graxo 
ômega-6 insaturado, que inibe o ácido áraquidônico 
e age como um precursor na síntese de 
prostaglandinas 1. Levando ao equilibrio com a 
prostaglandina 2. 
 
 
É importante que o suplemento tenha uma maior quantidade de DGLA (ácido 
gama linolênico) 
*O Gamaline-V é o que mais contém DGLA, porém este produto é registrado como medicamento 
 
Consumo: 
 
 
Consumir de 3 a 4 cápsulas por dia durante a fase lútea 
 
 
Outra opção para diminuir a mastalgia: 
 
Chá de Hamamelis 
 
Ingredientes: 
• 1 xícara de água (250ml) 
• 2 colheres de Hamamelis (20g) 
Preparação: Ferver um copo de água e, quando estiver a ferver, adicione as colheres de 
sopa de Hamamelis. Deixe a bebida repousar por 20 minutos, ou até atingir uma 
temperatura adequada para uso 
Modo de uso: 
Mergulhe um pano ou algodão na infusão e aplique sobre os seios. Deixe atuar por 10 
minutos, massageando continuamente para manter uma leve sensação de calor. Repita 
sua aplicação até que a dor alivie. 
Hamamelis diminui prolactina 
 
 
 
Água de linhaça 
 
Ingredientes: 
• 1 colher de sopa de linhaça (10g) 
• 1 xícara de água (250ml) 
Preparação: Coloque uma colher de sopa de sementes de linhaça em uma xícara de água 
morna. Cubra a bebida e deixe-a repousar durante a noite. No dia seguinte, coe e 
aproveite o líquido gelatinoso. 
 
Rica em Lignana que possui efeito estrogênico, leva a diminuição do efeito da 
progesterona. Além de ser fonte de fibras, que gera a produção de AGCC e modulam 
o processo inflamatório. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Confira no material de apoio o artigo: Vitex agnus castus na 
saúde feminina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chá de cavalinha 
Retenção de líquidos 
 
Ingredientes: 
• 1 colher de chá de cavalinha (5 g); 
• 1 xícara de água (250 ml). 
Preparação: Coloque a colher de chá de cavalinha em um copo de água fervente. Cubra 
a bebida e deixe-a repousar até atingir a temperatura ambiente por 10 minutos. Coe e 
beba. 
Modo de uso: Beba um copo de infusão duas vezes ao dia, 3 ou 4 dias antes do período 
menstrual. 
Promove a eliminação de líquidos , restaura a circulação para uma oxigenação 
correta dos tecidos mamários. 
 
MASTALGIA E CAFEÍNA 
Atualmente, o Congresso Americano de Obstetrícia e Ginecologia, Associação de 
Profissionais de Saúde Reprodutiva e outros grupos recomendam que as mulheres que 
sofrem de TPM evitem totalmente a cafeína, particularmente mulheres que sofrem de 
sensibilidade mamária. 
Porém, estudos prospectivos de consumo de cafeína e café e síndrome pré-menstrual 
não encontraram evidências que sugerissem que a ingestão total de cafeína ou o 
consumo de café estivessem associados ao aumento da probabilidade de sintomas 
específicos da TPM, como sensibilidade nos seios, irritabilidade e fadiga, mesmo em 
mulheres que relataram ingestão de café com cafeína. 
Purdue-Smithe, A. C., Manson, J. E., Hankinson, S. E., & Bertone-
Johnson, E. R. (2016). A prospective study of caffeine and coffee intake 
and premenstrual syndrome. The American Journal of Clinical 
Nutrition, 104(2), 499–507.doi:10.3945/ajcn.115.127027 
 
Sugestão: FAÇA UMA AVALIAÇÃO CLÍNICA COM O SEU PACIENTE! 
https://melhorcomsaude.com.br/10-frutas-e-verduras-para-tratar-retencao-de-liquidos/
 
 
VITAMINA E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: Demonstrou ser efetivo em reduzir a gravidade da dor após quatro meses 
do tratamento, em comparação com o grupo placebo. 
Sugere-se que o mecanismo envolvido seja o efeito anti-inflamatório da vitamina E em 
inibir os eicosanoides mediados por ciclo-oxigenases 1 e 2 (COX-1 e COX-2) além de 
suprimir as vias de sinalização de NF-kB. Pode estimular síntese de PTG1 e regulação de 
neurotransmissores. 
JIANG, Q. Natural forms of vitamin E: metabolism, antioxidant, and 
anti-inflammatory activities and their role in disease prevention and 
therapy. Free Radical Biology and Medicine, v. 72, p.76-90, 2014 
Fonte de Vitamina E: 
GERME DE TRIGO: magnésio, zinco, cálcio, selênio, sódio, potássio, fósforo, 
cromo, antioxidantes, incluindo betacaroteno (para vitamina A), vitamina E, 
vitamina C, vitamina B12, vitamina B6, tiamina, riboflavina, niacina, ácido 
fólico, ferro, aminoácidos e enzimas, e tem um alto valor dietético e 
medicinal. 
O ferro no germe de trigo é um cofator necessário para o triptofano 
hidroxilase.Além disso, o papel do ferro tem sido relatado no metabolismo da 
serotonina e do GABA. Os sintomas da deficiência de ferro incluem depressão, distúrbio 
Mulheres iranianas que 
sofriam de mastalgia 
200mg de vitamina E, 
duas vezes ao dia 
 
 
 
de atividade física e problemas cognitivos, e a relação entre o recebimento de ferro e a 
redução dos sintomas da TPM tem sido relatada. 
ATAOLLAHI, Maryam et al. The effect of wheat germ extract 
on premenstrual syndrome symptoms. Iranian journal of 
pharmaceutical research: IJPR, v. 14, n. 1, p. 159, 2015. 
 
Ensaio clínico triplo-cego 
 
 
Dois meses consecutivos, cápsulas de 400 mg de extrato de germe 
de trigo ou placebo foram usadas três vezes ao dia, do dia 16 até o 
dia 5 do próximo ciclo menstrual. 
 
 
Resultados: O germe de trigo reduziu significativamente os sintomas físicos (63,56%), 
os sintomas psicológicos (66,30%) e o escore geral (64,99%). 
 
 
 
 
 
DESCONFORTO INTESTINAL 
 
“Estudos já apontam que mulheres que possuem Síndrome do 
Intestino Irritável (SII) tendem a ter piora das intolerâncias durante o 
período da SPM. Tanto a SII-D (com diarreia) ou SII-C (com 
constipação) ” 
 
Resultados: Uma revisão de estudos publicada em 2015 concluiu que as flutuações 
hormonais (especialmente estrogênio e progesterona) em mulheres em idade 
reprodutiva influenciam a função gastrointestinal (GI). 
 
Progesterona e motilidade intestinal 
O musculo do cólon tem receptores de progesterona. Quando ela cai, estimula a 
motilidade intestinal. 
Por isso, mulheres que usam remédios anticoncepcionais com progestógenos (Ex. DIU) 
tendem a ter piora da constipação intestinal. Alterando a função motora do cólon, tendo 
sintomas como: constipação, inchaço e exacerbação dos sintomas intestinais. 
As prostaglandinas 2 (PTG 2) geram relaxamento da musculatura lisa, gerando uma 
diminuição da contração e com isso levando a constipação pré-menstrual. 
Mulak, A. (2014). Sex hormones in the modulation of irritable bowel 
syndrome. World Journal of Gastroenterology, 20(10), 
2433.doi:10.3748/wjg. v20.i10.2433 
 
 
 
Estratégias para melhorar a constipação: 
 
 Avaliar a retirada de leite e derivados; 
 
Lactose: fermenta mais nesse período 
Betacaseomorfina 7: opioide derivada da 
Betacaseína A1, causa inibição da motilidade 
intestinal, que pode levar à constipação e estimular 
a produção de muco através das vias mediadas pelo 
receptor de opiáceos. 
 
 Avaliar a retirada fontes de metano e enxofre, como: ovo cozido, brócolis, couve 
flor, repolho, leguminosas, alho, cebola e entre outros; 
 
Há evidências experimentais e clínicas de que o 
metano provavelmente é capaz de retardar o 
trânsito intestinal, implicando que ele pode ser 
responsável pela constipação. 
 Suplementar probióticos: 
 
Probióticos – 1 a 10 bilhões de UFC: 
 Lactobacillus reuteri 
 Bifidobacterium longum/lactis 
 Bifidobacterium infantis (melhora do humor). 
 
Crowley, ET, Nutrients, 2013, 5, 253-266); (Zoghbi, S., Am. J. 
Physiol. Gastrointest. Liver Physiol., 2006, 290 (6): G1105-13); 
SHAH, Ayesha; MORRISON, Mark; HOLTMANN, Gerald. A 
novel treatment for patients with constipation: Dawn of a 
new age for translational microbiome research? 2018. 
 
 
 
 
 
Suco laxativo Low FODMAPs 
Ingredientes: 
2 colheres (sopa) de sementes de chia deixadas de molho em 200 ml de água de um 
dia para o outro 
1 sachê (5g) de glutamina 
1 cápsula de probiótico* (abrir a cápsula e misturar o conteúdo no suco) 
½ mamão papaia ou 1 fatia de abacaxi 
1 kiwi 
Água e gelo à gosto. 
 
Modo de preparo: 
Bater os ingredientes no liquidificador e consumir 1 vez ao dia. 
 
Glutationa na fase lútea 
 
 Ocorre redução da Glutationa durante o período lúteo, diminuindo a capacidade 
antioxidante e destoxificante. 
 
Por isso, deve-se aumentar o consumo de alimentos antioxidantes, principalmente 
nesse período! 
DRAPER, C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in 
healthy women. Scientific reports, v. 8, n. 1, p. 14568, 2018. 
 
 
 
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP) 
 
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio 
endócrino ginecológico comum, de etiologia 
desconhecida, com prevalência variando de 8,7 a 17,8% em 
mulheres em idade reprodutiva. Evidências sugerem que o 
fenótipo da SOP pode variar amplamente e é mais 
comumente observado no período pós-puberal. Apesar da 
diversidade de fenótipos, as mulheres com SOP são 
caracterizadas por ovários policísticos, anovulação 
crônica, hiperandrogenismo e anormalidades 
gonadotróficas. 
Além das características inerentes à SOP, é comum a 
ocorrência de anormalidades metabólicas e hormonais 
associadas à obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e 
dislipidemia. Uma combinação dessas características leva à SÍNDROME 
METABÓLICA. A variedade de distúrbios metabólicos na SOP pode estar relacionada a 
um maior risco de desenvolver doença cardiovascular. Esse fato pode explicar uma 
predisposição à hipertensão arterial em mulheres que sofrem da síndrome. Embora a 
associação entre alterações na pressão arterial e SOP ainda não tenha sido totalmente 
elucidada, o aumento do risco de estado hipertensivo pode ser explicado pela 
resistência à insulina e pelo hiperandrogenismo, mesmo quando ajustados pela idade, 
índice de massa corpórea e outros parâmetros antropométricos. 
ANDRADE, VICTOR HUGO LOPES DE et al. Current aspects of 
polycystic ovary syndrome: A literature review. Revista da 
Associação Médica Brasileira, v. 62, n. 9, p. 867-871, 2016. 
 
SINAIS E SINTOMAS CARACTERÍSTICOS: 
• Hirsutismo; 
• Acne; 
• Alopecia; 
• Obesidade – Síndrome metabólica; 
 
 
• Dificuldade para perder peso; 
• Oligo ou anovulação: ovários não liberam um óvulo durante um ciclo menstrual (28 
dias); 
• Oligomenorreia ou amenorreia: a ausência da menstruação (por períodos de três a 
seis meses). 
 
DIAGNÓSTICO 
Critérios Diagnósticos de SOP 
PROTOCOLO CRITÉRIO CONDIÇÃO 
NIH (1990) Hiperandrogenismo Clínico e/ou Laboratorial (HA) 
Oligo-amenorreia 
Critérios Ultrassonográficos 
HA e oligo-amenorreia obrigatórios, 
US opcional 
Rotterdam (2003; 
2012) 
Hiperandrogenismo Clínico e/ou Laboratorial (HA) 
Oligo-amenorreia 
Critérios Ultrassonográficos 
Presença de pelo menos 2 dos 3 
critérios, nenhum obrigatório 
AE-PCOS Society 
(2009) 
Hiperandrogenismo Clínico e/ou Laboratorial (HA) 
Oligo-amenorreia 
Critérios Ultrassonográficos 
Obrigatório, HA associado a mais um 
dos 2 critérios, nenhum obrigatório 
HA – hiperandrogenismo; US - ultrassonografia 
 
O mais indicado e usado é o critério de ROTTERDAM (2003; 2012). 
O histórico menstrual de oligo-amenorreia será caracterizado como a ausência de 
menstruação por 90 dias ou mais, ou a ocorrência de menos de 9 ciclos menstruais em 
um ano. 
 
FISOPATOLOGIA 
É muito comum a doença aparecer já na adolescência, evidências mostram que a doença 
pode ter sua origem no ambiente intrauterino, indicando envolvimento 
genético. Alguns estudos demonstraram uma influência definitiva dos polimorfismos 
dos genes da interleucina-6 e interleucina-10, do interferon-c e do fator de crescimento 
transformador-beta1 no desenvolvimento da SOP, embora nenhum padrão claro de 
 
 
herança tenha sido identificado. Outros fatores causais são exposições epigenéticas, 
destacando a associação entre exposição intrauterina e andrógenos maternos e 
fenótipos relacionados à síndrome. Variações étnicas na SOP podem estar associadas a 
fatores ambientais, como condições socioeconômicas e estilo de vida. 
A patogênese da SOP ainda precisa de maior elucidação. No entanto, alguns 
mecanismos fisiopatológicos são conhecidos, por exemplo, alterações na secreção do 
hormônio liberador de gonadotrofinas, defeito na síntese de andrógenos e 
desenvolvimento de resistência à insulina. Uma outra proposta é a perturbação do eixo 
hipotalâmico-hipofisário, resultandona secreção desordenada de gonadotrofinas pelo 
hipotálamo com consequente elevação dos níveis de hormônio luteinizante (LH) e níveis 
normais e/ ou baixos de hormônio folículo-estimulante (FSH). 
ANDRADE, VICTOR HUGO LOPES DE et al. Current aspects of 
polycystic ovary syndrome: A literature review. Revista da 
Associação Médica Brasileira, v. 62, n. 9, p. 867-871, 2016. 
 
ESTÁGIOS PROPOSTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA SOP 
ESTÁGIO 1: A primeira etapa dessa abordagem é examinar a produção de esteroides 
sexuais, particularmente o estradiol, no folículo ovariano. 
 
 
 Ovário secreta hormônios 
 Na embriogênese (barriga da mãe) ocorre o desenvolvimento dos óvulos/ovócitos – 
folículos 
 Folículo é a unidade produtora de hormônios 
 
 
 
O Hipotálamo estimula a hipófise a produzir FSH e LH. Esses hormônios agem nas células 
ovarianas, conhecidas como TECA e GRANULOSA. 
 GRANULOSA: produz estradiol e progesterona sob a estimulação do hormônio 
folículo estimulante (FSH). 
 TECA: desenvolvimento do folículo, ovulação e a produção de androgênio (ex. 
testosterona) sob o estímulo do hormônio luteinizante (LH). 
Duncan, W. C. (2014). A guide to understanding 
polycystic ovary syndrome (PCOS). Journal of Family 
Planning and Reproductive Health Care, 40(3), 217–
225.doi:10.1136/jfprhc-2012-100505 
 
O folículo possui duas camadas de células esteroidogênicas: a camada de células 
externas da teca e a camada de células da granulosa interna, separadas por uma 
membrana basal. São as células da granulosa responsáveis pela síntese e secreção do 
estradiol. Eles fazem isso inicialmente sob o estímulo do hormônio folículo-estimulante 
(FSH) da glândula hipófise anterior, que se liga e ativa seus receptores de FSH. O 
estradiol é um esteroide sexual e todos os esteroides são derivados do colesterol. 
Portanto, o colesterol tem que ser transformado em estradiol por modificação 
enzimática através de uma série de esteroides intermediários. Na via, as células da 
granulosa contêm grandes quantidades de aromatase, mas não expressam proteínas e 
enzimas que são necessárias para a conversão do colesterol em andrógenos e eles não 
podem produzir andrógenos. Como eles não podem sintetizar o substrato de andrógeno 
para fazer o estradiol, as células da granulosa precisam obter andrógeno de outra fonte. 
O androgênio é produzido em células de teca e convertido em estrogênio nas células da 
granulosa. As células de teca produzem androgênio sob estimulação do hormônio 
luteinizante (LH) da glândula hipófise anterior, que ativa seus receptores de LH. Assim, 
para facilitar a secreção de estradiol folicular, a produção de andrógeno e LH a partir de 
células de colesterol e FSH promove a conversão desses andrógenos em estrogênios em 
células da granulosa. 
 
 
Os hormônios são fisiologicamente equilibrados (Figura abaixo). 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO 2: 
O desenvolvimento de um ovário policístico está associado ao 
aumento da exposição aos andrógenos (testosterona), já que 
estes têm seus próprios efeitos no crescimento e 
desenvolvimento folicular. Um ovário policístico contém um 
número aumentado de pequenos folículos antrais que são os 
pequenos folículos cheios de líquido. Eles não são "cistos", pois 
contêm um oócito potencialmente saudável e podem ser 
estimulados a crescer normalmente com FSH administrado 
exogenamente. Os "cistos" ovarianos na SOP são, portanto, 
folículos essencialmente em pausa, com crescimento celular 
reduzido, bem como redução da morte celular (atresia). 
O androgênio inibe o crescimento de folículos antrais maiores, 
mas estimula o crescimento de folículos antrais menores. 
Clinicamente, a morfologia da SOP está associada ao aumento 
dos andrógenos endógenos. E a resposta do ovário ao 
aumento de andrógenos é, portanto, o desenvolvimento de uma morfologia policística 
e inibição do crescimento folicular posterior. Isso resulta em um aumento da incidência 
de anovulação. 
ESTÁGIO 3: 
O terceiro ponto é entender os mecanismos pelos quais o ovário pode ser exposto a 
concentrações locais aumentadas de andrógenos. 
Está claro que as mulheres com SOP têm maior probabilidade de ter concentrações 
basais de LH aumentadas, bem como aumento da amplitude e frequência do pulso de 
LH. E é provável que o desequilíbrio LH: FSH seja algo com o qual nascem mulheres com 
tendência à SOP e que isso cause anovulação. 
Há evidências crescentes de modelos humanos e animais de que a SOP pode ser 
programada pelo aumento da exposição fetal ao andrógeno antes do nascimento. Isso 
pode programar permanentemente o aumento da secreção basal de LH, bem como 
aumentar a quantidade de LH liberada em resposta ao hormônio liberador de 
gonadotrofina (GnRH) e, portanto, a amplitude dos pulsos de LH. Uma maneira pela qual 
 
 
o ovário pode ser exposto a um aumento de androgênio é, portanto, uma razão 
aumentada de LH: FSH, que pode ser programada no período pré-natal. 
ESTÁGIO 4: 
Deve-se entender que há um regulador da biodisponibilidade androgênica. Isso poderia 
ser imaginado como uma "esponja" que pode absorver o excesso de andrógeno, a fim 
de evitar que ele afete o crescimento e o desenvolvimento folicular. Essa “esponja” 
existe na forma de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG), que se liga e inibe 
os andrógenos e, em menor grau, os estrogênios. 
Se essa esponja for pequena, não absorverá completamente o excesso de andrógenos, 
podendo haver aumento na biodisponibilidade de andrógenos na presença de 
concentrações normais de LH e se houver um aumento na relação LH: FSH, uma pequena 
esponja aumentaria a exposição aumentada de andrógenos. 
A SHBG está inversamente relacionada ao peso. Ou seja, a medida 
em que o peso aumenta, o SHBG da mulher diminui e a 
disponibilidade de andrógenos irá, portanto, aumentar levando a 
piora do quadro da SOP. 
O peso é, portanto, um controlador da ação do LH no ovário e, 
portanto, os efeitos do LH serão exagerados pela obesidade 
 
ESTÁGIO 5: 
Deve-se focar na regulação molecular da síntese de androgênio dependente de LH pelas 
células da teca. A chave aqui é imaginar o efeito que um multiplicador de ação de LH 
teria no nível da célula teca. A presença de um multiplicador aumentaria a produção de 
androgênio para uma dada concentração de LH. Isso significa que o androgênio ovariano 
pode ser aumentado na presença de concentrações normais de LH. 
Esse multiplicador é a insulina, que é um cofator que aumenta a secreção de androgênio 
induzida por LH. Na presença de resistência à insulina periférica (RI) são necessárias 
concentrações aumentadas de insulina para promover a captação de glicose em tecidos 
com um papel metabólico chave, como músculo e gordura. Embora estes possam ser 
resistentes aos efeitos metabólicos da insulina, o ovário permanecerá sensível aos 
 
 
efeitos da insulina. A hiperinsulinemia associada à RI, portanto, 
significa que mais androgênio será produzido no ovário. 
À medida que a RI se agrava e as concentrações de insulina 
aumentam, os andrógenos ovarianos aumentam e a SOP piora. 
E se ocorrer ao contrário, a SOP melhorará. 
 
ESTÁGIO 6: 
Esse último congrega as informações obtidas nos cinco primeiros estágios. 
O grau de manifestação da SOP pode ser modificado tanto pelo aumento do peso e 
quanto pelo fator da resistência à insulina. E há um ciclo vicioso onde à medida em que 
o peso aumenta, a RI aumenta e os níveis circulantes de insulina aumentam. E a insulina 
em si pode inibir a síntese de SHBG hepática. 
Há, portanto, três impulsionadores para o aumento da produção de andrógenos 
ovarianos: aumento de LH, hiperinsulinemia e aumento de peso. Mulheres magras com 
SOP têm mais elevação do que mulheres obesas com SOP. Enquanto algumas mulheres 
com SOP têm principalmente uma alta relação LH: FSH, algumas são principalmente 
resistentes à insulina e algumas têm um grande problema de peso. A consequênciacomum é o aumento de andrógenos que resulta em SOP. Na realidade, a maioria das 
mulheres com SOP terá cada um desses fatores em diferentes graus. 
Duncan, W. C. (2014). A guide to understanding 
polycystic ovary syndrome (PCOS). Journal of Family 
Planning and Reproductive Health Care, 40(3), 217–
225.doi:10.1136/jfprhc-2012-100505 
Estima-se que entre 50 e 90% das mulheres com SOP manifestem resistência à 
insulina. 
 
