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Distúrbios do Magnésio e do Fósforo

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Distúrbios do Magnésio e do Fósforo 
 
DISTÚRBIOS DO MAGNÉSIO: HIPOMAGNESEMIA E HIPERMAGNESEMIA 
 
A maior parte do magnésio do nosso corpo está dentro das células. 
 
Esse íon é essencial para funções enzimáticas importantes e estabilização das membranas e condução 
nervosa. 
 
Produz um efeito sedativo na junção neuromuscular por inibir a liberação de acetilcolina. Sendo assim, as 
alterações nos níveis de magnésio afetam a irritabilidade neuromuscular e a contratilidade. Atua também no 
sistema vascular promovendo vasodilatação. 
 
Também é essencial para o transporte iônico e atividade dos canais de cálcio. 
 
Os níveis séricos de magnésio variam entre 1,8 e 2,3 mg/ dl. Chamamos de Hipomagnesemia ou 
Hipermagnesemia os distúrbios associados ao magnésio. 
 
HIPOMAGNESEMIA 
 
A hipomagnesemia é definida como concentração sérica de magnésio inferior a 1,8mg/ dl, e é considerada 
grave quando a concentração está menor que 1 mg/ dl. 
 
Causas da hipomagnesemia 
As causas mais comuns estão associadas a perdas gastrintestinais ou renais. Incluem: 
Diarréia aguda ou crônica 
Ressecção intestinal extensa 
Desnutrição 
Alcoolismo: a hipomagnesemia é encontrada em cerca de 30% dos pacientes etilistas admitidos em 
hospitais 
Infecção-sepse 
Queimaduras 
Hipercalcemia (reduz a reabsorção renal de magnésio) 
Diabetes Mellitus: aumenta a excreção de magnésio devido a diurese osmótica 
Pós paratireidectomia 
Transplante renal 
 
Também pode estar associada ao uso de alguns fármacos, como: diuréticos tiazídicos e de alça, 
aminoglicosídeos, anfotericina B, ciclosporina, digoxina. 
 
Pode estar associado a hipocalemia e a hipocalcemia e esses distúrbios podem ser refratários a reposição até 
que se corrijam os níveis de magnésio. 
 
Sinais e Sintomas da hipomagnesemia 
 
Os principais sistemas associados as manifestações clínicas da hipomagnesemia são o cardiovascular e 
neuromuscular. A manifestações clínicas podem incluir: 
 
Tetania 
Nistagmo 
Vertigem 
Convulsões tônico- clônicas 
Hiperexcitabilidade neuromuscular com sinais de Chvostek ( consiste na presença de espasmos dos 
músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática) e Trousseau ( quando 
espasmos carpais pode ser provocados ao se ocluir a artéria braquial) positivos. 
 
O efeito da hipomagnesemia mais ameaçador à vida são arritmias ventriculares. 
 
Tratamento da Hipomagnesemia 
 
A reposição endovenosa é indicada nos casos graves. 
 
2g de sulfato de magnésio em 100 ml de solução em 5 a 10 minutos seguido de infusão contínua de 4 a 
6h durante 3 a 5 dias. 
 
A distribuição do magnésio nos tecidos é lenta, mas a excreção renal é rápida por isso pode haver 
necessidade de repor por vários dias até que se estabeleça o equilíbrio. 
 
Cuidado: A administração rápida em flush pode ocasionar alteração na condução cardíaca levando ao 
bloqueio!! 
 
HIPERMAGNESEMIA 
 
A hipermagnesemia é definida como concentração sérica de magnésio acima de 2,4 mg/ dL. 
 
Causas da Hipermagnesemia 
 
Devido a excreção renal ser rápida, a hipermagnesemia é um distúrbio raro. 
São duas as principais causas: 
Iatrogênica: administração excessiva de magnésio exógeno 
Renal: a oligúria ou anúria pode resultar em retenção do magnésio 
 
Sinais e Sintomas da Hipermagnesemia 
 
Com valores séricos entre 4-12,5 mg/ dL podem ocorrer: náusea, vômito, hipotensão, bradicardia. 
 
Já a hipermagnesemia grave, com valores séricos entre 12,5 e 32 mg/ dL pod resultar em: insuficiência 
respiratória, hipotensão refratária a volume, bloqueio atrioventricular, parada cardíaca e morte. 
 
