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relatório estágio educação infantil

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil
MIRIAM DA MOTA ROSSI
Mauá /SP
Novembro/2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil
	
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil sob a orientação da Professora Adelaide Rezende de Souza
Curso: Pedagogia
Mauá/SP
Novembro/2017
Sumário
Introdução .................................................................................................................04
Capítulo I - Caracterização da Escola e da Turma Observada
		- Caracterização da Escola................................................................................05
	- Cuidar, educar e Brincar.................................................................................10
Capítulo II -Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas e Realizadas
2.1–Caracterização da Turma e das Atividades Observadas.................................12
2.2 – Atividades Realizadas pelo Estagiário...........................................................16
Considerações Finais 
Referências
Anexos 
Introdução
Este relatório tem a finalidade de apresentar o Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil realizado na Escola Municipal Therezinha Damo de Lima, sito na rua Assunção, nᵒ 330 no Parque das Américas, Mauá, São Paulo. Neste relatório visamos compreender uma escola que esteja vinculada a educação infantil. Procurei analisar o comportamento dos alunos, a conduta do educador, da professora articuladora dos colaboradores da escola e o próprio espaço onde ocorre à mediação do sujeito (aluno) com o conhecimento.
O presente estágio visa cumprir uma carga horária pré-estabelecida de 66 horas, onde são utilizadas na escola-campo informações, observações, construção de conhecimentos junto aos profissionais da educação.
No relatório serão apresentadas a Caracterização da Escola e da Turma Observada, a Caracterização da Turma Observada e das atividades observadas.
As atividades realizadas pelo estagiário, e o projeto pedagógico apresentado pelo aluno estagiário.
Serão feitas as considerações finais, a parte em que se reafirma as aprendizagens e as experiências mais significativas que o estágio transformadora no sentido de promover o respeito pela diferença, não possibilitou. As referências, onde as obras utilizadas durante as disciplinas de estágio estarão descritas e as pesquisas individuais sobre o estágio. E os anexos, onde será produzido o Projeto Pedagógico.
Capítulo I – Caracterização da Escola e da Turma Observada
1.1 A. IDENTIFICAÇÃO / CARACTERIZAÇÃO / Escola
A escola que estou realizando o estágio é a Escola Municipal Therezinha Damo de Lima, também conhecida como “Aquarela”, localiza-se no Bairro Parque das Américas, na Rua Assunção n 330 no Município de Mauá, estado de São Paulo CEP 09350-655, telefone: 4544-6153.Funciona das 07h00 ás 17h30 com os alunos e de terça feira até ás 19h30 com os professores em horário de Trabalho Pedagógico. A escola atende crianças de 6 meses de idade até crianças de 5 anos, no período integral e parcial, o bairro conta com outras 3 escolas municipais (1 em andamento pra inauguração), 3 escolas estaduais e 1 escola particular de educação infantil, faz divisa com o Município de Ribeirão Pires. O Parque das Américas é considerado um dos Bairros mais antigos e a comunidade e é bastante atuante. O bairro possui uma UBS Parque das Américas, um Centro Poliesportivo e uma Delegacia Civil. O transporte é facilitado para as pessoas que residem no bairro, com ônibus centro/bairro e vice versa, ônibus intermunicipais (Santo André e Ribeirão Pires) e a estação ferroviária que tem destino Grande de São Paulo e Paranapiacaba.
A atividade econômica é voltada para o comércio, divide se em atividades formais e informais. Nas concentrações comerciais existem farmácias, mercados, agência do correios, chaveiros, lotérica, escolas de ensinos, sacolão, padaria, praças, entre outras atividades comerciais. No bairro é contemplado com coleta de lixo, por 3 vezes na semana, tem água, luz e esgoto dentro da conformidades.
Contribuem com a escola, a UBS Parque das Américas, Casa da Juventude, CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), Igrejas Evangélicas, Católicas, Vicentinos (que entregam cestas básicas para famílias carentes da comunidade), ONG NAEGA (atendem as crianças da comunidade com atividades esportivas).