RESISTÊNCIA À INSULINA 
Estima-se que entre 50 e 90% das mulheres com SOP manifestem resistência à insulina. 
Como uma resposta compensatória à resistência à insulina, desenvolve-se 
hiperinsulinemia que, por sua vez, interage sinergicamente com o hormônio luteinizante 
 
 
(LH) nas células da teca. Levando a ativação de uma enzima chave na biossíntese de 
andrógenos ovarianos: aumentando a geração e liberação de andrógenos, piorando a 
SOP. 
 
RESUMINDO... 
Visão geral da resistência periférica à insulina em SOP: 
DHEA= dehidroepiandrosterona 
 
BARBER, T. M. et al. Polycystic ovary syndrome: insight into 
pathogenesis and a common association with insulin 
resistance. Clinical Medicine, [s.l.], v. 15, n. 6, p.72-76, 1 dez. 2015 
 
 
Resistência à insulina
Hiperinsulinemia
Dislipidemia
Mudanças no 
colesterol e 
metabolismo
Fígado
↓ SHBG
↑ testosterona livre
Disglicemia
↓ transporte de 
glicose
Hipófise
↑ amplitude do pulso 
de LH
Ovário
↑ testosterona
↑ androstenediona
Ovário 
Adrenal
↑ atividade 
P450c17α
Adrenal
↑ DHEA
Andrógenos 
aumentados
SÍNDROME DO 
OVÁRIO POLICÍSTICO
Fatores de risco para 
Resistência à Insulina: 
 Obesidade abdominal; 
 História familiar de 
Diabetes tipo 2; 
 Predisposição genética; 
 Envelhecimento; 
 Drogas (ex. esteroides); 
 Estilo de vida. 
 
 
ESTRATÉGIAS 
O indicado é melhorar sensibilidade à insulina desse paciente, por meio: 
 Perda de peso; 
 Terapia medicamentosa; 
 Manejo dietético. 
 
Irá melhorar as características reprodutivas, hiperandrogênicas e metabólicas 
envolvidas com a SOP. 
 
SINTOMAS DA SOP 
Uns dos sintomas que os pacientes vão apresentar são a acne e hirsutismo, devido a sua 
relação com a enzima 5 alfas redutase, que na unidade pilossebácea e na pele, ela irá 
converter a testosterona em diidrotestosterona (DHT) pela enzima 5α redutase. 
Causando hirsutismo, acne, seborreia e alopecia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O hirsutismo é definido como crescimento excessivo de pelos terminais em áreas andrógeno-
dependente das mulheres. É um dos critérios clínicos mais utilizados para o diagnóstico do 
excesso de andrógeno, sendo observado em 50-80% das pacientes que apresentam 
hiperandrogenismo. 
A acne é uma desordem da unidade pilossebácea, com lesões na face, pescoço, dorso e região 
peitoral. 
A alopecia androgenética na mulher é caracterizada pela perda de cabelo na região central do 
couro cabeludo, com repercussão psicossocial importante. 
A dermatite seborreica é uma inflamação na pele que causa descamação e vermelhidão 
principalmente em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, além de afetar 
couro cabeludo e colo. 
 
 
Formação da acne: 
 
 
MOURA, Heloisa Helena Gonçalves de et al. Síndrome do ovário 
policístico: abordagem dermatológica. An. Bras. Dermatol., Rio de 
Janeiro, v. 86, n. 1, p. 111-119, Feb. 2011. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962011000100015. 
 
IGF-1 
 
Os receptores de insulina estão presentes nos ovários humanos normais e nos 
policísticos. Um outro receptor também presente no ovário, chamado IGF-1, 
compartilha características estruturais e funcionais com o receptor de insulina. E o 
ligante do IGF-1 é sintetizado pelo ovário. 
No entanto, os dímeros α e β do receptor de insulina e IGF-1 podem reunir-se e 
formarem receptores híbridos, que podem ligar a insulina e o IGF-1 com afinidade 
semelhante. 
Assim, algumas ações da insulina no ovário podem ser mediadas pelo IGF-1 ou 
receptores híbridos de insulina- IGF-1. 
A hiperglicemia irá ocasionar: 
 ↑ a concentração circulante de insulina e IGF-1; 
 
 
 ↓proteína ligadora IGF-I do tipo 3 (IGFBP-3); 
 Contribui para ↑ da biodisponibilidade plasmática de IGF-1. 
 
Tanto a insulina quanto o IGF-1 estimulam a síntese de andrógenos ovariano e testicular. 
E esses androgênios ↑ o nível de IGF-1 gera um círculo vicioso que contribui para o ↑ 
da proliferação de sebo. Além disso, esses hormônios inibem a síntese hepática de 
SHBG, e, portanto, ↑ a biodisponibilidade dos andrógenos teciduais circulantes. 
O IGF-1 potencializa a sinalização androgênica pela ativação da 5α-redutase e do 
receptor de androgênio. 
Ocorrendo: 
 
Também promove a proliferação do Propionibacterium acnes e inflamação dérmica, 
aumento ainda mais a acne. 
↑ 
andrógenos 
↑ insulina 
↑ IGF-1 
Ativar a via 
mTORC/SREBP1c 
que ↑ a 
comedogênese e 
a inflamação. 
 
 
HISURTISMO 
O hirsutismo, como já mencionado, é definido como 
crescimento excessivo de pelos terminais em áreas 
andrógeno-dependente das mulheres. Afeta 5-10% das 
mulheres. É um dos critérios clínicos mais utilizados 
para o diagnóstico do excesso de andrógeno, sendo 
observado em 50-80% das pacientes que apresentam 
hiperandrogenismo. 
É resultado do ↑ da produção de andrógenos e/ ou 
aumento da sensibilidade dos folículos pilosos aos 
andrógenos. 
 
 
O que pode transformar o pelo velos em pelos 
terminais em áreas andrógeno-sensíveis da pele 
de maneira irreversível. 
 
 
SAIBA MAIS 
Qual a diferença entre pelo Velus x Terminal? 
 
 
É o pelo que substitui a lanugem após o 
nascimento. É macio, fino (<0,1 mm), curto 
(< 2 cm) e pouco pigmentado. Pode ser 
encontrado normalmente nas faces das 
mulheres ou na área de calvície dos 
homens. 
Velus 
É o pelo que substitui o velos. É mais 
comprido (> 2cm), mais grosso (até 0,6 
mm), pigmentado, visível e medulado. 
Encontrado nas axilas, regiões pubianas, 
pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode 
e cabelos do couro cabeludo. 
Terminal 
 
 
A presença é determinada pelo Sistema de Pontuação Ferriman-Gallwey modificado 
para o hirsutismo. 
Cada uma das nove áreas do corpo é classificada como: 
0 (ausência de pelos terminais) a 4 (crescimento extensivo de pelos terminais) os 
números em cada área são adicionados para obter a pontuação total. 
Uma pontuação ≥ 6 – 8 geralmente define o hirsutismo. 
Yildiz, B. O. (2008). Assessment, diagnosis and treatment of a 
patient with hirsutism. Nature Clinical Practice Endocrinology 
& Metabolism, 4(5), 294–300.doi:10.1038/ncpendmet0789 
 
 
 
 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
*Na SOP normalmente a relação LH/FSH é maior que 3 
 
Resumindo... 
 
 Pacientes com SOP apresentam altos níveis de andrógenos, IGF-1 e baixa 
concentração de SHBG. 
 Tanto a insulina quanto o IGF-1 estimulam a síntese de andrógenos ovariano. 
 O ↑ da insulina provoca queda na síntese hepática de SHBG levando ao aumento 
da testosterona livre, provocando com isso hiperandrogenismo. 
 Os níveis de andrógeno podem ser minimizados pela diminuição da RI, seja pela 
perda de peso, seja pelo uso de medicamentos associado ao manejo dietético. 
 
 
Glicemia em jejum Insulina em jejum TGL
HDL LDL Vit. D
Colesterol total LH e FSH*
Hormonais: DHEA, 
testosterona, 17-
hidroxiprogesterona 
 
 
MANEJO DIETÉTICO 
Passo 1: Manejo Dietético 
Exemplos: 
 Fazer o controle de CG e IG; 
 Low Carb; 
 Mediterrânea; 
 Outras estratégias. 
 
Artigos que correlacionam a SOP com tratamento dietético: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA; 17% energia) ou pobres em carboidratos (baixa 
CHO; 43% energia 
Dieta de Baixo CHO, que era relativamente baixa em carboidratos (43%) e colesterol, 
rica em fibras e composta por 45% de gordura (18% de gordura monoinsaturada e <8% 
de gordura saturada), melhorou perfil metabólico de mulheres com SOP em 16 dias.Revisão sistemáticas 
 Maior perda de peso para dieta rica em gorduras monoinsaturadas; 
 Melhora da regularidade menstrual em uma dieta de baixo IG; 
 Aumento no índice de andrógeno livre associado a uma dieta rica em CHO; 
 Maiores reduções na RI, fibrinogênio, LDL e colesterol total associados a uma deita 
de baixo teor de CHO ou baixo IG. 
 
 
 
 
 
 
Dieta pobre em gordura: 55% de CHO, 18% de PTN e 27% LIP 
Dieta pobre em carboidratos: 41% de CHO, 19 % de PTN e 40% de LIP 
 
 ↓ da insulina e glicemia em jejum; 
 ↑ da sensibilidade à insulina; 
 Melhora da resposta “dinâmica” de células Beta pancreáticas; 
 Perderam tanto tecido adiposo intra-abdominal; Gordura intermuscular; 
 Tecido adiposo intra-abdominal foi positivamente associado com a mudança no TNF-
alfa (um marcador da inflamação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
60% de CHO; 15% de PTN e 25% de LIP 
40% de CHO; 15% de PTN e 45% de LIP (<7% de gordura sat), 200mg de colesterol e 
20g de fibras. 
 
 ↓ concentração de insulina durante o dia todo na dieta baixa em CHO e maior em 
gordura; 
 Mudanças benéficas no perfil lipídico também foram observadas. 
 
 
 
Comparar uma dieta de baixo índice glicêmico com uma dieta com índice glicêmico 
normal 
 24,6% (14/57) dos ciclos foram ovulatórios na dieta de baixo IG; 
 Apenas 7,4% (4/54) dos ciclos foram ovulatórios (p = 0,014) na dieta de IG normal; 
 Pode estar relacionada a uma diminuição nos níveis séricos de andrógenos 
circulantes, secundária a uma melhora na resistência à insulina. 
 
 
 
 
O excesso de glicose nas células mononucleares (MNC) gera um grande número de metabólitos 
oxidados em mitocôndrias, levando a um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio 
(EROs). As ERO podem atuar como um potencial ativador de receptores Toll-like (TLR), mediando 
a ativação e expressão de NF-κB, uma família de fatores de transcrição que controlam a 
apoptose e expressão de citocinas pró-inflamatórias, com liberação aumentada de citocinas pró-
inflamatórias na corrente sanguínea. As citocinas pró-inflamatórias estimulam o fígado a 
produzir uma variedade de proteínas conhecidas como reagentes de fase aguda, incluindo os 
níveis de proteína C-reativa (PCR). A inflamação, quando presente na síndrome dos ovários 
policísticos (SOP), contribui para o desenvolvimento de resistência à insulina e hiperinsulinemia 
compensatória, embora com peculiaridades diferentes, ligadas à contribuição fundamental do 
hiperandrogenismo, uma das características marcantes da SOP. Por sua vez, a hiperinsulinemia 
e o hiperandrogenismo atuam como promotores da inflamação na SOP. Por outro lado, a 
inflamação induzida por nutrientes, por si só, poderia estimular a produção de andrógenos 
ovarianos, independente do excesso de adiposidade e da resistência à insulina. Nesse cenário 
complexo, a nutrição pode atuar como um elemento aditivo na representação de um novo 
"quarteto mortal" de fatores de risco metabólicos, juntamente com hiperinsulinemia, 
hiperandrogenismo e inflamação de baixo grau, no ciclo vicioso que opera na fisiopatologia da 
 
 
SOP, onde o hiperandrogenismo pode agir como o progenitor da inflamação induzida por dieta 
na doença. 
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SAIBA MAIS 
Carga e índice glicêmico 
O IG expressa o aumento da glicose no sangue após o consumo de um alimento fonte 
de CHO, comparando com o consumo de um alimento controle, em geral glicose ou pão 
branco, e foi proposto com a finalidade de classificar os alimentos a partir das respostas 
glicêmicas, ou seja, capacidade que o alimento tem de aumentar a glicemia. 
Cálculo: Área da curva glicêmica do alimento / área da curva glicêmica do alimento 
controle x 100 
A CG indica a qualidade e quantidade de CHO dentro de uma porção consumida de 
nutrientes pela dieta. Esse parâmetro fornece o resultado do efeito glicêmico da dieta 
como um todo, pois avalia a porção de CHO disponível nos alimentos e o IG. Dessa forma 
fornece uma noção mais real do efeito glicêmico de diferentes porções alimentares. 
Cálculo: porção de CHO disponível x IG /100. 
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MEDITERRÂNEA 
 
A dieta mediterrânea possui efeito benéfico em vários fatores de risco cardiovascular 
relacionados à obesidade. 
 Tolerância à glicose alterada; 
 RI; 
 Função vascular endotelial; 
 Metabolismo lipídico. 
 
Consiste na alta ingestão de: 
 Cereais; 
 
 
 Leguminosas; 
 Nozes; 
 Vegetais e frutas; 
 Gorduras fornecidas principalmente pelo azeite de oliva; 
 Consumo moderado de peixe, aves e produtos lácteos; 
 Baixa ingestão de carne vermelha (1x na semana); 
 Baixo consumo de álcool, geralmente na forma de vinho tinto. 
 
Como a SOP é atualmente considerada um estado de risco cardiovascular, a dieta 
mediterrânea pode ter esse feito benéfico para o tratamento da SOP. 
 
 
 
COMO POSSO REDUZIR O IG E A CG DA DIETA? 
 
 
 
FIBRAS 
Existem dois tipos de fibras: solúveis e as insolúveis 
 
Fibras solúveis: 
 Maior impacto na resposta glicêmica; 
 Aumentam a viscosidade do bolo alimentar; 
 Diminuem a atividade de algumas enzimas digestivas influenciando na taxa de 
digestão e absorção de nutrientes. 
Essa influência está diretamente ligada à glicemia pós-prandial e resposta insulínica, 
redução do colesterol e regulação do apetite. 
 
 
 
Exemplos: farinha de casca de berinjela, farinha de casca de maracujá, casca de maçã e 
laranja (pectina); goma guar (mucilagens); Psyllium; farelo de aveia e cevada (beta-
glucana). 
 
AMIDO RESISTENTE 
Existe muito interesse no papel fisiológico dos amidos resistentes, que dizem ser 
similar ao das fibras 
 ↓ concentrações séricas de triglicerídeos e colesterol - mediados pelo ↑ da 
secreção de ácidos biliares, ↓ na absorção de colesterol e ↑ na expressão do 
receptor de LDL hepático. 
 Associado ao melhor controle da glicose e como prebiótico. 
 
Exemplos: grãos, farinhas e leguminosas. 
 
Outros alimentos e chás que podem modular a resposta glicêmica: 
 Vinagre de maçã; 
 Canela; 
 Chá verde; 
 Sementes de chia; 
 Biomassa de banana verde. 
 
Incluir gorduras mono e poli-insaturadas: 
 Abacate; 
 Óleo de abacate; 
 Óleo de gergelim; 
 Azeite de Oliva; 
 Óleo de macadâmia; 
 Óleo de semente de Uva; 
 Oleaginosas (Noz, noz-pecan, castanhas, amêndoas, pistache, macadâmia, linhaça, 
chia, semente de abóbora, azeitonas, sementes de girassol). 
 
 
 
DICAS PARA ESCOLHER UMA ESTRATÉGIA 
 
Se o paciente apresentar: 
SOP + RI  Low carb do tipo mediterrânea. 
 
Se o paciente apresentar: 
SOP + RI alta  Cetogênica por 15 dias e uma manutenção com a Low Carb. 
 
Se o paciente apresentar: 
SOP sem RI (HOMA IR 1.5 a 2.0)  Mediterrânea. 
 
 
SAIBA MAIS 
Confira no material de apoio exemplo de plano alimentar 
 
 
 
Passo 2: suplementação adequada. 
 
A suplementação deve ser feita após uma avaliação correta dos exames do paciente, 
após analisar seu recordatório, sinais e sintomas para suplementar somente se for 
necessário. 
 
 
 
 
 
MIOINOSITOL 
Alimentos com maior concentração de mioinositol: frutas, feijões, milho e nozes. 
Inositol foi definido no passado como "açúcar miometrial", no entanto, não é uma 
substância pertencente ao grupo de carboidratos. 
Porém definir o inositol como uma vitamina B também está sendo discutido de forma 
controversa, pois o inositol não é uma substância essencial e pode ser produzido em 
células humanas a partir da glicose. 
De fato, vários estudos provaram que a molécula de inositol está diretamente envolvida 
na sinalização celular da insulina. 
Em relação à SOP, vários estudos mostraram que a deficiência de inositol nos 
inositolfosfoglicano (IPG) é responsável pela resistência à insulina. E foi demonstrado 
que a administração deD-chiro-inositol (convertido intracelularmente a partir de mio-
inositol) reduz a resistência à insulina. 
Regidor, P.-A., Schindler, A. E., Lesoine, B., & Druckman, R. 
(2018). Management of women with PCOS using myo-inositol and folic acid. 
New clinical data and review of the literature. Hormone Molecular Biology and 
Clinical Investigation, 0(0). Doi:10.1515/hmbci-2017-0067 
 
 
 
 
 
 
Meta-análise para avaliar a eficácia e segurança do mioinositol para pacientes com SOP. 
 
 
 
 
 
Resultados: verificaram que pode melhorar a RI (melhora o índice HOMA e 
hiperinsulinemia) e ter um certo efeito no eixo hipotalâmico-pituitário-ovariano (↑ 
estradiol e SHBG e ↓ o LH). 
 
Conclusão: 
O mioinositol pode ser recomendado para o tratamento de SOP com RI, para melhorar 
os sintomas causados pela diminuição do estrogênio na SOP. 
Mas os estudos clínicos atuais têm limitações: 
 Inclui pequenos tamanhos de amostra; 
 Curta duração. 
 
Necessários mais estudos. 
 
Dica de formulação: 
 
 
 
 
 
VITAMINA D 
 
O status da vitamina D é um dos fatores nutricionais está relacionado à SOP. 
Doses de 500mg a 2g 
x controle 
Mioinositol – 500mg a 1g 
 
Utilizar por 30 dias e 
reavaliar 
 
 
Mulheres com SOP particularmente obesas têm uma alta prevalência de deficiência de 
vitamina D, porque a vitamina D é lipossolúvel e seu acúmulo de tecido adiposo em 
pessoas obesas reduz sua biodisponibilidade. 
 
 
Muitos estudos indicaram que concentrações insuficientes de 25 (OH) D circulante estão 
associadas à: 
 Hiperandrogenismo; 
 Síndrome metabólica; 
 RI; 
 ↑ do IMC; 
 ↑ percentual de gordura corporal e circunferência da cintura. 
 
Os receptores da vitamina D (VDR) estão expressos em vários tecidos humanos, como o 
esqueleto, glândulas paratireoides e os ovários. Distúrbios nos efeitos da atividade da 
VDR sobre o hormônio luteinizante (LH), concentrações de SHBG, níveis de testosterona, 
RI e níveis séricos de insulina podem ser notados como a etiologia da SOP. 
Tanto a suplementação de vitamina D quanto a dieta para perda de peso são 
potencialmente benéficas para o hiperandrogenismo. 
JAFARI-SFIDVAJANI, S. et al. The effect of vitamin D supplementation in combination 
with low-calorie diet on anthropometric indices and androgen hormones in women with 
polycystic ovary syndrome: a double-blind, randomized, placebo-controlled 
trial. Journal Of Endocrinological Investigation, [s.l.], v. 41, n. 5, p.597-607, 6 nov. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: A suplementação de vitamina D (4 000 UI), comparada com a vitamina D (1000 UI) 
e placebo, levou à: 
 ↓ da glicose em jejum; 
 ↓ das [] séricas de insulina e HOMA-IR; 
 ↓ triglicerídeos, VLDL, LDL e relação colesterol total/ HDL. 
 
No geral, a suplementação de vitamina D na dose de 4.000 UI teve efeitos benéficos do 
metabolismo da glicose e perfis lipídicos em comparação com 1.000 UI / dia de vitamina 
D e grupos placebo. 
 
 
 
COMO PRESCREVER A VITAMINA D? 
 
 
 
1) Analise o nível sérico por meio de exame 25(OH) D 
2) Se abaixo de 30ng/ ml, está insuficiente. O valor ótimo é entre 40-45 a 75ng/ ml. 
 
Hipóteses para uma baixa vitamina D: 
3 grupos suplementados com vitamina D 
1) 4000UI (n= 30) 
2) 1000UI (n= 30) 
3) Placebo (n= 30) 
 
Durante 12 semanas 
 
 
 Baixa exposição ao sol; 
 Fototipo de pele (pessoas afrodescendentes e morenas possuem maior dificuldade 
de converter a vitamina); 
 Obesidade (tecido adiposo "sequestra" a vitamina); 
 Doenças autoimunes; 
 Envelhecimento; 
 Polimorfismos genéticos. 
 