Tratamento da Hipermagnesemia 
 
Infusão de Gluconato de Cálcio para estabilizar a membrana das células cardíacas, 500 a 1000 mg 
administrado entre 5 a 10 minutos; 
 
Diuréticos de alça (Furosemida) e Diálise. 
 
 
DISTÚRBIOS DO FÓSFORO: HIPOFOSFATEMIA E HIPERFOSFATEMIA 
 
Você sabia que a maior parte do fósforo corporal encontra-se nos ossos e tecidos moles? 
 
O fósforo é o principal ânion intracelular e apenas cerca de 1% do fósforo total está no espaço extracelular. 
 
Mas este 1% é essencial a vida!! O fósforo tem papel fundamental nas reações energéticas na forma de 
adenosina trifosfato (ATP), isso significa que para que aconteça todas as reações que exigem energia no 
nosso corpo, é necessário a presença de fósforo. 
 
Sua principal forma no espaço extracelular é como fosfato e tem funções muito importantes como: 
Composição da membrana celular 
Composição óssea 
Condução nervosa 
Função muscular 
 
O fósforo também faz parte da composição de 2,3-difosforoglicerato que facilita a liberação de oxigênio da 
hemoglobina. 
 
A concentração sérica varia de 2,7- 4,5 mg/dL. Chamamos de hipofosfatemia ou hiperfosfatemia os 
distúrbios desse eletrólito. 
 
HIPOFOSFATEMIA 
 
A hipofosfatemia é definida como concentração sérica de fósforo inferior a 2,7 mg/ dL. 
 
Causas da Hipofosfatemia 
As principais causas da hipofosfatemia são: 
Desnutrição 
Alcalose respiratória e metabólica (causa um desvio intracelular do fósforo) 
Cetoacidose diabética 
Alcoolismo 
Nutrição parenteral 
 
Sinais e Sintomas da Hipofosfatemia 
 
As manifestações clínicas da hipofosfatemia estão principalmente relacionadas a deficiência de ATP e 2,3- 
difosfoglicerato. 
 
A deficiência de ATP compromete os recursos de energia celular; 
A deficiência de 2,3-difosfoglicerato prejudica a liberação de oxigênio para os tecidos, resultando em 
alterações neurológicas em decorrência de hipóxia cerebral como: 
Irritabilidade 
Fadiga 
Parestesias 
Disartria 
Diplopia 
Convulsão e coma 
E sintomas respiratórios que podem culminar em Insuficiência Respiratória Aguda. 
 
Tratamento da Hiperfosfatemia 
 
Preconiza- se a reposição via oral inicialmente. Quando necessário reposição EV o tratamento recomendado 
é: 
 
2,5 a 5,0 mg por Kg diluido em solução salina e infundido em 4- 6h 
 
** Velocidade máxima de infusão: 1,5 ml/h 
 
** O acesso periférico deve ser avaliado frequentemente devido ao risco de necrose se houver 
extravasamento. 
 
A infusão deve ser lenta para evitar efeitos colaterais como flebite e para reduzir o risco de precipitação de 
fosfato de cálcio. 
 
 
HIPERFOSFATEMIA 
 
A hiperfosfatemia é definida como concentração sérica de fósforo maior que 4,5 mg/ dl. 
 
Causas da hiperfosfatemia 
 
A causa mais comum da hiperfosfatemia em pacientes críticos é a insuficiência renal crônica. A nutrição 
parenteral ou enteral especializada podem causar hiperfosfatemia principalmente em pacientes com 
insuficiência renal. 
 
Outras causas: 
 
Acidose respiratória e metabólica 
Rabdomiólise 
Toxicidade por vitamina D 
Quimioterápicos 
 
Sinais e Sintomas hiperfosfatemia 
 
A hiperfosfatemia ocasiona precipitação de fosfato de cálcio e consequentemente reduz o cálcio iônico. As 
manifestações clínicas estão em geral associadas com a hipocalcemia, como sensação de formigamento/ 
tetania. 
 
Tratamento da hiperfosfatemia 
 
O tratamento da hiperfosfatemia exige correção da causa subjacente, como tratar acidoses, reduzir ingestão 
diária, adequar tratamento da IRC. Pode ser instituído tratamento com quelantes orais de fosfato.

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