B- Histórico
Patrono Therezinha Damo de Lima, nascida no dia 08/10/1937 na cidade de São João da Boa Vista, mudou-se para Mauá em 1948 com a família começando assim sua duras lidas.
Dona Therezinha trabalhou numa olaria no bairro Anchieta. Todos os dias, ás 4 horas da madrugada, iniciava a jornada, em meio a escuridão ou cegada pela intensa cerração costumeira nesta serra. Aos sábados, a jornada começava ás 2 horas da madrugada. No decorrer do tempo, uma charrete veio aliviar, pelo menos os longos trajetos para o trabalho, para as compras e até quase nunca o lazer. Veio o casamento, dessa união nasceram três filhos. Dona Therezinha atendeu por 10 anos a pediatria da Santa Casa de Mauá, levando sobre si os fardos apresentados no grupo de oração, visitando enfermos impedidos de locomover-se, cuidando de alcançar recursos para pagar dívidas dos outros e o prazer no cuidado de 12 creches, não deixando nada faltar. Já aposentada, desfrutou de pouco descanso, pois mesmo doente, nunca deixou suas atividades sociais, admirada por todos, após seu falecimento foi homenageada com seu nome na Escola onde administrou uma equipe com carinho que sempre á respeitou e prestigiou.
Inicia-se a construção do prédio Escolar, foi inaugurado em novembro de 1988 como Creche Municipal “Parque das Américas II”, mais tarde a escola passa a se chamar “Aquarela”, atendendo crianças de 0 a 6 anos e em algum momento teve o EJA, a escola passou a se chamar E.M Therezinha Damo de Lima conforme decreto assinado pelo prefeito Leonel Damo. Atos legais: Inauguração 01/11/1988, Aro de Criação Lei n 2281 de 22/02/1990, Decreto: 2281 de 22/02/1990.
C- Estrutura Física 
A escola municipal Therezinha Damo de Lima, tem uma estrutura física de um terreno de aproximadamente de 4, 630 metros quadrados, o mesmo é inclinado acima do nível da rua, a área interna é subdividida em 3 salas de aula para período parcial, 4 salas de aula para o período integral, 1 brinquedoteca, 1 sala de professores, 1 sala de leitura, 1 lavanderia, 2 cozinhas,1refeitório pra funcionários, 1 secretária, 1 sala de coordenador, 1 sala de direção, 4 banheiros para adultos, 4 banheiros para crianças, 1 almoxarifado, 1 sala de recepção onde são realizadas atividades pedagógicas diárias e se encontram em boas condições de uso.
Na parte externa se encontram 1 quadra infantil, 1 playground, 1 cercado de 20 metros quadrados de terra, 1 estacionamento, 1 almoxarifado, no cercado onde é realizado o Projeto Horta, onde se encontram em boas condições. Inclusive recentemente a escola realizou pintura no muro na entrada da escola, favorecendo um ambiente bem alegre.
No recurso de materiais, a escola dispõem de computador para uso administrativo, aparelho telefônico/fax, mesa alfabeto, mesa pra escritório, impressora, televisão, DVD, tela de projeção, projetor multimídia, mesa pra sala de aula, cadeiras, mesa para reunião, longarina, mesas infantis, cadeiras infantis, berços, mesas de refeitório infantil, máquina de lavar roupa, secadora industrial, fogão industrial, fogão, geladeira, freezer, liquidificador, picador de legumes e balança, onde são utilizados na secretária, sala de direção, Informática, sala de leitura, salas de aulas, sala de reunião, berçário, refeitório, lavanderia, cozinha, lactário, e
cozinha, sendo utilizados diariamente, outros semanalmente e em algumas ocasiões.
Materiais de apoio dos professores e ADI´s, monta –tudo, jogo da velha, jogo de educação no trânsito, fantasias, bandinha rítmica, torso de 85 cm, esqueleto, casinhas, materiais espumados, onde se encontram em bom estado.
