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av 2 civil 2 rd

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Av 2 civil 2 
 
 
QUESTÃO 1 (2,0) – Considere que no último sábado à noite você foi a um bar com 
seus amigos para realizar um happy hour. No momento de pagar a conta, 
voluntariamente, você destinou 10% (dez por cento) de gorjeta ao garçom que lhes 
atendeu. No entanto, durante a aula de Direito Civil na segunda-feira seguinte, você 
descobriu que a gorjeta não é devida e não pode ser cobrada. Você, então, pergunta ao 
seu professor se pode retornar ao bar e pedir ao garçon a restituição dos valores a esse 
título pagos. O que o seu professor lhe respondeu? Justifique sua resposta explicando a 
que tipo de obrigação se refere (limite 10 linhas). 
QUESTÃO 2 (2,0) – João, em negociação com o Banco do Brasil, adquiriu imóvel com 
cláusula hipotecária, tendo parcelado seu contrato em 6 anos. Dois anos após resolveu 
ceder seu contrato, cedendo o mesmo a Raimundo. Ambos enviaram correspondência 
ao Banco do Brasil, este impugnou a transferência no vigésimo dia após a notificação. 
Tem validade esta transferência? Expliquer (limite 10 linhas)? 
QUESTÃO 3 (2,0) – Quais serão as hipóteses em que o devedor de obrigação de dar 
coisa certa poderá ser responsabilizado pela perda da coisa, mesmo que não haja culpa? 
(limite 10 linhas). 
QUESTÃO 4 (2,0) – Estabeleça a diferença entre ônus jurídico e estado de sujeição. 
QUESTÃO 5 (2,0) – Carlos pagou a importância de R$ 150,00 a Flávio, este se 
comprometeu a entregar a Carlos um livro de sua famosa biblioteca, a ser escolhido 
entre Tróia, Dom Casmurro ou Dom Quixote. Carlos fará a escolha hoje, infelizmente 
antes da escolha Tróia foi roubado e por equívoco Flávio deu Dom Quixote a seu pai. 
Em razão destes acontecimentos Carlos afirmou querer Tróia ou o valor deste livro. Ele 
está certo ao impor isto? Explique (limite 10 linhas). 
 
1) O professor respondeu que não teria o direito de pedir o valor de volta, temos no 
caso a obrigação de dar a coisa certa, o garçom não teria o direito de exigir o 
pagamento, porém uma vez pago o cliente não possui o direito de exigir a 
restituição do valor, sendo a obrigação de dar a coisa certa, simples, instantânea, 
ilíquida, não contratual e natural. Justamente por ser Obrigação natural é que, 
embora desprovida de poder coativo, pode ser objeto de um pagamento válido. 
O devedor não pode ser forçado a pagar; caso pague, o credor não pode ser 
forçado a devolver. É uma execução voluntária. Podemos citar como exemplo 
de obrigação natural por excelência a dívida de jogo. 
2) Cessão de Direitos é o instrumento através do qual se opera a transmissão de 
direitos sobre determinado bem. Por meio dela, o vendedor, conhecido como 
cedente, repassa ao comprador, denominado cessionário, os direito sobre o bem 
objeto da Cessão, que poderá ser móvel ou imóvel. A transferência em questão 
não possui validade, para ser valido teria que ter anuência do Banco para realizar 
a cessão do contrato. Segundo o art.299 É facultado à terceiro assumir a 
obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando 
exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era 
insolvente e o credor o ignorava. 
3) Segundo o Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso 
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles 
responsabilizado. Porém o devedor pode ser responsabilizado mesmo sem culpa 
pelos danos a coisa, em casos que ele poderia prever os fatos e ainda assim se 
omitiu e/ou nada fez para impedir. 
4) O estado de sujeição não traduz uma relação jurídica obrigacional, por ser 
inexistente o dever de prestar. Apesar do Ônus não se tratar de um dever de 
prestar correspondente a prestação de um crédito, e só se torna exigível se o 
onerado aceita a estipulação contratual. O estado de sujeição se opõe a um 
direito potestativo (aquele que não admite contestações), que pode ser exercido 
sem a concordância, ou mesmo contra a vontade da outra parte. Ônus É a 
exigência que o sujeito pratique determinada conduta sob pena de não alcançar 
um benefício, ou eventualmente suportar uma desvantagem, não é uma 
penitência, como muitos imaginam. 
5) No caso se trata de uma obrigação alternativa, Obrigação alternativa é uma 
obrigação jurídica complexa com pluralidade de objetos, na qual o devedor 
cumpre a obrigação quando presta apenas um deles, no caso se evidência que a 
escolha entra as opções caberá a CARLOS, Quando a escolha couber ao credor e 
uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá 
direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; 
se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá 
o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas 
e danos.

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