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TRABALHO OBSERVAÇÃO - ANTROPOLOGIA

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UNIRUY | WYDEN
CURSO DE PSICOLOGIA
TURMA 2018.2 - MATUTINO
THEREZA CRISTINA DE CARVALHO CAMPOS DOS SANTOS
AMANDA 
ALBERTO
MARIA EDUARDA
CAUÃ LUCCA
TRABALHO DA DISCIPLINA ANTROPOLOGIA
PROFESSORA ISAMARA LIMA
SALVADOR-BA
23 DE OUTUBRO DE 2018
Definimos com objeto de estudo e observação, o show da banda Attoxxa, banda de pagode eletrônico, do cenário musical baiano. O evento aconteceu no Pelourinho, na Praça Teresa Batista. O público, em sua grande maioria, é composto por jovens, abrangendo primordialmente as classes sociais mais altas. Percebemos uma alta concentração de pessoas, ambiente descontraído, não violento, com grande interação. Era perceptível no ambiente, o engajamento político, ideológico, cultural e social. Chegamos a essa conclusão, uma vez que, haviam muitas pessoas, sinalizando em suas vestimentas, tanto camisas, como adereços, as suas preferências partidárias, geralmente de esquerda, fazendo alusão a democracia e algumas com dizeres sobre a liberdade de amor, de gênero e ideias anti-racistas. O consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e canabbis era evidente, como forma de “potencializar” a diversão e não incitante a qualquer tipo de violência. O ambiente por si só, já é muito bonito, dispensando maiores adereços decorativos, além disso a iluminação vinda do palco já fazia todo o espetáculo. Nos divertimos ao observar as danças diferentes, porém com a mesma motivação, que era o som contagiante da banda. Ouvimos muitas risadas e demos muitas risadas também, o que nos proporcionou uma sensação de bem estar, sendo assim uma experiência muito agradável e de muito conhecimento, devido a oportunidade de observar a diversidae cultural, pois apesar do ambiente elitizado, não como sentir o contrate de estarmos no Pelourinho, um local de grande riqueza cultural, tradutor da nossa história e palco de tantas diferenças.
OPINIÃO THEREZA – Achei a experiência interessantíssima, pois além de gostar do som da banda, estava entre amigos queridos. Apesar de não estar inserida na faixa etária da maioria dos participantes, me senti super bem e acolhida. Em determinado momento, antes de terminar o show, senti a necessidade de ir embora, pois já não estou mais acostumada a este tipo de programa. Ficar em pé, até altas horas, já me deixa um pouco mais cansada, pois prefiro, hoje em dia, shows mais tranquilos e em outros locais, como teatro, por exemplo. Fora isso, foi muito bacana me inserir neste contexto tão rico.
	Fichamento de Resumo
	Ficha nº2
Teorias modernas sobre cultura
LARAIA, Roque Barros. Cultura conceito antropológico. Rio de Janeiro, Zahar, 
2001
Neste capítulo Laraia procura sintetizar os principais esforços da antropologia moderna na reconstrução do conceito de cultura. Para isso, utiliza o esquema elaborado pelo antropólogo Roger Keesing em seu artigo "Theories of Culture", no qual classifica as tentativas modernas de obter uma precisão conceitual.
Keesing refere-se, inicialmente, às teorias que consideram a cultura como um sistema adaptativo. Difundida por neo-evolucionistas como Leslie White. Em segundo lugar, faz referência às teorias idealistas de cultura, que subdivide em três diferentes abordagens. A primeira delas é a dos que consideram cultura como sistema cognitivo, produto dos chamados "novos etnógrafos".
A segunda abordagem é aquela que considera cultura como sistemas estruturais, ou seja, a perspectiva desenvolvida por Claude Lévi-Strauss, "que define cultura como um sistema simbólico que é uma criação acumulativa da mente humana. A última das três abordagens, entre as teorias idealistas, é a que considera cultura como sistemas simbólicos. Esta posição foi desenvolvida nos Estados Unidos principalmente por dois antropólogos: o já conhecido Clifford Geertz e David Schneider.