3) Quanto suplementar: 
 
 A cada 1000 UI de vitamina D suplementada diariamente, em 8 semanas é esperado 
um aumento sérico de 6 a 10ng / mL; 
 Então, se você deseja aumentar o nível sérico de 25 para 40, por exemplo, você vai 
precisar de no mínimo 1500 UI por dia; 
 Esse cálculo pode não dar certo, pois há pessoas que necessitam de doses maiores 
de vitamina D devido às características genéticas. 
4) Se a vitamina for manipulada, solicite sempre em base oleosa. 
Se não for manipulada, consuma com uma fonte de gordura, pois ela atuará como 
transportador da vitamina. Pode ser prescrita na forma de vitamina D2 ou D3. 
5) A dose máxima que o nutricionista pode prescrever é de 2000UI/dia 
Doses superiores são liberadas para médicos e farmacêuticos. 
6) Conversão de unidades: 1 micrograma (mcg) de Vitamina D3 é equivalente a 
aproximadamente 40 UI. 
 
A vitamina do suplemento já está na forma ativa. Não precisará da exposição ao sol 
para "ativá-la". 
 
 
 
A suplementação de vit. D é na 
forma de 1,25dihidroxi D3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitamina D 
Dose usual 200UI 
Dose mínima 800UI 
Dose máxima 2000UI 
 
 
 
 
 
 
Exame bioquímico: deve-se solicitar a 25hidroxi D (a mais circulante 
com meia vida de 3 semanas); se ela estiver baixa deve-se suplementar 
a 1,25dihidroxi D3 
 
Segundo a Instrução normativa n° 28 de julho de 2018: 2000UI 
 
A intoxicação pode ocorrer em níveis séricos maiores de 372nmol/L de 25-OHD e resulta 
em hipercalcemia, favorecendo o depósito de cálcio em tecidos moles como rins, 
artérias, coração, ouvido e pulmões. Sinais de toxicidade incluem: enxaqueca, fraqueza, 
náusea, vômitos e obstipação. 
 
 
A solicitação do exame: 25hidroxi D3 - a mais 
circulante com meia vida de 3 semanas. 
Vitamina D – Prática clínica 
 
 
 
 
DEVO ASSOCIAR A VITAMINA D COM CÁCIO E 
VITAMINA K? 
 
 
 
 
 
 
 
Randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: a co-suplementação de cálcio com vitamina DK resultou: 
 ↓ da testosterona livre de soro e DHEAS; 
 ↑ significativo na capacidade antioxidante total no plasma (TAC); 
 Diferença significativa nas concentrações plasmáticas de malondialdeído (MDA); 
 A tendência para uma maior ↓ no hormônio LH. 
Os participantes foram alocados aleatoriamente 
em dois grupos para ingerirem 
 200 UI de vitamina D + 90 μg de vitamina K + 
500 mg de cálcio (n = 30) 
 ou placebo (n = 30) 
 
Duas vezes ao dia por 8 semanas 
 
 
 
Podendo ser interessante a suplementação para mulheres com SOP 
 
Vitamina K 
Dose usual 1mg 
Dose mínima 1mg 
Dose máxima 25mg 
 
 
Por apresentar efeitos coagulantes, o uso por indivíduos submetidos a 
tratamentos anticoagulantes, visando a prevenção de trombos, deve ser 
evitado, isso por que o uso em excesso de vitamina K pode induzir a 
agregação plaquetária e favorecer a formação de trombos. 
 
 
 
Cálcio 
Dose usual 100mg 
Dose mínima 500mg 
Dose máxima 1500mg 
 
 
A suplementação de cálcio sem a suplementação de vitamina D tem sido 
associada a incidência de infarto do miocárdio. 
Por isso deve-se ter atenção e nunca fazer a suplementação de cálcio de forma isolada. 
 
 
 
 
 
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SAIBA MAIS 
Malondialdeído 
 
 Os produtos da peroxidação lipídica, como o 
malondialdeído (MDA, C3H4O2), podem ser utilizados 
como indicadores da ação dos radicais livres no organismo, 
ele possui ação citotóxica e genotóxica, encontrando-se 
em níveis elevados em algumas patologias associadas ao 
estresse oxidativo. A quantificação de MDA nos sistemas 
biológicos é um parâmetro importante para avaliação do estresse oxidativo celular. 
 
ANTUNES, Marina Venzon et al. Estudo pré-analítico e de validação para 
determinação de malondialdeído em plasma humano por cromatografia líquida 
de alta eficiência, após derivatização com 2, 4-dinitrofenilhidrazina. Revista 
Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n. 2, p. 279-287, 2008. 
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CÁLCIO 
 
Randomizado, duplo cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
Resultados: O co-suplementode cálcio-vitamina D resultou em níveis mais elevados de 
cálcio sérico e vitamina D em comparação com outros grupos. ↓ níveis séricos de 
insulina e HOMA-IR. ↑ índice quantitativo de verificação da sensibilidade à insulina 
(QUICKI). ↓ significativa nos níveis séricos de triglicerídeos e VLDL-colesterol. Não teve 
efeitos significativos nos níveis de glicemia total, colesterol total, LDL, HDL e colesterol 
não-HDL. 
 
 
 
 
 
Exame bioquímico: cálcio iônico. 
 
Segundo a Instrução normativa n° 28 de julho de 2018: 1534,67mg 
 
 
 
O excesso de cálcio pode provocar calcificação vascular e aumentar o risco 
de mortalidade para DCV. Pode ocasionar nefrolitíase, síndrome da 
Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos para receber: 
1) 1000 mg / d de cálcio + placebo de vitamina D; 
2) 50.000 UI / semana vitamina D + placebo de cálcio; 
3) 1000 mg de cálcio /d + 50.000 UI / semana de vitamina D; 
4) Placebo de cálcio + placebo de vitamina D; 
Durante 8 semanas. 
 
Cálcio – Prática clínica 
Biodisponível: cálcio quelato 
 
 
hipercalcemia e insuficiência renal com ou sem alcalose. Atenção a interação entre ferro 
e zinco. 
 
 
ZINCO 
A administração de zinco é proposta para melhorar as características clínicas e 
bioquímicas dos pacientes com SOP. Pois ele está envolvido como um elemento básico 
para muitas funções vitais, incluindo fertilidade e reprodução, inflamação e estresse 
oxidativo. 
O zinco é um nutriente essencial, sendo componentes de muitas enzimas; ele está 
envolvido na síntese, armazenamento e liberação de insulina. Tendo efeito benéfico 
sobre os resultados endócrinos, biomarcadores de inflamação e estresse oxidativo. 
 
A deficiência de zinco pode ser um fator predisponente para: 
 RI; 
 Tolerância à glicose diminuída; 
 ↑ do perfil lipídico; 
 Diabetes mellitus; 
 Aterosclerose e DCV; 
 Podendo também promover os mecanismos subjacentes e características 
metabólicas da SOP, causando RI, diminuindo a capacidade antioxidante e induzindo 
a apoptose. 
 
 
(JAMILIAN, Mehri et al. Effects of Zinc Supplementation on Endocrine 
Outcomes in Women with Polycystic Ovary Syndrome: a Randomized, Double-
Blind, Placebo-Controlled Trial. Biological Trace Element Research, [s.l.], v. 170, 
n. 2, p.271-278, 28 ago. 2015). 
(Foroozanfard, F., Jamilian, M., Jafari, Z., Khassaf, A., Hosseini, A., Khorammian, 
H., & Asemi, Z. (2015). Effects of Zinc Supplementation on Markers of Insulin 
Resistance and Lipid Profiles in Women with Polycystic Ovary Syndrome: a 
Randomized, Double-blind, Placebo-controlled Trial. Experimental and Clinical 
Endocrinology & Diabetes, 123(04), 215–220. Doi:10.1055/s-0035-1548790). 
 
 
 
Mas como o ZN pode contribuir para a melhora da RI? 
 
 
1 - Este mineral estimula a fosforilação da subunidade β do receptor de insulina e promove a 
ativação de fosfatidilinositol 3 quinase e proteína quinase B ou Akt, aumentando assim o 
transporte de glicose para dentro das células. 
2 - Autores demonstraram a presença de sítios de ligação do zinco na proteína tirosina fosfatase 
(PTPase) 1B, uma enzima que regula a ação da insulina, catalisando a desfosforilação da 
subunidade β de seu receptor. Assim, o nutriente desativa esta enzima, aumentando assim a 
fosforilação do receptor de insulina. 
3 - O zinco também inibe a ação da fosfatase e do homólogo da tensina (PTEN), uma enzima que 
promove a desfosforilação do fosfatidilinositol 3,4,5-trifosfato (PIP3) e inibe a ativação da via de 
sinalização da proteína Akt. 
4 - Além disso, esse mineral induz diretamente a ação das enzimas fosfatidilinositol 3 quinase e 
proteína Akt. Assim, o zinco promove a translocação de GLUT4 e a subsequente captação de 
glicose pelas células. 
1 
 
 
5- O zinco age sobre os componentes estruturais envolvidos no transporte de glicose e assegura 
sua responsividade à molécula de aminopeptidase regulada por insulina (IRAP), que é necessária 
para manter a concentração de GLUT4 em quantidades adequadas nas células adiposas e 
musculares. 
6 - O zinco estimula a fosforilação do glicogênio sintase quinase 3 (GSK-3) e da proteína O1 
(FoxO1), semelhante à ação da insulina. A fosforilação dos resíduos de serina GSK-3 inibe sua 
ação, favorecendo a desfosforilação e a ativação do glicogênio sintase, envolvida na síntese de 
glicogênio. A fosforilação de FoxO1 induz a translocação do núcleo para o citoplasma e inibe sua 
ação de estimular a expressão de genes gliconeogênicos. Assim, o zinco induz o armazenamento 
de glicose como glicogênio e inibe a produção desse monossacarídeo, contribuindo para a 
homeostase da glicose. 
Cruz, K. J. C., de Oliveira, A. R. S., Morais, J. B. S., Severo, J. S., Mendes, 
P. M. V., de Sousa Melo, S. R., … Marreiro, D. do N. (2018). Zinc and 
Insulin Resistance: Biochemical and Molecular Aspects. Biological 
Trace Element Research.doi:10.1007/s12011-018-1308-z 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 mulheres diagnosticadas com SOP 
Os participantes foram divididos aleatoriamente em 2 grupos para receber 1x 
ao dia durante 8 semanas: 
 220mg de suplementos de sulfato de zinco (contendo 50mg de zinco) (n = 
26) ou 
 Placebo (n = 26) por dia durante 8 semanas. 
 
 
 
Resultados: 
Após 8 semanas de intervenção: 
 ↑ significativamente os níveis séricos de zinco em comparação com o placebo; 
 ↓ da glicemia de jejum; 
 ↓ níveis séricos de insulina; 
 ↓ HOMA-IR; 
 ↓ HOMA-B; 
 ↑ do índice quantitativo de verificação da sensibilidade à insulina (QUICKI) em 
comparação com o placebo; 
 ↓ triglicerídeos séricos; 
 ↓ VLDL. 
 
Conclusão: Em conjunto, a suplementação de 220mg de sulfato de zinco por dia durante 
8 semanas entre mulheres com SOP teve efeitos benéficos nos perfis metabólicos. 
 
 
 
 
 
 
Randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
48 mulheres com SOP: 
 220 mg de sulfato de zinco (contendo 50 mg de zinco) (grupo 
1; n = 24); 
 Ou placebo (grupo 2; n = 24) por 8 semanas. 
 
 
 
 
Resultados: ↓ alopecia, ↓ hirsutismo (escores modificados de Ferriman-Gallwey), ↓ 
níveis plasmáticos de malondialdeído, uma tendência ↓ níveis da proteína C reativa de 
alta sensibilidade (PCR-as) 
Não foi observada mudanças significativas na suplementação de zinco em perfis 
hormonais, citocinas inflamatórias e outros biomarcadores de estresse oxidativo. 
 
ZINCO E ACNE 
O zinco é um micronutriente essencial para o bom funcionamento de vários processos 
no corpo humano. Entre estes, o zinco parece desempenhar um papel em vários 
distúrbios da pele. 
 O Zn auxilia na manutenção da replicação celular adequada, atividade imunológica 
e reparo de feridas; 
 Manutenção da resposta imunológica, preservando a função dos macrófagos e 
neutrófilos e estimulando a atividade das células NK e do complemento; 
 Regulação inflamatória por inibição da produção de IL-6 e TNF-a; 
 Inibição da produção de mediadores inflamatórios, como o óxido nítrico (devido à 
sua presença em grupos protéticos Zn-Cu na SOD); 
 Inibição da expressão do receptor integrina e TLR pelos queratinócitos, agindo assim 
como um agente anti-inflamatório (Nota: P. acnes induz a produção de citocinas 
através de uma via dependente do TLR); 
 Inibição direta da proliferação de P. acnes. 
 Inibição da 5a-redutase, bloqueando assim a conversão da testosterona em 
diidrotesterona (DHT) e suprimindo a atividade das glândulas sebáceas (Nota: DHT 
desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da acne, uma vez que 
estimula a atividade das glândulas sebáceas.) 
 
 
CERVANTES, Jessica et al. The role of zinc in the treatment of acne: A 
review of the literature. Dermatologic Therapy, [s.l.], v. 31, n. 1, p.1-
17, 28 nov. 2017. 
 
 
 
 
ZINCO 
Dose usual 7mg 
Dose mínima 15mg 
Dose máxima 30mg 
 
 
 
 
Exame bioquímico: zinco eritrocitário 
 
Segundo a Instrução normativa n° 28 de julho de 2018:29,59mg 
 
 
 
O excesso de Zn pode induzir a deficiência de cobre, que prejudica o 
metabolismo do Fe, podendo causar anemia e diminuir a atividade da SOD, 
ceruloplasmina e da enzima citocromo C oxidase. 
 
MAGNÉSIO 
 Regula funções fundamentais, como contração muscular, condução neuromuscular, 
controle glicêmico, contração miocárdica e pressão arterial. 
 Ele desempenha um papel vital na produção de energia e no desenvolvimento ósseo. 
 O magnésio é um cofator importante para enzimas envolvidas no metabolismo de 
carboidratos. 
 O magnésio é necessário para a secreção de insulina e a reposição de magnésio em 
pessoas com deficiência de Mg restaura a secreção de insulina. 
 Além disso, a deficiência de magnésio reduz a sensibilidade dos tecidos à insulina e 
em adultos, baixa tolerância à glicose sérica e intracelular e aumento do risco de 
DM2. 
Zinco – Prática clínica 
Biodisponível: zinco quelato 
 
 
Sua deficiência está relacionada a hipertensão, arritmias, pré-eclampsia, RI e diabetes, e DCV, 
inflamação, estresse oxidativo. 
A deficiência de magnésio e vitamina D tem sido cotada como principal fator de risco 
para DCV. 
Sharifi, F., Mazloomi, S., Hajihosseini, R., & Mazloomzadeh, S. 
(2011). Serum magnesium concentrations in polycystic ovary 
syndrome and its association with insulin resistance. Gynecological 
Endocrinology, 28(1), 7–11.doi:10.3109/09513590.2011.579663 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 A co-suplementação de magnésio e zinco ↓ PCR; 
 ↑capacidade antioxidante total (TAC) no plasma significativamente aumentados; 
 ↓ a expressão gênica IL-1; 
60 indivíduos com SOP com idade entre 18 e 40 anos 
Foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: 
 250mg de suplementos de óxido de magnésio mais 
sulfato de zinco (contendo 50mg de zinco) (n= 30) ou 
 Placebo (n= 30) 
 
Duas vezes ao dia por 12 semanas 
 
 
 ↓ TNF-α; 
 Em geral, a suplementação de magnésio e zinco, entre as mulheres com SOP teve 
efeitos benéficos sobre a PCR sérica do soro, TAC e expressão gênica de IL-1 e TNF-
α. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 ↓ hirsutismo; 
 ↓ PCR e malondialdeído plasmático; 
 ↑ significativo no plasma concentração total de capacidade antioxidante; 
 Não encontramos nenhum efeito significante da suplementação de magnésio-zinco-
cálcio-vitamina D no índice de androgênio livre, e outros biomarcadores de 
inflamação e estresse oxidativo; 
 Em geral, a suplementação de magnésio-zinco-cálcio-vitamina D por 12 semanas 
entre mulheres com SOP teve efeitos benéficos 
 
 
Mulheres com SOP randomizadas em dois grupos: 
 100 mg de magnésio, 4mg de zinco, 400mg de cálcio 
mais 200UI de suplementos de vitamina D (n=30) ou 
 Placebo (n= 30) 
 
Duas vezes ao dia por 12 semanas 
 
 
Limitações: 
 Não conseguiram avaliar os efeitos da co-suplementação com magnésio-cálcio-
vitamina D na expressão gênica relacionada à inflamação e ao estresse oxidativo. 
 Também é difícil concluir quando quatro produtos (magnésio-zinco-cálcio-vitamina 
D) estão sendo usados contra o placebo. 
 Portanto, mais estudos são necessários com a suplementação única para cada 
comparação com co-suplementação para determinar os efeitos benéficos de cada 
um sobre os perfis hormonais, biomarcadores de inflamação e estresse oxidativo. 
 
MAGNÉSIO 
Dose usual 100mg 
Dose mínima 250mg 
Dose máxima 700mg 
 
Vários estudos mostraram que pelo menos 300 mg de magnésio devem ser 
suplementados para estabelecer concentrações séricas de magnésio significativamente 
aumentadas. Mostrando que a maioria das pessoas precisam de um adicional de 300 mg 
de magnésio por dia, a fim de reduzir o risco de desenvolver inúmeras doenças crônicas. 
 
 
 
 
 
Exame bioquímico: magnésio eritrocitário 
 
Segundo a Instrução normativa n° 28 de julho de 2018: 350mg 
 
Magnésio – Prática clínica 
Biodisponível: Magnésio Quelato OU dimalato OU L-treonato 
 
 
Atenção em pacientes com insuficiência hepática e em cardíacos 
descompensados, pois o rim, quando tem sua função alterada, perde a 
capacidade de controlar a homeostase de magnésio, podendo ocorrer 
sobrecarga. 
 
COQ10 
É uma benzoquinona lipossolúvel que desempenha um papel antioxidante importante 
na (eliminação ERO e na inibição da oxidação de lipídios). Essa enzima diminui o estresse 
oxidativo e participa do metabolismo endotelial, o que, por sua vez, pode resultar em 
aumento da lipólise dos triglicerídeos. 
Sugerem-se a importância da administração de CoQ10 em indivíduos com SOP. 
SAMIMI, Mansooreh et al. The effects of coenzyme Q10 
supplementation on glucose metabolism and lipid profiles in women 
with polycystic ovary syndrome: a randomized, double-blind, placebo-
controlled trial. Clinical Endocrinology, [s.l.], v. 86, n. 4, p.560-566, 10 
jan. 2017. 
 
 
 
 
 
 
60 mulheres com SOP divididas aleatoriamente em dois grupos: 
 100 mg de suplementos de CoQ10 (n= 30) 
 Placebo (n= 30) 
Uma vez ao dia por 12 semanas 
 Marcadores do metabolismo da insulina e perfil lipídico foram avaliados na 
primeira e 12 semanas após a intervenção. 
 
 
Resultados: 
 ↓ significativamente a glicose plasmática em jejum; 
 ↓ as concentrações séricas de insulina; 
 ↓ HOMA-IR; 
 ↓ HOMA-beta; 
 ↑ o índice quantitativo de verificação da sensibilidade à insulina (QUICK); 
 Além disso, as alterações nas concentrações séricas de colesterol total e LDL nas 
mulheres suplementadas foram significativamente diferentes daquelas das 
mulheres no grupo placebo. 
 Teve efeito benéfico no metabolismo da glicose, níveis séricos de colesterol total e 
LDL, mas não afeitou outros perfis lipídicos. 
 
Isto sugere que a suplementação com CoQ10 pode conferir um potencial terapêutico 
vantajoso para indivíduos com SOP. Mais pesquisas são necessárias em outros pacientes 
e por períodos mais longos para determinar a segurança dessa abordagem suplementar. 
 
Coenzima Q10 
Dose usual 100mg 
Dose mínima 90mg 
Dose máxima 200mg 
 
 
 
 
 
CARNITINA 
A carnitina desempenha um papel importante na perda de peso, tolerância à glucose, 
função da insulina e metabolismo dos ácidos graxos. Alguns estudos relataram que os 
níveis circulantes de L-carnitina livre e total foram significativamente menores em 
mulheres com SOP. 
Sua suplementação indica uma melhoria nos parâmetros da homeostase da glicose, 
particularmente durante um estado de RI. 
Ubiquinol é a forma mais ativa. 
Recomenda-se suplementar em base lipossolúvel (TCM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 ↓ significativa no peso, IMC, circunferência da cintura (CC) e circunferência do 
quadril (HC) em comparação com placebo. 
 ↓ significativa na glicose plasmática em jejum, 
 ↓ nos níveis séricos de insulina, 
 ↓ HOMA IR e DHEA. 
 No entanto, não afetou os perfis lipídicos ou a testosterona livre. 
 
 
 
 
60 mulheres com SOP divididas randomizadas em dois grupos: 
 250 mg de suplementos de carnitina (n= 30) ou 
 Placebo (n= 30) 
Por 2 semanas 
 
 
 
 
Concluíram que como um todo, os resultados deste estudo de revisão sistemática 
mostraram que a carnitina pode levar à perda de peso e melhorar o status glicêmico, 
e pode reduzir a RI em pacientes com SOP. 
No entanto, os efeitos da carnitina no perfil lipídico foram contraditórios. 
Ela possui efeito na melhora da função dos folículos e o tamanho das células do ovário, 
mas não tem efeito significativo sobre os hormônios sexuais. 
Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos exatos dos efeitos da 
carnitina em pacientes com SOP. 
 
CARNITINA 
Dose usual 1g 
Dose mínima 500mg 
Dose máxima 2g 
 
ÔMEGA 3 
Estudos têm mostrado que os distúrbios metabólicos em pacientes com SOP podem ser 
melhorados pela intervenção de fatores dietéticos, como alimentos anti-inflamatórios. 
Entre os fatores dietéticos, os ácidos graxos ômega-3 desempenham um papel 
importante na regulação imunológica,na sensibilidade à insulina, na diferenciação 
celular e na ovulação. Podendo ser usado para melhorar a desordem da foliculogênese 
causada por estresse oxidativo excessivo e a hiperinsulinemia em mulheres com SOP. 
 