A equipe escolar gestora é formada:
	Nome
	Função
	Formação
	Márcia Aparecida Tersetti
	Diretora
	Pedagoga
	Zeneide José da Silva
	Coordenadora
	Pedagoga
	Assistente Administrativo
	Luciene de Moraes 
	Ensino Médio
A Creche Municipal procura manter uma proximidade entre a creche e a comunidade a fim de desenvolver um trabalho que esteja próxima da realidade desta última. A coordenação e a direção trabalham através de projetos político Pedagógico.
A escola proporciona ações de atividades lúdicas, que venham de encontro ao desenvolvimento das metas estabelecidas, jogos educativos que estabeleçam regras de convivência, convida profissionais para palestras sobre os temas estabelecidos nas metas para os Pais/responsáveis e funcionários da Unidade escolar, solicita a secretária da Saúde em apoio 
A estrutura administrativa é composta por 43 funcionários, entre merendeiras, apoio operacional, apoio ADI operacional, professor, agente administrativo, agente escolar, líder de limpeza, auxiliar de limpeza.
Regime da escola. Horário de entrada e saída, parcial 8:00 ás 
12:00/13:00 ás 17:00hs, integral 7:00 ás 17:30. A escola atende crianças de 0 a 3 anos, período integral, crianças de 3, 4 e 5 anos divididas por grupos, no período parcial tem na escola 228 alunos, onde são classificados por sala por faixa etária.
A escola tem um calendário escolar, onde acontecem o conselho de classe, reunião de pais e mestres, conselhos de classes, atividades didático-pedagógicas.
Existem rotinas para todos os funcionários da escola, e horários pré-estabelecidos para horário de lanche, utilização da brinquedoteca, para com as crianças.
O Projeto Político Pedagógico da escola, que são alguns, podemos citar o Projeto da Horta, onde os professores e os funcionários tem conhecimento e onde todos trabalham juntos pra cuidar da horta e saborear dela, o projeto mostra a importância de consumir verduras, a importância de cuidar, regar, as crianças são estimuladas a consumirem o que plantaram, na horta também tem plantas e flores. O PPP é compatível no que se refere ao descrito no documento. Porém citarei outro Projeto que é o da Páscoa Solidaria, onde são solicitados aos responsáveis do alunos a trazerem chocolates onde será dividido e compartilhado com os colegas da sala.
1.2 Cuidar, Educar e Brincar
A entrada das crianças na creche é recebida pela professora acolhendo as crianças para que eles pendurem as mochilas em seguida retirando as agendas onde há comunicação com os pais, e vice versa, onde as regras de convivência são estabelecidas, a anamnese é realizada pela professora, quando há necessidade é argumentada aos responsáveis .A turma do Grupo 4 recebe uma alimentação, no caso café da tarde e uma fruta ao final do período, o cardápio já vem elaborado da Secretária de Educação do Município, nesse grupo não acontece a hora do sono. O brincar é ofertado como momento de socialização em grupo, tanto nos espaços abertos com alguns brinquedos e alguns materiais recicláveis, também usufruem esse espaço na brinquedoteca e no parquinho, onde a oralidade e o compartilhar exalam, o brincar nesse grupo e escola não é tido como castigo, independentemente da situação todos são convidados a participar das brincadeiras.
Tem como foco as ações que vão proporcionar atividades lúdicas que vão de encontro ao desenvolvimento das metas estabelecidas, jogos educativos que estabeleçam regras de convivência.
A escola e professora explora bastante as atividades de artes visuais, onde através do desenho, da pintura, modelagem e colagem, apreciam as produções, a professora conta histórias, onde a criança aprecia o desenvolvimento, o gosto, pelo processo da leitura
.(...) é bom que quem esteja contando crie um clima de envolvimento, de encantamento...Que saiba dar pausas, criar intervalos, respeitar o tempo para o imaginário de cada criança construir seu cenário, visualizar seus monstros, criar seus dragões, adentrar pela casa, vestir a princesa, pensar na cara do padre, sentir o galope do cavalo, imaginar o tamanho do bandido e outras coisas mais (ABRAMOVICH, 1997, p.21) .
É lindo de se imaginar o que autor diz sobre a leitura, até nós adultos se encantamos com uma história bem articulada, se emocionamos, imagina uma criança cheia de pureza, é muito válido esse processo e fazer acontecer esse momento com os educandos.