Para Geertz, todos os homens são geneticamente aptos para receber um programa, e este programa é o que chamamos de cultura. Geertz considera ainda que a antropologia busca interpretações. Com isto, ele abandona o otimismo de Goodenough que pretende captar o código cultural em uma gramática; ou a pretensão de Lévi-Strauss em decodificá-lo.
	Fichamento de Resumo
	Ficha nº3
A cultura condiciona a visão de mundo do homem
LARAIA, Roque Barros. Cultura conceito antropológico. Rio de Janeiro, Zahar, 
2001
O objetivo deste capítulo é mostrar uma maneira mais prática, a atuação da cultura e de que forma ela molda uma vida.
Segundo Ruth Benedict , a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes têm visões diferentes das coisas. Podemos usar com referência o exemplo da floresta, dado pela autora. A nossa herança cultural, que foi desenvolvida através de várias gerações, nos condicionou a reagir de maneira depreciativa, em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade. Por isto, discriminamos o comportamento desviante. Podemos usar como referência o exemplo do homossexual, citado pela autora. Este fato representa um tipo de comportamento padronizado por um sistema. Esta atitude descriminação do homossexual varia em outras culturas, pois entre algumas tribos das planícies norte-americanas, o homossexual era visto como um ser dotado de propriedades mágicas, e portanto respeitado. São vários os exemplos de visões diferentes de culturas sobre determinado assunto e comportamento, que são produtos de uma herança cultural. Graças a isso, os indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características, tais como o modo de agir, vestir, caminhar, comer, etc. Até o riso, que faz parte da fisiologia humana, pode ser diferente e por motivos diferentes, diante de cada cultura. Pessoas de culturas diferentes riem de coisas di versas . No artigo de Marcel Mauss, 1872-1950 Noção de técnica corporal , é citada a análise das formas de como o homem, de sociedades diferentes, usam os seus corpos. Segundo Mauss, podemos admitir com certeza que se uma criança senta-se à mesa com os cotovelos junto ao corpo e permanece com as mãos nos joelhos, quando não está comendo, ela é inglesa . Um jovem francês não sabe mais se dominar: ele abre os cotovelos em leque e apoia-os sobre a mesa . Não é difícil imaginar que a posição das crianças brasileiras, nesta mesma situação, pode ser bem diversa . Dentro de uma mesma cultura, a utilização do corpo é diferenciada em função do sexo. As mulheres sentam, caminham, gesticulam etc. de maneiras diferentes das do homem. Estas posturas femininas são copiadas pelos travestis. Resumindo, todos os homens são dotados do mesmo equipamento anatômico, mas a utilização do mesmo, ao invés de ser determinada geneticamente todas as formigas de uma dada espécie usam os seus membros uniformemente , depende de um aprendizado e este consiste na cópia de padrões que fazem parte da herança cultural do grupo . A questão é homem vê o mundo através de sua cultura e tende a considerar que o seu modo de vida é o mais correto e natural. Essa tendência é chamada de etnocentrismo e acaba sendo responsável pelos conflitos sociais. O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão . O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado mesmo dentro de uma sociedade . Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais .
	Fichamento de Resumo
	Ficha nº4
A cultura interfere no plano biológico
LARAIA, Roque Barros. Cultura conceito antropológico. Rio de Janeiro, Zahar, 
2001
 Anteriormente foi visto que a cultura interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Neste capítulo, veremos como ela podecondicionar outros aspectos biológicos e até mesmo decidir sobre a vida e a morte dos membros do sistema. Comecemos pela reação oposta ao etnocentrismo, que é a apatia. Em lugar da superestima dos valores de sua própria sociedade, numa dada situação de crise os membros de uma cultura abandonam a crença nesses valores e, consequentemente, perdem a motivação que os mantém uni os e vivos. Como exemplo, podemos citar: Os africanos removi dos violentamente de seu continente ou seja, de seu ecossistema e de seu contexto cultural e transportados como escravos para terra estranha habitada por pessoas de fenotípica, costumes e línguas diferentes, perdiam toda a motivação de continuar vivos . Dado este exemplo, vamos nos referir a um fato que vem sendo muito estudado, que são as doenças psicossomáticas. Estas são fortemente influenciadas pelos padrões culturais. Muitos brasileiros, por exemplo, dizem padecer de doenças do fígado, embora grande parte dos mesmos ignore até a localização do órgão . Entre nós são também comuns os sintomas de mal-estar provoca dos pela ingestão combinada de alimentos. Quem acredita que o leite e a manga constituem uma combinação perigosa, certamente sentirá um forte incômodo estomacal se ingerir simultaneamente esses alimentos . A cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou imaginárias. Estas curas ocorrem quando existe a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder dos a gentes culturais, ex: xamã, pajé.
	Fichamento de Resumo
	Ficha nº5
A Pré-História da Antropologia
LAPLATINE, Françoise. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1991. 
A antropologia em seu período inicial procurava questionar coisas como: teria o homem selvagem uma alma? Por exemplo, quem questionava os índios serem civilizados, os antropólogos realizavam debates. Alguns à favor dos índios, comentando sua ordem política ser até melhor do que a de algumas sociedades, e outros à favor da servidão dos índios, que eram estranhas aos costumes pacíficos e da vida civil.
Até o século XIX, os estereótipos de mau selvagem e bom civilizado ganharam força, com o desejo de expulsão da cultura todos os que não participavam da faixa de humanidade à qual pertencemos e com qual nos identificamos. Os índios, por exemplo, foram julgados por causa de suas crenças religiosas, aparência física, comportamentos alimentares e língua.
Haviam também os especialistas que defendiam a ingenuidade dos povos, comentando que os mesmos cometiam, muitas vezes, menos barbáries do que nós mesmos. Alguns antropólogos acreditavam nesta área de saber uma maneira de fugir da prisão mecânica da cultura e estudar as formas primitivas da vida humana.
As populações selvagens eram sempre vistas por um dos dois extremos, ou eram belos, ou feios; trabalhadores ou preguiçosos; animal ou humano; religioso ou sem alma; anarquista ou comunista.
Diferente dos conceitos pré-antropológicos, que considerava os selvagens como estereótipos, houve a criação de um projeto antropológico, na qual existiu o desenvolvimento de vários conceitos. Mais do que observar o homem como um objeto e analisá-lo, a antropologia busca interpretar as interpretações.
	Fichamento de Resumo
O século XVIII
	Ficha nº6
LAPLATINE, Françoise. Aprender Antropologia. 2003. 
Será preciso esperar o século XVIII para que se constitua o projeto de fundar uma ciência do homem, isto é, de um saber não mais exclusivamente especulativo, e sim positivo sobre o homem . Apenas neste século é que se entra na modernidade. Somente nessa época que se pode aprender as condições culturais, históricas, epistemológicas do que será a antropologia. O projeto antropológico parte de alguns pressupostos: a construção de um certo número de conceitos, começando pelo próprio conceito de homem , a constituição de um saber que não seja apenas de reflexão, e sim de observação ,uma problemática essencial: a da diferença. Rompendo com a convicção de uma transparência imediata do cogito, coloca-se pela primeira vez no século XVIII a questão da relação ao impensado, bem como a dos possíveis processos de reapropriação dos nossos condicionamentos fisiológicos, das nossas relações de produção, dos nossos sistemas de organização social , um método de observação e análise: o método indutivo. Os grupos sociais que começam a ser comparados a organismos vivos, podem ser considerados como sistemas naturais que devem ser estudados empiricamente, a partir da observação de fatos, a fim de extrair princípios gerais, que hoje chamaríamos de leis . Esse projeto de um conhecimento positivo do homem – isto é, de um estudo de sua existência empírica considerada por sua vez como objeto do saber – constitui um evento considerável na história da humanidade. Um evento que se deu no Ocidente no século XVIII . As mudanças que ocorreram desde o século XVI foram: 1 - Trata-se em primeiro lugar da natureza dos objetos observados. Os relatos dos viajantes dos séculos XVI e XVII eram mais uma busca cosmográfica do que uma pesquisa etnográfica, Simultaneamente, o destaque se desloca pouco a pouco do objeto de estudo para a atividade epistemológica, que se torna cada vez mais organizada. Os viajantes dos séculos XVI e XVII coletavam curiosidades. Espíritos curiosos reuniam coleções que iam formar os famosos gabinetes de curiosidades , ancestrais dos nossos museus contemporâneos. No século XVIII, a questão é: como coletar e como dominar em seguida o que foi coletado. 