 
 
A suplementação de ácidos graxos ômega-3 também tem efeito benéfico sobre alguns 
fatores de risco cardiometabólico em mulheres com SOP, o que é conseguido através 
da: 
 Redução da síntese de prostaglandinas pela inibição competitiva da ciclooxigenase 
2 (COX-2); 
 Aumento da atividade de enzimas antioxidantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão sistemática e meta-análise fornecem evidências de que o ácido graxo ômega-3 
pode ser um novo medicamento para pacientes com SOP. 
E com base nas evidências atuais, o ômega 3 pode ser recomendado para o tratamento 
de SOP com resistência à insulina, bem como altos níveis de CT (especialmente LDL-C) e 
TG. 
No entanto, os estudos controlados, randomizados, atuais têm limitações, incluindo 
pequenos tamanhos de amostra e curta duração. 
 
 
 
 
Estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
Resultados: 
 ↓ significativa da insulina; 
 ↓ HOMA IR; 
 ↓ HOMA Beta; 
 ↑ significativo QUICK; 
 ↓ significativas na testosterona sérica total e testosterona livre; 
 Não observamos efeito significativo sobre a glicose plasmática em jejum e outros 
efeitos hormonais. 
 
68 mulheres com SOP divididas em dois grupos: 
 1g de ômega-3 do óleo de linhaça contendo 400mg de ácido α-linolênico + 
400UI de vitamina E (n= 34) ou 
 Placebo (n= 30) 
Durante 12 semanas 
 
 
 
Randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 Melhora significativa no Inventário de Depressão de Beck, questionário geral de 
saúde e escala de ansiedade e estresse depressivos; 
 ↓significativamente os níveis séricos de insulina; 
 ↓ HOMA IR; 
 ↓ testosterona total; 
 ↓ hirsutismo; 
 ↑ QUICK; 
 ↓ PCR; 
 ↓ malondialdeído; 
 ↑ glutationa total no plasma. 
 
 
 
 
60 mulheres com SOP divididas em dois grupos: 
 1g de ômega-3 do óleo de peixe ômega 3 contendo 400mg de ácido α-
linolênico + 400UI de vitamina E (n= 34) ou 
 Placebo (n= 30) 
Durante 12 semanas após o almoço 
 
 
 
Ômega 3 
Dose usual 3g 
Dose mínima 1g 
Dose máxima 6g 
 
QUERCETINA 
 
A quercetina é um flavonoide, um composto natural bem reconhecido com funções 
antioxidantes e anti-inflamatórias. Efeitos benéficos na síndrome metabólica, 
inflamação, obesidade, diabetes e resistência à insulina têm sido estudados. 
 Este flavonol é encontrado em alguns alimentos, como maçã, cebola, chá e vinho 
tinto. 
 
 
 
 
 
 
Objetivo: observar o efeito terapêutico da quercetina na RI em um modelo 
de rato SOP e explorar o mecanismo subjacente. 
 
Resultados: 
 ↓ significativamente os níveis de insulina no sangue; 
 ↓ IL-1b, IL-6 e TNF-alfa; 
 ↓ a translocação nuclear de NF-kB da célula granulosa no modelo de rato SOP 
resistente à insulina. 
 
 
 O tratamento inibiu a expressão de genes relacionados à inflamação, a LDL e TLR4, 
no tecido ovariano; 
 Melhorou a RI e demonstrou um efeito terapêutico favorável nos ratos SOP. 
 
Mecanismo: O mecanismo subjacente da quercetina envolve potencialmente a inibição 
da via de sinalização do TLR/ NF-kB e a melhora da resposta inflamatória 
no microambiente do tecido ovariano do modelo de rato SOP. 
 
 
 
Objetivo: Determinar o efeito da quercetina sobre a sensibilidade à insulina mediada 
por adiponectina em pacientes com SOP. 
 
 
 
84 mulheres com SOP distribuídas aleatoriamente em dois grupos: 
 1g de quercetina (duas cápsulas de 500mg) ou 
 Placebo 
 
Durante 12 semanas 
 Além das avaliações antropométricas, os níveis séricos de adiponectina em 
jejum, adiponectina de alto peso molecular (HMW), glicose, insulina, 
testosterona, LH e SHBG também foram medidos no início e no final do estudo. 
 
 
Resultados: 
 ↑ adiponectina; 
 ↓HOMA-IR; 
 ↓ testosterona; 
 ↓ LH; 
 ↓ glicose em jejum; 
 ↓ insulina. 
 
A suplementação oral de quercetina foi eficaz na melhora da RI mediada pela 
adiponectina e do perfil hormonal de mulheres com SOP. 
 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
ADIPONECTINA 
É uma adipocitocina secretada principalmente pelos adipócitos e apresenta efeitos anti-
inflamatórios e ateroprotetores no tecido vascular. Apresenta ainda ação 
sensibilizadora para a insulina nos tecidos musculares esquelético e cardíaco bem como 
no tecido adiposo, com ação importante no controle dos valores glicêmicos e lipídicos. 
PETTO, Jefferson et al. Adiponectin: Characterization, 
Metabolic and Cardiovascular Action. International Journal 
of Cardiovascular Sciences, [s.l.], v. 28, n. 5, p.424-432, 2015. 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
QUERCETINA 
Dose usual 200mg 
Dose mínima 200mg 
Dose máxima 500mg 
 
 
 
 
 
CROMO 
O cromo é um elemento essencial que está envolvido no metabolismo de carboidratos 
e lipídios. 
 
 
1- Aumenta a atividade da subunidade B do receptor de insulina para aumentar a atividade dos 
efetores da cascata PI3K e Akt para aumentar a translocação do GLUT4 para a superfície da 
célula. 
2- Regula negativamente TIROSINA FOSFATASE (PTP-1B), o regulador negativo da sinalização de 
insulina e melhora o estresse do RE nas células 
3- Regulação positiva transitória de AMPK leva ao aumento da captação de glicose 
4- Cromo medeia o efluxo de colesterol das membranas causando translocação do GLUT4 e 
melhorando a captação de glicose. 
 
1 
2 
3 
4 
 
 
 
Estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
Resultados: 
 ↓ significativas nos níveis séricos de insulina; 
 ↓ HOMA IR; 
 ↓ HOMA B e no índice QUICKI em comparação ao placebo; 
 Além disso, foi observada uma tendência a um efeito significativo na diminuição das 
triglicérides séricos, VLDL e colesterol total. 
 
Conclusões: A suplementação de cromo é favorável sobre os marcadores do 
metabolismo da insulina. 
 
 
 
64 mulheres com SOP distribuídas aleatoriamente em dois grupos: 
 200mg de suplementos de picolinato de cromo (n= 32) ou 
 Placebo (n=32) 
 
Durante 8 semanas 
 
 
CROMO 
Dose usual 200g 
Dose mínima 100g 
Dose máxima 1g 
 
 
 
 
 
Segundo a Instrução normativa n° 28 de julho de 2018: 250mg 
 
 
 
A administração de cromo deve ser feita preferencialmente com CHO e os 
horários também são importantes (de manhã tem maior pico de insulina, se 
não houver o consumo com CHO o paciente pode sentir tontura, indisposição 
e até desmaiar). 
 
FOLATO 
A síndrome do ovário policístico é uma das condições associadas a níveis elevados de 
homocisteína. A homocisteína pode causar efeitos citotóxicos no endotélio vascular. 
Sendo um fator de risco para aterosclerose, tromboembolismo, hiperinsulinemia e, 
consequentemente, doença cardiovascular. 
O ácido fólico é um dos suplementos que tem um efeito fisiológico bem conhecido na 
redução da Hcy. Por isso, pode melhorar a função endotelial. 
 
 
 
Cromo – Prática clínica 
Biodisponível: picolinato de cromo 
 
 
Ciclo da homocisteína 
1. Ácido fólico entra na dieta e é convertido, através da MTHFR, em 5-MTHF. 
2. Quando há polimorfismos genéticos, a MTHFR estará alterada e não funcionará da forma 
correta. 
3. A MTHFR depende da vit. B12, Vit. D, colina, betaína e Vit. B6 
4. O 5-MTHF irá metilar a homocisteína em metionina 
5. A metionina irá se transformar em SAME 
6. O SAME pela reação de metilação será responsável por formar DNA, RNA, proteínas, lipídios, 
hormônios… A reação de metilação de DNA é vital para diversos processos patológicos. 
7. Esse ciclo também se correlaciona com o ciclo da Biopterina, o qualé responsável por formar 
vários neurotransmissores (serotonina, dopamina…) 
8. E o SAME participa desse processo. 
9. Estudos já tem mostrado relação com mutação da MTHFR com distúrbios psiquiátricos/ 
psicológicos. 
1 
4 
5 
6 
7 
8 
 
 
A suplementação com Folato, através da ↓ da RI e dos níveis séricos de Hcy, pode ter um 
efeito benéfico em pacientes com SOP. 
Estudos mostram melhora da função do endotélio vascular e à redução da Hcy sérica 
entre as mulheres. 
Amini, L. et al. Antioxidants and management of polycystic ovary 
syndrome in Iran: A systematic review of clinical trials. Iran J Reprod 
Med Vol. 13. No. 1. Pp: 1-8, January 2015 
ASEMI, Zatollah; KARAMALI, Maryam; ESMAILLZADEH, Ahmad. 
Metabolic response to folate supplementation in overweight women 
with polycystic ovary syndrome: A randomized double-blind placebo-
controlled clinical trial. Molecular Nutrition & Food Research, [s.l.], v. 
58, n. 7, p.1465-1473, 15 maio 2014. 
 
Randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
A suplementação de folato (5 mg), em comparação com folato 1 e placebo, resultaram: 
 ↓ da homocisteína no plasma; 
81 mulheres obesas (peso: 65-110kg) com SOP distribuídas 
aleatoriamente em três grupos: 
 Folato-1: 1mg/ dia de suplemento de folato (n= 27); 
 Folato-5: 5mg/ dia de suplemento de Folato (n=27) ou 
 Placebo (n= 27) 
 
Durante 8 semanas 
 
 
 ↓ HOMA IR, e proporção de colesterol total / HDL-C. 
 
Conclusão: 5 mg/ dia de suplementação de folato por 8 semanas entre mulheres com 
SOP tiveram efeitos benéficos nos perfis metabólicos. 
 
 
Randomizado, duplo cego e controlado por placebo 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
A suplementação com 5mg/ d de folato resultou: 
 
69 mulheres com SOP distribuídas aleatoriamente em três grupos: 
 Folato-1: 1mg/ dia de suplemento de folato (n= 23); 
 Folato-5: 5mg/ dia de suplemento de Folato (n=23) ou 
 Placebo (n= 23) 
 
Durante 8 semanas 
 Todos os participantes forneceram três registros dietéticos (um 
dia de final de semana e dois dias de semana) e três registros de 
atividade física 
 
 
 ↓ Hcy; 
 ↓ HOMA-B; 
 ↓ PCR; 
 ↓ MDA em comparação com os grupos folato-1 e placebo; 
 ↑TAC e GSH. 
 
As doses dos estudos são geralmente muito altas. Deve-se ficar atento, 
pois o limite máximo que o nutricionista pode prescrever é de 1mg 
 
FOLATO 
Dose usual 400µg 
Dose mínima 400µg 
Dose máxima 1mg 
 
 
 
 
 
 
Exame bioquímico: ácido fólico 
 
Segundo a Instrução normativa n° 28 de julho de 2018: 614,86mg 
 
 
 
 
 
Magnésio – Prática clínica 
Biodisponível: 5-MTHF 
 
 
Passo 3: modulação intestinal. 
As bactérias intestinais fornecem benefícios ao hospedeiro: 
 Modulação do sistema imunológico; 
 Inibição da colonização do patógeno; 
 Liberação de nutrientes dos alimentos. 
 
A Disbiose intestinal tem sido implicada em muitos estados de doença, incluindo 
diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. 
Estudos demonstram que os níveis de hormônios sexuais exerceram influências 
específicas na composição da microbiota. É interessante explorar o papel da microbiota 
intestinal na SOP, pois o nível de andrógenos nas mulheres com SOP sempre são 
elevados. 
Alguns autores sugerem que a disbiose da microbiota intestinal trazida por uma dieta 
rica em açúcares gordurosos em pacientes com SOP leva a um aumento na 
permeabilidade intestinal. 
O LPS produzido por bactérias gram-negativas atravessa a parede do intestino “leaky 
gut" para a circulação, levando a um estado crônico de inflamação de baixo grau – 
envolvido em vários processos patológicos A ativação do sistema imune interfere no 
receptor de insulina, elevando o nível de insulina, o que aumenta a produção de 
testosterona no ovário levando à SOP. 
GUO, Yanjie et al. Association between Polycystic Ovary 
Syndrome and Gut Microbiota. Plos One, [s.l.], v. 11, n. 4, p.1-
0, 19 abr. 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A teoria do dogma para criação de SOP 
 
O estudo relatou que a modificação do equilíbrio bacteriano do cólon através do uso 
de prebióticos e probióticos tem o potencial de ser um tratamento efetivo da SOP, 
trazendo várias vantagens sobre os tratamentos tradicionais, pois tem como alvo a 
Disbiose e o “leaky gut''. 
 
 
 
 
Objetivo: revisar sistematicamente ensaios clínicos randomizados (ECR) 
para esclarecer os efeitos da suplementação pró / simbiótica em medidas 
antropométricas e bioquímicas em mulheres com síndrome dos ovários 
policísticos (SOP). 
 
Pesquisa em artigos indexados até setembro de 2018. 
 
 Oito ensaios clínicos randomizados (nove braços de tratamento) foram incluídos. 
 
A suplementação pró/ simbiótica reduziu significativamente a glicose no sangue em 
jejum, insulina, HOMA IR, proteína C- reativa e testosterona total em mulheres com SOP. 
No entanto, mudanças na diferença média de peso e índice de massa corporal não 
atingiram um nível estatisticamente significativo. 
Os achados sugerem que a suplementação pró/ simbiótica pode melhorar os 
parâmetros de homeostase da glicose, os índices hormonais e inflamatórios em 
mulheres com SOP. 
 
 
 
 
 
O manejo da microbiota deve conter: 
Probióticos: 
 L. plantarum; L. acidophilus; L. rhamnosus - Alterações na composição corporal, 
aumento do HDL-C e modificação na microbiota intestinal 
 B. breves -Alteração na composição corporal e diminuição da insulina, da fosfatase 
alcalina e da proteína C-reativa de alta sensibilidade 
 L. salivarius -Redução do LDL-c e do colesterol total, e da glicemia em jejum 
 B. longum; L. bulgaricus - Diminuição da glicose plasmática em jejum e da Proteína 
C-reativa e aumento da glutationa em pacientes diabéticos 
 L. gasseri – perda de peso 
 
Prebióticos: 
 Aspargos: FOS e Inulina; modo de preparo: frescos e crus, ou ligeiramente cozidos 
no vapor. 
 Alho-poro e Cebola: Maiores concentrações de FOS e Inulina; 
Modo de preparo: frescos e crus, ou ligeiramente cozidos. 
 Alho: FOS e Inulina; estimula o crescimento de Bifidobacteria e promover um 
ambiente de pH baixo (ácido) no cólon, o que é favorável para bactérias benéficas. 
 Raiz de Chicória e Alcachofra: Inulina. 
 Leguminosas: Galacto-oligossacarídeos (GOS), Rafinose-oligossacaídeos (ROS) e 
Amido resistente; (CUIDAR COM O PRÉ-PREPARO) 
 Banana verde - Amido resistente; 
 Batata Inglesa Cozida e Refrigerada: Amido resistente; 
Modo de consumo: Cozida e Refrigerada (Amido resistente) 
 Cogumelo Ganoderma lucidum: 200 a 500mg. Capacidade de reverter a disbiose 
intestinal induzida por dietas ricas em gorduras; mantém a integridade da barreira 
intestinal; reduz a endotoxemia metabólica; 
 
 
 
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SAIBA MAIS 
Pré-preparo: deixar a leguminosa em remolho por 12 horas 
em água e substância ácida (limão ou vinagre de maçã), 
trocando a água no mínimo 3 vezes e incluir substância ácida 
(soro do iogurte, limão ou vinagre de maçã). Cozinhar 
normalmente após esse preparo. 
ATENÇÃO PARA A DISTENSÃO ABDOMINAL: pode-se utilizar Digeliv ou ervas 
carminativas (erva-doce, gengibre e cominho). 
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Pacientes com distensão: utilizar Fibregum B® é uma fibra prebiótica bifidogênica ou 
Fibersol® 
 
HORA DA RECEITA 
Biomassa de banana verde 
Modo de preparo: 
 Retire as bananas do cacho com cuidado, preservando os talos 
(não pode ter abertura na banana); 
 Higienize as bananas com água e sabão; 
 Coloque no fogo uma panela de pressão com água até a metade 
e deixe ferver; 
 Assim que a água ferver, coloque as bananas higienizadas na 
água quente da panela de pressão para que levem choque 
térmico 
 Tampe e deixeem fogo alto até começar a chiar 
 Quando começar a apitar, abaixe o fogo e deixe na pressão por 
10 minutos 
 Desligue e espere a pressão sair normalmente, sem forçar 
 
 
 Abra a panela e com a ajuda de um pegador, retire as bananas e vá retirando 
a casca da banana. 
 Coloque as polpas em um liquidificador ou processador e bata com um pouco 
de água, sem colocar água demais 
 Não deixe esfriar, bata a polpa quente até formar uma pasta bem espessa, a 
biomassa 
 Guarde em porções pequenas, cubos para sucos e 1/2 xícara e 1 xícara para 
pratos culinários. 
 
DEFICIÊNCIA DO CONSUMO DE FIBRAS NO NOSSO INTESTINO: 
 
 
 
 
 
 
 
A erosão do muco pode causar: 
 Risco para absorção de bactérias patogênicas; 
 Risco para permeabilidade intestinal; 
 Inflamação da mucosa; 
 Risco para câncer de cólon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERMEABILIDADE INTESTINAL 
 
GLUTAMINA 
Evidências sugerem a glutamina como sendo a principal fonte de nutrição dos 
enterócitos, desempenhando assim, importante papel na manutenção das atividades 
metabólicas do intestino. A mucosa do intestino apresenta grande concentração de 
Se o paciente tem um consumo 
de alimentos industrializados 
+ 
Baixo consumo de fibras 
Terá uma erosão do muco, uma 
permeabilidade intestinal 
aumentada e consequentemente 
um aumento da RI, favorecendo 
ainda mais a SOP. 
 
RECOMENDAÇÃO DE FIBRAS: 
De 25 a 20g no mínimo. 
NA PRÁTICA CLÍNICA: 
40g no mínimo. 
Ex. Psyllium e aveia 
 
 
 
glutaminase em suas células epiteliais, demonstrando compatibilidade com as taxas de 
captação e consumo da glutamina. 
 
CHÁ VERDE 
Os polifenóis do chá verde são metabolizados pela microbiota intestinal e apresentam 
efeitos prebióticos, podendo inibir o crescimento de bactérias patogênicas como 
Clostridium difficile e Staphylococcus spp, e estimular o crescimento de bactérias 
benéficas como Bifidobacterium spp. 
 
ENZIMAS DIGESTIVAS 
Digestão de proteínas. 
 
CURCUMINA 
Redução da permeabilidade intestinal. 
 
RAIZ DE ALCAÇUZ 
Redução da permeabilidade intestinal, aumento da mucosa gástrica e da acidez do 
estômago; 500mg, 3 vezes ao dia. 
 
QUERCETINA 
Atua nas proteínas de junção. 
 
VITAMINA D 
Induz a expressão de vários peptídeos antimicrobianos e é importante na manutenção 
da formação de tight junctions adequadas. 
 
 
 
 
OUTRAS DICAS: 
 
 Associar os probióticos com os prebióticos e os polifenóis; 
 A microbiota torna o polifenol biodisponível por transformar da forma glicosídica 
para a forma aglicona. 
 
Behav Brain Res. 2014; 268: 1–7 Int Immunopharmacol. 2008; 
8: 484–494 Behav Brain Res. 2012; 228: 359–366 
Efeitos dos polifenóis na microbiota intestinal: 
 
 Bifidobactérias Lactobacilos Bacteroides Clostridia Salmonella 
typhimurium 
Staphylococcus 
aureus 
Polifenóis ↑ ↑ ↓ ↓ ↓ ↓ 
 
Journal of Translational Medicine. 2017; 15; 73 
 
Alimentos fontes em polifenóis: 
 
 
 
 
TRATAMENTO CONVENCIONAIS NA SOP: 
 
 Anticoncepcionais; 
 Progestogênios; 
 Antidiabético/Antiandrogênico: Metformina; 
 Antiandrogênios: Espironolactona. 
 
METFORMINA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RENA, Graham; HARDIE, D. Grahame; PEARSON, Ewan R.. The mechanisms of 
action of metformin. Diabetologia, [s.l.], v. 60, n. 9, p.1577-1585, 3 ago. 2017. 
 
 
 
Efeitos colaterais: 
 Deficiência de B12; 
 Diarreia; 
 Flatulência; 
 Indigestão; 
 Síndrome de má absorção; 
 Náuseas; 
 Astenia; 
 Cefaleia; 
 Acidose lática; 
 Interações: O cromo e a coenzima Q-10 podem causar aumento nos efeitos 
hipoglicêmicos. 
 
Passo 4: utilização de fitoterápicos 
 
Ganoderma lucidum: 
Em um estudo de pesquisa que explora os efeitos antiandrogênicos de 20 espécies de 
cogumelos, os cogumelos reishi tiveram a ação mais forte na inibição da testosterona. 
Esse estudo descobriu que os cogumelos reishi reduziram significativamente os níveis 
de 5-alfa redutase, impedindo a conversão da testosterona em DHT mais potente. 
Altos níveis de DHT são um fator de risco para condições como hipertrofia prostática 
benigna (BPH), acne e calvície – preferência pela pele, folículo piloso, próstata…. 
 