Na matemática as crianças identifica e compara as formas, tamanhos, diferenças e semelhanças, reconhecendo e nomeando a noção espacial.
As crianças também exploram a identidade e autonomia, relacionando –se, cuidando-se e comunicando –se através de diferentes sistemas simbólicos. Respeitar e ser respeitado, reconhecendo a própria imagem como indivíduo único essencial. Dessa forma a professora avalia constantemente e registra individualmente e em grupo, assim poderá ver a evolução da criança a respeito dos avanços e dificuldades, no processo de ensino aprendizagem.
No refeitório, na brinquedoteca e nos espaços como no parquinho e na área externa as crianças exploram muito o faz de conta, são observadas os costume e os valores de cada família representados pelas crianças. Onde a professora interage com muito entusiasmo, e ambos se despertam pra momentos de troca. 
Capítulo II Desenvolvimento e Análise das 
Atividades Observadas e Realizadas
2.1 Caracterização da turma e das atividades observadas
O estágio está foi realizado em uma turma da tarde num total de 28 crianças, onde 16 são meninos e 12 são meninas, essas tendo entre 4 e 5 anos, as crianças são todas moradores do bairro, cujo perfil socioeconômico é de renda baixa. Os educandos, apresentam de forma verbal o seu cotidiano e o mundo, de acordo coma as situações vividas, reconhecem e percebem as diferenças nas relações com o outro. Ainda é predominante o egocentrismo, dessa forma, ocorre conflitos pela disputa do mesmo objeto, apresentam dificuldades em dividir brinquedos e espaços. No decorrer da aprendizagem os educandos ampliam gradativamente sua representação pictórica apresentando maior definição nas formas, cores, espaços e limites. Na interação escolar, família e comunidade é que o indivíduo se constitui no coletivo e individualmente. A turma vem de famílias desestruturadas, com pais alcoólatras, viciados em drogas, carentes de quase tudo, desde roupa e atenção. 
A Professora é a Fátima, formada em Pedagogia, atua na área há 6 anos, fez duas pós, supervisão escolar e artes na educação, a professora reside no município vizinho, tem a professora de Inclusão que acompanhou o aluno que é autista, porém acompanhei ele somente na primeira semana do estágio, pois ele foi transferido a pedido da mãe para outra escola, a professora realiza um plano de aula semanal, embasado no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, que ela chama de semanário, com objetivos claros, área de conhecimentos como raciocínio lógico, artes, natureza e sociedade, linguagem oral e escrita, identidade e autonomia, movimento, propondo atividades permanentes como a chamadinha de presença, calendário, tempo e a rotina, escovação dos dentes e brincadeiras livres no solário, completando com variedades nos dias da semana, como histórias, numerais, desafios, letras do alfabeto, idade, DVD´s, desenho coletivo e livre, uso de tintas, reconstrução do nome, grafismo, vogais entre outros, a professora muito firme quando necessário e também muito amável, fazendo um ambiente de aprendizagem muito agradável. 
A avalição da professora é contínua e de observação, e trabalha com estímulos pra melhorias dos alunos, fazendo com que os alunos façam aprendendo
com os próprios erros e em comum existe uma troca muito grande, a professora e os alunos pude ver o quanto existe de respeito e parceria da profissional com os alunos. As avaliações ocorrem bimestralmente, são dois os sistemas de avaliação: As avaliações feitas pelas professoras e a outra o corre na reunião de avaliação, que nos outros segmentos seria o conselho de classe. Nessa reunião de avaliação a professora articuladora recebe o relatório de cada turma, aonde são apresentados os seguintes questionamentos:
1. Quanto à participação da turma?
2. Quanto ao desenvolvimento da turma?
3. Quanto às atitudes dos alunos?
4. Quanto à frequência dos alunos?
5. Auto – avaliação do professor.
Presenciei as práticas pedagógicas, uma delas a de reconhecerem a primeira letra do nome, depois de identificar, relacionar com alguma objeto que inicie com a mesma letra, põe-se em prática a escrita onde posteriormente são pendurados num varalzinho dentro da sala de aula, outro momento vivenciados foi a relacionar objetos e quantidades, onde a professora trouxe pregadores de roupa e foi ofertada as crianças plaquinhas de 1 a 5 , onde em cada mesa a professora colocava determinada quantidade de pregadores, e os alunos apresentava através da plaquinha a quantidade de pregadores que a professora deixava na mesa, e ainda presencie o reconhecimento das vogais através de embalagens do cotidiano que a professora solicitou aos responsáveis dos alunos, onde os alunos tinham liberdade de reconhecer as vogais em produtos do seu cotidiano.
Na sala estão disponíveis as letras do alfabeto fazendo referência da letra com palavra que inicia, tem sequência de números distribuídos nos vagões de um desenho de trem, entre outras informações, e um varal onde ficam expostos os trabalhos realizados pelos alunos.
A alfabetização e o Letramento se fazem presentes nos conteúdo das aulas da professora, são desenvolvidas com atividades lúdicas e prazerosa, com músicas, poemas, desenho e filmes.
Percebi também nos momentos da refeição, que muitos comem muito, como se não tivesse almoçado, ou por vezes me parecia que aquele momento era único, como se não tivesse o alimento ofertado na escola em casa, também presencia criança pegando a comida ofertada pela escola e logo após jogando fora, demonstrando que na sua casa não se põem limites para o cuidado de não desperdiçar. Muitas das criança aparentava desnutrido, e por vezes segundo a professora sempre doentes. 
A criança autista por vezes a auxiliar dava banho nele, por chegar em situação indesejáveis, após o mesmo se notava no seu rosto a sensação de bem estar. As crianças aceitavam normalmente a criança autista, mesmo que algumas vezes ele se jogava em cima da crianças, querendo pegar o brinquedo alheio sem demonstrar com palavras o desejo de pegar aquele brinquedo
Em geral a turminha reconhece bem as letras, os numerais, exceto alguns que notei que não sabe o número, ou a letra do nome.
O espaço pra brincadeiras externas é precário, não tem muita opção, tem um pequeno espaço de terra, que inclusive eles amam ficar lá, e quando eu a professora comentava como fazia falta um tanque de areia, ele amam brincar em lugares que possam ter contato com algo que seja prazeroso, porém em questão de jogos e peças a escola tem bastante opção e as professoras levam bastante material reciclável que curiosamente chamam a atenção e vira competição de quem vai fazer comidinha com o pote reciclável. 
Segundo Leontiev (1991, p.79),
“brincando a criança irá pouco a pouco aprendendo a se conhecer melhor e aceitar a existência dos outros, organizando suas relações emocionais e, consequentemente, estabelecendo suas relações sociais.” 
O educando, aos poucos vai absorvendo o mundo ar redor, e assim vai assimilando os acontecimentos, através das brincadeiras de uma forma natural e progressiva, que resultará em um adulto com capacidade de se organizar, respeitar seus momentos e ser feliz.
A professora leva filmes atuais para assistir com os alunos, ele amam, outros dormem, outro momento que percebi que eles adoram é quando coloca música pra cantar, dançar, pular, muito bom ver a alegria nos olhinhos deles, é muito interessante ver eles, observar as condutas deles com os diversos momentos que passam na escola.
2.2 Atividades realizadas pelo estagiário
Participei secundariamente em quase todos os momentos, nos primeiros dias observei a rotina, e colaborando quando solicitada pela professora, depois compartilhei momento únicos e muito cheio de conteúdos com a professora e a turma. No período que realizei o estágio estávamos entrando na Primavera, e em paralelo foi falado um pouco do meio ambiente,
A principal função do trabalho “Meio Ambiente”
é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, prontos para atuar de modo comprometido em sua realidade socioambiental. É essencial que a escola trabalhe com atitudes, formação de valores, ensino e aprendizagem de habilidades e procedimentos que levem à conscientização sobre a importância do ambiente em que vivemos (BRASIL,1997),
Trabalhar com a criança as questões ambientais é de suma importância, transformando pessoas com cuidados com o nosso meio, só temos a ganhar.