	Fichamento de Resumo
O Tempo de Pioneiros
	Ficha nº7
LAPLATINE, Françoise. Aprender Antropologia. 2003. 
 O século XVI descobre e explora espaços até então desconhecidos e tem um discurso selvagem sobre os habitantes que povoam esses espaços. Após um parêntese no século XVII, esse discurso se organiza no século XVIII: ele é iluminado a luz dos filósofos, e a viagem se torna viagem filosófica . No século XVIII, é a época durante a qual verdadeiramente se constitui a antropologia enquanto disciplina autônoma: a ciência das sociedades primitivas em todas as dimensões biológica, técnica, econômica, política, religiosa, linguística, psicológica... . 
 Com a Revolução Industrial Inglesa e a Revolução Política Francesa, percebe-se que a sociedade mudou e nunca mais voltará a ser o que era . No século XIX, o contexto geopolítico é totalmente novo: é o período da conquista colonial, que desembocará em especial na assinatura, em 1885, do Tratado de Berlim, que rege a partilha da África entre potências europeias e poe um fim as soberanias africanas. É no movimento dessa conquista que se constitui a antropologia moderna, o antropólogo acompanhando de perto, como veremos, os passos dos colonos... É no pensamento teórico dessa antropologia que consiste a Teoria Evolucionsita. 
 O que é também muito característico dessa antropologia evolucionista , que pretende ser cientifica, é a considerável atenção dada: 1 – A essas populações que aparecem como sendo as mais arcaicas do mundo: os aborígenes australianos; 2 – ao estudo do parentesco; 3 – e ao da religião.
 Esmagados sob o peso dos materiais, os evolucionistas consideram os fenômenos recolhidos o totemismo, a exogamia, a magia, o culto aos antepassados, a filiação matrilinear... como costumes que servem para exemplificar cada estágio. E quando faltam documentos, alguns fazem por intuição a reconstituição dos elos ausentes, procedimento absolutamente oposto como verá mais adiante, ao da etnografia contemporânea, que procura, através da introdução de fatos minúsculos recolhidos em uma única sociedade, analisar a significação e a função das relações sociais. 
 Isso colocado, como é fácil – e até risório – desacreditar hoje todo o trabalho que foi realizado pelos pesquisadores – eruditos da época evolucionista. O que é característico desse período é a intensidade do trabalho que realizou, bem como sua imensa curiosidade. Durante o século XIX, assistimos a criação das sociedades cientificas de etnologia, das primeiras cadeiras universitárias,e, sobretudo, dos museus.
 Através dessa atividade extrema, esses homens do século passado colocavam o problema maior da antropologia: explicar a universalidade e a diversidade das técnicas, das instituições, dos comportamentos e das crenças, comparar as práticas sociais de populações infinitamente distantes uma das outras tanto no espaço como no tempo. São eles que mostraram pela primeira vez que as disparidades culturais entre os grupos humanos não eram de foram alguma a consequência de predisposições congênitas, mas apenas o resultado das situações técnicas e econômicas. Assim, uma das características principais do evolucionismo é o seu anti-racismo .

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