GRANT, Paul; RAMASAMY, Shamin. An Update on Plant 
Derived Anti-Androgens. International Journal Of 
Endocrinology And Metabolism, [s.l.], v. 10, n. 2, p.497-502, 
1 dez. 2012. 
 
 
 
 
Glycyrrhiza glabra 
O alcaçuz é considerado uma planta medicinal há milhares de anos. 
Os autores investigaram o efeito do alcaçuz no metabolismo de andrógenos em nove 
mulheres saudáveis entre 22 e 26 anos, na fase lútea do ciclo. 
Elas receberam 3,5 g de uma preparação comercial de alcaçuz (contendo 7,6% W.W. de 
ácido glicirrízico) diariamente por dois ciclos. Eles não estavam em nenhum outro 
tratamento. 
A testosterona sérica total diminuiu de 27,8 +/- 8,2 para 19,0 +/- 9,4 no primeiro mês e 
para 17,5 +/- 6,4 ng / dL no segundo mês de terapia (p <0,05). 
Ele retornou aos níveis pré-tratamento após a descontinuação. 
CONCLUSÕES: O alcaçuz pode reduzir a testosterona sérica provavelmente devido ao 
bloqueio da 17-hidroxiesteróide desidrogenase e 17-20 liase. O alcaçuz pode ser 
considerado uma terapia adjuvante do hirsutismo e da síndrome do ovário policístico. 
 
ARMANINI, Decio et al. Licorice reduces serum testosterone in healthy 
women. Steroids, [s.l.], v. 69, n. 11-12, p.763-766, out. 2004. 
 
Dose usual 300mg 
Dose mínima 50mg 
Dose máxima 1500mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ensaio clínico e randomizado 
 
Mostrou que beber chá de hortelã duas vezes ao dia por 30 dias (vs. Chá de camomila, 
que foi usado como controle), pode ocasionar: 
 ↓ níveis plasmáticos de gonadotrofinas e andrógenos. 
 Houve uma mudança significativa nos índices de qualidade de vida relacionados à 
dermatologia auto-relatados pelos pacientes, mas nenhuma mudança objetiva na 
escala de Ferriman-Gallwey. 
 É possível que o uso diário de chá de hortelã possa resultar em redução adicional do 
hirsutismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo dos efeitos dos anti-andrógenos derivados de plantas: 
 
 
Momordica charantia (Melão amargo) 
Houve melhora da condição hiperglicêmica em animais experimentais 
ALAM, Md Ashraful et al. Beneficial Role of Bitter Melon 
Supplementation in Obesity and Related Complications in Metabolic 
Syndrome. Journal of Lipids, [s.l.], v. 2015, p.1-18, 2015. 
 
 
 
 
Mecanismos: 
(a) prevenção da absorção de glicose no tubo digestivo; 
(b) aumento da captação de glicose pelos tecidos; 
(c) aumento do metabolismo da glicose; 
(d) aumento da ação semelhante à insulina e estimulação das células beta pancreáticas. 
 
Efeito do melão amargo em vários órgãos e prováveis alvos moleculares para melhorar 
a obesidade e diabetes: 
 
ALAM, Md Ashraful et al. Beneficial Role of Bitter Melon 
Supplementation in Obesity and Related Complications in Metabolic 
Syndrome. Journal of Lipids, [s.l.], v. 2015, p.1-18, 2015. 
 
 
 
 
 
Dose usual 500mg 
Dose mínima 250mg 
Dose máxima 1000mg 
 
Cinnamomum verum (Canela) 
O cinamaldeído, capacidade de prevenir o desenvolvimento do diabetes e suas 
complicações. Como um líquido amarelo e viscoso, o cinamaldeído constitui 98% do óleo 
essencial de casca de canela 
Zhu, R., Liu, H., Liu, C., Wang, L., Ma, R., Chen, B., … Gao, S. 
(2017). Cinnamaldehyde in diabetes: A review of pharmacology, 
pharmacokinetics and safety. Pharmacological Research, 122, 78–
89.doi: 10.1016/j.phrs.2017.05.019 
 
 
 
 
O cinamaldeído pode ter ação no tecido adiposo através da estimulação de Tecido 
Adiposo Marrom, lipólise e oxidação, absorção de glicose e também pela libertação de 
moléculas inflamatórias. Como mostra a figura a seguir: 
 
 
 
 
Também pode atuar no musculo esquelético através de alterações no teor de glicogênio, 
biogênese mitocondrial, absorção de glicose esinalização de insulina. Como mostra na 
próxima imagem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O cinamaldeído exerce atividade fígado, pâncreas, trato gastrointestinal, hipotálamo e 
rim: 
 
Zhu, R., Liu, H., Liu, C., Wang, L., Ma, R., Chen, B., … Gao, S. 
(2017). Cinnamaldehyde in diabetes: A review of 
pharmacology, pharmacokinetics and safety. 
Pharmacological Research, 122, 78–89. Doi:10.1016/ j. 
phrs.2017.05.019 
 
 
 
 
 
Zhu, R., Liu, H., Liu, C., Wang, L., Ma, R., Chen, B., … Gao, S. 
(2017). Cinnamaldehyde in diabetes: A review of pharmacology, 
pharmacokinetics and safety. Pharmacological Research, 122, 78–89.doi: 
10.1016/j.phrs.2017.05.019 
CINAMALDEÍDO
TGI: inbição Ingestão de 
alimentos cumulativa e 
taxa de esvaziamento 
gástrico
Rim: Redução do peso 
do rim; Prevenção 
dahiperplasia e 
hipertrofia celular e 
inibição da hipertensão
Tecido adiposo: 
Estimulação do tecido 
adiposo marrom; 
promoção da lipolise e 
da oxidação de ácidos 
graxos; aumento da 
captação de glicose; 
melhora na 
sensibilidade à insulina. 
Fígado: Promoção da 
síntese de glicogênio; 
Inibição da 
gluconeogenese; 
normalização da enzima 
hepática.
M. esquelético: 
Aumento do teor de 
glicogênio e captação 
de glicose; Melhora da 
sensibilidade a insulina; 
promoção da biogênese 
mitocondrial. 
Outros: melhora da 
disfunção cognitiva; 
inibição da α-PTP1B
Pâncreas: promoção da 
secreção de insulina e 
regeneração celular
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 O cinamaldeído foi o principal constituinte (92,06%); 
 ↓ Insulina em jejum (p = 0,024) e HOMA IR foi reduzida após 12 semanas no grupo 
canela em comparação com o placebo; 
 ↓ significativa do LDL no grupo canela; 
 No entanto, mudanças em outras medições de resultados não levaram a diferença 
estatisticamente significativa com o placebo. 
 A suplementação de canela com a dose diária de 1,5 g por 12 semanas em 
combinação com a terapia com progesterona foi bem tolerada e melhorou 
significativamente a sensibilidade à insulina e diminuiu o nível de insulina e LDL. 
 
Dose usual 125mg 
Dose mínima 112mg 
Dose máxima 550mg 
 
 
TODAS as 66 mulheres com SOP estavam tomando acetato de 
progesterona 10mg/ dia durante os últimos 10 dias de seus ciclos 
menstruais. 
Foram divididas em dois grupos aleatoriamente: 
 Com cápsulas de canela em pó de 1,5g/ dia; 
 Com cápsulas de placebo semelhantes. 
 
Em 3 doses divididas durante 12 semanas 
 
 
Dentre suas aplicações destaca-se o tratamento da amenorreia, 
diretamente relacionado com a ocorrência de abortos. Não utilizar em 
gestantes, altas doses podem provocar irritação das mucosas e hematúria. 
 
Bauhinia foficata (pata-de-vaca) 
É amplamente utilizada por suas propriedades hipoglicemiantes e antidiabéticas, 
atribuídas ao flavonoide kaempferitrina presente nas folhas; 
O mecanismo hipoglicemiante exercido pela kaempferitrina possui um efeito 
semelhante à insulina no consumo da glicose periférica, a inibição da reabsorção de 
glicose no rim, um atraso no catabolismo da insulina e/ou potenciação do efeito da 
insulina residual; 
O flavonoide kaempferitrina também apresenta ação antioxidante, contribuindo para a 
prevenção de complicações associadas ao diabetes. 
 
Dose usual 150mg 
Dose mínima 150mg 
Dose máxima 250mg 
 
 
RESUMO: 
 A SOP tem uma relação muito forte com RI, por isso, deve-se atentar a redução dessa 
condição no tratamento; 
 Minimizar os sinais e sintomas; avaliando exames e realizando a suplementação de 
forma certa e efetiva; 
 Modular a microbiota intestinal, visto que um intestino integro e funcionando de 
forma adequada favorece a metabolização e absorção de nutrientes de forma 
eficiente; 
 Utilizar os fitoterápicos no manejo dos sinais e sintomas de forma responsável. 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
Paciente M. C., 27 anos, psicóloga 
Motivo da consulta: procura o nutricionista para emagrecimento (obesidade) e controle 
da SOP. 
Diagnóstico de SOP: Há 1 ano atrás pelo médico ginecologista. 
Medicamento: Faz uso de anticoncepcional e Metformina – prescrição médica. 
Histórico: Mãe hipertensa e pai obeso. 
Outras informações: 
Já iniciou outros acompanhamentos nutricionais, mas sem sucesso, e atribui isso ao 
estresse e rotina. Está disposta a mudar, pois seu corpo a incomoda. É sedentária. Bebe 
socialmente. A ingestão hídrica é de aproximadamente 500ml/ dia – não gosta, diz que a 
água tem um “gosto ruim”. Dorme tarde. Deita e demora para pegar no sono, e o sono é 
agitado durante a noite. Intestino é irregular. As vezes fica um dia inteiro sem ir ao 
banheiro. Relata cefaleia, náuseas, indigestão e flatulência. Unhas frágeis e queda de 
cabelo. Demonstra hirsutismo leve e acne na região das mandíbulas. 
Não tem exames recentes, apenas: 
Insulina em jejum = 20; 
Glicose em jejum = 190. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rotina alimentar: 
 
Avaliação da alimentação: 
 Leite e derivados - ↑IGF1; 
 Baixo consumo de folhas; 
 Baixo consumo de frutas; 
 Chás adoçados - ↑ insulina/glicose; 
 Alimentos com farinha refinada (pão) - ↑ insulina/glicose; 
 Embutidos; 
 Margarina; 
 Jantar e ceia de alto IG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação dos exames: 
Exame: insulina em jejum = 20; Glicose em jejum = 190 
 
 
Conduta: 
 Iniciar com uma cetogênica (5 – 10% de CHO) mediterrânea por 15 dias – reavaliar; 
 Manutenção: LOW CARB moderada (26 – 44% de CHO). 
Para conseguir a redução dessa glicemia e da insulina e com que a paciente enxergue 
resultados e se anime mais. 
Low carb: Fazer uma educação nutricional acerca do consumo de folhas verdes; ensinar 
receitas, ex: charutinhos de couve folha recheados (sãos ricos em Folato); 
 Alternar o consumo de carne – deixar a vermelha para apenas 1x na semana; 
 Aumentar o consumo de peixes; 
 Inserir frutas nos lanches; 
 Estimular o consumo de chá verde ou hortelã, por exemplo. 
 Reduzir o consumo de carboidratos no almoço – orientar para escolher apenas 1 
tipo. 
 Para substituir os lanches: passar receitas que tenham densidade nutritiva, como: 
crepioca recheada, muffin de atum, quiche de brócolis, etc. 
 Aumentar a ingestão hídrica, ensinar receita de água saborizada (de acordo com o 
gosto do paciente); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Orientar a utilização de app para o celular que fica notificando para lembrar do 
consumo de água (estabelecer metas quanto a isso); 
 Aumentar o consumo de fibras (aveia, psyllium) – alertar sobre a importância do 
consumo hídrico; 
 Trocar a margarina por outras opções: azeite de oliva temperado, patês saudáveis, 
tahine ou hommus; 
 Estimular a prática de exercício físico – estabelecer metas alcançáveis. 
 Cefaleia: reduzir cafeína, industrializados, embutidos, enlatados, álcool, queijos. 
Inserir fontes de B12, B6, magnésio, ác. Fólico; 
 Náuseas, indigestão: gengibre – água saborizada. Água com limão. Volumes menores 
de refeição, evitar alimentos gordurosos; 
 Flatulência: orientar o consumo de ervas carminativas – erva-doce, cominho, 
gengibre, orientar o molho das leguminosas (molho de 12 a 16h, com limão, não usar 
a mesma água para cozinhar). 
 
Exames para solicitar (verificar a possibilidade): 
 Insulina em jejum 
 Glicose em jejum 
 Hemoglobina glicada 
 Estradiol 
 SHBG 
 FSH 
 LH 
 Estradiol 
 17-OH-Progesterona 
 Colesterol Total 
 Triglicerídeos 
 Colesterol LDL 
 Colesterol HDL 
 TSH 
 25(OH) D 
 Homocisteína 
 Vitamina B12 
 Hemograma completo 
 PCR 
 Ferritina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formulações: 
Disbiose com constipação: 
Lactobacillus acidophilus - 2 bilhões de UFC 
Bifdobacterium bifidum- 1 bilhão de UFC 
Lactobacillus rhamnosus - 1 bilhão de UFC 
Lactobacillus paracasei - 1 bilhão de UFC 
Lactobacillus gasseri -1 bilhão de UFC 
 
Aviar X doses em cápsulas. 
Posologia: 
Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 
 
Associar com: 
 
Fibregum B®, Acácia gum, caule - 5g 
 
Aviar X doses em sachês. 
Posologia: 
Diluir o conteúdo em 200ml de água. 
Consumir uma dose ao dia. 
 
Associar com: 
 
Glutamina – 5g 
 
Aviar X doses em sachê/pó. 
Posologia: 
Diluir o conteúdo em 200ml de água. 
Consumir uma dose ao dia antes de dormir. 
Realizar a suplementação com base nos exames laboratoriais que serão solicitados, 
conforme vimos na aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIBIDO FEMININA 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a sexualidade é influenciada pela interação 
de fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos, políticos, culturais, éticos, legais, 
históricos, religiosos e espirituais. Constitui um aspecto fundamental do ser humano, 
envolvendo as identidades de gênero, sexo, orientação sexual, erotismo, prazer, 
intimidade e reprodução. 
A sexualidade é vivida e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, 
valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos, embora nem todos eles 
sejam sempre experimentados ou expressos ao longo da vida. 
A disfunção sexual tem alta prevalência entre as mulheres. Ocorrendo um aumento nas 
queixas na fase da pré-menopausa, sendo de 40 a 49 anos e uma redução na procura 
sexual com o avançar da idade, de 70 a 79 anos. 
A disfunção sexual feminina é um problema de saúde frequente, com um impacto 
negativo na qualidade de vida e que inclui: disfunção no desejo/ excitação sexual, 
disfunção do orgasmo e dor genitopélvica. Essa disfunção pode ser multifatorial, 
incluindo fatores biológicos, psicológicos, relacionais e socioculturais. 
 
Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.30 no.6 Rio de Janeiro June 2008 
 
 
 
Essa disfunção ocorre por conta da libido. 
 
Embora ocorra um aumento na disfunçao sexual com a idade, ocorre 
tambem uma adaptaçao e redução da angustia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir dos 30 anos também ocorre uma diminuição do estrogênio e da 
testosterona. No homem também ocorre essa queda, a partir dos 40. Mas no caso 
das mulheres a queda da testosterona é suprimida pelo aumento do estrogênio. 
 
 
 
Diabetes 
Hiperten-
são
Psicológico
Quimiote-
rapia
Hormônios
Antidepres
-sivos
BAIXA 
LIBIDO 
Desejo sexual: 
É uma sensação de vontade de ter relação sexual que gera 
bem-estar físico e mental em relação ao sexo. 
 
 
HORMÔNIOS SEXUAIS 
Estrogênio: 
O estrogênio é o principal hormônio sexual feminino, tem função na reprodução, efeitos 
no sistema no sistema ósseo, cardiovascular e no sistema nervoso central. Existem três 
tipos de estrogênio, sendo que um pode ser convertido no outro e vice e versa: 
Estrona (E1): Considerado o estrogênio do “mal”, ele é produzido pelos adipócitos e é o 
responsável pelo acúmulo de gordura na região abdominal e ao redor dos órgãos. Ele 
bloqueia os efeitos do estradiol e tem relação com o câncer de mama e de útero. Na 
mulher jovem os níveis são baixos, pois os ovários convertem a estrona em estradiol. 
Após a menopausa, o ovário perde essa função e a estrona passa a ser produzida pelo 
fígado e tecido adiposo. 
Estradiol (E2): Considerado o estrogênio do “bem”, ele é o hormônio mais forte e 
prevalente. Responsável pelo acúmulo de gordura na região glúteo femoral, pela 
lubrificação vaginal e pela libido. Previne infecções urinárias. É importante para a 
absorção de cálcio, zinco e magnésio para estimular a produção óssea, estimula a 
produção de óxido nítrico e HDL, tem efeito no sistema nervoso, mantém a saúde da 
pele e é um potente antioxidante. 
Estriol (E3): É considerado o mais fraco estrogênio, bloqueia os efeitos deletérios da 
estrona, parece ter efeitos positivos nas funções autoimunes e é produzido 
naturalmente durante a gravidez pela placenta. 
Testosterona: 
A testosterona é conhecida como o hormônio sexual masculino, é secretado pelas 
células de Leydig. No plasma, cerca de 2% da testosterona circula livre, 
aproximadamente 66% circula ligada à globulina ligadora de esteroides sexuais 
(SHBG) e 33% liga-se à albumina e a outras proteínas. A produção hepática de SHBG é 
positivamente regulada pelo estradiol e negativamente pela testosterona. Assim, níveis 
aumentados de testosterona permitem uma maior biodisponibilidade da fração livre e 
reduz os níveis de SHBG, o que em mulheres pode ser prejudicial por fazer parte de 
algumas desordens como a Síndroma de Ovários Policísticos. 
NAVES, Andréia. Nutrição Clínica Funcional: Modulação 
Hormonal. São Paulo: VP editora. 2010. 272p 
 
 
 
Fatores associados às disfunções sexuais femininas 
Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Vale FB, Rufino AC, Troncon JK, et al. Tratamento das 
disfunções sexuais no consultório do ginecologista. São Paulo: Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. (Protocolo Febrasgo - 
Ginecologia, nº 11/Comissão Nacional Especializada em Sexologia). 
 
Baixa lubrificação 
Outro sintoma que as mulheres relatam é a diminuição do fluxo vaginal durante o ato 
sexual. A diminuição dos níveis de estradiol na menopausa provoca uma diminuição da 
lubrificação vaginal e causa a dispareunia (dor durante o ato sexual). 
 
 
 
 
Fatores psicológicos 
O ciclo de resposta sexual é influenciado negativamente por fatores psicológicos, entre 
eles a ansiedade, baixa autoestima, distúrbios da percepção da imagem corporal, medo 
de rejeição, ansiedade do desempenho sexual, experiências sexuais traumáticas 
passadas, históricos de abuso e qualidade do relacionamento e entre outros inúmeros 
fatores. 
Fatores socioculturais 
Os fatores socioculturais que mais frequentemente causam ou mantém a disfunção 
sexual são problemas de relacionamento, a disfunção sexual do parceiro (disfunção 
eréctil). 
Fármacos 
Vários fármacos podem ter um efeito inibitório da função sexual, como os inibidores 
seletivos de receptação de serotonina (ISRS) e os inibidores seletivos da receptação de 
serotonina e noradrenalina (ISRSN), os antiestrogênicos (tamoxifeno e inibidores da 
aromatase) e os estrogênios orais (como os contraceptivos hormonais combinados). 
Consumo alimentar 
O consumo alimentar também pode alterar a produção de estrogênio. Mulheres que 
têm uma dieta desequilibrada com o alto consumo de frituras e alimentos gordurosos 
podem ter uma produção de qualidade ruim de estrogênio. 
 
 
 
CICLO DE RESPOSTA SEXUAL FEMININA 
O primeiro ciclo de resposta sexual feminino foi descrito por William Masters e Virginia 
Johnson em 1966. O modelo foi constituído por quatro fases: excitação, platô, orgasmo 
e resolução. Em 1979, Kaplan sugeriu um novo modelo, composto por três fases: desejo, 
excitabilidade e orgasmo, eliminando a de resolução, pois acreditava ser uma ausência 
de resposta sexual, em vez de parte do próprio ciclo. Excluiu-se também a fase de platô, 
por imaginar ser essencialmente uma continuação da fase de excitação. 
Um pesquisador propôs um modelo de resposta sexual diferente e composto por quatro 
aspectos da sexualidade da mulher: 
 Comparada ao homem, em que a testosterona inicia a estimulação, a mulher tem 
pouca influência de hormônios para o início do estímulo sexual; 
 A motivação feminina decorre de “recompensas” ou “ganhos” que não são 
estritamente sexuais, como a proximidade emocional com o parceiro que ativa o 
ciclo de resposta sexual seguinte; 
 A excitação sexual da mulher é mental e subjetiva, podendo ou não ser 
acompanhada por alterações vasoconstritoras na genitália e outras manifestações 
físicas; 
 O orgasmo pode ou não ocorrer, e quando acontece, manifesta-se de formas 
diferentes, variando de mulher para mulher. 
 