A professora buscou inspirações para receber essa estação do ano, colaborei muito com a professora na confecção de atividades, como foram realizadas trabalhos pra enfeitar a escola e a sala de aula, onde eu contornei o tronco de arvore e a copa, onde os alunos, posteriormente iriam fazer a pintura com tinta guache, colaborei com a professora na colagem de bilhetes nas agendas, mas destacarei atividade que colaborei com a turma, a escola sugeriu a plantação de alpiste, por ser fácil de se reproduzir, foram solicitados aos responsáveis dos educandos, potinhos de danoninho, onde seria realizado o plantio das sementes do alpiste. No dia estipulado para plantação, foi muito prazeroso, ver o brilho nos olhos das crianças encantadas com o feito, aproveitamos para falar a respeito do que as plantinhas necessitam pra sobreviver e que podemos cuidar das plantas até conversando com elas. Procurávamos regar a plantinha, em alguns dias, contemplamos o crescimento do alpiste, onde voltamos a atenção pra planta para fazer a rega, onde as crianças ficaram surpresas com a quantidade de matinho de alpiste, foi uma atividade prazerosa onde pudemos despertar o cuidados com as plantas, com o meio ambiente.
Por alguns dias presenciei o aluno autista, ele ficou mais ou menos uma semana, nos dias que eu realizei o estágio, pude ajudar no cuidado com ele junto a auxiliar de inclusão, onde momentos de montagem de peças, ele fazia conjunto de cores com as peças, e tentava um diálogo com ele, porém sem sucesso, ele só ouvia, mas por alguns momentos, parecia me entender, na hora do lanche, auxiliava a auxiliar a organizar a refeição dele, cortando o alimento pra melhor aceitação dele, pois não tinha controle e firmeza pra fazer a refeição sozinho.
De acordo com a LDB/96, no artigo 58, a oferta de educação especial tem início na educação infantil, e esta educação deve ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino. (Brasil, 1996) A educação infantil deve considerar a educação para a diversidade em seus contextos, incorporando e abrangendo em sua história atual a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais. Estas crianças apresentam as mesmas necessidades que as outras, posto que as diferenças fazem parte do cotidiano, ou seja, nessa faixa etária cada criança é diferente por si só – e os cuidados e educação que se deve ter com ambas são da mesma forma especiais e individualizados.
Entretanto, há ainda um longo caminho a ser percorrido em busca dessa educação inclusiva pois, Hoje, aparentemente, inauguramos um outro tempo no que diz respeito a essas questões. No entanto, o que parece evidente é que a educação da criança deficiente no Brasil carece, historicamente, de uma atenção concreta e comprometida por parte do Estado. Ao longo do tempo,
mudaram as formas de inserção, alteraram-se os discursos, renovaram-se as práticas, implementaram-se novas políticas, porém, persiste ainda a marginalização e a segregação dessas crianças que buscam oportunidades de humanização no sistema escolar. (Oliveira, 2003, p. 34)
De fato, ainda temos muito que aprender e crescer nas questões de inclusões, para melhor atender o educando e a família, a escola, e não só ela, outros espaços públicos necessitam de readequação dos meios e dos funcionários.
Considerações Finais
Durante a realização do meu estágio pude aprender diversas funções e entender um pouco mais sobre a atuação do educador dentro do processo do aprendizado.
A escola onde atuei procura fornecer o melhor aprendizado para os alunos, não existem muitos recursos, e por vezes os que tem precisaria de uma melhoria, porém a equipe tenta fazer esforços, com ajuda dos responsáveis para propiciar uma ambiente rico em conteúdo para as crianças.
Percebi que necessita de muito esforço para garantir o sucesso do ensinamento, ter disponibilidade pra buscar sempre novas técnicas para fomentar a busca do conhecimento, buscando inovações para um aprendizagem prazerosa e com conteúdo.
