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A Igreja e Israel Existem posições diferentes a esse respeito. Existe a posição daqueles que chamamos de Dispensacionalistas para esses dois povos, que consideram esses dois povos distintos, ou seja, existe um plano especial para Israel e um plano especial para a igreja. A visão dispensacionalista tem uma ênfase muito grande escatológica; nesta visão escatológica dispensacionalista, a forma como Israel vai ser salva é diferente de como a igreja está sendo salva. Israel foi salva pela eleição e é necessário que todo Israel seja salvo porque todo Israel foi eleito. A igreja está sendo salva exatamente por causa da graça de Cristo. Toda escatologia do sistema dispensacionalista está focada em Israel. Este sistema está olhando para Jerusalém para saber o que vai acontecer com Israel para depois definir o que vai acontecer com a igreja; ou seja, quem puxa a escatologia é Israel e não a igreja. Dentro desse sistema, o templo será reconstruído para voltar à adoração dentro dele, eles farão aliança com o anticristo; a igreja estará fora da tribulação porque será arrebatada antes e a tribulação tem que ser somente para Israel porque é nesse tempo que Israel se voltará outra vez para Deus. A verdade é que os judeus não têm outro plano salvífico. Eles não estão debaixo de outra aliança diferente da aliança feita no sangue de Jesus Cristo. Contudo, Deus fez promessas ao povo judeu e essas promessas se cumprem. São promessas que a igreja desenvolveu através dessas promessas e talvez na possibilidade de ter um pé na genealogia judaica; daí que nasceu a teologia da prosperidade, porque as bênçãos que estavam sobre Abraão eram bênçãos de prosperidade, pois Deus abençoou Abraão com muita terra, longevidade, muitos filhos e com uma grande nação. Mas essas bênçãos que estão sobre Abraão são físicas e temporais e não espirituais. Contudo, a vertente espiritual da descendência de Abraão é na verdade, herdar a primogenitura. É ter a herança da primogenitura. O Jacó da igreja é o primogênito de Deus e a igreja herdou a herança da primogenitura em Cristo. Somos coerdeiros com Cristo. Então, toda revelação da bíblia aponta para uma história só e não duas; para um só povo e não dois, então, existe a continuidade da história e não a cessação da história e o recomeço de uma nova história. Outra visão é que foi dada à igreja a incumbência de pregar o Evangelho e reconciliar o mundo com Deus e não Israel com o mundo. Logo Israel tem que sujeitar-se à igreja. A igreja quem na verdade quem puxa Israel, essa é a visão Substitutiva, ou seja, a igreja substituiu Israel; nesse caso, Israel tem que fazer parte da igreja e não a igreja fazer parte de Israel. Na visão substitutiva não existem dois povos e sim apenas um povo. A visão da igreja substituindo Israel não significa que Deus tenha rejeitado Israel. Israel continua debaixo das bênçãos e promessas de Deus, não, porém do aspecto salvífico, mas de bênçãos físicas que Deus prometeu para os patriarcas como Abraão e outros como Davi. De alguma forma Israel se tornou uma grande nação e de alguma forma Israel abençoa outros povos, não todos os povos, mas alguns. Deus continua abençoando Israel somente com bênçãos terrenas, não numa dimensão de ser outro povo que tenha outro plano de salvação para eles. Alguns exemplos são que algumas coisas que acontecem com o povo de Israel só podem ser milagres. Se olharmos para esse aspecto dentro de uma proteção divina podemos observar alguns fatores como, por exemplo: quando Israel foi espalhado após o ano 70 depois de Cristo, isto é, a diáspora, Israel foi espalhado no mundo todo. Mesmo assim, Israel manteve a sua identidade como manteve dentro do cativeiro babilônico. Na diáspora o povo se espalhou, mas se manteve judeu, se manteve israelita, embora sem uma pátria. Após a segunda guerra mundial e o holocausto, por decreto da ONU é dado a Israel direito a um pedaço de terra na Palestina. Em 1948 esse povo se reúne lá outra vez como nação e reivindica a terra que foi prometida a Abraão como promessa e como um direito deles e essa terra é dada a eles. Contudo, ao redor deles, haviam algumas nações estabelecidas há muito tempo como: Jordânia, Síria, Egito, Iraque entre outros. Quando Israel chega lá e se estabelece como nação, essas nações ao redor que já estavam lá há muito tempo, fazem uma aliança para acabar com Israel. Israel recém-organizado como nação, simplesmente em “seis dias” venceu todas essas nações e descansou no sétimo dia. Não há como não dizer que Deus não protege esse povo. Fisicamente, a mão de Deus está sobre esse povo, contudo, espiritualmente este povo tem que reconhecer que Jesus Cristo é Senhor, eles não serão salvos e quem tem esta mensagem para pregar é a igreja. A igreja precisa dizer para Israel que não basta ser abençoado fisicamente, tem que ser espiritualmente. A grande verdade é que Deus não rejeitou Israel, pois Deus não rejeitou povo nenhum. E a igreja também não substitui Israel, o que existe é a continuação, ou seja, Deus através de Israel quer chegar a um ponto, e chegou. Deus através de Adão quis chegar a Abraão, e chegou. Deus através de Abraão quis chegar a Israel, e chegou. Deus através de Israel quis chegar à igreja, e chegou. Deus, na verdade, vai escrevendo a história através de um relacionamento com homens, mulheres e com povos. E a igreja é o povo dele.
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