MENDONÇA,Carolina Rodrigues de et al. Função sexual feminina: aspectos 
normais e patológicos, prevalência no Brasil, diagnóstico e 
tratamento. Femina, v. 40, n. 4, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plataforma: 
OMGyes 
 
 
ETILIOGIA DA DISFUNÇÃO SEXUAL 
O ciclo de resposta sexual é influenciado negativamente por fatores psicológicos, entre 
eles a ansiedade, baixa autoestima, distúrbios da percepção da imagem corporal, medo 
de rejeição, ansiedade do desempenho sexual, experiências sexuais traumáticas 
passadas, histórico de abuso e qualidade do relacionamento, e outros fatores como 
desequilíbrio hormonal (baixos níveis de andrógenos e hiperprolactinemia), vasculares, 
fisiológicos, condições médicas específicas (urogenital, neurológicas e distúrbios 
endócrinos, disfunções do assoalho pélvico, menopausa, gravidez e pós-parto), 
musculares (lacerações perineais decorrentes do parto, fraqueza muscular e músculos 
disfuncionais hipertônicos) e ou em virtude de cirurgia ou medicamentos. 
Deve-se considerar também a bagagem cultural, religiosa e social da pessoa, que pode 
influenciar o desejo, e expectativas quanto ao desempenho sexual. 
Outro determinante importante que interfere na capacidade de resposta sexual são os 
fatores biológicos, incluindo a depressão, que pode inibir a excitação sexual, e a fadiga 
decorrente de alguma condição médica (como insuficiência renal ou esclerose múltipla) 
ou por falta de sono. 
Approbato relata que a libido em mulheres é influenciada por múltiplos fatores: sociais 
(estabilidade de parceiro e tipo de trabalho), econômicos (renda familiar) e biológicos 
(cirurgia pélvica, tempo de relacionamento sexual, leucorreia, dispareunia, gestações, 
idade, dor no hipogástrio, coitos por semana, orgasmo), e são extremamente complexos 
para avaliação. 
Dados recentes apontam também uma predisposição genética para a função sexual. Um 
estudo exploratório correlacionou fatores genéticos e não genéticos da sensibilidade à 
ansiedade, angústia sexual e disfunção sexual feminina e encontrou um componente 
genético comum destacando a necessidade da inclusão da angústia na classificação de 
transtornos do funcionamento sexual feminino. 
 
 
 
 
 
 
As mudanças que ocorrem em resposta sexual feminina: 
ÓRGÃOS FASE EXCITATÓRIA FASE 
ORGÁSTICA 
FASE DE RESOLUÇÃO 
Pele Dura de vários minutos a várias horas; 
excitação elevada antes do orgasmo, de 
30 segundos a 3 minutos 
imediatamente antes do orgasmo; 
rubor sexual aparece de forma 
inconsistente; erupções maculopapular 
se origina no abdome e se espalha para 
a face e para o pescoço, podendo incluir 
ombros e antebraços 
3 a 15 
segundos 
Rubor bem 
desenvolvido 
10 a 15 minutos; se não houver 
orgasmo o rubor diminui na 
ordem inversa do aparecimento; 
surgimento inconsistente de 
película de transpiração nas solas 
dos pés e nas palmas das mãos 
Mamas Ereção dos mamilos em dois terços 
das mulheres, congestão venal e 
aumento aureolar; o tamanho fica 
um quarto a mais que o normal 
As mamas 
podem se 
tornar trêmulas 
Retorno normal em cerca de 12 a 
24 horas 
Clitóris Aumento do diâmetro da glande e 
do corpo do clitóris; imediatamente 
antes do orgasmo, o clitóris se retrai 
para dentro do prepúcio 
Nenhuma 
alteração 
O corpo do clitóris retorna à 
posição normal em 5 a 10 
segundos; detumescência em 5 a 
30 minutos; se não houver 
orgasmo, a detumescência leva 
várias horas 
Grandes 
lábios 
Nulípara: elevam-se e achatam-se 
contra o períneo; 
Multípara: congestão e edema 
Nenhuma 
alteração 
Nulípara: aumento ao tamanho 
normal em 1 a 2 minutos 
Multípara: diminuição para o 
tamanho em 10 a 15 minutos 
Pequenos 
lábios 
Tamanho aumenta para duas a três 
vezes do normal, mudança para 
rosa, vermelho profundo antes do 
orgasmo 
Concentrações 
dos pequenos 
lábios 
proximais 
Retorno ao normal dentro de 
cinco minutos 
Vagina Mudança de cor para roxo escuro, 
transudato vaginal aparece de 10 a 
30 segundos após o início da 
excitação; alongamento e distensão 
vaginal; terço inferior da vagina se 
contrai antes do orgasmo 
3 a 15 
contrações do 
terço inferior 
da vagina a 
intervalos de 
0,8 segundos 
A ejaculação forma pool seminal 
nos dois terços superiores da 
vagina; a congestão desaparece 
em segundos ou, se não houver 
orgasmo, entre 20 a 30 minutos 
Útero Ascende para a pelve falsa; 
contrações semelhantes às do parto 
começam na excitação elevada 
imediatamente antes do orgasmo 
Contrações 
durante todo o 
orgasmo 
As contrações cessam e o útero 
volta para a posição normal 
Outros Miotonia Perda do 
controle 
Retorno ao estado de linha de 
base em segundos há minutos 
 
 
Algumas gotas de secreção mucoide 
das glândulas de Bartholin durante 
o aumento da excitação 
Colo incha literalmente e se eleva 
passivamente com o útero 
muscular 
voluntário 
Reto: 
contrações 
rítmicas 
Hiperventilação 
e taquicardia 
Cor e tamanho do colo retornam 
ao normal e o colo baixa sobre o 
pool seminal 
 
MENDONÇA, Carolina Rodrigues de et al. Função sexual feminina: aspectos normais e 
patológicos, prevalência no Brasil, diagnóstico e tratamento. Femina, v. 40, n. 4, 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: A prevalência de DSF aumentou de acordo com a idade e o baixo nível 
educacional. Pelo menos uma disfunção sexual foi relatada por 49,0% das mulheres; 
26,7% afirmaram falta de desejo sexual; 23,1% dor durante o intercurso sexual; 21% 
disfunção orgástica. 
J Impot Res. 2004;16(2): 160-6. 
 
 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Estudou-se o 
comportamento sexual 
7 estados 
brasileiros 
1.219 mulheres 
maiores de 18 anos 
 
 
 
 
Estão cada vez maiores, principalmente a SÍFILIS 
 
 
 
Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, 
causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações 
clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos 
estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A 
sífilis pode ser transmitida através da relação sexual sem o uso da camisinha com uma 
pessoa infectada, ou para crianças durante a gestação ou parto. 
A Sífilis é dividida em quatros tipos: 
Sífilis primária: 
 Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, 
colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 
dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. 
 Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar 
acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. 
Sífilis secundária: 
 Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento 
e cicatrização da ferida inicial. 
 Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas 
das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. 
 Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo. 
Sífilis latente – fase assintomática: 
1. Não aparecem sinais ou sintomas. 
2. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis 
latente tardia (mais de dois anos de infecção). 
 
 
3. A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e 
sintomas da forma secundária ou terciária. 
Sífilis terciária: 
 Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. 
 Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, 
cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. 
 
Além disso, ainda existe a sífilis que é transmitida durante a gestação: 
 
Sífilis congênita: 
É transmitida para a criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é 
importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado 
for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e seu parceiro sexual, para evitar 
a transmissão. 
Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos: 
Primeiro trimestre de gestação 
 Terceiro trimestre de gestação 
 Momento do parto ou em casos de aborto 
Sinais e sintomas 
Pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de 
vida da criança. São complicações da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-
formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições 
Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Sífilis. Disponível 
em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-
ist/sifilis> Data de acesso: 13 de jun. 2019. 
 
 
 
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/sifilis
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/sifilis
 
 
 
Estágios da sífilis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGASMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orgasmo: 
“São múltiplas contrações prazerosas na genitália, sendo a primeira mais 
intensa e as demais vão ficando mais fracas até que cessam, então, 
levando a uma sensação de relaxamento geral. O clitóris fica ereto, os 
batimentos cardíacos e o ritmo da respiração aceleram-se. O orgasmo 
ocorre com o movimento do pênis dentro da vagina, por estímulo 
no clitóris ou pela combinação de ambos. Essa estimulação pode ser 
causada pela atividade sexual, pela masturbação, pelo sexo 
oral, por vibrador e outros modos. É possível que todas as mulheres 
consigam atingir o orgasmo, mas algumas delas, que não o conseguem 
espontaneamente, podem sentir orgasmo mediante técnicas fornecidas 
pela terapia sexual (TS). ” 
Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Vale FB, Rufino AC, Troncon JK, et 
al. Tratamento das disfunções sexuais no consultório do 
ginecologista. São Paulo: Federação Brasileira das Associações 
de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. (Protocolo 
Febrasgo - Ginecologia, nº 11/Comissão Nacional Especializada 
em Sexologia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sexo é uma dança e quando se dança muito com o mesmo parceiro, vocês ficam 
muito bom nisso. Mas se cada vez que você sair, você dançar com um parceiro 
diferente, vocês dançarão músicas diferentes e terão um descompasso. “ 
 
Fatores que influenciam: 
A música que está tocando no momento, o ambiente, o cheiro do local e entre outras 
coisas vão influenciar se a mulher vai conseguir ter orgasmo ou não. É preciso que os 
parceiros se conheçam muito bem, por um bom tempo, para a mulher poder ter o 
orgasmo. 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
21% das mulheres tem 
dificuldade de chegar ao 
orgasmo 
 
O orgasmo não ocorre da 
mesma maneira para todas 
as mulheres. 
 
A mulher deve se conhecer 
para entender seus próprios 
gostos e o saber que dá certo 
para ela 
 
Bupropiona 
(depressão) 
 
Mostrou ser eficaz na terapia do 
distúrbio de desejo sexual hipoativo. 
 
 
 
A maioria dos remédios para depressão, atuam diretamente nos hormônios do prazer, 
causando uma maior diminuição da libido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acta Obstet Gynecol Scand. 2000;79(7):598-603. 
 
 
Estrogênio 
vaginal 
 
Pode ser usado no tratamento de 
distúrbios de excitação sexual 
feminina. 
 
Fisioterapia 
 
Eletroterapia, exercício com o treinamento 
dos músculos do assoalho pélvico 
aumentam a força muscular e melhoram a 
função sexual de mulheres com 
incontinência urinária. 
 
Estrogênio em 
capsula 
 
Terapia de reposição hormonal 
 
 
 
Funcionamento do orgasmo feminino 
 
Os eventos psicogênicos e hemodinâmicos do ciclo sexual feminino normal. As respostas 
psicossexuais da excitação, orgasmo e pós-orgasmo aproximam as pressões vaginais e labiais, 
bem como o volume do clitóris. O aumento da excitação que culmina no orgasmo demonstra 
aumentos nas pressões vaginais e labiais e no enchimento do clitóris. Os dados são compilados 
de várias fontes referenciadas no texto. 
 
PRESSÃO LABIAL 
PRESSÃO 
VAGINAL 
VOLUME DE 
SANGUE 
CLITORIANO 
EXCITAÇÃO ORGASMO PÓS ORGASMO 
 
 
 
Atualmente, existem poucas opções farmacológicas disponíveis no tratamento da 
Disfunção Sexual Feminina (FSD). Historicamente, os pacientes com FSD foram tratados 
através de terapia psicológica; no entanto, à medida que passamos a compreender a 
extensão do distúrbio, mais pesquisas científicas básicas e reconhecimento clínico foram 
desenvolvidos para abordar o problema. Várias iniciativas farmacológicas estão em 
desenvolvimento visando aumentar o fluxo sanguíneo para os genitais, melhorando as 
deficiências androgênicas e aumentando a estimulação do sistema nervoso central. A 
tabela acima resume as opções de tratamento atuais e potenciais disponíveis para FSD. 
 
ALLAHDADI, Kyan J.; TOSTES, Rita CA; WEBB, R. Clinton. Female 
Sexual Dysfunction: Therapeutic Options and Experimental 
Challenges. Cardiovasc Hematol Agents Med Chem, v. 7, n. 4, p. 
260-269, 2009. 
 
A ingestão de gorduras de má qualidade afeta o mecanismo das prostaglandinas 
 
 
 
 
O que são prostaglandinas? 
As prostaglandinas (PG) são encontradas em praticamente todos os tecidos e órgãos. 
São moléculas lipídicas autócrinas e parácrinas, que são rapidamente metabolizadas e 
participam de uma variedade de eventos fisiológicos, incluindo a regulação do fluxo 
sanguíneo. 
Especificamente, a isoforma PG do PGE1 (sinalizando através do seu receptor EP2) causa 
relaxamento do músculo liso no músculo liso vaginal, uterino e peniano. A ativação de 
PGE1 / EP2 conduz a aumentos no AMPc resultando na ativação da proteína quinase A, 
que causa relaxamento do musculo liso (olhar a figura). As prostaglandinas têm sido 
usadas na disfunção sexual masculina, especialmente disfunção erétil (administrada por 
injeção peniana), por algum tempo e têm mostrado resultados positivos para certas 
mulheres com distúrbio da excitação sexual genital, provavelmente através do aumento 
da secreção vaginal e relaxamento da musculatura lisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo de relaxamento do músculo liso e locais de inibição periférica. Abreviaturas: óxido nítrico 
(NO), NO sintase neuronal (nNOS), NOS endotelial (eNOS), prostaglandina (PGE1), receptor PGE1 (EP2), 
trifosfato de guanosina (GTP), guanilato ciclase (GC), monofosfato de guanosina cíclico (cGMP), 
fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), trifosfato de adenosina (ATP), proteína quinase dependente de cGMP tipo 
I (cGKI), proteína quinase A (PKA), monofosfato de adenosina cíclico (cAMP), peptídeo intestinal vasoativo 
(VIP), receptor VIP (VIPR) e endopeptidase neutra (NEP). 
ALLAHDADI, Kyan J.; TOSTES, Rita CA; WEBB, R. Clinton. Female Sexual 
Dysfunction: Therapeutic Options and Experimental Challenges. Cardiovasc 
Hematol Agents Med Chem, v. 7, n. 4, p. 260-269, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: As mulheres exibiram aumentos estatisticamente significativos na 
sensibilidade do clitóris, satisfação sexual, aumento da frequência de relações sexuais e 
diminuição da secura vaginal, em comparação a mulheres no grupo controle. 
 
A L-arginina atua no aumento da produção de (óxido nítrico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de 4 semanas controlado 
por placebo 
Mulheres no período pré, peri ou 
pós-menopausa que tinham falta 
de desejo sexual 
ArginMax® 
200mg 
As disfunções sexuais femininas apresentam natureza multifatorial e está sob o 
controle de fatores psicológicos, hormonais (testosterona e estrogênio + 
lubrificação + fluxo sanguíneo) neurológicos, vasculares (arginina, oxido nítrico) 
e musculares. 
Acta Obstet Gynecol Scand. 2000;79(7):598-603. 
 
 
 
Produtos homeopáticos para o tratamento da disfunção sexual 
 
JAYNE, Christopher J. et al. New developments in the 
treatment of hypoactive sexual desire disorder–a focus on 
Flibanserin. International journal of women's health, v. 9, 
p. 171, 2017. 
 
Nutricionista não trabalha com a homeopatia, mas pode indicar para um médico 
especializado 
 
 
 
SEROTONINA 
 
Asalterações na regulação da transmissão, ligação e metabolismo da serotonina, são 
induzidas por estrogênios em áreas do cérebro implicadas na regulação do afeto e 
cognição. 
Inversamente ao estrogênio, a progesterona atua aumentando a atividade da MAO, 
resultando em diminuição dos níveis de serotonina e produzindo efeito depressivo. 
Rev. psiquiatr. clín. vol.33 no.2 São Paulo 2006 
 
 
 
Estratégias: 
 
Usar alimentos fontes de triptofano 
 
 
 
 
 
 
O triptofano (Trp) é um aminoácido essencial que deve ser consumido através da dieta. 
Depois que o Trp é ingerido, a albumina se une a ele no sangue e é transportada através 
da barreira hematoencefálica por um transportador específico para aminoácidos, atinge 
o Sistema Nervoso Central (SNC), é convertido em neurotransmissor serotonina (5-
hidroxitriptamina, 5-HT). Estas reações são limitadas pela disponibilidade de triptofano 
no soro. Sendo que apenas 2% do triptofano da dieta é utilizado para a síntese de 
serotonina. 
A serotonina modula alguns eventos de desenvolvimento, como migração de neurônios, 
diferenciação celular, divisão celular ou sinaptogênese. Também está envolvido em uma 
ampla variedade de funções do SNC, incluindo o controle do apetite, sono, memória e 
aprendizagem, regulação da temperatura, humor, comportamento (incluindo sexual), 
cognição ou transtornos mentais, entre outros. 
NAVES, Andreia. Nutrição clínica funcional: Modulação 
hormonal. VP editora: São Paulo. 272 p. 
BRAVO, Rafael et al. Tryptophan and hops: Chrononutrition 
tools to improve sleep/wake circadian rythms. 2018. 
 
 
 
 
Maca peruana (Lepidium meyenii Walp) 
 
Dose usual 500mg 
Dose mínima 500mg 
Dose máxima 1500mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577. 
 
É uma planta andina da família das brássicas (mostarda). 
As preparações da raiz da maca foram relatadas para melhorar a função sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anos 60 
Surgiram as primeiras pesquisas 
científicas sobre as ações e o efeito 
desta espécie na área da 
fertilidade 
Anos 80 
Surgiu estudos sobre as 
propriedades químicas da maca e 
seus efeitos sobre a reprodução. 
Identificaram a presença de 
benzilisotiocianato e 
premetoxibelzil isotiocianato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir da década de 90 duas classes de compostos, as macaenas e as macamidas, foram 
identificadas, utilizando padrões purificados (conhecido como MacaPure-01 e 
MacaPure-02), como também os fitoesteróis, isotiocianatos, ácido cetoacíclico e 
macaridina. Atualmente esses padrões isolados e purificados são patenteados pela 
indústria farmacêutica americana. 
Não foi comprovada toxicidade mesmo em altas doses como de 1g/kg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anos 90 
Houve a identificação de ácidos 
graxos, aminoácidos e fitoesteróis 
São encontrados na maca: alcaloides, fitoesteróis, compostos 
fenólicos, flavonoides, taninos, glicosídeos, saponinas, aminas 
secundárias alifáticas, aminas terciárias, antocianidinas, dextrinas e 
glucosinolatos. 
Possuem: 5 a 9% de benzil-isotiocianato, 1 a 3% de fitoesterol, 20 a 
30% de ácidos graxos e cerca de 10% ou mais de macamida, 50 a 
70% de carboidratos, 8 a 9% de fibras solúveis, 23% de fibras 
insolúveis e 8 a 18% de proteínas. 
 (MUHAMMAD, et al., 2002; WANG et al, 2007) 
 
Suplementação: 2,5 mg/kg MUHAMMAD et al, 2002 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: A maca foi bem tolerada e a raiz da maca pode aliviar a disfunção sexual 
induzida por SSRI, principalmente em mulheres na pós-menopausa. 
Maca peruana x infertilidade 
De uma forma geral, os compostos presentes na maca (glucosinolatos e fitoesteróis) 
modulam os mecanismos que garantem o equilíbrio hormonal 
Outros compostos com teores elevados no extrato de maca contribuem 
somatoriamente para o efeito do fitocomplexo: 
 A L-arginina é precursora direta do óxido nítrico (NO), que coordena o 
mecanismo da vasodilatação, responsável pela ereção peniana. 
 A histidina está indiretamente envolvida no processo da ejaculação e do 
orgasmo; 
 O zinco participa da espermatogênese e consequentemente da fertilidade. 
 Os antioxidantes presentes na maca protegem o espermatozoide e o seu DNA 
dos danos oxidativos, responsáveis por grandes prejuízos à fertilidade, pelo 
aumento da incidência de abortos e pelos possíveis danos ao embrião; 
 O betacarboline é um inibidor da monoaminoxidase (MAO), qualificando o 
humor, que é fundamental para otimização do desejo sexual. 
 
WANG et al, 2007 Suplementação: 25 a 100 mg/kg 
45 pacientes ambulatoriais deprimidos com idade 
entre 18 a 65 anos (média de 41,5 anos) que 
sofria dos efeitos dos antidepressivos no 
momento. Era necessário que os pacientes 
estivessem em remissão de qualquer transtorno 
depressivo ou de ansiedade. 
Maca 1,500 – 3,000 mg 
 
 
(ZHENG, 2000) 
Outros artigos relatando os benefícios da maca peruana: 
 
INOSITOL 
É um componente essencial de fosfolipídios da membrana celular. Tem fraca atividade 
lipolítica e pode remover a gordura do fígado e células do intestino delgado. O inositol 
é um constituinte do sistema mensageiro secundário intracelular fosfatidil-inositol, 
relacionado à serotonina, noradrenalina e receptores colinérgicos. Ele possui uma 
variedade de estereoisômeros, incluindo o mio-inositol e D-inositol. O mio-inositol é a 
forma mais abundante no sistema nervoso central (SNC). Ajudando a mulher na 
excitação. 
 
 
Suplementação: 4g 
 
Altern Med Rev. 2002 Jun;7(3):244-8. 
Ainda não possui muitas 
pesquisas 
 
 
TRIBULUS TERRESTRIS 
 
Dose usual 500mg 
Dose mínima 750mg 
Dose máxima 1500mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577. 
 
É uma erva rasteira, da família Zygophyllaceae, usada há muito tempo pela medicina 
tradicional na Grécia, China e Índia (medicina ayurvédica) para o tratamento de 
infertilidade, impotência, disfunção erétil e libido baixa. 
GAUTHAMAN, 2008 
 
Dissertação mostrando a eficácia do Tribulus: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Houve melhora: 
 Na lubrificação vaginal durante o ato sexual ou na preliminar; 
 Na sensação nas genitálias durante a relação sexual ou em outros estímulos; 
 Nas relações sexuais e outras estimulações sexuais; 
 Na capacidade de ter o orgasmo. 
 
POSTIGO, 2016 
 
Foi aplicado um 
questionário 
74 mulheres 
pós-menopausa 
250mg oral 
3x/dia por 
90 dias 
 
 
 
 
 
 
 
Mostrou que: 
 As mulheres que receberam T. terrestris tiveram níveis aumentados de 
testosterona livre e biodisponível. 
 
O T. terrestres pode ser uma alternativa segura para o tratamento de mulheres na 
pré-menopausa quando na menopausa, uma vez que foi eficaz na redução dos 
sintomas, provavelmente devido a um aumento nos níveis séricos da testosterona 
livre e biodisponível. 
Gynecol Endocrinol. 2018 May;34(5):442-445. 
 
