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Civil 03-14

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Elementos essenciais
Sujeitos: Miguel e Berenice
Objeto:
Vínculo
Elmentos acidentais: 
Termo: prazo de cinco dias
Cinco dias depois, os efeitos da obrigação vão começar. O Miguel só pode exigir da Berenice depois de passados os cinco dias. O termo é inicial (antes dele nada é devido, marca o início da produção de efeitos da obrigação)
Elementos acidentais são termo, condição e encargo (são acidentais porque podem estar presentes ou não)
Classificação das obrigações com relação ao objeto
De dar dez mil reais – obrigação de dar coisa incerta (toda obrigação de entregar quantia em dinheiro é de dar coisa incerta – pode ser em moeda, pode ser me cheque, pode ser em notas de 100, em notas de 10, etc)
De elaborar um parecer – obrigação de fazer infungível (de resultado, o que interessa para o Miguel é que a Berenice estude o caso dele e opine, a atividade é mais importante que o parecer. Ela não pode entregar um parecer que já está pronto, ela tem que pensar sobre o caso concreto dele) (infungível – o objeto só pode ser executado pelo próprio devedor, não por terceiro)
A obrigação de fazer pode ser de resultado ou de meio. No caso da Berenice é de fazer de resultado, porque além de fazer ela tem que entregar um resultado. No caso da faxineira, ela não entrega nada no final, ela só limpa.
	ocorreu impossibilidade superveniente da prestação
Cadeia de perguntas:
Há culpa?
Não – Resolução da obrigação
Não há perdas e danos porque não houve culpa (pode ter havido prejuízo, mas indenização pressupõe culpa)
Se tiver havido antecipação dos honorários, haverá restituição.
Sempre que há resolução, a restituição fica condicionada à antecipação.
A hipótese prevista é de impossibilidade superveninte da prestação. Não decorrente de culpa, a consequência prevista é a resolução da obrigação.
Caso nº 2
Orlando – obrigação de dar coisa incerta
Sílvio – obrigação de dar coisa certa alternativa (já sei qual tela e qual escultura, então é certa)
Impossibilidade superveniente de UMA prestação
Tem culpa? Sim
A escolha é do devedor, uma vez que não está expresso em contrato e o caso concreto diz que o Sílvio é que se comprometeu
Concentração é a determinação da prestação devida quando havia antes um cojunto de prestações possíveis
Ocorreu concentração na outra prestação.
Concentração é o fenômeno de determinação da coisa devida quando havia antes um conjuto de prestações possíveis (que havia sido visto até então na obrigação de dar coisa incerta – decorrente da escolha)
Aqui pode ser decorrente da escolha ou da própria lei.
A escolha era do devedor. Se a escolha era dele, nada impede que agora ele escolha a coisa possível. E se a escolha era dele, o credor não poderá alegar nenhum prejuízo, porque ele era obrigado a aceitar o que devedor escolhesse, então é concentração na outra sem nada mais, ainda que tenha havido culpa. Não houve prejuízo já que escolha cabia ao devedor.
Se a escolha é do devedor, não há que se alegar prejuízo do credor. 
A obrigação não se resolve pela impossibilidade quando houve culpa do devedor.
> Quadro – Impossibilidade da Prestação Alternativa
_ Uma prestação se perde sem culpa
Devia a vaca Mimosa e o Cavalo Rocinante. O raio matou o cavalo. Concentração na vaca Mimosa (na pretação possível) e resolução da obrigação.
_ Todas as prestações se tornam impossíveis sem culpa
Resolução da prestação com restituição quando for o caso
Obs.: Toda vez que se pensa em resolução, se pensa em restituição quando for o caso
_ Um prestação se tornou impossível com culpa do devedor a quem cabia a escolha
Concentração na outra sem perdas e danos, uma vez que a escolha cabia ao devedor.
_ Todas as prestações se tornam impossíveis com culpa do devedor a quem cabia a escolha
O devedor mata a vaca e o cavalo.
A lei quis proteger o credor de obrigação alternativa de uma forma especial. Ela não previu a resolução.
O credor tem direito a receber o equivalente à prestação que por último se impossibilitou mais perdas e danos. 
Há perdas e danos porque houve culpa e desta culpa pode ter havido prejuízo.
Equivalente é o valor em dinheiro da prestação. Não é o preço, preço é decorrente do negócio (resultado de negociações e condições de mercado). A pessoa pode ter pagado menos, mas o valor que ela terá direito de receber será o valor equivalente ao valor da coisa, não o que se pagou por ela. Quando ele tornou impossível a primeira prestação, por força de lei houve concentração na outra, então quando a última se perde, era esta a prestação devida. Se as duas se tornarem impossíveis concomitantemente, a lei não previu, o razoável é a ponderação entre os valores.
Não há restituição porque a hipótese não é de resolução da obrigação, a hipótese é de cumprimento da obrigação. A pessoa pagou pela coisa, não recebeu a coisa, mas recebeu o equivalente à coisa.
Se a pessoa tiver pagado mais pela coisa do que o equivalente que ela receberá, a diferença entrará nas perdas e danos.
_ Uma prestação se torna impossível por culpa do devedor cabendo a escolha ao credor
O credor escolhe a outra prestação ou o valor equivalente da que se impossibilitou com perdas e danos (a escolha era dele e por isso desde início ele sabia o que ele queria; se ele queria o cavalo, já tinha comprado o estábulo, então terá prejuízo). Poderá escolher receber o equivalente ao cavalo, já que a vaca vale menos e ainda receberá perdas e danos.
_ Todas as prestações se tornam impossíveis com culpa do devedor cabendo a escolha ao credor
Escolhe o equivalente da que ele quiser mais perdas e danos.
________________________________
_ Hipóteses do parágrafos dos art. 252
Caput – nas obrigações alternativas...
1 divisibilidade natural do objeto da prestação
o devedor não pode pretender pagar parte de uma prestação e parte da outra
2 obrigação periódica
um parente que está em condições ruins e você se obriga todo mês a dar a ele uma cesta básica ou 300 reais (é um contrato gratuito, meu parente não me deve nada em troca; ainda assim é um contrato e tem que ser cumprido)
Como é periódica, posso a cada período, escolher. Este mês eu dou a cesta, no próximo também, no terceiro eu dou o dinheiro, no quarto a cesta, no quinto o dinheiro, etc.
3 pluralidade de optantes
pode acontecer de eles não entrarem em consenso
o juiz assinala prazo para que eles optem, se não entrarem em consenso, o juiz decide
4 (útil no direito empresarial) quando a escolha cabe a terceiro
quando o terceiro não quiser ou não puder exercer o direito de escolha, caberá o juiz exercê-lo se não houver acordo entre as partes
Um terceiro ficou de escolher a obra de arte que Orlando quer, mas ele não pôde escolher. Não tendo consenso entre Orlando e Sílvio, o juiz escolhe.

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