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PEDIATRIA – Paula Lavigne Parasitoses intestinais Etiologia: • Protozoários - Entamoeba histolytica - Giardia lamblia - Cryptosporidium parvum - Cystosiospora belli - Microsporidia - Blastocystis hominis • Helmintos - Nematelmintos (cilíndricos): Ascaris lumbricoides, Enterobius vermiculares, Trichuris trichiura, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis. - Platelmintos (achatados): Taenia solium, Hymenolepis nana, Schistossoma mansoni. Quadro clínico: costuma ser oligossinntomático ou assintomático. • Sintomas gerais - Diarréia - Náuseas - Vômitos - Dor abdominal - Distensão abdominal - Desnutrição • Sintomas de helmintíases - Prurido anal Oxiuríase→ - Obstrução intestinal Ascaridíase→ - Prolapso retal Tricuríase→ - Anemias Ancilostomose→ - Disseminação séptica em imunodepremidios → Estrongiloidíase - Convulsões (neurocisticercose) Teníase→ - Hepatoesplenomegalia Esquistossomose→ - Síndrome de Loeffer (migração para via aérea) → Ancilostomose, ascaridíase, estrongiloidíase. • Sintomas de protozoonoses - Síndrome disabsortiva Giardíase→ - Disenteria sanguinolenta e abcessos hepáticos → amebíase - Diarréia no imunossuprimido Criptosporidíase e→ cistoisosporíase. Diagnóstico: • Exame direto das fezes a fresco: Serve para qualquer parasitose, sendo um método de baixa sensibilidade. – A coleta seriada das fezes a cada 7 dias por 3 semnas aumenta a sensibilidade do método. • Dosagem de eosinófilos: Eosinofilia é um achado comum em helmintíases. O parasitológico deve ser repetido em 15-30 dias após o→ tratamento para controle de cura. Tratamento - Segundo a OMS, recomenda-se tratamento empírico a cada 4, 6 ou 12 meses. - Crianças abaixo de 1 ano não devem receber terapias empíricas, apenas as específicas. - Crianças entre 1-2 anos podem receber terapia empírica com mebendazol + metronidazol ou nitazoxanida isolada. - Acima de 2 anos as terapias empíricas podem ser feitas com albendazol isolado por 5 dias. • Benzoimidazólicos: Mebendazol, tiabendazol e albendazol. - São drogas destinadas à terapia contra helmintos e alguns protozoários (ascaris, enterobius, ancilostomídeos, trichuris, taenia, giardia). - O albendazol é um antiparasitário polivalente que tem efeito contra helmintos em DU ou até 3 dias seguidos. Se usado por 5 dias atua sobre a Giardíase também. Tem ação para todas as formas de evolução do animal, não sendo necessário repetir após um tempo. Está contraindicado em menores de 2 anos. - O mebendazol também é polivalente, tem pouca absorção sistêmica, podendo ser usado como alternativa ao PEDIATRIA – Paula Lavigne albendazol em crianças menores de 2 anos. Acima de 1 ano a dose será a mesma para todos, sendo a cada 12 horas por 3 dias. É necessário ser repetido em 21-30 dias, pois sua ação em ovos e larvas é menor do que no verme adulto. - O tiabendazol é considerado o antiparasitário mais tóxico, principalmente neurotoxicidade, sendo recomendando apenas para pacientes acima de 5 anos. É a melhor opção para estrongiloidíase, mas em crianças abaixo dos 5 anos pode ser usado o cambendazol. • Nitroimidazólicos : Metronidazol, tinidazol e secnidazol. - Destinados ao tratamento de protozoários. - O metronidazol pode ser usado 3-4 vezes ao dia por 7-10 dias para tratamento de giardíase e amebíase. Seus eventos adversos são: vômitos, náuseas, intolerância medicamentosa, gosto metálico e boca seca. - O secnidazol e o tinidazol tem a vantagem de ser DU e ter menos efeitos adversos. • Ivermectina: Boa ação para ectoparasitas (pediculose e escabiose) e contra ascaridíase. • Pamoatos: - Pamoato de pirvínio: Medicação específica para oxiuríase. Deve ser administrado em DU com repetição em 14 dias. - Pamoato de pirantel: Serve para nelmatelmintos e atua causando sua paralisia espástica. • Praziquantel: Específico para terapia de teníase. • Oxaminiquina: Específico para esquistossomose.
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