LADY PRELOX® 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Avaliado o Índice de Função 
Sexual Feminina (FSFI) 
 
100 mulheres saudáveis (37 a 45 anos) com 
disfunção sexual moderada, submetidas a um 
programa de controle de estilo de vida, dieta, 
exercício e controle do estresse. 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
Houve melhora significativa na função sexual em todos os domínios avaliados pelo FSFI 
em mulheres saudáveis em idade reprodutiva tardia. A melhora no FSFI também está 
associada a uma diminuição significativa no estresse oxidativos. 
 
 
 
 
 
PANAX GINSENG 
Dose usual 200mg 
Dose mínima 100mg 
Dose máxima 600mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor. 2019, p 577. 
 
 
 
 
 
Houve uma melhora significativa na função sexual das mulheres. 
Evid Based Complement Alternat Med. 2015; 2015: 913158; J Sex Med. 2010 Apr;7(4 Pt 1):1469-77. 
20 mg de picnogenol® 
200 mg L-arginina 
200 mg de L-citrulina50 mg de extrato de roseta rosvita® 
Durante 8 semanas 
 
Produto facilmente 
encontrado nas farmácias 
 
Administração oral do extrato 
de Korean Red Ginsend 
500mg por 20 semanas 
 
Mulheres na pré-menopausa 
 
 
 
 
O ginseng é um produto patenteado  Extrato G115® 
 
 
 
 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(WHO, 1999; Nocerino et al., 2000; Coon e Ernst, 2002; 
Cunha e Roque, 2005; Cunha et al., 2009). 
 
 
 
O Ginseng é comumente administrado em indivíduos saudáveis, como 
estimulante ou tônico, em estados de fadiga e de stress. No entanto, pode 
ser prescrito como adjuvante no tratamento de patologias como neurose, 
depressão, alcoolismo, tuberculose e cancro. 
(PANOSSIAN, 2003) 
 
Não pode ser utilizado por mulheres 
grávidas ou em fase de 
amamentação 
 
A sintomatologia do excesso de Ginseng se 
assemelha aos efeitos originados pelos 
corticosteroides, que inclui: insônia, tensão 
nervosa e irritabilidade por conta da 
excitação do sistema nervoso central. 
Causando também hipertensão, erupções 
cutâneas, edema e diarreia matinal. 
 
 
 
DEVEMOS TAMBÉM: 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Prescrição Libido Feminina 
• Lepidium meyenii, Maca Peruana - 2g a 5g/dia (5 cápsulas contendo 400mg 
cada - 25 a 100mg/kg peso). Tomar por 90 dias. 
• Inositol - 50mg/dia. Tomar por 90 dias. Junto a refeição. 
• Ω-3 - 2g/dia. Tomar por 90 dias. Junto a refeição. 
• Vitamina E - 200mg/dia. Tomar por 90 dias. Junto a refeição. 
• L-Arginina – 200mg/dia. Tomar por 60 dias. 
• Vitamina B6 (piridoxina) - 15mg/dia. 
• Panax ginseng, Ginseng, extrato seco - 200 a 600mg/dia (vasodilatador), não 
usar em hipertensos ou portadores de Rosacea. 
• Pinus pinaster, Pycnogenol - 40mg/3x dia (120mg). 
• Triptofano - 500mg/dia. 
• Tribulus terrestres, Tribulus - 250mg/2x dia. Tomar por 90 dias. 
Conversar ao longo da consulta 
 
 
 
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA 
 
O período do climatério é uma fase biológica do ciclo vital feminino que tem início 
normalmente por volta dos 40 anos de idade, podendo se estender até os 65. É 
determinado pela queda de produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos 
ovários. Os sintomas do climatério podem ser desde leves a muito intenso dependendo 
de vários fatores. 
 
Alguns dos sintomas: 
 Ondas de calor ou fogachos; 
 Insônia; 
 Nervosismo; 
 Depressão; 
 Hipertensão arterial; 
 Incontinência urinária; 
 Dor de cabeça; 
 Alterações sexuais; 
 Dor durante o ato sexual. 
 
A dor durante o ato sexual pode ser consequência do ressecamento vaginal, devido ao 
hipoestrogenismo, que é um dos principais causadores do desconforto sexual que pode 
causar alterações sexuais na vida da mulher. 
Florianópolis, 2015 Jan-Mar; 24(1): 64-71. 
 
 
 
 
 
 
 
Duração de 1 a 5 anos 
 
 
Os sintomas climatérios mais prevalentes foram: 
 
Nervosismo  82% 
Fogachos  70% 
Cefaleia  68% 
Irritabilidade  67% 
Sudorese  59% 
 
 
 
 
 
Pode ser dividido em três aglomerados: 
O primeiro fator incluiu as ondas de calor, sudorese (aglomerado vasomotor); 
O segundo incluiu depressão, nervosismo e irritabilidade (aglomerado psicológico); 
O terceiro, tontura e palpitação (aglomerado atípico). 
 
PEDRO, Adriana Orcesi et al. Síndrome do climatério: inquérito populacional 
domiciliar em Campinas, SP. Revista de Saúde Pública, v. 37, p. 735-742, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
A frequência e a 
intensidade variam de 
acordo com 
Fluxo sanguíneo 
As vezes as mulheres podem 
apresentar os três, como 
também podem não 
apresentar nenhum 
 
 
CLIMATÉRIO 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 Alterações de pele, cabelo e unha; 
 Perda de massa muscular e óssea; 
 Aumento do risco de doenças cardíacas; 
 Aumento da resistência periférica à insulina; 
 Modificação na distribuição da gordura corporal; 
 Fogachos; 
 Insônia; 
 Mudança de humor. 
 
FASES DA MENOPAUSA 
Pré-menopausa 
Em geral, ocorre entre os 35 e 48 anos, mas o período ainda gera debates entre os 
especialistas que nem sempre concordam com essa idade. As taxas de estrogênio e 
progesterona começam a sofrer alterações, ainda que nem sempre perceptíveis. A 
característica mais marcante da pré-menopausa é efetivamente a queda na fertilidade, 
que pode reduzir para 20% após a faixa da idade entre 35 e 40 anos. 
 
Perimenopausa (climatério) 
A perimenopausa, ou conhecida, de modo mais popular, como climatério, em geral, 
começa entre os 45 e 50 anos, sendo que essa é a fase de transição para a menopausa 
(peri = em torno). Também é o período em que os sintomas relacionados ao fim da 
menstruação estão mais presentes e acentuados. 
Para a maioria das mulheres, a perimenopausa começa cerca de 2 anos antes da última 
menstruação e se estende até 1 ano após ela. 
 
Menopausa 
É de fato a última menstruação. No entanto, apenas após 1 ano é possível determinar 
que o sangramento foi a menopausa. Portanto, ela é, na verdade, um evento bastante 
pontual. Uma margem ampla considera que a menopausa ocorre entre 45 a 55 anos, 
 
 
mas a média das brasileiras fica em 51 anos. Aproximadamente 5% das mulheres sofrem 
a menopausa tardia, que acontece após os 55 anos e outros 5% das mulheres vivenciam 
a menopausa precoce, que ocorre antes dos 45 anos. 
Pós-menopausa 
Vai da última menstruação até os 65 anos, quando a mulher atinge a terceira idade. No 
entanto, após a menopausa, por aproximadamente 1 ano, a paciente se encontra ainda 
na perimenopausa, sendo que as fases ocorrem juntas. 
Sinais de irritação na região intima, mucosas ressecadas, infecções e incontinência 
urinárias, redução de interesse sexual, dificuldade de lubrificação vaginal, dores e 
desconforto durante o sexo tendem a ocorrer com mais predominância nessa fase. 
É nesse período que as manifestações tardias tendem a aparecer. Entre elas: 
Alterações na pele: rugas, perda de elasticidade e da resistência da pele; 
Problemas íntimos: secura vaginal, infecções, irritação e dificuldade de lubrificação; 
Disfunções urinárias: cistite e incontinência urinária; 
Problemas neuromentais: aumento do risco das doenças de Alzheimer, AVC, déficit de 
concentração, dificuldade de concentração e redução de memória; 
Doenças cardiovasculares: aumento de risco de enfarte agudo do miocárdio; 
Disfunções ósseas: maiores riscos de osteoporose*. 
 
Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa 2008 
*A diminuição do estrogênio, diminui a absorção e a reabsorção de cálcio. 
 
 
 
 
Ou inserir o consumo de leite em pó na rotina. 
 
 
 
Suplementação de citrato de cálcio 
A suplementação tem que ser fracionada 
em 2 a 3x por dia 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO CLIMATÉRIO 
O consumo inadequado de alimentos pode contribuir para agravos, como a 
osteoporose, e o consumo em excesso podem comprometer a saúde como surgimento 
da obesidade que, além de ser uma doença crônica, pode aumentar os riscos para o 
desenvolvimento de hipertensão arterial e de diabetes mellitus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa 2008 
Para realizar o diagnóstico nutricional em mulheres adultas (≥ 20 e < 60 anos) o 
profissional de saúde deve calcular o IMC (índice de Massa Corporal): 
 
Controle de 
peso
Diminuição do 
valor 
energético 
Seleção de CHO 
de baixo índice 
glicêmico 
Diminuição de 
industrializado 
 
 
Para complementar o diagnóstico nutricional do adulto, o profissional poderá utilizar a 
medida da circunferência da cintura. Este indicador correlaciona-se com o IMC e avalia 
o tecido adiposo visceral. 
 
Deve-se manter uma alimentação 
saudável, associada à prática de atividade 
física e modos de vida saudáveis são os 
principais elementos para promover 
saúde e melhoria da qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual da Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa 2008 
 
Principalmente a musculaçãoafim 
de preservar a massa muscular e 
prevenir a sarcopenia 
O consumo excessivo de sódio e de carne 
vermelha (devido ao seu elevado teor de 
aminoácidos sulfurados) está relacionado 
ao maior risco de osteoporose 
 
 
TERAPIA NO CLIMATÉRIO 
Manual da Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa 2008 
CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS À TERAPIA HORMONAL: 
 Câncer de mama; 
 Câncer de endométrio; 
 Doença hepática grave; 
 Sangramento genital não esclarecido; 
 História de tromboembolismo agudo e recorrente; 
 Porfiria (purpuras); 
 Entre as contraindicações relativas estão a hipertensão arterial e o Diabetes 
mellitus não-controlados, a endometriose e miomatose uterina. 
 
 
Site de indicação: 
 
 
 
Associação brasileira do climatério 
 
 
 
Aborda sobre: 
 Terapia Hormonal; 
 Alimentação; 
 Menopausa e climatério; 
 Entre outros. 
 
DA TPM AO CLIMATÉRIO 
 
Menopausa: é caracterizada pela 
ausência da menstruação por um 
período de 12 meses. Geralmente 
ocorre entre 40 e 60 anos. 
Pós – menopausa: compreende o 
período após a menopausa e perdura 
por 10 anos. 
 
 
A menopausa é a fase na vida da mulher caracterizada pelo término da menstruação. 
Ela é parte de um processo biológico que começa, na maioria das mulheres, por volta 
 
 
dos 35 anos. Durante esse período, os ovários gradualmente produzem menos 
quantidades de hormônios sexuais: estrogênio e progesterona. 
 
Estrogênio: promove o desenvolvimento dos seis femininos e útero, controla o ciclo de 
ovulação e afeta muitos aspectos da saúde física e emocional da mulher. 
Progesterona: controla a menstruação e prepara o revestimento do útero para receber 
o óvulo fertilizado. 
 
SINAIS E SINTOMAS DA MENOPAUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ondas de 
calor
Suores 
noturnos 
Taquicardia 
Variação de 
PA 
Aumento 
do FSH e LH
LH vem para 
compensar 
Estrogênio 
FSH vem para 
compensar 
Progesterona 
 
 
 
 
Deve-se sempre solicitar e monitorar os exames de FSH e LH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MENOPAUSA PRECOCE 
Em mulheres que retiraram o útero, a menopausa ocorre artificialmente, embora os 
ovários mantenham seu funcionamento. Já nas situações de retirada dos ovários, a 
menopausa pode ser acompanhada das manifestações clínicas do hipoestrogenismo – 
diminuição do estrogênio, ocorrendo com mais frequência e intensidade do que na 
menopausa natural. 
Sintomas: 
 1º aumento do fluxo sanguíneo e período maior; 
 Alteração de humor: irritada, triste, alegre. 
 Ansiedade; 
 Depressão; 
 Sudorese. 
 
O anticoncepcional ajuda na prevenção desses sintomas do climatério. 
 
 
Anticoncepcional e 
reposição hormonal 
Não aparecem no 
exame de sangue 
Aparecem o 
hormônio natural 
E1 e E2 
 
 
 
Fitoterápicos no climatério 
 
Morus alba L. (Amoreira branca) 
Calendula officinalis L. (Calêndula) 
 
As plantas medicinais podem ser consideradas um recurso para o auxílio do 
tratamento o climatério (antecede a menopausa) (ROCHA, 2018). 
 
MENOPAUSA E SEXUALIDADE 
Uma das áreas afetadas na menopausa é a sexualidade. As repercussões hormonais no 
organismo da mulher se somam às transformações biológicas, psicológicas, sociais e 
culturais. A sexualidade da mulher no climatério é carregada de muitos preconceitos e 
tabus. Isso porque existem vários mitos que reforçam a ideia de que, nesse período, a 
mulher fica assexuada. 
1º mito: identificação da função reprodutora com a função sexual. 
2º mito: a atração erótica se faz às custas somente da beleza física associada à 
jovialidade. 
3º mito: a sexualidade feminina relacionada diretamente aos hormônios ovarianos, 
vinculados a diminuição da função do ovário com a diminuição da função sexual. 
Nessa fase mais experiente da vida, o conceito de satisfação muda, permitindo a procura 
de novas formas para exercer a sexualidade, motivada pela sabedoria adquirida, melhor 
conhecimento do corpo e maturidade para buscar outras opções. As mulheres no 
climatério, mais frequentemente após a menopausa, podem apresentar uma 
lubrificação vaginal menos intensa e mais demorada, dor nas relações sexuais, tornando 
a perspectiva do sexo com penetração, motivo de ansiedade e de falta de satisfação. 
 
 
 
 
Abordagem clínica 
 
A avaliação clínica da mulher no climatério deve ser voltada ao seu estado de saúde 
atual e também pregresso e envolve uma equipe multidisciplinar. A atenção precisa 
abranger além da promoção da saúde, prevenção de doenças, assistência aos sintomas 
clínicos e possíveis dificuldades dessa fase. 
A rotina básica de exames na consulta da mulher no climatério consta de exames para 
prevenção de doenças, detecção precoce ou mesmo para avaliação da saúde em geral. 
Deve ser repetida com regularidade (semestral, anual, bianual, trianual) de acordo com 
os protocolos específicos em vigor: 
 Hemograma, hormônios da tireoide, glicemia, colesterol total e HDL; 
 Triglicerídeos, TGO, TGP, urina e fezes; 
 Mamografia e ultrassonografia mamária; 
 Exame preventivo do câncer do colo do útero; 
 Ultrassonografia transvaginal; 
 Densitometria óssea. 
 
Agravos à saúde mais frequentes durante o climatério 
 Indisposição; 
 Hipotireoidismo; 
 Doenças cardiovasculares; 
 Hipertensão; 
 Obesidade; 
 Diabetes mellitus; 
 Transtornos psicossociais; 
 Alterações gastrointestinais; 
 Alterações urogenitais; 
 Alterações da saúde bucal; 
 Efeitos do tabagismo; 
 Câncer no climatério; 
 Osteoporose. 
 
O pH vaginal também sofre alterações, com tendência à alcalinização e mudança da 
flora, predispondo muitas vezes ao crescimento bacteriano com ocorrência da vaginite 
ou vaginose. 
 
 
TERAPIA HORMONAL 
 
Testosterona: Recomendado para mulheres que apresentam diminuição do desejo 
sexual, alguns trabalhos sugerem que este hormônio pode aumentar a motivação sexual 
e/ou melhorar a resposta sexual. 
Vias de administração: Oral, transdérmica, vaginal, intramuscular, implantes 
subcutâneos, etc. 
Indicações atuais da TH: 
 Correção da disfunção menstrual na perimenopausa; 
 Melhoria dos sintomas climatéricos; 
 Prevenção e melhoria da osteoporose; 
 Prevenção e tratamento da atrofia urogenital, implantes subcutâneos, etc. 
 
Contraindicações absolutas à Terapia Hormonal: 
 Câncer de mama; 
 Câncer de endométrio; 
 Doença Hepática Grave; 
 Sangramento Genital Não Esclarecido; 
 Entre as contraindicações relativas estão a hipertensão arterial e o Diabetes 
mellitus não controlados, a endometriose e miomatose uterina. 
 
 
É NECESSÁRIO O ACOMPANHAMENTO DE UM GINECOLOGISTA E ENDÓCRINO PARA 
A REALIZAÇÃO DA TERAPIA HORMONAL 
 
TERAPIAS COMPLEMENTARES 
Fitoterapia: 
Existem fitoterápicos com propriedades estimulantes sobre os receptores hormonais 
específicos (receptores beta), melhorando assim, as manifestações clínicas 
apresentadas. Diferencial é a sua ação altamente seletiva, sendo considerados 
 
 
moduladores seletivos dos receptores estrogênicos (serms), o que faz com que tais 
substâncias tenham baixíssimos índices de efeitos colaterais. 
Ex: 
• Cimicífuga (Cimicifuga racemosa) 
• Trevo Vermelho (Trifolium pratense) 
• Soja (Glycine max) 
 
Para os sintomas psicoemocionais, que podem acompanhar esta fase da vida da mulher, 
é válido ressaltar o uso de: 
• Hiperico perforatum (nutri não pode prescrever); 
• Valeriana officinalis (nutri não pode prescrever); 
• Melissa officinalis. 
 
Melissa officinalis 
Dose usual 200mg 
Dose mínima 100mg 
Dose máxima 600mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor, 2019, p577. 
 
 
Apenas no Canada estão liberados: 
• Glycine max; 
• Hypericum perforatum (sintomas da depressão); 
• Dioscorea villosa (reduz sintomas da menopausa); 
• Cimicifuga racemosa (reduz fogachos). 
 
(ROCHA, 2018) 
 
 
 
 
Dica de prescrição: 
 
Maca peruana – 500mg 
Posologia: Consumir 1 dose, 4 vezes ao dia. Cerca de 30 minutos antesdo café da manhã, 
almoço, café da tarde e antes do jantar. Durante 60 a 90 dias. 
 
 
Resultados: 
 
 
 
(MEISSNER et al, 2006) 
Soja (Glycine max) 
Extrato padronizado de 40% a 70% de isoflavonas. 
Uso: 50 a 180mg por dia, que devem ser divididos em duas tomadas (12/12h) 
Dose de ataque: 80 -100mg (1 mês) 
Dose de manutenção: 40 – 50mg por dia 
 
↓ peso 
corporal
↓ pressão 
arterial 
↑ níveis de 
HDL
↓ Calor
↓ transpiração 
excessiva
↓ distúrbios 
do sono 
Melhorou 
nervosismo
Melhorou 
depressão
Melhorou 
palpitações
↑ estrógeno
↑ densidade 
óssea
↑ densidade 
óssea
Melhorou a 
libido (30%)
↓ FSH
 
 
Possíveis efeitos colaterais: alergias, interferência com a absorção de certos minerais 
(pela presença de ácido fítico), constipação, flatulência, náuseas e irritação gástrica. 
Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa 2008 
 
Trevo vermelho (trifolium pratense) 
Extrato padronizado a 8% de isoflavonas 
Uso: 40mg a 60mg por dia com dose única diária. 
É um fitocomplexo que tem na sua composição várias isoflavonas, além de outros 
componentes da planta. Vem sendo utilizado por longa data para diversas finalidades, 
sendo útil para os sintomas do climatério devido a sua forte ação estrogênica-símile. 
Pesquisas têm mostrado também uma boa perspectiva para manutenção dos perfis 
ósseo e lipídico, assim com uma ação antineoplásica, inflamatória, cicatrizante e 
cumarínica, diminuindo a coagulabilidade sanguínea e a perfusão periférica. 
No entanto, os produtos registrados pela Anvisa se referem à padronizado e dosagem 
específicas para ao alívio dos “fogachos”. 
Possíveis efeitos colaterais: semelhantes aos de produtos à base de isoflavonas. O uso 
concomitante de anticoagulantes orais ou heparina pode ter seu efeito potencializado. 
Manual da Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa 2008 
 
Cimicífuga (Cimicifuga racemosa) 
É utilizado para o tratamento dos sintomas do climatério e menopausa, tendo ação 
central (hipotalâmica) e periférica, nos receptores. Está indicado principalmente para os 
sintomas neurovegetativos do climatério (fogachos) e age na melhora da atrofia da 
mucosa vaginal (ação periférica). 
 
Cimicífuga racemosa – 40 a 80mg/dia 
Extrato padronizado entre 2,5 e 8% de 27-deoxiacteína 
 
 
 
Associar com: 
Isoflavonas. 
 
Possíveis efeitos colaterais: são muito raros. Incluem dor abdominal, diarreia, cefaleia 
vertigens, náuseas, vômito e dores articulares. 
Hipérico (hiperico perforatum) 
É uma planta de reconhecidas propriedades antidepressivas e calmantes, podendo ser 
indicada para quadros leves a moderados de depressão não endógena. Atua no SNC 
inibindo a receptação de vários neurotransmissores, entre eles a serotonina relacionada 
ao equilíbrio emocional e ao humor. 
 
Hiperico perforatum – 300 a 900mg 
Extrato padronizado a 0,3% de hipericinas 
 
No caso de utilizar a maior dose (900mg), dividir em 3 tomadas diárias. 
 
Possíveis efeitos colaterais: Irritação gástrica, sensibilização cutânea – fotodermatite, 
insônia, ansiedade. Contraindicações: gravidez, lactação. Evitar exposição ao sol. 
 
Valeriana (valeriana officinalis) 
Conhecida mundialmente pelo seu efeito sedativo, alívio da ansiedade e insônia. 
Extrato seco com 0,8% de ácidos valerênicos. 
 
Valeriana officinalis – 300 a 400mg ao dia, divididos em duas a três tomadas. 
 
