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FÍSICA EXPERIMENTAL II ENGENHARIA CIVIL ANA CLARA PEDRAS BUENO REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS CURVELO 2018 OBJETIVO: A prática teve por objetivo visualizar e verificar a lei da reflexão, além de compreender o fenômeno da reflexão da luz para espelhos planos e esféricos, e determinar experimentalmente a distância focal de um espelho esférico côncavo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O procedimento experimental consistiu em três etapas. A primeira delas teve por objetivo verificar experimentalmente as leis da reflexão a partir de um espelho plano. Para tal observação, colocou-se em uma base metálica, uma fonte de luz e um disco giratório. Em seguida, em frente a fonte de luz foi colocado um cavaleiro metálico, cujo um lado do diafragma possuía uma fenda e o outro lado uma lente convergente de distância focal 12 𝑐𝑚 , então as posições do conjunto foram ajustadas de forma que o filamento da lâmpada ficasse no foco da lente. Finalmente, a fonte de luz foi ligada e o raio de luz ajustado no centro do transferidor. O espelho plano foi posicionado no centro do disco, e então realizou-se variações do ângulo de incidência de 10°, 30° e 50°, respectivamente. As reflexões observadas são apresentadas nas figuras a seguir: (Figura 1: Feixes de reflexão para ângulos de incidência de 10°, 30° e 50°, respectivamente.) Os casos observados anteriormente, podem ser tratados genericamente como no esquema a seguir: (Figura 2: Esquema de reflexão de raios incidentes.) Onde, 𝜃𝑖 é o ângulo de incidência e 𝜃𝑟 é o ângulo de reflexão. Percebendo que, de fato, as observações experimentais (Figura 1) condizem e se devem as leis da reflexão. Tendo em vista que, em cada um dos casos, o raio refletido pertencia ao plano de incidência e ainda, que o ângulo de reflexão foi igual ao ângulo de incidência, exceto por sutis desvios que se deveram a falta de perfeita verticalidade da estrutura do espelho plano utilizado. Já a segunda etapa do procedimento experimental teve por objetivo verificar experimentalmente as propriedades dos raios luminosos em espelhos côncavos e convexos. Para analisar, inicialmente, o espelho côncavo, realizou-se uma montagem como a da primeira etapa do procedimento experimental, trocando apenas o diafragma de 1 (uma) fenda por outro de 5 (cinco) fendas e o espelho plano por uma superfície refletora. Seguido pelo ajuste do posicionamento do cavalheiro metálico, de modo que os feixes de luz ficassem paralelos entre sim, como na seguinte figura: (Figura 3: Feixes de luz paralelos entre si.) Por fim, ajustou-se o feixe luminoso paralelamente ao eixo principal do espelho côncavo. Obteve-se a seguinte visualização: (Figura 4: Visualização experimental e esquema da representação dos feixes de luz- côncavo.) Concluindo-se desse modo que, como os raios incididos são refletidos, o foco é de natureza real. Foi verificado ainda que a distância entre o eixo principal do espelho (𝑉) e o foco real (𝐹) foi de aproximadamente (6,00 ± 0,05) 𝑐𝑚. Assim, sabendo que a relação entre o raio de curvatura (𝑉𝐶̅̅ ̅̅ ) e o foco (𝑉𝐹̅̅ ̅̅ ) é dada por: 𝑉𝐹̅̅ ̅̅ = 𝑉𝐶̅̅ ̅̅ 2 (1) Obtém experimentalmente que o raio de curvatura é de aproximadamente: 𝑉𝐶̅̅ ̅̅ = 12,0 𝑐𝑚 Sabe-se, porém, que o raio de curvatura do espelho côncavo utilizado era de 13 𝑐𝑚, valor que não corresponde exatamente ao valor estimado experimentalmente. A divergência entre estes valores se deve, possivelmente, a falta de precisão na realização da medida da distância 𝑉𝐹̅̅ ̅̅ , tendo em vista a dificuldade de realizar esta medida sem alterar ou deslocar a montagem experimental. Para tratar em seguida da análise do espelho convexo, utilizou-se a montagem anterior alterando apenas a superfície refletora de espelho côncavo para o convexo. Obteve-se a seguinte observação: (Figura 5: Visualização experimental e esquema da representação dos feixes de luz – convexo.) Percebe-se neste caso que os raios refletidos são prolongamentos dos raios incididos, resultando em um foco de natureza virtual. Ao realizar o prolongamento dos feixes luminosos, na visualização experimental, obteve-se uma distância focal de aproximadamente (5,50 ± 0,05) 𝑐𝑚. A terceira e última etapa do procedimento experimental teve por objetivo determinar experimentalmente a distância focal de um espelho côncavo. Para tal observação, realizou-se uma montagem como a representada na figura que segue: (Figura 6: Montagem e visualização da terceira etapa do procedimento experimental.) Atentando-se para que o posicionamento do anteparo possibilitasse uma projeção bem nítida da imagem. Feito isto, realizou-se a medição da distância entre o objeto (vela) e o espelho (𝐷0) e a distância entre a imagem e o espelho (𝐷𝑖), que foram dados, respectivamente, por: 𝐷0 = (17,50 ± 0,05)𝑐𝑚 𝐷𝑖 = (41,00 ± 0,05)𝑐𝑚 Assim, a partir da equação de Gauss: 1 𝑓 = 1 𝐷0 + 1 𝐷𝑖 (2) Foi possível estimar a distância focal do espelho, dada por: 1 𝑓 = 1 (17,50 ± 0,05) + 1 (41,00 ± 0,05) 𝑓 = (12,26 ± 0,03) 𝑐𝑚 Obs.: para possível verificação do valor da incerteza apresentado no resultado anterior, um rascunho dos cálculos foi anexado ao final deste relatório. Sabendo-se que o real valor da distância focal do espelho era de 13 𝑐𝑚, verifica-se que estes valores não são iguais, mas são consideravelmente próximos. A pequena diferença entres estes valores, se deve, provavelmente, a dificuldade de ajustar o anteparo de modo que a imagem projetada fosse perfeitamente nítida, um desvio neste ajuste, mesmo que sutil, interfere nas medições de 𝐷0 e 𝐷𝑖 e consequentemente no valor da distância focal obtida experimentalmente. Observou-se ainda, da Figura 6, que a imagem projetada no anteparo foi de posição direita, de natureza real e do mesmo tamanho que o objeto. Percebe-se nesse caso, que a imagem observada no anteparo é a inversão da imagem projetada pelo espelho côncavo, já que esta está projetada abaixo do objeto, de forma invertida e de mesmo tamanho. Desse modo, conclui-se que o objeto foi colocado sob o centro de curvatura do espelho côncavo. CONCLUSÃO: Finalizado a prática, foi possível visualizar e verificar as leis da reflexão, bem como compreender e observar experimentalmente o fenômeno de reflexão da luz para espelhos planos e esféricos. Ainda, a partir da equação de Gauss, determinar de maneira experimental a distância focal de um espelho esférico côncavo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Roteiro Física Experimental II;
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