A dedicação do profissional se faz necessária e enriquece o conteúdo a ser estudado, e por vezes não é reconhecido, percebi que alguns pais deixam as crianças como se estivesse fazendo depósitos de crianças, não consegue enxergar o quanto tem de conteúdo educativo e de crescimento cognitivo, pessoal, psicológico, motor para a criança.
Essa experiência me fez enxergar o quanto somos responsáveis por um futuro melhor, depositando na criança, esperança e determinação, me fez enxergar o lado educacional com mais admiração e respeito.
Anexo
Projeto Pedagógico
Tema da Aula: Educar pra Preservar (Meio ambiente)
Título: Viva o meio ambiente
Justificativa
Para que possamos construir um mundo com menos poluição, conscientizar o consumo consciente, reciclagem, melhoria na saúde.
Objetivo
Trabalhando o Meio Ambiente na sala de aula, temos como objetivo oferecer aprendizagem prazerosa e significativa, aonde o educando explore o ambiente, estabelece contatos com os seres vivos, manifestando curiosidade e interesse em desenvolver seu senso de observação e respeito ao meio em que vive.
Atividades
Primeiro momento, roda de conversa sobre a importância da preservação do meio ambiente, na sequência confeccionarão cartazes, relatando como preservar o meio ambiente, utilizando tintas, canetinhas, lápis, giz, o que proporcionará a conscientização da importância cuidar do que é nosso.
Segundo momento, levaremos as crianças para a cozinha, onde faremos a coleta de restos de alimentos da merenda para a compostagem, o que proporcionará a valorização do que se come. 
Terceiro momento, as crianças trarão de casa lixo reciclável, posteriormente separamos esses materiais, proporcionando a classificação por cores e quantidade dos materiais.
Quarto momento, construiremos um filtro, para as crianças entenderem como a água potável chega à sua casa fazendo com garrafa pet, areia e pedra do parque, proporcionando o funcionamento das coisas, que tudo tem um processo.
Quinto e último momento, fecharemos com as flores, buscando um poema de Clarice Lispector, A Flor Amarela, proporcionando que as crianças conheçam o poema, a autora. A leitura em voz alta de poemas desenvolve a atenção a aspectos da oralidade (entonação, acentuação e ritmo) que são fundamentais nas situações de uso da fala em público.
O poema é o espelho da fraternidade cósmica, nos ensina a reconhecer as diferenças e a descobrir as semelhanças. A linguagem poética nos põe em sintonia com os valores de solidariedade, fraternidade com os outros, no surgimento de nossos sentimentos mais nobres, nos ensina a reconhecer as diferenças e a descobrir as semelhanças (ARAUJO apud PAZ, 1990, p. 138).
É de total importância formamos educandos, cidadãos que se comprometam em fazer o melhor, para que a devolutiva seja dentro do possível, a mais desejável.
Segue o poema:
A flor amarela
Olha
a janela
da bela
Arabela.
Que flor
é aquela
que Arabela
Molha?
É uma flor amarela.
(Cecília Meireles)
Conclusão
Envolveremos os educandos, os responsáveis, a equipe escolar, chamando a atenção para a mudança de comportamento em relação ao meio ambiente, despertando a curiosidades de como as coisa podem acontecer, falando das flores através do poema, resgatamos a importância da flores para com outros insetos, desenvolvendo a responsabilidade, solidariedade com o meio ambiente.
Referências
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Editora Scipione, 1997. Coleção Pensamento e Ação no Magistério 
ARAUJO, M. A. L. O poético na educação; Revista Dois pontos. Belo Horizonte: v. 04. N° 34, p. 64/66, 1997.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Apresentação dos temas transversais e ética. Brasília, v.8, p.61, 1997
LEONTIEV, A. M. A brincadeira é a atividade principal da criança pequena. In: Fundação Roberto Marinho. Professor da Pré-Escola. Rio de Janeiro: FAE, 1991
OLIVEIRA, C. B. de. Políticas educacionais inclusivas para criança deficiente: concepções e veiculações no Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. 2003. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas.
REFERENCIAS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
http://www.poemasefrases.com.br/2014/11/a-flor-amarela-cecilia-meireles.html
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11687013/artigo-58-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996

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