 
 
Possíveis efeitos colaterais: Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Devem 
ser respeitadas as dosagens, pois em excesso pode causar cefaleia e agitação. Grandes 
quantidades podem induzir a sonhos, dispepsia e reações alérgicas cutâneas. 
Contraindicações: hipersensibilidade, gestação e lactação. 
 
 
 
 
 
Melissa (melissa officinalis) 
 
Pode ser utilizada para o alívio de ansiedade, insônia e algumas desordens digestivas 
como cólicas intestinais, flatulência, dispepsia, além de outras indicações, 
principalmente quando associada à valeriana. 
 
Melissa officinalis – 80 a 240mg ao dia, em três tomadas. 
 
Possíveis efeitos colaterais: Entorpecimento e bradicardia em indivíduos sensíveis. 
 
Por que ensinar esses compostos já que o 
nutri não pode prescrever? 
Porque a legislação pode mudar a qualquer momento! 
 
 
Contra - indicações: gestantes, portadores de glaucoma e de hipertireoidismo e 
hipersensibilidade aos constituintes da planta. 
 
A associação de valeriana com melissa já pode ser encontrada comercialmente e tem 
sido indicada como indutor do sono e para ansiedade. 
 
OUTRAS TERAPIAS 
Isoflavonas (genisteína e daidzeína) / Soja – 150mg 
Para terapias nos primeiros 15 dias e depois 75mg dia. 
 
Lignanas / linhaça escura – 1 a 2 c/ sopa por dia 
 
Coumestanos / alfafa, trevo vermelho – 500mg/ dia (8% isoflavonas) 1x ao dia 
 
Dong Quai (Angelica sinensis) – 200mg 1x ao dia 
 
Indol-3-Carbinol – 200 a 400mg 1x ao dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se a paciente apresentar Disbiose ou Síndrome do 
Intestino Irritável, deve-se tratar primeiro o 
intestino. 
 
Probióticos – 60 dias 
Associar com: 
Suplementação de soja e fitoestrógeno 
 
 
Pycnogenol® 
 
Dose usual 100mg 
Dose mínima 50mg 
Dose máxima 200mg 
 
PUJOL, Ana Paula. Manual de formulações: para a 
prática clínica. SC: Ed. do autor, 2019, p577. 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
Foi bem tolerado, houve melhora significativa no controle dos sintomas da menopausa 
e qualidade de vida. Nenhum efeito colateral foi relatado e a adesão foi muito boa com 
98,6% dos comprimidos usados conforme prescrito. 
Panminerva Med. 2011 Sep;53(3 Suppl 1):65-70. 
 
OUTROS ASPECTOS NUTRICIONAIS 
 
 Evitar carne vermelha de cortes gordurosos (para diminuir o teor de colesterol e 
gordura saturada) 
 
Consumir 1 a 2 vezes por semana no máximo 
Preferir: filé mignon, lagarto, patinho, chan e alcatra. 
38 mulheres 100mg por dia 8 semanas 
 
 
 Evitar o uso de refrigerantes, pode causar osteopenia. 
 
Os refrigerantes possuem benzoato de fosforo que potencializam a saída do cálcio do 
nosso corpo. 
 
 Evitar a cafeína e a bebida alcoólica. 
Aumentam a circulação, causam agravos nas ondas de calor e aumentam a 
excreção de cálcio. 
 Manter o controle do peso. 
 
Quanto maior o peso, maior o risco para doenças não transmissíveis 
 Diminuir o consumo de gordura saturada 
 
 Suplementar Ômega 3 
 
Também ingerir fontes de ômega 3 2x vezes na semana, como o salmão e o atum 
 
 Utilizar fibras 
 
Aveia grossa: 4 – 5 c/ sopa por dia 
Farelo de aveia: 4 – 5 c/ sopa por dia 
Psyllium: 1 c/ sopa por dia 
 
 Sugerir o consumo de soja 
 
Cuidar, pois no Brasil a soja é transgênica 
 
 Cuidar do intestino 
 
Utilizar lactobacillus e bifidum 
 
 
 
 
CUIDAR DO PACIENTE COMO UM TODO! 
 
 
CANDIDÍASE 
 
Leveduras do gênero Candida são patógenos oportunistas frequentemente isolados das 
superfícies mucosas de indivíduos normais, mas podem levar ao desenvolvimento de 
infecções denominadas candidíases, que variam desde lesões superficiais até infecções 
disseminadas. 
Clinicamente a candidíase pode ser cutânea, mucosa, cutaneomucosa ou visceral. O 
microrganismo cresce melhor em superfícies quentes e úmidas, causando 
frequentemente vaginite, dermatite das fraldas e candidíase oral. 
A microbiota vaginal normal é rica em lactobacillus produtores de peróxido de 
hidrogênio, precursores de ácido láctico, que acarreta uma acidez adequada (Ph 4,5) do 
ambiente vaginal, dificultando a proliferação da maioria dos patógenos. A cândida se 
prolifera em ambiente muito ácido (Ph 2). 
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo 2007; 52(2):48-50. 
Existem duas grandes categorias: 
 Candidíase cutaneomucosa crônica: AIDS 
 Candidíase vaginal crônica: é desencadeada por fatores de risco, como gestação, 
uso de contraceptivos orais, antibioticoterapia e diabetes mellitus. 
 
(ALVARES, C. A., et al 2007) 
 
FATORES QUE FAVORECEM A CANDIDÍASE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hosp FacCienc Med Santa Casa São Paulo 2007; 52(2):48-50. 
OUTROS FATORES: 
• Relação sexual pode piorar, pois o esperma tem pH alcalino na faixa de 8 a 8,3 e gera 
atrito; 
• O pH natural da vagina é de 3,8 a 4,2. Favorecendo lactobacilos; 
• Mudanças no pH favorecem vaginose provocadas por bactérias que se adaptem ao 
pH mais alcalino; 
• Os fungos geralmente se adaptam bem ao pH mais ácido, mas não se proliferam pela 
competição natural bacteriana. 
J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.43 no.5 Rio de Janeiro Sept./Oct. 2007 
 
 
 
 
 
 
 
Diabetes mellitus; 
Imunodeficiência; 
Fatores hormonais; 
Imunidade local mediada por células cândida – específica; 
Antibióticos de largo espectro; 
Hábitos de vida, vestuário, vida sexual; 
Resistência aos antifúngicos. 
Candidíase 
É originada pelo fungo do gênero Cândida 
albicans em 80 a 90% dos casos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro tipo de cândida pode se 
proliferar nas unhas, gerando o 
escurecimento nas suas laterais 
 
Fungos no banheiro também é 
da família da cândida 
 
Atenção ao utilizar os banheiros: quando a pessoa urina e dá a descarga no mesmo 
momento, pode estar exposto a cândida. Pois com o vapor da água, ela sai e pode 
contaminar o indivíduo. 
Pode-se obter cândida na boca. 
Conhecido como mucosite ou 
“sapinho”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Álvares, C. A. et al 2007) 
SINTOMAS 
 Ardor; 
 Prurido; 
 Corrimento branco e espesso (os quais se agravam em períodos pré-menstruais 
por diversos fatores, como aumento da acidez vaginal. 
 Perda da libido. 
 
 
BIOFILME 
Estudos tem revelado que a maioria das bactérias não crescem como células individuais, 
mas em comunidades estruturadas como organismos pseudomulticelulares ou 
biofilmes, estando presentes em praticamente todos os ecossistemas naturais e 
patogênicos. 
A adesão bacteriana, seja em uma superfície abiótica (inanimada, como plásticos e 
metais) ou biótica (como células e tecidos animais ou vegetais), é o primeiro estágio na 
formação de biofilmes e é considerado um processo bastante complexo. 
75% 
Um episódio na 
vida 
 
40 a 50% 
Novos surtos 
 
5% 
Terão recorrente 
 
4 ou mais episódios 
no período de um 
ano. 
 
 
 
Revista Liberato, Novo Hamburgo, v. 14, n. 22, p. 113-238, jul. /Dez. 2013. 
Resistência aos medicamentos 
O crescimento tipo biofilme pode ocorrer durante muitos tipos de infecções, sendo uma 
das principais causas de infecção recorrente. 
Várias investigações examinaram a contribuição 
da matriz extracelular de biofilme para o fenótipo 
de resistência a drogas associado ao estilo de vida 
de biofilme de Cândida. 
O passo final na formação de biofilme é marcado 
pela liberação e dispersão de células de levedura 
para novos locais tornando a infecção sistêmica. 
A dispersão ocorre ao longo do processo de 
formação do biofilme, mas é vista como mais 
profunda durante o estágio intermediário de 
formação do biofilme. 
(J. Fungi 2018, 4, 140) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento do biofilme 
 
 
O ciclo de vida do biofilme de C. albicans compreende a ligação de células livres de C. albicans à superfície, 
formação de hifas, produção de matriz extracelular e descolamento (dispersão) de células que podem 
iniciar a formação de biofilme em novos locais. Por simplicidade, poucos genes, incluindo fatores de 
transcrição (em negrito) envolvidos nos estágios indicados (identificados em condições in vitro e in vivo) 
são apresentados na caixa. As setas indicam as propriedades das células de levedura dispersas, como 
maior aderência, virulência e resistência a antifúngicos. 
(J. Fungi 2018, 4, 140) 
EQUILIBRIO VAGINAL 
A flora vaginal composta por lactobacilos constitui uma barreira defensiva importante à 
CANDIDÍASE VULVO VAGINAL (CVV), sendo que os lactobacilos atuam em três diferentes 
níveis. 
Em primeiro lugar, competem com os fungos pelos nutrientes. Em segundo, realizam 
um processo de co-agregação, podendo com isso, além de competir com os fungos, 
bloquear os receptores epiteliais para eles, inibindo a adesão dos mesmos ao epitélio 
vaginal. Esse mecanismo defesa é o mais importante. 
 
 
Em terceiro lugar, são capazes de produzir substâncias (bacteriocinas) capazes de inibir 
a germinação de micélios. Isso talvez explique porque tratamentos com antibióticos 
podem desencadear CVV em decorrência da depleção da flora vaginal. 
J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.43 no.5 Rio de Janeiro Sept./Oct. 2007 
 
FATORES QUE PROTEGEM CONTRA O FUNGO: 
 Sistema imune em homeostase; 
 PH vaginal e oral; 
 Bactérias benéficas (Probióticos e prebióticos); 
 Alta ingestão de fibras; 
 Diminuir o consumo de álcool. 
 
 Leva a diminuição da disbiose intestinal 
 
 
 
 
 
 
Leva 60 dias para o corpo se adaptar ao exercício físico 
 
 
 
 
 
 
 
 
A prática de exercício 
físico melhora o sistema 
imune 
+ Respira + Exposição 
↓ a resposta imunitária (abre a 
janela de oportunidades de 1h) 
 
 
A principal fonte de leveduras vaginais é o trato gastrointestinal, através de um 
processo chamado transmissão endógena). 
 
FATORES QUE AGRAVAM A DISBIOSE INTESTINAL 
 Uso de antibióticos, corticoides, anticoncepcionais, laxantes, antiácidos; 
 Xenobióticos; 
 Estresse; 
 Doenças metabólicas; 
 Alimentação inadequada; 
 Flora intestinal; 
 Permeabilidade intestinal. 
 
 
TRATAMENTO PADRÃO 
Para o tratamento padrão, o fluconazol e a nistatina são os mais utilizados. 
• No entanto, a nistatina tem pouco efeito terapêutico. 
• Já o fluconazol está associado ao desenvolvimento de resistência. 
• E o fentizol tem sido bastante efetivo. 
 
CONDUTA NUTRICIONAL DA CANDIDÍASE 
 
Alimentos prejudiciais 
Qualquer alteração dos níveis de glicose, especialmente em situações de hiperglicemia, 
e qualquer estado em que se produz elevação do glicogênio vaginal podem desencadear 
uma crise. 
Altos níveis de produção de hormônios femininos, especialmente a progesterona, 
aumentam a disponibilidade de glicogênio no ambiente vaginal, o qual serve como 
excelente fonte de carbono para o crescimento e a germinação das leveduras (5 dias 
anteriores a menstruação). 
 
 
A microbiota vaginal normal é rica em lactobacilos produtores de peróxido (bacilos de 
Doderlein), os quais formam ácido lático a partir do glicogênio, presente principalmente 
no citoplasma das células escamosas do tipo intermediárias do epitélio vaginal, cuja 
produção é estimulada pelos hormônios sexuais femininos. Esse mecanismo propicia 
acidez adequada do ambiente vaginal (pH em torno de 4,5), dificultando a proliferação 
da maioria dos patógenos. 
(Álvares, C. A., et al. 2007) 
 
Deve-se levar a consideração o ciclo menstrual da mulher 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pois o aumento da progesterona, aumentam a disponibilidade de glicogênio no 
ambiente vaginal, que serve como excelente fonte de alimento para o crescimento e a 
germinação das leveduras. Aumentando a oferta de nutrientes para as cândidas e irão 
se multiplicar com mais rapidez. 
AÇÚCAR 
As células de leveduras da cândida precisam de açúcar para construir suas paredes 
celulares e expandir suas colônias. Por isso, os diabéticos têm maior probabilidade e 
recidiva da cândida. 
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL 
 
O ciclo menstrual dura em média 28 dias, sendo dividido em três fases: 
FASE FOLICULAR (proliferativa ou estrogênica): começa com o início do 
sangramento e leva em média, de 10 a 15 dias. 
FASE OVULATÓRIA: dura de 1 a 3 dias e culmina com a ovulação. 
FASE LÚTEA (secretória ou progestacional): duração de aproximadamente 13 
dias, e termina com o início do sangramento menstrual e aumento da 
progesterona. 
 
 
A hiperglicemia pode induzir a produção de uma proteína de superfície (CD11B) em C. 
albicans que promove sua aderência ao epitélio vaginal e prejudica o reconhecimento 
fagocitário. 
Outros fatores que favorecemo crescimento da microbiota é a disbiose, comumente 
encontrada em pessoas com prisão de ventre recorrente ou Síndrome do Intestino 
Irritável. 
 
UTILIZAÇÃO DE PROBIÓTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GIL, N.F. et al. Vaginal lactobacilli as potential probiotics against 
Candida spp. Braz J Microbiol; 41: 6-14, 2010. 
STRUS, M. et al. The in vitro activity of vaginal Lactobacillus with 
probiotic properties against Candida. Infect Dis Obstet Gynecol; 
13(2): 69–75, 2005 
DICA DE FORMULAÇÃO: 
Lactobacillus rhamnosus – 1 bilhão UFC 
Lactobacillus acidophilus – 1 bilhão UFC 
Lactobacillus bulgaricus – 1 bilhão UFC 
Lactobacillus casei –1 bilhão UFC 
Bifidobacterium bifidum – 1 bilhão 
 
Tomar 1 dose a noite. 
Durante 60 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
Ao prescrever os Probióticos deve-se ter conhecimento que: 
 
 
 
Formulações prontas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lactobacillus rhamnosus Tem relação direta com 
Escherichia coli 
1 bilhão UFC 109 100mg 
 
 
Forma de consumo: 
 
 
 
 
 Primeiros 5 dias tomar ½ sache 
 Após tomar 1 sache, dia sim e dia não, por 30 dias 
 Depois de tomar 30 dias, tomar 1 sache todos os dias 
 Inserir junto a refeição 
 
 
 
 
Quando o paciente faz uso do fluconazol: 
 
 
 
 
 
 
 
Martinez, R. C. R., Franceschini, S. A., Patta, M. C., Quintana, S. M., 
Candido, R. C., Ferreira, J. C., … Reid, G. (2009). Improved treatment 
of vulvovaginal candidiasis with fluconazole plus 
probioticLactobacillus rhamnosusGR-1 andLactobacillus reuteriRC-
14. Letters in Applied Microbiology, 48(3), 269–274. 
 
 
 
1 vez 
Consumir os probióticos em jejum, faz com que entre em contato 
com o ácido clorídrico do estômago. Visto que os probióticos são 
muito sensíveis à ambientes ácidos. 
DICA DE FORMULAÇÃO: 
Lactobacillus rhamnosus – 1 bilhão UFC 
Lactobacillus reuteri – 1 bilhão UFC 
 
Tomar 1 dose a noite. 
Durante 60 dias. 
Evita a formação 
do biofilme 
Previne a cândida 
crônica 
 
 
GLUTAMINA 
 
Estimula a recuperação do enterócito, por ser fonte de energia para eles. 
Com isso, leva a produção de IgA e melhora a cândida. 
A glutamina é o aminoácido livre mais encontrado no corpo humano, quando 
relacionado à aplicação em lesões clínicas, pode auxiliar na recuperação dos quadros 
graves, mostrando diminuição das infecções e, até mesmo, do tempo. 
A glutamina pode reduzir a resposta inflamatória, antagonizando a prostaglandina e 
regulando também as atividades de linfócitos NK citotóxicos, bem como de neutrófilos, 
sendo a redução de seu nível sérico extremamente prejudicial ao organismo. 
Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(3):399-401 
 
CÚRCUMA 
MENTHA PIPERITA 
PERSEA AMERICANA (ABACATE) 
Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.17, n.1, p.175-185, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espécies vegetais com 
ação anti - Candida 
Cúrcuma = 1 colher de 
chá duas vezes ao dia 
(anti-inflamatória) 
 
25 gotas de própolis e 
½ limão exprimido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diversos alimentos podem ser incluídos para conseguirmos o efeito antifúngico 
Recomenda-se a ingestão de orégano, alho, cebola, diversidades de legumes e 
verduras; alimentos com efeitos prebióticos, como biomassa de banana-verde e 
batata-yacon. 
 
Óleo de orégano por maceração: 
 
 
 
 
 
Mentha piperita 
(controle dos hormônios) 
1L de água c/ 10 folhas 
 
Abacate (1 abacate ao dia, 
adição de fibras, melhora do 
intestino) 
 
Aveia e açúcar de coco 
 
Sem ferver e sem abafar 
 
ÓLEO POR MACERAÇÃO 
 
(1:1) 1 óleo vegetal 
1 maço de orégano fresco 
Deixar por 10 dias no frasco 
1 colher de sopa 2 x ao dia. 
 
 
 
SALGUEIRO, L.R.; CAVALEIRO, C.; PINTO, E. Chemical 
composition and antifungal activity of the essential oil of 
Origanum virens on Candida species. Planta Med; 69(9): 871- 
874, 2003. 
SOUZA. E.L. et al. Effectiveness of Origanum vulgare L. 
essential oil to inhibit the growth of food spoiling yeasts. 
Food Control; 18(5): 409–413, 2007. 
 
Óleo de alho por maceração: 
 
 
 
 
 
Resultados: demonstraram que o Allium sativum apresentam atividade antifúngica in 
vitro, com valores menores de CMI para os extratos de bulbilhos de alho macerado. 
 
LEMAR, K.M. et al. Allyl alcohol and garlic (Allium sativum) 
extract produce oxidative stress in Candida albicans. 
Microbiology; 151(10): 3257–3265, 2005. 
Rodrigues, Marianni de Moura; Santos, Silvana Soleo Ferreira 
dos; Claro, Cristiane Aparecida de Assis; Scherma, Alexandre 
Prado. Avaliação in vitro da atividade antifúngica do allium 
sativum sobre cepas de candida albicans isoladas de cavidade 
bucal. Periodontia;19(2):124-132, 2009. Ilus, tab, graf. 
 
PODE-SE UTILIZAR OS DOIS AO MESMO TEMPO 
 
 
 
 
ÓLEO POR MACERAÇÃO 
 
15 dentes de alho macerado 
500ml de azeite de oliva 
Deixar por 10 dias no frasco 
1 colher de sopa 2 x ao dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: o extrato de alho não foi tão efetivo quanto o a tintura de alecrim e 
gengibre 
 
 
 
 
Tintura: 
 
 
 
 
 
 
 
Alecrim e gengibre na 
forma de tintura 
50ml álcool / 50ml água 
Alho 
 
O alho tem compostos lipídicos e possuem maior afinidade dentro do azeite. Por 
isso, a extração alcoólica não será tão benéfica. 
Rosmarinus officinalis (Alecrim) - 20% 
Stryphnodendron adstringens (Barbatimão) - 20% 
Allium sativum (Alho) - 20% 
Arctium major (Bardana) - 20% 
Zingiber officinale (Gengibre) - 20% 
 
100 ml 
Tomar 30 gotas 1 x ao dia. Durante 30 dias. 
 
 
 
 
 
ÓLEOS 
O óleo de peixe tem atividade antifúngica comprovada, havendo também benefícios 
através da ingestão de peixes como truta, salmão, sardinhas, atum e bacalhau por pelo 
menos 3 vezes/ semana. 
O óleo de prímula, de borragem, a groselha preta e de linhaça são ótimas fontes de 
ômega 3. 
Todos estes óleos têm propriedades antifúngicas. 
CHÁS 
 
 Consumir 3x ao dia 
 1L de água quente; 
 Não deixar ferver; 
 Não abafar; 
 15g de chá. 
 
 
 
 
 
 
 
Unha de gato Equinácea Gengibre Orégano 
 
 
 
OUTRAS CONSIDERAÇÔES 
 Manter bons níveis de zinco e vitamina C; 
 Eliminar: açúcar, leite, glúten, fermento e álcool, ultra processados e 
industrializados; 
 Suplementar probióticos; 
Utilizar CEPAS – Saccharomyces boulardii; 
Utilizar L. acidophilus e L. rhamnosus, plantarum, duas espécies 
Bifidobacterium (B. longum e B. bifidum), duas Saccharomyces (S. boulardii e 
S. thermophiles) e E. Faecalis; 
 Suplementar glutamina; 
 Ofertar dieta rica em fibras solúveis, como Fibergrum e Inulina; 
 Peptídeos do colágeno para reduzir permeabilidade intestinal; 
Optar por Verisol® ou Peptan®, que são colágenos patenteados. 
 Utilizar própolis – 15 gotas 2 vezes ao dia; 
 Utilizar vinagre de maçã – 2 colheres de sopa 2 vezes ao dia; 
 Utilizar óleo essencial de orégano ou tomilho; 
 Suplementar complexo B;

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